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Bispos da América Latina, África e Ásia denunciam o “capitalismo verde”

Conferências episcopais criticam “falsas soluções” em documento que faz apela à Justiça climática. Texto foi enviado ao papa Leão XIV

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) apresentou, ontem, o documento Um chamado por justiça climática e a Casa Comum: conversão ecológica, transformação e resistência às falsas soluções. A iniciativa marca a posição oficial da Igreja Católica no Brasil e das conferências episcopais da América Latina, África e Ásia em relação à crise climática global e às discussões que serão levadas à 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, a COP30, marcada para novembro, em Belém.

No mesmo dia, o texto foi entregue à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e será apresentado amanhã à Câmara dos Deputados, durante audiência pública.

Com duras críticas ao modelo econômico vigente, o documento denuncia o avanço das chamadas “falsas soluções”, como o “capitalismo verde”, e alerta que não é possível enfrentar a emergência climática com propostas baseadas na mesma lógica que a provocou.

“Não se supera a crise ambiental com soluções vindas do mesmo sistema que a provocou”, afirmou Dom Vicente de Paula Ferreira, presidente da Comissão Episcopal para Ecologia Integral e Mineração da CNBB. “É preciso romper com a lógica do lucro a qualquer custo, e propor caminhos realmente transformadores, que coloquem a vida, a justiça e a dignidade no centro. Nossa fé nos convoca a isso. O cuidado com a Casa Comum não é uma questão ideológica, é uma questão de fé.”

O documento também foi entregue ao Papa Francisco, em audiência no Vaticano, pelo presidente da CNBB e do Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam), cardeal Dom Jaime Spengler. Em vídeo enviado de Roma, Dom Jaime relatou que o pontífice acolheu o texto com atenção e reafirmou sua preocupação com os impactos da crise ambiental sobre os mais pobres. Francisco também demonstrou interesse em participar da COP30, diante do convite oficial do governo brasileiro.

“A entrega foi muito significativa. O Papa está consciente do papel da Igreja nesse momento e da urgência de um debate climático que leve em conta os excluídos, os povos originários, os pequenos agricultores, as comunidades periféricas. A ecologia integral exige uma mudança de paradigma. Não é uma questão técnica. É uma escolha ética, espiritual e civilizatória”, afirmou Dom Jaime.

Articulação

Fruto de mais de um ano de escuta e articulação entre conferências episcopais do Sul Global — Celam (América Latina e Caribe), Secam (África) e FABC (Ásia) — o texto expressa o olhar da Igreja que está nos territórios mais vulnerabilizados pelos efeitos das mudanças climáticas. Segundo os bispos, a destruição ambiental tem rosto: são os povos que vivem às margens dos rios poluídos, nas periferias urbanas, nos campos sem água ou sob ameaça de expulsão por projetos predatórios.

“O fato de a COP30 ocorrer no Brasil nos chama a uma atuação mais intensa”, afirmou Dom João Justino de Medeiros, primeiro vice-presidente da CNBB. “A Igreja, com sua capilaridade, está presente nos lugares onde a degradação ambiental tem consequências diretas sobre a vida das pessoas. Temos o compromisso de articular a Igreja em todos os níveis — paróquias, dioceses, pastorais — e somar com os povos e organizações que constroem alternativas reais.”

O bispo ressaltou que o documento é fruto de um processo coletivo: “Não foi um texto feito em gabinete. Ele incorpora escutas, reflexões e experiências concretas de comunidades, pastorais sociais, povos originários e organizações ecumênicas. É a voz do Sul Global ecoando com autoridade espiritual e compromisso ético”.

Fé e incidência política

Durante a coletiva, os bispos reforçaram que a justiça climática está no centro da ação pastoral e deve se manifestar tanto em gestos cotidianos quanto na incidência política. “Quantas ações concretas nascem nas comunidades: proteção do rio, cuidado com a floresta, preservação da rua, da casa, da rua do vizinho. Isso tudo é ecologia integral”, afirmou Dom Vicente. “Mas também temos que enfrentar os grandes projetos destrutivos, como o chamado ‘PL da devastação’, que ameaça enfraquecer ainda mais o licenciamento ambiental no Brasil. A Igreja tem denunciado esses retrocessos.”

