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BH: PREFEITURA DISPONIBILIZOU MAIS DE 200 SERVIÇOS ON-LINE NOS ÚLTIMOS QUATRO ANOS

A migração para os canais de atendimento digital, além de simplificar o acesso, possibilita que solicitações possam ser feitas a qualquer hora, acarreta a diminuição de tempo de espera, filas e na redução de custos de deslocamentos e impressões

Ações de desburocratização, simplificação e digitalização dos serviços – ampliando as solicitações on-line, fortalecendo o relacionamento com os cidadãos e potencializando a experiência dos usuários – são marcas da administração de Belo Horizonte desde 2017. Nos últimos quatro anos, mais de 200 serviços foram incluídos no Portal de Serviços da Prefeitura e 42 no PBH App. A migração para os canais de atendimento digital, além de simplificar o acesso, possibilita que solicitações possam ser feitas a qualquer hora, acarreta a diminuição de tempo de espera, filas e na redução de custos de deslocamentos e impressões.

De qualquer lugar, usando a internet, o cidadão pode efetuar o cadastro de seus filhos para fins de matrícula em uma escola municipal e conferir o boletim escolar; solicitar serviços de manutenção da cidade, tais como tapa-buraco, manutenção de lâmpada, poda de árvore; conferir o resultado de exames feitos nos postos de saúde; emitir guias e taxas diversas da Fazenda, emitir licenciamentos e solicitar fiscalização, entre outros.

A simplificação e o baixo custo das solicitações realizadas nos canais digitais têm impactado em migração dos atendimentos presenciais. Dados da Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão confirmam esse fluxo. Segundo o levantamento, em 2017 os pedidos feitos pelo aplicativo representavam apenas 3,97% do total de demandas registradas nos canais de atendimento da Prefeitura (presencial, aplicativo, portal e 156). Já em 2018, o índice aumentou para 7% e, em 2019, saltou para 19%, com um volume de mais de 40 mil pedidos feitos pela plataforma. Hoje, o aplicativo conta com mais de 119 mil usuários cadastrados.

As solicitações on-line pelo aplicativo PBH App e Portal da PBH representam mais de 2/3 do total de solicitações dos serviços de manutenção e fiscalização da cidade, indicando uma adesão da população aos canais digitais. Por exemplo, 69% das demandas de serviços de tapa-buraco e 95% das demandas de manutenção de lâmpadas da iluminação pública são feitas pelos canais digitais.

A ampliação dos serviços digitais evita despesas do cidadão com deslocamento e muitas vezes com impressões de documentos diversos, bem como permite a redução de custos para a administração pública e, por consequência, para o contribuinte, já que cada atendimento no 156 e BH Resolve custam em média R$ 8,30. Para se ter uma ideia, em 2019, foram cerca de 136 mil atendimentos para emissão de guias tributárias no BH Resolve. Caso fossem registradas pela internet, a Prefeitura teria economizado mais de R$ 1 milhão.

O contador Gilberto Queiroga percebeu as comodidades oferecidas pelos serviços digitais e, antes da pandemia da Covid-19, só comparecia no atendimento presencial quando era inevitável. Ele relata que, por conta de seu trabalho, precisa regularmente emitir uma guia do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) e, antes da disponibilização do serviço pelo portal, gastava um bom tempo no deslocamento até o BH Resolve.

“Como moro na Região da Pampulha, a distância é longa até o centro. Ao todo eram 3 horas perdidas entre ida, tempo de espera na fila, atendimento e volta, além do combustível e o dinheiro que tinha que reservar para pagar o estacionamento”, conta Gilberto. Agora, o contador só emite o imposto pela Internet. “Ficou fácil. Basta inserir os meus dados e o sistema localiza meu cadastro e disponibiliza a guia em poucos minutos. Economizo muito tempo”, diz o contador.
 

INCLUSÃO DIGITAL

Para auxiliar a população nesse movimento de transformação digital, a Prodabel vem promovendo cursos gratuitos de informática para a população, como o “Programando Sonhos Delas”, que ensina programação WEB para mulheres, e o “Formação de jovens Agentes de Inclusão Digital para Telecentros”. Também realizou cursos de programação para crianças e adolescentes de 8 a 15 anos, e de informática para idosos. De 2017 até este mês de junho, mais de 7,6 mil pessoas foram inscritas nessas qualificações, ofertadas gratuitamente.

Aliado a essas iniciativas, a Prefeitura disponibiliza 533 pontos de Wi-Fi gratuitos em várias partes da cidade para acesso à internet, como em vilas e favelas (95 pontos), nas 39 estações do Move e em 113 praças e outros locais públicos.

Fonte: Prefeitura de Belo Horizonte

SANEAMENTO E COVID-19: RANKING DA ABES MOSTRA QUE BRASIL PODERIA TER 13.712 LEITOS POR MÊS DISPONÍVEIS DURANTE A PANDEMIA

A partir de indicadores de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto, coleta e destinação adequada de resíduos sólidos, o ranking identifica o quão próximo os municípios estão da universalização do saneamento

A Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental – ABES lançou nesta sexta-feira, 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, a edição 2020 do Ranking ABES da Universalização do Saneamento.

Apresentado no programa ABES Conecta, que disponibiliza conteúdos qualificados online, com os temas mais relevantes do setor de saneamento e meio ambiente, o Ranking deste ano demonstra que 13.712 leitos poderiam estar disponíveis por mês, (levantamento relativo aos meses de janeiro, fevereiro e março), se não houvesse internações por doenças causadas pela falta de saneamento (confira aqui o estudo http://abes-dn.org.br/?p=34969).

