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COVID-19: UBER ANUNCIA MEDIDAS PARA APOIAR VACINAÇÃO NO BRASIL

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Iniciativas em parceria com governos e ONG visam  promover informações sobre a vacinação e o deslocamento até postos de atendimento

A Uber está atuando em três frentes para promover a vacinação no Brasil: com doação de códigos promocionais para pessoas nos grupos prioritários poderem se deslocar aos locais de vacinação; apoio às autoridades de saúde para promover informações corretas e úteis sobre as vacinas e os programas de vacinação; e parceria com o terceiro setor para custear o deslocamento de quem mais precisa até os centros de vacinação.

Para materializar esse apoio, a Uber já fechou acordos para doar viagens à Prefeitura Municipal de Belo Horizonte e ao Governo do Estado de Pernambuco e segue em conversas com outras capitais, como Rio de Janeiro, Porto Alegre e Salvador, entre outras, a fim de apoiar a vacinação de profissionais de saúde e outros grupos prioritários contra a Covid-19.

A empresa vai fornecer códigos promocionais para apoiar o deslocamento dos grupos prioritários, de acordo com o cronograma estabelecido por cada governo. Cada código promocional dará viagens gratuitas de ida e volta aos locais de vacinação, no valor máximo de R$ 30. O código precisa ser adicionado no aplicativo da Uber antes das viagens (instruções no final do texto).

“Queremos garantir que a mobilidade não seja mais um obstáculo para quem quer se vacinar”, diz a diretora-geral da Uber no Brasil, Claudia Woods. “Por isso, além de apoiar os governos, estamos também apoiando a Central Única das Favelas (Cufa) para permitir que as pessoas mais vulneráveis tenham uma opção de mobilidade para chegar aos locais de vacinação. Neste momento, nossa parceria com eles é para identificar idosos que estejam nos grupos prioritários para que possamos oferecer as viagens”.

Para Celso Athayde, fundador e coordenador geral da Cufa, “as favelas são um espaço que foi negligenciado, onde as pessoas estão por ali por falta de alternativa, e onde tudo já é mais difícil mesmo em tempos normais – que dirá em uma época desafiadora como a que vivemos. Por isso, são fundamentais iniciativas como essa da Uber, que buscam facilitar o acesso à vacina do morador da favela que está nos grupos de risco”.

A Uber também apoiará o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) para promover informação de qualidade sobre as vacinas e os programas de vacinação para toda a comunidade de mais de 22 milhões de usuários e 1 milhão de parceiros do aplicativo. Todos receberão, por meio do app da Uber, pílulas de informação e dicas produzidas pelo Conass sobre as vacinas.

“Esta é uma iniciativa socialmente relevante porque teremos a oportunidade de colocar em poucas palavras informações precisas sobre a segurança e eficácia das vacinas, bem como a importância da vacinação para interromper o contágio da Covid-19”, avaliou o presidente do Conass, Carlos Lula. Ele afirmou ainda que, as mensagens produzidas pelo Conselho estarão alinhadas à orientação e informação do Programa Nacional de Imunização (PNI). “O PNI é um patrimônio do povo brasileiro e um dos mais sólidos e sérios do mundo, sendo assim. entendemos que a nossa população deve ser contemplada com informações seguras e técnicas, tanto quanto o combate às fake news”, concluiu.

Esse pacote de medidas faz parte do compromisso anunciado pelo CEO da Uber, Dara Khosrowshahi, de fornecer em todo o mundo 10 milhões de viagens gratuitas ou com descontos para ajudar a assegurar que a mobilidade não seja uma barreira para se tomar a vacina.

Resposta à pandemia – A medida vem somar a uma série de anúncios que a Uber tem feito para enfrentamento à pandemia desde o ano passado, como:

• Uso obrigatório de máscaras;
• UberMedics: na cidade de São Paulo, em parceria com o Itaú Unibanco, com a oferta de 200 mil viagens para profissionais de saúde do município que estão atuando na linha de frente do combate à COVID-19. No Rio de Janeiro, foram oferecidas 12 mil viagens em parceria com o Movimento União Rio;
• Doação de sangue: custeio de viagens de doadores que queiram se deslocar para bancos de sangue, iniciativa que já atendeu mais de 20 municípios de todas as regiões do país.
• Cestas básicas: em parceria com a CUFA – Central Única das Favelas, a empresa lançou uma campanha para doação de cestas básicas e kits de higiene a comunidades vulneráveis afetadas pelo coronavírus usando o aplicativo Uber Eats.
• Pesquisa de plasma: no Rio de Janeiro, a parceria com o Hemorio, o hemocentro coordenador do Estado do Rio de Janeiro oferece viagens a pessoas curadas de coronavírus que queiram doar o plasma do sangue para pesquisa de combate ao vírus;
• Assistência financeira: o motorista ou entregador parceiro Uber diagnosticado com Covid-19 ou que fizer parte do grupo de risco pode solicitar assistência por até 14 dias mediante apresentação de atestado médico solicitando seu isolamento;
• Centro de Higienização: a companhia inaugurou Centros de Higienização da Uber voltado a motoristas e entregadores parceiros em dez capitais;
Suprimentos de limpeza: parceiros podem solicitar reembolso para itens como álcool em gel e máscaras.
• Vale Saúde: uma parceria com o Vale Saúde Sempre oferece para todos os parceiros da empresa descontos em consultas médicas em rede de atendimento privada e mais de 3.000 tipos de exames laboratoriais e de imagens;
• Telemedicina: os mais de 1 milhão de motoristas e entregadores parceiros da Uber no Brasil têm a opção de utilizar o serviço de orientação médica online do Hospital Israelita Albert Einstein. Chamado de Einstein Conecta, o serviço funciona 24 horas por dia, sete dias por semana, com orientações por videoconferência, permitindo conforto e agilidade no atendimento com acesso à excelência médica proporcionada por um dos principais hospitais do País – uma conveniência que ganha ainda mais relevância em tempos de coronavírus.
• Suporte a restaurantes: apoio ao setor de restaurantes, oferecendo gratuidade na taxa de entrega para pedidos feitos a milhares de pequenos e médios restaurantes parceiros independentes do Brasil.