Segundo ele, é necessário desconstruir a ideia de que desenvolvimento e sustentabilidade são conceitos opostos. “Temos que romper com esse discurso que coloca progresso contra natureza. É possível uma vida boa com sobriedade, com respeito, com encantamento. A doutrina social da Igreja nos aponta isso. O Evangelho nos desafia a não servir a dois senhores. Ou cuidamos da vida, ou nos curvamos ao lucro que mata”, disse.

O documento também reforça o papel da espiritualidade como força transformadora. “Falamos de conversão ecológica. Isso significa reconhecer que o modo como vivemos está doente. Precisamos de outra forma de nos relacionar com a criação, com os outros e conosco mesmos”, afirmou Dom João Justino.

O texto será utilizado como ferramenta de mobilização da Igreja nos encontros regionais da CNBB até novembro. Além disso, será entregue a parlamentares e autoridades do Executivo, com o objetivo de reforçar a contribuição da Igreja para o debate público e estimular ações efetivas diante da crise ambiental.

“Acreditamos que esse documento pode abrir novos espaços de escuta, diálogo e responsabilidade. Oxalá, possa nascer dele algo importante para o nosso Brasil, para o nosso mundo, para o nosso povo”, concluiu Dom Vicente.

Fonte: Correio Braziliense

China inicia maior projeto de transmissão de energia da história do Brasil

Obra de R$ 23 bilhões da State Grid, gigante estatal chinesa, promete levar energia limpa do Nordeste para o Centro-Oeste e reforça parceria estratégica entre os dois países

A State Grid Brazil Holding (SGBH), subsidiária da estatal chinesa State Grid Corporation of China (SGCC), deu início nesta segunda-feira (30) à construção de um megaprojeto de transmissão de energia que promete mudar o mapa energético do Brasil. Com investimento estimado em R$ 23 bilhões, o projeto é hoje considerado a maior concessão de transmissão elétrica já realizada no país.

Linha liga Nordeste e Centro-Oeste

A obra começou oficialmente em Silvânia (GO), onde será erguida uma das estações conversoras da nova linha. Ao todo, serão 1.468 km de extensão, ligando Graça Aranha (MA) a Silvânia, com passagem pelo Tocantins.

A linha usará corrente contínua de ultra alta tensão (800 kV) — tecnologia pioneira no Brasil, mas comum na China — e contará com duas estações conversoras e unidades de apoio. A capacidade será de 5 milhões de kW, energia suficiente para abastecer cerca de 12 milhões de pessoas, inclusive Brasília e várias regiões do Centro-Oeste.

A obra deve ficar pronta até 2029, com operação comercial prevista para março do mesmo ano. A concessão será válida por 30 anos e ficará a cargo da Graça Aranha Transmissora de Energia S.A. (GATE), criada especialmente para administrar o projeto.

Energia limpa do Nordeste: potencial gigante, mas pouco aproveitado

O Nordeste brasileiro já lidera a geração de energia renovável, principalmente de usinas eólicas, solares e hidrelétricas. No entanto, a falta de estrutura para transmitir essa energia ainda é um gargalo. Muitas vezes, o que se gera de energia não consegue chegar a quem precisa.

Com essa nova linha, o país dá um passo importante para resolver essa limitação histórica. O novo corredor de transmissão vai aumentar a eficiência da rede nacional, garantir que a energia limpa chegue a mais lugares e atrair novos investimentos para a região.

Parceria reforça laços entre Brasil e China

A State Grid está presente no Brasil há 15 anos e já é responsável por outra linha estratégica, que conecta a Usina de Belo Monte (PA) ao Rio de Janeiro. Agora, com o novo projeto, a empresa amplia ainda mais sua presença e mostra confiança no mercado brasileiro.