Este é um dos dados do Suplemento do Ranking. Além do panorama nos municípios (veja abaixo), o Ranking ABES demonstra a correlação entre a pontuação total alcançada por eles e a taxa de internação por doenças relacionadas ao saneamento ambiental inadequado, em função da intrínseca relação entre saneamento e saúde.

“O saneamento, que já havia entrado na pauta política e da mídia e nas discussões da sociedade, tem agora sua importância ainda mais evidente, com a pandemia de Covid-19. Temos que insistir na informação de que saneamento é saúde. Somente com este entendimento a população poderá identificar políticos que estejam comprometidos com esta questão e as políticas públicas que realmente tenham este objetivo, cobrando das autoridades a melhoria dos serviços. O saneamento tem impacto direto na vida de todas as pessoas e precisa ser PRIORIDADE DE ESTADO na agenda dos governantes e dos legisladores, porém, sempre com uma discussão plural, que envolva todos as partes e, especialmente, que esclareça a sociedade”, ressalta Roberval Tavares de Souza, presidente nacional da ABES.

A apresentação do estudo foi realizada pelo presidente nacional da ABES, Roberval Tavares de Souza e pelo coordenador da Câmara Temática da ABES de Comunicação no Saneamento, Dante Ragazzi Pauli, com comentários do Professor Elcires Pimenta, coordenador do MBA Saneamento Ambiental da FESPSP, além da participação de representantes das seguintes cidades, que estão entre as que apresentam melhores índices de cobertura: o Prefeito Rafael Greca, de Curitiba/PR; o vice-prefeito de Belo Horizonte, Paulo Roberto Lamac Junior; representando o Prefeito de S.Caetano, José Auricchio Junior, a engenheira Raquel Perrucci Fiorin Volf, responsável pelo Expediente da Divisão Técnica do SAESA; representando o Prefeito de Niterói, Rodrigo Neves Barreto, Dayse Monassa, secretária de Conservação e Serviços Públicos; e representando o governador do Distrito Federal (destaque para Brasília), o presidente da Caesb, Daniel Beltrão de Rossiter Corrêa.

O RANKING

Em sua quarta edição, o Ranking ABES da Universalização do Saneamento se consolidou como um importante instrumento de análise do setor no Brasil. A partir de indicadores de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto, coleta e destinação adequada de resíduos sólidos, o ranking identifica o quão próximo os municípios estão da universalização do saneamento. Apura ainda os impactos da ausência ou precariedade do saneamento na saúde da população. Por fim, apresenta um panorama da situação de cada município do ranking em relação à formulação do Plano de Saneamento Básico, instrumento fundamental para as políticas públicas de saneamento no país e condição para obtenção de recursos da União para esses serviços a partir de 2023.

O ranking edição 2020 reúne 1857 municípios, representando cerca de 70% da população do país com informações dos municípios brasileiros que forneceram ao SNIS – Sistema Nacional de Informações de Saneamento – as informações para o cálculo de cada um dos cinco indicadores utilizados no estudo. As 27 capitais brasileiras estão presentes no ranking.

Os municípios que apresentaram as informações para o cálculo dos indicadores que compõem o ranking foram classificados em quatro categorias de acordo com a pontuação total obtida pela soma do desempenho de cada indicador. A pontuação máxima possível é de 500 pontos, atingida quando o município alcança 100% em todos os cinco indicadores:

– Rumo à universalização – acima de 489

– Compromisso com a universalização – de 450 – 489

– Empenho para a universalização – de 200 – 449

– Primeiros passos para a universalização – abaixo de 200

Seguindo a classificação do IBGE:

– Pequeno e médio porte – até 100 mil habitantes;

– Grande porte – acima de 100 mil

Fonte: Terra

O IMPACTO COMPORTAMENTAL NO USO REGIONAL DE SALAS E EDIFÍCIOS DE ESCRITÓRIOS

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A tendência é de que esse assunto seja cada vez mais discutido e elaborado no futuro, com a Pandemia causada pelo novo coronavírus (COVID-19) isso se ampliou ainda mais

A qualidade de vida no trabalho está cada vez mais relacionada à produtividade e ao sucesso das empresas. A tendência é de que esse assunto seja cada vez mais discutido e elaborado no futuro, com a Pandemia causada pelo novo coronavírus (COVID-19) isso se ampliou ainda mais. Mas será que existem regras simples a serem aplicadas em todos os casos? Se considerarmos as diferentes regiões empresariais presentes nas cidades, podemos observar que elas possuem características, ocupações e comportamentos particulares.

Para cada região empresarial temos diferentes perfis de empresas, de trabalhadores e diversos tipos de ocupações no entorno. Dessa forma, o comportamento do indivíduo impacta diretamente na maneira como eles consomem e ocupam espaços de escritórios.

PERFIS

Citando como exemplos as regiões da Vila Madalena e Pinheiros em São Paulo, Porto Maravilha, no Rio de Janeiro e Recife Antigo, no Recife, áreas frequentadas e utilizadas pelo público jovem, ligadas a inovação, empreendedorismo e à economia criativa, podemos apontar um perfil similar de usos de espaços corporativos, sendo regiões que demandam espaços modernos, compartilhados, flexíveis e “descolados”.

