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ARTIGO: PAGAMENTOS DIGITAIS PARA A MOBILIDADE URBANA – UM IMPULSO PARA CIDADES MAIS SUSTENTÁVEIS E CONECTADAS

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Veículos como automóveis, caminhões, ônibus e motos são responsáveis por quase três quartos das emissões de CO2 liberados pelo sistema de transport

*Por Aida Esteban
A pandemia de COVID-19 fez grande parte do mundo parar repentinamente no início deste ano. Em muitas cidades, antes movimentadas, o número de carros nas ruas diminuiu e as emissões de CO2 caíram drasticamente. Em junho de 2020, previa-se que as emissões de carbono no mundo cairiam 8% em 2020, atingindo o menor índice desde a última década.

Veículos como automóveis, caminhões, ônibus e motos são responsáveis por quase três quartos das emissões de CO2 liberados pelo sistema de transporte. Eles emitem mais CO2 do que a aviação internacional e o transporte marítimo e são responsáveis ​​pela metade da contaminação do ar urbano. Com a demanda do consumidor por veículos esportivos que consomem mais combustível em alta e sem sinais de queda, as emissões de gases de efeito estufa provenientes do transporte devem dobrar nos próximos 30 anos. Além disso, a meta do Acordo de Paris de reduzir as emissões em 7,6% ao ano entre 2020 e 2030 vai desaparecer.

As cidades estão na vanguarda dessa batalha. Embora ocupem apenas 2% do território do planeta, as cidades consomem mais de dois terços da energia do mundo e produzem mais de 70% das emissões mundiais de CO2. Como mais de 90% das áreas urbanas estão em zonas costeiras, são particularmente vulneráveis ​​aos efeitos das mudanças climáticas. O problema é especialmente grave na América Latina e no Caribe, a região em desenvolvimento mais urbanizada do mundo. Trata-se de uma região onde 8 em cada 10 pessoas vivem em cidades, e seis delas concentram quase 15% da população, as megacidades – com pelo menos 10 milhões de habitantes. A região América Latina e Caribe (LAC) abriga 9% da população mundial, mas gera 12% das emissões de CO2 do mundo. O setor de transportes da região, movido principalmente a diesel e gasolina, é líder no uso de combustíveis fósseis; consequentemente, responde por 15% de todas as emissões de gases de efeito estufa, não apenas CO2. Reduzir o uso de veículos de passageiros e desenvolver a mobilidade multimodal, principalmente o transporte público, a micromobilidade e soluções de mobilidade elétrica, são medidas que podem ajudar a região a aproveitar sua densidade populacional.

Para facilitar essa mudança nos padrões de mobilidade, tenho acompanhado o BID e a Visa, que estão comprometidos a ajudar as cidades a tornar o transporte mais eficiente e sustentável, impulsionando a mobilidade urbana para novas direções, ampliando o leque de pagamentos por aproximação aceitos para proporcionar uma experiência de pagamento segura e interoperável em vários meios de transporte.

Como o uso de transporte público é parte essencial da rotina urbana, este continua sendo um caso de uso importante para apresentar a tecnologia de pagamento por aproximação aos consumidores. A aceleração das interações digitais faz parte do nosso novo normal e mudou drasticamente não apenas nossa maneira de pagar, mas também como vivemos, trabalhamos e viajamos. É provável que a facilidade de uso dos sistemas de pagamento por aproximação incentive os usuários a dar preferência ao transporte público e às opções de micromobilidade e a reduzir o uso do carro. Além disso, cria um caso de uso atraente para os produtos financeiros formais, o que pode ajudar a promover uma maior inclusão financeira e digital.

O BID tem ajudado os governos da região LAC a implementar sistemas de pagamento integrados e interoperáveis​​para seus sistemas de transporte. Em estreita colaboração com as autoridades de transporte, tem apoiado o desenvolvimento de sistemas de pagamento inclusivos, sustentáveis ​​e interoperáveis ​​para o transporte público de países como México, Costa Rica, Panamá, República Dominicana, Equador, Paraguai e outros. Na República Dominicana, as autoridades de transporte público adotaram uma solução de pagamento de circuito aberto nacional e multimodal que está impulsionando os pagamentos de transporte. Um projeto em fase de implementação apoiado pelo BID venceu o prêmio internacional anual da ITS España. Colaborando com a VisaNet Dominicana, a Visa desenhou, desenvolveu e implementou uma solução aberta de pagamento de passagens para o projeto de ônibus de Santo Domingo, cuja base foi o modelo global e interoperável de Transações de Mobilidade e Transporte Público, tornando-se uma parceira-chave para o projeto.

Hoje, muitos organismos entendem que as experiências de pagamento por aproximação trazidas por essa tecnologia são essenciais para a recuperação pós-pandemia. Apesar das restrições relacionadas à pandemia de COVID-19 e os diferentes níveis de reabertura em vigor na região, tenho visto aqui pela Visa uma aceleração em seus mais de 500 projetos de mobilidade urbana ativos no mundo – projetos foram acelerados em apenas seis meses.

Embora a incerteza ainda prevaleça, uma coisa não mudou: as agências governamentais nacionais e municipais, juntamente com provedores de mobilidade do setor privado, devem continuar se adaptando, inovando e criando sistemas de transporte mais conectados e sustentáveis. E acho que vale reforçar, estamos empenhados em ajudar governos e agências de transporte a acelerar essa transformação, a impulsionar a sustentabilidade e o crescimento econômico e a melhorar a qualidade de vida de residentes e turistas.

