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GOVERNO DE MINAS ATINGE O MARCO DE R$ 100 BI EM INVESTIMENTOS PRIVADOS

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A estratégia adotada pelo governo resultará na geração de mais de 55 mil empregos diretos e outras centenas de milhares indiretos

As estratégias adotadas pelo Governo de Minas para desburocratização do setor público, com objetivo de simplificar a vida dos empreendedores e gerar mais empregos e renda, estão surtindo efeitos práticos na economia. Prova vem de o Estado ter atraído mais de R$ 100 bilhões em investimentos privados desde o início da atual gestão – em janeiro de 2019 – até março deste ano, o que resultará na geração de mais de 55 mil empregos diretos e outras centenas de milhares indiretos.

Mesmo com as incertezas no mercado financeiro causadas pela pandemia da covid-19, as estratégias adotadas pela Agência de Promoção de Investimento e Comércio Exterior (Indi), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sede), fizeram com que Minas Gerais se consolidasse como rota certeira de alguns dos maiores e mais importantes investimentos realizados no país. “O Governo de Minas Gerais segue com seu propósito de facilitar a vida de quem quer empreender no estado, gerando emprego e renda para o povo mineiro. Somos um Estado amigo do investidor. O números que estamos apresentando hoje são resultado do trabalho sério e responsável”, destaca o governador Romeu Zema.

Meta alcançada

O dinamismo é tamanho que em março deste ano o Indi já havia batido a meta para 2021, ao atrair, apenas nos três primeiros meses, R$ 30 bilhões em aportes privados para o estado, com a potencial geração de quase 17 mil postos de trabalho. Esses dados confirmam a segurança e a preferência dos investidores em concretizar negócios no território mineiro. Entre os segmentos que estão aquecidos e auxiliaram na obtenção desse resultado há projetos dos setores alimentos, automotivo, e-commerce e da cadeia de suprimentos, fármacos, geração de energia e siderúrgico.

O secretário de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, Fernando Passalio, ressalta a importância de registrar esse feito. “É com felicidade que celebrarmos essa marca de R$ 100 bilhões já atraídos para Minas Gerais na gestão do governador Romeu Zema. São números que demonstram estarmos no caminho certo. Em quatro anos, o governo anterior atraiu apenas R$ 28 bilhões. Em pouco mais de dois anos, já atingimos quatro vezes o valor atraído na administração passada”, compara.

Na avaliação de Passalio, a obtenção desse resultado remete ao resgate da confiança dos investidores nas ações do governo, a segurança jurídica encontrada no Estado atualmente, além do tratamento, da atenção e da proatividade na busca por oportunidades de negócios, resultando em um ambiente totalmente favorável para os empreendedores. Ele ressalta, ainda, a diversidade dos investimentos, com marcos significativos como a instalação de grupos importantes: Amazon, Mercado Livre (e-commerce), Cidade Imperial, Grupo Petrópolis, Heineken (bebidas), Crown (embalagens de alumínio), Verallia (embalagens de vidro), Bravo Motor e Itapemirim (transportes) e Weg (equipamentos eletroeletrônicos).

“Ainda mais importante do que comemorarmos esses marcos é celebrarmos a efetividade das implementações. Muitas dessas empresas já estão operando. Estamos comemorando a geração de empregos e mais oportunidades para os mineiros”, conclui secretário de Desenvolvimento Econômico.

Diversificação econômica

Para o diretor presidente do Indi, Thiago Toscano, entre os aspectos mais importantes a serem observados nesses aportes está a concretização de uma demanda antiga: a diversificação da economia mineira.

“Quando fazemos uma análise setorial dos investimentos que Minas está recebendo, percebemos que eles contemplam diversos setores da economia. Isso mostra que diversificamos ao mesmo tempo em que fortalecemos a cadeia produtiva e de fornecedores dentro do próprio estado. Caso fossem investimentos concentrados exclusivamente em mineração, não teria um impacto tão grande”, observa.

Entre os exemplos, ele cita o setor de alimentos, especificamente de batata pré-frita congelada, no qual os projetos das empresas McCain, multinacional canadense, e Bem Brasil, empresa orginalmente mineira, somam quase R$ 1 bilhão de investimentos respectivamente em Araxá e Perdizes, municípios do Alto Paranaíba. As empresas buscam atender à crescente demanda interna, levando em consideração que, até então, grande parte desse tipo de produto era importado.

“Essa diversificação tão intensa nunca ocorreu. Vale observar também que grande parte desses investimentos já está em operação. Não é apenas um discurso. Estamos diversificando a economia e agregando valor à cadeia produtiva de Minas Gerais. O caso da Pratt & Whitney é emblemático: a manutenção de motores de aviões, que até 2019 era realizada nos EUA e Canadá, hoje já é feita em São José da Lapa, aqui na região metropolitana de BH”, exemplifica.

Toscano chama a atenção, ainda, para a dimensão social desse marco em atração “num momento tão difícil, a implantação desses investimentos tem transformado a vida de profissionais e de famílias. Só na implantação da fábrica da LD Celulose em Indianópolis são mais de 7 mil pessoas trabalhando no canteiro de obras”, diz.

Com informações da Agência RMBH

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DIGITAL DAY: HUAWEI APRESENTA COMO SERÁ O FUTURO COM 5G

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Durante o congresso Digital Day, a Huawei demonstrou as aplicações da Realidade Virtual e do potencial da Internet das Coisas

A Huawei, líder global em TIC – Tecnologia, Informação e Comunicação, participou do Digital Day, iniciativa do Governo Federal e do Ministério das Comunicações, que aconteceu entre 3 e 7 de maio, para demonstrar as aplicações mais inovadoras da tecnologia 5G que irão impactar positivamente diversos setores do país. A companhia participa ativamente da transformação digital do país desde sua chegada ao Brasil, em 1998, com a instalação do 3G até o 4.5G. Atualmente, a empresa fornece infraestrutura de 5G ponta a ponta, do núcleo de rede até as Estações Radio Bases (ERBs).

