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DIA INTERNACIONAL DA SÍNDROME DE DOWN: COMO DESENHAR AS POLÍTICAS PÚBLICAS PARA TORNAR AS CIDADES INCLUSIVAS?

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Pensar as políticas para as cidades como forma de promoção do acesso a oportunidades, principalmente aos grupos mais vulneráveis, como as pessoas com síndrome de Down, deve ser o caminho na busca pela inclusão e redução das desigualdades

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em todo o mundo, a população com algum tipo de deficiência soma mais de 1 bilhão, sendo que o percentual de crianças é de uma em cada dez. No Brasil, são 45,6 milhões, onde 7,5% são crianças de até 14 anos ou aproximadamente 3,5 milhões, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2010.

E dados do IBGE também mostram que cerca de 300 mil pessoas têm síndrome de Down  (Trissomia T21) no Brasil.  A expectativa de vida dessas pessoas passou de cerca de 25 anos, em 1983, para mais de 60 anos atualmente, conforme as Diretrizes de atenção à  pessoa com síndrome de Down do Ministério da Saúde.



 Assim como o progresso quanto à longevidade, resultado dos avanços na medicina, melhor acesso à educação, esportes, cultura, lazer, entre outros meios que proporcionam melhor qualidade de vida às pessoas com Trissomia T21, o desenho das políticas públicas de inclusão e acessibilidade das cidades devem avançar, com o propósito de promover oportunidades e transformar cenários. 

21 de março – Dia Internacional da Síndrome de Down

O dia 21 de março é conhecido mundialmente como o Dia Internacional da Síndrome de Down,  data que faz parte do calendário da Organização das Nações Unidas (ONU), mas que ainda não está no calendário nacional. A criação do Dia Nacional da Síndrome de Down, no Brasil, está em análise no Senado, por meio do Projeto de Lei  377/2011, que além de criar a data, estabelece como dever dos órgãos públicos as políticas para as pessoas com T21. 

Paula Faria, CEO da Necta e Idealizadora do Connected Smart Cities & Mobility, destaca que a inclusão das pessoas com deficiência, que inclui o grupo com síndrome de Down, além de outros vulneráveis, está diretamente relacionada ao contexto de implementação das políticas públicas.

“Os grupos vulneráveis são os que mais têm suas vidas afetadas com as desigualdades e a falta de acesso a oportunidades. Por isso é tão fundamental o trabalho da gestão pública quanto a oferta de escolas inclusivas, por exemplo, proporcionando a troca de experiências e o aprendizado mútuo e, como consequência, a construção de cidades e comunidades mais inteligentes, conectadas e humanas. Porque a cidade deve ser pensada para as pessoas e isso compreende abraçar e promover o desenvolvimento pessoal, profissional e intelectual de todos, independente de raça, cor ou orientação sexual”. 

“Quanto à pauta das pessoas com síndrome de Down, temos ótimos exemplos do quanto podemos evoluir, construir e, principalmente, desconstruir os velhos tabus, entendendo e promovendo iniciativas transformadoras. Com a participação das pessoas com T21 na gestão pública e em outras áreas, como educação, saúde, comunicação, esporte, cultura, entre tantos outros setores. E em todo esse processo é fundamental a conexão dos vários atores: setor privado, entidades e a sociedade. É importante ressaltar que o desenvolvimento sustentável das cidades passa pela inclusão, com políticas justas e igualitárias e, principalmente, com a participação de todos”, disse Faria.

E como transformar e quebrar ciclos?

Pela primeira vez na história do Brasil, candidatos com síndrome de Down disputam eleições.  O pleito municipal de 2020 contou com três candidaturas de pessoas com T21, sendo duas mulheres e um homem. Os três concorreram ao cargo de vereador: Luana Rolim de Moura, de Santo Ângelo (RS); Larissa Leal, de Itabuna (BA); e João Guilherme, de Lagoa Seca (PB). 

