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EM DEBATE, FUTURO DO TRANSPORTE COLETIVO DE SUPERFÍCIE

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Como a redução na demanda pelo transporte de massa causada pelas medidas de isolamento social poderá afetar os rumos desse modal

O acesso à mobilidade urbana em uma cidade reflete em questões socioeconômicas, logísticas e ambientais e, com a pandemia da covid-19, ocorreram mudanças significativas no deslocamento das pessoas no espaço urbano. No contexto, o cenário provocou redução na demanda do transporte público, que, de acordo com o Boletim da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), a quantidade de viagens realizadas por passageiros teve redução de 80% nas primeiras semanas da crise em 2020.

Segundo Paula Faria, Ceo da Necta e idealizadora do Connected Smart Cities & Mobility, “decidir diminuir a frota de veículos no início da pandemia só evidencia a necessidade de alterar a logística de licitação deste ecossistema no país. A partir do momento em que essa remuneração é feita por passageiro, e não por quilômetro rodado, como observamos em países europeus e que são exemplos no quesito de mobilidade, o modelo já pressupõe lotação”.



“O grande efeito colateral dessa logística de licitação é que, pela falta de receita causada pelo impacto da pandemia, as empresas reduziram as frotas, demitiram funcionários e precarizaram ainda mais esse serviço. É preciso entender que a pandemia vai passar, mas a necessidade de se locomover pelo espaço urbano não. Nunca foi tão importante discutir investimentos e novos modelos de gestão para o setor”, disse Faria.

Adaptação aos novos tempos

De acordo com Carlos José Barreiro, secretário de Infraestrutura de Campinas e que atuou por sete anos como secretário de Transporte da cidade e na presidência da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas, o transporte público de passageiros precisa se adaptar aos novos tempos, enfrentando as dificuldades da perda de passageiros, aplicativos e outros modais como bicicleta, triciclos, entre outros.

“É a solução para o deslocamento urbano das grandes cidades e metrópoles do mundo. Assim, caberá à gestão pública, detentora das concessões, definir políticas que ofereçam recursos econômico-financeiros para sustentar os custos deste sistema de transporte público. Isso por meio de soluções criativas, tais como oriundos dos combustíveis dos veículos, dos proprietários de imóveis, ou seja, desenvolver soluções que tenham menor custo no sistema, ter opções mais sustentáveis ambientalmente, como os ônibus elétricos, por exemplo”, disse.

Nesse sentido, existe um debate crescente dentro do conceito de cidades inteligentes que aborda a mobilidade a partir do planejamento urbano. Para que os deslocamentos possam ocorrer de maneira mais rápida e eficiente, é preciso que os cidadãos tenham acesso ao trabalho, escola, lazer, etc, a uma distância menor. Ou seja, o investimento para que o transporte coletivo seja de excelência, deve ser feito em paralelo com a inclusão de novos modais e a redução dos deslocamentos como um todo.

O tema está no contexto do evento nacional Connected Smart Cities & Mobility 2021, que acontece em setembro. A iniciativa contempla, ainda, agenda pré-evento, por meio de ações regionais em todas as capitais do País, além dos “Pontos de Conexão CSCM”, que serão transmitidos ao vivo.

Sobre o evento nacional Connected Smart Cities & Mobility 2021 (clique no link)

CONFIRA MATÉRIA SOBRE NO MOBILIDADE ESTADÃO (clique no link)

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PLATAFORMAS REÚNEM ECOSSISTEMAS DE CIDADES, MOBILIDADE E TRANSPORTE AÉREO

ARTIGO PAULA FARIA – MOBILIDADE ESTADÃO: DESLOCAR-SE TAMBÉM É DESAFIO PARA MULHERES

PANDEMIA REFORÇA A NECESSIDADE DE AÇÕES PARA A MOBILIDADE ATIVA

AUMENTO DO COMÉRCIO ELETRÔNICO E DELIVERY EXIGE TRANSFORMAÇÃO NAS CIDADES

FÓRUM DO DESENVOLVIMENTO REALIZADO PELA ABDE REÚNE REPRESENTANTES DE INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS E ENTIDADES COMO ONU, BID E BANCO MUNDIAL

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A edição 2021 do Fórum do Desenvolvimento reuniu integrantes de instituições financeiras de todo o mundo para discutir ações que impactam a agenda de futuro e o desenvolvimento sustentável.

Organizado pela Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), o Fórum do Desenvolvimento foi realizado entre os dias 26 e 30 de abril e debateu os impactos da covid-19 nos mercados financeiros e como os bancos de desenvolvimento e agências de fomento podem contribuir para a recuperação da economia por meio da mobilização de recursos.

Nos cinco dias de evento foram realizados debates, palestras e mesas redondas com representantes dos governos federal e estaduais e integrantes de instituições financeiras de todo o mundo, além de entidades internacionais como a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Organização das Nações Unidas (ONU), Banco Mundial, Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

1º dia – Da Covid-19 à retomada sustentável: políticas de desenvolvimento em transição

O primeiro dia do Fórum teve como foco principal debater a crise da Covid-19, seus impactos nos mercados financeiros, setor produtivo, contratos sociais etc., e como situar as Instituições Financeiras de Desenvolvimento (IFDs) na recuperação para melhor alinhar as iniciativas anticíclicas com políticas de desenvolvimento sustentável de longo prazo. A abertura contou com as participações do presidente da ABDE, Sergio Gusmão Suchodolski, e do presidente do BNDES, Gustavo Montezano.

A palestra magna foi da economista, ex-vice-presidente da Costa Rica e secretária-geral Ibero-Americana, Rebeca Gryspan. Ela abordou os desafios dos países da América Latina no combate à covid-19 e, apesar da crise causada pela pandemia, avalia que há motivos para otimismo. Outro destaque do dia foi a participação da secretária-geral adjunta da ONU, Amina J. Mohammed, que deixou uma mensagem reforçando a importância de medidas em comum para orientar a retomada econômica.

2º dia – Um mundo em transição

A pauta do segundo dia do Fórum teve como objetivo debater as transformações geopolíticas, a reorganização das cadeias produtivas na economia global e a maior integração e cooperação entre países e regiões para fomentar o desenvolvimento sustentável do planeta. A entrevista especial com o economista José Antonio Ocampo, professor da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, abriu o evento. Ocampo ressaltou os desafios e tendências do mundo em transição, e afirmou que “os bancos de desenvolvimento têm um papel essencial na recuperação econômica pós-crise”.