Quem visitou o estande da Huawei no Digital Day foi recepcionado por um robô e pode conhecer de perto uma antena 5G. “Estamos posicionados como a única empresa do mundo capaz de fornecer às operadoras todas as soluções de ponta a ponta de uma rede 5G, tanto para as indústrias, como para o consumidor final. Nossos equipamentos são mais avançados e mais acessíveis, por conta da nossa presença global em mais de 170 países, o que faz com que nosso produto ganhe escala. Também temos mais de 270 certificações internacionais de segurança”, afirma Sun Baocheng, CEO da Huawei no Brasil.



O estande da Huawei demonstrou as aplicações do 5G em diversos setores da economia. No destaque do espaço, os visitantes puderam conhecer a antena 5G mais leve do mundo, que pode ser instalada por apenas 1 pessoa, o 5G Smart Campus Warehouse, centro de distribuição inteligente localizado em Sorocaba (SP), que opera desde o ano passado com uma rede 5G privada, instalada após autorização da Anatel. Com uma área de 22 mil m², é o maior centro de logística da Huawei no Brasil e o primeiro com a tecnologia 5G na América Latina.

O projeto é uma amostra do potencial da Internet das Coisas, sustentada pela quinta geração de telefonia móvel, a única que suporta a conexão entre máquinas. Tarefas como transporte de matéria-prima e equipamentos passaram a ser executados por robôs autônomos, os AGVs – veículos autoguiados – que resultou em um ganho de 25% na eficiência na operação, com o ciclo de produção caindo de 17 para 7 horas. Os AGVs foram demonstrados no estande, assim como outras aplicações do Warehouse relacionadas ao controle e monitoramento remoto de segurança e câmeras HD industriais

Outro espaço que chamo a atenção dos visitantes foi o dedicado às soluções de mídia, com destaque para uma experiência que permitiu assistir a uma partida de futebol com experiência de Realidade Virtual. A implementação do 5G vai ampliar a capacidade de transmissão para vídeos em maiores resoluções com 4K e 8K, proporcionando experiências muito mais imersivas de eventos culturais e esportivos, como a visualização de detalhes mínimos e replay em diferentes ângulos.

Já o setor dedicado à Agropecuária Inteligente, destacou as inovações que o 5G vai possibilitar, entre elas o uso de drones para o monitoramento da produção com mais eficiência, como a detecção de pragas e doenças por meio do rastreamento combinado de imagens e vídeos de alta resolução armazenados em Nuvem. Essas soluções ainda vão possibilitar a otimização da aplicação de fertilizantes e pesticidas, permitindo ao agricultor reduzir os custos da operação. Para a pecuária, vai apresentar uma aplicação de rastreamento de rebanhos, assim como equipamentos que podem garantir conexão em lugares remotos.

O estande ainda contou com espaço dedicado à tecnologia sustentável, chamado de Green World, que mostrou como as soluções da Huawei foram idealizadas para seguir a tendência mundial de reduzir as emissões de CO2, com investimento em materiais mais leves e sustentáveis. O Green Datacenter e Green Site, que integram um otimizador inteligente que rastreia a eficiência de rendimento de energia, reduzindo a perda provocada pelo bloqueio e aumentando o rendimento de energia em 20%, foram outros exemplos apresentados.

A companhia também explicou com o 5G vai impactar outros setores da Economia, como Mineração, Portos e Aeroportos. Alguns cases que já são realidade nas minas da China também poderão ser aplicados no Brasil, como por exemplo as escavadoras controladas à distância, o que aumenta a segurança dos trabalhadores.

As soluções projetadas para a operação de Portos Inteligentes proporcionadas pela rede 5G incluem controle remoto de guindastes para melhorar a eficiência e a segurança; transporte realizado por AGVs e direção assistida; a combinação de computação em nuvem, inteligência artificial e 5G para realizar a vigilância do cenário completo dos portos por vídeo. Já as soluções para Aeroportos Inteligentes mostraram o exemplo do Aeroporto de Shenzhen, na China, o único selecionado como referência para o “Aeroporto do Futuro” pela Associação Internacional de Transporte Aéreo. A Huawei oferece infraestrutura TIC e uma plataforma que auxilia na construção de aplicações para controle da operação, segurança, proteção e serviços, o que contribui para a transformação digital dos aeroportos.

E ainda foi apresentado, por meio de vídeo, o Ecossistema de iniciativas educacionais que a Huawei promove para contribuir com a capacitação de talentos para o setor de TIC e a geração de empregos no Brasil. Nos últimos cinco anos, a empresa já capacitou mais de 36 mil profissionais no país e a expectativa é treinar mais 40 mil nos próximos cinco anos.

Com informações da Assessoria de Imprensa da Huawei

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VALE DO SILÍCIO BRASILEIRO GANHA FACULDADE COM CURSOS DE TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

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Objetivo da faculdade é conectar empresas, startups e pesquisadores em um único local, promovendo o desenvolvimento econômico do Estado de São Paulo 

O Governador João Doria anunciou na última sexta-feira (7), na sede do CITI, localizado na capital paulista, a adesão à faculdade Inteli (Instituto de Tecnologia e Liderança) ao IPT Open Experience. Participaram do evento a secretária de Desenvolvimento Econômico, Patricia Ellen, a Procuradora-Geral do Estado de SP, Lia Porto, o Presidente do IPT, Jefferson Gomes, e por parte da Inteli, o Sponsor, André Esteves, o presidente do Conselho, Roberto Sallouti, e a CEO, Maíra Habimorad. Em seguida, foi realizada uma visita ao futuro prédio da empresa no local.

“O Governo do Estado de SP investe quatro vezes mais em inovação, ciência e tecnologia, do que todo o Governo Federal. Um projeto de 200 milhões de reais para implantação de uma faculdade de tecnologia sem fins lucrativos. Tudo aquilo que for resultante dessa iniciativa será reinvestido aqui a partir do primeiro momento até para que o projeto possa ser sustentável e durar décadas”, disse João Doria.



