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COLETA SELETIVA DOS RESÍDUOS: DESAFIOS, RESPONSABILIDADES E ALTERNATIVAS

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 O perfil do que é descartado mudou completamente nos últimos cinquenta anos, incorporando toda uma gama de embalagens descartáveis, tidas como práticas e modernas. Coube às prefeituras municipais absorver este excesso no seu sistema de coleta

O lixo é um dos maiores problemas na gestão das nossas cidades. Interfere diretamente nas condições da saúde, já que é um criadouro de animais e insetos vetores de doenças. É um problema social, pois incentiva a vida humana em níveis degradantes. É um problema econômico, pois sua coleta, destinação final e, em muitos casos, a remediação dos lixões que hoje são ilegais, consome boa parte dos recursos públicos. E é, sem dúvida, um problema ambiental por contaminar o solo, os rios e o ar.

O lixo é também o produto final de uma lógica de produção e de consumo e não pode ser discutido em separado desse contexto. O perfil do que é descartado mudou completamente nos últimos cinquenta anos, incorporando toda uma gama de embalagens descartáveis, tidas como práticas e modernas. Coube às prefeituras municipais absorver este excesso no seu sistema de coleta.



O custo social e ambiental da reciclagem

Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública – ABRELPE, menos de 4% dos resíduos coletados retornam ao processo produtivo como matéria prima, por meio da reciclagem. Um dos principais fatores para esse cenário é o custo. A coleta seletiva significa, minimamente, duplicar o sistema – entre orgânicos e embalagens – ou mesmo triplicar, ao acrescentar os rejeitos.

A partir da aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PRNS) foi instituída a corresponsabilidade de consumidores, empresas geradoras de embalagens e demais elos dessa cadeia na gestão do lixo. As associações de empresas de diferentes segmentos assinaram acordos junto ao Governo Federal, comprometendo-se com metas de recolhimento das suas embalagens. Como é impossível para cada produtor de embalagem organizar sistema de coleta seletiva própria para o seu passivo, espera-se que o sistema municipal de limpeza urbana atenda boa parte dessa demanda. Porém, o investimento na logística reversa focou nos demais elos da cadeia econômica da reciclagem e raras foram as exceções de investimento privado no sistema público.

Responsabilidade do consumidor

Quanto à responsabilidade dos consumidores, coube também aos municípios o papel de estabelecer a cobrança de taxas de produção de resíduos. No entanto, nos últimos dez anos, poucas administrações municipais se propuseram a fazê-lo.

Há, porém, um elo em comum entre municípios, empresas produtoras de embalagens e consumidores: os catadores de materiais recicláveis.

A figura do catador se confunde com a história da gestão urbana dos resíduos. Antes de qualquer lei, eles sempre foram os principais responsáveis por desafogar os aterros e os cofres públicos, movimentando a base da cadeia econômica da reciclagem e da logistica reversa e retirando das mãos dos consumidores aquilo que não deveria ir para o lixo. Há décadas esses trabalhadores criaram um sistema de coleta seletiva paralelo e se mobilizam para sair da informalidade. Foram reconhecidos como profissão no código brasileiro de ocupações e pela própria PNRS.

Ao apoiar a organização dos catadores em cooperativas, os municípios criam um sistema de coleta seletiva mais eficiente e que educa a população ao clarificar o destino socioambiental das embalagens que gera. Também reduz os depósitos clandestinos pois oferece condições dignas de trabalho a essas pessoas que alimentam o sistema informal. Ainda, atrai investimentos das empresas de transformação, como recicladoras de plásticos, em virtude do aumento da matéria prima beneficiada.

A parceria entre prefeituras e cooperativas de catadores chama à responsabilidade todos os elos da cadeia, em especial empresas produtoras de embalagens, que, por meio do investimento na infraestrutura das cooperativas, apoiam a gestão pública dos resíduos.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities  

EVENTO DEBATE PLANO DE SMART CITIES PARA FLORIANÓPOLIS EM ENCONTRO REGIONAL

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 O Encontro Regional da 2a. cidade mais inteligente do país traz os indicadores do Ranking Connected Smart Cities, e aponta Florianópolis como a 1ª cidade mais conectada da Região Sul, além do 2º lugar entre os municípios com mais de 500 mil habitantes

Acontece nesta terça-feira (08 de junho), às 09h (horário de Brasília), o Encontro Regional Florianópolis para debater sobre as iniciativas de smart cities no contexto da capital catarinense. O Connected Smart Cities & Mobility, iniciativa da Necta, dá andamento à agenda de eventos regionais de 2021, que são realizados desde fevereiro até agosto, contemplando todas as 27 capitais do País.

O Encontro Regional Florianópolis é o 3º da Região Sul e o 16º da agenda da plataforma e faz parte das iniciativas da sétima edição do evento nacional Connected Smart Cities & Mobility, que acontece, em São Paulo, entre os dias 01 e 03 de setembro de 2021, com programação de pré-evento. O primeiro encontro foi realizado em Salvador; seguido por Vitória; Belém; Campo Grande; Curitiba; Maceió; Manaus; Recife; Rio de Janeiro; Rio Branco; Fortaleza; Porto Alegre; Palmas; São Luís; e Goiânia. As inscrições gratuitas estão em:  https://bit.ly/3gPXN9E

A iniciativa reúne especialistas em smart cities e acontece, ao vivo, em formato virtual, com apresentação do Plano de Desenvolvimento de Cidades Inteligentes para Florianópolis e dos indicadores de desenvolvimento, no contexto do Ranking Connected Smart Cities 2020. Conforme o estudo, além do segundo lugar como a cidade mais inteligente e conectada do Brasil, a capital catarinense é a 1ª colocada da Região Sul. A cidade também atingiu a 2ª posição entre os municípios com mais de 500 mil habitantes, 3ª em Economia, 4ª colocação em Tecnologia e Inovação, 5ª em Educação e Mobilidade e Acessibilidade, além da 7ª posição em Segurança e em Saúde e Empreendedorismo. 