Já regiões mais formais, ocupadas por grandes empresas tradicionais, multinacionais e segmentos empresariais específicos (como legal / jurídico), demandam grandes espaços e maior investimento, por parte do empreendedor em questões como estrutura tecnológica, segurança e espaços comuns, pois para esse mercado, o próprio local de trabalho, as acomodações e o layout precisam refletir a imagem da empresa, geralmente imponentes, fortes e elegantes.

DIMENSIONANDO OS ESPAÇOS

É importante notar que atualmente, com os novos modelos de espaços corporativos, como grandes coworking ou mesmo pequenos espaços compartilhados, surge uma infinidade de opções e configurações de espaços de escritórios, que, se mal dimensionados ou mal estruturados, podem ter uma vida curta.

Isso porque, é fundamental para quem busca empreender em qualquer setor, entender a sua demanda target e o perfil de empresas: startups, pequenas, médias grandes, nacionais, internacionais, globais; qual o perfil de usuários: renda, faixa etária, gostos, estilos, gênero, sexo; e quais os segmentos que irá atender: tradicionais, inovação, empreendedores, criativos, para que possa desenvolver um projeto de acordo com as características e necessidades do seu mercado.

Além da estrutura e infraestrutura dos edifícios e locais de trabalho, os serviços oferecidos por espaços corporativos dependem do comportamento dos seus usuários e de seus clientes, daí a importância de mapear e entender com quem esse espaço se relacionará. Cerveja e pufes, apesar de atualmente parecerem ser bastante valorizados no mercado, não se encaixam com todos os padrões de negócios, e dessa forma, podem não ser os fatores decisivos na escolha de um local para o seu público empresarial.

O mesmo vale para a segurança. Apesar de ser item fundamental para os negócios, o excesso de burocracias e catracas não agrada o público mais jovem ou milleniall, que preferem que os investimentos em segurança devem ser baseados em tecnologia e inovação.

Mais do que entender o tamanho e o preço do mercado, é fundamental também conhecer o comportamento e gostos das pessoas que se relacionarão com seu investimento. E aí, você conhece?

O IMPACTO DA PANDEMIA NA QUESTÃO COMPORTAMENTAL

As questões sanitárias e de higiene serão agora parte do comportamento da maioria dos usuários de espaços corporativos, em seus diferentes perfis. Não estará atrelada ao perfil de idade ou segmento de atuação, mas sim será uma alteração comportamental homogênea impulsionadas pela necessidade e de responsabilidade mútua entre usuário e gestores de espaço.

O que se altera neste momento, é a espacialização dos diferentes perfis de usuários, antes mais definida e regionalizada, e agora, devido às intenções de redução de mobilidade, podendo estar mais especializada na cidade. E como ela se dará?

A adaptação ao home office induzida pela pandemia permitiu que parte das empresas continuassem funcionando em plena forma, mesmo sem a possibilidade de colocar todos os seus funcionários no mesmo ambiente físico. Obviamente que os espaços atuais nas residências não são os mais adequados ou estão plenamente preparados nas questões de conforto, atenção, infraestrutura e comunicação.

Com o aproximar do fim do isolamento, muitas empresas vão priorizar a volta de seus profissionais aos espaços empresariais mais estruturados, mas também devido as novas exigências de isolamento e jornadas de trabalho, muitas novas possibilidades surgirão, como: jornada intermitente, home office parcial, ampliação das áreas empresariais (para manter maior espaçamento entre pessoas), redução dos espaços comerciais (gerada por rodízio de funcionário ou redução de quadro de colaboradores) e a regionalização de escritórios (reduzindo a movimentação pela cidade, mas ainda assim gerando infraestrutura e conforto para os colaboradores da empresa).

E ai, gostaria de saber mais sobre essas novas possibilidades do setor empresarial? Deixe seu comentário, para que possamos discutir esse novo cenário para o setor.

Adaptado do texto publicado na edição 48 da Revista Buildings, devido ao impacto da pandemia.

Este texto foi publicado antes da pandemia COVID19 impactar o Brasil e aqui está apresentado revisado.

Fonte: Urban Systems


PARANÁ TEM NOVO MAPEAMENTO DE COBERTURA VEGETAL

Os dados nortearão futuras propostas de desenvolvimento econômico e tomadas de decisões dos gestores públicos, de acordo com a capacidade de suporte ambiental

O Governo do Estado já tem em mãos o novo mapa de cobertura vegetal do território paranaense. O Mapeamento do Uso e Cobertura da Terra que foi concluído pelo Instituto Água e Terra fornece a distribuição geográfica da tipologia de uso e cobertura. Os dados serão fundamentais para o monitoramento e planejamento periódicos de questões ambientais e socioeconômicas.

O novo desenho foi desenvolvido a partir de levantamentos feitos pelo Consórcio Araucária e servirá como ferramenta para a utilização racional do espaço geográfico. Os dados serão utilizados para propostas futuras de desenvolvimento econômico, norteando as tomadas de decisões, de acordo com a capacidade de suporte ambiental, frente aos diferentes manejos empregados na produção.

O secretário estadual do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Márcio Nunes, disse que o trabalho é motivo de orgulho para a equipe, pois se trata de importante instrumento de gestão territorial. “Com esse trabalho realizado pelos técnicos do Instituto Água e Terra, podemos ter a dimensão atualizada da cobertura florestal do Paraná, das áreas ocupadas e suas características. E, principalmente, tomar decisões acertadas referentes ao desenvolvimento socioeconômico sustentável”.