Com informações da Assessoria de Imprensa da Uber 

ABES E CCBC PROMOVEM SÉRIE DE ENCONTROS VIRTUAIS PARA DESENVOLVER OPORTUNIDADE DE NEGÓCIOS ENTRE BRASIL E CANADÁ

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Primeiro encontro acontece no próximo dia 24, às 17h, e cobrirá políticas de incentivos do Canadá e cases de sucesso

A ABES – Associação Brasileira de Empresas de Software e a Câmara de Comércio Brasil-Canadá (CCBC), organização independente mantida pelo setor privado e sem fins lucrativos, prepararam o primeiro encontro virtual da série Café com Canadá, que vai apresentar e analisar as iniciativas que visam aproximar empresas e startups brasileiras e canadenses. O evento acontece dia 24 de fevereiro, às 17h, e contará com a participação de Paulo Perrotti, Presidente da CCBC, advogado da LGPDSolution e Professor de Cybersecurity na pós-graduação da Faculdade de Engenharia de Sorocaba (FACENS); Evandro Barros, Fundador e CEO do DATA H Artificial Intelligence e co-fundador do Institute of Applied Intelligence, e Rodolfo Fücher, presidente da associação. As inscrições devem ser feitas aqui e a participação é gratuita.

“Estamos desenvolvendo encontros virtuais com diversos países. No caso específico do Canadá, existem inúmeras oportunidades de negócios que podem ser desenvolvidas, entre empresas brasileiras e canadenses. Em alguns casos, com o apoio e incentivo do próprio governo canadense. Nessa série Café com o Canadá, o objetivo é mostrar as oportunidades, mas principalmente como melhor explorá-las, unindo a experiência da CCBC e da ABES. “, expõe Rodolfo Fücher.

O encontro virtual Café com Canadá está alinhado com o propósito de contribuir para a construção de um Brasil mais digital e menos desigual, no qual a tecnologia da informação desempenha um papel fundamental para a democratização do conhecimento e a criação de novas oportunidades, visando melhor qualidade de vida para todos, de forma inclusiva e igualitária.

“A parceria entre a CCBC e a ABES abre uma grande porta para a inovação brasileira, bem como facilita a internacionalização das empresas, em um dos principais hubs de desenvolvimento tecnológico do mundo. Essa troca de experiências será muito rica, pois a intenção é que façamos uma imersão nos principais ecossistemas canadenses, apresentando aos participantes como é possível tirar o melhor proveito de um intercâmbio tão rico entre Brasil e Canadá e como as instituições podem apoiá-los nesse processo”, ressalta Paulo Perrotti.

Com informações da Assessoria de Imprensa da ABES 

CIDADES DE 15 MINUTOS

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Entenda o novo conceito desenvolvido pelo urbanista Carlos Moreno em resposta à pandemia do coronavírus:

Uma política inicialmente desenvolvida por Paris durante a pandemia de coronavírus, em conjunto com a expansão da micromobilidade e maior disponibilidade de bicicletas na cidade, as Cidades de 15 minutos se tornaram tendência em governos ao redor do mundo e a expectativa é que grande parte das cidades adotem esse plano a longo prazo. 

O impacto que a pandemia trouxe para o funcionamento das cidades é irreversível: a maneira com que os cidadãos utilizam o espaço urbano, trabalham, estudam e socializam foi drasticamente alterada graças às medidas de isolamento social. Pensando nisso, com soluções online para quase todos os serviços, a necessidade de deslocamento nunca foi tão baixa. 



O conceito da Cidade de 15 minutos surge como uma alternativa à forma que a população estava habituada a ocupar a cidade: o projeto propõe que tudo o que os moradores da cidade precisam deve estar a disposição a uma distância de no máximo 15 minutos de caminhada. Isso faria com que os deslocamentos precisassem ser mínimos: entre a residência, o trabalho, escola, restaurantes, espaços de lazer, hospitais, parques e praças e etc. 