“Somos a principal plataforma do ecossistema de cidades inteligentes e mobilidade urbana no Brasil e fomentar esse tema da forma mais abrangente possível faz todo o sentido para o nosso trabalho. Os encontros e outras atividades permitem que o debate e as boas práticas para as cidades e a mobilidade urbana alcancem mais municípios. E, assim como nas demais regiões, teremos uma agenda importante na capital catarinense. Para tanto, contamos com o envolvimento dos vários atores com atuação no desenvolvimento mais sustentável das cidades”, disse Paula Faria, CEO da Necta e idealizadora do Connected Smart Cities & Mobility.

Florianópolis no Ranking Connected Smart Cities

A programação do Encontro Regional Florianópolis destaca 70 indicadores segmentados em 11 eixos temáticos, apontados no Ranking Connected Smart Cities: mobilidade, urbanismo, meio ambiente, educação, saúde, segurança, energia, empreendedorismo, tecnologia e inovação, governança e economia, além de adaptar os principais estudos internacionais e a ISO 37.122, referente à indicadores para cidades inteligentes.

O Ranking CSC também traz análises segmentadas pelos eixos temáticos, permitindo uma visão Regional do Brasil, considerando o porte de municípios. A cidade está inserida no recorte dos municípios com mais de 500 mil habitantes. 

Willian Rigon, diretor e sócio da Urban Systems e Connected Smart Cities, que também coordena o estudo, comenta que, na última edição do estudo, Florianópolis teve um salto de 5 posições e ficou na 2ª posição do Ranking Geral, sendo a 1ª colocada na Região Sul e a 2º colocada entre as cidades com mais de 500 mil habitantes, ficando atrás apenas de São Paulo. 
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“Os investimentos voltados ao desenvolvimento da cidade, no contexto de smart cities, justificam a evolução. Em 2020, Florianópolis conquistou um prêmio internacional em função do seu novo projeto de integração das linhas municipais e intermunicipais de mobilidade, que será implementado em até 2 anos. A cidade, que conta com o Aeroporto Internacional Hercílio Luz, de acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), passou a atender 21 destinos enquanto, em 2019, eram apenas 9. Outro ponto que se observa é relacionado aos veículos de baixa emissão que, em 2019, eram cerca de 0,05% e, no último estudo, aumentou 0,5% e totalizou 0.10%”, disse.

Em Tecnologia e Inovação, a capital ocupa a 4ª posição no Ranking, 2ª no Sul e a 4ª posição entre os municípios com mais de 500 mil habitantes. “Florianópolis obteve um aumento significativo em 5 dos 7 indicadores do eixo, com destaque para o aumento de 86.760,8 ligações à internet por cem mil habitantes, somando 128.896,6, conforme dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)”. 

“Já no indicador de trabalhadores com ensino superior, a cidade também obteve um aumento significativo e, segundo a RAIS, 48% dos seus trabalhadores têm formação superior, contra 26% no ano anterior. E os números de patentes também subiram consideravelmente, chegando a quase 29 para cada cem mil habitantes, contra 15,8 em 2019”, enfatiza o executivo.

Rigon também faz referência ao eixo Educação, onde a capital melhorou a sua nota no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) que passou de 4,7 para 5,3 e deve permanecer melhorando. “A média de computadores disponíveis para mil alunos teve um grande aumento em comparação ao ano anterior, atingindo 111,8 em 2020, conforme o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). E as despesas pagas com educação também aumentaram, sendo que em 2019 o valor pago foi de R$903,63 e, em 2020, atingiu R$976,61”, concluiu.

Florianópolis também apresentou bom desempenho em Empreendedorismo:  7ª posição no Ranking Geral, 3ª na região sul e a 7ª entre as cidades com mais de 500 mil habitantes; e Economia: a 3ª posição Geral; 2ª entre as cidades de mais de 500 mil habitantes e ficando atrás apenas de Campinas (SP), além da 1ª da região Sul.

Palestrantes Encontro Regional Florianópolis

Para a contextualização e apresentação de indicadores, o encontro recebe: Paula Faria, CEO da Necta e idealizadora do Connected Smart Cities & Mobility; Willian Rigon, diretor e sócio da Urban Systems e Connected Smart Cities. 

No painel 1 – para apresentação do plano de cidades inteligentes – estão confirmados: Juliano Richter Pires, secretário Municipal de Turismo, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico da Prefeitura de Florianópolis; Jean Vogel, presidente e diretor executivo da Câmara de Smart Cities da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) e Ágora Tech Park; Jamile Sabatini Marques, diretora de Inovação e Fomento da Associação Brasileira de Software (ABES); Diego Brites Ramos, vice-presidente de Relacionamento e diretor da Vertical Smart Cities da Associação Catarinense de Tecnologia (Acate); 

E para o painel 2 – que discutirá as soluções para cidades inteligentes: Paulo Fraga, CEO da Cittamobi.

