A empresa é referência no desenvolvimento de soluções para gestão pública e atua em todo o território nacional.
NOTÍCIA:
Mylena Kosimenko, colaboradora da Plataforma Connected Smart Cities, foi a entrevistadora desta edição do Conecta Talks.
O Conecta Talks é uma iniciativa do Connected Smart Cities, uma plataforma que, ao integrar com sua comunidade, acelera o processo de desenvolvimento das cidades inteligentes no Brasil.
Nesta edição, o programa recebeu o executivo do Instituto das Cidades Inteligentes, Mauricio Pimentel. O ICI é responsável pela promoção do desenvolvimento de cidades mais inteligentes e conectadas e é um dos grandes parceiros do Connected Smart Cities & Mobility Nacional 2023. O evento será realizado entre os dias 4 e 5 de setembro, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo.
DESTAQUES DA ENTREVISTA:
Na abertura do programa, o Diretor-Presidente do ICI, Mauricio Pimentel, abordou a trajetória do Instituto, que completa 25 anos de fundação neste ano, e suas últimas ações em prol do desenvolvimento das cidades brasileiras.
Sobre o compromisso do Instituto de fomentar a transformação das cidades brasileiras em cidades cada vez mais inteligentes e conectadas, Mauricio compartilhou as atividades que vêm realizando para cumprir essa missão.
O ICI também é reconhecido por oferecer um ambiente de trabalho colaborativo e inspirador. Neste âmbito, o Diretor-Presidente contextualizou as estratégias implementadas para a geração de impactos positivos nos ecossistemas das cidades.
Antes do encerramento do programa, Maurício Pimentel compartilhou suas expectativas para o Evento Nacional Connected Smart Cities & Mobility.
Conheça as principais cidades inteligentes do Brasil e seus diferenciais.
A transformação digital está mudando a maneira como convivemos em sociedade. O conceito de cidade inteligente tem se disseminado pelo Brasil e pelo mundo como uma possibilidade de locais com maior qualidade de vida, planejamento e estratégia urbana.
Soluções de mobilidade, segurança pública e serviços básicos são o ponto inicial para a construção de cidades inteligentes. Ferramentas como a central de câmeras de monitoramento em grandes cidades são essenciais não só para a segurança pública como para o ordenamento e a mobilidade urbana, por exemplo. As cidades inteligentes utilizam a tecnologia para planejar e conectar a vida em sociedade.
O que são cidades inteligentes?
Uma cidade inteligente consegue alinhar tecnologia com o progresso social e a sustentabilidade. Nesse sentido, as pessoas são o centro do desenvolvimento, tecnologia e gestão urbana. Todos os projetos são desenvolvidos pensando no progresso e no bem-estar dos cidadãos.
Confira abaixo quais são os principais aspectos que tornam uma cidade inteligente.
Mobilidade
O desenvolvimento de estratégias de mobilidade urbana é uma forte característica de cidades inteligentes. Os sistemas de transporte devem ser integrados, facilitando a movimentação para qualquer canto da cidade. Além disso, o transporte precisa ter uma estrutura sustentável e uma integração que permita meios de locomoção mais seguros.
A cidade de Brasília, no Distrito Federal, por exemplo, possui um sistema de mobilidade urbana que é exemplo para o Brasil, com uma cobertura abrangente de linhas de Metrô, sistema de bilhete eletrônico e semáforos automatizados, além de uma grande extensão de ciclovia — cerca de 18 km para cada 100 mil habitantes.
Segurança
A segurança pública é fator primordial para uma cidade inteligente. Os sistemas de monitoramento, a integração entre as autoridades de segurança e a comunicação entre governo e cidadãos são pontos fundamentais para uma cidade segura de forma inteligente.
Sustentabilidade
A sustentabilidade é um dos temas mais importantes no mundo atual. Uma cidade inteligente busca adotar soluções que visam o progresso baseado em soluções e ações sustentáveis. Não há mais espaço para desenvolver cidades sem se preocupar com o meio ambiente.
Comunicação e bem-estar
O uso da tecnologia permite que governos desenvolvam canais e soluções de comunicação muito mais eficazes com os cidadãos. Esse diálogo é mais efetivo e transparente, incentivando a participação popular e proporcionando iniciativas voltadas ao bem-estar e à qualidade de vida da população.
Empreendedorismo
O empreendedorismo é um dos pilares de cidades inteligentes, já que a união entre o setor público e o privado é crucial para o desenvolvimento de iniciativas inovadoras e sustentáveis.
Um dos exemplos brasileiros é o Vale do Pinhão em Curitiba (PR), hub de inovação criado pela prefeitura da cidade que engloba a participação de universidades, centros de pesquisa e startups no desenvolvimento de soluções inovadoras para a cidade.
Ranking destaca as cidades mais inteligentes do Brasil
O ranking Connected Smart Cities 2022, produzido pela plataforma de inovação Necta, apontou as principais cidades inteligentes no Brasil. No topo do ranking, a cidade de Curitiba se destaca por iniciativas de gestão pautadas por tecnologia e sustentabilidade.