O urbanista Carlos Moreno, professor da Universidade de Sorbonne na França, foi o pioneiro no conceito de Cidade de 15 minutos. A ideia surgiu a partir de uma teoria desenvolvida pelo urbanista de ‘crono-urbanismo’, isso é, uma mudança da ideia da relação que temos com o tempo de deslocamento dentro das cidades. Carlos Moreno defende que vivemos em cidades fragmentadas e que, por não conhecermos nossos vizinhos, não ocuparmos o espaço urbano dos nossos bairros, estamos sozinhos e sofremos. 

Dito isso, é importante ressaltar que o movimento de Cidades de 15 minutos é diferente de outros movimentos relacionados à mobilidade urbana em smart cities: o projeto desempenhado pelo urbanista é uma resposta direta ao coronavírus, mudanças climáticas e à globalização. Paris adotou essa estratégia durante o período de isolamento social com o objetivo de repensar em como incluir as atividades cotidianas promovendo maior conexão social, além de trazer uma perspectiva mais ecológica.

De acordo com Richard Bentall, professor de psicologia da Universidade de Sheffield, a mudança promovida pelas Cidades de 15 minutos trariam maior resiliência para os cidadãos lidarem com a adversidade. O sentimento de pertencimento que uma cidade promove para os seus cidadãos é, de acordo com o professor, essencial para deixar os cidadãos mais felizes. 

Cada vez mais, cidades inteligentes estão se voltando para o bem-estar dos cidadãos. A pandemia mostrou a necessidade de resiliência, como também apontou que as cidades devem desenvolver políticas que garantam que seus cidadãos sejam felizes e possam ocupar o espaço urbano de maneira saudável e ecológica. 

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PARQUE DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA GUAMÁ APRESENTA PROPOSTAS INOVADORAS À PREFEITURA DE BELÉM

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O objetivo foi conhecer produtos desenvolvidos no PCT que podem ajudar projetos da gestão municipal

Identificar pontos de interesse entre as diretrizes do Parque de Ciência e Tecnologia (PCT) Guamá e a Prefeitura de Belém foi o objetivo da visita, nesta quarta-feira (10), do prefeito Edmilson Rodrigues, do vice-prefeito Edilson Moura e de outros gestores municipais ao polo científico-tecnológico, uma iniciativa do governo do Estado em parceria com a Universidade Federal do Pará (UFPA) e Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra).

No encontro, o diretor-presidente da organização gestora do PCT, Rodrigo Quites, apresentou a estrutura e o modelo de governança do primeiro parque tecnológico da Amazônia.

A programação seguiu com a exposição de algumas soluções inovadoras nos campos da tecnologia da informação, educação, sustentabilidade e mobilidade urbana, feita por representantes das empresas Amazônia Conectividade, EcoSet Engenharia, Execute TI, e dos Núcleos de Controle Ambiental (NCA) e de P&D em Telecomunicações, Automação e Eletrônica (LASSE), iniciativas residentes no PCT Guamá.

Gestor do parque tecnológico, Rodrigo Quites pontuou que a visita abre portas para uma cooperação inédita entre a gestão municipal e a instituição. “A gente quer ter essa oportunidade de parceria com a Prefeitura, para que essas pesquisas e produtos desenvolvidos nos nossos laboratórios e nas nossas empresas contribuam de fato à cidade de Belém, a nossa metrópole da Amazônia”, ressaltou.

“No contexto nacional, os parques têm uma inserção maior nos municípios. Cidades como Fortaleza (CE), Natal (RN), Belo Horizonte (MG) e Recife (PE), por exemplo, contam com facilidades para empresas instaladas nos parques tecnológicos. Elas têm concessão de benefícios, como redução ou mesmo isenção do ISS (Imposto Sobre Serviços), recolhido à medida que a empresa vai prestando serviço. Esse tipo de sinergia entre os governos municipais e os parques tecnológicos ajuda a atrair negócios para as cidades. Essa janela de diálogo proporcionada pelo Edmilson possibilita que a gente comece a pautar esse tipo de conversa”, complementou Rodrigo Quites.

Inovação – Após as apresentações, Edmilson Rodrigues destacou a importância da inovação para a resolução de problemas pautados em seu plano de governo. “Trabalhamos muito a Belém das novas ideias, portanto a inovação assume um papel importante com transversalidade a todas as políticas”, declarou o gestor da capital paraense.

Edmilson Rodrigues disse ainda que recebeu um resumo de ideias sobre possibilidades de uma relação próxima com o PCT Guamá. “É claro que ele tem uma característica importante para quem governa, porque, para além de uma produção com conhecimento científico, e a Universidade tem um papel imprescindível. O conhecimento científico aplicado a soluções de problemas urbanos se faz cada vez mais necessário”, acrescentou.

Há expectativa de outros encontros para afinar as parcerias entre as instituições. Segundo o prefeito, as secretarias vão avaliar o que pode ser feito em parceria com o PCT Guamá, para que um termo de cooperação seja firmado. “São grandes os desafios, e eu creio que a relação com o Parque de Ciência e Tecnologia como este pode nos ajudar muito”, enfatizou Edmilson Rodrigues. (Com informações de Juliana Brito / Comus).

