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COM 3 MIL ATIVIDADES, COMEÇA A SEMANA NACIONAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA

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A ideia é popularizar esse tipo de conhecimento, muitas vezes restrito a acadêmicos, para os cidadãos, especialmente os mais jovens

Começou neste sábado (17), a 17ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), que promove eventos em todo o Brasil com o objetivo de dar visibilidade às descobertas e inovações produzidas por instituições nacionais de pesquisa.

A ideia é popularizar esse tipo de conhecimento, muitas vezes restrito a acadêmicos, para os cidadãos, especialmente os mais jovens. A semana segue até a próxima sexta-feira (23).

A SNCT é uma iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações (MCTI), em parceria com secretarias da área nos estados e municípios, além de universidades, escolas e instituições de ensino e pesquisa.

Atualmente, colaboram com a realização deste grande evento as universidades e instituições de pesquisa; escolas públicas e privadas; institutos de ensino tecnológico, centros e museus de C&T; entidades científicas e tecnológicas; fundações de apoio à pesquisa; parques ambientais, unidades de conservação, jardins botânicos, entre outros.

Neste ano, a SNCT terá como tema Inteligência Artificial: a nova fronteira da ciência brasileira. A Agência Brasil publicou no mês passado um especial sobre o assunto.

De acordo com o ministério, a escolha do tema está relacionada ao potencial da inteligência artificial de trazer ganhos na promoção da competitividade e no aumento da produtividade brasileira, na prestação de serviços públicos, na melhoria da qualidade de vida das pessoas e na redução das desigualdades sociais, dentre outros.

Até domingo o próximo (27), cerca de três mil atividades devem ser promovidas por 66 instituições ligadas aos governos federal, estaduais e municipais, escolas, centros de pesquisa e entidades da sociedade civil. Para conhecer a programação, busque mais informações na página do evento.

MÊS NACIONAL

Desde o ano passado, o MCTI decidiu expandir as atividades da semana, e o governo federal denominou outubro como o Mês Nacional da Ciência, Tecnologia e Inovações, celebração que será realizada daqui para a frente pelo Executivo.

De acordo com a pasta, em comunicado oficial em seu site, o mês nacional terá como propósito “mobilizar a população, em especial crianças e jovens, em torno de temas e atividades da área, valorizando a criatividade, a atitude científica a inovação e a comunicação”.

Edição: Aécio Amado

Fonte: Agência Brasil 

FLORIANÓPOLIS TERÁ ÔNIBUS COM TECNOLOGIA ANTI COVID-19

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Veículos da linha Ponte Viva, interrompida há sete meses por conta da pandemia, começam a circular na próxima semana

1ª CONFERÊNCIA DA PLATAFORMA NACIONAL DE MOBILIDADE ELÉTRICA ACONTECE DE 16 A 19 DE NOVEMBRO

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O evento será realizado em formato virtual e reunirá especialistas nacionais e internacionais para debater com profundidade a mobilidade elétrica no Brasil

Entre os dias 16 e 19 de novembro de 2020 será realizada a 1ª Conferência da Plataforma Nacional de Mobilidade Elétrica. A iniciativa acontece em formato 100% digital e reunirá especialistas nacionais e internacionais para debater a mobilidade elétrica no Brasil. As inscrições para o evento estão disponíveis AQUI. 

Lançada em 2020, a Plataforma Nacional de Mobilidade Elétrica (PNME) agrega mais de 30 instituições da indústria, poder público, sociedade civil e academia e foi pensada a partir do contexto de que o Brasil precisa reduzir em 43% os seus níveis de emissões de gases de efeito estufa até 2030, conforme o compromisso firmado, em 2016, no Acordo de Paris da Convenção de Clima da ONU (Organização das Nações Unidas). A PNME é um espaço para fomentar o desenvolvimento do setor no país.

“A semana da mobilidade elétrica está inserida nesse contexto, pois para atingir essa meta é necessária a implementação de políticas em diversas áreas, incluindo no setor de transportes, onde consideramos ainda o atual cenário de pandemia da Covid-19, visto que uma recuperação econômica no Brasil e no mundo precisa levar em conta um futuro com carbono neutro”, enfatiza o coordenador de projeto da GIZ e coordenador-executivo da PNME, Marcus Regis.

Regis destaca, ainda, que a plataforma foi pensada também para oferecer dados, estudos técnicos e argumentos que ajudem na etapa de construção das políticas para o setor no país. “Nesse sentido, a 1ª Conferência da Plataforma Nacional de Mobilidade Elétrica vai permitir ampliar o alcance da plataforma e da discussão desse tema fundamental para o cenário brasileiro e mundial, por meio das várias abordagens e presença de especialistas nesta pauta. É importante destacar que o avanço de uma mobilidade sustentável e elétrica no Brasil depende do envolvimento dos vários atores”.