O painel “Conexões: Ásia, África e Oriente Médio” reuniu presidentes de banco de desenvolvimento dos dois continentes para debater as possibilidades de investimentos e parcerias entre o Brasil e os países africanos e asiáticos. Em seguida, representantes de instituições financeiras da América Latina abordaram o contexto latino-americano, as estratégias e inovações das principais instituições financeiras de desenvolvimento da região.

No encerramento do Fórum, o secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Roberto Fendt, avaliou que o mundo tem buscado restabelecer as cadeias globais de valor, embora muitas mudanças já estivessem em curso, como as relações de trabalho e o processo de digitalização. Ele também defendeu a manutenção do pragmatismo que sempre pautou as relações econômicas do Brasil com os demais países.

3º dia – O Sistema Financeiro em transição

No terceiro dia do evento, as palestras, debates e mesas redondas se concentraram nas transformações do sistema financeiro, tais como as novas tecnologias e inovações regulatórias, além dos instrumentos potenciais para o financiamento de políticas e promoção da diversidade e inclusão financeira.

A palestra magna foi do ex-diretor do Banco Central e vice-diretor geral do Banco de Compensações Internacionais (Bank for International Settlements, BIS), Luiz Awazu Pereira. Para ele, a pandemia impactou o sistema financeiro em todos os países e a recuperação da economia pós-covid exige uma transição sustentável.

Outros dois painéis movimentaram o terceiro dia do Fórum: “Regulação, instrumentos inovadores e parceiras para o desenvolvimento” e “Desenvolvimento e inclusão financeira”. O primeiro debateu regulação, instrumentos inovadores e parcerias para o desenvolvimento sustentável. Já o segundo painel discutiu as ações que possam estimular a participação cada vez maior de pessoas no sistema financeiro.

4º dia – Uma transição sustentável e inclusiva

No penúltimo dia, o tema do Fórum foi “Uma transição sustentável e inclusiva”. O foco principal girou em torno das transformações na governança e na economia política e mundial atuais, relacionadas principalmente às questões do desenvolvimento sustentável, inclusão social e promoção da diversidade.

O grande destaque do dia foi a mesa redonda especial que contou com as participações do economista-chefe do Banco Mundial para a América Latina e Caribe, Martin Rama, e do chefe da Divisão de Política Fiscal e Supervisão do Fundo Monetário Internacional (FMI), Paulo Medas. Os especialistas traçaram um panorama atual da economia da região e sugeriram estratégias para os países latino-americanos saírem fortalecidos da crise.

O diretor de Cooperação para o Desenvolvimento da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Jorge Moreira da Silva, gravou um vídeo de encerramento do quarto dia do Fórum. Ele destacou os desafios causados pela pandemia na economia do Brasil e da América Latina e a necessidade de revigorar o crescimento do país através de investimentos em sustentabilidade. “As oportunidades de investimento sustentáveis em infraestrutura no Brasil são abundantes”, afirmou Jorge Moreira da Silva.

5º dia – Futuro do Desenvolvimento no Brasil

No quinto e último dia do Fórum, os participantes debateram como as Instituições Financeiras de Desenvolvimento brasileiras podem responder às transições globais em curso e aos desafios colocados às políticas de desenvolvimento, além do reposicionamento da economia brasileira inferido pelas questões do século XXI.

A assinatura de um acordo de cooperação entre a Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE) e a Associação Latino-Americana de Instituições Financeiras de Desenvolvimento (Alide) marcou o encerramento do Fórum do Desenvolvimento. Com a parceria, serão promovidas atividades conjuntas com o intuito de contribuir para o cumprimento das metas da Agenda 2030 e o desenvolvimento sustentável da América Latina pós-covid.

Antes, os governadores Fátima Bezerra (Rio Grande do Norte), Eduardo Leite (Rio Grande do Sul), João Doria (São Paulo), Romeu Zema (Minas Gerais), Wellington Dias (Piauí), Ronaldo Caiado, (Goiás) e Flávio Dino (Maranhão) falaram sobre o futuro do desenvolvimento no Brasil e reforçaram as ações realizadas pelos bancos de desenvolvimento e agências de fomento de suas respectivas regiões.

Com informações da Assessoria de Imprensa

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Carros por assinatura: nova forma de aquisição digital vem ganhando espaço no mercado brasileiro, segundo UCorp.app

Os benefícios como valor da assinatura de carros já com impostos, seguro e taxas de manutenção são mais competitivos do que o aluguel tradicional aos olhos do novo consumidor

A forma mais recente para acessar carros 0km no Brasil, tem sido por meio das assinaturas, assim como os serviços de streaming que ganharam espaço entre os consumidores, essa modalidade veio para facilitar a aquisição dos clientes. O motivo do crescimento das assinaturas, de acordo com a Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA), em 2020, também se dá por conta das mudanças de comportamento dos consumidores que passam a alugar carros por mais tempo, ao invés de comprá-los e à crescente quantidade de locações para motoristas de aplicativos.

Além de não se preocupar com documentação, seguro e manutenção do carro, os contratos por assinatura são uma alternativa que proporcionam segurança e flexibilidade para quem deseja trocar de modelo com frequência. Os contratos podem ser tanto para pessoas físicas como para empresas que desejam otimizar e administrar melhor sua frota de veículos.



Para Guilherme Cavalcante, CEO e fundador da UCorp.app, startup de tecnologia e soluções de mobilidade corporativa, as assinaturas possuem valor competitivo englobam manutenção, seguro, licenciamento e chega até a cobrir danos “O valor da assinatura é mais competitiva do que o aluguel de carros, se trata de um valor fixo mensal, que inclui impostos e taxas de manutenção. Além de tudo, dependendo do contrato é possível até ter uma renovação automática”, ressalta o CEO. Além dos benefícios citados, o consumidor que fecha esse contrato não precisa se preocupar com a desvalorização do carro, que chega a ser de até 30% após um ano de compra.

Segundo Guilherme, ainda é preciso enfatizar que as vantagens do novo modelo de consumo, depende do tipo de cada cliente, para quem troca de carro com frequência, por exemplo, existe a facilidade de trocar de modelo sem tanta burocracia.

No caso de empresas, ao alugar uma frota os benefícios trazem uma economia de até 30% em comparação com uma frota particular. Além disso, a parte burocrática e de legislação quem cuida é a empresa terceirizada, ou seja, sobra mais tempo para os gestores cuidarem das atividades principais da empresa ou implementarem uma nova tecnologia.

