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Webinar 2 – O que considerar nos processos de digitalização das cidades

A série online ‘Prefeitura Digital: Tudo que o seu governo precisa para uma cidade conectada e inteligente’ debate as tendências da transformação digital na administração pública e como a inovação fomenta cidades mais inteligentes e conectadas.

A iniciativa conta com as participações de Larissa Tavares, Diretora de Negócios para Cidades Inteligentes – Sonner; Carla Medeiros, Gestora Municipal de Planejamento e Inovação e Magali Oliveira Augusto de Souza, Gestora Municipal de Educação – Prefeitura de Várzea Paulista; e Patricia Pessoa Valente, Pesquisadora do Centro de Regulação e Democracia – Insper.

Lançamento do Edital Smart Vitrine no Bairro Vila A Inteligente

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O Smart Vitrine é o edital destinado às empresas que oferecem tecnologias em cidades inteligentes, com soluções que possam ser testadas e implementadas em ambiente de testes (Sandbox). A Vila A, ou bairro Itaipu A, será o primeiro e maior bairro público inteligente do Brasil a ser testado.

A iniciativa conta com as participações de Rodrigo Regis, Diretor de Negócios & Inovação no Parque Tecnológico Itaipu – PTI; General Eduardo Garrido, Diretor Superintendente – PTI; General João Francisco Ferreira – Diretor Geral Brasileiro – Itaipu; Francisco Lacerda Brasileiro , Prefeito – Prefeitura de Foz do Iguaçu; Igor Calvet, Presidente – ABDI – Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial; Marcos Heleno Guerson de Oliveira Junior – Presidente – INMETRO; Rafael Campos, Analista de Negócios e Inovação – Parque Tecnológico Itaipu – PTI; Fernando Rabelo, Gerente Executivo – BrazilLAB; e Paula Faria, Idealizadora da Plataforma Connected Smart Cities & Mobility.

ESTUDO AVALIA IMPACTO DE POLUIÇÃO GERADA POR CAMINHÕES NA SAÚDE HUMANA

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Após analisar movimento no sistema rodoviário Anhanguera-Bandeirantes, entre São Paulo e Campinas, pesquisadores calcularam o possível efeito de substituir o diesel por gás natural liquefeito.

A substituição completa do diesel usado como combustível nos caminhões de carga pesada por gás natural liquefeito (GNL) salvaria vidas, mas não seria o suficiente para evitar a maior parte das mortes que hoje se atribui como consequência da poluição do ar, indicou um estudo feito por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e do Imperial College London, no Reino Unido. De acordo com a pesquisa, publicada na revista Atmospheric Environment, o GNL ajuda a reduzir as emissões de material particulado (MP), mas não é o bastante para evitar todas as mortes atribuíveis à poluição nas cidades vizinhas às rodovias estudadas.

Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores levantaram o fluxo dos caminhões entre São Paulo e Campinas no sistema rodoviário Anhanguera-Bandeirantes e, em seguida, estimaram a emissão de poluentes proveniente dos veículos de carga, analisando a dispersão atmosférica do material particulado, em especial as concentrações de MP10 e MP2,5. Além disso, foram levantadas estatísticas de mortes por câncer de pulmão e por doenças cardiovasculares e respiratórias em 12 cidades lindeiras às rodovias, utilizando o banco de dados do Datasus (Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil). Utilizando a metodologia da Organização Mundial da Saúde (OMS), foi estimada também as possíveis mortes que seriam evitadas com a troca de combustível.

Os pontos de maior concentração de poluentes, segundo o estudo (que observou apenas as emissões provenientes dos caminhões), estão em Jundiaí, próximo à rodovia dos Bandeirantes, e em Cajamar, nas proximidades da rodovia Anhanguera. A menor concentração foi registrada em Campinas, em um local distante de ambas as rodovias.

De acordo com os estudos analisados no artigo, os veículos movidos a gás natural produzem entre 70% e 85% menos poluentes que a gasolina e o diesel e promovem uma redução de 10% na emissão de gases de efeito estufa (GEE) em comparação com os caminhões a diesel. Portanto, era de se esperar uma correlação entre mortes e poluição do ar.