O presidente do Instituto Água e Terra, Everton de Souza, falou sobre a importância do trabalho cartográfico para conhecimento da realidade ambiental do Paraná e como suporte para decisões de gestão.  Segundo ele, é um instrumento de extrema importância para a sociedade de um modo geral, mas principalmente para os técnicos. Souza acrescenta que todos os empreendimentos e investimentos no Paraná têm características próprias que estão muito bem definidas nesse mapeamento de uso e cobertura do solo. “Motivo de orgulho para esquipe do Governo Estadual que agora tem essa ferramenta para nortear nossos técnicos”, afirmou.

VEGETAÇÃO – O mapeamento apresenta a vegetação em dois âmbitos: áreas de vegetação natural que são as florestas nativas (Floresta Estacional Semi-Decidual; Floresta Ombrófila Mista; Floresta Ombrófila Densa, Aluviais, Submontana, Montana e Altomontana) e as áreas antrópicas agrícolas que englobam os plantios florestais, ou seja, as espécies Nativa (Araucaria angustifolia) e Exóticas/Silvicultura (Pinus spp e Eucalyptus spp) e Sistemas Agroflorestais; a agricultura perene (Frutíferas perenes (café, seringueira, banana) e a agricultura anual (culturas de ciclo curto (milho, trigo, soja, tubérculos e hortaliças). O Bioma Mata Atlântica incide sobre 93% da área coberta pela floresta nativa.

Na área de 19.987.987,15 hectares do Estado, 29,117% são ocupados por florestas nativas (5.819.950,07 ha) e 6,466% por plantios florestais (1.292.507,40 ha).

Os espaços preenchidos pela agricultura correspondem a 0,683% (136.561,00 ha) de agricultura perene e 33,014% (6.598.748,26) de agricultura anual. Os campos e pastagens ocupam 25,321% (411.158,04 ha), as várzeas 1,354% (270.637,73 ha) e os corpos d`água 2,057% (411.158,04).

A área de mangue é 0,156% (31.140,24), a de restinga 0,087% (17.330,58) e a linha da praia com 0,003% (584,57 há). O Paraná ainda tem 0,061% (12.281,08) solo exposto/mineração; 1,445% (288.777,22 ha) de área urbanizada. A área construída ocupa 0,236% (47.062,31).

Gislene Lessa, engenheira cartógrafa e coordenadora da área de Cartografia do Instituto Água e Terra, disse que o trabalho é resultado de várias parcerias que agrupou técnicos especializados nas áreas de cartografia e sensoriamento remoto de diversas instituições interessadas nessa temática. “Hoje nós ficamos muito satisfeitos em poder apresentar o resultado, que demandou o empenho e tempo dos nossos técnicos, e que poderá ser utilizado pela sociedade em geral”.

O coordenador do Desenvolvimento Governamental e Projetos Estruturantes da Secretaria de Estado do Planejamento e Projetos Estruturantes, Nestor Braganollo, considerou que o apoio ao mapeamento concluído pelo Instituto Água e Terra fornece a distribuição geográfica da tipologia de uso e cobertura do Estado. “As informações serão fundamentais para monitoramento e planejamento das questões ambientais e socioeconômicas do Estado. O Banco Mundial considerou a conclusão e disponibilização para a sociedade, um grande avanço do Estado na conscientização e concretização de um desenvolvimento mais equilibrado e sustentável”.

METODOLOGIA – A partir das imagens captadas por satélites e disponibilizadas pela Copel, técnicos do Instituto Água e Terra, da Embrapa Florestas, da UFPR, da Secretaria da Agricultura do Estado, e do Instituto de Desenvolvimento Rural (Emater) trabalharam em conjunto com o Consórcio contratado, no desenvolvimento do sistema metodológico para o mapeamento do uso e cobertura da terra.

Foi utilizada a classificação automática supervisionada e metodologias de verificação da acurácia, com o objetivo de obter o mapeamento na escala de 1:25.000, gerando 1.237 folhas a partir de legenda pré-definida com as áreas mínimas mapeadas de 1 (um) hectare e atingindo a acurácia de 80%.

Os dados do produto cartográfico estão no Sistema de Projeção UTM (Universal Transversa de Mercator), fusos 21 e 22 e referenciados pelo Datum horizontal SIRGAS 2000. Os metadados foram atestados conforme Perfil MGB Sumarizado (CEMG-CONCAR).

INSUMOS – As imagens utilizadas para o mapeamento foram Imagens Ópticas Ortorretificadas, no formato geotiff, dos sensores WorldView2 e Pleiades 1A e 1B, compostas por 4 bandas (RGB e infravermelho próximo) com 2 metros de resolução espacial tendo sido coletadas entre 2011 e 2016.

CONSÓRCIO – O Consórcio Araucária foi constituído pelas empresas Senografia Desenvolvimento e Soluções Eireli e Geopixel Geotecnologias Consultoria e Serviço Ltda e foi contratado por meio da Secretaria de Estado do Planejamento e Projetos Estruturantes, Contrato SEPL nº 002/2018, em parceria com o Banco Mundial. O valor do contrato foi de R$ 2.891.276,05.

Fonte: Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo do Paraná

PANDEMIA IMPÕE NOVOS DESAFIOS AO PLANEJAMENTO DAS CIDADES

Estão entre os temas: o melhor aproveitamento dos espaços públicos, a mobilidade urbana, as condições sanitárias, a habitação, os cuidados com o meio ambiente e a implantação de soluções para estimular a geração de renda

A pandemia do coronavírus ressaltou a importância de diversas questões no planejamento das cidades, algumas em desenvolvimento e outras que vinham ganhando relevância. Entre esses temas estão o melhor aproveitamento dos espaços públicos, a mobilidade urbana, as condições sanitárias, a habitação, os cuidados com o meio ambiente e a implantação de soluções para estimular a geração de renda.