O estudo mapeia dados de todas as cidades brasileiras com mais de 50 mil habitantes. A classificação é obtida após a avaliação de 75 indicadores que analisam diversas questões centrais para uma cidade inteligente, como o meio ambiente, a governança, a mobilidade, a inovação e o empreendedorismo.
Dentre as 10 cidades mais inteligentes do Brasil, o ranking conta com sete capitais: Curitiba (PR), Florianópolis (SC), São Paulo (SP), Vitória (ES), Salvador (BA), Rio de Janeiro (RJ) e Brasília (DF). O ranking é completado por outras três cidades do Sudeste: São Caetano do Sul e Campinas, em São Paulo, e Niterói, no Rio de Janeiro.
A inovação e a sustentabilidade são as principais pautas das cidades inteligentes. No Brasil, a maioria das iniciativas são feitas em parcerias do setor público com o setor privado e visam atender às principais necessidades da população para otimizar a qualidade de vida nas cidades.
Novos equipamentos registram fluxo de veículos e geram dados pra medidas futuras.
Um novo sistema de monitoramento do trânsito segue em instalação na cidade, o que vai garantir mais segurança para os condutores e a redução dos riscos de acidentes em trechos de maior fluxo de veículos, através de tecnologia de ponta.
O sistema é composto de equipamentos que monitoram o tráfego, calculam a velocidade, os horários de maior fluxo e outras informações, que ajudarão a mobilidade urbana da cidade tomar medidas no futuro. Essas medidas poderão ser a instalação de novos radares, a colocação de agentes de trânsito, semáforos, entre outros.
De acordo com a equipe da Secretaria de Mobilidade Urbana, o aumento do número de colisões e de acidentes com óbitos nos últimos dois anos reforçam a estratégia de monitorar e fiscalizar o tráfego de veículos na cidade.
“Estamos reativando os pontos de monitoramento em locais já reconhecidos da cidade como de intenso tráfego e de alto risco de acidentes. O sistema tem como premissa elevar a segurança, reduzir riscos e proteger a vida de todos que compartilham a rotina do trânsito de Macaé. As imagens e dados coletados pelos equipamentos também poderão auxiliar nas operações de segurança na cidade”, destaca Jayme Muniz, secretário de Mobilidade Urbana
Os equipamentos instalados em pontos da Linha Vermelha, Avenida Hildebrando Alves Barbosa, Avenida Industrial e Estrada da Cancela Preta ainda não entraram em operação, e complementam outro sistema também aplicado pela Mobilidade Urbana na cidade: a renovação de 90% dos semáforos em operação na cidade.
Os novos semáforos serão equipados com o sistema “onda verde”, além de garantir a solução de falhas em tempo real, de forma remota e direcionada, com capacidade de modificar rotas e fluxos reduzindo assim o impacto na rotina do trânsito da cidade.
Esta nova tecnologia permitirá à equipe da Mobilidade alterar de forma remota os equipamentos com base nos dados de velocidade identificados nos 35 pontos de monitoramento, reduzindo assim pontos de retenção do tráfego.
“Esta nova operação definida por nossa secretaria segue modelo adotado nas principais capitais do país, que compartilham com Macaé uma dinâmica econômica que movimenta diariamente milhares de pessoas que residem ou cruzam o município”, apontou Jayme.
A inteligência artificial é um ramo da ciência da computação que se concentra no desenvolvimento de algoritmos e sistemas capazes de realizar tarefas que normalmente exigem inteligência humana, como reconhecimento de fala, visão computacional e tomada de decisões. Esses sistemas são baseados em redes neurais artificiais, que são modelos computacionais inspirados no cérebro humano.
Como um “tecnotimista”, acredito que a IA é uma das ferramentas mais poderosas que temos para criar um mundo melhor, mais seguro eficiente. Esta revolução tecnológica já está mudando o mundo, inclusive as cidades em que vivemos.
A inteligência artificial pode trazer inúmeros benefícios para as cidades, desde a melhoria da segurança até a redução de custos. Com a utilização de sistemas de monitoramento e análise de dados, é possível detectar comportamentos suspeitos e prevenir crimes antes mesmo que eles aconteçam. Além disso, a inteligência artificial pode ser usada para otimizar a mobilidade urbana. Todos estes benefícios estão diretamente ligados ao conceito de cidades inteligentes.
A inteligência artificial tem um papel fundamental no futuro das cidades. Com sua capacidade de processar grandes quantidades de dados em tempo real, ela pode ajudar a melhorar diversas áreas. Neste artigo elnquei cinco aplicações inovadoras da utilização da IA em cidades pelo mundo.
Century Tech: aprendizado adaptativo nas escolas do Reino Unido
O aprendizado adaptativo é uma abordagem de ensino que personaliza o processo de aprendizagem para cada aluno, com base em suas habilidades e necessidades individuais. Isso significa que cada aluno é capaz de aprender no seu próprio ritmo, tornando o processo de aprendizagem mais eficiente e eficaz.