PROGRAMAÇÃO

A programação do evento contempla temas como: Governança e cooperação para a Mobilidade Elétrica no Brasil; A Mobilidade Elétrica como tema fundamental para a sustentabilidade econômica e ambiental no Brasil; Desafios brasileiros para a implantação da Mobilidade Elétrica; e Ações concretas para promover a Mobilidade Elétrica no Brasil.

SOBRE O TRABALHO DA PLATAFORMA NACIONAL DE MOBILIDADE ELÉTRICA (PNME)

A PNME começou a partir de um diagnóstico elaborado no segundo semestre de 2019, tendo o seu início oficial em fevereiro de 2020. A liderança e o planejamento estratégico são feitos por um Conselho Gestor, formado por um grupo de instituições que incluem órgãos governamentais, agências, indústria e sociedade civil. O Secretariado-Geral, sob coordenação do Ministério Alemão de Cooperação Econômica e para Desenvolvimento, por meio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH, juntamente com o iCS (Instituto Clima e Sociedade), é responsável pela gestão da plataforma e organização das atividades.
Atualmente, a PNME conta com uma Comissão de Ciência & Tecnologia, que reúne nomes relevantes da pesquisa em mobilidade elétrica no Brasil. E dois grupos de trabalho que focam em: alavancar a eletrificação do transporte público e promover a formação profissional voltada a mobilidade elétrica no país. O propósito da plataforma é fomentar pesquisas, projetos e soluções tecnologias junto aos tomadores de decisão para a construção de políticas públicas para o setor.

Dessa forma, a iniciativa tem importante papel na promoção da mobilidade elétrica e no desenvolvimento da eletrificação de transportes no Brasil, contribuindo com uma estrutura de governança que articula estas discussões e iniciativas com o objetivo de aumentar a sua eficácia e seu impacto. A PNME atua como um espaço de articulação que congrega os principais atores da mobilidade elétrica, potencializando os sucessos dessas instituições em seu trabalho.

Para Marcel Martin, coordenador do portfólio de Transportes no iCS e coordenador-executivo da PNME, a falta de competitividade é um fator que ainda dificulta o crescimento da eletrificação no mercado brasileiro. “Temos o desafio aqui de mudar a lógica do mercado. Em outros países as montadoras já estão olhando para esse futuro, mas aqui a discussão é tímida. Precisamos focar na transição do veículo movido por combustíveis fósseis para o de zero emissões. O Brasil tem que olhar para a economia do futuro, que com certeza não é baseada nos veículos movidos a combustíveis fósseis.”

Segundo Martin, a eletrificação do transporte público é a que mais tem se desenvolvido atualmente no Brasil. “A pandemia de Covid-19 pode retardar um pouco o avanço dessa agenda, mas várias cidades do país já preveem a implementação de ônibus elétricos em suas frotas, como Campinas, Salvador, Santo André, São Bernardo e São Paulo”, destacou.

INSTITUTO DE LONGEVIDADE LANÇA IDL 2020; VEJA SE SUA CIDADE ESTÁ PREPARADA PARA O SEU ENVELHECIMENTO

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Para isso, o IDL 2020 se baseou em 50 indicadores divididos em sete variáveis: Cuidados de Saúde; Bem-Estar; Finanças; Habitação; Cultura e Engajamento; Educação e Trabalho; e Indicadores Gerais

O Índice de Desenvolvimento Urbano para Longevidade (IDL), iniciativa do Instituto de Longevidade Mongeral Aegon que conta com metodologia da Fundação Getulio Vargas, chega à sua segunda edição com 876 municípios analisados, nos quais vivem 160 milhões de brasileiros. A primeira edição, lançada em 2017, analisou 498 cidades.

O objetivo do estudo é apontar, de forma clara e objetiva, os pontos positivos e negativos dessas cidades para que gestores, governantes e representantes da sociedade civil possam pensar em ações efetivas que promovam o aumento da longevidade com qualidade de vida nestas localidades.

Para isso, o IDL 2020 se baseou em 50 indicadores divididos em sete variáveis: Cuidados de Saúde; Bem-Estar; Finanças; Habitação; Cultura e Engajamento; Educação e Trabalho; e Indicadores Gerais. Os resultados mostraram que mais da metade dos municípios analisados não estão adequados para a longevidade de suas populações.

Clique aqui para baixar o relatório do IDL 2020

Para o Instituto, o dado é preocupante, visto que a população brasileira passa por um processo de envelhecimento acelerado.

“O papel do IDL é muito além de ser um ranking”, explica Henrique Noya, diretor-executivo do Instituto de Longevidade Mongeral Aegon. “Ele é uma ferramenta prática que contribui diretamente para que os gestores públicos desenvolvam políticas que melhorem a qualidade de vida nas cidades, e para que os empresários identifiquem oportunidades de ofertas de produtos e serviços que atendam a essa mesma demanda. Da mesma forma, é um importante aliado para que a sociedade conheça de forma objetiva a realidade de seus municípios e, com isso, possa escolher melhor os seus próximos representantes, principalmente em um ano de eleição municipal”.