“O planejamento urbano terá de enfrentar os desafios impostos pela pandemia. As cidades deverão ser mais solidárias, mais humanizadas, mais resilientes e, ao mesmo tempo, valorizar e usar as tecnologias com mais amplitude”, diz a arquiteta e urbanista, Maria Inês Terbeck, analista de Desenvolvimento Municipal Paranacidade, órgão vinculado à Secretaria do Desenvolvimento Urbano e de Obras Públicas.

A boa notícia para os gestores e técnicos municipais é que o Paranacidade já utiliza esses conceitos na análise dos projetos encaminhados pelas prefeituras para a obtenção de recursos do Tesouro do Estado ou de empréstimos pelo Sistema de Financiamento aos Municípios do Estado do Paraná (SFM).

“Antes mesmo da pandemia, havia a preocupação de incorporar os cuidados com o uso e a ocupação do solo urbano, o meio ambiente, em melhorar os sistemas de mobilidade, com o saneamento básico e de promover o acesso ao lazer em ambientes seguros. Agora, essas questões ficam ainda mais importantes”, explica Maria Inês

Ela afirma que o Paranacidade tem o conhecimento e a capacidade técnica para orientar as prefeituras nesses novos tempos, ou nova visão de cidade, seja por meio da revisão dos seus Planos Diretores Municipais (PDM),  Planos de Mobilidade Urbana (PMU), análise de projetos ou para a redefinição de prioridades.

MOBILIDADE – De acordo com Maria Inês, a mobilidade urbana está entre os itens mais relevantes desde o início da pandemia. Ela cita exemplos já adotados em diversas cidades do mundo que passaram a valorizar o transporte individual, com a implantação de Ciclovias e Ciclorrotas, além de estudos para a avaliação do fluxo mais adequado de pedestres. 

“Há muitas opções a serem consideradas. Estabelecer ciclovias temporárias é uma delas, para proteger entregadores, por exemplo”, disse ela. “A Ciclorrota é outro exemplo que valoriza o trabalhador ao oferecer uma forma segura no descolamento para o trabalho. Em Nova Iorque, já começaram os estudos para avaliar se as calçadas são adequadas para o número de usuários e à necessidade de distanciamento social ou, ainda, se as pessoas poderão trafegar livremente nos dois sentidos como acontece hoje”, argumenta. 

REQUALIFICAÇÃO – A arquiteta fala sobre outras questões importantes. “Há cidades do Paraná com problemas com a largura das calçadas e que, em projetos de requalificação, deverão ser preparadas para atender aos novos conceitos de mobilidade, propiciando segurança a todos, além do atendimento às normas de acessibilidade como rampas e pisos tácteis”, enfatiza.

Fonte: Agência de Notícias Governo do Paraná

ENTREVISTA EXCLUSIVA: O SECRETÁRIO DE TELECOMUNICAÇÕES DO MCTIC FALA DOS DESAFIOS DA TRANSFORMAÇÃO DIGITAL NO PAÍS E IMPORTÂNCIA PARA AS CIDADES

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Entre os temas abordados,  o Secretário Vitor Menezes destaca o processo de implementação de novas tecnologias nas cidades, da privacidade dos dados, entrada do 5G no Brasil, entre outros pontos

Com a pandemia de Covid-19, a aceleração da transformação digital tem se mostrado impositiva até mesmo para as empresas com característica de atuação offline. O cenário não é diferente quando se trata do setor público, que tem buscado soluções para implementar políticas voltadas ao uso de novas tecnologias, onde se observa uma necessidade e urgência ainda maior no atual cenário.  

Esses pontos vêm sendo debatidos com profundidade pelo Connected Smart Cities, por meio da série online Cidades Conectadas, que aborda O Papel da Tecnologia no combate ao Coronavírus e tem reunido gestores dos setores público e privado para tratar da transformação digital, tema de suma importância para a desburocratização e transparência dos serviços públicos, além de fundamental para o desenvolvimento do país.

Nesse cenário, o Portal CSC entrevistou com exclusividade o Secretário de Telecomunicações do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Vitor Menezes. 

Confira a seguir a íntegra da entrevista:

Levando em consideração que o Brasil ainda sofre com profundas desigualdades sociais, quais são as peculiaridades que o país apresenta no que diz respeito a implantação de novas tecnologias e como essas podem auxiliar no desenvolvimento socioeconômico do país?

Vitor Menezes: O Brasil é um país que ainda apresenta desigualdades sociais resultado de características históricas de desenvolvimento. Ao longo da nossa história, fomos percebendo que a formação das regionais foi se dando de maneira descoordenada e muito concentrada nos pólos produtores. Portanto, é notável as diferenças regionais no Brasil no que diz respeito a infraestruturas, sobretudo aquelas relacionadas à tecnologia, como redes de fibra ótica, redes de acesso a telecomunicações, oferta de serviços tecnológicos etc.

Isso tudo pode parecer muito ruim, mas se olharmos do ponto de vista adequado, pode ser uma grande oportunidade para que as transformações digitais ocorram de maneira extremamente rápida no Brasil. Já está comprovado que o uso de tecnologias pode ser uma alavanca para melhorar as condições de vida das pessoas nos centros urbanos, tanto ajudando a resolver esses desafios históricos quanto os desafios da modernidade. Só para citar alguns exemplos: soluções de tecnologia para gerar e distribuir energia em locais isolados; soluções que detectam o vazamento de água nos sistemas de distribuição; sistemas de gestão tributária nos municípios; telemedicina etc.