A Century Tech é uma plataforma de aprendizado adaptativo alimentada por IA que está mudando a forma como os alunos aprendem no Reino Unido. Com sua tecnologia, a plataforma está ajudando os professores a personalizar o ensino para cada aluno, permitindo que eles atinjam todo o seu potencial. Os alunos têm acesso a um currículo personalizado que se adapta às suas necessidades individuais, fornecendo feedback instantâneo e monitorando seu progresso em tempo real. Isso significa que eles podem aprender no próprio ritmo e ter a ajuda de que precisam para superar qualquer lacuna de conhecimento.
A implantação da plataforma de aprendizado adaptativo da Century Tech em escolas públicas do Reino Unido tem sido um sucesso retumbante. Os resultados mostram que a IA é capaz de monitorar o progresso dos alunos em tempo real e identificar lacunas de conhecimento que precisam ser preenchidas. Isso permite que os professores personalizem o ensino para cada aluno, fornecendo feedback instantâneo e recursos adicionais quando necessário.
Amsterdam Chatbot
O Amsterdam Chatbot é uma ferramenta que tem revolucionado o atendimento ao cidadão em Amsterdã. Desenvolvido com tecnologia de ponta, ele oferece respostas rápidas e precisas para dúvidas e problemas relacionados à cidade.
Com uma interface simples e fácil de usar, o Amsterdam Chatbot é capaz de fornecer informações sobre serviços municipais, eventos, transporte público e muito mais. Além disso, ele está disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana, o que significa que os usuários podem obter ajuda a qualquer hora do dia ou da noite.
Além disso, o chatbot também fornece informações sobre eventos na cidade, como shows e exposições, e sobre o transporte público, incluindo horários de ônibus e trem. Outra funcionalidade importante do Amsterdam Chatbot é a capacidade de responder a perguntas relacionadas à cidade, como questões sobre impostos e regulamentos locais. Isso torna a ferramenta extremamente útil para quem está se mudando para Amsterdã ou para quem precisa resolver problemas burocráticos na cidade.
Sistema de Iluminação Pública Inteligente em Copenhagen
O sistema de iluminação pública inteligente em Copenhagen é um exemplo notável do compromisso da cidade com a sustentabilidade e a inovação tecnológica. Os sensores e algoritmos de IA são usados para ajustar o brilho das luzes com base nas condições de iluminação natural e no tráfego, garantindo que as luzes sejam sempre eficientes e adequadas às necessidades da cidade. O case de Copenhagen ilustra bem o conceito de AIOT, uma mistura das aplicações de internet das coisas (IOT) e inteligência artificial (IA).
Os sensores detectam a presença de pessoas e veículos nas ruas e ajustam o brilho das luzes de acordo com a demanda, economizando energia e reduzindo os custos para a cidade. Além disso, o sistema é capaz de monitorar a qualidade do ar e o nível de ruído na cidade, permitindo que as autoridades tomem medidas para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos.
A gestão eficiente de energia não só traz benefícios ambientais, mas também econômicos, como a economia de custos. Além disso, iniciativas como o sistema de iluminação pública inteligente mostram como a implementação de tecnologias avançadas, como a inteligência artificial, pode ajudar a criar cidades mais sustentáveis e eficientes.
Sistema de reconhecimento facial em Londres
O sistema de reconhecimento facial utilizado pela polícia de Londres é baseado em tecnologia de inteligência artificial, que permite analisar imagens capturadas por câmeras de segurança instaladas em locais públicos. As imagens são comparadas com bancos de dados de suspeitos procurados, incluindo pessoas procuradas por crimes graves, como terrorismo e assassinato. Quando uma correspondência é encontrada, os oficiais são alertados para verificar a identidade da pessoa e tomar medidas apropriadas.
Desde a implementação do sistema de reconhecimento facial na cidade de Londres, houve um aumento significativo na identificação e captura de criminosos procurados. De acordo com dados divulgados pelo Departamento de Polícia Metropolitana, o número de prisões relacionadas a crimes graves aumentou em 70% após a instalação dos dispositivos de reconhecimento facial em locais públicos.
Um dos principais desafios da implementação da inteligência artificial nas cidades é garantir a privacidade dos cidadãos. Com o aumento do uso de câmeras de vigilância e sensores, existe o risco de que informações pessoais sejam coletadas sem consentimento ou utilizadas de forma inadequada. O sistema de Londres já gerou inúmeros protestos neste sentido.
O sistema de gerenciamento de tráfego inteligente de Singapura
Singapura é uma cidade líder em tecnologia de gerenciamento de tráfego inteligente, graças ao seu sistema altamente avançado de coleta de dados em tempo real. O sistema usa uma combinação de câmeras e sensores para monitorar o tráfego em toda a cidade, permitindo que os algoritmos de IA otimizem os tempos de sinalização dos semáforos para reduzir o congestionamento e melhorar a fluidez do tráfego.
A precisão e a eficiência dessas tecnologias são impressionantes. As câmeras são capazes de capturar imagens de alta resolução de veículos em movimento, enquanto os sensores podem detectar até mesmo pequenas mudanças no fluxo de tráfego. Isso permite que o sistema de gerenciamento de tráfego de Singapura colete dados extremamente precisos e atualizados em tempo real, garantindo que as decisões tomadas pelos algoritmos de IA sejam baseadas em informações confiáveis e precisas.
