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ÁGUA E A NECESSIDADE EM ADOTAR SISTEMAS INTELIGENTES NAS CIDADES

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É urgente a implementação de soluções e serviços inteligentes voltados para otimizar o uso da água em todo o seu ciclo

O Brasil é o país mais privilegiado do mundo quando o assunto é água. Com rios espalhados por todo o território brasileiro e períodos de chuva que se prolongam por meses, nossa nação deveria liderar os índices em relação aos serviços relacionados a esse bem que é vital à vida e aos negócios. Mas na contramão das oportunidades que esse recurso oferece, o Brasil desperdiça altos volumes de água e poderia implementar sistemas inteligentes e usufruir das ferramentas disponíveis para otimizar sua distribuição e evitar desperdícios. 

Segundo dados publicados pelo Instituto Trata Brasil, são quase 35 milhões de brasileiros sem acesso à água tratada, ou seja, quase 20% da população não recebe este serviço básico. Outro dado alarmante é em relação às perdas na distribuição de água potável, cuja média nacional é de 38,4% e que chega a 55,5% na região Norte. E apenas 27 municípios entre as 100 maiores cidades brasileiras possuem 100% da população atendida com água potável. 



Soluções e serviços inteligentes

Para reverter esse quadro, é urgente a implementação de soluções e serviços inteligentes voltados para otimizar o uso da água em todo o seu ciclo. Um projeto que servirá de exemplo para o país será Aguaduna, cidade que será construída na região do município de Entre Rios, no litoral norte da Bahia. Tendo como objetivo ser um modelo na relação entre cidade e meio ambiente, o projeto prevê uma infraestrutura de abastecimento que abrange reuso, captação de águas da chuva, utilização de água para agricultura e redução de superfícies impermeáveis – o projeto prevê apenas 14% de superfícies construídas e 86% de área permeável. Com essas iniciativas, estima-se uma redução de 50% na demanda de água potável para a cidade. 

Outra iniciativa simples e muito benéfica que está prevista para o projeto na Bahia é a pavimentação das ruas feita com concreto permeável visando um melhor aproveitamento da água do solo. Essa drenagem do concreto pode chegar a um nível de permeabilidade de 70% das águas pluviais. Além disso, calçadas, jardins e praças serão pavimentados com blocos de concreto com junta aberta, aumentando assim a permeabilidade do solo.

Digitalização e o uso de dados 

Soma-se a essas iniciativas as soluções de digitalização, eletrificação, automação e controle que estabelecem as bases para processos eficientes, confiáveis e sustentáveis e ainda muito pouco utilizadas no mercado brasileiro. Ao digitalizar os sistemas de água e esgoto adotando o conceito de engenharia e operação integradas faz com que seja possível explorar de forma otimizada todo o potencial dos sistemas possibilitando ganhos durante todo o ciclo de vida das instalações, tais como a redução em tempo de projeto de até 20% e de comissionamento de até 15%, redução nos custos de manutenção em até 10%. Essa integração gera benefícios não apenas na execução como também na operação e manutenção de todo o sistema de água e esgoto. 

A digitalização e o uso de dados permitem também o uso de novas tecnologias que geram otimização e redução de custos em toda a operação. Um exemplo é o gêmeo digital, um modelo preciso das plantas que está sempre atualizado, que a partir da representação digital do sistema possibilita antever problemas e realizar atividades de treinamento a partir da simulação em plataformas de acordo com a demanda local e a utilização dos dados em tempo real. 

A tecnologia em benefício à água

O uso de tecnologia também facilita a gestão de todo o sistema, possibilitando a utilização sustentável dos recursos hídricos atuando principalmente na eficiência e otimização de todo o sistema de água e esgoto, reduzindo principalmente o consumo energético e as perdas de água. A digitalização do sistema permite ainda a realização de ações preditivas e gera insights para realizar uma gestão mais inteligente de todos os ativos. 