CIDADES MAIS BEM COLOCADAS NO IDL 2020

Os resultados foram divididos em duas categorias: cidades grandes – aquelas com mais de 100 mil habitantes – e cidades pequenas – com menos de 100 mil habitantes. Entre as grandes, a edição de 2020 do IDL apontou a estreante São Caetano do Sul (SP) como a mais bem preparada para que sua população viva mais e melhor.

Para o diretor do Instituto, isso não significa que o município não tenha desafios a enfrentar, ou que não possa melhorar ainda mais nos pontos em que teve bom desempenho. “Embora ocupe o primeiro lugar da lista, um ponto de atenção para a cidade é a alta concentração de renda”, completa Noya.

Quer saber como a sua cidade foi classificada segundo o IDL 2020? Clique aqui e descubra.

De acordo com a análise, o município se destacou nas variáveis Bem-estar, Finanças e Habitação. Vale ainda ressaltar seu bom desempenho no indicador de estabelecimentos para o condicionamento físico do município e a baixa incidência de população de baixa renda.

Entre as cidades pequenas, o destaque foi para Adamantina, também no estado de São Paulo. Aliás, dos dez municípios mais bem colocados na edição 2020 do IDL, nove são do estado de São Paulo. De acordo com o IDL 2020, a cidade mereceu o título pela elevada quantidade de profissionais de enfermagem e de psicologia na rede de saúde e também por ser uma das dez localidades com menor frequência de homicídios por armas de fogo na lista dos 596 municípios pequenos. 

CONHEÇA O RANKING DE CIDADES MAIS BEM COLOCADAS EM CADA CATEGORIA

GRANDES CIDADES

1º lugar – São Caetano do Sul, SP

Estreante no IDL, a cidade é 1º lugar na variável bem-estar, com destaque à proporção de estabelecimentos de atividade de condicionamento físico. O município também está bem ranqueado quando o indicador é a proporção de fisioterapeutas, ocupando o 3º lugar. Do ponto de vista de quantidade de acessos à internet, São Caetano do Sul fica na 2ª posição da lista que analisa 280 municípios classificados como grandes por terem populações superiores a 100 mil habitantes.

2º lugar – Santos, SP

Primeira colocada na edição 2017 do IDL, Santos permanece em posição de destaque, desta vez, em 2º lugar. A cidade, que tem mais de 430 mil habitantes, teve bom desempenho nas variáveis Habitação Finanças e Cultura e Engajamento. No entanto, vale ressaltar como ponto de atenção a elevada frequência de suicídios.

3º lugar – Porto Alegre, RS

Porto Alegre manteve a posição do estudo realizado em 2017, o 3º lugar. A cidade se destaca por ser a segunda melhor na variável Habitação. No quesito Cuidados de Saúde, a terra do churrasco conta com a 6a maior quantidade de profissionais de enfermagem a cada mil habitantes. Outro ponto relevante é que o município apresenta um dos melhores níveis de renda entre idosos. Como ponto de melhoria está, por exemplo, o índice de homicídios por armas de fogo.

4º lugar – São Paulo, SP

De 19º em 2017 ao 4º lugar do ranking em 2020, a maior cidade do Brasil teve um crescimento significativo na lista. No primeiro lugar na variável Finanças, São Paulo tem a maior renda de população idosa do país. Ainda relacionado a este quesito, a terra da garoa ocupa o segundo lugar no indicador carga tributária, que analisa o percentual da receita de origem tributária. Vale ressaltar a importância de melhorar a quantidade de psicólogos e enfermeiros na cidade.

5º lugar – Florianópolis, SC

A Ilha da Magia é uma das 10 cidades analisadas pelo IDL com o menor percentual de população de baixa renda. Florianópolis também se destaca na variável Bem-estar pela boa oferta de estabelecimentos de condicionamento físico e casas de chá, suco e lanchonetes, o que favorece, respectivamente, a saúde do corpo e a socialização. É a cidade do país como mais elevado número de acesso à internet por habitante.

6º lugar – Niterói, RJ

Niterói continua bem posicionada e figurando entre as 10 melhores cidades do ranking. A cidade fluminense se destaca pelo bom desempenho em indicadores relacionados às variáveis Cultura e Engajamento e Bem-estar. No primeiro aspecto, é muito positivo o indicador Acesso à internet Fixa e, no segundo, destaca-se a alta taxa de idosos protegidos pela saúde suplementar. A cidade, no entanto, destaca-se negativamente pela alta concentração de renda.

7º lugar – Rio de Janeiro, RJ

A cidade maravilhosa ocupa o 7º lugar do IDL em neste ano. O município é o segundo melhor do país na variável Finanças, tendo como destaque indicadores como receita tributária e rendimento da população entre 60-69 anos. É uma das cidades com maior número de pessoas idosas com acesso a planos de saúde. A cidade, no entanto, ocupa o 246º lugar na variável Cuidados de Saúde.