*Aida Esteban é líder de Mobilidade Urbana da Visa na América Latina e no Caribe e Alana Fook, consultora de Transporte do BID

AIRBUS REVELA HELICÓPTERO FLIGHTLAB PARA TESTAR TECNOLOGIAS DO FUTURO

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Os testes de voo começaram em abril do ano passado, quando o demonstrador foi usado para medir os níveis de ruído de helicópteros em áreas urbanas e para estudar particularmente como os edifícios podem afetar a percepção das pessoas

A Airbus Helicopters iniciou os testes de voo a bordo de seu Flightlab, um laboratório de voo independente de plataforma, dedicado exclusivamente ao desenvolvimento de novas tecnologias. O Flightlab da Airbus Helicopters fornece uma base de teste ágil e eficiente para testar rapidamente tecnologias que poderiam equipar a gama atual de helicópteros da Airbus, ou até tecnologias mais disruptivas para futuras aeronaves de asa fixa ou plataformas (e)VTOL.

A Airbus Helicopters pretende promover o teste de tecnologias de propulsão híbrida e elétrica com seu demonstrador Flightlab, bem como explorar a autonomia e outras tecnologias destinadas a reduzir os níveis de ruído de helicópteros ou melhorar a manutenção e segurança de voo.

“Investir no futuro continua sendo essencial, mesmo em tempos de crise, especialmente quando essas inovações agregam valor aos nossos clientes, visando maior segurança, redução da carga de trabalho do piloto e redução dos níveis de ruído”, afirma Bruno Even, CEO da Airbus Helicopters. “Ter uma plataforma dedicada a testar essas novas tecnologias é um passo mais perto do futuro dos voos e é um reflexo claro de nossas prioridades na Airbus Helicopters”, acrescentou.

Os testes de voo começaram em abril do ano passado, quando o demonstrador foi usado para medir os níveis de ruído de helicópteros em áreas urbanas e para estudar particularmente como os edifícios podem afetar a percepção das pessoas. Os primeiros resultados mostram que os edifícios desempenham um papel importante no mascaramento ou amplificação dos níveis de ruído e esses estudos serão instrumentais quando chegar a hora de modelagem de ruído sonoro e definição de regulamentação, especialmente para iniciativas de Mobilidade Aérea Urbana (UAM). Os testes foram realizados em dezembro para avaliar o Rotor Strike Alerting System (RSAS), que visa alertar as tripulações sobre o risco iminente de colisão com os rotores principal e de cauda.

Os testes este ano incluirão uma solução de detecção de imagem com câmeras para permitir a navegação em baixa altitude, a viabilidade de um Sistema de Monitoramento de Uso e Saúde (HUMS) dedicado para helicópteros leves e um Sistema de Back-up do Motor, que fornecerá energia elétrica de emergência em caso de falha da turbina. Os testes no Flightlab continuarão em 2022, a fim de avaliar um novo design ergonômico de controles intuitivos de voo do piloto com o objetivo de reduzir ainda mais a carga de trabalho do piloto, que pode ser aplicável a helicópteros tradicionais, bem como outros tipos de VTOL desenvolvidos para Mobilidade Aérea Urbana.

O Flightlab é uma iniciativa de toda a Airbus, que reflete a abordagem da empresa à inovação com foco na entrega de valor aos clientes. A Airbus já tem vários Flightlabs bem conhecidos, como o A340 MSN1, usado para avaliar a viabilidade da introdução da tecnologia de asa de fluxo laminar em um grande avião comercial, e o A350 Airspace Explorer usado para avaliar tecnologias de cabine conectada a bordo.

Com informações da Assessoria de Imprensa Airbus

IDENTIDADE AUTOSSOBERANA É ALTERNATIVA PARA IDENTIFICAR PESSOAS VACINADAS CONTRA A COVID-19

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Um dos meios digitais eficazes para o êxito nesse controle é a identidade autossoberana, composta por informação das redes e relações que cada indivíduo constrói ao longo da vida, na interação com órgãos públicos, outras pessoas, escolas, trabalho, bancos, serviços e sistemas

Além do grande desafio da imunização contra a Covid-19, já iniciada em mais de 50 países, existe a necessidade estratégica em termos de saúde pública e logística de manter o controle sobre quem já foi vacinado, com qual tipo de produto, administração da primeira e da segunda dose. Tal procedimento é proporcionalmente complexo em relação aos índices demográficos do Brasil, com seus mais de 210 milhões de habitantes.

Um dos meios digitais eficazes para o êxito nesse controle é a identidade autossoberana, composta por informação das redes e relações que cada indivíduo constrói ao longo da vida, na interação com órgãos públicos, outras pessoas, escolas, trabalho, bancos, serviços e sistemas. Simplificando, ela abriga mais do que o número do CPF ou RG, podendo armazenar a formação acadêmica, profissão e, até mesmo, a informação vacinal de cada indivíduo.

“No que se refere à privacidade e veracidade das informações, a identidade autossoberana é uma das opções mais seguras, pois ela é uma plataforma descentralizada e dá ao usuário o controle das suas credenciais. Este sistema permite que o titular escolha quais informações quer compartilhar no acesso a um site ou um local, como um guichê de embarque, por exemplo”, explica Bruno Ribeiro, gerente de Inovação da Certisign, empresa especialista em identidade e segurança digital.