A programação completa está disponível em: https://bit.ly/3gPXN9E

AGENDA

A Agenda proposta para os eventos acontece entre 23 de fevereiro e 24 de agosto de 2021 e contempla os estados/regiões:

Estados Região Nordeste/Cidades: Maceió (AL); Salvador (BA); Fortaleza (CE); São Luís (MA); João Pessoa (PB); Recife (PE); Teresina (PI); Natal (RN); Aracaju (SE);

Estados Região Sul/Cidades: Florianópolis (SC); Curitiba (PR); Porto Alegre (RS);

Estados Região Norte/Cidades: Rio Branco (AC); Macapá (AP); Manaus (AM);  Belém (PA); Palmas (TO); Porto Velho (RO); Boa Vista (RR);

Estados Região Sudeste/Cidades: Vitória (ES); Belo Horizonte (MG); Rio de Janeiro (RJ); São Paulo (SP);

Estados Região Centro-Oeste/Cidades: Brasília (DF); Campo Grande (MS); Cuiabá (MT); Goiânia (GO). 

Patrocinadores Eventos Regionais: Bosch, Enel X, Signify e Sonner

Connected Smart Cities

O Connected Smart Cities funciona como uma plataforma completa de conteúdo com múltiplos canais e formatos que permitem aos profissionais do ecossistema de cidades inteligentes acesso aos conteúdos: crível, analítico e relevante, por meio do: Ranking, evento, Prêmio, Learn e o portal, além do Connected Smart Mobility, que conta com site e conteúdo dedicado às discussões relacionadas a mobilidade urbana no Brasil. 

O Connected Smart Cities & Mobility conta com um alcance de mais de 15 mil pessoas mensalmente, 19 mil participantes, 1.200 reuniões nas Rodadas de Negócios, 550 marcas participantes, 300 painéis de discussão, 1.100 palestrantes, além de mais de 250 apoiadores. O evento se destaca, ainda, pela ampla participação de prefeituras que, apenas em 2019 (formato presencial), contou com a presença de aproximadamente 300 municípios.

Serviço

Connected Smart Cities & Mobility 2021

Mais informações: https://evento.connectedsmartcities.com.br/

Imagens: https://www.flickr.com/photos/connectedsmartcities/albums

Organização: Necta (www.nectainova.com.br) e Urban Systems

Encontro Regional Florianópolis.

Data: 08/06/21

Horário: 09h (horário de Brasília)

Inscrições gratuitas em: https://evento.connectedsmartcities.com.br/eventos-regionais/ 

Obs.: O credenciamento para os profissionais de imprensa está disponível em: https://evento.connectedsmartcities.com.br/credenciamento-imprensa/

Sobre o Connected Smart Cities & Mobility

O Connected Smart Cities & Mobility, principal plataforma especializada no mercado de cidades inteligentes e mobilidade urbana no Brasil e uma das maiores da América latina, foi desenvolvida pela Necta e a Urban Systems e envolve empresas, entidades e governos. A iniciativa tem por missão encontrar o DNA de inovação e melhorias para cidades mais inteligentes e conectadas umas com as outras, sejam elas pequenas ou megacidades.

Ranking Connected Smart Cities: estudo desenvolvido pela Urban Systems, por meio de metodologia própria e exclusiva, em parceria com a Necta. Além de considerar os conceitos de cidades inteligentes, como tecnologia, meio ambiente e sustentabilidade, o Ranking considera conceito de conectividade, investimentos em saneamento, importância da educação na formação e reprodução dos potenciais das cidades e sustentabilidade econômica. Todos os indicadores do Ranking Connected Smart Cities 2020 estão disponíveis em: http://conteudo.urbansystems.com.br/csc_urban_atual

 

Relações com a imprensa

Assessoria de Comunicação e Imprensa do Connected Smart Cities & Mobility

Patrícia Esteves (Mtb 49995)

+55 13 98808-8470

imprensa@nectainova.com.br   

WORLD SUMMIT AWARDS, MAIOR PREMIAÇÃO DE INOVAÇÃO DIGITAL, ABRE INSCRIÇÕES PARA EDIÇÃO 2021

Projetos inovadores, com impacto social e soluções ligadas aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável podem participar

O World Summit Awards (WSA) Brasil, abre suas inscrições para a edição 2021. Empresas com projetos inovadores que tem impacto na sociedade podem e devem participar. Trata-se de um verdadeiro festival tecnológico de diversidade, inovação, acessibilidade e inclusão. Muito mais do que premiar um trabalho de vanguarda, o WSA nasceu com o objetivo de reforçar a mensagem de que as tecnologias da informação e comunicação são indispensáveis para o desenvolvimento, seja no plano pessoal, nacional ou global.

No Brasil, o Prêmio seleciona, promove e divulga anualmente os projetos mais inovadores, criativos, inclusivos e com maior impacto social que ofereçam soluções para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas. Nos 18 anos de existência do WSA, já foram premiados mais de 700 projetos, vindos do mundo todo.

“Faremos da edição 2021, a maior na história no Brasil! Contamos com a parceria e o apoio de empresas e instituições ligadas à tecnologia e publicidade, cientes e conscientes da importância que o prêmio representa e no valor que ele agrega aos vencedores globais.” – afirma Cid Torquato, embaixador do Prêmio no Brasil.