8º lugar – Atibaia, SP

Outra estreante no ranking, a cidade de Atibaia já figura entre os dez melhores municípios, com destaque à quantidade de hospitais com unidades de neurocirurgia, baixa frequência de violência sexual, doméstica e tortura; e pelo bom número de locais de atividade de condicionamento físico. Também vale destacar que é a cidade com melhor desempenho na variável Habitação. Já nos pontos de melhoria, é preciso atentar-se, por exemplo, para a taxa de investimento do município e quantidade de leitos do SUS.

9º lugar – Catanduva, SP

Também nova no IDL, Catanduva tem como principais destaques o bom percentual de docentes com curso superior na Educação de Jovens e Adultos, , e a baixa taxa de desocupação de sua população. A cidade encontra na variável Bem-Estar um potencial de melhoria com relação à qualidade de vida de seus habitantes.

10º lugar – Americana, SP

A cidade de Americana, no estado de São Paulo, se destaca na educação pelo Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal, além do bom número de psicólogos e estabelecimentos de atividade física. Também vale ressaltar o elevado acesso de internet fixa. Como ponto de melhoria é importante destacar a frequência elevada de acidentes com animais peçonhentos.

MUNICÍPIOS MENORES

1º lugar – Adamantina, SP

Conhecida como a Joia da Alta Paulista, a cidade de Adamantina é a primeira colocada na lista das cidades pequenas. O município de mais de 33 mil habitantes destaca-se pela elevada quantidade de profissionais de enfermagem e de psicologia na rede de saúde. É uma das dez cidades com menor frequência de homicídios por armas de fogo na lista dos 596 municípios pequenos.

2º lugar – Vinhedo, SP

A cidade é detentora de um dos maiores PIBs da região metropolitana de Campinas. Um dos destaques da variável Bem-Estar é que é uma das cidades com menor frequência de diversos tipos de violência, como sexual, doméstica e tortura. Conectado, é um dos municípios com maior número de acessos à internet fixa por habitante.

3º lugar – Lins, SP

As variáveis Finanças e Habitação são destaques da cidade de Lins. Oferece uma boa rede de serviços financeiros e dispõe de condomínios voltados para idosos. Outro ponto de destaque é que é o segundo município com maior número de hospitais com unidade de neurocirurgia de emergência.

4º lugar – São João da Boa Vista, SP

O município localizado no pé da Serra da Mantiqueira é o segundo melhor na variável Finanças e destaca-se pelo bom desempenho em Bem-Estar. Vale ressaltar a 11ª colocação no indicador que mede o nível de renda da população idosa.

5º lugar – Itapira, SP

A cidade de Itapira, com pouco mais de 72 mil habitantes, tem como destaque a variável Cuidados de Saúde, ocasionado por sua liderança na quantidade de leitos, seja no SUS quanto na rede particular.

6º lugar – Tupã, SP

O destaque positivo de Tupã deve-se principalmente às variáveis Finanças e Cuidados de Saúde. Na primeira, o destaque fica por conta do Índice de envelhecimento municipal, e na segunda, o número de leitos disponíveis.

7º lugar – Fernandópolis, SP

A cidade de Fernandópolis é uma das 15 com menor população de baixa renda e apresenta um bom índice de desenvolvimento social do município. Também merece ressalva por ser uma das cinco cidades com menor proporção de homicídios por arma de fogo.

8º lugar – Votuporanga, SP

Votuporanga é a cidade mais bem avaliada na variável Educação e Trabalho, tendo como exemplo o bom desempenho no indicador distorção idade-série. O município ainda possui uma das cinco maiores ofertas de profissionais de enfermagem entre as cidades pequenas.

9º lugar – Dracena, SP

Dracena estreia no IDL já figurando nas 10+. Merece destaque nos indicadores de índice de desenvolvimento municipal em educação e oferta de profissionais de psicologia, das variáveis Educação e Trabalho e Cuidados de Saúde, respectivamente.

10º lugar – Esteio, RS

Com 83 mil habitantes, Esteio encerra a lista das dez cidades pequenas mais bem preparadas para a longevidade com o segundo lugar na variável Habitação. Também vale destacar o bom desempenho em Cultura e Engajamento.

Fonte: Instituto de Longevidade Mongeral Aegon

O DESAFIO DO SANEAMENTO BÁSICO PARA O DESENVOLVIMENTO DE SMART CITIES NO BRASIL

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O país vive uma dicotomia entre parques tecnológicos, incubadoras e centros de pesquisa entre os melhores do mundo, ao mesmo tempo que deve lidar com questões básicas para o desenvolvimento humano

 

Em pleno século XXI, com tecnologia suficiente para transformar as cidades brasileiras em smart cities, dados do Sistema Nacional de Informações de Saneamento (SNIS) de 2017 mostram que a realidade é a de que apenas 52% da população tem acesso à rede de esgoto e só 46% do esgoto gerado no país é tratado.