O sistema de gerenciamento de tráfego inteligente de Singapura tem produzido resultados notáveis desde sua implementação. O tempo médio de viagem foi reduzido em até 30%, o que levou a uma economia significativa de tempo e dinheiro para os motoristas. Além disso, o número de acidentes de trânsito diminuiu drasticamente, tornando as ruas mais seguras para todos.
A tecnologia de gerenciamento de tráfego inteligente também ajudou a melhorar a qualidade do ar, reduzindo as emissões de gases poluentes em até 22%.
As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities.
O encontro online é uma realização da Plataforma Connected Smart Cities e tem o objetivo de apresentar iniciativas bem sucedidas em smart cities e estimular o desenvolvimento de potenciais cidades inteligentes no Brasil.
Na manhã desta segunda-feira, 24/07, Willian Rigon, o sócio-diretor de Novos Negócios da Plataforma Connected Smart Cities (CSC), recebeu a presença de Katia Bertol, Diretora do Programa Cidade Inteligente e Sustentável, da Prefeitura Municipal de Pato Branco.
A gestora compartilhou o panorama atual de ações e projetos em inovação e tecnologia que a gestão pública vêm realizando para a transformação da cidade paranaense em uma cidade mais inteligente, conectada e sustentável.
Pato Branco foi contemplada com o Selo Aspiracional na 1ª edição do Selo Connected Smart Cities, de 2022, que reconhece boas práticas em cidades inteligentes, e premiada com a 6ª posição na 8ª edição do Ranking Connected Smart Cities devido à promoção de ações sustentáveis relevantes dentro do eixo temático Meio Ambiente.
Também é considerada uma cidade de médio porte, com cerca de 92 mil habitantes, e é referência em investimentos de soluções em inovação e tecnologia em prol da evolução acelerada de dimensões socioeconômicas para o seu crescimento como cidade inteligente e fomento da qualidade de vida da população.
“O Parque existe desde 2016 e sempre tentamos esse engajamento com a gestão pública. O nosso trabalho vai se concentrar em 4 pilares de atuação, entre eles, o de planejamento estratégico, melhorias de infraestrutura legal, entre outros”, ressalta a Diretora do Programa Cidade Inteligente e Sustentável.
Katia ainda destaca que, atualmente, já foram criadas 16 empresas empreendedoras dentro do ecossistema de inovação e tecnologia com propostas de soluções para setores estratégicos, como Saúde e Segurança.
No anseio tecnológico, ainda destacam-se projetos de georreferenciamento para cidades inteligentes. O escopo das ações em geotecnologia incluem investimentos em semáforos e fibras ópticas que exploram um banco de dados digitais de forma inteligente e inovadora, colaborando para uma gestão mais eficiente das cidades e a segurança dos cidadãos. Neste campo, destacam-se também a busca da expansão de redes 5G em tecnologia, consolidação do Decreto Sandbox e da Lei das Antenas.
Além de programas em prol do avanço e da transformação digital do município, há um trabalho de gestão de resíduos sólidos, que inclui ainda aqueles tipificados como eletrônicos e que geram sérios impactos ao meio ambiente na cidade.
“Trabalhamos na transversalidade. Sempre olhando indicadores que estão atrelados às ODS. E, as cidades inteligentes sustentáveis precisam ser boas para todas as pessoas, não só para uma parte delas”, revela Katia. Sob este aspecto, a Diretora conta que já estão sendo mapeados novos indicadores socioeconômicos para proporcionar mais qualidade de vida aos cidadãos.
Também já existem projetos de incentivo ao letramento e à alfabetização digital nas escolas, com a meta de beneficiar cerca de 2 mil crianças do Ensino Fundamental. No âmbito de fomento à divulgação científica, o Plano Diretor do município abrange a construção de um Polo de Astronomia.
No encerramento do programa, Willian Rigon destacou que o contexto atual de ações e políticas sucessivas em educação potencializa o desenvolvimento do município de uma forma mais construtiva e inclusiva.
Assista a transmissão desta edição do Programa Online Cidades, Café e Prosa na íntegra aqui.
Manter a calma também pode contribuir para evitar acidentes.
O trânsito pode ser desafiador. Sobretudo nas grandes metrópoles, em que o congestionamento é uma realidade em quase todos os dias.
Assim, é preciso manter a calma. Tanto para não sofrer com as consequências do estresse na saúde quanto para evitar acidentes.
Confira 5 dicas para evitar o estresse no trânsito e ter viagens mais tranquilas:
1 – Se planeje antes de sair
Em vez de dirigir pelo caminho que você já conhece e sair de casa em cima da hora, avalie suas possibilidades. Se planejar antes de sair pode garantir melhores rotas.
Além disso, você pode usar a tecnologia ao seu favor. Por exemplo, se você precisa chegar às 9h em algum destino, no dia anterior você pode usar aplicativos para calcular o melhor horário para sair de casa.
Assim, você evita o estresse de olhar para o relógio a cada cinco minutos enquanto vê seu carro preso no congestionamento. Além disso, terá mais tempo para estacionar quando chegar ao seu destino.