Apoiam o prêmio grandes instituições como: ICOM Libras, Digitalks, Ouvi, Associação Amigos Metroviários dos Excepcionais (AME), Associação Brasileira de Agências de Publicidade (ABAP), Associação Brasileira de Marketing de Dados (ABEMD), Associação Brasileira dos Agentes Digitais (ABRADI), Associação dos Profissionais de Propaganda no Brasil (APP Brasil) e Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e de Tecnologias Digitais (BRASSCOM).

As inscrições já estão abertas e podem ser feitas até o dia 30 de junho, acessando o site www.premiowsa.com.br. Os vencedores da etapa brasileira serão conhecidos em evento virtual que será realizado na segunda quinzena de agosto, em data anunciada
em breve. Depois serão encaminhados para concorrer a etapa global do WSA em setembro, seguindo o calendário Global – portal https://wsa-global.org

 

Sobre o WSA
O World Summit Award – WSA é uma premiação global com o intuito de selecionar e promover os melhores e mais inovadores conteúdos digitais do mundo, valorizando a relevância em relação ao contexto em que foi criado, bem como a contribuição a inclusão e acessibilidade digitais.

O WSA teve início em 2003, em Genebra, no âmbito da cúpula das Nações Unidas sobre a Sociedade da Informação (WSIS – World Summit on the Information Society) e vem sendo realizado a cada dois anos, sendo coordenado pelo Centro Internacional de Novas Mídias (ICNM – International Center for New Media), de Salzburg, Áustria.

A competição global é resultado de seleções nacionais, envolvendo mais de 180 países, que, em concursos locais, selecionam as melhores práticas e os melhores projetos em oito categorias nas áreas de Governo, Saúde, Educação, Ambiente e Energia Verde, Cultura e Turismo, Urbanização, Negócios e Inclusão. Qualquer órgão público, empresa, entidade ou indivíduo pode concorrer ao prêmio. No Brasil, foi criado também uma categoria especial, que premia o melhor projeto, dentro dos escolhidos nas oito categorias, em termos de Acessibilidade.

Para mais informações acesse o site www.premiowsa.com.br e as redes sociais @wsabrasil

Com informações da Brasccon

DA TEORIA À PRÁTICA: COMO IMPLEMENTAR ESG NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Projetos inovadores, com impacto social e soluções ligadas aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável podem participar

Entre o desejo de adotar medidas sustentáveis e colocá-las em prática há uma longa distância no ambiente corporativo. A questão é que apenas a boa vontade não é mais suficiente para atrair oportunidades de negócio. Dessa forma, é preciso dar um passo a mais e buscar soluções, como a proposta de implementar ESG na construção civil.

Este conceito é novo, mas está ganhando espaço entre as empresas de diferentes setores. A sigla refere-se a meio ambiente, desenvolvimento social e governança e, de forma resumida, pode ser compreendida como indicadores que buscam aferir o impacto e a influência destas áreas nos processos operacionais.



Natural, portanto, sua utilização em projetos de construção e reforma de edificações no Brasil – afinal, vai ao encontro das tendências apresentadas no setor. Nos últimos anos, temas como prédios verdes e sustentabilidade passaram a fazer parte do dia a dia de empresas e profissionais da área.

Não há mais como ignorar o impacto das edificações na biodiversidade e até na própria saúde das pessoas. Assim, implementar ESG na construção civil é uma forma eficiente e inteligente de mostrar a investidores, organizações e poder público que o setor acompanha as boas práticas nacionais e internacionais.

Até porque trata-se de um mercado-chave para a recuperação econômica nacional. Mesmo diante da pandemia, a indústria da construção cresceu 8,3% de acordo com o Índice Nacional da Construção Civil (SINAPI). Além disso, representa, sozinho, 7% do PIB brasileiro e é o principal indicativo de geração de empregos e renda.

 

O ESG melhora imagem e amplia investimentos 

Não é novidade que o mundo se transformou nos últimos anos. Hoje, é preciso que as organizações demonstrem diariamente boas práticas para atingirem os resultados esperados. Dessa forma, o conceito resolve duas questões imprescindíveis nesse cenário: a atração de novos investimentos e a melhoria na imagem pública.

Implementar o ESG na construção civil faz com que os projetos sejam atrativos a novos investidores por reforçar o respeito às principais práticas globais. Essas métricas estão entre as mais valorizadas (e requisitadas) por bancos e fundos na hora de avaliar oportunidades de negócios – e é algo que irá se acentuar ainda mais nos próximos anos.

Além disso, também serve para valorizar aspectos do projeto, principalmente no impacto socioambiental ao privilegiar a saúde e bem-estar das pessoas e do planeta. Afinal, uma das premissas na utilização desse conceito é a transparência nas práticas e nas políticas – o que garante uma imagem mais positiva aos stakeholders.

Como implementar ESG na construção civil? 

Ok, é fácil compreender a teoria, mas e na prática? Como incluir esses indicadores na avaliação e desenvolvimento de projetos na área? Com pesquisa e planejamento, é possível identificar tarefas que podem adequar o trabalho às normas previstas nos indicadores. Confira algumas propostas:

Gestão de resíduos 

Não há dúvidas de que a geração e o descarte de resíduos sólidos é uma das maiores preocupações que envolvem o setor. Implementar o ESG na construção civil passa, portanto, por sua gestão adequada, evitando desperdícios de materiais e reciclando e reutilizando o que for possível no andamento da obra.