O Inteli é uma faculdade fundada por sócios do BTG Pactual e a sede da instituição de ensino estará localizada no Prédio 5 do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), no Butantã. As primeiras turmas estão previstas para fevereiro de 2022. O investimento previsto pelo instituto no campus é de, no mínimo, R$ 40 milhões, e inicialmente serão oferecidos quatro cursos de graduação presenciais: Engenharia da Computação, Engenharia de Software, Ciência da Computação e Sistemas de Informação.

“O Vale do Silício brasileiro para ter escala global precisa atrair talentos de todo país e de todo o mundo. O que os investidores precisam hoje no Brasil é estabilidade, é respeito das instituições e é isso que esse tipo de contrato nos permite fazer, uma parceria onde nós temos regras claras, todo modelo transparente de gestão. Estamos dando um próximo salto em investimento e tecnologia’, disse Patricia Ellen.

O Governo do Estado de SP tem como objetivo transformar o IPT em uma plataforma empresarial que busca desenvolver e incorporar a inovação hardtech. Trata-se da primeira fase do Centro Internacional de Tecnologia e Inovação (CITI).

O CITI, projeto realizado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, tem como objetivo criar o Vale do Silício da América Latina, tornando São Paulo uma referência global em ciência, tecnologia e inovação. O IPT Open Experience é a primeira etapa da iniciativa, e é destinado a empresas de todos os portes e setores econômicos que demandem soluções com alta intensidade tecnológica.

No ano passado, o Fórum Econômico Mundial oficializou sua participação no IPT Open Experience, com a instalação do Centro Afiliado da Quarta Revolução Industrial, além de seis empresas que já aderiram ao projeto no ano passado: Siemens, Siemens Energy, Kimberly Clark, 3M, Klabin e Granbio, na modalidade Hub de Inovação.

Com informações da Assessoria de Imprensa do Governo do Estado de SP 

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DIGICON APRESENTA SOLUÇÕES INTELIGENTES PARA A MOBILIDADE URBANA

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As soluções inteligentes para o gerenciamento de tráfego auxiliam e otimizam a circulação de veículos e pedestres

As cidades inteligentes representam um modelo conceitual de desenvolvimento urbano que é baseado na utilização do capital humano, coletivo e tecnológico para o aperfeiçoamento das vias urbanas. As smarts cities criam distintas oportunidades de negócios, além da possibilidade de colaboração entre os setores públicos e privados. Um dos principais pontos é melhorar a mobilidade urbana das cidades. Pensando neste conceito e com o propósito de oferecer soluções inteligentes, a Digicon conta com soluções para o gerenciamento de tráfego, que auxiliam e otimizam a circulação de veículos e pedestres.

Entre as soluções inteligentes: os Controladores de Tráfego totalmente modulares, permite que os recursos dos equipamentos sejam configurados de acordo com a realidade de cada cruzamento, ou seja, totalmente personalizados. Além disso, possuem painel com display gráfico que permite uma configuração facilitada do equipamento.



A companhia conta, ainda, com os controladores FCA Modular: ideal para cruzamentos mais simples; CD 200 Plug in: projetado para cidades com alto volume de tráfego, com capacidade para atender a demanda de cruzamentos complexos; e o controlador CD 300 Vanguard: o mais inovador da empresa e com configuração facilitada para diversos tipos de fluxo. Todos os modelos d permitem conexão a Central de Tráfego WEB, que possibilita a gestão total dos equipamentos com sistema na nuvem.

O Software Central de Tráfego Traffic Vision Web, com monitoraramento e gerentcimamento de tráfego em tempo real, possibilta a geração de relatórios com todas as operações do sistema. Com um software gráfico em plataforma web, com visão de mapas e zoom de áreas e cruzamentos, a ferramenta pode ser operada por multiusuários com diferentes níveis de acesso, por meio de senhas.

Para o diretor de Mobilidade Urbana da Digicon, Hélgio Trindade Filho, o lançamento da Central Web, realizado em 2020, foi um avanço tecnológico para a empresa: “Hoje é possível fazer programações de trânsito 100% online, tudo sincronizado. Quase todas as cidades, com mais de 50 mil habitantes possuem um centro de controle. Por exemplo: a Central Web armazena tudo na nuvem. Com isso, o controle do fluxo de informações é maior e mais dinâmico. Tudo isso fica armazenado, permitindo a geração de diversos relatórios e possibilitando a análise de dados. Esse sistema acaba sendo menos custoso, pois requer menos manutenção, o que é uma vantagem para as prefeituras”, explica.

Outras soluções para a mobilidade

O Detetor Virtual de Semáforo Inteligente, com operação por meio de câmeras localizadas junto ao semáforo, que identificam o número de veículos que estão próximos e auxilia na fluidez do trânsito, reduzindo tempos de espera desnecessários.

A Botoeira Sonora BSD 300, homologada pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), emite sinal sonoro para travessia de pedestres com deficiência visual e possui 6 faixas horárias para determinação da ativação, desativação e limitação do sinal sonoro.

Além do Sistema adaptativo de controle de tráfego em tempo real (SCATS), que possibilita alterações nos parâmetros operacionais dos controladores, de forma automática para otimizar o fluxo de veículos. Com isso, reduz atrasos e congestionamentos, aumentando a velocidade média da via, além de diminuir o consumo de combustível e, consequentemente, as emissões de poluentes.

Com informações da Digicon

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O QUE UMA PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA TEM A VER COM CIDADES INTELIGENTES?

A Parceria Público-Privada pode facilitar a gestão e viabilizar cidades inteligentes, a partir da delegação de serviços que se tornam mais eficientes quando prestados pela iniciativa privada 

Nos últimos anos têm sido diversos os exemplos de projetos que evocam o uso do termo “cidades inteligentes” nos grandes e médios centros urbanos. Para além da tecnologia, as cidades inteligentes podem desempenhar papel relevante no acompanhamento e gerenciamento de políticas públicas. Além disso, o objetivo de tornar uma cidade mais inteligente pode ser concretizado, também, por meio de ferramentais contratuais, tais como concessões e “parcerias público-privadas” .