Nesse contexto, a história política do País foi marcada pela fisioterapeuta Luana Rolim de Moura, 26 anos, e primeira vereadora com síndrome de Down do Brasil. Em 15/03/2021, Luana assumiu a vaga na Câmara Municipal de Santo Ângelo (RS), após afastamento do titular, o vereador eleito Nivaldo Langer de Moura.  A vereadora, que também fez história como a primeira brasileira com síndrome de Down a se formar em fisioterapia, conquistou 633 votos e ficou como primeira suplente do Partido Progressistas (PP). 

Em seu discurso de posse que, em função da pandemia, aconteceu em formato virtual, Luana destacou a pauta da síndrome de Down, fazendo referência ao dia 21 de Março, a importância da vacina no combate à Covid-19 e o fim do preconceito.

“Tenho muito a agregar e contribuir com o meu município, pois somos parte dessa sociedade, mas temos que ter voz e vez, para juntos contribuirmos para uma sociedade mais justa e compromissada com as diferenças. E vamos sim acabar com esse preconceito. Nada sobre nós, sem nós!”, enfatizou a vereadora Luana Rolim de Moura.

O executivo de Negócios Sociais do Instituto Jô Clemente (IJC), Flavio Gonzalez, pontua que muito se tem falado sobre a inclusão, sobre espaços acessíveis, cidades inclusivas, mas que, alguns países, no entanto, resumem isto na expressão “cidade para todos”.

“É importante este olhar, porque ele nos ajuda a  diagnosticar o cenário atual: as cidades são para alguns. Quem determina essas escolhas? As ideologias, os preconceitos,  a invisibilidade, aspectos resultantes de um capacitismo estrutural que não reconhece o direito de todos, refletindo nas políticas públicas. Leis já existem, o que falta é fiscalização, priorização orçamentária. Não adianta tornar acessível o centro da cidade apenas”, disse.

Gonzalez entende que é preciso ir para os bairros, visto que para chegar ao centro a pessoa precisa conseguir sair de casa, atravessar a rua, entrar no transporte público.

“Então,  o papel do poder público é principalmente aplicar na vida cotidiana das pessoas aquilo que há muito tempo já está previsto em leis, e zelar, estimular, cobrar, que também  a sociedade civil, por meio da iniciativa privada, faça a sua parte. Para isto, no entanto,  é imprescindível que a pessoa com deficiência esteja na política,  ocupe as tribunas, tenha sua representatividade. É ela quem conhece os problemas, as barreiras visíveis e invisíveis. Por mais que encontre aliados, este lugar de fala só pode ser ocupado por ela, pois só ela tem a verdadeira legitimidade para  fazer estas reivindicações”, enfatizou.

Iniciativas empoderam e promovem conexão

Ações como o projeto Galera do Click, idealizado pela fotógrafa Sandra Reis, que tem o objetivo de empoderar e ensinar a teoria e a prática do mundo da fotografia aos jovens com T21, são exemplos de como a conexão entre empresas e a sociedade geram impactos positivos e transformadores. 

“Somos a única escola de fotografia no mundo que profissionaliza jovens com deficiência intelectual.  E a parceria com empresas, como a farmacêutica Roche, Itaú, Toyota e mais de 30 organizações, nesses oito anos do projeto, tem importância fundamental, pois o trabalho da Galera do Click não é assistencialista e sim de empoderar os participantes do projeto.  Por meio da contratação dessas empresas e o espaço que conquistamos, tivemos a oportunidade de mostrar o nosso potencial”, comentou Sandra Reis, mãe do Felippe Reis, 28 anos, que tem síndrome de Down e foi o primeiro fotógrafo da empresa.

No ano passado, cerca de 30 crianças foram clicadas pelos alunos do projeto para compor uma exposição que, em função da pandemia da Covid-19, vem sendo divulgada de forma virtual nos canais da Galera do Click. O trabalho contou com a parceria da Brandili, que forneceu os figurinos. 