Economia de recursos naturais

Outro tópico que deve ser planejado com atenção é a utilização de recursos naturais. Estimativas mostram que a construção civil consome, sozinha, entre 50% e 75% dos insumos gerados pelo planeta. É preciso controlar a emissão de poluentes, assim como economizar água e energia elétrica antes, durante e depois da conclusão do projeto.

Segurança dos trabalhadores e dos ocupantes

Antes mesmo de colocar o primeiro tijolo, o projeto precisa deixar claro quais são as regras e políticas de segurança para todos os trabalhadores. É importante preservar a saúde das pessoas e reduzir riscos de acidentes, não apenas das pessoas que estiverem no canteiro de obras, mas dos moradores e ocupantes das edificações já concluídas.

Presença social 

Quais medidas o projeto adota para estimular o desenvolvimento social? No caso de edificação comercial, é possível criar propostas de mobilidade, como áreas para bicicletas. Outras opções incluem coleta seletiva e apoio a cooperativas da região, além da manutenção de áreas verdes na parte externa dos prédios.

Conforto, saúde e bem-estar 

Por fim, implementar ESG na construção civil implica em reconhecer que a edificação vai além de sua funcionalidade de moradia ou espaço de trabalho. É necessário garantir, em última instância, o conforto, a saúde e bem-estar das pessoas. Para isso, além de utilizar técnicas de uso inteligente de recursos, adotar medidas sustentáveis como iluminação natural e ventilação.

Saiba como passar da teoria à prática! 

O conceito de ESG na construção civil não pode ser um mero discurso de marketing, com pouco efeito prático no dia a dia do mercado. É preciso incorporá-lo em todos os processos e, principalmente, avaliá-lo continuamente para saber se o projeto segue respeitando as normas ambientais, sociais e de governança.

Nesse sentido, a incorporação de certificações surge como alternativa. O LEED, por exemplo, é uma das mais importantes do mundo e, no Brasil, é oferecido pelo GBC Brasil. Com suas técnicas, é possível reduzir em 40% o consumo de água, 30% o de energia elétrica, 35% a emissão de dióxido de carbono e 65% a geração de resíduos.

PNUMA REALIZA WEBINAR PARA DISCUTIR RESTAURAÇÃO DE ECOSSISTEMAS NO BRASIL

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Em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, o PNUMA irá promover diversos debates sobre preservação ambiental entre os dias 07 e 11 de junho

Organizado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), o Dia Mundial do Meio Ambiente é a principal data para ação ambiental, unindo governos, empresas e pessoas para debaterem ações  que busquem a promoção do desenvolvimento sustentável. Desde 1974, a data é celebrada todos os anos em 5 de junho, sendo que, a cada ano, a organização do dia é realizada por um país diferente, onde as comemorações oficiais acontecem. 

Com a meta de expandir e restaurar as florestas do país em cinco anos com um ‘tsunami de 10 bilhões de árvores’, o Paquistão será o próximo anfitrião do Dia Mundial do Meio Ambiente. Com o tema Restauração de Ecossistemas, o PNUMA pretende impulsionar mudanças em hábitos de consumo e nas políticas ambientais nacionais e internacionais. 



Restaurar ecossistemas significa auxiliar na recuperação de ecossistemas degradados ou destruídos, assim como promover a conservação dos que ainda estão intactos. Até 2030, a restauração de 350 milhões de hectares de ecossistemas degradados pode gerar até U$ 9 trilhões em serviços ecossistêmicos, além de remover de 13 a 26 gigatoneladas de gases de efeito estufa da atmosfera.

O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente no Brasil irá realizar, de 7 a 11 de junho, uma série de webinars que buscam debater os aspectos fundamentais para a conservação e restauração dos ecossistemas de todos os biomas brasileiros. Confiras:

AMAZÔNIA 

Sendo o lar de mais de um terço das espécies do planeta, a Amazônia sofre com a exploração indevida que causa danos irreversíveis para o equilíbrio ambiental. No dia 07 de junho, acontecerá o webinar que discutirá os aspectos fundamentais para a conservação e restauração do bioma amazônico. 

Confira mais informações sobre o webinar aqui.

OCEANOS

Os Oceanos abrigam uma biodiversidade da qual dependem mais de 3 bilhões de pessoas  ao redor do mundo, além de garantirem a regulação climática do planeta. O webinar que acontecerá no dia 08 de junho conta com a participação de especialistas para discutir os desafios acerca da sobrepesca, mudanças climáticas, despejo de águas residuais e a poluição plástica que ameaçam esse ecossistema. 

Confira mais informações sobre o webinar aqui.

MATA ATLÂNTICA

Com cerca de 70% da população brasileira vivendo no território de Mata Atlântica e utilizando diariamente de suas nascentes e mananciais para abastecimento urbano, o bioma sofre com problemas de crise hídrica graças à degradação ambiental, desmatamento e poluição. Organizado em parceria com a TNC Brasil e a Coalizão Brasil Clima, Floresta e Agricultura, o webinar, que acontecerá no dia 09 de junho, tem como objetivo debater estratégias de restauração da Mata Atlântica. 

Confira mais informações sobre o webinar aqui.