Tradicionalmente, a gestão e a fiscalização de atividades públicas são processos morosos e burocráticos. As parcerias da administração pública com a iniciativa privada, entretanto, tendem a dinamizar a prestação de serviços públicos e viabilizar um monitoramento da política pública de forma mais assertiva.  



Qualidade dos serviços públicos

O Estado se vê diante a necessidade de averiguar se as obrigações contratuais estão sendo adimplidas, bem como se a qualidade dos serviços prestados atinge os parâmetros mínimos de adequabilidade.

Esse acompanhamento, entretanto, é ausente em diversos projetos. Conforme indica pesquisa do Conselho Nacional de Secretários de Estado da Administração (CONSAD), apenas 39% das Unidades e Órgãos que coordenam PPPs no Brasil contam com estruturas de fiscalização e gestão dos empreendimentos.

A falta de pessoal qualificado, de recursos financeiros e a não contratação de facilitadores contribuem para este cenário. Embora o objetivo seja promissor – delegar serviços e monitorá-los produtivamente – a falta de cuidado com a gestão contratual pode levar a ineficiências comprometedoras dos resultados.  A dúvida que surge é: Como atenuar este contexto?

Novas tecnologias e políticas públicas 

As cidades inteligentes estão a serviço deste propósito também. As novas tecnologias permitem o acesso mais ágil a dados, corrigindo assimetrias informacionais, permite robustecer ações de monitoramento e de planejamento da política pública, sem contar o importante efeito para o processo de tomada de decisão e orientação da política pública.

As smart cities têm o grande potencial de facilitar e melhorar a gestão, inclusive, beneficiando processos de Parcerias. Aliás, se o conceito de smart city apoia o bom desenvolvimento das parcerias, o contrário também é verdade. Os dois modelos associados podem potencializar o oferecimento de serviços públicos de qualidade aos cidadãos.

Aumento da eficiência na gestão 

As PPPs podem viabilizar smart cities, a partir da delegação de serviços que se tornam mais eficientes quando prestados pela iniciativa privada. E, ao mesmo tempo, a sincronização de informações, tornam viáveis e frutíferas as interações com dados que desenvolvem a governança do Estado, permitindo uma tomada de decisão mais assertiva.

Como exemplo, podemos citar a recente PPP de iluminação pública de Vila Velha-ES.  A grande inovação do edital de concessão administrativa foi prever não só a implantação e expansão da rede de iluminação de led, mas também a promoção da eficientização da mesma.

Com isso, veio  a determinação de implantação de um sistema de telegestão. Um centro de controle operacional monitora variáveis como: nível de consumo energético e tempo de vida da lâmpada. A partir disso é mapeada a necessidade de trocas e consertos. Assim,  problemas operacionais passam a ser resolvidos antes mesmo de serem materializados – com o apoio da iniciativa privada.

Essas informações, compartilhadas com o poder público, também facilitam o acompanhamento e averiguação da forma como o contrato está sendo executado. Por fim, a tecnologia e a conectividade,  típicas das smart cities, promovem externalidades positivas que agregam ainda mais valor ao impacto gerado por uma infraestrutura de qualidade, viabilizada no âmbito de boas parcerias público-privadas.

Artigo escrito em regime de coautoria com Matheus Cadedo

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities 

SANTO ANDRÉ INICIA O MAIOR HUB DE INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE DO SETOR QUÍMICO NACIONAL

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Parque Tecnológico de Santo André (SP) firmou acordo com 16 empresas, por meio do Comitê de Fomento Industrial do Polo do Grande ABC

No último dia 05 de maio, a Prefeitura de Santo André deu mais um importante passo com o objetivo de promover a competitividade das empresas locais e fomentar o ecossistema de inovação da cidade. O Parque Tecnológico recebeu representantes do Cofip (Comitê de Fomento Industrial do Polo do Grande ABC) para firmar uma parceria entre o Hub de Inovação e a entidade que representa as empresas do polo petroquímico.

A parceria visa estruturar linhas de atuação que aproximem as universidades, centros de pesquisas, escolas técnicas e startups da região aos desafios que as empresas têm idealizado para seu crescimento e competitividade, aliando a sustentabilidade como pilar fundamental.



“É uma parceria com grande simbolismo não só pelo forte PIB do setor na região, mas por materializar essa sintonia entre empresas e a cidade. Seguimos à disposição para avançar ainda mais nesta área, sempre unindo forças”, comentou o prefeito Paulo Serra.

O Cofip representa 16 empresas do Polo Petroquímico do ABC: Air Liquide, AkzoNobel, Ambipar, Aquapolo, Bandeirante Brazmo, Braskem, Cabot, Chevron Oronite, Consigaz, Copagaz, Liquigás, Oxiteno, Quantiq, Supergasbras, Ultragaz e Vitopel. Juntas, estas companhias representam faturamento anual de R$ 9,7 bilhões.

A indústria representa 22% do PIB (Produto Interno Bruto) da cidade, sendo que o setor químico responde por mais de 50% da composição deste índice.

“Estamos dando continuidade aos excelentes trabalhos do Parque Tecnológico e celebrando esta terceira adesão. Já temos a Prometeon e a Tim, e agora nos unimos a mais 16 empresas, que apresentarão seus desafios, trazendo importante discussão nas mais variadas atividades, fomentando assim o trabalho em conjunto com as instituições de ensino”, explicou o secretário de Desenvolvimento e Geração de Emprego, Evandro Banzato.

Com sua atuação iniciada em 1954, o setor químico tem presença marcante no ABC. O Hub de Inovação do Parque Tecnológico de Santo André vai mobilizar esforços do ecossistema de inovação da região para que os próximos anos sejam de muita competitividade e relevância econômica, gerando empregos e renda, de forma ambientalmente responsável.