Mas, para a surpresa dos pesquisadores, o impacto da mudança no combustível, de acordo com os modelos usados no estudo, foi menor do que o esperado. “Achávamos que haveria uma redução maior nas mortes atribuíveis à poluição do ar proveniente dos veículos pesados”, afirma Ana Carolina Rodrigueis Teixeira, do Instituto de Energia e Ambiente (IEE) da USP, primeira autora do artigo. “No caso de mortes por doenças respiratórias em crianças, por exemplo, não haveria nenhuma redução nos óbitos após a substituição total do diesel por gás natural nos caminhões. Ou seja, precisamos avaliar outras fontes poluidoras, como a dos veículos de passeio e da indústria, para entender melhor como seria o impacto da redução de emissões de poluentes na saúde da população.”

Pelos cálculos dos pesquisadores, as mortes anuais por doenças cardiovasculares atribuíveis à poluição atmosférica podem ter uma variação de 8 a 296 óbitos, com uma média aproximada de 188. Para doenças respiratórias em pessoas idosas a variação é de 52 a 190 mortes e para câncer de pulmão vai de 18 a 62 mortes para o ano de 2016. Pela simulação, a mudança no combustível dos caminhões para gás natural liquefeito poderia evitar menos de 5 mortes por ano para câncer de pulmão. Com relação às doenças cardiovasculares, o máximo de redução poderia ser de 14 mortes, mas com 90% de chance de menos de cinco mortes serem evitadas. Para as doenças respiratórias em idosos, menos de 10 mortes seriam evitadas por ano.

Corredor Azul – A pesquisa foi desenvolvida no âmbito de um projeto do Research Centre for Gas Innovation (RCGI), encerrado em 30 de novembro passado, cuja proposta era avaliar a viabilidade de implantação de um Corredor Azul no Estado de São Paulo – conceito que prevê a implantação de uma infraestrutura para o uso do gás natural como combustível em veículos rodoviários. Entre os objetivos do projeto, estavam: definição da localização do Corredor Azul; locais e formas de abastecimento; e políticas e estratégias de incentivo para a implementação do Corredor. Também foram avaliadas as variações nas emissões de poluentes locais e gases do efeito estufa decorrentes da troca do diesel pelo gás natural liquefeito nos caminhões, além de possíveis impactos na saúde humana.

Segundo Teixeira, essa fase do estudo apresenta limitações, pois não levou em conta, por exemplo, a idade dos veículos em circulação nas rodovias – um dos fatores que podem impactar a quantidade de poluentes emitidos – e não analisou os microdados de saúde dos municípios lindeiros às rodovias.

“Consideramos esse estudo um pontapé inicial para a discussão de políticas públicas relacionadas ao tema”, afirma ela. “É preciso um esforço não só do lado do setor de transporte de veículos pesados, que às vezes é criticado pelas altas emissões, mas também de outros setores”, finaliza.

O resumo do artigo “PM emissions from heavy-duty trucks and their impacts on human health” pode ser acessado neste link: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1352231020305483

Sobre o RCGI: O FAPESP SHELL Research Centre for Gas Innovation (RCGI) é um centro de pesquisa financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e pela Shell. Conta com cerca de 400 pesquisadores que atuam em 46 projetos de pesquisa, divididos em cinco programas: Engenharia; Físico/Química; Políticas de Energia e Economia; Abatimento de CO2; e Geofísica. O centro desenvolve estudos avançados no uso sustentável do gás natural, biogás, hidrogénio, gestão, transporte, armazenamento e uso de CO2. Saiba mais em: https://www.rcgi.poli.usp.br/pt-br/

Com informações da Assessoria de Imprensa

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COMITÊ GESTOR DA INTERNET NO BRASIL LANÇA EDIÇÃO EM PORTUGUÊS DO INTERNET & JURISDICTION: GLOBAL STATUS REPORT 2019

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Considerado o primeiro mapeamento abrangente das tendências políticas, atores e iniciativas relacionados à jurisdição na Internet, relatório será apresentado durante evento on-line Marca Texto – Cadernos CGI.br

O próximo evento “Marca Texto – Cadernos CGI.br”, que acontece em 8 de julho, às 11 horas (horário de Brasília, UTC -3), trará o lançamento da versão em português do Internet & Jurisdiction: Global Status Report 2019. O relatório foi produzido pela Rede de Políticas Internet & Jurisdição, organização que reúne nomes relevantes de vários países e diferentes setores em torno de debates que visam à construção de soluções concretas para os conflitos jurisdicionais no contexto transfronteiriço da Internet. Trata-se do primeiro mapeamento abrangente das tendências políticas, atores e iniciativas relacionados a esse tema.