CERRADO

Contando com 2 milhões de km² espalhados por 10 estados, o Cerrado é a segunda  maior formação vegetal brasileira. Em parceria com WWF Brasil e a Araticum, o webinar do dia 10 de junho irá discutir os aspectos fundamentais para a conservação e restauração deste bioma que é hoje um dos ecossistemas mais ameaçados do mundo. 

Confira mais informações sobre o webinar aqui.

CAATINGA, PAMPA E PANTANAL 

O webinar dos três biomas acontecerá no dia 11 de junho em parceria com a Sociedade Brasileira para a Restauração Ecológica. Com ecossistemas complexos, a Caatinga, Pampa e Pantanal representam parte crucial da biodiversidade do país, sendo que o webinar tem como meta discutir os aspectos fundamentais para a conservação e restauração desses biomas. 

Confira mais informações sobre o webinar aqui.

Para saber mais sobre a iniciativa do Programa para as Nações Unidas para o Meio Ambiente, clique aqui.

CICLO REFLETIRÁ SOBRE A CULTURA ELETRÔNICA E SEUS EFEITOS EM VÁRIAS ÁREAS

A presença da computação na vida cotidiana, o avanço do conhecimento, a arte e a própria ideia do que define o ser humano serão debatidos no ciclo de encontros Reflexão eCultura: Cortes e Montagens, nos dias 1º, 8, 15, 22 e 29 de julho, via internet [veja a programação abaixo].

Organizado pelo Grupo de Estudos Culturas e Humanidades Computacionais do IEA, o ciclo terá exposições e sessões de interpretação nos cinco encontros, que tratarão do uso do computador na arte, na biologia, nos museus, na economia e na governança.



Poderão se inscrever para as 30 vagas disponíveis graduandos e graduados de qualquer área do conhecimento. As inscrições devem ser feitas por formulário online até as 15h do dia 18 de junho. Graduandos devem apresentar o histórico escolar e os graduados, certificado de conclusão do curso ou diploma. O resultado da seleção será divulgado no dia 25 de junho.

Para receber declaração de participação, os inscritos deverão comparecer a pelo menos quatro dos encontros e enviar à organização, no prazo de até 30 minutos após o encerramento de cada encontro, um texto entre cinco e dez linhas em que sumarizem a ideia-chave discutida, apresentem uma pergunta pertinente ou levantem um ponto para discussão.

Programação

Quintas-feiras de julho, das 9 às 12h

  • Dia 1º – O Sentido da eCultura (O que diz a cultura eletrônica)
    Expositor: Teixeira Coelho – autor de “eCultura: A Utopia Final e de Sinais” (2019) e “Sinais e Maravilhas da Era Digital” (2021), ex-diretor do MAC-USP e ex-curador-coordenador do Masp.
  • Dia 8 – Arte e algoritmo (O Que é, como é, o que muda)
    Expositor: Marcos Cuzziol – desenvolvedor de games, curador das exposições “Consciência Cibernética?” (2018) e “Emoção Artificial” (2012); ex-gerente do Núcleo de Inovação do Itaú Cultural.
  • Dia 15 – Computação e biologia (O digital mudando um saber)
    Expositor: Marcos Buckeridge – diretor do Instituto de Biociências (IB) da USP, membro-relator do Painel Intergovernamental sobre as Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU em 2014 e coordenador do Centro de Síntese USP Cidades Globais do IEA.
  • Dia 22 – Blockchain: economia e democracia (A sociedade no controle)
    Expositor: Luli Radfahrer – pesquisador da sociedade digital e colaborador do jornal “Folha de S.Paulo”; seu livro mais recente, “Enciclopédia da Nuvem”, compila e analisa ferramentas e serviços de computação em nuvem.
  • Dia 29 – Antes de computar, pensar (A computação no ensino)
    Expositora: Clara Gonçalves – diretora do Parque Tecnológico da Universidade do Porto (Uptec) desde sua fundação em 2007 até 2019; integra o Comitê Diretor da Future of Computing Summer School da Uptec; recebeu em Portugal o Personalidade do Ano de 2019 em Inovação.

Com informações da IEA-USP

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GOVERNO SANCIONA MARCO LEGAL DAS STARTUPS E DO EMPREENDEDORISMO INOVADOR

O presidente Jair Bolsonaro sancionou nesta terça-feira (01/06) o novo Marco Legal das Startups e do Empreendedorismo Inovador. O texto, elaborado com a participação da Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia (Sepec/ME), apresenta medidas de estímulo à criação de novas empresas inovadoras e estabelece incentivos aos investimentos por meio do aprimoramento do ambiente de negócios no país. A legislação também facilita a contratação de soluções inovadoras pela administração pública e traz maior segurança jurídica a empreendedores e investidores.

O secretário Especial da Sepec, Carlos Da Costa, destacou a importância dessas medidas para alcançar o objetivo de levar o Brasil a integrar o grupo dos principais ecossistemas de startups no mundo. “A nova Lei cria um ambiente favorável para o surgimento e crescimento de startups. Por meio da melhoria do ambiente de negócios, da simplificação e desburocratização, da redução de custos, do aumento da segurança jurídica e da ampliação dos investimentos nessas empresas, transformaremos o Brasil em um país das startups.”



São consideradas startups as organizações empresariais ou societárias com atuação na inovação aplicada a modelo de negócios ou a produtos e serviços ofertados. Essas empresas devem ter receita bruta anual de até R$ 16 milhões e até dez anos de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ). Também precisam declarar em seus atos constitutivos que fazem uso do modelo de negócio inovador em sua atividade.