Segundo Ribeiro, trata-se de uma possibilidade de fácil adesão por parte dos brasileiros, pois é uma tecnologia fácil de usar, a qual é necessário apenas que o titular da identidade tenha um smartphone. “Para ilustrar: uma companhia aérea precisa ter a certeza de que as pessoas que embarcarão em um voo estarão todas imunizadas contra o Covid-19. Então, ela adota a plataforma de identidade soberana em seu sistema. O usuário, titular da identidade, no dia do voo, comparece ao guichê de embarque e scaneia com seu smartphone um QR Code no sistema da companhia aérea, por exemplo, que confirmará, ou não, se sua vacinação está em dia. Para tal, ele deverá autorizar quais credenciais irá apresentar ao sistema (no caso, as vacinas que tomou). Quaisquer outras credenciais existentes em sua carteira virtual não são acessíveis pelo sistema da companhia aérea”.

TITULAR NO CONTROLE

Um dos benefícios da identidade soberana é permitir que os dados pertençam aos próprios indivíduos, e não a terceiros. De acordo com Ribeiro, isso também minimiza os riscos de vazamento de dados e violação de privacidade dos clientes das empresas, pois quanto mais dados elas retêm, maior é o risco que correm.

BLOCKCHAIN E EMISSÃO DA IDENTIDADE

Uma das formas de se implementar a rede descentralizada de identidade autossoberana é por meio de um blockchain. Funcionaria da seguinte forma:

• O titular utiliza uma carteira virtual em seu smartphone para criar a identidade, que pode ser emitida por meio de um blockchain público ou privado.

• Daí, para obter a credencial de vacinação, por exemplo, o usuário acessaria o órgão competente e se autenticaria nele por meio de uma senha, validação biométrica, entre outras opções. Ao identificá-lo, a instituição emite uma credencial de vacinação para a sua identidade autossoberana, registrando a operação no blockchain. A credencial é então armazenada na carteira do usuário.

• Chegando ao embarque no aeroporto, ele apresenta a credencial de vacinação ao sistema da companhia aérea, que faz a verificação no blockchain.

“Por meio das credenciais verificadas, emitidas e registradas por universidades, órgãos públicos, hospitais, etc, no blockchain o titular vai formando sua identidade autossoberana. E, quando ele precisa se identificar em algum local, seja ele físico ou virtual, tem a liberdade de expor somente o dado pertinente àquela situação. É importante dizer que este processo de verificação, emissão e registro no blockchain é transparente ao titular da identidade. Para ele, em resumo, a ação para ter a identidade autossoberana seria apenas requisitá-la, instalar a carteira virtual em seu smartphone, obter as credenciais desejadas e ir utilizando-as no decorrer de sua vida “.

Com informações da Assessoria de Imprensa da Certisign

ONS LANÇA RECURSO NO APLICATIVO QUE PERMITE ACOMPANHAR A PROGRAMAÇÃO DIÁRIA DA OPERAÇÃO

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Nova funcionalidade do ONS+ agiliza o processo e facilita o acesso à informação

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) começou 2021 disponibilizando mais um serviço no aplicativo ONS+, lançado em agosto de 2020, e que gradualmente vem ganhando melhorias. A nova funcionalidade permite que os usuários visualizem todas as fases (as atividades já concluídas e as pendências) da Programação Diária. A evolução da ferramenta é mais um passo do Operador para se aproximar do setor elétrico e se modernizar, permitindo consultas de informações na palma da mão.

O recurso permite ainda que os agentes confiram as informações estatísticas do que já foi enviado e acompanhem o andamento do estágio pós-Dessem. Segundo Maria Cândida Abib, gerente de Programação Diária do ONS, a ferramenta será ainda uma aliada em casos de auditorias. “Além de trazer maior transparência e mobilidade a todos que atuam na Programação Diária da Operação, em especial aos agentes”, ressalta.

Para 2021 ainda estão programadas outras evoluções no ONS+. O próximo recurso a ser lançado deverá viabilizar a comunicação entre o Operador e os agentes. Com isso, será possível trocar mensagens entre ambas as partes pelo próprio app, dando mais agilidade à rotina dos profissionais do setor.

– Temos como desafio acrescentar novos serviços no aplicativo que possibilitem uma interação maior dos agentes com o ONS nas trocas de informações que, atualmente, usam outros sistemas -, comenta Eduardo Bruno, analista de sistemas do ONS. Outro update no radar do time de tecnologia é a inserção da função de envio de ofertas e comentários por meio da ferramenta.

Lançado em comemoração aos 22 anos do Operador, o ONS+ reúne em um só lugar informações do site institucional e do portal de relacionamento com agentes, o SINtegre. Na área “aberta”, é possível acompanhar os dados que o Operador disponibiliza, como a carga de energia, o balanço de energia entre as regiões, a geração por fonte e o nível dos reservatórios de forma simples e intuitiva.