Com informações da UCorp.app

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NO DIA INTERNACIONAL DA RECICLAGEM, CATAKI E NESTLÉ ANUNCIAM EXPANSÃO DO APP PARA MAIS DE 1300 CIDADES NO BRASIL

Parceria viabiliza que moradores possam chamar catadoras e catadores de material reciclável de suas cidades para coleta em casa por meio de aplicativo

Nesse Dia Internacional da Reciclagem, data instituída pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) para estimular a reflexão sobre o descarte correto dos resíduos, Nestlé e Cataki anunciam a ampliação do app para um total de 1.303 municípios brasileiros em 2021, um aumento de 20,5% em relação a 2020.

As cidades, localizadas principalmente nas regiões Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste, passam a contar com o benefício de acionar um coletor local para recolher os materiais recicláveis. São municípios onde há catadoras e catadores de reciclável e cooperativas parceiras do Cataki para a realização da triagem dos resíduos e devida reciclagem dos materiais. Ao baixar o app, gratuito para iOS e Android, o usuário visualiza o profissional da reciclagem mais próximo e negocia a retirada e o pagamento pelo serviço.

Com a novidade, as cidades onde a Nestlé mantém operações, com fábricas e centros de distribuição, passam a contar com a funcionalidade do app disponível, podendo combinar um serviço de coleta via Cataki com as catadoras e catadores de material reciclável.



Lançado em 2017, o Cataki é o aplicativo que faz a conexão direta entre o gerador de resíduos e o catador de materiais recicláveis, uma iniciativa do movimento Pimp My Carroça e que conta com o apoio da Nestlé para expandir a atuação, aumentar a renda dos catadores e os índices de reciclagem no Brasil. Em 2019, eram 355 municípios atingidos.

Em 2020, esse número saltou para 1088. E agora, até o fim de 2021, a meta é chegar a 1.500 municípios. Já são 299 mil downloads, com uma média de 754 chamados mensais.
Os maiores volumes de cadastrados estão nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Curitiba, Brasília, Campinas, Belém e Porto Alegre. “Expandir o serviço para municípios em diferentes regiões e tamanhos é um passo fundamental em nossa jornada para promover a adoção da coleta seletiva, inclusão e valorização das catadoras e catadores de materiais recicláveis pelo Brasil, de forma a levar conhecimento e ampliar a geração de renda dessas cooperativas regionais”, diz Bárbara Sapunar, Diretora de CSV (Criação de Valor Compartilhado) da Nestlé Brasil.

“A parceria com empresas que entendem a importância da reciclagem e do trabalho do catador é de suma importância para nós do Cataki”, aponta Renato Ruiz, coordenador do app Cataki. “Acreditamos que com essa ampliação teremos resultados cada vez mais positivos não somente para o dia-a-dia destes profissionais, bem como para a sustentabilidade”.

Confira aqui filme protagonizado por catadoras e catadores de material reciclável com um convite para a repensar o futuro.

Programas de reciclagem

Em janeiro deste ano, a Nestlé lançou uma iniciativa que concilia a reciclagem de embalagens laminadas de chocolates e biscoitos com o repasse de recursos a entidade sociais. Desenvolvido em parceria com a TerraCycle, o programa de reciclagem inclusiva envolve capacitação de cooperativas de catadores e o engajamento de consumidores para a correta destinação e reaproveitamento das embalagens de filme plástico metalizado conhecido na indústria como BOPP (polipropileno biorientado).

A iniciativa de logística reversa também aceita outros tipos de produtos que utilizam o mesmo plástico metalizado, como salgadinhos, barrinhas de cereal e ovos de Páscoa, de qualquer tamanho. A Nestlé já tinha lançado em 2020 um projeto de alcance nacional que concilia a reciclagem de embalagens de sachê NINHO®️ e o repasse de recursos para entidade sociais. A iniciativa, que também com a consultoria TerraCycle, prevê a parceria com cooperativas de reciclagem de todo o Brasil e o engajamento de consumidores para a reciclagem das embalagens flexíveis de NINHO®️.

A Nestlé lançou também, em janeiro de 2020, um modelo de economia circular para coleta e reciclagem de cápsulas de NESCAFÉ Dolce Gusto, oferecendo para o consumidor que adquire cápsulas via e-commerce da marca uma sacola reciclável colorida para o descarte do material. A partir desse momento, o consumidor pode dispensar as embalagens no sistema de coleta seletiva residencial, mas pode também levar até um dos mais de 40 pontos de descarte ou então baixar o próprio app Cataki, em que é possível combinar com um dos catadores parceiros sobre a coleta dos materiais.

A ação envolve cooperativas que foram treinadas para identificar facilmente as sacolas coloridas da marca, separando as cápsulas para reciclagem. Depois, o material se transforma em resina plástica, matéria-prima para produtos como porta-cápsulas, estojo, vaso, lixeira e outros materiais. Já para Nespresso, 100% dos consumidores tem acesso a pelo menos uma solução para reciclagem de cápsulas usadas, seja pelos mais de 200 pontos de coleta de cápsulas, logística reversa ou envio de cápsulas pelos Correios. Ainda, até o final de 2022, todas as cápsulas da linha Original e Vertuo serão produzidas com pelo menos 80% de alumínio reciclável.

Como parte do esforço para oferecer soluções de reciclagem mais convenientes, desde 2018, a Nespresso possui parcerias com cooperativas de reciclagem, que realizam a triagem das cápsulas. A Nespresso adquire essas cápsulas e as leva até o Centro de Reciclagem próprio, onde seguem o ciclo de sustentabilidade, ganhando o destino ambientalmente correto para o pó de café e o alumínio.

Educação ambiental e inclusão social

Esta iniciativa de apoio à coleta seletiva e aos catadores faz parte de uma jornada da Nestlé que incentiva a sociedade a repensar suas atitudes quando o tema é o compromisso com o meio ambiente e a reciclagem. Em 2019, a Nestlé lançou no Brasil a iniciativa RE, que é a forma de falar de sustentabilidade e de mostrar transparência no que tem sido feito e no que está por vir.