Confira matéria completa em: Governo sanciona Marco Legal das Startups e do Empreendedorismo Inovador — Português (Brasil) (www.gov.br)

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PARQUES TECNOLÓGICOS TRANSFORMAM O ECOSSISTEMA DAS CIDADES POR MEIO DA INOVAÇÃO

Os parques tecnológicos são mecanismos de desenvolvimento para as cidades, geram empregos qualificados, impulsionam a economia local por meio de empresas inovadoras, além de desenvolver soluções importantes para as empresas e a população em geral. Cidades que possuem parques e ecossistemas de inovação fortalecidos são exemplos e referências para as demais de como trabalho articulado pode trazer diversos benefícios a toda a sociedade.

Mas afinal o que é um Parque Tecnológico? A lei 13.243 de 2016 que dispõe sobre estímulos ao desenvolvimento científico, à pesquisa, à capacitação científica e tecnológica e à inovação no Brasil, define “Parque Tecnológico é um complexo planejado de desenvolvimento empresarial e tecnológico, promotor da cultura de inovação, da competitividade industrial, da capacitação empresarial e da promoção de sinergias em atividades de pesquisa científica, de desenvolvimento tecnológico e de inovação, entre empresas e uma ou mais Instituições de Ciência e Tecnologias, com ou sem vínculo entre si”. Ou seja, é um mecanismo de promoção ao desenvolvimento regional, estruturado em uma área física que reúne empresas e promove a interação entre elas, instituições  de ensino e pesquisa e entidades de apoio estimulando a transferência de tecnologia, proporcionando o surgimento de novas tecnologias que auxiliam a competitividade empresarial e soluções inovadoras no mercado.

De acordo com o relatório de Indicadores de Parques Tecnológicos, Estudo de Projetos de Alta Complexidade (2019), existem 103 Parques espalhados pelo Brasil e a maior concentração deles está nas regiões Sul e Sudeste.  Nesses parques estão instaladas 1.337 empresas que geram mais de 38.000 empregos altamente qualificados, impactando assim, a economia local.  Nesse mesmo relatório, há informação que os Parques geram impactos como interação entre indústria e universidade, competitividade regional, arrecadação de impostos, atração e retenção de pessoal qualificado. Destacam, ainda, que os Parques são importantes ambientes para as empresas se manterem competitivas, mesmo em períodos com grandes desafios tanto econômicos quanto políticos, como os observados nos últimos anos.



Cada cidade e região possui características próprias e isso dificulta uma metodologia única para a criação de um Parque Tecnológico. Mas, alguns cases de sucesso no Brasil possuem alguns pontos em comum. Eles consideram que o desenvolvimento de ambientes de inovação concentra atividades de diferentes áreas de competência e analisam todos os aspectos envolvidos com a estruturação de um Parque Tecnológico, além de analisarem elementos como infraestrutura física, planejamento do negócio, todos os aspectos de ciência e tecnologia envolvidos, sustentabilidade econômica e ambiental, potenciais empreendimentos âncoras, formação de aglomerados empresariais, governança e gestão, definição de produtos e serviços, assim como marketing e comunicação.

Neste sentido, destacam-se no país o Sapiens Parque de Florianópolis (SC),  com uma área de 431, 5 hectares e diversos empreendimentos instalados geradores de mais de 1800 empregos diretos. Além disso, o Parque Tecnológico Alfa, também em Florianópolis (SC) é o primeiro viabilizado no Brasil, reúne 68 empresas e gera cerca de 3 mil empregos, sendo 75% de nível superior. Outro destaque é o Parque Tecnológico Itaipu (PTI), criado em 2003 a partir da necessidade de acompanhar as transformações promovidas pela usina hidrelétrica de Itaipu, promovendo o crescimento econômico da região. Hoje abriga universidades, centros de pesquisa e inovação, incubadora e diversas empresas de base tecnológica. Diariamente circulam mais de 5 mil pessoas ligadas ao PTI.

Outro importante Parque que está em fase de planejamento é o Parque da Marinha, no Rio de Janeiro. Entre seus objetivos está apoiar o domínio de tecnologias estratégicas relacionadas à defesa nacional e proteção dos ativos do mar do Brasil. O Parque deve apoiar a Marinha no processo de transferência de tecnologia, conectando instituições de Ensino e Pesquisa, empresas, startups e especialistas nas mais diversas áreas tecnológicas estratégicas ao Brasil, além de gerar um ambiente atrativo para parceiros capazes de apoiar o processo de inovação aberta daquela instituição.
Nota-se, portanto, que o Parque Tecnológico, como já comentado anteriormente, é relevante estratégia estruturante de um município, capaz de dar visibilidade ao ecossistema de inovação existente, uma vez que reúne e integra habitats e iniciativas de apoio ao empreendedorismo inovador, grandes empresas, centros de pesquisas e instituições de ensino e de governo. E, desta forma, o parque alavanca o desenvolvimento econômico  a partir de soluções e empresas inovadoras, geradoras de emprego qualificado e que apoiam a competitividade dos negócios do país, gerando assim, um círculo virtuoso de desenvolvimento que dinamiza a atração de empresas, investidores e profissionais qualificados ao município.