Apesar de ser o melhor investimento em benefício da saúde pública, poucas ações governamentais estão sendo desenvolvidas para ampliar os serviços de saneamento. Mais de 30 milhões de brasileiros não possuem água tratada e em quantidades necessárias e mais de 100 milhões não têm acesso ao esgoto. Além disso, doenças como dengue, diarreias e helmintoses fazem parte do grupo de Doenças Relativas ao Saneamento Ambiental Inadequado (DRSAI), podendo afetar não só indivíduos que não tem acesso ao saneamento, como toda uma comunidade.

Em 2017, a Organização Mundial de Saúde (OMS) advertiu que 1,7 milhão de crianças morrem devido a ambientes poluídos e insalubres todos os anos. De acordo com o Censo Escolar 2018, 16% dos institutos de educação básica não possuem banheiro dentro da escola. Nesse cenário, a cada quatro estabelecimentos de ensino, um não possui acesso a água encanada e metade não tem rede de esgoto.

É possível atribuir o problema a ausência de políticas públicas voltadas à promoção do setor. A atribuição aos municípios da titularidade do serviço – que implica em criar estruturas no âmbito municipal para planejamento e gestão direta ou contratação da iniciativa privada, regulação e acompanhamento do serviço – embutiu o risco de, nos municípios menores, simplesmente não ser possível haver capacidade de desenvolver um planejamento adequado.

Dentro desse cenário, é cada vez mais importante que o conceito de smart cities aplicado no Brasil esteja atrelado não apenas à tecnologia e inovação, como também na resolução eficiente, inteligente e integrada de problemas como a falta de acesso ao saneamento básico. O contexto social é essencial para o desenvolvimento do planejamento urbano, levando em consideração que cidades inteligentes atuam, principalmente, para o bem-estar de seus cidadãos.

COMO SOLUÇÕES INOVADORAS DE UNIVERSIDADES CHEGAM NAS CIDADES

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Qual é o processo necessário para que o conhecimento produzido em Universidades e Centros de Pesquisa chegue na sociedade e possa trazer soluções inovadoras para problemas urbanos:

A produção acadêmica produzida em Universidades e Centros de Pesquisa é essencial para a construção de cidades inteligentes. Mas, antes de chegar nas cidades, a produção científica deve, antes de tudo, ser transformada em tecnologias e em produtos aplicáveis para a melhoria de processos.

Esse processo é feito através da aquisição de patentes, marcas, direitos autorais de livros, desenvolvimento de softwares, etc. Cada vez mais, Universidades contam com Centros de Inovação, que permitem com que a pesquisa possa sair dos artigos e consiga se transformar em uma solução prática.

A promoção do empreendedorismo é essencial para que as Universidades consigam promover essas soluções. A Universidade de São Paulo (USP), a melhor Universidade do país, conta com dois parques tecnológicos, um em São Paulo (Cietec) e outro em Ribeirão Preto (Supera), além de possuir incubadoras e aceleradoras de empresas. 

Uma cidade inteligente envolve recursos tecnológicos, institucionais e humanos. O ‘cidadão inteligente’ é aquele que auxilia na gestão urbana gerando informações, mapeando e discutindo questões que permeiam a vida urbana- entendendo que esses podem ser autores de soluções criativas e transformadoras para suas cidades.

Nesse sentido, é preciso garantir que o espaço universitário faça parte desse contexto amplo que permeia uma cidade inteligente e seus cidadãos: é preciso englobar as pesquisas e artigos acadêmicos como parte da solução para os problemas urbanos e promover o empreendedorismo afim de tornar essas produções em soluções viáveis para a construção de cidades inteligentes.

CIDADES INTELIGENTES: UMA VISÃO SISTÊMICA E INTEGRADA

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A construção de uma cidade inteligente deve ser feita entendendo os diversos atores que constituem uma sociedade, utilizando a tecnologia e sustentabilidade como meio e não como fim

 

A cidade inteligente é aquela que consegue alcançar melhores resultados reduzindo custos e esforços. Uma das principais aliadas das cidades para diminuir o tempo e custo das operações é a tecnologia que viabiliza um melhor gerenciamento dos serviços. É fundamental que as cidades utilizem novas tecnologias de maneira a estar constantemente encontrando modos mais eficientes e baratos de realizar uma gestão inteligente e sustentável.

Apesar disso, é preciso ter cuidado: a ideia de que cidades inteligentes devem se tornar tecnológicas como um fim é equivocada. A tecnologia sozinha não irá resolver os problemas urbanos em suas totalidades, ainda mais em países como o Brasil, em que muitos desafios ainda estão atrelados à superação da disparidades sociais.

De acordo com Alex Abiko, professor titular da Escola Politécnica da USP e coordenador da CEE-268 da ABNT, Comissão de Estudos Especial 268, Cidades e Comunidades Sustentáveis, a busca por uma cidade sustentável, ou resiliente, ou inteligente não deveria ser um objetivo por si só, sendo cada um desses aspectos trabalhados de maneira isolada, mas sim a busca por uma cidade que tenha atributos que a tornem de forma integrada cada vez mais sustentável, mais resiliente e mais inteligente.

