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APLICATIVOS MAPEIAM VIOLÊNCIA NAS RUAS DE CIDADES BRASILEIRAS

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Apps criados para mapear violência armada ajudam pessoas a traçar rotas mais seguras
O post Aplicativos mapeiam violência nas ruas de cidades brasileiras apareceu primeiro em Summit Mobilidade

A violência urbana restringe o direito de ir e vir nas grandes cidades. Isso motivou a criação dos aplicativos Fogo Cruzado e Onde Tem Tiroteio (OTT) no Rio de Janeiro e a expansão deles para outros municípios, como São Paulo e Recife.

Os apps ajudam a mapear os focos de violência armada nas ruas e a pressionar o poder público para que a ocorrência não volte a acontecer. Além disso, contribuem para que seus usuários encontrem rotas alternativas e mais seguras.

A popularidade desses aplicativos mostra a importância do mapeamento da violência urbana e da utilidade dos serviços. O app Fogo Cruzado já foi baixado mais de 250 mil vezes. O OTT já enviou alertas para mais de 4,7 milhões de usuários, de acordo com o criador da ferramenta.

ONDE TEM TIROTEIO

O aplicativo OTT foi criado com a missão retirar todos os cidadãos das rotas dos arrastões, de blitz falsa e das balas perdidas. Desenvolvido em 2016, no Rio de Janeiro, por um grupo de quatro amigos, o app se baseia no conceito de segurança feita de um cidadão para outro. A iniciativa também está presente em outras cidades, como Niterói (RJ), São Paulo e Guarulhos (SP), Porto Alegre (RS) e Vitória (ES).

A plataforma recebe as denúncias de ocorrências que são verificadas antes de serem publicadas. O sistema de checagem envolve a consulta a uma equipe de apoio de colaboradores de confiança, fontes oficiais e até grupos de WhatsApp de moradores da região do incidente. O serviço também mantém perfis em redes sociais, como Facebook, Instagram e Twitter, onde recolhe e divulga as informações.

FOGO CRUZADO

O Fogo Cruzado, criado em 2016 com o apoio da Anistia Internacional e de uma rede de voluntários, funciona como aplicativo para celular e plataforma online. O serviço começou reunindo relatos de tiros enviados por jornalistas, policiais e moradores do Rio de Janeiro. Em 2019, a iniciativa também foi expandida para o Recife.

Quando uma notificação de disparo de arma de fogo chega, a equipe do aplicativo cruza a notificação com filtros desenvolvidos para agregar informações em redes sociais. Assim, é possível saber quem, quando e onde está se falando sobre o assunto. Após a verificação, a informação é postada na internet, e o incidente fica em registro público no site e no app.

O Fogo Cruzado foi reconhecido por diversos prêmios nacionais e internacionais. Em 2020, a Interface de Programação de Aplicações (API) da plataforma ficou entre os finalistas do Sigma Data Journalism Awards. O app também foi considerado uma das iniciativas mais inovadoras do mundo na publicação Atlas da Inovação para a Estabilidade Econômica, da FHI 360, financiado pela Rockefeller Foundation, nos Estados Unidos.

PREOCUPAÇÃO COM ESTIGMATIZAÇÃO

Porém, para alguns especialistas, ao destacar soluções alternativas para a violência urbana, os aplicativos podem estar ampliando um problema. Na visão do sociólogo Marcelo Batista Nery, que estuda violência e crime na Universidade de São Paulo, é possível que essas ferramentas acabem reforçando preconceitos.

Em sua pesquisa sobre como os brasileiros relatam crimes em vários aplicativos móveis, o sociólogo descobriu que os incidentes que tendem a ser sinalizados como perigosos são influenciados pelo noticiário sobre violência.

O estudo aponta que as áreas que recebem uma onda de atenção da mídia depois de um evento violento geralmente serão pontilhadas com relatórios de incidentes de crowdsourcing nos dias seguintes. Tiroteios em favelas perto de grandes vias de trânsito e bairros mais ricos costumam receber muito mais atenção do que em áreas remotas, concluiu a pesquisa.