Projetos que sirvam de exemplo como Aguaduna e o uso de novas tecnologias visando otimizar o sistema de distribuição de água serão fundamentais para o Brasil resolver os problemas hídricos. A aprovação do Marco Regulatório do Saneamento, no ano passado, impõe metas robustas para serem atingidas até 2033, como levar água potável para 99% dos lares brasileiros. Para comemorarmos esse feito ao fim do prazo estipulado pela nova regulamentação, é urgente a adoção de sistemas inteligentes voltados ao uso da água.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities  

ENERGIAS RENOVÁVEIS: SOLAR OU EÓLICA?

Realizada nos dias 22 e 23 de abril e organizada pelo governo Joe Biden, dos Estados Unidos, a Cúpula do Clima ainda repercute no mundo todo devido às promessas ousadas para combater o aquecimento global. Entre os projetos, líderes de importantes Nações afirmaram estar investindo em energias alternativas e limpas, como a eólica e solar. E por aqui? Qual o atual cenário de produção e distribuição destes tipos de energias?

É consenso dos cientistas que a energia eólica é importante porque é renovável e tem baixo impacto ambiental para a sua geração. Essa fonte de energia também está crescendo muito no Brasil. Em 2020 o Brasil era o 8° país do mundo em termos de potência instalada de energia eólica. No início de 2021, haviam 695 parques eólicos e mais de 8.300 aerogeradores. “Temos uma participação de 10.9% da nossa matriz energética, isso em potência instalada. Há uma previsão para 2025 de aumentar de 10.9 para 12.9’%, ou seja, 2% em 4 anos, passando de 18.482 megawatts para 23.651 megawatts”, explica Edval Delbone, coordenador do curso de Engenharia Elétrica do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT).



A energia eólica está bem na frente da energia solar, que também é renovável. Porém, a energia solar tem uma expectativa de crescimento com maior velocidade, mas ainda produz muito pouco, ou seja, enquanto a eólica está em 18.482 megawatts, a solar está em 3.958 megawatts.  Em 2020 o Brasil era o 14° país do mundo em termos de potência instalada de energia solar. Do total da matriz energética brasileira, 1,6% é produzido através de sistemas solares fotovoltaicos.

Qual a diferença entre eólica e solar?

A eólica é mais atrativa economicamente no nordeste e no sul, onde o vento tem uma velocidade bem maior comparado aos demais estados. No estado de São Paulo é possível investir, porém ainda não é atrativo economicamente. Em relação à energia solar, o sol bate no Brasil em qualquer lugar, em qualquer estado a irradiação solar é boa, sobretudo no nordeste.

Portanto, a energia eólica depende do vento, que é mais comum na parte da tarde e de madrugada. Já a solar depende do sol, principalmente do meio dia, onde a incidência é maior e gera mais energia solar. “Ambas são importantes e se complementam. No entanto, ainda não podemos abrir mão de outras fontes de energia firmes, como a usina hidrelétrica, no qual há reservatórios para armazenar água e energia a fim de garantir o abastecimento contínuo, até mesmo no período de estiagem, uma vez que os reservatórios estão cheios de água para produção de energia”, completa o engenheiro da Mauá.

SMARTACQUA OFERECE NOVA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE DIAGNÓSTICO E PROGNÓSTICO COM CONSULTORIA ESPECIALIZADA

A ideia é ajudar as empresas do setor de saneamento básico a combater as perdas de água de forma assertiva e eficiente, utilizando a solução baseada em Inteligência Artificial e Aprendizagem de Máquina.

A SmartAcqua passa a disponibilizar ao mercado brasileiro a Prestação de Serviços de Diagnóstico e Prognóstico das perdas de água, que incluem a Solução SmartAcqua e Consultoria Especializada, voltados para as empresas públicas e privadas de saneamento básico e inclusive para suas prestadoras de serviços. O objetivo pretendido é auxiliar essas empresas a definir processos e metodologias de trabalho para que realmente consigam mapear quais são e onde se encontram as perdas de água nas cidades, além de construir pontualmente justificativa técnica, econômica e financeira para viabilizar a execução de um projeto sustentável.