Uma cidade inteligente envolve recursos tecnológicos, institucionais e humanos. Pensando nisso, não basta apenas investir em tecnologia: o engajamento dos cidadãos é essencial para a construção de uma cidade. O ‘cidadão inteligente’ é aquele que auxilia na gestão urbana gerando informações, mapeando e discutindo questões que permeiam a vida urbana- entendendo que esses podem ser autores de soluções criativas e transformadoras para suas cidades.

Smart Cities são aquelas que utilizam de ferramentas tecnológicas para se tornarem mais acessíveis com seus idosos, deficientes, mulheres, crianças, trabalhadores e trabalhadoras, negros e indígenas e etc. É preciso gostar e cuidar das cidades, entendendo que os cidadãos devem se tornar agentes a fim de impactar cada vez mais as decisões sobre o futuro desses espaços.

As cidades, como organismos complexos, devem desenvolver na sua gestão urbana princípios que se aliem a sustentabilidade, que promovam o desenvolvimento de cidades mais inteligentes e acessíveis. As soluções urbanas só podem ser realizadas através de consensos entre todos os atores que participam ativamente da tomada de decisão das cidades, ou seja, é preciso viabilizar o diálogo entre o setor mobiliário e financeiro, empresas públicas e privadas, governo e população e até mesmo entre vizinhos do mesmo bairro.

EXPERIÊNCIA FRANCESA EM MOBILIDADE MARCA PARTICIPAÇÃO DO “CLUBE CIDADES SUSTENTÁVEIS” NO CSCM DIGITAL DX 20

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A eficiência da mobilidade urbana: big data, segurança dos dados e respeito da privacidade do usuário-cidadão em tempos de “novo normal” esteve no foco do debate

 

Um dos principais gargalos do desenvolvimento das cidades brasileiras sem dúvida é a mobilidade urbana. E o tema recebeu destaque especial na 6ª edição do evento mais importante de cidades e mobilidade do país, o Connected Smart Cities e Mobility Digital Xperience 2020. O evento abordou de forma ampla a experiência francesa em mobilidade, cibersegurança e cidadania, por meio da participação do Clube Cidades Sustentáveis, parceiro do CSCM.  

A íntegra da participação especial do Clube na iniciativa está disponível e pode ser acessado na íntegra Aqui.

A abordagem considera a mobilidade, cada vez mais compartilhada e conectada e que, em breve, será autônoma, sendo construída em torno da cooperação de sistemas de informação díspares operados por múltiplos atores, graças à hiperconectividade de seus componentes (desde smartphones até os próprios meios de transporte).

Também se destacam três eixos complementares em uma abordagem global e interdisciplinar da segurança cibernética: a proteção dos atores (fabricantes e usuários finais), a segurança dos produtos e serviços e o respeito pela privacidade do usuário.

O painel abordou os temas de forma didática, com base em casos concretos que ilustram o know-how francês no assunto, desde a gestão multimodal na época da Covid-19 (Alstom, no Panamá) até o veículo autônomo de transporte público (Toulouse Métropole), tendo o agora “usuário-cidadão” como cerne central (Systra, em Teresina, e Citelum na cidade de Dijon – França).

 

PALESTRANTES E CASES

Valentin Rodriguez Lopez, diretor de Soluções para a América Latina da Alstom ministrou a palestra: “MASTRIA: solução de inteligência artificial da ALSTOM para mobilidade – case do Panamá durante a pandemia”;

Marcus Cerqueira Pimenta da Cunha, diretor Comercial e Operações da Citelum Brasil, abordou com profundidade o tema: “A iluminação pública como ferramenta de integração para mobilidade urbana”;

Mariana Verônica de Moura coordenadora da Systra Brasil e Cíntia Bartz da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito da Prefeitura de Teresina (PI) palestraram sobre: “Tecnologia blockchain para melhorar o gerenciamento de dados e o engajamento civil para o transporte público em Teresina”;

Dominique Faure e Caroline Lapelerie, primeira vice-presidente de Toulouse Métropole para a Economia, Inovação e Emprego e o Desenvolvimento das Zonas de Atividade Econômica e Diretora de Inovação, Toulouse Métropole, participaram da Palestra: “Toulouse Métropole está inovando em termos de novos serviços de mobilidade e acelerando o desenvolvimento de sistemas de transporte inteligente: a experimentação de um Serviço de transporte público autônomo”. Especial destaque foi dado à experimentação da solução de veículo autônomo urbano proporcionada pela empesa francesa Easy Mile.

O painel contou com moderação da conselheira para o Desenvolvimento Sustentável da Embaixada da França, Françoise Méteyer-Zeldine.