Como é possível integrar diferentes tecnologias, como IoT, Big Data e Cybersecurity, para tornar os serviços públicos mais eficientes?

Vitor Menezes: Esta é uma das características das cidades inteligentes: entregar serviços com maior eficiência para a população por meio do uso de tecnologias e soluções que podem ser utilizadas de forma integrada.

Um dos maiores desafios do gestor público moderno é resolver os problemas da cidade de maneira integrada. Não adianta ter câmeras de vigilância se essas não geram bancos de imagens que podem ser acessados pelas diferentes instâncias da segurança pública; não adianta ter internet nas Unidades de Saúde se os dados das consultas não forem guardados de maneira organizada e possam ser acessados pelos Estados e pela União. Nada será eficiente se não for integrado.

Sabemos que há ferramentas e indicadores para isso. No âmbito da Câmara de Cidades 4.0, estamos trabalhando em estabelecer parâmetros que vão interligar as soluções e tudo isso de maneira segura, evitando que os dados – o nosso recurso mais valioso – sejam utilizados de maneira ilícita.

Com o desenvolvimento de novas tecnologias, existe também um debate sobre como essas afetam a privacidade da vida dos cidadãos. Quais as medidas do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações na implementação dessas ferramentas com o intuito de garantir o direito à privacidade?

Vitor Menezes: O Brasil já vem discutindo a privacidade e proteção de dados dos cidadãos há algum tempo. Nós temos, por exemplo, a Lei de Acesso à Informação de 2012, a qual é muito clara sobre a classificação de dados sensíveis no âmbito da administração pública. A Lei orienta também que os entes da federação criem comitês locais de classificação dessas informações sensíveis.

Além disso, temos o Marco Civil da Internet, que orienta o uso da internet no Brasil, sendo um dos pontos abordados pela lei a Proteção aos Registros, aos Dados Pessoais e às Comunicações Privadas. Também não podemos deixar de mencionar a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, de 2018, que, quando entrar em vigor, vai reforçar os direitos e deveres relativos ao tratamento dos dados individuais e da Administração pública.

No Programa Nacional de Cidades Inteligentes Sustentáveis, coordenado pelo MCTIC, planejamos elaborar recomendações para as cidades sobre como gerenciar essas questões de dados, questões que também serão abordadas na Carta Brasileira para Cidades Inteligentes, em elaboração pelo MDR. Por fim, é importante destacar que, no âmbito das cidades inteligentes, os governos municipais têm um papel fundamental na proteção e privacidade dos dados dos cidadãos. Ao elaborar as políticas locais de transformação digital, as gestões devem estar atentas sobre políticas e normas de uso responsável dos dados.

Com a integração de serviços públicos por meio de novas tecnologias, a tendência é existir cada vez mais maior transparência e desburocratização do governo. Como o MCTIC está articulando esses novos mecanismos para cidades mais transparentes?

Vitor Menezes: Estamos trabalhando em conjunto com o Ministério do Desenvolvimento Regional e com representantes de diversos setores da sociedade: indústria, academia, entidades representativas de municípios e cidadãos no âmbito da Câmara das Cidades 4.0, na elaboração do Programa de Cidades Inteligentes Sustentáveis. Uma das frentes de atuação é desenvolver uma modelo de maturidade para diagnosticar o nível de transformação digital e desenvolvimento urbano sustentável das cidades brasileiras. Neste modelo de maturidade, há indicadores, por exemplo, sobre a disponibilização de dados abertos e nível de transparência das gestões municipais, como uma forma de induzir as cidades a se preocuparem com essa questão.

Vale destacar também as ações da Secretaria de Governo Digital do Ministério da Economia, que vem provocando uma revolução nos serviços públicos no Brasil. Certamente, essas ações, que também têm foco na transparência governamental, serão muito úteis para o Programa em que estamos trabalhando.

Com as medidas de isolamento social devido à crise do coronavírus, nunca foi tão importante o desenvolvimento de plataformas ‘online’. A pandemia impulsionou diversos serviços públicos e cidades a adotarem novos mecanismos para garantir a funcionalidade pública meio a uma realidade de isolamento. Pensando nisso, é possível com que as cidades continuem utilizando essas plataformas e desenvolvendo novas mesmo após o fim da pandemia?

Vitor Menezes: A Transformação Digital é um caminho sem volta, e a pandemia só comprovou isso. Na verdade, a pandemia acabou por acelerar uma série de projetos voltados para a economia digital, que imaginávamos que só iriam ganhar força em alguns anos. Eu tenho absoluta certeza de que cada gestor público desse país está repensando suas ações, sua forma de trabalho, a maneira como controla o funcionamento do seu município, o seu mapeamento de riscos, a estrutura digital do seu governo. Por isso que acredito que o desenvolvimento das plataformas digitais tende a ter continuidade nos próximos dias.

Como o MCTIC está desenvolvendo a entrada do 5g no Brasil? Quais são os desafios para sua implementação e qual é a perspectiva na infraestrutura tecnológica do país com essa adoção?