Hélio Samora, CEO da SmartAcqua, salienta que, especificamente na área de saneamento básico, apenas a implementação de uma tecnologia pode não garantir o sucesso esperado, pois visa somente a disponibilização da solução para o cliente, utilizando os dados adquiridos em condições operacionais. “Por meio da nossa consultoria especializada, essas companhias terão como definir processos e métodos para utilizar a solução SmartAcqua no dia a dia. Isso porque não adianta o sistema gerar os relatórios e ações de campo se o cliente não possui infraestrutura de pessoas e processos para executar as ordens propostas pelo sistema. Sem uma orientação adequada, nada vai acontecer e as perdas vão se perpetuar. É o que acontece na realidade”, explica o empresário.



Na avaliação de Enéas Ripoli, CTO da SmartAcqua, atualmente boa parte das empresas desse setor ainda não possui os recursos necessários para localizar e reduzir as perdas de água de forma eficiente. “A maioria delas sabe de cor e salteado que deve combater as perdas de água, mas não sabe por onde começar ou começa por caminhos equivocados que não levam a obter e maximizar os resultados esperados”. Com isso, segundo Ripoli, elas acabam por desistir ou manter o “status quo” e conviver drasticamente com a escassez de água, em consequência das ineficiências operacionais e comerciais que causam agravantes sociais (doenças) e ambientais. Prova disso são os indicadores do SNIS 2019 mostrando que as perdas totais de água no Brasil são da ordem de 39,2% (água produzida x água faturada – inclusão de políticas tarifárias) e 51,0% (água produzida e efetivamente consumida – exclusão de políticas tarifárias).

A contratação desses serviços pelas empresas privadas será feita de forma direta, e pelas públicas, através da lei de licitações. A SmartAcqua se encarrega de elaborar um orçamento técnico e comercial com base em cada cidade, a partir de dados comerciais, operacionais, de produção e de censo existentes, assim como pesquisas de campo. O prazo mínimo estabelecido de contratação é de seis meses para que o cliente tenha especificadamente toda a condição de executar ou terceirizar os serviços de combate a perdas de água de forma sistemática.

“Além de oferecer uma solução baseada em Inteligência Artificial e Aprendizagem de Máquina, e em constante atualização, o objetivo da SmartAcqua é diversificar a venda e o uso da sua ferramenta, oferecendo valores agregados de Consultoria Especializada para as empresas desse segmento. Esse é o nosso principal diferencial”, finaliza Ripoli.

ESTUDO REVELA AGRAVAMENTO DA CRISE DO TRANSPORTE PÚBLICO

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Prejuízo acumulado de R$ 14,2 bi e mais crescimento de paralisações e greves nos sistemas de transporte coletivo retratam o declínio contínuo desse serviço após 14 meses de pandemia

O agravamento da situação de crise enfrentada pelos sistemas de transporte público por ônibus no Brasil, nos últimos 14 meses, resultou num prejuízo de R$ 14,24 bilhões ao setor até o momento, sem que tenha sido adotada qualquer ajuda emergencial federal para o conjunto das empresas. O monitoramento, realizado pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), traz dados sobre o impacto da pandemia no período de 16 março 2020 a 30 de abril de 2021. Destacam-se a interrupção da prestação dos serviços de 25 operadoras e 1 consórcio operacional e demissões de 76.757 trabalhadores. Observa-se também a insatisfação da população com a redução ou interrupção da oferta de transporte público.

“Esses dados confirmam o cenário de colapso que a NTU vem alertando há alguns meses ao poder público, em vão”, desabafa Otávio Cunha, presidente-executivo da NTU. E reforça que esse contexto evidencia ainda mais a necessidade de ação imediata para que os serviços de transporte público por ônibus sejam preservados.



O estudo detalhado com os impactos da pandemia no setor de transporte público destaca também que, nesses 14 meses, 88 sistemas de transporte público por ônibus em todo o país foram atingidos por 238 movimentos grevistas, protestos e/ou manifestações que ocasionaram a interrupção da oferta de serviços em várias cidades. Na maioria dos casos, os protestos foram motivados pela falta de caixa nas empresas para o pagamento de salários e benefícios para os colaboradores, devido ao desequilíbrio econômico-financeiro causado pela forte queda na demanda de passageiros.

Quanto à suspensão da prestação do serviço, a pandemia também deixou um grave saldo negativo. No período avaliado, 13 operadoras e 1 consórcio suspenderam as atividades;  duas operadoras, 1 consórcio operacional e 1 sistema BRT (do Rio de Janeiro) sofreram intervenção na operação; cinco operadoras encerraram as atividades; e quatro tiveram seus contratos suspensos.