2 – Use roupas confortáveis
Embora dirigir não seja um esporte, também é importante usar roupas confortáveis. Afinal, você vai pisar várias vezes nos pedais, movimentar os braços e a cabeça.
Assim, evite sapatos que machucam os dedos dos pés e roupas que restringem a mobilidade. Ao dirigir de forma confortável, as chances de se estressar reduzem.
3 – Respire fundo
Quando a raiva chega ao ápice, a última coisa que alguém quer ouvir é “respire fundo”. Contudo, a técnica realmente funciona, pois ajuda a controlar os níveis de estresse.
Assim, quando estiver diante de alguma situação estressante, respire profundamente. A prática também é benéfica antes mesmo de acontecer um conflito no trânsito. Portanto, se perceber que a tensão está chegando, respirar pode ajudar.
Se você preferir, também pode usar aromatizantes no carro. Um sachê com cheiro de hortelã ou lavanda pode contribuir para atrair a calma enquanto dirige.
4 – Fuja dos conflitos
Muitas vezes, a pessoa que está dirigindo pode nem estar estressada, mas alguém pode tentar puxar uma briga ou confusão. Neste caso, o melhor a se fazer é fugir do conflito.
Portanto, se alguém buzinar para você ou mesmo te ofender, ignore e não continue a briga. Afinal, para um desentendimento ocorrer, é preciso mais de uma pessoa.
Além disso, mesmo que alguém esteja errado no trânsito e faça algo que te prejudique, desvie sem xingar. Na hora, você vai se sentir correto se posicionando, mas no fim o único resultado será um estresse maior para ambas as partes.
5 – Ouça música
Ouvir músicas divertidas ou suaves enquanto dirige ajuda a relaxar. Assim, a sua energia vai continuar positiva e dificilmente alguém vai conseguir te tirar do sério.
Caso perceba que está em um dia difícil, escolha uma playlist que você sabe que vai te relaxar. Deste modo, você contribui para ter uma viagem mais tranquila e feliz.
Conectividade pode melhorar a experiência dos usuários, garantindo segurança e eficiência nos deslocamentos.
A inteligência artificial já faz parte do dia a dia das pessoas. Inclusive na mobilidade urbana. Afinal, muitos recursos já melhoram a experiência dos usuários.
Em geral, o resultado da união entre mobilidade urbana e inteligência artificial é uma gama de benefícios. Por exemplo, segurança e eficiência nos deslocamentos, planejamento com base em dados e automatização no atendimento ao cliente.
Em primeiro lugar, é preciso entender o que é inteligência artificial. O termo, também conhecido como artificial intelligence (AI), vem do professor John McCarthy, da Universidade de Dartmouth.
O acadêmico usou o termo pela primeira vez para falar sobre a ciência de produzir máquinas e computadores inteligentes. Embora isso pareça recente, o conceito vem de 1956, quando o acesso aos dados ainda estava no início, assim como a digitalização.
Agora, os avanços tecnológicos se destacam. Assim, é possível até mesmo simular o pensamento humano.
Hoje, a inteligência artificial usa três pilares para fazer esse tipo de atividade. O primeiro é o Big Data, ou seja, uma grande quantidade de dados. Em seguida, está a capacidade de processar esses dados. Por fim, a análise deles.
Tudo isso é feito de forma rápida e eficiente. Deste modo, a inteligência artificial pode fazer parte da vida das pessoas, mesmo fora da tela do computador ou do smartphone.
Inteligência artificial e mobilidade urbana em cidades inteligentes
Na mobilidade urbana, as cidades inteligentes são destaque no uso de inteligência artificial. Por exemplo, Dubai, Londres e Nova York já coletam dados de forma integrada a ferramentas urbanas.
Um dos pontos em que a inteligência artificial se relaciona com a mobilidade urbana é no gerenciamento de tráfego. Assim, é possível analisar dados de semáforos, câmeras, sensores e outros dispositivos.
Com isso, é possível prever os padrões de tráfego em tempo real. Assim, os dados ajudam a melhorar o fluxo de veículos, reduzir o congestionamento e ainda evitar acidentes.
Já o uso de GPS pode auxiliar no mapeamento do transporte público. Saber onde estão os ônibus e que horas vão chegar no ponto é um exemplo de como a inteligência artificial funciona, inclusive no Brasil.
Além disso, aplicativos com esse recurso já mostram ao usuário qual é a melhor rota. Tanto com base na distância e no tempo quanto com base em preferências e no tráfego.
Também no que diz respeito a aplicativos, estão as empresas de compartilhamento de veículos. Entre elas, destacam-se a Uber e a 99, entre outros, que calculam preços, planejam as melhores rotas e atuam com base na demanda de viagens e oferta de motoristas.
Por fim, os veículos autônomos são um grande exemplo de uso da inteligência artificial na mobilidade urbana. Hoje, os carros que “dirigem sozinhos” ainda estão em fase de testes. Ainda assim, as empresas já mostraram que isso é possível, como a Tesla, por exemplo.