A iniciativa também reforça a cooperação entre Brasil e China, alinhando-se tanto à estratégia chinesa da Iniciativa Cinturão e Rota, a Nova Rota da Seda, quanto ao Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado pelo governo Lula para modernizar a infraestrutura do país.

A experiência da State Grid é um diferencial. Na China, o grupo já tem mais de 40 projetos de transmissão de ultra alta tensão, tecnologia que permite transportar grandes volumes de energia por longas distâncias com menos perdas.

Contexto e origem do projeto

O projeto começou a sair do papel quando a SGBH venceu o leilão de concessão em 15 de dezembro de 2023. Em 3 de abril de 2024, a empresa assinou o contrato com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), no Palácio do Planalto.

De lá para cá, a empresa avançou com estudos, obteve licenças ambientais e iniciou as obras, começando pela estação conversora em Silvânia.

Durante a cerimônia de lançamento, o presidente da SGBH, Sun Tao, destacou que o projeto mostra como a tecnologia chinesa pode contribuir para o desenvolvimento sustentável do Brasil, garantindo energia limpa, estável e mais barata para milhões de brasileiros.

Liderança global no setor

A State Grid Corporation of China é considerada a maior empresa de serviços públicos do mundo, ocupando o 3º lugar no ranking Fortune Global 500. Ela lidera globalmente em projetos de transmissão de energia de ultra alta tensão e mantém o recorde de segurança operacional entre redes elétricas de grande porte há mais de 20 anos.

Essa expertise agora ajuda o Brasil a dar um salto tecnológico no setor elétrico e a se posicionar cada vez mais como uma potência em energia limpa e renovável.

A nova linha de transmissão da State Grid é muito mais do que um projeto de engenharia. É uma ponte de energia limpa entre o Nordeste e o Centro-Oeste, que fortalece a matriz energética, gera empregos, movimenta a economia e consolida a parceria Brasil-China para um futuro mais sustentável.

Fonte: Revista Forum

Furacões, secas, inundações: 73% dos patrimônios culturais e naturais do mundo estão sob ‘risco severo’, diz ONU

Lugares que vão do Parque Nacional do Serengeti, rico em biodiversidade, na Tanzânia, à cidade sagrada de Chichén Itzá, no México, e ao Taj Majal, na Índia, enfrentam desafios hídricos crescentes, aponta relatório

Quase três quartos dos patrimônios culturais e naturais do mundo, incluindo Chan Chan, no Peru, estão ameaçados por secas ou inundações, informou a Unesco nesta terça-feira. Resultados do aumento das temperaturas, eventos climáticos extremos — como furacões, secas, inundações e ondas de calor — tornaram-se mais frequentes e intensos, alertam cientistas.

De acordo com a Unesco, 73% dos 1.172 sítios não marinhos na Lista do Patrimônio Mundial da organização estão expostos a pelo menos um risco severo relacionado à água: estresse hídrico, seca, inundações fluviais ou costeiras.

No Peru, a cidade pré-colombiana de Chan Chan e suas delicadas e antigas muralhas de adobe enfrentam um risco extremamente alto de inundações devido ao fenômeno El Niño, citado como exemplo em um relatório preparado com o World Resources Institute (WRI).

Na China, a elevação do nível do mar, causada em grande parte pelas mudanças climáticas, está levando a inundações costeiras, destruindo áreas úmidas onde aves aquáticas migratórias encontram alimento, acrescenta.

Os riscos são globais.

“Lugares que vão do Parque Nacional do Serengeti, rico em biodiversidade, na Tanzânia, a tesouros culturais como a cidade sagrada de Chichén Itzá, no México (…) enfrentam riscos hídricos crescentes que colocam em risco não apenas os próprios locais, mas também os milhões de pessoas que deles dependem”, enfatiza o relatório.

O estresse hídrico pode se intensificar em regiões como Oriente Médio e Norte da África, partes do Sul da Ásia e norte da China, com riscos para os ecossistemas, o patrimônio, as pessoas e suas economias, afirma o relatório.