Para obter o app, atualize o ONS + e solicite acesso via SINtegre em: Meu perfil > Meus Sistemas > Programação da Operação > Programação Diária da Operação

Assista ao vídeo e saiba mais: https://youtu.be/LB8ZrA0twT8

Com informações da Assessoria de Imprensa ONS 

PLATAFORMA BOLT DE MOBILIDADE PLANEJA ENTRAR NO MERCADO BRASILEIRO COM PROGRAMA DE FRANQUIA

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Plataforma líder em transporte sob demanda na Europa e na África, lança programa de franquia que projeta a oferta de seus serviços no Brasil 

Com mais de 50 milhões de usuários em mais de 40 países e 200 cidades na Europa e África, a Bolt possui serviços como “carona remunerada”, micromobilidade com patinetes e bicicletas elétricas, além de serviços de delivery (comida e outras encomendas). O novo programa de franquia da empresa tem como objetivo disponibilizar serviços acessíveis, convenientes e responsáveis para mais consumidores em todo o mundo. A Bolt é a primeira plataforma global de mobilidade a lançar um programa de franquia internacional para transporte sob demanda e entrega de comida.

“Em 2020, praticamente dobramos o nosso número de clientes, crescendo para 50 milhões de usuários em 40 países e 200 cidades”, afirma Nikita Utkins, gerente de expansão da Bolt. “O programa Bolt Franchise possibilita que empreendedores locais se estabeleçam tendo por base a tecnologia líder de mercado e a experiência da Bolt. Estamos entusiasmados com a oportunidade de oferecer aos brasileiros estes serviços práticos e acessíveis de transporte”.

A Bolt irá firmar parcerias baseadas em compartilhamento de receitas com os franqueados que forem aprovados para executar os serviços de mobilidade. Os empresários que ingressarem na rede de franquia Bolt ficarão encarregados das operações locais, como marketing, suporte ao cliente e integração de motoristas e entregadores. As empresas podem optar por fazer parceria com a Bolt para lançar um ou mais serviços, de acordo com sua necessidade, disponibilidade e interesse.

O programa de franquia é baseado na experiência da Bolt de colaboração de longo prazo com organizações parceiras que gerenciam suas operações locais em mercados selecionados.

“Apesar da crescente popularidade dos serviços sob demanda nos últimos anos, ainda há um enorme potencial de inovação no setor. Isso foi comprovado pela nossa experiência nas parcerias de sucesso em países como México, Rússia e Arábia Saudita. Queremos possibilitar que grandes empreendedores locais tenham acesso à nossa tecnologia de ponta e levem melhores serviços a milhões de pessoas”, completa Nikita Utkins.

O programa Bolt Franchise já está disponível para inscrições em todo o mundo, no endereço bolt.eu/franchise.

Com informações da Assessoria de Imprensa Bolt

AMAZON ANUNCIA OS 10 FINALISTAS DO PRÊMIO ALEXA DE ACESSIBILIDADE

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Quase 100 skills que beneficiam pessoas com deficiência foram inscritas, 10 finalistas foram escolhidas e três serão selecionadas como vencedoras. Amazon doará R﹩100 mil para instituições selecionadas pelos três ganhadores 

No ano passado, desenvolvedores foram convidados pela Amazon a enviar skills de Alexa que pudessem beneficiar a vida de pessoas com deficiência para concorrer ao Prêmio Alexa de Acessibilidade. Hoje, a Amazon, AACD (Associação de Assistência à Criança com Deficiência), Fundação Dorina Nowill para Cegos e Instituto Jô Clemente anunciam as 10 skills finalistas do prêmio.

“Estamos muito felizes em anunciar as finalistas, das quase 100 skills inscritas no Prêmio Alexa de Acessibilidade. Agradecemos aos desenvolvedores que submeteram skills, que também receberão um Echo Dot”, diz Thais Cunha, Gerente de Marketing da Alexa no Brasil. “Estamos animados com o potencial benefício dessas skills a pessoas com deficiência e também com a rodada de apresentações, na qual elas serão avaliadas pela Amazon, AACD, Fundação Dorina Nowill para Cegos, Instituto Jô Clemente e por pessoas com deficiência, atendidas por essas instituições”.

O objetivo do Prêmio Alexa de Acessibilidade é dar visibilidade e apoiar pessoas com deficiência por meio do uso da tecnologia. Os vencedores serão anunciados em fevereiro e serão premiados da seguinte forma:

• O primeiro lugar ganhará R﹩10 mil, um Echo Studio e escolherá uma ONG entre as pré-selecionadas para receber uma doação de R﹩50 mil;

• O segundo lugar ganhará R﹩5 mil, um Echo Show 8 e também escolherá uma ONG para receber uma doação de R﹩35 mil;

• O terceiro lugar ganhará um Echo Show 8, um Echo, um kit de casa inteligente da Positivo, e escolherá uma ONG que receberá uma doação de R﹩15 mil.

As 10 skills finalistas foram avaliadas por critérios que incluíram usabilidade, qualidade do desenvolvimento, design, experiência do usuário e impacto na vida de pessoas com deficiência.

AS FINALISTAS SÃO:

A skill tem como objetivo ajudar pessoas cegas ou com baixa visão a ter previsão da chegada dos ônibus, a localização e o endereço do ponto, se o veículo que está chegando é acessível, se o ônibus esperado passa no ponto onde o usuário se encontra e o destino final de cada ônibus.

A skill foi criada para dar a pessoas com restrições visuais acesso fácil para apreciar pinturas. Ela tem um extenso catálogo de audiodescrição de obras de arte que se encontram em museus, além de outras obras criadas pelo time de desenvolvimento da skill.

“Jogo do Braille” por Diego Negrelli

A skill é um jogo interativo que ajuda pessoas cegas a memorizarem as letras e os números em braile. Além disso, todos os interessades em aprender a linguagem podem perguntar como as letras e os números são escritos, como funciona o braile, sua origem e quem foi Louis Braille e Dorina Nowill.