“É muito importante destacar que, lamentavelmente, esse cenário só tende a piorar, enquanto o Poder Público nas três esferas de governo – federal, estadual e municipal – não atentar para as necessidades desse sistema. Há uma necessidade emergencial, de ajuda financeira imediata, e uma necessidade de longo prazo, de reestruturação total da forma de contratação e operação dos serviços, como já foi proposto ao Governo Federal. Essas mudanças são consenso entre todas as entidades do setor, especialistas e organizações da sociedade civil ligadas ao transporte público”, complementa o presidente da NTU. Ele enfatiza que, se nada for feito, o transporte público, em especial o ônibus coletivo urbano, não se sustentará por muito tempo e não sobreviverá após a pandemia, especialmente se for mantido o atual modelo de remuneração do serviço.

Acesse aqui o estudo na íntegra!

DESENVOLVE SP LANÇA LINHA DE CRÉDITO PARA PROJETOS DE SANEAMENTO

O Desenvolve SP, banco do Governo do Estado de São Paulo, lançou a Linha Economia Verde (LEV) – Saneamento e Resíduos, voltada ao financiamento de projetos de preservação da água e tratamento de resíduos sólidos de micro, pequenas e médias empresas.

A iniciativa integra a série de medidas da instituição financeira para estimular a retomada da economia de forma sustentável para as empresas, o meio ambiente e a sociedade.



Os recursos da linha LEV – Saneamento e Resíduos provêm da parceria inédita entre o Desenvolve SP, a International Finance Corporation – IFC e o Santander Brasil, por meio da qual o banco estadual captou US$ 100 milhões (cerca de R$530 milhões) para financiamento de projetos sustentáveis de empresas paulistas. Deste total, 25% (cerca de R$130 milhões) serão fornecidos pela nova linha; e 75% serão disponibilizados para obras do programa de despoluição Novo Rio Pinheiros.

Micro, pequenas e médias empresas podem solicitar crédito para financiamento de projetos de preservação da água e gestão de resíduos com condições favoráveis e prazos prolongados.

 

ODSs

A LEV – Saneamento e Resíduos atende ao item 6 dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável – ODS, da ONU, que propõe assegurar a disponibilidade e a gestão sustentável da água e saneamento para todos; ao objetivo 11, que visa reduzir o impacto ambiental por meio da gestão de resíduos municipais; e ao item 12, que trata da redução substancial de geração de resíduos por meio da prevenção, redução, reciclagem e reuso.

O Desenvolve SP já investiu R$1,5 bilhão em projetos alinhados aos ODS da ONU. Em 2020, foram mais de R$111 milhões investidos no financiamento de projetos sustentáveis por meio da linha de crédito Economia Verde, um aumento de 208% em relação a 2019, quando a modalidade registrou em torno de R$36 milhões em aportes.

GESTÃO DA EDUCAÇÃO PARA A EQUIDADE RACIAL É TEMA DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL

Disponível para todas redes municipais de educação, tecnologia do programa Melhoria da Educação tem por objetivo apoiar na promoção da igualdade de oportunidades para estudantes

De acordo com estudo do INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) de 2018, 39% de estudantes pretos e 34% de pardos apresentam trajetórias escolares não lineares, marcadas por reprovações e abandono. Entre os brancos, o percentual é de 22%. Esse é apenas um dos diversos dados que representam a desigualdade educacional no país.

Para uma educação com mais equidade, secretarias de educação de todo o país precisam atuar na promoção da igualdade de oportunidades para estudantes da educação básica. Com o objetivo de apoiar as redes de ensino a ressignificarem seus processos pedagógicos e de gestão, o  Itaú Social lançou a tecnologia educacional “Gestão da Educação para a Equidade Racial”, que está disponível gratuitamente no site do programa Melhoria da Educação.



A tecnologia é destinada para todas as secretarias de educação. Para implementá-la, é preciso envolvimento do gestor e sua equipe que vão ajustar as ações conforme a realidade local do município.