A ameaça mais comum aos sítios culturais é a escassez de água, antes das inundações, de acordo com o estudo.

Na Índia, a falta de água está causando “contaminação e esgotamento das águas subterrâneas, o que está danificando o mausoléu” do Taj Mahal em Agra, de acordo com a Organização do Patrimônio da ONU e o WRI.

Nos Estados Unidos, “em 2022, grandes inundações fecharam todo o Parque Nacional de Yellowstone e custaram mais de US$ 20 milhões em reparos de infraestrutura para reabri-lo”, acrescentaram os autores da obra.

Outros exemplos citados incluem o “estresse hídrico” sofrido pelos pântanos do sul do Iraque — o suposto lar bíblico do Jardim do Éden — e as secas recorrentes nas Cataratas Vitória, entre a Zâmbia e o Zimbábue.

Fonte: O Globo

 

Ministério da Justiça publica portaria que estabelece diretrizes para uso de IA na segurança pública

Pasta divulga portaria com diretrizes para uso da tecnologia dentro da segurança.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública publicou nesta segunda-feira (30) uma portaria estabelecendo normas inéditas para uso de tecnologia em investigações criminais e atividades de inteligência de segurança pública.

A diretriz que mais chama atenção é a liberação, mediante normas, do uso da inteligência artificial para casos como recaptura de réus, busca por desaparecidos, flagrante delito e instrução de inquérito ou processo criminal.

Segundo a pasta divulgou em nota, a regulamentação ‘busca modernizar a atuação das forças de segurança brasileiras, sem abrir mão da proteção aos direitos fundamentais dos cidadãos’.

São três pilares que fundamentaram a iniciativa: o fortalecimento dos mecanismos de investigação e inteligência por meio de soluções tecnológicas avançadas; a proteção rigorosa de dados pessoais para prevenir uso ilícito em fraudes, golpes financeiros e perseguições; e a criação de parâmetros claros para aplicação de inteligência artificial (IA) em operações de segurança pública.

O Ministério da Justiça destaca que a portaria teve participação de órgãos dentro da área, justamente para colaborar na operação e nas garantias legais.

A portaria é válida para as forças de segurança federais, além de órgãos estaduais, distritais e municipais que recebem recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública e do Fundo Penitenciário Nacional.

A pasta afirma que é a primeira vez há uma normativa clara sobre o uso da IA na segurança pública.

O comunicado também diz que há diretrizes claras a serem seguidos. Por exemplo, as tecnologias precisarão sempre de respaldo legal. Já na área prisional, poderá ser usada pela localizar e bloquear celulares.

Fonte: CBN

O estado nordestino que é o maior gerador de energia eólica do Brasil, com capacidade para abastecer milhões de lares

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Com 360 parques eólicos em operação, a Bahia se consolida como o principal polo de geração de energia a partir dos ventos no país, com força para abastecer mais de 4,5 milhões de lares.

A expansão da energia eólica no Brasil tem um epicentro claro: a Região Nordeste. Liderando essa transformação, um estado se destaca como o maior gerador de energia do país. Embora a competição seja acirrada, dados consolidados mostram que a Bahia assumiu a dianteira, produzindo um volume de energia limpa capaz de iluminar milhões de residências e fortalecer a segurança energética nacional.

O maior gerador de energia dos ventos

A liderança na produção de energia eólica no Brasil é uma disputa dinâmica, travada principalmente entre Bahia (BA) e Rio Grande do Norte (RN). A métrica mais decisiva para essa definição não é o potencial instalado, mas a energia que é efetivamente gerada e entregue ao sistema.

Sob essa ótica, os dados de 2024 confirmam a Bahia como a líder nacional. O estado produziu um total de 35,59 TWh (terawatts-hora) ao longo do ano. Esse volume superou o Rio Grande do Norte, que gerou 29,47 TWh no mesmo período.

A liderança baiana reflete sua robusta infraestrutura e capacidade de expansão. Em 2024, a Bahia possuía 360 parques eólicos e 3.529 aerogeradores em operação, números superiores aos do Rio Grande do Norte, que contava com 308 parques e 3.446 aerogeradores.