Segundo o relatório, o Brasil precisa investir mais de R$ 295 bilhões até 2042 para equiparar as estruturas das 15 principais regiões metropolitanas do País ao padrão da Cidade do México e Santiago do Chile, tidas como referência no assunto na América Latina. Porém, quais são os maiores problemas da mobilidade urbana no Brasil e como planejar e melhorar o acesso a essas regiões?
Prioridade do transporte individual
O estudo traz conclusões que não são surpreendentes para quem acompanha as discussões na mobilidade urbana no País, mas os números chegam a assustar. O Brasil subinveste no transporte público e prioriza investimentos e subsídios para o transporte individual e para veículos movidos a motores à combustão.
Um novo exemplo desta inversão de prioridade ocorreu com o subsídio do Governo Federal para as montadoras de veículos, com a finalidade de baixar o preço do “carro popular”. A discussão é complexa pois, por um lado, a medida reaquece a indústria nacional, garantindo empregos e avanços tecnológicos no País. Por outro lado, não apenas não resolve os problemas de mobilidade, como também pode agravar os efeitos nocivos dos veículos nas cidades (poluição, engarrafamentos e esvaziamento do transporte público).
Grandes cidades ainda priorizam o deslocamento por veículos individuais. (Fonte: GettyImages/Reprodução)
Problemas crônicos das regiões metropolitanas
O estudo do CNI demonstra que, desde 2010, o Brasil vem passando por um movimento de conurbação, ou seja, quando duas ou mais cidades se expandem tanto que se encontram e se integram. Outro fenômeno que voltou a ocorrer, mas em menor escala, é o êxodo rural e a migração de pessoas para as grandes cidades. Estas, onde estão concentradas as vagas de emprego e oportunidades financeiras, atraem milhões de cidadãos que buscam melhores perspectivas de vida.
O movimento populacional não é novo, mas o tamanho das cidades geram novos problemas. A maioria da população recém-chegada se instala nas cidades-satélites ou nas regiões metropolitanas, onde os preços dos imóveis e de aluguéis são menores. Assim, as pessoas precisam se deslocar por longas distâncias para trabalhar nos principais centros urbanos e nas capitais. O fenômeno da ida dos trabalhadores para o centro das cidades pela manhã e volta após o horário de expediente é chamado de migração pendular.
Com a conurbação, muitos trabalhadores se deslocam por duas ou mais cidades para chegarem ao seu destino. Nem sempre o transporte público destes locais é integrado, gerando problemas como a necessidade de mudança de meios de transporte, pagamento de novas tarifas, a necessidade de usar aplicativos ou transporte ilegal para completar as rotas e mais. Com isso, o tempo de deslocamento aumenta bastante, o rendimento no trabalho diminui e a qualidade de vida é afetada.
Dependência do modal rodoviário e possíveis soluções
Um dos principais problemas apontados pelo estudo é um velho conhecido dos especialistas em mobilidade urbana: a dependência de apenas um modal para realizar os deslocamentos. O Brasil é dependente do modal rodoviário para os seus transportes e, nas grandes cidades, isso é representado pelo fato de que, em muitas, o ônibus é o único transporte público disponível.
Segundo o estudo da CNI, para alcançar os padrões das cidades citadas, os maiores investimentos deveriam ser feitos na criação e expansão da malha de metrô. Em seguida, na expansão da malha ferroviária para trens urbanos e, por fim, investimentos da infraestrutura para ônibus (criação e expansão de corredores e faixas exclusivas).
A disponibilidade de diferentes modais garante a opção de escolha para os usuários, que podem fugir das rotas mais lotadas. Além disso, pode diminuir a lotação nos horários de pico e contribuir para a diminuição das passagens pelo aumento da concorrência.
A mera oferta de serviços, no entanto, não terá efeito se quem mais precisa não puder pagar por eles. Portanto, é fundamental que as cidades trabalhem em conjunto para garantir integração e otimização da logística. Bilhetes únicos são uma realidade que agiliza a vida de milhões de pessoas em algumas das principais regiões metropolitanas.
Mais do que nunca, a tecnologia e a inteligência artificial apresentam soluções para os principais problemas de planejamento urbano e logístico, mas é preciso investimento para aplicá-las na melhora da qualidade de vida da população.
Ônibus elétricos são o caminho?
Os ônibus são um capítulo à parte na mobilidade urbana, e como protagonistas na vida dos trabalhadores brasileiros, eles não vão embora tão cedo. Porém, um novo avanço tecnológico pode transformar o setor: a chegada de veículos elétricos.
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice, Geraldo Alckmin (PSB), na inauguração da fábrica de ônibus elétricos do grupo Eletra. (Fonte: Eletra/Divulgação)
Os ônibus elétricos não são novidades, e alguns modelos já circulam em algumas grandes capitais, como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba. Porém, o setor deve sofrer fortes investimentos nos próximos anos. Leis federais e municipais estão atuando para a renovação das frotas e aumentando a porcentagem de veículos elétricos.
Os ônibus elétricos trazem uma série de vantagens: são mais silenciosos e emitem pouquíssima poluição quando comparados aos modelos à combustão. Além disso, apesar do custo inicial mais caro, eles têm um menor custo de manutenção a longo prazo, que pode garantir a redução do preço de passagens.