“Nesta tecnologia, o gestor ou gestora vai se apropriar de conhecimentos necessários para promover e fortalecer as estratégias de promoção da equidade racial na educação básica. O que implica tratar de temas como racismo, discriminação e segregação, presentes no cotidiano educacional, mas nem sempre abordados”, explica a especialista em educação do Itaú Social, Sonia Dias.

Durante a jornada, os participantes poderão elaborar diagnósticos sobre a situação de crianças, adolescentes e jovens negros e indígenas e se apropriar de conhecimentos para a implementação de normativas que ampliem o acesso à diversidade étnico-racial. Também contarão com instrumentos de monitoramento e avaliação para identificar as mudanças da sua realidade.

Resultados esperados

Curto prazo: ter a gestão municipal engajada para o avanço das práticas de equidade racial na educação municipal; implementar o plano de ação para a inserção da equidade racial nos processos de gestão e pedagógico, com aval da governança.

Médio prazo: orientar as estratégias da secretaria municipal de educação pelas leis nº 10.639/2003 e nº 11.645/2008; inserir a temática da equidade racial nos processos da secretaria, no currículo municipal e no Projeto Político Pedagógico (PPP) das escolas; ter profissionais da secretaria capazes de implementar ações de equidade racial em seu cotidiano.

Longo prazo: aumentar o desempenho e reduzir a evasão escolar entre crianças, adolescentes e jovens negras(os) e indígenas; ter escolas implementando PPPs dotados de metas de equidade racial.

Melhoria da Educação

O programa, desenvolvido há mais de 20 anos pelo Itaú Social, tem por objetivo contribuir com o fortalecimento das secretarias municipais de educação para garantir acesso, permanência e aprendizado com equidade. Em seu site, também estão disponíveis as tecnologias educacionais Planejamento estratégico e Gestão de pessoas e de recursos. Além disso, a plataforma oferece o Autodiagnóstico da Rede de Ensino, instrumento disponível para que os gestores avaliem diferentes aspectos da gestão de uma secretaria de educação.

O TRABALHO DA SEGURANÇA ELETRÔNICA PARA A INOVAÇÃO BRASILEIRA

Nos últimos anos, as principais capitais do mundo entenderam que a segurança eletrônica é essencial para a gestão de cidades. Quando pensamos em Smart Cities é importante ter em mente que esta é uma necessidade para manter a oferta de serviços básicos apesar do adensamento populacional. O que poucos notam, é que a realização de grandes projetos não depende apenas de novas tecnologias, mas do trabalho de associações, empresas e empreendedores para criar bases legais, certificações e estruturas que possibilitem a integração entre setor público e privado.   

No Brasil, nosso setor é o pilar para a consolidação do ecossistema de Cidades Inteligentes. Em primeiro lugar, a segurança eletrônica é a base da pirâmide tecnológica nacional. O parque de equipamentos instalados, como câmeras, alarmes, controladoras, sistemas de monitoramento, dentre outros, formam o solo através do qual – tanto o setor público quanto o setor privado – devem partir para construir e integrar dados, tecnologias e soluções à serviço do bem-estar social.



Este é o desafio que a Abese aceitou e que vem correspondendo ao representar as empresas de sistemas eletrônicos de segurança perante o governo brasileiro. A participação ativa em projetos de leis e na estruturação de políticas públicas para o setor tecnológico, assim como a presença nas câmaras 4.0 do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), tem o intuito de apresentar o segmento como uma ferramenta de escalabilidade de tecnologias, integrando-o ao ecossistema de inovação brasileiro.

O próximo passo da segurança eletrônica já foi dado. Neste ano, o ABESE LABS By PNIT2I abrirá as portas para receber fabricantes de hardware e software abertos e municípios interessados em replicar estas soluções em larga escala. Trata-se de uma ação concreta que integra empresas da segurança eletrônica, demandantes públicos – municipais, estaduais e federais – assim como representantes do setor privado em busca de inovação.