A publicação da edição em português do relatório faz parte da série “Cadernos CGI.br”, iniciativa do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) segmentada em três categorias: referências, estudos e debates. O atual lançamento se enquadra em referências, categoria focada especificamente em documentos de importância para a Governança da Internet.



Como o próprio nome do evento sugere, durante o encontro, pontos de maior relevância da obra serão grifados e analisados pelos convidados: Martin Hullin, Diretor de Operações e Parcerias de Conhecimento da Internet & Jurisdiction Policy Network, e Luiza Brandão, Diretora do IRIS – Instituto de Referência em Internet e Sociedade. Luiza, que escreveu a apresentação à edição brasileira da publicação, fará uma contextualização da obra diante do cenário brasileiro. O evento conta ainda com a participação de Carlinhos Cecconi, Gerente da Assessoria Técnica ao CGI.br; e a moderação de Jean Santos, Assessor do CGI.br;

O lançamento será aberto e transmitido em português e inglês pelo canal do NIC.br no YouTube , com serviço de legendagem em português.

Anote na agenda

Marca Texto – Cadernos CGI.br – lançamento da edição em português do Internet & Jurisdiction: Global Status Report 2019

Data: 8 de julho, quinta-feira

Horário: 11 horas (horário de Brasília, UTC -3)

Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br

O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por estabelecer diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da Internet no Brasil, coordena e integra todas as iniciativas de serviços Internet no País, promovendo a qualidade técnica, a inovação e a disseminação dos serviços ofertados. Com base nos princípios do multissetorialismo e transparência, o CGI.br representa um modelo de Governança da Internet democrático, elogiado internacionalmente, em que todos os setores da sociedade são partícipes de forma equânime de suas decisões. Uma de suas formulações são os 10 Princípios para a Governança e Uso da Internet (https://cgi.br/principios). Mais informações em https://cgi.br/.

Com informações da Assessoria de Imprensa

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RYAN DING, DA HUAWEI: A INOVAÇÃO CONTÍNUA ESTÁ ILUMINANDO O FUTURO DE TODOS OS SETORES

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Durante o MWC Barcelona 2021 o Diretor Executivo da Huawei e Presidente de Carrier, Ryan Ding, fez um discurso de abertura intitulado “Inovação: Iluminando o Futuro”. Em sua apresentação, Ding disse que a inovação em Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) está se tornando um dos principais impulsionadores da economia global e seu valor está indo além da indústria de telecomunicações. A inovação contínua em 5G, em particular, trará mais valor para as operadoras, para a indústria de TIC e para a economia global, e iluminará o futuro de todas as indústrias.



Mais do que telecomunicações: a inovação na indústria de TIC está se tornando um fator econômico importante
A pandemia, disse Ding, criou um novo normal em que a economia digital é a força motriz da economia global. A infraestrutura de TIC, como a fundação da economia digital, está desempenhando um papel cada vez mais importante. Ding mencionou que o valor das TIC agora transcende a indústria de telecomunicações e tem implicações transformadoras para a economia global como um todo.

Em países onde o 5G está se desenvolvendo mais rapidamente, as operadoras têm visto um crescimento mais rápido da receita, e esses países também tendem a ter uma infraestrutura digital melhor em geral. Tomando a China como exemplo, em menos de 18 meses, mais de 820.000 estações base 5G foram implantadas, e as operadoras chinesas obtiveram um aumento de 6,5% na receita e um aumento de 5,6% no lucro líquido no primeiro trimestre deste ano. O rápido desenvolvimento da infraestrutura digital impulsionada pelo 5G adicionará 1,9 trilhão de euros à economia chinesa nos próximos cinco anos. As mesmas histórias também estão ocorrendo na Coréia do Sul e na Europa.

Mais do que conectividade: a inovação 5G está permitindo o sucesso dos negócios das operadoras
Como a infraestrutura de TIC é a fundação da economia digital na era 5G, as operadoras estão desempenhando um papel mais importante do que antes.

Ding disse: “Atualmente, o principal objetivo das operadoras de 5G é obter sucesso nos negócios em três mercados-chave – consumidores, residências e indústrias – por meio da inovação na implantação de rede, desenvolvimento de mercado e otimização de operação.”

“No mercado consumidor, 5G significa não apenas velocidades mais rápidas; também traz novas experiências e novo valor. Algumas operadoras já alcançaram o sucesso comercial inicial.”