Repensar todas as ações para torná-las mais sustentáveis, com uma visão que vai da produção até a destinação final dos produtos para descarte e reciclagem, passando por rever as embalagens. A iniciativa RE tem o grande papel de educar e abrir uma plataforma de diálogo com os consumidores. Desde o início de 2020, a Nestlé incentiva a população a repensar a forma de consumo, reciclar e reduzir a produção de lixo em casa, por meio do EcoBot pelo WhatsApp – basta adicionar o número (11) 99714-0849.

Trata-se de uma tecnologia que tira dúvidas e orienta as pessoas sobre o correto descarte e a destinação do lixo, criada com o objetivo de orientar, disseminar informação e incentivar a coleta seletiva, em uma jornada constante de aprimoramento.

Inovação em embalagem

A Nestlé tem o compromisso de até 2025 tornar todas as suas embalagens recicláveis ou reutilizáveis em todo o mundo, em um trabalho que passa por repensar materiais, desenvolver cadeias de coleta seletiva e engajar e educar consumidores e parceiros.

A Nestlé anunciou este ano a substituição dos canudos plásticos de seu portfólio de bebidas por alternativas de papel, o que vai fazer com que a empresa deixe de utilizar mais de 300 milhões de canudos plásticos por ano a partir de 2021, totalizando cerca de 128 toneladas de plástico a menos. Em 2020, NESCAU já tinha criado um novo produto orgânico pronto para beber, em embalagem que dispensa o uso de tampas plásticas. Com a novidade, a empresa vai evitar a utilização de mais de 610 mil tampas por ano, o que equivale a cerca de 2,6 toneladas de plástico.

Outra novidade foi a nova versão da caixa de bombons Especialidades Nestlé, agora sem o filme plástico externo. Com essa mudança, a companhia deixa de usar mais de 450 toneladas/ano de plástico. Alguns dos bombons individuais que compõem a caixa também tiveram suas embalagens repensadas: agora chegam ao consumidor com envoltórios herméticos, prontos para serem reciclados.

Já a marca Mucilon lançou uma nova embalagem em sachê, que utiliza um monomaterial mais fácil de ser reciclado, 100% desenhada para reciclagem. A nova embalagem utiliza menos plástico, o que vai levar à redução do uso de cerca de 300 toneladas de plástico por ano. Com a mudança nos sachês, a marca passa a ter toda sua linha com embalagens prontas para reciclagem, já que as latas de produtos Mucilon, além de serem totalmente recicláveis, possuem parte de sua composição feita com material reciclado.

Reciclagem nas fábricas

A Nestlé possui uma política de zero resíduos para envio à aterros ou incineração, e desde 2017 já atingiu essa marca no Brasil. A geração de resíduos das operações está associada aos processos de recepção das próprias embalagens e de matérias-primas, com geração de papéis, plásticos, vidros e metais, bem como resíduos orgânicos, como lodo nas estações de tratamento de efluentes e cinzas no processo de queima de biomassa em caldeiras.

Os resíduos são enviados para coprocessamento, reciclagem e compostagem. Além disso, as unidades realizam atividades de conscientização e educação ambiental com os colaboradores e comunidades do entorno. Foram eliminados todos os plásticos descartáveis em 2019, substituindo por copos de papel reciclável e canecas reutilizáveis.

Com informações da Assessoria de Imprensa

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BRASIL E PORTUGAL: BRAZILLAB APOIA A CRIAÇÃO DO 1º LABORATÓRIO BINACIONAL

A Fiocruz e a Universidade de Aveiro (UA) firmaram um acordo de cooperação internacional para a criação do Laboratório Binacional focado em ciência, tecnologia e inovação em Saúde 

BrazilLAB é o mais novo parceiro do Laboratório Binacional Brasil-Portugal/União Europeia, em Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde. O projeto é uma parceria da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) com a Universidade de Aveiro (UA) e tem o apoio de mais 60 organizações, órgãos públicos e empresas de 14 países. A iniciativa prevê a criação de uma unidade da Fiocruz em Portugal – em um parque tecnológico que já recebeu mais de 14 milhões de euros da Comissão Europeia e está ligado à Universidade de Aveiro e sua incubadora – e o desenvolvimento de colaborações e projetos temáticos, em eixos como Inovação, One Health, Indústria 4.0, Fármacos e Bioprodutos, Biotech e Saúde Digital.

O Laboratório Binacional foi idealizado como mecanismo inovador de cooperação científica internacional, prevendo a instalação de investigadores da FioCruz no PCI – Creative Science Park Aveiro Region, com o objetivo de desenvolver produtos, processos e serviços inovadores, assim como garantir a transferência e a difusão de tecnologia. Entre essas iniciativas estão a aplicação das tecnologias da Indústria 4.0 nas atividades do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos), unidade técnico-científica da Fiocruz.



Plataforma Internacional para Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde (PICTIS)

A PICTIS visa a construção de um Centro Internacional de Investigação, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação em saúde, tendo como instituições líderes a Fiocruz e a UA. Ancorado na Europa, no Parque de Ciência e Inovação de Aveiro (PCI - Creative Science Park), e atuando como Hub de inovação, com seus seis Laboratórios Setoriais (LabSec), a PICTIS permitirá o desenvolvimento de novos processos, produtos e prestação de serviços tecnológicos, considerando os vários países parceiros, com especial atenção ao Sistema Único de Saúde do Brasil (SUS-Brasil) e o Serviço Nacional de Saúde de Portugal (SNS-Portugal), muitas vezes como “Test-Beds” de inovações na área da Saúde. É um mecanismo inovador de cooperação internacional que materializa a Política de Inovação da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Plano Estratégico da Universidade de Aveiro (UA).

Com informações do BrazilLAB 

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TRANSPORTES METROPOLITANOS PARTICIPAM DE CAMPANHA CONTRA A HOMOFOBIA

Bandeira do arco-íris está estendida no vão livre da Estação Sé do Metrô, marcando o Dia Internacional de Luta contra a LGBTIfobia

Para marcar o Dia Internacional de Luta contra a LGBTIfobia, celebrado em 17 de maio, as empresas ligadas à Secretaria dos Transportes Metropolitanos (STM) – EMTU, CPTM, Metrô e as concessionárias ViaMobilidade e ViaQuatro – participam da campanha “17 de maio – Um dia de luto e de luta!”, lançada pela Coordenação de Políticas para LGBTI+ da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC), em parceria com o Museu da Diversidade Sexual, do Governo de São Paulo.