As soluções abertas do ABESE LABS By PNIT2I serão licenciadas exclusivamente pela associação – que servirá como um polo de integração e neutralidade entre o setor público e a segurança eletrônica. É importante notar que todo o trabalho que desempenhamos até aqui reverbera neste lançamento, como a Lei das TICs: os fabricantes de equipamentos poderão, através desta legislação, utilizar o incentivo fiscal para mobilizar ações de inovação dentro do ecossistema Abese para contribuir no desenvolvimento de equipamentos e soluções.

Desejo reforçar todo trabalho estratégico que existe por trás de cada conquista. Para gerar um ecossistema propício ao desenvolvimento da segurança eletrônica, a Abese mobilizou governos estaduais, municipais e federais, centros de pesquisa, academias e agências de fomento. Neste caminho, é fundamental contar com o apoio dos principais interessados: os empresários do setor. Se não existe futuro sem a segurança eletrônica, é correto afirmar que não existe segurança eletrônica sem o esforço coletivo dos diferentes atores que a formam. A Abese conquistou muito, mas o potencial do segmento é inesgotável desde que trabalhemos juntos.

Por Selma Migliori, presidente da ABESE – Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança

ESTUDO MOSTRA IMPACTO DE FORMAÇÃO E ATRAÇÃO DE TALENTOS NA TRANSFORMAÇÃO DE CIDADES

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Resultados do Smart Floripa – Transformando Florianópolis numa Cidade Inteligente é apresentado pela ABES no Connected Smart Cities

A ABES – Associação Brasileira das Empresas de Software, sempre em busca de soluções para um Brasil mais digital e menos desigual, apresentou os resultados do estudo apoiado pela associação “Smart Floripa – Transformando Florianópolis numa Cidade Inteligente”. A Diretora de Inovação e Fomento da ABES, Jamile Sabatini Marques, marcou presença no Evento Regional Florianópolis, organizado pela Connected Smart Cities, e moderou o painel ‘Apresentação do plano de Cidades Inteligentes para Florianópolis’.

A pesquisa, realizada pela Fecomercio com apoio da ABES e em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a Universidade de São Paulo (USP), a QUT da Austrália, a Prefeitura da Capital, o Instituto Lixo Zero, Floripamanhã, Senac, Sebrae SC e o Governo do Estado, mostra que a formação, a atração de talentos, a criação de mais espaços de convívio e a valorização da arte e da cultura locais, estão entre as medidas consideradas essenciais para transformar a cidade.



“Com esse estudo conseguimos constatar que dentre outras ações, é importante que trabalhemos o empreendedorismo nas crianças e nas mulheres, e principalmente no setor de tecnologia e inovação, que demostra uma falta de mão de obra qualificada. Além disso, se faz necessário o investimento na desburocratização, infraestrutura e mobilidade urbana inteligente, assim conseguimos dar uma estrutura melhor para termos jovens talentos e emergentes capacitados para o mercado de trabalho. Esse olhar crítico para todos esses pontos é essencial e de fundamental importância para a construção de uma cidade inteligente”, aponta Jamile.

Florianópolis conquistou o segundo lugar no Ranking Connected Smart Cities pelo seu potencial em inovação, mobilidade e tecnologia. “Conseguimos ver que todos os participantes do evento trouxeram ações que nos colocaram em reflexão sobre o que é importante para a cidade crescer e se tornar uma cidade inteligente. Finalizamos o evento certo de que precisamos trabalhar em conjunto com os diferentes atores da região para alcançarmos o mesmo objetivo”, explica.

O estudo, que está disponível para consulta aqui, foi apresentado no Evento Regional Florianópolis, organizado pela Connected Smart Cities, que aconteceu no dia 8 de junho. Realizado 100% digital, a apresentação reuniu governo, entidades e empresas para debater e realizar troca de ideias focadas na necessidade das cidades brasileiras para que possam tornar-se mais inteligentes e conectadas. Outras regiões do país também serão debatidas. Confira no calendário de eventos: https://evento.connectedsmartcities.com.br/eventos-regionais/

 

O QUE É UM “LUGAR”? E POR QUE TODA INSTITUIÇÃO E EMPRESA PRECISA ENTENDER ISSO?