O que diz o Estatuto da Pessoa com Deficiência?

Com a entrada em vigor da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da ONU, em 2008, que primeiramente trouxe o conceito de que todos têm capacidade legal para exercer seus direitos e que as pessoas podem contar com apoio na tomada de decisão para garantir que isso aconteça, o mundo passou a ser orientado por um novo paradigma.

A Lei Brasileira de Inclusão (LBI), 2015, seguiu o mesmo caminho e não só corroborou com o dispositivo, como era de se esperar, como gerou um aprofundamento do “como” a capacidade jurídica das pessoas com deficiência deve ser promovida, respeitada e colocada em prática no Brasil. A LBI, destinada a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais da pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e à cidadania.

Sobre 21 de março – Dia Internacional da Síndrome de Down

Celebrado neste domingo (21 de Março), o Dia Internacional da Síndrome de Down foi criado em 2006 com o objetivo de celebrar a vida e promover a inclusão. E o Brasil foi um dos primeiros países a propor o reconhecimento oficial da data pela Organização das Nações Unidas (ONU).

A escolha de 21 de Março faz alusão à triplicação do cromossomo 21, que causa a alteração genética característica da síndrome de Down. Os cromossomos estão presentes no organismo humano em um conjunto de 23 pares, e qualquer tipo de mudança em seus conjuntos ou estrutura origina a mutação.

O tema da campanha global deste ano é “Conectar”, em função da pandemia da Covid-19, e tem o objetivo de incentivar a criatividade, para que temas importantes, como inclusão, mercado de trabalho e qualidade de vida na infância, adolescência e fase adulta, não deixem de ser abordados.

A pauta no do Connected Smart Cities & Mobility

A pauta da inclusão e acessibilidade nas cidades está no contexto do Connected Smart Cities & Mobility. A iniciativa entende que a união dos atores e a aplicação de novas ferramentas e tecnologias têm importância fundamental nesse processo de transformação das cidades, onde o cidadão deve ser a figura central.

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PIONEIRISMO: PIAUÍ INICIA VACINAÇÃO CONTRA A COVID-19 DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

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Neste domingo (21), o Piauí iniciou a vacinação contra a Covid-19 das pessoas com deficiência acima de 60 anos e com algum tipo de comorbidade. O Estado é pioneiro na ação 

COPENHAGE É UM LABORATÓRIO DE NOVAS TECNOLOGIAS

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Entenda como a capital da Dinamarca experimenta novas tecnologias com o objetivo de se tornar uma cidade mais inteligente e conectada

Apesar de ser o menor país nórdico, com uma população de apenas 5,7 milhões, a Dinamarca lidera o movimento de transição de países industrializados para economias de crescimento verde. A capital, Copenhage, pretende se tornar a primeira capital do mundo neutra em carbono até 2025, sendo que o país planeja se tornar totalmente independente de combustíveis fósseis até 2050.

Com objetivos ambiciosos e com o foco político sendo no desenvolvimento de sociedades sustentáveis, o país possui terreno fértil para o desenvolvimento de cidades inteligentes: mais de 50% das municipalidades dinamarquesas trabalham com tecnologias direcionadas para smart cities. De acordo com a pesquisa Mapping Smart Cities in te EU, a Dinamarca está estre os países com maior proporção de cidades inteligentes no mundo.


Copenhage é um laboratório vivo de tecnologias inteligentes voltadas para os desafios de urbanização e mudanças climáticas. A cidade coleta dados em tempo real nos pontos de acesso de Wi-Fi presentes nos postes de iluminação pública, com o objetivo de rastrear o movimento de pedestres, carros e bicicletas que se movem pela cidade, criando um sistema de gerenciamento de tráfego inteligente para otimizar o fluxo e limitar o congestionamento- minimizando as emissões de CO2.