“Hoje foi um marco na existência da Cofip e as empresas do polo, já que nunca tivemos uma oportunidade dessas de estarmos tão perto dessa inteligência da inovação. Vamos desenvolver mais esta área nas empresas e todas possuem esse propósito”, definiu o gerente executivo da Cofip ABC, Francisco Sérgio Ruiz.

Presidente do Conselho de Administração da Cofip e gerente industrial da Air Liquide, do ramo de oxigênio, Fernando Macchion destacou a importância da nova parceria. “A produção de oxigênio está intimamente ligada à vida, são pilares de proteção, de salvar vidas, e fomos desafiados nesse momento de pandemia em nossas operações industriais. As empresas de oxigênio e gás estão na vanguarda da tecnologia, sempre buscando inovação, e acredito que a integração com o ramo trará bons frutos para todos”.

Ações de Inovação – O Hub de Inovação, desenvolvido pela Prefeitura de Santo André, contata empresas que realizam pesquisas e o desenvolvimento de produtos e processos de forma sistemática ou continuada, que tenham laboratórios próprios ou equipes de pesquisa, desenvolvimento e inovação dedicadas (PD&I).

O Hub de Inovação do Parque Tecnológico faz a ligação entre estas empresas e startups, universidades, Centros Tecnológicos e ICTs da região, promovendo maior integração e fortalecimento do ecossistema de inovação.

Em março deste ano, o Hub de Inovação entregou a primeira etapa dos desafios apresentados pela Prometeon Tyre Group. Atualmente, a empresa está desenvolvendo os projetos de parcerias em seis dos sete desafios postados.

Já o Bureau de Serviços é uma estrutura integrada de atendimento, que unifica a rede de serviços tecnológicos da cidade de Santo André e região. A ferramenta da Prefeitura de Santo André faz parte do Parque Tecnológico de Santo André, e oferece mais de 120 serviços.

Atualmente, Santo André conta com o Parque Tecnológico e de Inovação, que é parte fundamental da política de desenvolvimento econômico já em operação pela Prefeitura e tem como missão promover a inovação e competitividade nas empresas, potencializando as estruturas já existentes na cidade e região, estimulando a extensão tecnológica nas instituições de ensino superior e atuando nas oportunidades econômicas do ABC. Além do Bureau de Serviços Tecnológicos, o Parque Tecnológico também contará com o CIte (Centro de Inovação, Tecnologia e Empreendedorismo de Santo André).

O Parque Tecnológico de Santo André traz em sua essência a integração e colaboração entre os atores locais de ciência, tecnologia e inovação, e irá se somar às estruturas já existentes das sete cidades que compõem o Polo Tecnológico do ABC, uma região com economia altamente relevante para o país, com o quarto maior PIB do Brasil, terceiro maior valor adicionado da indústria e com o quinto maior mercado consumidor do país.

Com informações da Prefeitura de Santo André (SP)

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CONSOLIDAÇÃO DO HOME OFFICE DEVE MUDAR DESENHO DAS CIDADES

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Cada vez mais empresas adotam o home office esvaziando escritórios e áreas comerciais dos grandes centros, exigindo planejamento dos gestores públicos

Mesmo antes da pandemia, o modelo de trabalho remoto, ou home office, já tinha uma presença considerável no Brasil: em 2018, um levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)* mostrou que 3,8 milhões de brasileiros trabalhavam de maneira remota. Alguns meses após a chegada da pandemia de coronavírus no Brasil, em outubro de 2020, 7,6 milhões de pessoas trabalhavam em home office, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid (Pnad Covid-19) mensal, iniciada em maio IBGE*.

O trabalho em casa foi estratégia adotada por 46% das empresas durante a pandemia, segundo a Pesquisa Gestão de Pessoas na Crise covid-19 elaborada pela Fundação Instituto de Administração (FIA)*. A Fundação coletou, em abril de 2020, dados de 139 pequenas, médias e grandes empresas que atuam em todo o Brasil. De acordo com o estudo, 41% dos funcionários das empresas foram colocados em regime de home office, quase todos os que teriam a possibilidade de trabalhar a distância, que somavam 46% do total dos quadros. No setor de comércio e serviços, 57,5% dos empregados passaram para o teletrabalho, nas pequenas empresas o percentual ficou em 52%.



Obviamente, o home office não será o único modelo existente de trabalho, no entanto é provável que, daqui para frente, número cada vez maior de empresas passe a oferecer um sistema mais flexível, mesclando dias remotos e dias no escritório. O crescimento dessa modalidade de trabalho deve mudar o desenho das cidades, principalmente de capitais como São Paulo, que possui áreas destinadas a prédios e centros comerciais.

Escritórios vagos

Em São Paulo, a taxa de disponibilidade de espaços em edifícios corporativos de alto padrão saltou 50% do primeiro para o último trimestre do ano passado. O total de imóveis sem inquilino, que era de 13,6% entre janeiro e março, fechou 2020 com 22,4%, segundo levantamento da JLL*, empresa especializada em imóveis corporativos, que prevê um agravamento do cenário para este ano.

Na capital paulista, além da adoção do home office, que deve permanecer, para 2021 estão previstos mais 208,2 mil m² de novos imóveis a serem entregues. O volume deve impactar a absorção e a taxa de vacância, que deve manter a tendência de aumento.

Revisão e adaptação

Esse cenário traz alguns desafios para os gestores públicos da cidade de São Paulo, será necessário se adaptar a essas mudanças, replanejar o desenho da cidade, oferecer melhor infraestrutura e criar novas centralidades na cidade, principalmente na periferia.

Ainda este ano, a gestão Bruno Covas (PSDB) planeja revisar o Plano Diretor, aprovado em 2014 no governo de Fernando Haddad (PT). Segundo informações da Prefeitura de São Paulo*, o Plano Diretor (Lei 16.050) de 2014, seria responsável pelo planejamento urbano da cidade até 2029. No entanto, em 2021, passará por uma revisão intermediária – a ser elaborada de forma participativa, com o objetivo de fazer ajustes diante da nova realidade. Ainda de acordo com a Prefeitura “Será, portanto, uma oportunidade para qualificar as condições de vida da população e reduzir as desigualdades existentes”.