Vitor Menezes: O MCTIC estabeleceu, por meio da Portaria nº 418, de 31 de janeiro de 2020, algumas diretrizes para o próximo leilão da tecnologia 5G no Brasil. Por meio desse documento, trouxemos uma série de medidas e orientações para a licitação das faixas de frequência, que será realizada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

A Portaria estabelece que no leilão das faixas para a implantação do 5G, a Anatel deverá considerar: (i) o atendimento com banda larga móvel em tecnologia 4G ou superior para cidades, vilas, áreas urbanas isoladas e aglomerados rurais que possuam população superior a 600 habitantes; (ii) cobertura de rodovias federais com banda larga móvel; (iii)  redes de transporte de alta velocidade, preferencialmente em fibra óptica, para municípios ainda não atendidos; e (iv) incentivo ao compartilhamento de infraestrutura ativa e passiva entre os prestadores, incluindo postes, torres, dutos e condutos;

O documento também aponta que a Anatel deverá definir prazos para a ativação dos serviços nas faixas licitadas que, se não atendidos, possibilitem o uso da faixa por terceiros interessados. Por fim, a Portaria define critérios para a proteção dos usuários que recebem sinais de TV aberta e gratuita por meio de antenas parabólicas na Banda C satelital, adjacente à faixa de 3,5 GHz.

Outros instrumentos relativos ao 5G estão sendo elaborados e deverão ser publicados no futuro.

E como essas novas tecnologias estão transformando as cidades brasileiras em cidades mais inteligentes?

Melhorando a qualidade de vida das pessoas, gerando riqueza e produzindo conhecimento. Por coincidência, essa é a missão institucional do MCTIC. Por isso, estamos tão empolgados com esse Programa para Cidades Inteligentes Sustentáveis, pois essas ações estão no nosso DNA.

Bloco #03 | Como será o mundo hiperconectado após a pandemia?

Entrevistados: Zaima Milazzo, Presidente do Brain – Centro de Inovação fundado pela Algar Telecom / Eduardo Polidoro, Diretor de Negócios de IoT – Claro / Vitor Menezes, Secretário de Telecomunicações – MCTIC – Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações

Entrevistadora: Paula Faria, CEO – Necta e idealizadora do Connected Smart Cities

Questões abordadas:
– Infraestrutura da internet no Brasil e o aumento de tráfego: circunstância ou tendência?
– A importância do Brasil conectado e as dificuldades da falta de acesso a internet
– O que vai mudar depois da pandemia?

PANDEMIA MUDARÁ A FORMA DE TRABALHAR, MORAR E A ESTRUTURA DAS CIDADES

Especialistas falam sobre a cidade do futuro e como a COVID-19 irá mudar completamente o modelo de novas moradias e trabalho

No início do ano era unanimidade a expectativa de crescimento do mercado imobiliário nos próximos anos. O otimismo se foi após a chegada do novo coronavírus (COVID-19) e agora, passado algum tempo desde o início da pandemia, especialistas voltam a apostar na retomada do crescimento e adaptação do mercado. A mudança radical na rotina das pessoas deverá afetar diretamente na estrutura das cidades, nos modelos de moradia e trabalho, tanto nos grandes centros como nas pequenas e médias cidades.

O isolamento social, uma das principais medidas para conter a disseminação da COVID-19 mudou o modelo de trabalho no mundo todo e escancarou a necessidade de morar melhor. Segundo o diretor executivo da Infobase e coordenador do MBA em marketing, inteligência de negócios digitais da Fundação Getúlio Vargas (FGV), André Miceli, o número de empresas que pretendem adotar o home office após a crise do novo coronavírus deve crescer 30%. Os dados estão no estudo Tendências de Marketing e Tecnologia 2020: Humanidade Redefinida e os Novos Negócios* que levou em conta as respostas de tomadores de decisão e gestores de 100 empresas.

Essa nova realidade deve provocar uma revisão no modelo mais comum nas grandes cidades, com pequenos apartamentos e grandes escritórios. “Vínhamos de uma tendência muito forte dos apartamentos compactos e grandes escritórios ou espaços de trabalho compartilhado. A pandemia nos trouxe diversas reflexões em relação ao fato de estarmos seguindo um modelo imposto ou realmente focado na nossa qualidade de vida. Agora estamos refletindo e buscando soluções direcionadas à melhoria da nossa moradia e no suporte de acessibilidade de produtos necessários para o dia a dia”, afirma Thomaz Assumpção, CEO da Urban Systems.

Em live promovida pelo Infomoney*, Fernando Didziakas, Sócio da Buildings, que monitora principalmente escritórios corporativos, confirma a tendência. Segundo uma pesquisa da Buildings, 80% das empresas de SP acreditam que a partir de agora terão escritórios menores. “E isso é um processo: casas maiores, escritórios menores. Vamos observar uma redução da metragem da empresa e uma melhora na qualidade do home office, que vem funcionando”, diz.

Assumpção completa destacando que o momento atual traz uma importante análise de valor amparada por variáveis importantes: digitalização, qualidade da moradia e do trabalho. “A partir de agora as pessoas irão pensar no que realmente precisam, o que querem e o que têm condições de pagar”.

FORA DOS GRANDES CENTROS

Nas cidades menores e médias, embora uma grande parte das pessoas ainda more em casas horizontais, os efeitos da pandemia também acabarão por moldar o mercado imobiliário de maneira mais prática e focada na qualidade de vida. “As cidades cresceram em uma velocidade muito grande desde as décadas de 70/80 e esse crescimento territorial urbano fez com que as cidades encostassem em grandes propriedades rurais que passaram a ser urbanas. Essa modificação do patrimônio de rural para urbano requer um outro tipo de planejamento e desenvolvimento que contém diversos produtos imobiliários” explica Assumpção.