De acordo com Ding, existem três etapas que uma operadora pode realizar para ter sucesso no mercado 5GtoC. O primeiro é acelerar a implantação 5G, com planejamento de rede direcionado e investimento com base em percepções precisas sobre áreas de alto valor, cenários-chave e usuários em potencial. A segunda é acelerar a migração do usuário 5G e a terceira etapa é criar modelos de preços flexíveis e orientados para o valor.

Hoje, o 5G foi aplicado em mais de 1.000 projetos em mais de 20 setores, incluindo aço e mineração, permitindo uma produção mais segura e eficiente. As operadoras chinesas fizeram grande progresso e estão entrando na fase de obter sucessos iniciais e replicá-los em grande escala.

“Aprendemos com a experiência das operadoras chinesas que o sucesso do 5GtoB depende de três fatores”, disse Ding. “Primeiro, selecionar os setores certos. As operadoras devem escolher os setores-alvo considerando quatro fatores: demanda, acessibilidade, replicabilidade e viabilidade técnica. Segundo, definir o escopo de suas ofertas. As operadoras podem servir como provedores de rede que oferecem serviços de conectividade. Elas também podem atuar como provedores de serviços em nuvem ou até mesmo integradores de sistemas que fornecem serviços de integração ponta a ponta. Diferentes funções exigem diferentes conjuntos de habilidades e geram diferentes valores de negócios. Terceiro, projetar modelos de negócios inovadores. Esta é a chave para replicar o sucesso de 5 GB em escala.”

Durante a pandemia, há uma demanda crescente por banda larga doméstica, e isso destacou as vantagens do 5G FWA, que permite uma implantação rápida e O&M sem contato. As operadoras do Oriente Médio alcançaram notável sucesso comercial ao considerar o FWA como um caso de uso chave de 5G.

Mais do que negócios: a Huawei continua inovando para impulsionar a sustentabilidade em toda a indústria
“O sucesso do 5G requer primeiro uma rede 5G que forneça a melhor experiência do usuário e isso orienta como inovamos na Huawei”, disse Ding. A Huawei lançou o Massive MIMO mais leve e poderoso da indústria, que consome menos energia. Ele pode ser carregado e instalado por apenas uma pessoa, o que acelera a implantação da rede. Com o Optical Cross-Connect (OXC) da Huawei, um sub-rack pode substituir nove gabinetes normalmente necessários. Possui capacidade quatro vezes maior, mas consome 95% menos energia. A solução 5G Super Uplink da Huawei combina as vantagens de 2,1 GHz e 3,5 GHz para aumentar a capacidade de uplink e a cobertura interna. Esta solução fornece uma taxa de uplink de pico de mais de 450 Mbit/s, permitindo que centenas de usuários transmitam ao vivo a Maratona de Xiamen em 4K em abril usando seus smartphones 5G.

Para apoiar modelos de desenvolvimento verde e neutralidade de carbono, de acordo com Ding, a Huawei continua inovando em três níveis: equipamentos, sites e redes. Em equipamentos, a Huawei usa componentes com maior eficiência de energia para tornar as plataformas de hardware mais eficientes em termos energéticos. Em sites (locais), as soluções simplificadas da Huawei ajudam as operadoras a reduzir o consumo de energia, além de economizar eletricidade e aluguel. Finalmente, quando falamos de rede, a Huawei lançou uma solução de economia de energia multibanda e multirrat que pode reduzir o consumo de energia em redes sem fio sem comprometer seu desempenho. Com a solução inovadora da Huawei, equipamentos 5G trabalhando em bandas baixas e altas podem compartilhar um gabinete e, como resultado, menos energia é usada. Quando se trata de economia de energia de equipamentos multibanda, o objetivo da Huawei é fazer “1+1” menor do que um.

Colaborar para criar um ecossistema e evoluir o 5G para um futuro melhor
Concluindo sua apresentação, Ding enfatizou que o desenvolvimento 5G requer inovação contínua. No 5GtoB, por exemplo, os padrões 5G precisam ser coordenados com os padrões da indústria em um ritmo mais rápido e o 5G deve ser integrado aos processos de produção centrais das empresas para ajudá-las a se tornarem digitais e inteligentes. Ao mesmo tempo, a sinergia entre 5G, nuvem e computação expandirá ainda mais os limites dos negócios das operadoras, criando espaço para um novo crescimento. A inovação 5G é um processo contínuo. A Huawei acredita que a inovação iluminará o futuro.