Fonte: Mobilidade Estadão 

ABES APOIA A CONFERÊNCIA ANPROTEC 2020, QUE DEBATERÁ OS DESAFIOS E OPORTUNIDADES DE INOVAÇÃO NO FUTURO PÓS-PANDEMIA

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Sob o tema “Ambientes de Inovação 4.0 – Desafios e Oportunidades na Nova Dinâmica Global” tem o objetivo de debater amplamente o papel dos ambientes  de inovação

Programada para os dias 23 a 25 de novembro, pela primeira vez em 30 edições, a Conferência Anprotec acontecerá de forma 100% online. O evento tem o apoio institucional da ABES. Embora seja uma novidade para a Associação, os encontros virtuais fazem parte do novo normal de 2020. A pandemia trouxe mudanças profundas na sociedade, alterando drasticamente a forma como as pessoas trabalham, estudam, interagem, consomem e ocupam espaços. Nesse contexto, os ambientes de inovação – parques tecnológicos, incubadoras, aceleradoras e hubs de inovação – têm sido obrigados a avaliar seu modelo de negócios, seus espaços e sua entrega de valor para as startups e empresas nascentes. Contribuir com essas reflexões é o objetivo da Conferência Anprotec 2020, realizada pela Anprotec e o Sebrae.

Já há alguns anos, termos como internet das coisas, big data, inteligência artificial, e computação em nuvem e transformação digital fazem parte dos ciclos de discussão sobre competitividade e inovação. No entanto, a aplicação destas tecnologias nunca ocorreu de forma tão acelerada como em 2020. “Vivemos um apocalipse digital. Foram 25 anos em algumas semanas. As pessoas passaram a usar numa escala impensada as tecnologias e serviços que já estavam aí. A rede brasileira de internet teve um aumento de 30% no tráfego a partir de 15 de março”, afirmou Sílvio Meira, presidente do Conselho de Administração do Porto Digital e membro do Conselho Consultivo da Anprotec, durante a série de eventos online AnproTalks, criada pela Anprotec.

OS TRÊS DIAS DE EVENTO

O primeiro dia da Conferência Anprotec, 23, será dedicado ao workshop “Qualificação e Reinvenção dos Ambientes de Inovação”, que terá como foco oferecer aos participantes uma abordagem prática, que auxiliará os ambientes de inovação a repensarem seus modelos de atuação e a forma como entregam valor para as empresas que abrigam, para que consigam atrair projetos e recursos humanos de alto potencial, diante dos atuais desafios impostos pelas novas condições e tecnologias. As atividades terão como objetivo auxiliar o participante a compreender as dinâmicas e ações que geram competitividade aos novos negócios, aprofundando práticas inovadoras na relação com o mercado e o cliente, na lógica financeira, em suas demandas por tecnologias e por diferenciação, bem como explorar novas práticas, como corporate venture, internacionalização e negócios de impacto social e ambiental.

Os dois próximos dias, 24 e 25, serão dedicados à discussão do tema central “Ambientes de Inovação 4.0: Desafios e Oportunidades na Nova Dinâmica Global”, com a participação de mais de 60 palestrantes – brasileiros e internacionais – representantes de ambientes de inovação, governo, órgãos de fomento, grandes corporações, startups e  investidores, discutindo os cinco subtemas que serão pilares do evento:

Capital Humano: O papel e os desafios dos ambientes de inovação 4.0;

Inovação Aberta: Ecossistema de inovação como instrumentos de transformação das indústrias tradicionais;

Financiamento: Novos modelos de sustentabilidade para os ambientes de inovação;

Cidades: Ecossistemas de inovação como alavancas para o desenvolvimento humano sustentável;

Tecnologia: O papel dos ambientes de inovação para a geração de soluções na nova dinâmica global.

O encontro virtual abrigará ainda O Fórum Sebrae de Inovação, a Assembleia IASP Latam e a  apresentação de trabalhos técnicos  dos associados Anprotec.

“A qualificação dos gestores, líderes atuais e futuros de parques tecnológicos, aceleradoras, incubadoras, hubs de inovação e gestores públicos que implementam políticas de inovação é essencial, em especial em face da nova dinâmica imposta pela pandemia e o que virá no pós-pandemia. A reinvenção é o grande desafio dos ambientes de inovação. Durante a Conferência Anprotec 2020, nós queremos contribuir de forma decisiva para o sucesso diante deste desafio”, explica Carlos Eduardo Aranha, diretor da Anprotec.