Segundo o CEO da Urban Systems, para as cidades médias o foco do mercado deverá ficar em bairros planejados e prédios que tragam diversos serviços reduzindo o deslocamento das pessoas. “As cidades não comportam mais a construção de condomínios com lotes apenas residenciais. É preciso ter diversidade para atender a necessidade de viver, morar e trabalhar. Reduzindo a mobilidade e o consumo a um espaço geográfico menor. Atendendo também a mitigação do risco de contaminação em casos de epidemia como o atual” diz.

MERCADO DE CICLOS

O mercado imobiliário oscila muito e é sensível a ciclos e modismos. Porém, a maioria dos investidores já aprendeu que as mudanças nas preferências e necessidades do consumidor, bem como a instabilidade do país, não favorecem empreendimentos baseados em uma ‘fórmula comum’ ou em uma tendência do momento. “O mercado imobiliário tem um ciclo muito longo. Para comprar e iniciar a construção em um terreno leva-se dois anos, por exemplo. Por isso é preciso considerar as oscilações que ocorrerão na economia e no modo de vida das pessoas entre a concepção e a aplicação do projeto. Agora, mais de que nunca, é preciso capacidade de se ajustar às novas demandas e não pautar um empreendimento em comportamentos de massa”, comenta Assumpção.

Ainda segundo o CEO da Urban Systems, o mercado deverá entender esse novo viver das pessoas com relação ao essencial, atribuir valor aos espaços e focar a análise no ponto de vista do usuário. “Produtos de nicho deverão surgir para atender uma determinada demanda que tem problemas específicos de moradia. Mas o mercado também terá que se ajustar e produzir multiprodutos para atender necessidades diversas e diferentes faixas de renda em um mesmo espaço”.

Considerando todas essas variáveis, investidores precisam estudar o seu mercado, conhecer seu público e suas oportunidades. “A nosso favor, temos acesso a um volume de informação significativo que possibilita que uma empresa possa propor um novo tipo de moradia que converse com as demandas atuais. Um estudo completo e uma análise de dados pode transformar o projeto em uma resposta às necessidades da população. Atingindo, assim, o dimensionamento e aproveitamento dos espaços que serão adequados às demandas existentes e futuras”, finaliza.

*Fontes: Tendências de Marketing e Tecnologia 2020: Humanidade Redefinida e os Novos Negócios; Infomoney

Fonte: Urban Systems


DECRETO QUE REGULA FREQUÊNCIAS NÃO DEPENDE DO AVAL DA ECONOMIA, DIZ MENEZES

Segundo Vitor Menezes, a proposta dará estabilidade ao setor privado, que está apreensivo quanto aos critérios a serem usados na renovação das frequências

O secretário de Telecomunicações do MCTIC, Vitor Menezes, garantiu, hoje, 10, que é assunto exclusivo da pasta o decreto de regulamentação da Lei 13.879/19. Ele fez essa afirmação ao Tele.Síntese ao ser perguntado se haveria necessidade do endosso do Ministério da Economia sobre o texto da matéria, que deve ser publicada ainda neste mês.

Segundo Menezes, a proposta está com a consultoria jurídica do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e será encaminhada sem precisar de consulta a outras pastas. “Não carece de endosso de outros ministérios, uma vez que o assunto é exclusivo de Telecomunicações”, explicou.

Na avaliação do secretário, o texto será publicado neste mês e foi elaborado considerando-se questões levantadas quanto à viabilidade dos serviços. “Mandamos uma proposta que vai trazer tranquilidade para o setor”, aduziu, ao ser questionado sobre apreensão das operadoras acerca de rumores sobre a inclusão de critérios de economicidade e interesse público no texto do decreto como condicionantes à renovação das frequências.

CRITÉRIOS À RENOVAÇÃO

Esses critérios são considerados subjetivos pelas empresas. Uma fonte de uma das principais do país afirmou ao portal que espera uma solução razoável por parte do governo, sem necessidade de ação na Justiça, depois de ter sido descartada a renovação automática das frequências, como foi previsto no PLC 79, cujo texto deu origem à nova lei.

Menezes foi consultado sobre o texto do decreto, após ter participado de hoje de uma live promovida pela Plataforma Connected Smart Cities, quando previu: “O decreto está pra sair. Com fé em Deus, sai no mês de junho”. Na semana passada, o secretário do MCTIC, Júlio Semeghini, disse que a renovação não será automática, mas irá atender os detentores das atuais frequências cujos prazos começam a expirar ainda neste ano.

Fonte: Tele Síntese


Bloco #10 | O novo marco legal e a necessidade de aperfeiçoamento das regras contratuais

Entrevistados: Felipe Rath Fingerl, Diretor Financeiro e Relação com Investidores na Iguá Saneamento / Gabriel Muricca Galípolo, Presidente – Banco Fator

Entrevistadores: Mauricio Portugal Ribeiro, Sócio – Portugal Ribeiro Advogados / Luiz Felipe Graziano, Sócio – Giamundo Neto Advogados / Sebastián Butto, Sócio – Siglasul

Questões abordadas:
– Efeitos da utilização de regras inadequadas sobre equilíbrio econômico-financeiro nos contratos de concessão. Por que precisamos nos preocupar com isso?
– Aperfeiçoamentos necessários nessas regras para atingirmos a universalização dos serviços mais rapidamente

Este bloco é parte da SÉRIE ONLINE – Investimentos no setor de saneamento – O novo marco do setor da plataforma Connected Smart Cities.

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