Além disso, sua infraestrutura de dados permite conectar sistemas de estacionamento, semáforos, prédios municipais, sistemas de medição inteligente e estações de recarga para veículos eletrônicos com o intuito de direcionar o tráfego em tempo real, reduzir o tempo para encontrar vagas, otimizar o uso de energia em prédios municipais e ajustar o sistema de iluminação pública de acordo com as condições meteorológicas.

Nesse sentido, com a crescente urbanização e mudanças climáticas, cada vez mais é necessário que governantes, empresas e universidades se concentrem em mitigar esses desafios a partir da implementação de soluções sustentáveis, inteligentes e com o foco em ambientes urbanos em expansão.

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ATUAÇÃO DAS GOVTECHS SERÁ DEBATIDO NA TERCEIRA EDIÇÃO DO BRAZIL-UK TECH SUMMIT

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A terceira edição do Brazil-UK Tech Summit  tem foco na utilização da tecnologia no setor público como aliado para ganhar eficiência e melhorar os serviços prestados aos cidadão

No próximo dia 24, quarta-feira, a partir das 9h, acontece o Brazil-UK Tech Summit , evento que chega em sua terceira edição e tem como tema central “Govtech for Digital Innovation: O papel do setor de inovação para tornar a gestão pública mais transparente, ágil e próximo ao cidadão”. Inscrições gratuitas aqui 

Com a participação de especialistas renomados voltados para o ecossistema de startups, as discussões ocorrem online sob o contexto da Transformação Digital e as atuais demandas enfrentadas pelo setor público, em busca de soluções efetivas com o uso de tecnologia.



Ao lado de Letícia Piccolotto, CEO e Fundadora do Brazil Lab e Luis Felipe Monteiro, Secretário Nacional de Governo Digital, Ministério da Economia, Rodolfo Fiori, cofundador da Gove , discute sobre o Marco Legal das Startups, as Políticas Regulatórias aplicadas à economia digital e os desafios futuros na agenda de inovação.

“Este é um tema crítico que pode, ainda no curto prazo, melhorar significativamente a compra de soluções inovadoras pelo governo. Num cenário de restrição de recursos e alta demanda de serviços públicos que estamos, a utilização de tecnologia e transformação digital no setor público é um importante aliado para ganhar eficiência na máquina pública e melhorar os serviços prestados aos cidadão”, comenta Fiori.

O evento integra a rede BR-UK Tech Network, que promove parcerias entre o Brasil e o Reino Unido. A iniciativa é uma realização do Chevening Brazil Seminar Series e conta com o apoio da Embaixada Britânica no Brasil. Inscreva-se e participe!

Participantes 

James Phillips – Gerente do Programa Chevening no Brasil
Andre Motta – Diretora do Programa UK Tech Hub
Beatriz Sannuti – Diretora do Programa de Acesso Digital do Governo do Reino Unido
Rodolfo Fiori – Cofundador da Gove
Letícia Piccolotto – CEO e Fundadora do Brazil Lab
Luis Felipe Monteiro – Secretário Nacional de Governo Digital, Ministério da Economia
Christian Perrone – Coordenador de Políticas Públicas (ITS – Rio)
Fabio Rua – Diretor de Assuntos Governamentais e Regulatórios (IBM – América Latina)
Miriam Wimmer – Diretora da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD)
Iain O`Neil – Diretor de Transformação Digital do NHSx UK
Jon Hazell – Innovate UK
Lucio Jorge Ferreira – Membro do MPPE/MPLabs
Mônica de Bolle – Membro do Observatório Covid-19 BR

Com informações da Assessoria de Imprensa 

MACEIÓ BUSCA PARCERIA COM O PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA IMPLANTAR PROJETOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

A iniciativa junto ao Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente tem foco no desenvolvimento sustentável de Maceió 

Maceió caminha para se tornar uma cidade sustentável e com economia circular. No final de fevereiro último,  o secretário do Gabinete de Governança, Antonio Carvalho, realizou uma reunião com representantes do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, para discutir projetos que podem ser implantados na capital alagoana. O objetivo da gestão é tornar Maceió uma referência no tema. A reunião aconteceu de maneira remota, com a representante do Programa no Brasil, Denise Hamú.