 

 

MOBILIDADE INTELIGENTE

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É preciso repensar no conceito de mobilidade urbana para alcançar o patamar de cidade inteligente

De acordo com dados da Associação Nacional dos DETRANS, o Brasil possui uma circulação média de 45 milhões de veículos- cerca de um automóvel para cada 4,4 habitantes. Apesar disso, uma pesquisa realizada pela Grow, empresa resultante da fusão entre a brasileira Yellow e a mexicana Grin, aponta que 47% das pessoas preferem utilizar bicicletas para fazer o trajeto até o trabalho ou para se deslocar pela cidade. Além da bicicleta, o patinete elétrico passou a fazer parte do cotidiano da população: 40% dos entrevistados utilizam o veículo, sendo que seu principal uso ainda é o recreativo.

Com a tendência da entrada de novos modelos de mobilidade urbana cada dia mais forte, é preciso preparar um sistema de transporte que seja capaz de integrar diferentes modais. A smart mobility é justamente aquela que consegue englobar meios tradicionais de transporte ao mesmo tempo que proporcionar abertura para que novos modelos se integrem.

A maneira como se entende a mobilidade urbana mudou muito com a chegada de novas tecnologias: cada vez mais o número de aplicativos voltados para a mobilidade aumentam, assim como novas maneiras de se realizar o mapeamento e gestão do transporte público. Com soluções inovadoras, a mobilidade inteligente passa a ser essencial para garantir o cotidiano das cidades e promover um futuro sem congestionamentos.  O monitoramento de fluxo em tempo real nas vias através de câmeras e sensores, sistemas de controle semafóricos e os próprios aplicativos de mobilidade que indicam rotas alternativas são exemplos de como a tecnologia pode favorecer a otimização do tráfego em uma cidade.

A mobilidade é um indicador diário que aponta para as desigualdades do espaço urbano: o acesso ao transporte é o acesso ao trabalho, lazer, saúde, educação e outros diversos direitos do cidadão. O acesso que não é feito de maneira justa, entendendo as limitações que diferentes indivíduos têm para se locomover, contribui para as desigualdades sociais, raciais e de gênero. Discutir mobilidade e acessibilidade não significa apenas trazer as pessoas para mais perto de seus trabalhos, mas prover também acesso à cultura e lazer, estando diretamente relacionada com a inclusão social de uma cidade.

 

 

RIBEIRÃO PRETO: SÓ TESTAGEM EM MASSA OU VACINA GARANTEM REABERTURA TRANQUILA DAS ESCOLAS, REVELA DOCUMENTO APROVADO POR COMITÊ DA SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO

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O documento elaborado por pesquisadores da USP alerta que os números oficiais mostram que Ribeirão Preto está em um patamar elevado de transmissão comunitária por um número grande de semanas consecutivas e esse não é um cenário que permita a simples reabertura da rede escolar 

Pesquisadores da USP em Ribeirão Preto elaboraram documento para o Comitê Intersetorial da Secretaria Municipal de Educação com recomendações para a reabertura da rede escolar da cidade no contexto da pandemia da covid-19. O documento, que é parte das atividades do Comitê Intersetorial, estabelece protocolos para o retorno às atividades presenciais na Rede Escolar Municipal no cenário da pandemia do novo coronavírus na cidade. Nele os pesquisadores estabelecem três alternativas para a reabertura da rede escolar, o que inclui indistintamente as escolas públicas, as escolas privadas e as escolas conveniadas:

– Aguardar a redução para menos de 10 novo casos/dia por 100 mil habitantes (já incluindo a estimativa de assintomáticos). Em 22 de setembro esse porcentual era de 25,1,  com algum nível de testagem que dimensione minimamente os assintomáticos; ou testagem em massa antes da reabertura e semanalmente, depois da reabertura, de toda a rede escolar, realizando pooling de amostras de saliva, com rastreamento de casos e isolamento com suporte; ou  reabertura das escolas quando toda a população escolar estiver vacinada.

Os pesquisadores lembram que o Harvard Global Health Institute cita quatro fases para gerenciamento e ações em resposta à pandemia da covid-19: Fase Verde: < 1 novo caso/dia por 100 mil habitantes; Fase Amarela: 1<10 novos casos/dia por 100 mil habitantes; Fase Laranja: 10<25 novos casos/dia por 100 mil habitantes; e Fase Vermelha: >25 novos casos/dia/100 mil habitantes, mas que o Plano São Paulo, elaborado pelo governo do Estado, utilizou esses mesmos nomes com definições e implicações muito distintas. “Isso cria um conflito de acepções para os mesmos termos, com equívoco de compreensão do público sobre o significado dessas fases e sobre a segurança epidemiológica correspondente no contexto da pandemia da covid-19 no Estado de São Paulo”, alertam.

Nas recomendações, enfatizam que a análise da situação de uma cidade pelo Plano SP pode resultar em uma classificação de Fase Amarela por haver melhora em relação à semana precedente, ainda que estritamente a cidade possa ter indicadores piores, por exemplo, que os da Fase Vermelha da mesma cidade em meses anteriores. “Isso é logicamente inconsistente e grave do ponto de vista epidemiológico.”