Com informações da Agência Pará 

CIDADES INTELIGENTES: ENTRE O ‘SOLUCIONISMO’ E O DEBATE ETERNO 

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Ou: a importância de políticas públicas para a transformação digital nas cidades

Estou segura que a maioria de nós já vivenciou a seguinte cena: sentado em um dos inúmeros eventos sobre Cidades Inteligentes, alguém levanta a mão e pergunta: “como definimos uma Cidade Inteligente? Precisamos esclarecer isso antes de discutir qualquer outro assunto.” Aí começa um debate longo sobre os diferentes aspectos e posições, cada um tem importantes pensamentos para contribuir. 

Mesmo que todas as colocações sejam interessantes, não escapamos do sentimento que de novo criamos um debate cujo resultado agrega pouco ao nosso entendimento dessa questão fundamental. Entramos no próximo evento onde escutamos apresentações sobre soluções concretas de Cidades Inteligentes como projetos de iluminação pública smart ou um novo aplicativo para registrar queixas dos cidadãos. 



E, apesar de estarmos felizes de finalmente ver projetos concretos implementados nas nossas cidades, ficamos com a dúvida sobre quais os problemas que foram resolvidos e quanta relevância esses projetos têm para lidar com os desafios fundamentais nas áreas urbanas do Brasil. 

A mensagem dessa pequena história não é que debates e soluções não sejam necessários para a transformação para Cidades Inteligentes. As duas coisas são elementos cruciais.

POLÍTICAS PÚBLICAS 

Para facilitar debates que efetivamente ajudam o nosso entendimento e a nossa atuação e para desenvolver soluções relevantes para problemáticas urbanas concretas e reais, é preciso levar em consideração o momento de conhecimento sobre a transformação digital em que estamos e o potencial de políticas públicas nesse contexto. 

A transformação digital com os seus impactos e possibilidades para as nossas cidades é um tema novo e inédito. Ao mesmo tempo é também um fenômeno histórico que inclui todos os aspectos da nossa vida – as nossas relações de trabalho e de produção, a nossa forma de morar, de nos mover, consumir e até as nossas relações íntimas. 

Nos setores ‘tradicionais’ do desenvolvimento urbano – mobilidade, saneamento, habitação – tivemos décadas para criar definições e uma linguagem conjunta, um sistema de conhecimento e uma coleção de experiências compartilhadas. Na transformação digital e no tema de Cidades Inteligentes estamos só no começo de criar a base para um debate democrático e bem-informado.

DESAFIOS E POLÍTICAS PÚBLICAS  

Ao mesmo tempo, os desafios das nossas cidades são imensos. Sentimos a falta de serviços urbanos de qualidade, participação pública bem estruturada e nos deparamos com a desigualdade socioespacial gritante de todos os dias. Soluções digitais parecem nos oferecer uma luz no fim desse túnel. E como soluções para Cidades Inteligentes constituem um mercado enorme, há suficientes fornecedores que exploram essa necessidade oferecendo soluções prontas sem necessariamente entender as problemáticas reais. 

Políticas e estratégias públicas, como a Carta Brasileira para Cidades Inteligente (uma iniciativa do Ministério do Desenvolvimento Regional, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, do Ministério das Comunicações e da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH), podem assumir um papel crucial. 

Idealmente tais estratégias facilitam um debate bem estruturado da nossa sociedade sobre as transformações que estamos passando. Nos levam a um entendimento mais profundo das realidades das nossas cidades para priorizar as intervenções e criar uma demanda crítica e bem informada para soluções digitais. 

Para que as políticas públicas realizem esse potencial, tudo depende do desenho do processo de suas formulações. Precisamos de uma abordagem colaborativa, pois temas complexos requerem uma diversidade de atores para desenvolver respostas adequadas. Precisamos de ferramentas que nos ajudem a criar uma linguagem em comum, estruturar e facilitar o nosso debate e saber quando é o momento para uma discussão ampla (divergência) e quando é o momento para negociar, consolidar e priorizar (convergência). 

E finalmente, precisamos criar identificação e apropriação dos resultados pelos atores envolvidos e pelos cidadãos em geral para fazer da implementação das Cidades Inteligentes uma responsabilidade coletiva. 

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities  

EM PARCERIA COM A ENELX, VOLVO CAR BRASIL TERÁ 250 ELETROPOSTOS EM ESTACIONAMENTOS DA ESTAPAR

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Ecovagas serão instaladas em aeroportos, hospitais, prédios comerciais e arenas no Sul, Sudeste e Nordeste

A Volvo Car Brasil, líder em eletrificação de veículos plug-in hybrid, se une ao projeto Ecovaga, uma iniciativa idealizada entre a Estapar, a maior rede de estacionamentos do País, e a Enel X, empresa de soluções energéticas da Enel Brasil, para a criação da primeira rede de recarga semi-pública para veículos híbridos e elétricos do País.

“Cada dia mais a Volvo Car Brasil quer transformar a indústria com a eletrificação. Estamos investindo na estrutura de carregadores para que possamos dar confiança, quebrar barreiras e possibilitar cada vez mais facilidade para proprietários de veículos híbridos e elétricos, não só da Volvo, mas de qualquer outra marca”, afirma Rafael Ugo, diretor de marketing Latam Hub para Volvo Car Brasil.