Com o desenvolvimento sustentável, Maceió poderá minimizar o impacto sobre o meio ambiente e contribuir com um progresso responsável e humanizado. Entre os projetos discutidos, estão os voltados para o ecossistema marítimo, entre eles o “Mares Limpos”, que é direcionado para a conscientização, com foco na redução do uso de plásticos.



Durante a reunião também foi discutida a economia circular onde será possível explorar o potencial natural e cultural da cidade. Para o secretário de Governança, Antonio Carvalho, Maceió poderá se tornar um case de sucesso, inclusive para o mundo, em economia circular.

Ainda de acordo com o secretário, a parceria poderá resultar avanços de médio e longo prazo. “Os próximos passos será a construção de uma minuta com a lista dos itens a serem trabalhados pela gestão, visando a concretização dos projetos”, informou.

Com informações da Secretaria de Governança de Maceió 

PROJETO INSCRITO NO DIGITAL BR É LANÇADO EM PERNAMBUCO

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O projeto Digital PE vai apoiar a transformação digital de 30 pequenas e médias empresas das regiões metropolitana do Recife, Agreste e Sertão do São Francisco, em Pernambuco 

O Digital PE tem o objetivo de resolver desafios enfrentados por empresas por meio de soluções inovadoras digitais, com qualificação prática na jornada de transformação digital, suporte de especialistas e conexão direta com a rede de inovação de Pernambuco.

O projeto foi aprovado para a fase de piloto do edital do Programa Digital BR da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e tem como unidade executora o Núcleo de Gestão do Porto Digital. Serão beneficiadas micro, pequenas e médias empresas, que receberão ferramentas tecnológicas baseadas na metodologia de inovação aberta do innovation lab do Porto Digital. O investimento da ABDI para esta fase do projeto Digital PE foi de R$1,5 milhão.

De acordo com a assessora da presidência da ABDI, Andrea Macera, o projeto Digital PE se destacou pelo ecossistema de inovação construído. Um dos objetivos do Digital BR é estimular a mobilização de redes e ecossistemas de inovação. “Ao unir instituições do Sistema S, Porto Digital, Secretários de Governo, agência de desenvolvimento, eles construíram uma rede muito favorável para a inovação dentro da região e garantir o sucesso do projeto”, afirmou.

O Digital PE é uma rede formada pela Agência de Desenvolvimento Econômico de PernambucoUniversidade Federal de Pernambuco (UFPE); Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação de PernambucoSecretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação de RecifeSOFTEX RECIFE – Centro de Excelência em Tecnologia de Software do Recife; Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em Pernambuco – SEBRAE/PE; além do Porto Digital.

Digital BR

O Digital BR é uma iniciativa da ABDI cujo objetivo é estimular projetos, programas e políticas propostos por redes e ecossistemas de inovação voltados para a transformação digital de micro, pequenas e médias empresas.

O primeiro edital teve o investimento de R$ 10,5 milhões da Agência e a região nordeste como beneficiaria. O programa contempla 3 etapas- fase de refinamento, fase de piloto e fase de escala. A fase de piloto vai até o dia 1 de julho. A previsão é que no dia 13 de julho seja divulgada a seleção dos projetos para a etapa de escala.

Com informações da ABDI 

#CONECTATALKS COM CRIS ALESSI | PLANO DE SMART CITIES PARA CURITIBA

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O Connected Smart Cities realiza, no dia 23/03, o Encontro Regional Curitiba. E para falar sobre o desenvolvimento da capital a partir do conceito de smart cities, Paula Faria entrevistou Cris Alessi, presidente da Agência Curitiba 

Paula Faria, CEO da Necta e idealizadora do Connected Smart Cities & Mobility, é especialista no mercado de cidades inteligentes, mobilidade, aeroportos, segurança pública, PPPs e inovação social. A executiva se destaca, principalmente, por fomentar as iniciativas voltadas ao desenvolvimento das cidades brasileiras e conduz o Conecta Talks.