Ao avaliar os parâmetros utilizados pelo Plano São Paulo, apontam que os pesos atribuídos geram um modelo preditivo muito ruim do estado da pandemia. “Eles basicamente dimensionam a capacidade de internação e resposta clínica (e mensuração de letalidade) à covid-19, irrespectivamente da gravidade de disseminação do vírus na sociedade.”

Já nas recomendações do grupo, para avaliar a segurança para a reabertura da rede escolar municipal de Ribeirão Preto e sugerir qual são as pré-condições para uma reabertura segura da rede escolar, são considerados os seguinte parâmetros:  Novos casos oficiais/dia/100.000 habitantes;  Novos óbitos/dia; Imunidade populacional; Curvas de ocupação hospitalar; Taxa de transmissão do vírus (Rt); Testes.

REABERTURA DAS ESCOLAS PELO MUNDO

Os pesquisadores ainda exemplificam que a reabertura de escolas em vários países, sem medidas reais de combate à pandemia, fez com que em quase todos tivesse que ser revertida em nível nacional ou regional, com um grande número de pessoas infectadas. “Talvez o único caso bem-sucedido a ser listado é o da Nova Zelândia. Não por acaso, talvez seja o único país em que se aplicou estritamente o protocolo TRIS (Teste, Rastreamento e Isolamento com Suporte).  O exemplo da Nova Zelândia mostra que a reabertura da rede escolar não pode ser vista como um evento separado do combate eficaz à pandemia como um todo através de um plano consistente. A abertura das redes escolares não pode ser feita como algo separado de um plano ou sem um plano geral. Ela é parte e consequência desse plano”, avaliam.

Ainda sobre as recomendações, o grupo cita o artigo Reopening Primary Schools during the Pandemic, publicado no New England Journal of Medicine, que traz a importância do ambiente escolar para o desenvolvimento não apenas acadêmico, mas também físico e socioemocional e se referindo às escolas como atividade essencial. “Não há contestação aqui dessa perspectiva, mas eles consideram condições de transmissão moderada, quando menos de 10 novos casos por dia a cada 100 mil habitantes, em países que efetivamente testam sua população — como o valor máximo aceitável para abrir a rede escolar.

Sobre isso, alertam que o volume de testes para Ribeirão Preto é pífio, de 8,1% da população da cidade no dia 22 de setembro. Já quanto à positividade dos testes o ideal é que esteja em torno de 5%, com a busca de casos assintomáticos, mas em Ribeirão Preto a positividade acumulada é de 44,2%. “E por protocolo, a cidade não faz rastreamento a partir dos que testam positivo e não identifica os positivos assintomáticos e sintomáticos leves na população, que continua circulando livremente. Isso significa que o volume real de vírus circulando na cidade é muito superior ao que é medido através dos testes dos casos sintomáticos mais graves.” Já a média móvel para sete dias em 22 de setembro foi de 178,7 novos casos/dia, o que corresponde a mais de 25,1 novos casos/dia por 100 mil habitantes, apenas com os resultados de sintomáticos testados.

E concluem, “o Plano SP foi construído com critérios que utilizam dados ligados à oferta de leitos para pacientes de UTI e indicadores comparados com os dados da semana anterior—ao invés de utilizar números absolutos que indiquem propriamente o estado da pandemia na cidade. Não há, de fato, avaliação da situação da pandemia para classificar cidades e regiões”.  Portanto, uma cidade em uma fase “melhor” pode estar em um patamar profundamente mais grave do que a cidade que estava uma fase “pior”. Isso leva a medidas administrativas que agravam ainda mais a epidemia.

Os números oficiais mostram que Ribeirão Preto está em um patamar elevado de transmissão comunitária por um número grande se semanas consecutivas, o que explica a mortalidade excepcionalmente alta na cidade. Isso foi demonstrado no porcentual da população que apresenta anticorpos, a pior cidade no Estado de São Paulo, com um valor que é o dobro da média nacional, em um estudo financiado pela Fapesp divulgado em 17 de setembro.  “Esse não é um cenário que permita a simples reabertura da rede escolar, a despeito de quaisquer protocolos de distanciamento no funcionamento das escolas quando abertas. Apenas a testagem é capaz de detectar em tempo crianças e profissionais com transmissibilidade na rede escolar, evitando que haja uma enorme disseminação que afete as crianças, mas também os profissionais e os familiares das crianças, aumentando a taxa de óbitos na cidade.”

O documento é assinado pelos professores Dalton de Souza Amorim, do Departamento de Biologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCLRP), e Domingos Alves, do Departamento de Medicina Social da Faculdade de Medicina (FMRP), ambos da USP em Ribeirão Preto, e ainda pela doutora Adriana Santos Moreno, pesquisadora da área de Alergia e Imunologia Clínica e professora do programa de pós-graduação da FMRP, e foi aprovado pelo Comitê Intersetorial da Secretaria Municipal de Educação.

Fonte: Jornal da USP