A Ecovaga é uma rede integrada com 250 estações de recarga em cerca de 100 pontos premium de estacionamentos da Estapar nas regiões Sul, Sudeste, Nordeste e Distrito Federal. Os equipamentos a serem instalados trazem a tecnologia da Enel X e fornecem um carregamento inteligente, abastecendo 80% da bateria de um veículo elétrico em aproximadamente 3 horas.

“A parceria com a Estapar e Volvo está em linha com o compromisso da Enel X de viabilizar a criação de um ecossistema de mobilidade elétrica no Brasil, um mercado promissor para o avanço da tecnologia por sua dimensão continental, por ter uma indústria automobilística moderna e por ter uma matriz elétrica limpa e renovável”, comenta Francisco Scroffa, presidente da Enel X Brasil.

O diferencial da Ecovaga, que agora tem a Volvo como a sua primeira parceira, é a experiência proporcionada ao cliente. O consumidor poderá, em tempo real, visualizar os pontos disponíveis, dirigir-se até o local e recarregar seu veículo em poucos minutos.

As ecovagas são especialmente sinalizadas para os veículos híbridos plug-ins e elétricos e contam com o acompanhamento de profissionais para o gerenciamento das instalações, manutenção da rede real time, energia e gerenciamento por meio de tecnologia e software que permitem o nível de serviço e de funcionamento dos equipamentos.

“A parceria com a EnelX para criação das ecovagas, está alinhada com as estratégias da companhia em auxiliar na diminuição e redução de emissões de poluentes. Queremos oferecer aos motoristas o que há de mais moderno e tecnológico dentro do setor”, destaca André Iasi, CEO da Estapar.
As 250 ecovagas estão sendo instaladas em estacionamentos premium administrados pela Estapar em shopping centers, aeroportos, hospitais, arenas, prédios comerciais e instituições de ensino. As estações de recargas serão disponibilizadas em 23 cidades em 10 estados, como São Paulo (SP), Guarulhos (SP), Barueri (SP), Rio de Janeiro, Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Aracaju (SE), Recife (PE), Salvador (BA), Brasília (DF), Campinas (SP) e Fortaleza (CE).

PARCERIA

Aos clientes das empresas conveniadas ao projeto, a rede Ecovagas oferece de forma gratuita o serviço de carregamento dos veículos elétricos. Ao se tornar parceria da iniciativa, a Volvo passa a disponibilizar esse benefício para os proprietários dos carros de sua marca, que terão apenas que custear a taxa de estacionamento dos seus automóveis.

Para usufruir da gratuidade do serviço, o cliente Volvo terá o seu veículo cadastrado no aplicativo da Ecovagas, a fim de garantir a elegibilidade de acesso às estações de recarga. A expectativa da Enel X e da Estapar de que os 250 pontos de recarga estejam concluídos até o final do primeiro trimestre de 2021.

Para os proprietários de veículos de outras montadoras não-parceiras do projeto, será possível o uso das ecovagas por um prazo inicial de até seis meses após o início da operação dos 250 pontos de carregamento para que possam usufruir a experiência do serviço. Encerrado este período, o sistema irá restringir o acesso apenas aos clientes das empresas parceiras ou emitir uma cobrança através do Vaga Inteligente pelo uso da nova infraestrutura.

Com informações da Assessoria de Imprensa 

CHEVROLET INICIA EXPANSÃO DO PORTFÓLIO GLOBAL DE VEÍCULOS ELÉTRICOS

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No Brasil, a empresa iniciou sua oferta de veículos elétricos com o Bolt EV, e o crossover da Chevrolet logo se transformou no carro 100% elétrico mais vendido de sua categoria

A Chevrolet está ampliando seu portfólio global de veículos elétricos. A próxima novidade será o Bolt EUV, um utilitário esportivo compacto urbano. O modelo será revelado ao mundo no próximo dia 14 de fevereiro, nos Estados Unidos.

No Brasil, a empresa iniciou sua oferta de veículos elétricos com o Bolt EV, e o crossover da Chevrolet logo se transformou no carro 100% elétrico mais vendido de sua categoria e um dos mais emplacados do segmento pelo país.

“A GM tem o compromisso de liderar a eletrificação no Brasil e região. Desde que apresentamos o Bolt EV no Salão do Automóvel de São Paulo, em novembro de 2018, temos observado um crescente interesse do consumidor pelos carros elétricos. O sucesso do Bolt EV nos encoraja a continuar investindo em novidades no segmento. Temos planos de crescer nossa oferta nos próximos anos”, diz Carlos Zarlenga, presidente da GM América do Sul.

Com informações da Assessoria de Imprensa 

CONNECTED SMART CITIES APRESENTA PLANO DE CIDADES INTELIGENTES PARA SALVADOR E INDICADORES 

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O Encontro Regional Salvador acontece em formato virtual e marca o início de uma série de eventos que serão realizados em todas as capitais do país nos próximos meses 

No dia 23/02, a partir das 09h, o Connected Smart Cities e Mobility, iniciativa da Necta, realiza o Encontro Regional Salvador para debater sobre as iniciativas de smart cities no contexto da capital baiana. A edição conta com parceria da SPIn Soluções Públicas Inteligentes e marca a agenda de eventos regionais da plataforma, em 2021, em todas as capitais do país,  contemplando 26 ações entre fevereiro e agosto. 