Quantos lares a energia eólica baiana abastece?

A produção massiva de energia eólica da Bahia se traduz em um impacto direto na vida dos brasileiros. Para entender essa dimensão, é possível realizar um cálculo preciso sobre sua capacidade de abastecimento.

Com base na geração total de 35,59 TWh em 2024 e no consumo médio anual das residências no Brasil, a energia produzida pelos ventos baianos tem a capacidade de abastecer aproximadamente entre 4,5 e 4,7 milhões de lares brasileiros por um ano inteiro. Esse número demonstra a relevância da contribuição do estado para a matriz energética do país.

Os três gigantes da energia eólica nacional

A força da energia eólica brasileira está concentrada no Nordeste. Além da Bahia e do Rio Grande do Norte, o Piauí se consolidou na terceira posição, formando um trio dominante. Juntos, esses três estados respondem pela vasta maioria da produção nacional.

Em 2024, a produção do Piauí alcançou 14,93 TWh. A hegemonia regional é tão grande que o Nordeste é responsável por impressionantes 92,2% de toda a energia eólica gerada no Brasil.

Por que o nordeste tem os melhores ventos para energia?

A dominância nordestina não é um acaso. A região possui uma combinação única de fatores naturais que a tornam uma das melhores do mundo para a geração eólica. O principal ativo são seus ventos, notáveis pela constância, estabilidade e por soprarem em uma única direção.

Essa previsibilidade aumenta a eficiência dos aerogeradores. Além disso, os ventos são mais intensos no segundo semestre, período que coincide com a estação seca, quando os reservatórios das hidrelétricas estão mais baixos. Assim, a energia eólica atinge seu pico de produção exatamente quando o sistema elétrico mais precisa, garantindo estabilidade para todo o Brasil.

A métrica que confirma a eficiência nordestina

A superioridade dos ventos do Nordeste é medida por um indicador técnico chave: o fator de capacidade. Ele compara a energia que uma usina realmente gera com sua capacidade máxima teórica. No Brasil, impulsionado pelo Nordeste, esse índice supera 50% na “safra dos ventos”, enquanto a média mundial é de cerca de 35%.

Essa altíssima produtividade significa que cada megawatt instalado no Nordeste gera mais energia do que em quase qualquer outro lugar do planeta. Isso torna a energia eólica na região não apenas uma fonte limpa, mas também um investimento excepcionalmente eficiente e estratégico para o futuro do Brasil.

Fonte: CPG | Click Petróleo e Gás

Satélite que vai mapear as florestas do planeta revela suas primeiras imagens

A ESA (Agência Espacial Europeia) divulgou na segunda-feira, 23, as primeiras imagens captadas pela missão do satélite Biomass, que pode mapear áreas de floresta do espaço. As primeiras fotos mostram locais da Bolívia, Brasil, Chade, Gabão, Indonésia e de uma área da Antártida.

O Biomass está equipado com um radar que o permite ver a cobertura vegetal das florestas densas além do topo das árvores, também detectando as plantas rasteiras, a presença de zonas úmidas, representadas pelos tons de vermelho e rosa nas imagens, e o solo. As informações são do “IFL Science”.

“Como é de rotina, ainda estamos na fase de comissionamento, ajustando o satélite para garantir que ele forneça dados da mais alta qualidade para que os cientistas determinem com precisão quanto carbono está armazenado nas florestas do mundo”, pontuou em um comunicado Michael Fehringer, gerente do projeto da ESA.

Ainda, o satélite também pode mapear até cinco metros abaixo de areia seca, como mostram imagens captadas no Deserto do Saara, no Chade. As fotos revelaram antigos leitos de rios que fluíam das montanhas Tibesti.

O Biomass também possui a capacidade de observar por debaixo das camadas de gelo das geleiras, dando informações sobre o seu movimento.