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As cidades são feitas de lugares. Os lugares são sustentados por infraestruturas que devem ser bem integradas para que esses lugares “funcionem bem”

Se não compreendemos bem o que é um “lugar” acabamos confundindo-o com os edifícios onde os lugares se instalam, com a infraestrutura que fornece os serviços e amenidades que os tornam possíveis, com as localizações geográficas nas quais estão posicionados.

Nada disso é o lugar. O “lugar” é onde a vida acontece: onde interagimos socialmente, criamos vínculos afetivos, pertença e comunidade, produzimos valor e construímos a riqueza da cidade.



As cidades são feitas de lugares. Os lugares são sustentados por infraestruturas (territoriais, sistema viário, edificações, paisagem, saneamento, eletricidade, telecomunicação, etc.) que devem ser bem integradas para que esses lugares “funcionem bem”.

Os diversos lugares

A rigor, o lugar está em nossa mente, na psique e na cultura. Só existem “praças” se a utilizamos como tal: esticar uma esteira, encontrar amigos, familiares e outros cidadãos, passear com o cão, brincar e desfrutar o ar livre. Caso faça-se um cercado, cheguem food trucks, toque-se música ao vivo e cobre-se entrada para escutar o show, a praça se converteu em lugar de espetáculos. Nossa casa é onde acontecem os rituais domésticos, nos sentimos confortáveis e relaxados. De vez em quando, o “lugar casa” aparece em outros “locais”, como o hotel ou a casa de amigos. Na cidade inteira é a mesma coisa: a Avenida Paulista aberta a pedestres nos domingos reconfigura a vida coletiva. Fechada torna-se via de tráfego.

Marc Augé diz que existem os “não-lugares”, aquelas localidades onde não podemos ancorar nossa pertença à vida coletiva, ou esperar que algo significativo aconteça: saguões de aeroporto, entroncamentos viários, rodovias, etc. – em geral, são os “novos lugares” necessários à vida moderna, mas que têm pouca ou nenhuma ligação com a cultura e a produção de riqueza. A tarefa dos urbanistas, hoje, é compreender como os “novos lugares” têm surgido, e como será a configuração dos lugares no futuro.

O “lugar” como conexão entre muitos “locais”

Mas, como os lugares não são localidades, uma ligação de zoom é, hoje, o “lugar” em que muitos de nós vivem a maior parte do dia. Mas onde está essa ligação de zoom? Ela conecta muitos locais diferentes, e cria um lugar que não pode ser localizado em nenhuma coordenada geográfica, mas conecta muitas delas em um mesmo lugar. Isso já acontecia na organização das corporações e instituições: a coleção de escritórios, filiais, pontos de contato com clientes e colaboradores – uma rede distribuída de situações e locais que compõem o “lugar daquela instituição”, a qual não pode ser reduzida a um “local específico”. Chamo isso de “lugares translocais”, que conectam muitos locais.

O futuro dos distritos criativos

Na sociedade pós-industrial, a produção de riqueza não acontece mais na fábrica, e sim em “distritos criativos”. A cidade futura tende a ser uma coleção de distritos criativos, produzindo riqueza para nichos e contextos culturais ainda desconhecidos. A Cidade Compacta tende a se transformar na Cidade Distribuída, na qual esses distritos não são um bairro, mas um lugar translocal que articula várias localidades mundo afora. Um dos papéis do planejamento urbano futuro será promover o surgimento desses distritos translocais.

Já estão surgindo novos equipamentos urbanos, capazes de apoiar essas comunidades globais que, paradoxalmente, desejam e desfrutam a vida hiperlocal. Por enquanto, de maneira tímida: distritos criativos ainda muito concentrados no território, exclusivos e dependentes de entidades patrocinadoras. Esses lugares não podem ser o “lugar do privilégio”: devem ser múltiplos e relacionados às mais diversas parcelas da população, e não só ligados à “inovação branca e eurocêntrica”.

Do mesmo jeito que as empresas já estão aprendendo que não adianta fazer uma “sala da inovação”, na qual pode-se “colar post-it na parede” e conversar abertamente, e sim que a inovação deve ser um princípio transversal à empresa e seus espaços, os agentes imobiliários logo perceberão que para promover inovação urbana não faz sentido construir distritos/bairros concentrados e isolados no território. É necessário promover qualidade de vida hiperlocal — a rica vida social do bairro — para que o “lugar” da criatividade global possa acontecer. Nesse sentido, é melhor requalificar e ressignificar o patrimônio edificado, muitas vezes abandonado nos centros das cidades, do que criar novos bairros “greenfield” em regiões afastadas.