As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas em: https://evento.connectedsmartcities.com.br/eventos-regionais/ 

O encontro em Salvador, Bahia, acontece ao vivo, em formato virtual, e reunirá especialistas em smart cities. A programação abordará indicadores de desenvolvimento da cidade, no contexto do Ranking Connected Smart Cities, e a apresentação do Plano Diretor de Tecnologias da Cidade Inteligente (PDTCI) de Salvador, lançado no início de 2020, que transforma a cidade na primeira capital brasileira com um plano diretor de tecnologia. 

“Somos a principal plataforma do ecossistema de cidades inteligentes e mobilidade urbana no Brasil e fomentar esse tema da forma mais abrangente possível faz todo o sentido para o nosso trabalho. Os encontros e outras atividades permitem que o debate e as boas práticas para a cidades e mobilidade urbana alcancem mais municípios. E, assim como em Salvador, teremos uma agenda importante nas demais capitais e o envolvimento de vários atores com atuação no desenvolvimento mais sustentável das cidades”, disse Paula Faria, CEO da Necta e idealizadora do Connected Smart Cities & Mobility.

Vitor Amuri, sócio e diretor de projetos da SPIn Soluções Públicas Inteligentes, representante do Consórcio Salvador Smart City, enfatiza que o desenvolvimento das cidades precisa refletir os anseios da população e, por meio das tecnologias, servem de meio para melhorar a qualidade de vida.

“Buscamos, em Salvador, interpretar esses anseios da população, organizá-los de um modo racional, levando em consideração todos os potenciais e limitações da cidade, definindo objetivos e metas para um horizonte de 30 anos, de modo a maximizar continuamente seis ‘propósitos de sustentabilidade’, intimamente ligados aos objetivos do desenvolvimento sustentável: atratividade, bem-estar, coesão social, preservação do meio ambiente, resiliência e uso responsável dos recursos da cidade.  Nos próximos anos, todos os investimentos da gestão pública da cidade em tecnologia serão massivos, devendo, necessariamente, se inspirar nesses propósitos”, disse.

DESTAQUES DE SALVADOR NO RANKING CONNECTED SMART CITIES

Durante o Encontro Regional Salvador serão apresentados os destaques da cidade no Ranking Connected Smart Cities, que compreende 11 eixos analisados e 70 indicadores.

“A capital baiana melhorou 12 posições no Ranking, na comparação 2019/2020, com destaque para Mobilidade, Urbanismo, Governança, Empreendedorismo e Tecnologia e Inovação. Como toda cidade brasileira, Salvador possui pontos a evoluir, e o desenvolvimento do seu ‘Plano Diretor de Tecnologias da Cidade Inteligente‘ é um dos seus principais aliados em seu desenvolvimento para uma cidade mais inteligente, sustentável e humana”, enfatiza Willian Rigon, sócio e diretor comercial e marketing da Urban Systems, responsável pelo Ranking.

PARTICIPANTES CONFIRMADOS NO ENCONTRO REGIONAL SALVADOR

Estão confirmados: o secretário Municipal de Inovação e Tecnologia de Salvador, Samuel Pereira Araújo; o diretor de Resiliência da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Secis) da Prefeitura de Salvador, Ivan Euler Pereira de Paiva; o diretor Técnico da  Companhia de Governança Eletrônica do Salvador (Cogel), Cláudio Maltez; o presidente Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Igor Calvet; o executivo Principal em Cidades Inteligentes e Municípios Digitais – CAF – Banco de Desarrollo de América Latina, Marcelo Facchina. 

Além do consultor Sênior de Parcerias e Comunicações Rede de Cidades Resilientes, América Latina e Caribe, Luis Bonilla Ortiz-Arrieta; o chief Business Officer –  Modulus One, Rafael Guedes; a analista de Sistema da Companhia de Governança Eletrônica do Salvador (Cogel), Magda Maria Guimarães de Andrade; a CEO da Necta e idealizadora do Connected Smart Cities & Mobility, Paula Faria; o diretor comercial e marketing e sócio da Urban Systems e Connected Smart Cities, Willian Rigon; o sócio e diretor de projetos da SPIn Soluções Públicas Inteligentes, Vitor Amuri; entre outros especialistas. 

A programação completa está disponível aqui 

AGENDA

A Agenda proposta para os eventos regionais pós-eleição municipal 2020 acontece entre 23 de fevereiro e 17 de agosto de 2021 e contempla os estados/regiões:

Estados Região Nordeste/Cidades: Maceió (AL); Salvador (BA); Fortaleza (CE); São Luís (MA); João Pessoa (PB); Recife (PE); Teresina (PI); Natal (RN); Aracaju (SE);

Estados Região Sul/Cidades: Florianópolis (SC); Curitiba (PR); Porto Alegre (RS);

Estados Região Norte/Cidades: Rio Branco (AC); Macapá (AP); Manaus (AM);  Belém (PA); Palmas (TO); Porto Velho (RO); Boa Vista (RR);

Estados Região Sudeste/Cidades: Vitória (ES); Belo Horizonte (MG); Rio de Janeiro (RJ); São Paulo (SP);

Estados Região Centro-Oeste/Cidades: Brasília (DF); Campo Grande (MS); Cuiabá (MT); Goiânia (GO).