“Meu Mapa” por Michel Fernandes

A skill conta com recursos precisos de geolocalização. Quando um usuário pergunta à Alexa sua localização, ela responderá com o nome da rua e o número. Seu objetivo é auxiliar pessoas cegas ou com baixa visão a se situarem com base no GPS e a pesquisarem locais específicos nas proximidades, como supermercados e farmácias. A skill também fornece instruções de navegação usando Alexa.

“Mais Acessibilidade” por Grupo Fleury

A skill é um jogo de verdadeiro ou falso que compartilha conhecimento com informações sobre acessibilidade, com o objetivo de educar e entreter qualquer pessoa que queira aprender mais sobre o tema.

A skill é um treinamento focado em reabilitação cognitiva. Assim como em um jogo de memória tradicional com cartas, essa skill usa sons e encoraja os usuários a encontrar os pares que se combinam. Tem como objetivo ajudar pessoas com diferentes tipos de desordem das funções cognitivas como demência, doenças degenerativas e deficiências intelectuais. Também pode ser usada por pessoas cegas ou com baixa visão.

“Guia de Tarefas” por Caroline de Souza Evangelista

A skill visa a auxiliar pessoas com deficiência intelectual a realizarem tarefas que exigem várias etapas e que podem ser confusas ou estressantes. O objetivo é incentivar e dar mais independência aos usuários nas tarefas do dia-a-dia. Eles podem criar diferentes tarefas, com inúmeros passos até sua conclusão, estimulando a autonomia.

A skill permite às pessoas viajarem virtualmente. Por meio de audiodescrições de diferentes lugares, a skill permite às pessoas cegas aprender sobre lugares e ambientes com detalhes. A skill também usa efeitos sonoros para maior imersão.

A skill visa auxiliar pessoas com deficiência intelectual, sugerindo locais onde os objetos podem ser guardados e lembrá-las de onde eles estão.

“Vagas PCD” por Universo Aleatório

A skill conta com informações úteis e complementares a respeito de oportunidades de trabalho no mercado brasileiro para pessoas com deficiência, enviando para os usuários links de possíveis vagas.

Com informações da Assessoria de Imprensa Amazon 

NOVO MARCO LEGAL DE SANEAMENTO

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Entenda como o Governo Federal está desenvolvendo novas medidas para a universalização do acesso ao saneamento básico

De acordo com a Organização das Nações Unidas, 14% da população sofrerá com a escassez de água até 2025: nunca foi tão necessário pensar em soluções inteligentes e inovadoras para cuidar dos recursos hídricos do planeta, ao mesmo tempo que o fornecimento da rede de água e esgoto chegue para mais pessoas como maneira de reduzir a barreira da desigualdade.

Apesar do acesso ao saneamento básico ser um direito endossado pela lei brasileira, atualmente, 35 milhões de pessoas não possuem acesso à água tratada no Brasil e outros 100 milhões não têm acesso a serviços de coleta de esgoto no país. De acordo com dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a universalização de serviços de água e esgoto reduziram os custos anuais com saúde em até R$ 1,45 bilhão, sendo que a cada R$1 investido em saneamento, existe a economia de R$4 com a prevenção de doenças causadas pela falta do serviço.

Em Julho de 2020 o presidente da República, Jair Bolsonaro, sancionou o novo Marco Legal do Saneamento Básico. O objetivo da legislação é universalizar e qualificar a prestação de serviços no setor, sendo que o principal intuito do Governo Federal é alcançar a universalização até 2033, garantindo o acesso à água potável a 99% da população.

A nova lei extingue os chamados contratos de programa e abre espaço para que contratos de concessão sejam feitos a partir da abertura obrigatória para processos de licitação, concorrendo portanto com prestadores de serviços públicos e privados. Os contratos de programa que já estão em vigor serão mantidos apenas se possuírem metas para a universalização e possuem o prazo até 31 de março para viabilizarem a inclusão de novas metas. 

Outra mudança importante prevista no novo marco é referente ao atendimento a pequenos municípios com poucos recursos. A nova lei determina que os estados componham blocos, sendo que os municípios presentes no mesmo bloco não precisarão necessariamente ser vizinhos: isso faz com que as empresas que solicitem a licitação atendam essas regiões, assim como regiões com mais recursos. 

Cinco meses após a sanção do novo Marco Legal do Saneamento, foi aprovado um decreto para regulamentar os repasses a governos locais para apoiar licitações. De acordo com o decreto, os governos locais deverão cumprir critérios para receber os repasses da União, assim como ajuda técnica. Além disso, devem obedecer às normas da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico e devem se comprometer com a regionalização do serviço de saneamento. 

Dentro desse cenário, é cada vez mais importante que o conceito de smart cities aplicado no Brasil esteja atrelado não apenas à tecnologia e inovação, como também na resolução eficiente, inteligente e integrada de problemas como a falta de acesso ao saneamento básico. O contexto social é essencial para o desenvolvimento do planejamento urbano, levando em consideração que cidades inteligentes atuam, principalmente, para o bem-estar de seus cidadãos.