A campanha contra a LGBTIfobia traz uma série de artes desenvolvidas pelo artista gráfico Beto Cavalcante que reinterpretam e transformam quadros clássicos com informações sobre direitos da população LGBTI+. Os direitos ao nome social, casamento civil, à vida e à segurança são algumas das inspirações para as imagens. As peças serão exibidas nos monitores nas estações do Metrô e nos trens da Linha 4-Amarela. Teremos também cartazes na CPTM, nas estações da Linha 5-Lilás, nos ônibus gerenciados pela EMTU, nos terminais e também em monitores de vídeo do VLT, na Baixada Santista.



Além disso, as empresas vão divulgar a campanha nas suas redes sociais. “Ajudar a levar a mensagem contra a homofobia para os milhões de passageiros que usam nossos trens e ônibus é uma forma de manifestar nosso total apoio à causa LGBTI e mostrar que somos contra qualquer forma de discriminação”, disse Alexandre Baldy, secretário dos Transportes Metropolitanos.

O principal mote das peças é garantir, por meio da informação, poder para a população LGBTI+ seguir na luta por seus direitos. “O dia 17 de maio é uma importante data para refletirmos sobre os impactos da LGBTIfobia na nossa sociedade, assim como apoiarmos essa luta em direção a um mundo que tenha, ao mesmo tempo, mais diversidade e inclusão”, diz Claudia Carletto, secretária municipal de Direitos Humanos e Cidadania. “É muito gratificante receber o apoio de empresas tão relevantes nesta causa”, concluiu.

Palavras positivas como orgulho, resistência, respeito, empatia, amor e solidariedade farão parte das peças, em contraposição às palavras como isolamento, exclusão, discriminação, solidão e violência. O objetivo é celebrar as conquistas já alcançadas pela população LGBTI+, mas também lembrar que ainda vivemos em uma sociedade majoritariamente homofóbica e que muito precisa ser feito para mudar essa realidade.

Bandeira no Metrô – Outra importante ação da campanha aconteceu nesse sábado, 15 de maio, no vão livre da Estação Sé de Metrô, onde foi estendida uma bandeira do arco-íris. A ação tem apoio da Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo (APOGLBT). “A importância da bandeira LGBTI estar em uma das estações mais importantes da capital paulista nos faz refletir sobre o quão necessária é a luta dessas populações”, afirma Claudia Garcia, Presidente da APOGLBTSP.

“Para a causa LGBTI, a bandeira do arco-íris é um símbolo de resistência e de uma luta que começou em 1969, mas que precisamos lembrar neste 17 de maio que nossa luta continua”, disse Renato Viterbo, vice-presidente da Associação da Parada LGBT+ de São Paulo. “A parceria entre o Metrô, Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania e a Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo só reforça que, quando todos se unem para um bem comum, todos saem ganhando”, afirmou.

Escadas decoradas – As estações Paulista (Linha 4-Amarela) e Moema (Linha 5-Lilás) terão as escadas decoradas com as cores do arco-íris, símbolo do movimento LGBTQ+.

Secretaria dos Transportes Metropolitanos – A STM cuida diariamente (em tempos normais) do transporte de cerca de 10 milhões de passageiros que usam os ônibus gerenciados pela EMTU, além dos trens do Metrô, da CPTM e das linhas 4-Amarela e 5-Lilás, concedidas à iniciativa privada. A Estrada de Ferro Campos do Jordão, no interior do Estado, também é responsabilidade da STM, assim como o Parque Capivari, igualmente em Campos do Jordão e concedido à iniciativa privada.

Com informações da Assessoria de Imprensa

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ARTIGO: CIDADES MAIS QUE HUMANAS PARA UM MUNDO PÓS-PANDÊMICO

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Essa não é a primeira vez que uma pandemia ameaça a vida nas cidades, mas é a primeira vez que usamos tecnologias digitais para lidar com uma doença em tão grande escala e de maneira tão coordenada

A pandemia causada pelo novo coronavírus nos lembrou que saúde pública – e, em última instância, a sobrevivência da espécie humana – é uma questão urbana. Na ausência de qualquer desastre dessa proporção durante as últimas décadas, essa ligação entre urbanismo e crises sanitárias, parecia vir desaparecendo gradualmente. Entretanto, a crise da COVID-19 nos fez refletir sobre as formas de pensar a cidade (inteligente) e seus limites para abordar a sustentabilidade da vida em toda a sua universalidade.

Essa não é a primeira vez que uma pandemia ameaça a vida nas cidades, mas pode-se dizer que é a primeira vez que usamos tecnologias digitais como big data, IoT, machine learning e inteligência artificial para lidar com uma doença em tão grande escala e de maneira tão coordenada. E, quando uma ameaça de tal proporção é vivenciada por tantas pessoas simultaneamente, fica evidente que a interdependência é algo que determina as nossas vidas.



Planejamento Urbano

Para falar de interdependência nesse contexto, é importante salientar duas questões. A primeira delas é que interdependência trata de pessoas. Levando isso para a questão da cidade inteligente, interdependência significa pensar formas de planejamento urbano e de desenvolvimento de sistemas inteligentes que ativem redes de colaboração e que, portanto, partam de abordagens de projeto abertos à participação. Isso nos leva à segunda questão.

A segunda questão, é que a noção de interdependência sugere que nenhuma vida se sustenta sozinha, sem o respeito a outras espécies ou sem o cuidado com nosso entorno. E essa questão implica em ir mais a fundo no conceito de desenvolvimento inteligente que temos explorado. Ela requer ir além do pensar o sistema em si e, igualmente, ir além da questão de posicionar o ser humano no centro das propostas. Requer desenvolver a percepção de partes não-humanas, menos presentes nos conceitos de cidade inteligente tradicionais.

O conceito de cidades mais que humanas, do inglês more-than-human cities, representa uma agenda de pesquisa que investiga e encoraja o desenvolvimento de novas abordagens metodológicas que ampliem o fazer urbano em direção a entendimentos mais complexos da coexistência humana com outros tipos de inteligência. Essa agenda vem sendo trazida para discussão em eventos acadêmicos importantes para o campo, como o Digital Cities, o Communities & Technologies e, mais recentemente, a Media Architecture Biennalle.

Cidades mais que humanas

A ideia de cidade mais que humana propõe que comunidades de especialistas apoiem não especialistas para criar e projetar sistemas inteligentes que respondam às questões urbanas que afetam as comunidades em um dado contexto e que se desenvolvam métodos, ferramentas, abordagens, plataformas etc. que permitam envolver diferentes comunidades, ambientes e outras inteligências no design de espaços urbanos híbridos.