Paulo Takito, Sócio-Diretor daUrban Systems afirma que a pandemia trouxe lições como flexibilidade das cidades a rápida adaptação as novas necessidades: “flexibilidade é um dos aprendizados que temos com a pandemia, isto significa que as pessoas, as empresas e as cidades precisam ter condições de se adaptar às mudanças que ocorreram nos últimos meses de forma acelerada e tendem a continuar a acontecer no futuro. Com isto, além da rápida adaptação ao home-office que vimos ocorrer no mundo todo, as cidades também precisam prever maleabilidade em suas regras para que rapidamente os usos da cidade sejam possíveis conforme a sociedade muda. Entre os usos é necessário prever centralidades equilibradas e empreendimentos multiusos, conversíveis entre residência, comércio, serviços, lazer, educação, cultura”.

Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, o relator do atual Plano Diretor da cidade na Câmara, o urbanista e ex-vereador pelo PT Nabil Bonduki afirma que, um dos pontos necessários na revisão intermediária será a discussão da conversão de usos dos prédios. “O que vai mudar é a redução da área de escritórios da cidade. Temos hoje uma quantidade de escritórios muito grande, há uma vacância muito forte. Isso vai tornar necessário cada vez mais conversão de edifícios de escritório para residencial”, diz Bonduki.

O ex-vereador também afirma ao jornal que “uma legislação para o retrofit (prática de modernizar áreas de um prédio aproveitando sua estrutura) poderia contribuir no sentido de transformar eventuais imóveis corporativos em residenciais, já que a cidade tem muita necessidade de espaço habitacional.”

Fontes: G1, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, Pesquisa Gestão de Pessoas, JLL, Prefeitura de São Paulo, Folha de São Paulo

Com conteúdo da comunicação da Urban Systems 

CONFIRA TAMBÉM A MATÉRIA:
PANDEMIA IMPACTOU POLÍTICAS E PRÁTICAS DE MOBILIDADE GLOBAL

GOVERNO DE SP APRESENTA PROJETO DO BRT LIGANDO REGIÃO DO ABC À CAPITAL

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O projeto do BRT-ABC terá corredor exclusivo em todo percurso e ligará o terminal São Bernardo ao Terminal Sacomã, na capital

O Governador João Doria apresentou nessa sexta-feira (7), o projeto do BRT-ABC, um sistema de transporte rápido que conectará com ônibus, via corredor exclusivo, os municípios de São Paulo, São Caetano, São Bernardo do Campo e Santo André. Serão investidos, exclusivamente pela iniciativa privada, um total de R$ 859 milhões no novo modal de transporte metropolitano que terá capacidade para transportar 115 mil pessoas por dia e permitirá avanços importantes em mobilidade urbana na região.

“Estamos muito felizes de assinarmos o projeto do BRT do ABC. Esse é o primeiro BRT aqui no estado de São Paulo, que vai permitir a ligação de áreas importantes do Grande ABC. Uma iniciativa que exigiu estudos, planejamento, análises, para permitir que com essa alternativa, com esse modal, oferecêssemos o menor tempo possível ao menor investimento viável e, principalmente, em um tempo reduzido de implantação. Nós temos que ter pressa para atender aqueles que precisam de transporte coletivo de qualidade”, destacou Doria.



O projeto do BRT-ABC prevê 18 quilômetros de via expressa, com 20 paradas, três terminais e uma frota de 82 ônibus elétricos, com ar-condicionado, silenciosos e não poluentes, articulado, com 23 metros. O sistema de integração dos municípios da região do ABC com a capital fará o trajeto de ponta a ponta, do terminal São Bernardo ao Terminal Sacomã, na capital, em 40 minutos na modalidade expressa. Além do bilhete expresso que dará a opção do passageiro fazer menos paradas, haverá duas outras opções, tradicional e semiexpressa.

A obra será iniciada após a conclusão do projeto executivo em andamento, com previsão de entrega e operação total em 2023. A empresa Metra será a responsável pela implantação e gerenciamento e terá direito a 25 anos de exploração da concessão. O sistema se conectará a CPTM, Metro, Expresso Tiradentes, linhas da SPtrans e ao Corredor ABD. Na Estação Tamanduateí o passageiro terá a opção de acessar a Linha 2-Verde do Metro ou a Linha 10-Turquesa da CPTM, de lá o passageiro tem a opção de seguir até a estação Sacomã, integrando também ao Expresso Tiradentes.

Além de ser uma nova opção aos trabalhadores do ABC que se deslocam até a capital, o novo modal de transporte atenderá especialmente aos estudantes do Grande ABC. O projeto do BRT-ABC passará pelo Instituto Mauá, Fundação Santo André, Fundação ABC entre outas universidades.

“O BRT-ABC vai levar os passageiros de modo eficiente e absolutamente coerente com a demanda da região, de acordo com os estudos de origem-destino realizados. Todos o investimentos da implementação serão feitos pela iniciativa privado, fiscalizados pelo estado”, comentou o secretário dos Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy. “Esperamos que em 2022 tenhamos o BRT ABC operacional para a população”, pontuou Baldy.

Deslocamento rápido e seguro

O BRT-ABC vai oferecer aos passageiros deslocamento rápido e seguro. Os ônibus irão se deslocar em faixas exclusivas, sem qualquer interferência de outros veículos ou do trânsito nas vias. Semáforos inteligentes serão capazes de identificar os ônibus do BRT, priorizarão a abertura, fazendo com que não fiquem esperando parado no farol.

O conforto e a acessibilidade estão presentes em todo projeto. O piso será em nível da plataforma, facilitando o embarque e desembarque de passageiros; especialmente crianças, idosos e pessoas com deficiência. O pagamento da passagem será nas estações para evitar filas e diminuir o tempo de paradas.