Com informações da Assessoria de Imprensa

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ESG E A COMPETIÇÃO DE PROJETOS POR ACESSO AO CRÉDITO

A adoção de uma postura ESG se torna um diferencial competitivo e gera uma concorrência positiva por bons financiamentos

A sigla ESG representa hoje uma condição de investimento e de sustentabilidade de projetos de infraestrutura: não bastam ser rentáveis do ponto de vista econômico-financeiro, mas devem ser sustentáveis na perspectiva ambiental e social e, ainda, devem promover boa governança e transparência. Estado, investidores, concessionárias e financiadores (tanto bancos, quanto mercado de capitais) estão incorporando essa dinâmica em sua atuação.

O respeito a esses pilares  passou a ser, inclusive, fator diferencial para escolha de ativos atrativos. É que, em um ambiente de competição de projetos, a tendência é de que as melhores taxas e o maior acesso ao crédito estejam, mesmo, com os projetos ambiental e socialmente sustentáveis.



Talvez essa fosse uma realidade distante ou pouco percebida até agora. Vigorava, até então, a velha máxima de que há capital disponível; o que não há são bons projetos para investimento.

Com a oferta cada vez maior de projetos – o que é resultado da sofisticação das unidades governamentais de estruturação de parcerias e concessões, nas esferas federal, estadual e municipal -, cada vez mais haverá competição entre bons projetos. Nessa esteira, a adoção de uma postura ESG se torna um diferencial competitivo e gera uma concorrência positiva por bons financiamentos.  

É interessante, nesse sentido, perceber como os projetos de concessões e PPP devem ser concebidos a partir da ideia central de “adequabilidade” dos serviços prestados. E esse é um conceito intrinsecamente ligado à sustentabilidade ESG e, também, ao financiamento de projetos.

É que um serviço pautado em responsabilidade ambiental, compromisso de transparência, inclusão de minorias, tendem a gerar conforto para os cidadãos atendidos por aquela política. Ora, o usuário que recebe conforto, segurança, acesso em boas condições é muito mais propenso a ser um bom pagador pelos serviços recebidos.

O usuário que se sente contemplado em suas necessidades com o serviço que é prestado, expressa alto grau de satisfação e se torna um bom e recorrente pagador; e isso acarreta a solidez das receitas do fluxo de caixa, mitiga os riscos de demanda e contribui para a sustentabilidade econômica e financeira do projeto: acesso a financiamentos mais baratos (melhores taxa e menores garantias exigidas pelas instituições financiadoras).

A solidez e a segurança da demanda são pontos fundamentais para a sustentação econômico-financeira e são o núcleo duro dos projetos financiáveis. Nesse particular, o respeito ao ESG é ferramenta para conhecer as demandas dos usuários e atendê-las com responsabilidade. E essa responsabilidade está a serviço, também, da lógica que sustenta as relações que a concessionária trava com o mercado financeiro e de capitais.

Conhecer seu usuário é uma ideia potente. Transforma o setor público, os financiadores e – claro – a própria governança das empresas concessionárias. Na ideia de que “não basta conhecer seu cliente; é preciso ser o seu cliente”, as concessionárias se modernizam para contemplar uma política inclusiva em suas estruturas de gestão.

Se no transporte público, por exemplo, mulheres ou pessoas trans se sentem mais vulneráveis, porque não ter pessoas que as representam nas camadas de tomada de decisões dessas empresas. Assim, as soluções pensadas pelas concessionárias possivelmente estarão mais próximas e adequadas a resolver os problemas e desafios que são de fato enfrentados pelos usuários.

A Associação Infra Women Brazil construiu um índice pioneiro de igualdade de gênero, que posteriormente servirá de base para as relações entre governo, concessionárias e financiadores.

Os pilares do referido índice são o recenseamento empresarial; publicidade e engajamento; contratação ativa de diversidade; capacitação profissional; retenção de talentos; e a ascensão nas cadeias empresariais. Além disso, o índice também visa coletar informações sobre o relacionamento das concessionárias com o governo.

Desenvolvimento sustentável

O Estado deve enfrentar o desafio de conferir incentivos para práticas sociais e ambientais responsáveis, sem, entretanto, afastar a sustentabilidade econômica e financeira dos serviços. A ideia de ESG não expurga a necessidade de se assegurar previsibilidade para as receitas esperadas pelo empreendedor.