Dessa forma, a eletrificação da frota pode mitigar uma série de problemas da mobilidade urbana. Por outro lado, esse modelo de transporte pode ser pouco efetivo se simplesmente substituir os modelos das linhas já em atuação. Os ônibus são mais eficazes como transporte público quando não competem com o trânsito normal; por isso, modelos como BRTs, trólebus e até VLTs são comuns nas cidades com melhor mobilidade urbana. Criar faixas ou corredores (canaletas) exclusivos para os ônibus garante uma maior velocidade média de deslocamento e permite que tecnologias como a sincronização com semáforos sejam utilizadas.
Eletrificar e criar sistemas de BRTs nas grandes cidades e suas regiões metropolitanas pode revolucionar o transporte público brasileiro e com um baixo custo. O valor para a implementação de 1 km de BRT é de cerca de R$ 20 milhões, enquanto a implementação de 1 km de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) é de R$ 80 milhões, e de 1 km de metrô pode chegar a R$ 200 milhões.
O baixo custo deve-se ao fato de que o modal utiliza a infraestrutura urbana que, em grande parte, já está pronta, bastando apenas reorganizar faixas e criar as estações. Para que um sistema de ônibus seja verdadeiramente de BRT é necessário que as estações sejam feitas de modo a terem o pagamento da passagem realizado antes da entrada no ônibus e que o embarque e desembarque sejam no nível do passageiro. Estas medidas garantem a agilidade do sistema, similar a um metro. Além disso, as estações podem ser planejadas para permitir a troca das linhas sem o pagamento de uma nova passagem.
Cidade para quem?
Em um cenário de baixo investimento no transporte público, um modal já existente e com baixo custo de adaptação pode ser ideal para mitigar os problemas de regiões metropolitanas. Um transporte mais ágil garante melhor qualidade de vida, e a eletrificação ataca de frente o problema da poluição nos centros urbanos.
Avanços na esfera metropolitana podem ocorrer, apesar das dificuldades financeiras. É preciso planejar, investir nas ferramentas corretas e integrar a tecnologia no caminho dos cidadãos.
Aeronaves remotamente pilotadas (RPA) foram evoluindo e expandindo suas frentes de atuação, bem como sua regulamentação
Curiosamente, a origem dos drones está ligada ao desenvolvimento de um barco em miniatura, em 1898, que funcionava por radiofrequência. Criada pelo inventor sérvio Nikola Tesla (1856-1943) e testado com sucesso em Nova Yorque, a experiência é considerada o início de todas as aeronaves controladas por rádio. Criada pelo inventor sérvio Nikola Tesla (1856-1943) e testada com sucesso em Nova York, essa experiência é considerada o início de todas as aeronaves controladas por rádio.
Ao longo dos anos, as aeronaves remotamente pilotadas foram evoluindo, com uso muito ligado às operações militares. Isso é realidade até hoje: o exército brasileiro acabou de anunciar, por meio do Comissão do Exército Brasileiro em Washington (CEBW) a intenção de compra de drones kamikazes, iguais os usados na guerra da Ucrânia, para testá-los no Brasil, de acordo com notícia veiculada em 17/07 pelo Estadão.
Essa vocação foi expandindo para outras frentes, assim como sua regulamentação. Hoje, é comum vermos drones em shows, transportando mercadorias – atividade que ocorre em locais específicos, pois ainda não há autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para sobrevoar pessoas sem que autorizem previamente, além de a segurança dessas operações ainda estar sendo comprovada – na agricultura, entre outras aplicações. Confira, a seguir, alguns fatos curiosos sobre os drones.
1. É proibido voar sem registro
O número de drones tem crescido exponencialmente no Brasil: se em 2017 essas aeronaves não tripuladas somavam 27,8 mil, neste ano elas saltaram para 130 mil, de acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Só que é muito importante reforçar que toda aeronave com peso máximo de decolagem superior a 250 gramas precisa ser cadastrada junto à ANAC. Sem essa autorização, os voos não são permitidos e os operadores ficam sujeitos a multas e penalidades.
2. Não precisa ser formado
Quem opera um done de uso profissional não precisa cursar o ensino superior, nem ter experiência anterior na aviação civil: basta fazer um curso em instituição especializada, que inclui aulas práticas e teóricas. De acordo com Samuel Salomão, fundador e CPO da SpeedBird Aero, essa é uma profissão que não existia até pouco tempo, e cuja Classificação Brasileira de Ocupação (CBO) foi criada em 2021, instituindo a atividade de operador de aeronaves pilotadas de forma remota.
3. O voo é proibido em muitos locais
Mesmo os drones menores, com peso de até 250 gramas, usados para uso recreativo como filmagem de férias, por exemplo, precisam observar as regras dos locais a serem sobrevoados. Isso porque há muitos lugares que são proibidos, locais que são chamados de NFZ ou No Fly Zones, ou que necessitam de autorização prévia.
Não respeitar as regras pode acarretar em apreensão do drone, além de multas. Apenas como exemplo, o Vaticano, em Roma, na Itália, proibe totalmente a prática; no Egito é necessário ter a permissão do Ministério da Defesa. Na Espanha, a multa por voar um drone sem autorização em um parque nacional pode chegar a 6 mil euros. Para ajudar os usuários, a fabricante de drones DJI possui um site que mostra, em tempo real, áreas proibidas, chamado No Fly Zones.