A expectativa é de que a missão possa operar por pelo menos cinco anos e expandir a compreensão dos pesquisadores sobre o armazenamento de carbono e a saúde das florestas.

Fonte: Istoé

Dívida pública bruta do Brasil sobe menos do que o esperado em maio

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A dívida pública bruta do país como proporção do Produto Interno Bruto (PIB) fechou maio em 76,1%, ante 76,6% das expectativas em pesquisa da Reuters

A dívida pública bruta do Brasil subiu menos do que o esperado em maio, quando o setor público consolidado brasileiro apresentou déficit primário menor do que a expectativa, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (30) pelo Banco Central.

A dívida pública bruta do país como proporção do Produto Interno Bruto (PIB) fechou maio em 76,1%, contra 76,0% no mês anterior. Já a dívida líquida do setor público foi a 62,0%, de 61,5%.

As expectativas em pesquisa da Reuters eram de 76,6% para a dívida bruta e de 62,0% para a líquida.

Leia agora: Brasil sobe em ranking global de competitividade, mas segue entre últimos

Em maio, o setor público consolidado registrou um déficit primário de R$33,740 bilhões, contra expectativa de economistas consultados em pesquisa da Reuters de um saldo negativo de R$42,7 bilhões.

O desempenho mostra que o governo central teve déficit de R$37,351 bilhões, enquanto Estados e municípios registraram superávit primário de R$4,537 bilhões e as estatais tiveram saldo negativo de R$926 milhões, mostraram os dados do Banco Central.

Fonte: InfoMoney

Guarapuava sedia Reunião Estratégica Regional do Connected Smart Cities e reúne especialistas para debater inovação urbana

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Encontro reúne especialistas, gestores e lideranças para debater soluções inovadoras e sustentáveis para o futuro das cidades

No dia 8 de agosto, Guarapuava será palco de mais uma Reunião Estratégica Regional da Plataforma Connected Smart Cities, movimento nacional que impulsiona a transformação urbana ao valorizar o impacto positivo em cada território. O encontro acontece a partir das 13h30, no Cilla Corporate Tower, reunindo especialistas, representantes do poder público, empresas e lideranças locais em uma jornada de construção coletiva por cidades mais conectadas, inteligentes e sustentáveis.

A iniciativa é parte de uma série de encontros promovidos pela Plataforma CSC, que acredita que nenhuma cidade é igual, mas todas podem ser melhores. Por isso, cria espaços de diálogo estratégico entre diferentes atores do ecossistema urbano, promovendo o compartilhamento de soluções e experiências. Guarapuava, com sua relevância regional no interior do Paraná, foi escolhida para sediar a reunião por ser um polo em ascensão na área de inovação, sustentabilidade e desenvolvimento econômico.

Leia mais: Robô da Saúde Pública de Guarapuava agora terá coordenação do cuidado

Com um Produto Interno Bruto de R$ 7 bilhões e Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,755, Guarapuava se destaca especialmente no agronegócio, educação, indústria e turismo. A cidade tem investido fortemente em projetos de sustentabilidade e energias renováveis, sendo também reconhecida nacionalmente como uma das maiores produtoras de cevada do país. Além disso, figura entre os destaques do Ranking Connected Smart Cities: é a 26ª colocada na região Sul, a 66ª entre os municípios com 100 a 500 mil habitantes e a 32ª no recorte de Urbanismo.

A programação do evento contará com três painéis principais. O primeiro será dedicado à apresentação da cidade, seus avanços e desafios. Em seguida, o segundo painel abordará as políticas públicas e os incentivos para inovação, debatendo como o poder público pode fomentar um ambiente favorável ao desenvolvimento tecnológico e à sustentabilidade. Por fim, o terceiro painel trará reflexões sobre como a inovação pode ser vetor de transformação das cidades, com destaque para soluções aplicadas ao contexto local.