Conheça os palestrantes confirmados: https://anprotec.org.br/conferencia2020/palestrantes/

Confira a programação preliminar: https://anprotec.org.br/conferencia2020/programacao/

Inscreva-se: https://www.sympla.com.br/30-conferencia-anprotec-2020__1017112

Obs: Associados à Anprotec adimplentes poderão se inscrever de forma gratuita. Envie um e-mail com os dados do seu ambiente de inovação para associado@anprotec.org.br e solicite seu código de inscrição.

Fonte: ABES

GASTOS EM MOBILIDADE ELÉTRICA TAMBÉM SÃO INVESTIMENTOS

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É o que apontam especialistas no terceiro dia da Conferência da PNME

Uma das perguntas que se faz ao pensar na retomada verde e na transição de energia elétrica é: por que estamos fazendo isso? A reflexão resulta em outras questões e, segundo especialistas, quanto maior for o número de porquês, maiores serão as coalizões para avançarmos na área.

Para Monica Araya, Transport Lead na Climate Champions, não se trata apenas da necessidade de se fazer algo sobre a questão da mudança climática ou sobre o Acordo de Paris; a visão para o questionamento precisa ser maior. “Não é apenas sobre produzir carros elétricos e sim sobre transformar todo um ecossistema. É sobre a qualidade do ar, da saúde, das estratégias industriais, da mobilidade das pessoas.”

A sociedade deve compreender que a mobilidade elétrica se relaciona também com justiça climática e justiça social. Existem, portanto, conversas difíceis, mas que precisam acontecer. É o que apontam os especialistas que discutiram o tema nesta quarta-feira (18). O debate ocorreu durante a 1ª Conferência da PNME (Plataforma Naional de Mobilidade Elétrica), que acontece até quinta-feira (19), em formato 100% digital e gratuito.

Um dos pontos sensíveis está na necessidade de olhar internamente para nossas riquezas naturais e compreender que o transporte é energia. Segundo o professor Marcio D’Agosto, da COPPE/UFRJ, temos possibilidade de usar fontes mais renováveis, mas quase metade da energia consumida no Brasil ainda é a diesel. “Todos os veículos pesados como ônibus, caminhões, e até a navegação interior, dependem de uma forma de energia. Mas temos uma possibilidade de ouro de incentivar a eletrificação.”

De fato, o Brasil possui condições de aplicar e estrutura de governança para utilizar fontes mais renováveis, e, segundo Carolina Genin, diretora de clima do WRI Brasil, é preciso dar prioridade de acesso aos recursos já existentes. Dessa forma, “gastos também podem ser considerados investimentos”.

Margarete Gandini, do Ministério da Economia, comentou sobre o desafio que os veículos pesados enfrentam, com relação à bateria. “Trata-se de um impeditivo que terá um período mais longo de transição, mas que, de acordo com o segmento e com a tecnologia local, terá investimento diferente. Portanto, ao menos por um longo período ainda teremos vários tipos de combustíveis convivendo conjuntamente”, ponderou.

Para Iêda Oliveira, da Eletra/ABVE, o ônibus é o principal modo de transporte para incentivar a eletrificação, mas quando passamos a analisar os caminhos para torná-lo uma realidade, esbarramos em desafios como a falta de políticas públicas ou de metas. “Há uma grande dificuldade com relação à política de planejamento. Logo, acredito que o setor de logística tem um cenário favorável para incentivar a eletrificação, uma vez que são empresas com capital para investir, com metas ambientais claras e um segmento que consegue enxergar o retorno de seu investimento”, defendeu.

Em uma proposta de incentivo para impulsionar a infraestrutura adequada, Fabio Ono, do Ministério da Economia, sugere estruturar melhor o setor. “Deveríamos desenhar projetos que fossem de fato sustentáveis e que atuem de forma transversal para fomentar interesse de investimento privado”, disse. Já Igor Calvet, da ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial), propõe a necessidade de combinar experiências internacionais e trazê-las para realidade brasileira, de modo que os governantes percebam um movimento global, adequando marcos regulatórios de maneira altiva e ativa.