 

CALL FOR PAPERS: CSCM 21 RECEBE PROPOSTAS DE PALESTRAS ATÉ 19 DE FEVEREIRO

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Podem participar do processo: pesquisadores, estudiosos, empreendedores e organizações que possuam projetos e estudos dedicados aos segmentos de inovações e soluções para as cidades

A edição 2021 do Connected Smart Cities & Mobility será realizada entre os dias 01 e 03 de setembro e traz ainda mais inovação em relação às edições anteriores, como o formato híbrido, com ações presenciais: fórum, exposição de empresas que fornecem tecnologias para as cidades, rodadas de conexões e negócios.  As atividades do evento serão realizadas no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo/SP, bem como a transmissão no formato digital, permitindo a participação de palestrantes de todo o Brasil.

E até o dia 19 de fevereiro de 2021 a organização da plataforma recebe propostas de palestras que irão compor a 7ª edição do evento nacional. O objetivo da ação é destacar, fomentar e apresentar os cases mais inovadores para o mercado de cidades inteligentes e mobilidade, tendo como foco tornar os municípios brasileiros  mais inteligentes, humanos, sustentáveis e conectados.  

Podem participar do processo de Call for Papers CSCM21: pesquisadores, estudiosos, empreendedores e organizações que possuam projetos e estudos inovadores.

Para participar, basta acessar o link: https://evento.connectedsmartcities.com.br/call-for-papers/  e inscrever a iniciativa.

A CEO da Necta e idealizadora do Connected Smart Citoes & Mobility, Paula Faria, enfatiza que a expectativa é receber um número ainda maior de propostas de palestras na comparação com 2020, que foi recorde.

“O objetivo do Call for Papers é reunir o maior número de trabalhos inovadores e que contribuam de forma fundamental para o desenvolvimento do mercado de cidades inteligentes no Brasil. Em 2019, recebemos o dobro de trabalhos de 2018 e atingimos mais de 100 cases inscritos. Já em 2020 o número foi ainda maior, com mais de 170 propostas enviadas por profissionais de todo o país. Para a edição 2021, esperamos ampliar ainda mais esse alcance, considerando o sucesso e a participação exponencial de prefeituras, especialistas, empresas e entidades dos diversos segmentos no formato híbrido”, cita.

O Connected Smart Cities aborda os temas: Urbanismo Sustentável nas Cidades (inclui os Eixos Temáticos: Urbanismo, Meio Ambiente, Energia); Cidade Conectadas (inclui os Eixos Temáticos: Tecnologia e Segurança); Cidades Participativas (inclui o Eixo Temático: Governança); Cidades Prósperas (inclui o Eixo Temático: Economia); Cidades Resilientes (inclui os Eixos Temáticos: Educação e Saúde); e Cidades Empreendedoras (inclui o Eixo Temático: Empreendedorismo).

CRONOGRAMA CALL FOR PAPERS CONNECTED SMART CITIES & MOBILITY 2021

Seleção e Prazos

Envio de proposta de palestras: até dia 19/02/2021

Confirmação das palestras aceitas: 22/03/2021

Divulgação da programação e conteúdo: 03/05/2021

Deseja aplicar sua iniciativa? CLIQUE AQUI E SAIBA COMO PARTICIPAR!

 

COVID-19: GOVERNADOR DO PI SANCIONA LEI QUE INCLUI PESSOAS COM DEFICIÊNCIA COMO PRIORITÁRIAS NA VACINAÇÃO

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Com a medisa, a vacinação dará prioridade aos mais vulneráveis, como as pessoas com deficiência intelectual, síndrome de Down e autistas

O governador Wellington Dias sancionou a lei 7.486, de autoria do deputado estadual Franzé Silva, que estabelece a prioridade de pessoas com deficiência para vacinação contra a Covid-19 no âmbito do Estado do Piauí.

Segundo o secretário de Estado para Inclusão da Pessoa com Deficiência, Mauro Eduardo, haverá uma reunião nesta sexta-feira (22) com o secretário de Estado da Saúde, Florentino Neto, para saber quando chegarão e quantas doses da vacina serão destinadas para este grupo a fim de que a Seid possa elaborar um cronograma de vacinação das pessoas com deficiência.

Mauro Eduardo acrescentou que a lei de autoria do deputado Franzé Silva representa um avanço muito grande para o Piauí e que o governador Wellington Dias, mais uma vez, se mostrou sensível para com as pessoas com deficiência. “Após essa reunião com a Secretaria de Saúde, poderemos dar mais informações de quando vamos iniciar a vacinação dessas pessoas e daremos prioridade aos mais vulneráveis, como as pessoas com deficiência intelectual, síndrome de Down, autistas”, comenta o gestor, enfatizando que o Piauí dá o pontapé ao sancionar uma lei especial para contemplar pessoas com deficiência.

Com informações do Governo do Estado do Piauí

ARTIGO: A ANATOMIA DE UM ATAQUE CIBERNÉTICO

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Desde a declaração de pandemia em 11 de março deste ano, diversos setores da economia foram alvos de extorsões, roubos de informação e paralização de serviços por ataques de quadrilhas organizadas do crime cibernético

*Por André Fleury

Era uma quinta-feira, dez e meia da noite, e estávamos na segunda semana de trabalho incansável recuperando os servidores e as informações de uma grande companhia brasileira que tinha sofrido um ataque cibernético e estava sem operar havia sete dias consecutivos. Ao telefone com o presidente da empresa, expliquei porque todo o investimento em segurança tinha sido em vão. Detalhei o método utilizado pelo atacante e discorri sobre os erros cometidos, sobre as decisões erradas, e finalmente sugeri as soluções que precisavam ser implantandas imediatamente para voltarem à operação. Ele me confessou com uma voz cansada e de quem estava sem dormir por mais de 30 horas: “eu nunca mais quero passar por isso em toda a minha vida”.