É exigir transparência, inclusão e compromisso ambiental, mas sem estabelecer práticas que impeçam as concessionárias de perseguir o lucro e o retorno adequado para os investimentos realizados.  

Artigo desenvolvido em regime de co-autoria com Carolina Carelli.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities  

BLOCO 1 – Evolução tecnológica dos pagamentos de passagem do transporte público

A série online ‘Evolução tecnológica do pagamento como aliada da Mobilidade Urbana’ Debate as vantagens dos pagamentos via cartões bancários para empresas de mobilidade urbana e usuários.

A iniciativa conta com as participações de Cláudio Roberto Ferreira, Diretor Comercial – Metrô de São Paulo; Bruno Alves, Gerente Executivo de Meios de Pagamentos – BB – Banco do Brasil; e Marcelo Sarralha, Diretor de Soluções – Visa.

¡AGUAS! É PRECISO PADRONIZAR PARA UNIVERSALIZAR O SANEAMENTO NAS CIDADES BRASILEIRAS

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No Brasil, para mudar a realidade de quase 100 milhões de pessoas desassistidas do serviço de coleta e tratamento de esgoto, a Lei nº 14.026, de 15 de julho de 2020 (o Novo Marco do Saneamento) impôs a meta de universalização do serviço de esgoto para 90% da população até dezembro de 2033

No México, é costume usar a expressão “¡Aguas!” como sinônimo de “Cuidado!”. Pode parecer um tanto sem sentido para pouco mais da metade da população brasileira, que tem acesso aos serviços de tratamento de esgoto (SNIS 2020). A origem dessa expressão mexicana remonta à Espanha da Idade Média. Não sendo provido um serviço de coleta de esgoto pelo poder público, passou a ser uma atribuição dos próprios cidadãos. Assim, para se livrarem das próprias fezes, as pessoas as misturavam com outros dejetos e água em baldes, e despejavam todo seu conteúdo nas próprias ruas. Para alertar aqueles que passaram por ali, virou costume gritar “¡Aguas!” como alerta para o que estava por vir das casas. 

Desafios do saneamento básico no Brasil

No Brasil, para mudar a realidade de quase 100 milhões de pessoas desassistidas do serviço de coleta e tratamento de esgoto, a Lei nº 14.026, de 15 de julho de 2020 (o Novo Marco do Saneamento) impôs a meta de universalização do serviço de esgoto para 90% da população até dezembro de 2033. Atualmente, apenas 54,1% das brasileiras e brasileiros têm acesso a esses serviços, sendo a porcentagem ainda mais baixa em algumas regiões:  no norte do país, corresponde a somente 12,3% da população e, no nordeste, a 28,3% da população da região. 



Os desafios são de diferentes tipos, compreendendo desde a atração de investimento privado, diante da insuficiência do poder público de fazer frente ao financiamento da construção e operação da infraestrutura necessária, com a modelagem econômico-financeira e jurídica de concessões de longo prazo, até a construção de uma cultura de fortalecimento da capacidade institucional das administrações públicas para garantir segurança jurídica e previsibilidade para a gestão dos correspondentes contratos de concessão.

Nesse contexto, aqui vai o alerta: seja o município ou qualquer outra forma de prestação regionalizada, os poderes concedentes dos serviços de esgotamento sanitário deverão se valer da padronização dos contratos e das boas práticas regulatórias para atingir as metas de universalização impostas.

Ainda que cada concessão guarde suas especificidades (p. ex.: volume de investimento necessário para fazer frente à demanda identificada), é fundamental que os projetos de saneamento possam se aproveitar da experiência já acumulada em outros setores ou em projetos que contaram com a assessoria do BNDES, CEF, entre outros para sua estruturação. Será fator decisivo, para a universalização de todos os serviços de saneamento básico, a padronização, sempre que possível, de métodos de análise da demanda, parâmetros para avaliação dos aspectos econômico-financeiros essenciais para definição do valor e prazo da concessão, bem como a utilização de modelos de contratos cujas principais cláusulas tenham sido escritas baseadas nas melhores práticas regulatórias e nos entendimentos jurisprudenciais sobre o tema.

Normas de referência em saneamento

A padronização, também, é o racional que sustenta a competência normativa da Agência Nacional de Águas e Saneamento (ANA) para editar normas de referência em saneamento. Fazendo uso de regulação por incentivo, o Novo Marco do Saneamento conferiu à ANA a tarefa de disciplinar regras gerais de referência sobre, por exemplo, “padrões de qualidade e eficiência na prestação, na manutenção e na operação dos sistemas de saneamento básico”, “regulação tarifária”, “critérios de contabilidade regulatória” dentre outros assuntos que, se uniformizados, gerarão eficiência para o poder público e para a iniciativa privada. 