4. Transportam materiais biológicos
Embora o delivery de comida seja a cena mais emblemática e ‘futurista’ das aplicações atuais dessas aeronaves remotamente pilotadas, diversos outros usos vem sendo feitos e testados em todo o País. Um deles é o uso agrícola, onde os drones são usados para semear plantações, em terrenos de difícil acesso ou muito extensos, bem como para a pulverização de inseticidas, entre outras substâncias.
Essas aeronaves também têm feito transporte de materiais biológicos, com o envio de amostras para exames, entre outros, com ganho de tempo no processo e, consequentemente, no diagnóstico. Mas essas não são as únicas finalidades: os drones podem ser usados em situações de emergência, como afogamentos – nesse caso, jogando uma boia até que o salva-vidas chegue ao local – em incêndios, entre outras situações.
5. Há três tipos de aeronaves no Brasil
São três classes de drones atualmente operando no Brasil. A primeira é de equipamentos grandes, com peso acima de 150 quilos. Na classe 2, estão veículos com peso de 25 a até 150 quilos. Na 3, que compreende a grande maioria dos equipamentos em operação, hoje, no País, são veículos com peso de até 25 quilos.
No momento, a maioria dos drones em operação, seja em atividade ou mesmo testes, são da classe 3, com cargas que variam entre 2,5 e 6 quilos para não ultrapassar o limite da classe 3, que é de 25 quilos ( somados os pesos da mercadoria e o da aeronave).
Mais do que mirar nas receitas, antes é preciso ofertar um serviço de excelência
Mais do que uma administração zelosa com os recursos públicos, a gestão eficiente de um município, hoje, requer perspicácia quanto ao uso racional do território urbano – ou seja, das ruas. Afinal, trata-se do maior e mais valioso patrimônio de toda e qualquer cidade. Um patrimônio, aliás, caro de ser mantido, que consome grande parte das receitas das prefeituras e ainda exige constantes investimentos.
Tornar esse patrimônio rentável é, sem dúvida, a solução mais assertiva aos gestores que desejam melhorar as condições do trânsito, da malha viária e, sobretudo, da mobilidade urbana.
A ideia dos estacionamentos rotativos nasceu justamente desse propósito. Isto é, de tornar o espaço público um ativo, que traz benefícios à municipalidade e assegura o uso democrático e racional do território urbano.
Algo que é consenso pelo mundo, experimentado há décadas em milhares de cidades. Mas que, no Brasil, ainda é encarado como um grande desafio.
Do receio de muitos prefeitos quanto à eventual impopularidade da medida ao alerta sobre experiências negativas vivenciadas em localidades que não souberam operacionalizar seus estacionamentos rotativos.
Fato é que não se trata de algo tão simples quanto possa parecer. É um trabalho que exige planejamento, engenharia de dados e investimentos constantes, seja em manutenção, seja em tecnologia. Do contrário, frustrará a expectativa dos governantes, dos usuários e da população – além, claro, de frustrar a arrecadação planejada mediante a adoção do sistema.
Foco no serviço
Aí está, a meu ver, o equívoco mais recorrente que as administrações cometem. Mais do que mirar nas receitas, antes é preciso ofertar um serviço de excelência. A começar por ter uma mão de obra especializada, em número suficiente para absorver as demandas e 100% dedicada à gestão dos espaços públicos destinados a isso.
Infelizmente, não é o que ocorre na maioria dos casos – e isso inclui boa parte das capitais do País. Daí, provavelmente, a impressão, muito recorrente do nosso povo, de que “esse tipo de coisa não funciona no Brasil” – ou seja, aquela frase típica que usamos para tentar explicar o fracasso de boas iniciativas executadas com sucesso no exterior, mas que, por alguma razão desconhecida, não se aplicam por aqui.
No que se refere aos estacionamentos regulamentados, contudo, a origem do problema é bastante conhecida, conforme já explicitado. Portanto, cabe a nós focarmos nas experiências que dão certo. São muitas, posso assegurar. Todas, vale destacar, ancoradas em parcerias com a iniciativa privada, que perseguem justamente a excelência do serviço prestado e a comunicação efetiva com o cidadão.
Nesse contexto, a Estapar se notabiliza como grande parceira de mais de 20 municípios onde atua na gestão compartilhada de seus estacionamentos rotativos, por meio do sistema Zona Azul Digital. Entre eles, podemos destacar São Paulo, Santo André e São Bernardo – que compõem um dos maiores centros urbanos do planeta – e, juntos, têm se destacado pelo aprimoramento e pela eficiência do serviço oferecido à população.
Um trabalho de cooperação, que une poder público e iniciativa privada, em busca, principalmente, de ter a compreensão do público quanto à sua importância e trazer resultados a favor de uma cidade mais organizada.
Resultado desse esforço é o reconhecimento crescente entre os usuários – o que comprova a eficácia do modelo e serve de referência aos municípios que estão dispostos a fazer o mesmo.