Considerando que a incidência de doenças nas cidades está frequentemente correlacionada, entre outras coisas, com questões de desequilíbrio ecológico e desigualdade social, esse pode ser um dos caminhos para abrir espaço para outras vozes (humanas e não-humanas) na difícil tarefa de construir uma cidade multiespécie mais justa, saudável e segura para o mundo pós-pandêmico.

Autora: Laryssa Tarachucky, colaboradora do Laboratório de Cidades mais Inteligentes e Humanas (LabCHIS) na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Fundadora do grupo de pesquisa A Cidade e a Névoa, voltado ao estudo de mídias urbanas e do potencial de uso das plataformas para a criação de formas colaborativas de planejar e construir a cidade 

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TECNOLOGIA E HUMANIZAÇÃO NA CONSTRUÇÃO DE CIDADES INTELIGENTES

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As cidades inteligentes são a base para o aumento da participação ativa humana, com forte presença da tecnologia para nortear as ações de governança, mobilidade e meio ambiente

Quando usamos o termo “cidades inteligentes” é muito comum surgir em nossas mentes uma imagem futurista, de produções cinematográficas. Embora a inovação esteja sim presente na construção dessas cidades, é fundamental o entendimento do real conceito. Uma “smart city” é uma cidade humanizada, em que as pessoas interagem e utilizam dos mesmos serviços funcionais, com o objetivo de desenvolver uma melhor qualidade de vida com práticas sustentáveis.

O termo, criado ainda no início dos anos 1990, evoluiu e hoje demonstra qual o caminho utilizado para a conquista dos espaços inteligentes, ou seja, as soluções provindas da Internet das Coisas (IoT). Uma grande parte dessa tecnologia é uma rede de objetos e máquinas conectados que transmitem dados utilizando mobile e nuvem. Os aplicativos IoT recebem, analisam e gerenciam dados em tempo real para ajudar municípios, empresas e cidadãos a tomar melhores decisões que impactem positivamente na qualidade de vida, como o simples ato de pedalar.



Ou seja, hoje entendemos as smart cities como base para o aumento da participação ativa humana, com forte presença da tecnologia e da ciência de dados para nortear as ações de governança, mobilidade e meio ambiente, principalmente.

Aumento da população mundial

Segundo a ONU, 54% das pessoas do mundo vivem em cidades grandes, uma proporção que deve chegar a 66% até 2050. Com o crescimento geral da população, a urbanização adicionará mais 2,5 bilhões de pessoas às cidades nas próximas três décadas. Por isso, para conter a sobrecarga de recursos, a sustentabilidade ambiental, social e econômica é fundamental. E, diante de todo o cenário, um olhar estratégico, pautado em dados e estudos para solucionar os desafios atuais, se torna ainda mais importante. 

É claro que, ainda assim, devemos considerar a relevância da inovação em todo esse processo, mas não ela por si só. Uma imagem, divulgada em um artigo da Cidade de Vancouver, compara exatamente o espaço requerido para transportar 48 pessoas utilizando várias versões do mesmo modal, que é o carro e fica evidente que focar apenas na tecnologia como nos casos do carro autônomo ou elétrico, por exemplo,  desconsiderando diversos outros aspectos, não resolve o problema de ocupação viária, que se agrava à medida que mais e mais automóveis são colocados nas ruas de forma desproporcional aos demais modais de transporte. 

As transformações na gestão pública

Os poderes públicos estão aproveitando as tecnologias para conectar e melhorar a infraestrutura, eficiência e qualidade de vida para os cidadãos. Várias práticas entram no assunto, como otimizar a distribuição de energia, a coleta de lixo, diminuir o congestionamento do tráfego e até melhorar a qualidade do ar com a ajuda da IoT. Por aqui, são milhares de toneladas de CO2 economizados com o crescimento da adesão ao uso de bikes compartilhadas. Somente em 2020, na Tembici, registramos mais de 4 mil toneladas de CO2 economizados com pedaladas, que se fossem emitidos, seria necessário o plantio de aproximadamente 30 mil árvores.

Experiência brasileira 

É comum concentrar nossos pensamentos somente na Europa e América do Norte, quando falamos em Smart Cities, no entanto, Santiago, Medellín e inclusive Rio de Janeiro, são consideradas cidades inteligentes pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). 

Olhando para o que já temos  construído e observando a evolução na América Latina, não estamos tratando de algo totalmente distante de nós. Temos profissionais, empresas, governo e recursos para colocar os planos em prática e compartilhar dados. O objetivo final é a humanização integrada, mas a tecnologia é muito importante durante todo o percurso.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities 

ESTUDO APONTA EXTREMOS SUL E LESTE DE SÃO PAULO COM AS PIORES CONEXÕES DE INTERNET

Distritos como Perus, Cidade Tiradentes e Capela do Socorro estão entre os locais com maior carência de antenas, o que aumenta a desigualdade no acesso à internet 

Com a pandemia da Covid-19, boa parte da população brasileira precisou se adaptar ao trabalho e estudo remoto. A mudança também acentuou uma realidade vivida há anos pela população das áreas mais periféricas: a desigualdade de acesso à infraestrutura de telecomunicações. Levantamento realizado pela Consultoria Teleco, a pedido da Associação Brasileira de Infraestrutura para Telecomunicações (Abrintel), em janeiro de 2021, aponta que a cidade de São Paulo precisa aumentar o número de infraestruturas de suporte para oferecer uma conectividade melhor no acesso à internet em todas as localidades.

Segundo o relatório, das mais de 103 mil estações de telecomunicações instaladas no Brasil, 7.509 estão na capital paulista. Com base nesse número, estima-se que uma cidade como São Paulo precisaria duplicar o número de estações atuais para oferecer um serviço de qualidade em todas as localidades, dinamizar a economia digital, ajudar a reduzir a desigualdade social e viabilizar uma cidade conectada.



Quando os dados apurados de distribuição de infraestrutura são relacionados com a distribuição da renda média nas localidades, observa-se que a desigualdade de acesso à essa infraestrutura atinge mais a população que ganha menos. A maior carência de antenas nos distritos que apresentam renda média mais baixa, como Perus, Cidade Tiradentes e Capela do Socorro, é ilustrada pelo maior número de pessoas atendidas por uma mesma infraestrutura; menos infraestrutura por km² e menor quantidade de antenas ocasionado em uma conexão residual, abaixo do indicado.