Nesta edição, a especialista entrevistou a presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação, Cris Alessi, para falar sobre como a capital paranaense vem trabalhando na prática e modelando a cidade no conceito de smart cities. Curitiba está entre as três cidades mais inteligentes e conectadas do País, conforme o Ranking Connected Smart Cities 2020 e, na 1ª colocação, em Urbanismo, entre outros destaques.



E no dia 23 de março,  às 09h, a capital recebe o Encontro Regional Curitiba, iniciativa do Connected Smart Cities & Mobility. O evento contempla a apresentação do Plano de Cidades Inteligentes para Curitiba e dos indicadores de desenvolvimento, no contexto do Ranking Connected Smart Cities. 

Acesso à programação e inscrições gratuitas aqui           

 Destaques da entrevista

  1. Cris Alessi  falou sobre a importância desta pauta para a gestão de Curitiba no desenvolvimento da cidade e de como os indicadores de desenvolvimento, como os do Ranking Connected Smart Cities, são utilizados nesse processo.
  1. A pauta também abordou o case de Curitiba entre as 21 comunidades mais inteligentes do mundo, de acordo com a Smart21, levantamento realizado pelo Fórum de Comunidades Inteligentes (ICF), que avalia o crescimento econômico e o desenvolvimento social e cultural. Alessi falou do papel da Agência nesses resultados, bem como sobre como é feito o acompanhamento das tendências internacionais.
  1. Também foi destaque: como Curitiba vem trabalhando na prática e modelando a cidade no conceito de smart cities e quais as áreas que mais têm se destacado.
  1. E para concluir: a gestão pública foi apontada no contexto da pandemia de Covid-19 e a presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação, Cris Alessi, avaliou como as cidades devem ser pensadas a partir do atual cenário. 

A edição do Encontro Regional Curitiba marca o quinto evento da agenda promovida pelo Connected Smart Cities & Mobility, em 2021, com a realização de encontros regionais em todas as capitais do país.

A iniciativa conta com a participação de importantes especialistas nacionais e internacionais, com destaque para os atores que estão fazendo a diferença na construção de Curitiba mais inteligente, conectada e humana.

ACOMPANHE MATÉRIAS SOBRE CURITIBA E OS ENCONTROS REGIONAIS:
SMARTCITY – POR ONDE COMEÇAMOS?
CONNECTED SMART CITIES & MOBILITY CONFIRMA AGENDA 2021 E TRAZ AÇÃO INÉDITA DE EVENTOS REGIONAIS
CONNECTED SMART CITIES APRESENTA PLANO DE CIDADES INTELIGENTES PARA SALVADOR E INDICADORES

MOBILIDADE, SUSTENTABILIDADE E PLANEJAMENTO: UMA FORMA MAIS AMPLA DE PENSAR

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A mobilidade urbana eficiente vai além da ampliação da frota e implantação de mais linhas

Uma ideia popular sobre a mobilidade urbana eficiente é que, para alcançá-la, é necessário aumentar a circulação de veículos e a capilaridade do transporte coletivo. Essa linha de raciocínio tem uma certa razão: há sistemas precários, com poucos veículos em circulação; pouca abrangência, sobretudo em áreas periféricas e rurais, além do serviço escasso, com atrasos frequentes e horários desordenados. Porém, é preciso pensar a questão de forma mais ampla. 

A mobilidade urbana eficiente vai além de ampliação da frota e implantação de mais linhas. A eficiência é atingida quando há um planejamento urbano inteligente, que atenda às necessidades da população, seja qual for a dimensão, considerando o longo prazo e pensando na sustentabilidade.