Com informações da Anprotec

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A NARRATIVA SINGULAR DE UMA CIDADE INTELIGENTE

Cidades são feitas para pessoas, por pessoas, com a busca por um equilíbrio entre o desenvolvimento econômico, a responsabilidade ambiental e a justiça social. Uma cidade inteligente deve ser sustentável, humana, inclusiva, resiliente

Toda vez que leio notícias sobre Cidades Inteligentes ou Smart Cities ou quando alunos me pedem para discorrer sobre o assunto, a primeira reação é explicar que a tecnologia é somente uma parte dessa cidade inteligente, a reação imediata é de desapontamento. É neste instante que lembro de um ensinamento relevante que aprendi com Chimamanda Ngozi Adichie sobre narrativas singulares.

Como se cria uma narrativa singular? Repetindo-a tantas vezes que ela se torna fato e não questionamos mais sobre se aquilo é completo ou não. E essa narrativa envolve o poder de contar uma história sobre determinado conceito como sendo definitivo. O poeta palestino Mourid Barghouti diz que a melhor forma de despojar um povo, é contar a história dele começando sempre pelo “em segundo lugar”. Isso quer dizer que começaríamos, por exemplo, criticando o fato de que nossos representantes eleitos exercem o poder em benefício próprio e são corruptos, em vez de refletirmos o quanto os políticos são “espelho” dos eleitores, indivíduos que sempre querem levar vantagem, o famoso “jeitinho brasileiro”.



O que são Cidades Inteligentes?

Isso me faz pensar no conceito de Cidades Inteligentes. Os conceitos e definições sempre começam trazendo que “uma cidade inteligente é uma área urbana que usa diferentes tipos de tecnologias da informação e comunicação para coletar dados”, como se o foco fosse o “inteligente”. Cidades que utilizam sensores de reconhecimento facial, Internet das Coisas conectando serviços, postes inteligentes, modelos de negócios que mantém as pessoas conectadas o maior tempo possível.

Porém, precisamos levar em consideração que antes de se pensar em inteligência, deve-se levar em conta que é uma cidade. E cidades são feitas para pessoas, por pessoas, com a busca por um equilíbrio entre o desenvolvimento econômico, a responsabilidade ambiental e a justiça social. Uma cidade inteligente deve ser sustentável, humana, inclusiva, resiliente.

O planejamento urbano das cidades se torna indispensável, identificando condições de adensamento populacional e demanda por habitação, infraestrutura, energia e mobilidade. E, com o crescimento contínuo da população urbana no planeta, as cidades precisam desenvolver soluções para entrega dos serviços públicos, para a conquista de justiça social, para melhoria da qualidade de vida. Exatamente nesse ponto que a tecnologia é utilizada para aumentar eficiência e otimizar as soluções propostas.

 Narrativas múltiplas

Cidades inteligentes respondem aos desafios das mudanças climáticas, ao rápido e constante crescimento populacional e instabilidade econômica e política, melhorando a forma de engajamento da sociedade, aplicando métodos colaborativos de liderança, integrando sistemas municipais, utilizando big data e tecnologias inovadoras para oferecer melhores serviços e qualidade de vida para residentes, trabalhadores e visitantes, agora e no futuro (Norma ISO ABNT 37122).

O problema de uma narrativa singular é que cria estereótipos. E o estereótipo é uma ideia preconcebida, que torna essa narrativa a única existente. Portanto, minha provocação aqui é para que olhemos para esse conceito de Cidades Inteligentes e o que ele nos invoca, tendo sempre um olhar diverso a partir de narrativas múltiplas, com a interdisciplinaridade que o conceito exige.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities  

GOVERNO DÁ ANDAMENTO AO PROJETO DE EXTENSÃO DA LINHA 5-LILÁS DE METRÔ ATÉ O JARDIM ÂNGELA

ViaMobilidade abriu processo para que empresas privadas apresentem projetos iniciais

O Governo de São Paulo anuncia mais uma novidade sobre o projeto de expansão da Linha 5-Lilás de metrô até o Jardim Ângela. A ViaMobilidade, concessionária responsável pela L5-Lilás, abriu processo para que as empresas interessadas em participar da concorrência para elaboração do projeto funcional da obra civil e sistemas apresentem suas propostas. O prazo previsto para análise e conclusão de todas as etapas de projetos é de 24 meses.

“Estamos dando sequência a esse projeto que vai ajudar na mobilidade de tantas pessoas e que é tão esperado pela região”, reforça o secretário dos Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo, Alexandre Baldy.


A expansão da L5-Lilás contempla duas novas estações e um terminal de ônibus. O novo trecho terá 4,33 km de extensão e a estimativa é beneficiar cerca de 130 mil moradores. A Estação Comendador Sant’Anna será elevada e localizada na avenida de mesmo nome, uma região que concentra comércios, serviços e equipamentos públicos. Já a Estação Jardim Ângela, que estará próxima ao Hospital Municipal M’Boi Mirim, será subterrânea e conectada ao terminal já existente da SPTrans e ao novo terminal a ser construído, que permitirá absorver o aumento da demanda de passageiros de ônibus com a implantação da nova estação.

Para viabilizar o projeto, a avenida Carlos Caldeira Filho será prolongada do Capão Redondo até a Estrada do M’Boi Mirim. O trecho acompanhará o córrego Capão Redondo, que será canalizado, e terá uma pista em cada sentido, com ciclovia.

Com informações da Assessoria de Imprensa

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