Leia mais: Vitória sedia Reunião Estratégica Regional do Connected Smart Cities

Guarapuava também será apresentada em sua pluralidade cultural e territorial. Dona de um dos climas mais frios do Paraná, a cidade é cercada por belezas naturais como o Parque do Lago e o Salto São Francisco, além de contar com uma vibrante cena cultural, com destaque para o Museu Visconde de Guarapuava e os eventos tradicionais da região. A culinária tropeira é outro atrativo, somando-se aos investimentos em mobilidade urbana e melhorias em infraestrutura viária que reforçam a qualidade de vida da população.

Ao sediar a Reunião Estratégica Regional do Connected Smart Cities, Guarapuava reafirma seu papel como uma cidade em movimento, conectada com os desafios contemporâneos e pronta para construir um futuro mais sustentável, inovador e colaborativo.

Para saber mais sobre a Reunião Estratégica Regional do Connected Smart Cities, clique aqui.

Do hidrogênio verde à IA: 6 tecnologias que impulsionam a energia limpa

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O setor de energia renovável está passando por um crescimento sem precedentes, impulsionado principalmente pela inovação tecnológica

Com impressionantes US$ 2 trilhões em investimentos mundiais, a chamada transição energética de baixo carbono — processo de mudança dos sistemas de produção e consumo de energia — representa agora 30% da geração global da eletricidade no planeta.

Mas se engana quem pensa que as nações estão investindo em energias renováveis somente porque elas são mais limpas e sustentáveis: expandir a geração de energia renovável pode fortalecer a segurança energética, reduzir a dependência de combustíveis fósseis e impulsionar economias resilientes.

A CNN analisou seis das maiores inovações tecnológicas que estão impactando o crescimento da indústria renovável e tornando mais factível um possível futuro verde. Confira abaixo.

1. Células solares de perovskita

Desde que os materiais de perovskita foram incorporados a uma célula solar, em 2009, esses dispositivos estão revolucionando a energia solar, com um crescimento de eficiência de 3% para os 25% atuais, competindo com os painéis de silício tradicionais.

Células tandem estão empilhando perovskita e silício e superando os limites deste semicondutor sozinho, em 30%. Outras novidades incluem encapsulamento protetor e novos materiais aprimorados para superar os problemas de degradação por umidade, oxigênio e calor.

2. Hidrogênio verde turbinado

Embora a eletrólise da água seja conhecida há mais de um século, a integração eficiente de energias renováveis (solar e eólica) com eletrolisadores de larga escala para produção industrial de hidrogênio representa um avanço tecnológico significativo para viabilizar uma produção massiva de energia.

As inovações não param por aí e incluem dessalinização integrada e tratamento de águas residuais para superar a escassez hídrica. A convergência dessas tecnologias promete viabilizar a descarbonização de setores industriais tradicionalmente dependentes de combustíveis fósseis.

3. Painéis solares bifaciais

Embora constituam uma tecnologia já conhecida, os painéis solares bifaciais, que capturam luz solar pelos dois lados, estão incorporando alguns avanços notáveis, como sistemas de rastreamento solar inteligente, para otimizar o posicionamento, e novos backsheets (filmes protetores) mais transparentes.

A adoção das inovações, bem como uma redução drástica nos custos de produção em escala, está tornando essa tecnologia dos anos 1980 comercialmente viável. Hoje a opção representa mais de 90% dos módulos simulados globalmente em 2024.

Leia mais: Usina de energia solar a ser instalada no Palácio da Alvorada deve gerar economia de R$ 1 mi por ano

4. Novas fazendas solares flutuantes

Outra tecnologia que alcançou, finalmente, viabilidade comercial, as fazendas solares flutuantes, ou “floatovoltaics”, estão ganhando popularidade na Ásia. Além dos projetos originais no Japão, o projeto Anhui, na China, tem capacidade instalada de 70 MWp (megawatts pico).

Recentemente, a China implantou um novo megaprojeto, combinando energia solar fotovoltaica flutuante, energia eólica e armazenamento de energia (baterias): o complexo de energia renovável híbrido das Três Gargantas, com capacidade total instalada de 22,5 mil megawatts (MW).