Planejamento urbano

Um passo importante nessa construção é avaliar as necessidades específicas de cada cidade. O planejamento urbano inteligente leva em conta as necessidades estruturais e considera o que já está em operação. Uma grande metrópole, por exemplo, já encara um alto número de veículos em circulação diária, além de diversos outros modais em operação. Ou seja, já há uma estrutura consolidada para a mobilidade urbana. 

Ainda assim, uma profunda e constante avaliação do sistema existente é essencial para promover mudanças em prol do uso efetivo dos recursos disponíveis. Fatores como a distribuição dos coletivos de forma a atender todas as demandas da cidade, a integração com outros modais como trólebus e metrô, a capilaridade e a capacidade de receber passageiros vindos das cidades vizinhas, devem ser levados em consideração. 

Também no âmbito da frota de ônibus coletivos, é importante planejar a modernização. Isso não implica na substituição imediata de gerações anteriores de veículos, mas na gradual evolução, pensando não apenas na capacidade de transporte, na vida útil e nos custos de manutenção, mas em novas tecnologias que tragam benefícios ambientais, com melhoria nos índices de emissão de CO2, poluição sonora, entre outros impactos. Além disso, integrar novos modais priorizando o uso de energia limpa e sustentável, como a propulsão elétrica, é mais um passo em direção à mobilidade eficiente.

Meio ambiente 

Adicionalmente à modernização, a estrutura viária tem papel importante na sustentabilidade dos sistemas de mobilidade. Veículos circulando com menos interrupções, sem a influência direta do trânsito, emitem menos gases do efeito estufa. Uma pesquisa do Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA) mostrou que, em janeiro de 2021, a frota coletiva da cidade de São Paulo emitiu até 50% menos gases poluentes do que a frota em 2016. Isso devido ao aumento da velocidade das vias como consequência da diminuição de veículos nas ruas durante a pandemia da Covid-19, aliado à modernização da frota – em São Paulo, o transporte coletivo utiliza veículos com no máximo 10 anos de fabricação. 

O estudo também mostra que o planejamento viário, com corredores e faixas exclusivas, aumenta a velocidade de circulação enquanto diminui o tempo médio de viagem dos coletivos e, consequentemente, de suas emissões atmosféricas. Isso é numericamente demonstrado por um levantamento da Scipopulis: em 12 de fevereiro de 2020, antes da pandemia, a velocidade média dos coletivos em São Paulo foi de 15 km/h e 1346 toneladas de CO2 foram liberadas na atmosfera. Em 15 de abril, no auge do isolamento, a velocidade aumentou para 21 km/h e as emissões caíram para 715 toneladas. Em 16 de novembro, com a retomada das atividades, a velocidade voltou a cair para 18 km/h e as emissões cresceram, atingindo 1429 toneladas.  

Na construção de um sistema de mobilidade completo, é preciso manter o olhar no futuro. Empresas e governos devem se atentar a medidas sustentáveis e duráveis, com novas tecnologias ambientalmente eficientes, enquanto priorizam o atendimento à população. Uma cidade, independentemente de seu tamanho, está em constante crescimento e tem potencial para se tornar mais inteligente.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities 

ESPECIAL COVID-19: CIDADES RESILIENTES

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Entenda como as cidades podem aprender com a crise causada pela pandemia e criarem espaços urbanos mais resilientes e sustentáveis:

Cidades Resilientes são aquelas que possuem a capacidade de absorver, recuperar e se preparar para crises (econômicas, ambientais, sociais e institucionais). De acordo com o estudo Cidades Resilientes: Respondendo ao Pico do Petróleo e Mudanças Climáticas, de Peter Newman em coautoria com Timothy Beatley e Heather Coyes, cidades resilientes são cidades que podem durar e passar por crises, assim como apropriando uma infraestrutura física capaz de lidar com situações futuras. 