O Encontro Regional Salvador faz parte das ações da 7ª edição do evento nacional Connected Smart Cities & Mobility, que acontece entre os dias 01 e 03 de setembro de 2021 e conta com várias iniciativas pré-evento.

CLIQUE AQUI E ACESSE A MATÉRIA SOBRE O EVENTO NO ESTADÃO MOBILIDADE 

ESPECIAL CIDADES: SÃO CAETANO DO SUL

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São Caetano do Sul foi a primeira colocada no eixo de Educação do Ranking Connected Smart Cities 2020 pelo segundo ano consecutivo

A cidade de São Caetano do Sul (SP) ganhou destaque no Ranking Connected Smart Cities 2020, elaborado pela Urban Systems, ficando na sexta colocação no Ranking Geral e com o primeiro lugar no eixo de Educação. Além disso, a cidade foi a quarta colocada da região sudeste e a segunda colocada entre cidades de 100 a 500 mil habitantes. 

A cidade mantém a primeira posição no recorte de educação pelo segundo ano consecutivo. Os principais pontos positivos com relação aos indicadores estão nas 30,3 vagas em Universidade pública por mil habitantes em idade PEA, a média ENEM de 566 pontos e o fato de que 99,8% dos docentes do ensino médio público possuem ensino superior (aumento de 1 ponto percentual em relação ao ano anterior).



Além disso, é preciso destacar que a despesa paga com educação por habitante na cidade é a de R$2.850, maior que a média nacional: apesar do Brasil investir 5,7% do PIB em educação (percentual maior do que a média de países desenvolvidos), o país investe pouco por aluno. O valor anual aplicado por estudante da rede pública é 54% menor do que a média de países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). 

Nesse sentido, especialistas apontam que não basta apenas investir em educação: é preciso qualificar os investimentos e, principalmente, dar continuidade às políticas educacionais desenvolvidas entre governos e sociedade como um todo. A partir dessa perspectiva, é possível afirmar que São Caetano do Sul alcançou a primeira colocação justamente por desenvolver políticas educacionais que visam a melhora do currículo: não é ao acaso que a taxa de abandono do ensino médio público é de apenas 1,8%. 

Com a pandemia do coronavírus, a impossibilidade de garantir encontros escolares presenciais tornou o investimento em ferramentas digitais essencial: a prefeitura da cidade, por meio da Secretaria de Educação, fez uma parceria com a empresa Google, através da plataforma Google Education, que possui ferramentas para criação de textos, planilhas, e-mails e websites com propósitos educacionais. São Caetano do Sul também foi pioneira em um modelo de avaliação 100% digital, com provas feitas inteiramente em tablets. 

Além disso, foi criado um programa da Prefeitura em parceria com a Universidade Municipal de São Caetano do Sul que promove cursos a distância e tem como objetivo a capacitação de jovens e adultos em diversos setores profissionais. O projeto Capacita São Caetano oferece mais de 30 opções de cursos gratuitos nas áreas de administração e atendimento, gestão, empreendedorismo, logística, entre outros. 

É preciso destacar que, das 20 cidades melhor posicionadas no recorte de educação, 15 estão na região Sudeste. Apenas 10 cidades das 100 melhores no recorte de Educação do Ranking Connected Smart Cities possuem mais de 500 mil habitantes. Esses dados podem ser interpretados como preocupantes, colocando uma boa parcela da população do país (nas cidades com mais de 500 mil habitantes), com acesso a ensino sem qualidade ou até mesmo sem acesso ao ensino de educação básica ou superior.

Das cidades em destaque por região, São Caetano do Sul (SP) e Balneário Camboriú (SC) são as cidades não capitais no topo do eixo de Governança. Recebendo a segunda posição no recorte, São Caetano do Sul é destaque graças a nota na Escala Brasil Transparente de 7,6, pelo Índice Firjan de Gestão Fiscal de 0,8773 e Despesas pagas com Educação e Saúde superior a R$ 2.200,00 per capita. Acesse o resultado completo do Ranking Connected Smart Cities 2020 aqui. 

CONFIRA NOSSAS MATÉRIAS DO ESPECIAL CIDADES:
ESPECIAL CIDADES: SÃO PAULO
ESPECIAL CIDADES: FLORIANÓPOLIS
ESPECIAL CIDADES: CURITIBA

ESTUDO: POLUIÇÃO GERADA POR COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS É RESPONSÁVEL POR 1 EM CADA 5 MORTES NO MUNDO

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Sudeste do Brasil destaca-se entre as regiões mais afetadas. Proconve 8, que reduz a poluição gerada pelos veículos a diesel, pode salvar milhares de vidas

Mais de 8 milhões de pessoas morreram em 2018 devido à poluição por queima de combustíveis fósseis, como o diesel e o carvão. Isto significa que 1 em cada 5 mortes no mundo teve como causa essa modalidade de contaminação do ar – estimativa significativamente superior à de pesquisas anteriores. A informação é de um estudo publicado hoje (09/02) na revista Environmental Research por cientistas da Universidade de Harvard, em colaboração com a Universidade de Birmingham, a Universidade de Leicester e o University College London (UCL).