5. Novidades tecnológicas em turbinas eólicas

Importantes inovações estão transformando o setor eólico. A primeira delas, turbinas com pás maiores, aumentam a captação de energia mesmo com ventos fracos. A novidade tem sido usada em modelos flutuantes de parques offshore em águas profundas.
Outro avanço são as turbinas de eixo vertical (VAWTs nas iniciais em inglês), ideais para áreas urbanas e ventos irregulares por captarem vento de qualquer direção. Aos poucos as grandes estruturas de aço vêm sendo substituídas por torres de madeira, tornando a energia eólica mais eficiente e sustentável.

6. IA e tecnologia de gêmeos digitais em sistemas de energia

Outra tecnologia que está revolucionando os sistemas de energia mundiais, a inteligência artificial (IA) consegue prever, com alta precisão, a demanda e o fornecimento de eletricidade. Isso permite ajustes na operação da rede, redução de custos, otimização de recursos e aumento da estabilidade.

Já os gêmeos digitais, tecnologia que cria réplicas virtuais de equipamentos e estruturas reais — como turbinas ou subestações —, permitem simulações detalhadas e testes sem risco, o que melhora o planejamento e a manutenção dos sistemas, tornando a transição energética mais segura, eficiente e confiável.

Fonte: CNN Brasil

Pedágios em São Paulo ficarão mais caros a partir de 1º de julho; confira alguns valores

Reajuste nas rodovias estaduais concedidas foi aprovado pela Artesp e publicado no Diário Oficial nesta semana; veja de quanto será o aumento

A partir de 1º de julho de 2025, as tarifas dos pedágios nas rodovias estaduais concedidas em São Paulo sofrerão reajuste com base na variação do IPCA acumulado entre maio de 2024 e maio de 2025. A informação foi publicada na terça-feira (24) no Diário Oficial do Estado pela Agência Reguladora de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp).

O índice de reajuste aplicado será de 5,32% para a maioria das concessionárias da primeira e segunda fases do Programa de Concessões, incluindo a AutoBan (Anhanguera-Bandeirantes), Ecovias (Anchieta-Imigrantes), Ecopistas (Ayrton Senna-Carvalho Pinto), Rodoanel Oeste e SPMar. Para a Concessionária Tamoios, o aumento será de 5,37%.

No Sistema Anchieta-Imigrantes, da concessionária Ecovias, por exemplo, o valor do pedágio para automóveis irá subir dos atuais R$ 36,80 para R$ 38,70. O aumento é de R$ 1,90, ou seja, acréscimo de 5,16% em relação ao valor atual. Na Rodovia Presidente Cartello Branco (SP-280), o custo do pedágio para automóvel passará dos atuais R$ 12,90 para R$ 13,30. O aumento é de R$ 0,90, acréscimo de 6,97%.

Pedágios mais caros podem majorar preços de alimentos

Os reajustes seguem as regras contratuais previstas nos editais de concessão e também consideram medidas cautelares adotadas pela Secretaria de Parcerias em Investimentos (SPI) do governo estadual, com o objetivo de mitigar desequilíbrios econômico-financeiros identificados em sete trechos concedidos. Além do reajuste calculado pelo IPCA, algumas concessionárias aplicaram um acréscimo fixo de R$ 0,10 por praça de pedágio, o que influencia, portanto, no aumento final.

Para a Entrevias, que opera trechos nas regiões de Ribeirão Preto e Marília, o reajuste entra em vigor no dia 6 de julho, também com base nas cláusulas contratuais e nas diretrizes da SPI. É possível conferir a tabela completa com o preço de cada um dos pedágios no Diário Oficial.

Os reajustes não afetam apenas os motoristas dos veículos de passeio, mas também o setor de transporte rodoviário de cargas. O pedágio pode representar entre 10% e 25% do custo total do transporte. No Sistema Anchieta-Imigrantes, esse percentual pode chegar a 17,4%. Com a alta das tarifas, os custos logísticos sobem, o que pode elevar o preço final de alimentos e mercadorias.

Fonte: Mobilidade Estadão