A Cidade deve prover os encontros cotidianos da vida urbana, e que esses possam estar conectados a outras localidades espalhadas pelo globo, compondo o contexto, ou seja, o “lugar” em que acontece a inovação.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities  

UM GRANDE PROJETO DE CONCESSÃO DE RODOVIAS PARA A SYSTRA

SYSTRA Brasil faz parte do consórcio responsável pelos serviços técnicos de estruturação do projeto de concessão de 1.646 quilômetros de rodovias federais.

A SYSTRA Brasil, em parceria com a Dynatest e Manesco, faz parte do consórcio responsável pelos serviços técnicos de estruturação do projeto de concessão de 1.646 quilômetros de rodovias federais (trechos passam por Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Ceará e Goiás) guiado pelos estudos que estão sendo feitos pelo Ministério da Infraestrutura (MInfra) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)

Contratado em abril, a SYSTRA e outras empresas darão suporte ao BNDES ao longo das etapas necessárias para o processo de desestatização, incluindo as fases de estudos técnicos, de audiências públicas, análise do Tribunal de Contas da União (TCU) e realização dos leilões.



Os estudos compreenderão nove trechos e deverão ser concluídos no primeiro trimestre de 2022, seguido da aprovação do MInfra, consulta pública e análise do Tribunal de Contas da União. É esperado que os trechos rodoviários deem origem a mais de uma concessão, cujos leilões devem ser realizados entre o segundo semestre de 2022 e o primeiro semestre de 2023. No total, estão previstos cerca de R$ 9,6 bilhões em investimentos nas rodovias.

“Ao longo dos dois últimos anos trabalhamos muito nesse novo modelo de concessões de rodovias, que necessitou do amadurecimento das equipes e do convencimento da sociedade. A elaboração dos estudos pelo BNDES é um marco essencial para a continuidade da carteira de projetos de parcerias do Ministério da Infraestrutura”, pontua a secretária de Fomento, Planejamento e Parcerias do MInfra, Natália Marcassa.

IMPACTO POSITIVO NA ECONOMIA DO PAÍS

“Trata-se de um projeto importante para o BNDES, que faz parte de uma carteira de ativos logísticos com investimentos estimados em R$ 150 bilhões, com impacto direto no aumento da eficiência e da competitividade do país, bem como na geração de empregos”, afirma o diretor de Infraestrutura, PPPs e Concessões do BNDES, Fábio Abrahão.

Além de trechos de rodovias existentes, os estudos contemplarão a elaboração de traçados referenciais de trechos a serem construídos, como o Novo Anel Rodoviário de Goiânia (GO), o Novo Anel Rodoviário de Feira de Santana (BA) e o Contorno Rodoviário do Recife (PE). Tais intervenções têm por objetivo reduzir o trânsito de veículos pesados nas travessias urbanas, permitindo a maior fluidez na região metropolitana das cidades e reduzindo acidentes.

AMPLA EXPERIÊNCIA EM CONCESSÕES

O Grupo SYSTRA possui ampla experiência na modelagem de concessões de infraestruturas e serviços no setor de transporte, principalmente na realização de estudos de viabilidade técnico-econômica e ambiental (EVTEA), com a estimativa de receitas e despesas ao longo do período de exploração. Nos orgulhamos de possuir uma carteira diversificada com mais de 450 clientes privados atendidos, incluindo grandes stakeholders do setor de infraestrutura de transportes nacional e acionistas de concessões vigentes no país. Também já assessoramos mais de 100 órgãos públicos e instituições diversas (entre governos federal e estaduais, prefeituras e fundações) no planejamento e desenvolvimento de soluções de tráfego e transporte, incluindo a modelagem de novos programas de concessão e processos licitatórios.
Para saber mais sobre a experiência de concessões da SYSTRA, acesse: https://www.systra.com.br/pt_br/mercados/article/concessoes

Com informações da Assessoria de Imprensa da Systra.

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