Já os distritos com renda domiciliar mais alta como Vila Mariana e Pinheiros possuem: menos pessoas atendidas por uma mesma infraestrutura; mais infraestrutura por km² e maior quantidade de antenas.

“A conectividade é ferramenta indispensável na promoção do desenvolvimento econômico e na redução da desigualdade social e esses números nos permitem concluir que há uma necessidade inegável de mudança na legislação para permitir a implantação de infraestrutura, com o objetivo de levar a abrangência dos serviços de conectividade móvel, em sua melhor forma, às periferias da cidade de São Paulo”, afirma Luciano Stutz, presidente da Abrintel.

Com informações da Assessoria de Imprensa da Abrintel 

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ECOSSISTEMA DE INOVAÇÃO, EMPREENDEDORISMO E POLÍTICAS PÚBLICAS IMPULSIONAM STARTUPS NO PARANÁ

Paraná conta com 1.434 startups em 87 cidades, um total de 402 startups 

Vistas como o empreendedorismo do futuro, as startups paranaenses estão ganhando, cada vez mais, destaque não apenas no cenário da inovação mas, também, no econômico. Com um ecossistema de inovação promissor o Paraná vem se confirmando como um celeiro de unicórnios no Brasil, empresas com valor de mercado superior US $ 1 bilhão.

Curitiba já conta com dois unicórnios — Ebanx e MadeiraMadeira — deve receber mais três na lista: Olist, Contabilizei e Pipefy. “Isso mostra uma grande maturidade do ecossistema, com empreendedores criativos e ousados. Um ecossistema bem unido, no qual as startups maiores e bem-sucedidas compartilham experiências e impulsionam as demais. Tudo isso desperta a atenção dos investidores, que gostam de apostar em ecossistemas mais consolidados”, ressaltou a presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação Cris Alessi.



O ecossistema de inovação consolidado também contribuiu para o aumento no número de startups paranaenses. De acordo com o Mapeamento das Startups Paranaenses 2020/2021, realizado pelo Sebrae/PR, o Paraná conta hoje com 1.434 startups em 87 cidades, um total de 402 startups a mais (39%) em relação ao estudo anterior, divulgado no segundo semestre de 2019.

O levantamento mostra que 20.8 % das startups receberam recursos de investidores externos. Rafael Tortato, coordenador estadual do Projeto Startup do Sebrae-PR, destaca que as ações de fomento promovidas pelo Governo para os empreendedores iniciantes são fundamentais para o fortalecimento do ecossistema e para o estímulo do empreendedorismo inovador. “Iniciativas como essas garantem que o recurso inicial não seja uma barreira para começar um negócio de base tecnológica e com grande potencial de mercado”, comenta o coordenador.

O Governo do Estado tem a inovação como uma de suas prioridades e tem lançado diversos editais, por meio da Fundação Araucária, como o Programa Sinapse da Inovação, Startup Match, Programa Centelha e a chamada referente ao Sistema de Inovação do Sudoeste. Os programas têm o objetivo de apoiar os pequenos empreendedores em projetos que incorporem novas tecnologias. Um investimento de mais de R$ 2,5 milhões em recursos estaduais e federais.

“É um resultado muito importante, que mede a evolução de maneira mais concreta e que mostra que estamos no caminho certo. Desta forma é possível verificar que as políticas públicas e apoios estão funcionando”, disse o presidente da Fundação Araucária Ramiro Wahrhaftig.

O diretor da Agência de Inovação Tecnológica (Aintec) da Universidade Estadual de Londrina-UEL, professor Edson Miura, enfatiza que os programas auxiliam o crescimento das startups pois além de oportunizar recursos financeiros, acompanham o desenvolvimento das organizações. “Programas como o Sinapse da Inovação e o Centelha possuem editais, são concorridos, além de solicitarem participação efetiva das startups e contrapartidas de relatórios e entregas de etapas do desenvolvimento, sendo um parceiro de investimento na evolução das organizações.”

Paraná Inovador

Neste sentido, o Paraná tem avançado para que o estado esteja entre os mais inovadores do País, comenta Márcia Beatriz Cavalcante Líder de Inovação Aberta da Celepar. “Creio que o avanço venha das bases da estrutura de formação do Estado, com polos regionais fortes e diversificados, sistemas de apoio regionais que se conectam, conexões internacionais fortes (colonização do estado), e um governo que tem procurado acelerar a adoção de tecnologias de forma mais ágil”, disse.

Para o pesquisador no grupo de Tecnologia e Inovação em Saúde da PUCPR e membro da Sociedade Brasileira de Informática em Saúde, Cristiano Teodoro Russo, grande parte deste crescimento se deve ao amadurecimento do ecossistema como um todo. “Hoje temos programas mais sólidos de aceleração, mais investimento por parte dos fundos privados, mais editais estatais de fomento, mais empresas conversando com startups e isso saiu da capital e alcançou praticamente todo o estado.”

O professor Edson Miura relaciona o investimento em inovação com melhoria da qualidade de vida da população. “O Estado investe em inovação também como fator preponderante para o crescimento de qualidade de vida, aumento de empregabilidade, soluções tecnológicas e pesquisas, como critérios chaves para um desenvolvimento sustentável de longo prazo”, comenta.

Fatores que contribuem

Alguns fatores foram fundamentais para a criação de empresas geradoras de inovação, mesmo em meio à pandemia e a crises econômicas, segundo Sidarta Ruthes de Lima coordenador de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação do Observatório Sistema Fiep. “O crescimento da atenção das grandes empresas para as startups, que são muito inovadoras e ágeis na sua atuação, além de possuírem riscos mais baixos e custos menores em comparação às operações tradicionais de PD&I.”

Cita ainda a digitalização da economia, por meio das transformações tecnológicas em curso, gerando novos negócios em torno do conceito exponencial e colaborativo. Também o apoio institucional aos ecossistemas de inovação, proporcionando um ambiente mais propício ao empreendedorismo de alto impacto. “Até mesmo o efeito pandemia, que acelerou a vida digital da sociedade, forçando muitos negócios tradicionais a buscarem soluções digitais para se manterem vivos no mercado”, comentou o professor Sidarta.

HealthTech

O setor de saúde e bem estar foi o que mais ganhou startups no Paraná. De todas as 29 verticais analisadas pelo estudo realizado pelo SebraePR, a que mais viu startups nascerem em 2020 foi justamente aquela relacionada à saúde.  HealthTech & Wellness ganhou 35 novos empreendimentos. São 121 startups, sendo a segunda vertical mais citada das 29.