A primeira aparição do conceito resiliência voltada para o planejamento urbano foi em 2002, sendo que levariam 10 anos para o termo se popularizar e causar um boom nas pesquisas do Google. Apesar disso, diferentemente do conceito de cidades inteligentes, o número de definições para cidades resilientes é limitado: até a pandemia do covid, o termo foi quase exclusivamente utilizado para cidades que experimentaram crises agudas. 



Em 2020, a crise vivenciada devido a pandemia de coronavírus evidenciou problemas estratégicos presentes no espaço urbano, ao mesmo tempo que promoveu um espaço para que gestores repensassem a maneira como cidades são projetadas, planejadas e gerenciadas. Foi apenas ano passado que diversas cidades, que até então estavam em movimento de expansão sem nunca enfrentarem grandes crises, sentiram a necessidade de desenvolver planos que buscassem promover um desenvolvimento mais sustentável e inteligente.

Nesse sentido, a pandemia também trouxe outras dimensões para cidades que já estavam acostumadas a lidar com crises de risco único (terremotos, incêndios florestais, inundações, etc). A crise, que mesmo no terceiro mês de 2021 segue sem previsão de acabar, acarretou em diversos problemas em ‘cascata’ que afetaram diversos setores da sociedade. Ou seja, cidades resilientes são aquelas que possuem respostas colaborativas e integram todos os setores que compõem o espaço urbano para enfrentar problemas ocasionados por uma crise. 

As plataformas digitais, no contexto de uma crise global, se mostraram essenciais para o gerenciamento de dados que auxiliaram em respostas imediatas por parte dos gestores e também com a prevenção e avaliação de risco de potenciais propagações, etc. A resiliência das cidades dependerá da capacidade de gestores de utilizar softwares de sistema para capturar informações relevantes que proporcionem uma gestão mais eficiente e conectada. 

DESENVOLVIMENTO DE CIDADES SUSTENTÁVEIS 

 Mais da metade da população mundial já reside em áreas urbanas e a expectativa é que até 2050 esse número seja maior que 70%. De acordo com o estudo New Climate Economy, a expansão urbana inteligente poderá gerar uma economia de U$17 trilhões até 2050, sendo que a ação climática para o baixo crescimento de carbono nas cidades poderá render U$26 trilhões até 2030. 

Com isso, a pandemia proporcionou estratégias que buscam reconstruir o planejamento urbano com o objetivo de tornar as cidades locais mais resilientes e sustentáveis. É ideal que a recuperação econômica aconteça de forma verde e inclusiva, baseada na transformação ecológica e crescimento de opções de baixo carbono, além de estabelecer uma resposta à crise que enfrente as desigualdades sociais e busquem o desenvolvimento de longo prazo. 

Nesse contexto, a crise climática tem impactos tão profundos quanto a pandemia de coronavírus. Ocorrendo de maneira silenciosa, lentamente, mas exponencialmente, está afetando diversas regiões do planeta com impactos que podem ser irreversíveis. Apesar disso, poucas ações imediatas e colaborativas estão em curso: com a crise do coronavírus, gestores podem aprender com estratégias que unem todos os setores para aplicar em outras crises que afetam a cidade, sendo a ambiental uma das mais significativas. 

Além disso, o cenário de recuperação pode fornecer uma estrutura mais holística para alcançar os objetivos almejados pelas cidades, proporcionando maior bem-estar para os cidadãos, a partir de uma infraestrutura voltada para a resiliência e a sustentabilidade. O Portal Connected Smart Cities está realizando uma série de matérias para discutir o impacto da pandemia no desenvolvimento de cidades inteligentes, clique aqui para conferir nossa matéria anterior. 

ACOMPANHE OUTRAS MATÉRIAS SOBRE CORONAVÍRUS:
O CORONAVÍRUS E O DIREITO À CIDADANIA
COMO O CORONAVÍRUS MOSTRA A NECESSIDADE DE RESILIÊNCIA
A RESPONSABILIDADE DE GOVERNAR DURANTE O CORONAVÍRUS