Essa frase me persegue desde então. Percebi, naquela conversa e em outras mais que tive com executivos daquela e de outras empresas em situações semelhantes, como eles não faziam idéia do risco que sempre correram. Estamos preparados para um mundo sob ameaça constante de criminosos digitais? Não, não estamos.

Desde a declaração de pandemia em 11 de março deste ano, diversos setores da economia foram alvos de extorsões, roubos de informação e paralização de serviços por ataques de quadrilhas organizadas do crime cibernético. O setor de energia sofreu paralizações. O setor de saúde também, incluindo roubo de dados. O setor financeiro viu crescer fraudes digitais, assim como o de telecomunicações. E os ataques, antes restritos a roubos de informações e a paralização de serviços ao tirar do ar servidores ou conexões com a internet, agora chegam às plantas de usinas, distribuidoras de energia e montadoras de automóveis com o potencial, inclusive, de risco à vida humana.

Há vários tipos de criminosos, dos mais sofisticados, que desenvolvem suas próprias ferramentas, até os mais amadores, que buscam soluções automatizadas para fazer ataques simples. Com maior ou menor grau de sofisticação, eles vão seguir estes passos básicos já conhecidos pela comunidade internacional de segurança cibernética:

• Reconhecimento: As portas de entrada mais comuns são servidores mal configurados na internet, o que facilita a entrada de alguém com algum conhecimento em sistemas operacionais, ou um e-mail contendo um código malicioso que o destinatário abre inadvertidamente, o phishing. Para que essas técnicas funcionem bem é preciso conhecer a rede IP e fazer testes para avaliar qual a tecnologia empregada, sistema operacional e suas versões, firewalls e outras soluções de segurança funcionando na empresa alvo.

Para o phishing funcionar basta que alguém abra o arquivo malicioso ou clique no link errado. Para aumentar as probabilidades, o atacante estuda as vítimas. Usam as redes sociais para conhecer os líderes da empresa, como se expõe no LinkedIn, Facebook e Twitter, e, assim, escolhem o alvo perfeito. Usam informações públicas para se fazerem passar por um alto diretor ou uma grande executiva da empresa em um ataque, que é quando se utiliza de informações falsas para enganar alguém e obter acessos indevidos. O principal erro é fazer a migração para a nuvem sem se preocupar com segurança. Um scan nas redes da empresa já dá para achar servidores vulneráveis, sem a proteção mínima de um firewall e sem a configuração mínima de segurança. No ano passado, oito de cada 10 incidentes que a minha equipe atuou tinha como causa raiz um servidor mal configurado com acesso irrestrito na internet. Isso não é falha de segurança, é falta de preocupação com segurança.

Outro erro comum é a super exposição nas redes sociais. É fácil descobrir quem são os/as grandes executivos/as, ter informação sobre suas famílias, hábitos, viagens, endereços e quem são os amigos e amigas. Há toneladas de dados vazados, desde sites de romance até hotéis e agências de viagem. Em uma busca numa dessas bases já é possível saber que o alvo do criminoso teve seu e-mail vazado no último ataque a um site de relacionamentos, por exemplo. Estas informações em um e-mail crível faz o alvo clicar no link ou baixar o arquivo.

• É hora de se armar: Este é o momento em que são criadas as armadilhas e o criminoso decide quais armas usar no ataque. Talvez uma página falsa para coletar usuário e senha. Talvez um phishing direcionado como se tivesse partido do diretor de operações da empresa falando sobre as últimas medidas que a empresa está realizando para o retorno pós-Covid. Nesta fase eles vão também preparar e configurar as ferramentas para o ataque, criar domínios e organizar o cronograma do ataque. Por melhor que seja o grupo criminoso, eles deixam rastros e causam ruído. Um bom time de inteligência cibernética pode detectar domínios sendo criado ou mesmo discussões nos fóruns da darkweb indicando um ataque.

• O ataque (delivery): O ataque começa quando o e-mail para phishing é disparado ou quando o servidor exposto é dominado. Se o criminoso domina um servidor exposto, o ataque progride de fase. Quando é um malware anexado em um e-mail é preciso esperar o usuário desatento baixá-lo e esperar o momento programado para o malware avisar que está tudo pronto.

• Exploração: Aqui começa a navegação dentro da infraestrutura da organização-alvo. Dependendo de qual foi a porta de entrada, agora o criminoso está dentro e vai se tornar um administrador por exemplo. Roubar arquivos de senha, desabilitar regras de firewall. O atacante quer ter certeza de que consegue ficar indetectável pelo tempo de que precisa para cumprir seu objetivo.

É fácil adivinhar a sua senha? Uma sequência numérica de 4 dígitos pode ser quebrada em menos de um segundo por softwares atuais. Que tal uma palavra comum, digamos Botafogo… Em sete minutos um laptop comum a quebra. O simples fato de usar oito digitos e misturar letras, números e caracteres já eleva para um mês. As minhas senhas, com 20 caracteres entre todos os possíveis no teclado, os melhores algoritmos levariam 10 mil séculos para quebrar (até a computação quântica chegar de vez, pelo menos). Muitas vezes o criminoso é pago por outro para realizar o ataque com o objetivo de roubar informações confidenciais, plantar informações ou sabotar projetos. O objetivo pode ser roubo de dados pessoais para futura extorsão ou ainda simplesmente dar uma mensagem política. Qualquer que seja o objetivo é nesta fase que o criminoso se prepara para atingir com o menor esforço e maior segurança (por mais contraditório que pareça).