Com informações da Assessoria de Imprensa da Secretaria de Transportes Metropolitanos

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USP SEDIARÁ CENTRO DE PESQUISA EM INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL SOBRE CIDADES INTELIGENTES

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Objetivo do novo centro em inteligência artificial é fomentar o surgimento de cidades inteligentes, inclusivas e sustentáveis

Um novo centro de Inteligência Artificial, com pesquisadores de todas as regiões do Brasil, será instalado no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. O objetivo da iniciativa é fomentar o surgimento de cidades inteligentes no Brasil e no exterior, com foco em cinco aspectos: educação, mobilidade, meio ambiente, saúde e cibersegurança.

Coordenado pelo vice-diretor do ICMC, André de Carvalho, o novo Centro de Pesquisa Aplicada em Inteligência Artificial Recriando Ambientes (CPA IARA) está entre as seis propostas selecionadas em chamada lançada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e pelo Comitê Gestor da Internet (GCI.br). O anúncio dos novos centros aconteceu na terça-feira, 4 de maio, em evento presidido pelo ministro Marcos Pontes, do MCTI.



“A principal premissa do IARA é estimular a criação de cidades inclusivas e sustentáveis, em forte consonância com os objetivos de desenvolvimento sustentável definidos pelas Nações Unidas. Para isso, preconizamos o uso responsável dos modelos de Inteligência Artificial, de forma ética, justa, não preconceituosa e transparente”, explica Carvalho.

Segundo o professor, que é vice-presidente da Sociedade Brasileira de Computação (SBC), o IARA funcionará como uma rede, agregando pesquisadores de todas as regiões do Brasil, organizados em nós ou subsedes, localizados em diversas instituições de ciência, tecnologia e inovação. A rede IARA conta com a participação de cientistas das três universidades estaduais paulistas (USP, Unesp e Unicamp) e de outros Estados, e de diversas universidades federais (entre elas, as sediadas em São Paulo: UFABC, UFSCar, Unifesp), assim como de institutos nacionais de pesquisa (Inatel, INPE e ITA) e do Centro Universitário Facens.

“A Inteligência Artificial é hoje uma área estratégica para qualquer país. Tendo sido uma instituição pioneira nas pesquisas em Inteligência Artificial desde a década de 1980, só posso afirmar que, no ICMC, estamos muito orgulhosos pela aprovação da proposta”, destaca a professora Maria Cristina Ferreira de Oliveira, diretora do instituto.

Ela revela que o coordenador do projeto tem sido uma importante liderança, em âmbito nacional, na articulação de pesquisas na área: “Esse centro, que agrega múltiplas instituições e uma equipe diversa e valorosa, é fruto da trajetória do professor André de Carvalho e, com certeza, será um importante catalisador para o desenvolvimento de soluções inovadoras, que façam frente aos problemas complexos que enfrentamos atualmente”.

Desafios do centro

Quais as melhores formas para lidar, de modo eficiente, e respeitando a privacidade, com dados de sensores e celulares que vêm em fluxos, em grande volume e com diferentes formatos? Responder a essa questão é um dos desafios que estão dentro do escopo de atuação do IARA.

O projeto pretende implementar, analisar e validar soluções em cidades dispostas a serem laboratórios abertos. O ponto de partida para as ações da rede IARA é um município localizado na região sudeste do Pará, que possui a maior província de mineração de ferro do mundo: Canaã dos Carajás.

Um convênio já foi estabelecido entre a Prefeitura Municipal da cidade e a Universidade Federal do Pará (UFPA), contando com a participação de pesquisadores da USP. A iniciativa visa a aportar recursos, num montante de R$ 6,2 milhões, do Fundo Municipal de Desenvolvimento Sustentável, para a implantação de uma sofisticada infraestrutura de cidade inteligente.

Além disso, a rede IARA já conta com a colaboração das seguintes cidades: Fortaleza (CE), Juazeiro (BA), Monteiro Lobato (SP), Niterói (RJ), Recife (PE), São Carlos (SP), São José dos Campos (SP) e Sorocaba (SP).

O centro também vai buscar desenvolver mecanismos para lidar, de maneira rápida e eficaz, com aplicações da área de aprendizado de máquina em larga escala, a fim de atender ao grande número de demandas por modelos nas várias aplicações em cidades inteligentes.

“Nossa meta é transformar, por meio de ferramentas tecnológicas aliadas a políticas sociais, os ambientes urbanos brasileiros, que se encontram em diferentes patamares tecnológicos e sociais, propiciando que as cidades ofereçam à sua população serviços eficientes e eficazes em áreas como educação, mobilidade, meio ambiente, saúde e cibersegurança”, afirma Carvalho.

Recursos e parcerias

A Fapesp, o MCTI e o CGI.Br disponibilizarão R$ 1 milhão por ano para cada um dos novos seis centros por um período de até dez anos. Pelo menos o mesmo valor será aportado pelas empresas parceiras.

No caso do CPA IARA, nos cinco primeiros anos, o investimento privado previsto é de aproximadamente R$ 7 milhões. Já a rede IARA contará com mais investimentos, pois diversas empresas e instituições confirmaram parceria, entre elas: Intel, TIM, Ericsson, Vale, Grupo Splice, Cidade dos Lagos, Jacto, Axxonsoft, Stellantis (que inclui marcas como Fiat, Chrysler, Jeep, Peugeot e Citroën) , NESSHealth, Compesa, Instituto Eldorado, Instituto Inova, Inatel, FITec, CRIE e ATI.

Os recursos disponibilizados pelas empresas possibilitarão à rede alcançar objetivos como, por exemplo: disponibilizar a infraestrutura necessária para coleta, armazenamento, transmissão e processamento de dados a serem usados nas aplicações de cidades inteligentes; desenvolver técnicas para transformação, melhoria de qualidade, pré-processamento, modelagem e validação desses dados; formar pessoal especializado nos temas relevantes para aplicações de Inteligência Artificial.