Os pesquisadores descobriram que a exposição a partículas provenientes de emissões de combustíveis fósseis foi responsável por 21,5% do total de mortes em 2012, caindo para 18% em 2018 devido a medidas mais rigorosas de qualidade do ar na China. Na América Latina, o estudo identificou que, em 2012, quase 6% das mortes de crianças (747 falecimentos) e cerca de 8% das mortes de adultos (cerca de 180 mil falecimentos) tiveram como causa a poluição atmosférica, percentual semelhante ao de adultos mortos no Brasil por essa razão.

As regiões com as maiores concentrações de poluição do ar por combustíveis fósseis – incluindo o Leste da América do Norte, Europa e Sudeste Asiático – têm as maiores taxas de mortalidade, de acordo com o estudo publicado. Nessas regiões, o problema está relacionado, sobretudo, às usinas termelétricas movidas a carvão. O Brasil como um todo não aparece como um dos países mais afetados, mas a região Sudeste se destaca (ver mapa em anexo).

“Quando esses estudos olham para o Brasil, eles observam todo o território, o que pode dar a falsa impressão de que os brasileiros não estão expostos a altos índices de contaminação do ar, mas mais de 80% da população brasileira vive em cidades, que é onde está concentrada a poluição por material particulado oriunda da queima de combustível fóssil”, explica o físico ambiental e professor da USP Paulo Artaxo.

O professor ressalta que essa contaminação é gerada principalmente pelos veículos pesados, como os ônibus movidos à diesel. “Já existe tecnologia para coletivos com baixa emissão ou até emissão zero, como é o caso dos ônibus elétricos, mas o lobby das empresas de transporte junto às câmaras de vereadores tem impedido que o ar das nossas cidades se torne mais seguro.”
Para Artaxo, os legisladores não agem de acordo com a gravidade do problema no país. “As montadoras querem adiar por ainda mais tempo o Proconve 8, um padrão tecnológico que reduz a poluição gerada pelos veículos salvando milhares de vidas e que já foi adotado nos países desenvolvidos uma década atrás. Nós temos que nos questionar: a legislação é feita para proteger as pessoas ou as indústrias?”

METODOLOGIA APRIMORADA

Como os pesquisadores chegaram a um número tão alto de mortes — 8,7 milhões em 2018 somente por combustíveis fósseis —, se o mais recente Global Burden of Disease Study (o maior e mais abrangente levantamento sobre as causas da mortalidade global) coloca em 4,2 milhões o número total de mortes globais por material particulado no ar, incluindo poeira e fumaça de incêndios florestais e queimadas agrícolas?

As pesquisas anteriores dependiam de observações de satélite para estimar as concentrações médias anuais globais de partículas em suspensão no ar, conhecidas como PM2,5. O problema é que essas observações não conseguiam distinguir entre as partículas provenientes de emissões de combustíveis fósseis e aquelas de outras fontes, como poeira e queimadas. Para superar este desafio, os pesquisadores de Harvard se voltaram para GEOS-Chem, um modelo global 3D de química atmosférica com alta resolução espacial. Com isso, foi possível dividir o globo em uma grade com caixas de até 50 km x 60 km e observar os níveis de poluição em cada caixa individualmente.

Outra inovação foi o modelo de avaliação da ligação entre os níveis de concentração de partículas e os resultados em saúde, desenvolvido pelos professores de Epidemiologia Ambiental de Harvard, Alina Vodonos e Joel Schwartz. Este novo modelo encontrou uma taxa de mortalidade mais alta para exposição às emissões de combustíveis fósseis a longo prazo, inclusive em concentrações mais baixas.

“Com dados de satélite, você está vendo apenas peças do quebra-cabeça”, disse Loretta J. Mickley, co-autora do estudo e pesquisadora sênior em Interações Químico-Climáticas da Harvard John A. Paulson School of Engineering and Applied Sciences (SEAS). “É um desafio para os satélites distinguir entre os tipos de partículas, e pode haver lacunas nos dados”.

“Em vez de depender de médias espalhadas por grandes regiões, queríamos mapear onde está a poluição e onde as pessoas vivem, para podermos saber mais exatamente o que as pessoas estão respirando”, disse Karn Vohra, estudante de pós-graduação da Universidade de Birmingham e primeira autora do estudo.

“Muitas vezes, quando discutimos os perigos da combustão de combustíveis fósseis, ficamos no contexto do CO2 e das mudanças climáticas e ignoramos o potencial impacto na saúde”, disse Schwartz.
“Nosso estudo dá novas evidências de que a poluição do ar pela contínua dependência dos combustíveis fósseis é prejudicial à saúde global”, disse Marais. “Não podemos, em boa consciência, continuar a depender dos combustíveis fósseis, quando sabemos que existem efeitos tão severos sobre a saúde e alternativas viáveis e mais limpas”.

Com informações da Assessoria de Imprensa