• Porta dos fundos (backdoor): O grupo criminoso quer garantir que irá continuar com acesso, mesmo que eventualmente o atual seja descoberto ou apagado por engano, por exemplo, se por qualquer motivo for trocado o endereço da máquina ou mesmo desligada. Então várias backdoors são criadas para garantir a volta do bandido sempre que for desejada.

• Comando e Controle: Quando já dominaram a rede e criaram usuários administradores e, agora, têm poder total sobre a organização, eles podem fazer o que quiserem, inclusive desligar tudo, criptografar todas as máquinas e roubar todas as informações. As consequências vocês podem imaginar. Pense nos sistemas que poderiam ser comprometidos e os criminosos terão acesso. O que eles podem fazer como administradores desses sistemas? Eles poderiam transferir dinheiro? Parar uma máquina? Sobrecarregar uma perfuradora? Desviar a rota de um avião? Enviar e-mail para um cliente em nome do CEO? Apagar todos estes rastros depois? A resposta a estas perguntas vai depender de quanto estes sistemas, suas arquiteturas e a arquitetura de rede da empresa foi pensada com a possibilidade de, um dia, um criminoso estar ali com acesso de administrador.

• Ação: Os criminosos, enfim, atingem seus objetivos, seja roubando informações pessoais ou confidenciais, seja destruindo documentos ou dados, ou ainda sabotando empresas e atacando sistemas industriais. Se você foi vítima recente de um ataque de ransomware, como várias organizações foram recentemente no Brasil, até aqui você ainda não sabe o que já aconteceu. O grupo criminoso que escolheu a sua empresa como alvo já realizou o trabalho, provavelmente, já foi pago por isso.

• Hora de apagar os rastros: Ao longo do processo, os criminosos apagam seus rastros. Mascaram o endereçamento IP onde estão e deletam registros sistêmicos que possam ter gravado alguma movimentação. Muitas vezes vão embora sem deixar vestígios. Mas há outros que preferem fazer barulho ao sair, às vezes como parte do objetivo do grupo. “Acordam” um tipo de software malicioso chamado ransonware que recebeu esse nome em função do radical “ranson”, resgate em inglês. O programa criptografa máquinas infectadas tirando a condição dos administradores da rede reagirem.

Retomo o que comentei no início do texto: foram sete dias em um ambiente com todas as máquinas criptografadas, trazendo de volta à vida a empresa daquele CEO. Fomos acionados na madrugada em que o ransomware fora disparado. Descobrimos depois, com as nossas investigações, que a fase de delivery, tinha sido realizada seis meses antes, e que a fase inicial de investigação, há mais de oito meses. Se conseguíssemos obter estes dados investigando, teria sido possível que fossem descobertos quando os eventos aconteceram e as reações teriam efeitos mais satisfatórios evitando um desastre maior.

Altos investimentos em segurança não substituem pessoas treinadas nem processos bem definidos e seguidos à risca diariamente. Não há solução mágica para proteger uma empresa. A melhor comparação que costumo fazer é com a higiene pessoal: é diário, constante. Todos os dias novas brechas de segurança são identificadas nos sistemas operacionais, aplicativos de mensagem ou bancos de dados. Os fabricantes dessas ferramentas trabalham incansavelmente para corrigir e publicar novas versões que corrigem falhas. Muitos dos ataques que aconteceram nos últimos 30 dias no Brasil exploraram falhas de segurança conhecidas há mais de 12 meses. Por que não foram corrigidas? Provavelmente porque não exista um processo para isso, com a devida importância e prioridade.

Proponho uma reflexão sobre um episódio que está dando o que falar no mundo da segurança cibernética lá fora: a demissão de Chris Krebs, diretor da Cybersecurity and Infrastrucuture Security Agency (CISA). Ele era considerado o CISO (Chief Information Security Officer) dos EUA e principal conselheiro da Casa Branca quando o tema é segurança cibernética. Enquanto todos lamentam a campanha do atual presidente para desacreditar suas eleições, eu me pergunto como se valoriza a figura do CISO por aqui. Muitas vezes “escondido” sob um gerente de infraestrutura de TI, ou abaixo de um diretor de segurança física, raramente o CISO tem a voz estratégica que deveria ter e só é lembrado na hora de um grande ataque, como os recentemente divulgados.

Estamos em plena revolução digital, cada vez mais ampliando a exposição à internet. Tecnologias como IoT, Inteligência Artificial, computação em nuvem, blockchain, analytics e automação são fundamentais para os negócios das empresas e para o governo e não há outro caminho a não ser tirar o maior proveito destas tecnologias para os negócios. Com isso, todo CEO, todo líder, deve combinar o avanço tecnológico com a inovação da sua organização e precisa do CISO ao seu lado na mesa de decisões apontando quais avanços trazem novas ameças digitais e como minimizá-las e empoderando o responsável pela segurança para fazer o que deve ser feito e quebrar esta escalada de ataques cibernéticos que estamos assistindo.

*André Fleury é diretor executivo da Accenture para Cibersegurança na América Latina