O novo centro realizará, ainda, atividades de forma integrada com outra iniciativa sediada no ICMC: o Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI). A proposta é organizar workshops com empresas e com gestores de cidades para discutir avanços no tema, pesquisas em andamento, demandas dos parceiros e transferência de conhecimento, utilizando o modelo de sucesso desenvolvido pelo CeMEAI.

“Nossa meta é contribuir com a formação de recursos humanos qualificados, capazes de criar soluções para melhorar a qualidade de vida em ambientes urbanos. Por meio de tecnologias aplicadas, inovadoras e disruptivas desenvolvidas no centro, poderemos alavancar o desenvolvimento de novas empresas, como startups e spin-offs, incrementando assim o empreendedorismo e melhorando a capacidade de inovação das empresas e, consequentemente, a economia”, finaliza Carvalho.

Fazem parte da equipe de coordenação do CPA IARA os seguintes pesquisadores:  Gislaine Silva, da Stellantis (vice-diretora); Fabiano Prado Marques, do Centro Universitário Facens (coordenador de Educação e Difusão do Conhecimento); Arthur João Catto, do Instituto Eldorado (coordenador de Transferência de Tecnologia); Nandamudi Lankalapalli Vijaykumar, da Unifesp e do Inpe (coordenador de Relações Internacionais); e Renato Francês, da UFPA (coordenador de Relações Nacionais).

Internacionalmente, a rede IARA conta com parcerias com relevantes universidades, entre as quais podem ser destacadas: Chalmers University of Technology (Suécia); KTH  Royal Institute of Technology (Suécia); Uppsala University (Suécia); Universidade de Aveiro (Portugal); Scuola Superiore Sant’Anna (Itália); Università Degli Studi di Milano (Itália); University of Guelph (Canadá);  University of Bath (Reino Unido); University of Bordeaux (França); University of Waikato (Nova Zelândia); New South Wales University (Austrália); North Carolina State University (Estados Unidos); Universidade do Porto (Portugal); University of Twente (Holanda); University of Maryland (Estados Unidos); The National Physical Laboratory (Reino Unido); University of London (Reino Unido); Université Laval (Canadá); University College Cork (Irlanda); Norwegian University of Science and Technology (Noruega).

Com informações do Jornal da USP

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ANATEL LANÇA CARTA AOS MUNICÍPIOS E APRESENTA MAPA DE EXPOSIÇÃO A CAMPOS ELETROMAGNÉTICOS DE ANTENAS CELULARES

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Na carta, o presidente da Anatel ressalta a capacidade de a ferramenta proporcionar um panorama geral das telecomunicações móveis nos municípios brasileiros e de possibilitar comparações estatísticas

O presidente da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), Leonardo Euler de Morais, lançou nesta terça-feira (4/5) a Carta Aberta às Autoridades Municipais Brasileiras, por meio da qual divulga o link com o mapa de monitoramento dos limites de exposição humana (CEMRF). A ferramenta evidencia um panorama geral das telecomunicações nos municípios brasileiros e possibilita, inclusive, comparações estatísticas das cidades, promovendo a transparência e a divulgação de dados relevantes para toda a sociedade.

Ainda no intuito de buscar a expansão constante na cobertura e a melhoria na qualidade dos serviços de telecomunicações, o presidente da Agência conclama para uma reavaliação das legislações municipais que regulamentam a instalação de infraestruturas de telecomunicações nas suas cidades,  bem como dos procedimentos administrativos necessários para tal.



Por fim, o documento alerta que a infraestrutura de telecomunicações é elemento basilar para impulsionar a vocação digital dos municípios. A disponibilidade dessa infraestrutura é componente determinante para a evolução do ecossistema digital.

Mais informações sobre o Painel Cobertura Móvel

Por meio do Painel Cobertura Móvel , nova ferramenta apresenta em mapas interativos a distribuição da cobertura do sinal da telefonia móvel no Brasil, o consumidor podderá pesquisar a cobertura das operadoras móveis em seu município. Assim, a partir de mapas com as manchas de cobertura, o consumidor pode verificar a existência de sinal 3G ou 4G da prestadora móvel na sua residência, nas ruas por onde circula, no trabalho e na faculdade, por exemplo.

A ferramenta é útil para consultar a cobertura em todas as regiões do País. Capitais e demais regiões metropolitanas têm um maior percentual coberto pela telefonia e banda larga móvel em relação ao interior, mas ainda assim podem possuir áreas não atendidas.

O presidente da Anatel, Leonardo de Morais, enfatiza que a disponibilização do Painel Cobertura Móvel segue uma das principais diretrizes da atual gestão da Agência, “o empoderamento do consumidor através de transparência e informação”. “Nessa perspectiva é fundamental aprimorar os dados setoriais e compartilhar essas informações com diversos setores, como acadêmicos, formuladores de políticas públicas, imprensa e sociedade civil organizada”.

Com o Painel Cobertura Móvel, as instituições de pesquisa e órgãos públicos podem realizar estudos e propor políticas públicas voltadas à expansão da banda larga móvel e das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) com um conjunto de dados mais robusto, que inclusive diferencia áreas urbanas das rurais.

Segundo a Anatel, todos os municípios brasileiros possuem acesso à telefonia móvel, o que não significa que suas áreas urbanas são totalmente cobertas, e 91,2% possuem sinal 3G ou 4G. E, na malha rodoviária pavimentada de jurisdição feral, 46% da extensão tem sinal 3G ou 4G.

“Novos compromissos e políticas regulatórias terão por objetivo a expansão dos trechos rodoviários cobertos, o que irá melhorar, por exemplo, a infraestrutura de transporte de cargas e passageiros”, afirmou o chefe da Assessoria Técnica da Agência, Humberto Pontes.  Ele acrescentou que a cobertura 5G, na medida que for implantada no país, também será incluída na plataforma. O Leilão do Espectro 5G está previsto para ocorrer já no primeiro semestre deste ano.

Com informações da Agência Nacional de Telecomunicações