Os poderes concedentes que adotarem essas normas de referência poderão oferecer a possibilidade de os investidores terem acesso a financiamento com recursos da União ou com recursos do BNDES, CEF ou outro órgão ou entidade da administração pública federal. Da perspectiva do investidor, reduz-se o custo de elaboração da proposta e aumenta-se a confiança na boa gestão contratual. Para o poder público, também aumentam suas chances de um retorno mais promissor, quando da licitação para a concessão com as perspectivas de melhores lances por parte dos potenciais investidores. Padronizar, portanto, deve ser o alerta para a universalização dos serviços de saneamento básicos.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities  

A MEDICINA NAS CIDADES INTELIGENTES

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 O uso da tecnologia da informação revolucionou o atendimento médico, através dos relatórios médicos eletrônicos, do gerenciamento da cadeia de medicamentos, population health, big data, da inteligência aumentada e a telemedicina, que puderam proporcionar uma melhora no diagnóstico precoce

O cuidado com a saúde é uma das maiores preocupações do cidadão brasileiro e também um dos maiores desafios para os governantes. São várias as soluções desenvolvidas que visam reduzir os gastos, oferecer serviços de qualidade e promover a inclusão dos cidadãos no sistema público de saúde.  

Nos Estados Unidos, pode-se observar como o uso da tecnologia da informação revolucionou o atendimento médico, através dos relatórios médicos eletrônicos, do gerenciamento da cadeia de medicamentos, population health, big data, da inteligência aumentada e a telemedicina, que puderam proporcionar uma melhora no diagnóstico precoce, no desenvolvimento de novos protocolos de atendimento, na maximização dos recursos utilizados pelos médicos e o melhor gerenciamento de gastos com os planos de saúde. Dallas, Chicago e Austin despontam não somente como centros de referência na saúde como também estão entre as principais cidades inteligentes. 



Tecnologia em benefícios aos pacientes

Para os pacientes, são inúmeros aplicativos de celular que empoderam e estimulam seu engajamento na adesão de programas, visando maximizar a experiência em atendimentos mais rápidos e precisos, longe das filas de espera e visitas desnecessárias aos centros médicos. Com a autonomia e poder de escolha dos usuários, os provedores de saúde investem em oferecer soluções cada vez mais personalizadas para atender interesses de grupos mais específicos.  

Segundo Chris Gibbins, MD, MPH e CEO da Greystone Group, “Uma cidade inteligente poderá ser mais impactante quando sua interoperabilidade atravesse a saúde básica, serviços humanos e sistemas não ligados à saúde, incluindo segurança pública, saúde ambiental, serviços sociais, serviços de emergência e transporte”. No Brasil, a implementação do 5G e outras tecnologias emergentes é crítico para dar suporte na integração destes setores e expandir o conceito de cidades inteligentes e oferecer um suporte urgente para as necessidades de saúde.  

Trabalho colaborativo

O Serviço Comercial dos Estados Unidos, que faz parte da Missão Diplomática dos Estados Unidos no Brasil, apoia empresas americanas que oferecem soluções para todas as áreas dos cuidados com a saúde, através de eventos no Brasil e nos Estados Unidos, além do suporte local nos escritórios comerciais na Embaixada e nos Consulados dos Estados Unidos.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities  

Bloco 2 – Como viabilizar a eletromobilidade do transporte coletivo no Brasil?

A série online ‘Os Desafios da Eletrificação do Transporte no Brasil’ aborda os principais desafios para o desenvolvimento do setor de eletrobilidade no país.

A iniciativa conta com as participações de Carlos Eduardo Cardoso de Souza, Responsável e-city – Enel X; Edgar Barassa, Empreendedor e Pesquisador – BCC – Barassa & Cruz Consulting; Rodrigo Tortoriello, Consultor, Ex-Secretário de Mobilidade Urbana de Porto Alegre e Juiz de Fora – RT2 Consultoria; Fernando Campagnoli, Especialista em Regulação – ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica, Marcel Martin, Program Officer – iCS – Instituto Clima e Sociedade; e Carmen Araujo – Managing Director – ICCT Brasil.