Cristiano Teodoro Russo, da Sociedade Brasileira de Informática em Saúde, analisa que o cenário da pandemia pode ter contribuído com este crescimento. “Projetos com impressão 3D, novos materiais e produtos, testes diagnósticos, entre outros, receberam uma ‘injeção’ de investimentos e estimularam algumas novas startups.”

Por outro lado, lembra que as healthtechs sempre estiveram entre as principais vocações do Paraná no que diz respeito a startups. “A percepção do setor de saúde de que a tecnologia é uma importante aliada na solução de problemas antigos, na ampliação de acesso aos serviços médicos, a redução de custos e eficiência do setor, permitiu o sucesso, logo o aumento, de startups healthtechs não só no Paraná, mas no Brasil.”

Para Márcia Cavalcante, da Celepar, a aceleração das healthtechs veio da convergência da economia, tecnologia, mercado e pandemia. Ela reflete que a vertical health ainda precisa avançar em inovação. “A ciência médica ainda carece muito de inclusão em novas tecnologias, seja na adoção de protocolos clínicos automatizados, como a adoção e poder de compra que equipamentos, treinamentos e técnicas mais especializados. A economia dolarizada prejudica a utilização de insumos com maior qualidade e esta escassez, acaba também representando oportunidades inovadoras.”

Distribuição regional

Por mais que a regional Leste assegure o primeiro lugar, com 444 startups mapeadas (ou 31% do total), mais de dois terços das startups paranaenses não estão na capital ou próximas dela: as regionais Norte (275 ou 19,2%) e Sul (249 ou 17,4%) foram um forte segundo pelotão. A seguir vem a Oeste (193 ou 13,5%) e Noroeste (175 ou 12,2%), também próximas. Por fim, a regional Centro contabilizou 98 startups (o que corresponde a 6,8% do total).

As 10 principais cidades com startups são: Curitiba (422), Londrina (180), Pato Branco (126), Maringá (105), Cascavel (89), Ponta Grossa (76), Foz do Iguaçu (42), Dois Vizinhos (37), Francisco Beltrão (37) e Campo Mourão (35).

“O interessante é ver a distribuição de startups em cidades menores, o que mostra que o momento do Estado é realmente de estímulo à inovação, com uma excelente distribuição geográfica do berço de novas startups”, observa a presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação Cris Alessi.

Mulheres empreendedoras no Paraná 

O mapeamento realizado pelo SEBRAE mostra ainda que 22.7% das startups paranaenses têm mulheres como fundadoras.  Embora seja um dado que merece destaque, Márcia Cavalcante considera que ainda é preciso avançar. “É um percentual expressivo considerando que apenas 9% dos alunos formados no curso de Ciências de Computação do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação são mulheres, e ainda considerando que a cada 10 membros de conselho, 1 é mulher (menos que 50% da média global).”

E complementa “ainda precisamos elevar muito o número de mulheres nas esferas de tomada de decisão”, reforça Márcia Cavalcante.

Investimento na base

O fomento de empreendimentos de base tecnológica e inovadora pode transformar e posicionar o Paraná, não apenas em âmbito nacional, mas também internacional. Neste cenário analisado por Rafael Tortato, que coordenou o mapeamento realizado pelo Sebrae/PR, o investimento precisa ser reforçado já na base.
“As ações de estímulo podem começar ainda nas escolas e nas universidades, com uma participação ativa e inclusiva dos professores para transformar boas ideias e projetos em negócios de sucesso.”

Ele afirma ainda que a disponibilização do recurso inicial para o empreendimento, com critérios por se tratar de um recurso público, permite que boas iniciativas saiam do papel e possam gerar empregos qualificados.  “Bem como trazer um impacto econômico positivo, atraindo recursos de investimentos em estágios mais avançados de maturidade das startups, atração de talentos e recursos humanos qualificados”, pontua Rafael.

Cenário econômico

Os dados mostram que as startups estão ganhando relevância e atraindo investidores. Para Sidarta Ruthes de Lima coordenador de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação do Observatório Sistema Fiep, os números demonstram que há espaço para crescimento entre as empresas com expectativa de se tornarem unicórnios futuramente. “O que atrai mais investidores são os modelos de negócios baseados na economia exponencial, que podem ser escalados nacionalmente, com potencial de internacionalização do modelo. O grande desafio é conseguir alcançar a exponencialidade”, explicou.

Entre os dois segmentos de atuação mais cotados entre os potenciais unicórnios estão as fintechs e as martechs. O professor Edson Miura lembra que estas são áreas que possuem oportunidades de melhorias. “É possível considerar uma tendência, um exemplo são as fintechs com bancos digitais, sem agências físicas, agilidade nos processos, controle individuais de limite de cartão, por exemplo.”

Setor no qual Curitiba aparece entre as cidades mais promissoras como lembra Cris Alessi. “O relatório da Startup Genome também apontou Curitiba entre as cidades mais promissoras do mundo para fintechs. Claro que o sucesso do Ebanx funciona como âncora, atraindo atenção para esse setor”, comenta.

O professor da PUCPR, Cristiano Teodoro Russo, destaca que a curva de aprendizado e desenvolvimento do Brasil foi rápida, estando entre os cinco países com maior número de startups unicórnio. “Além disso, a atual situação dos mercados posiciona o modelo startups como um bom investimento a médio e longo prazo para quem não precisa de liquidez e quer alternativas aos modelos tradicionais ecommodities.”

Fundação Araucária

A participação da Fundação Araucária no apoio a startups tem sido conduzida observando alguns princípios colocados em prática em 2019, buscando acelerar o sucesso destas empresas. Principalmente ao olhar o Estado organizado em ecossistemas de inovação, permitindo identificar necessidades socioeconômicas específicas e, especialmente, o papel do Sistema de Ciência e Tecnologia do Estado para suprir estas necessidades com soluções inovadoras. Também observando de forma sistêmica os grandes desafios a que são submetidas as startups.

Uma importante ação é o Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (NAPI) Startup Life que abriga diversas formas de apoio observando o ciclo de vida destas empresas, dentre os quais Sinapse, Centelha, Design para Inovação, PRIME e Startup Match. Trata-se de um esforço conjunto da Araucária, das Superintendências de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) e de Inovação (SGI).

Com informações da Fundação Araucária

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