Os especialistas também traçaram possíveis caminhos para a formação profissional em mobilidade elétrica no Brasil, apresentando propostas integradoras. Para Edgar Barassa, empreendedor e pesquisador da Barassa & Cruz Consulting (BCC), as disciplinas que vêm sendo desenvolvidas são mais completas e trazem um elemento essencial para os estudantes, que é a provocação. “Até então, o aluno passava pela graduação e não se deparava com essa especificidade da mobilidade elétrica. Se atualizarmos o currículo atual, ela se torna um gatilho para o aluno fazer uma iniciação científica sobre o tema ou estágio na área.”

Silvia Barcik, da Renault, corrobora com a questão, afirmando que mão de obra qualificada é fundamental. “Existe uma demanda para a competência de venda, por exemplo. O tempo para realizar a comercialização de um veículo elétrico é bem maior, pois o vendedor deve saber vários detalhes técnicos, além de informações ligadas ao pós-venda como a reciclagem da bateria”, justificou.

Percebe-se, portanto, que para realizar uma transformação profunda no setor é necessário um volume de investimentos para gerar um novo ciclo de crescimento econômico buscando resolver brechas do desenvolvimento. Camila Gramkow, oficial de Assuntos Econômicos da CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe), defende esta proposta e acrescenta: “a área de mobilidade é estratégica para esse impulso e investir no setor é fundamental para uma recuperação transformadora com igualdade e responsabilidade.”

O evento acontece até a próxima quinta (19/11) e as inscrições podem ser feitas AQUI.  

Fonte: Com informações da 1ª Conferência da PNME (Plataforma Nacional de Mobilidade Elétrica)

DESBUROCRATIZAÇÃO

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Como a digitalização e unificação de serviços públicos via web está permitindo um governo mais transparente e com processos menos burocratizados 

 

É preciso lidar com o fato de que a humanidade vive profundas transformações sociais com a popularização da internet. Tanto na esfera pública, como na esfera privada, vivemos cada vez mais em um mundo digital: bancos online estão cada vez mais populares, redes de telemarketing trocam telefonistas por robôs que atendem por whatsapp, aplicativos possibilitam que as pessoas façam suas compras sem nunca precisarem sair de casa e essa lista de ‘possibilidades online’ só aumenta a cada dia.

E, se existe um fato que pode unir todos os brasileiros, é que ninguém gosta de ir no cartório. O processo é sempre burocrático, demorado e caro- e não é só para a população: a burocratização desses processos é também um entrave para o crescimento da economia do país.

Países do mundo inteiro investem cada vez mais em plataformas digitais como maneira de tornar o acesso aos serviços públicos menos burocratizado. Segundo a Secretaria de Governo Digital do Ministério da Economia, a digitalização já abrange 54% dos serviços públicos, sendo que 1834 serviços já podem ser acessados através do portal do governo.

A aplicação dessas plataformas em cidades facilitam o planejamento urbano e resultam em uma diminuição de custos e aumento na eficiência dos serviços. Dentro de inúmeras aplicações, tornar-se uma cidade inteligente ficou mais fácil com a constante geração de dados que podem ajudar na gestão de políticas públicas: projetos passam a ser mais práticos e viáveis financeiramente e, principalmente, a população passa a ser um agente ativo e essencial na construção de novas políticas.

O resultado desse investimento é um impulsionamento de empresas de tecnologia e inovação, expansão do mercado e a diminuição da necessidade do governo de fazer altos investimentos. Ao utilizar esses dados de maneira correta, é possível proporcionar maior transparência na gestão de recursos públicos e assegurar os direitos democráticos dos cidadãos.

MOBILIDADE ELÉTRICA NÃO É BALA DE PRATA, MAS PODE SER ‘CAVALO DE TROIA’

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No segundo dia da Conferência da PNME, especialistas apontam como a mobilidade elétrica pode ajudar a mudar os espaços urbanos

Para muitas pessoas a mobilidade elétrica é enxergada como modismo e única solução para vários dilemas urbanos. De fato, quando bem aplicada pode resolver muitos problemas, mas não todos. A mobilidade elétrica já não é mais uma questão de escolha e sim de necessidade, possibilitando a oportunidade de se transformar num importante instrumento para humanizar – ainda mais – os espaços urbanos.

Para isso se tornar realidade, é necessário entender o sistema como algo complementar e interdependente. É o que apontam os especialistas que discutiram o tema nesta terça-feira (17). O debate ocorreu durante a 1ª Conferência da PNME (Plataforma Nacional de Mobilidade Elétrica), que acontece até quinta-feira (19), em formato 100% digital e gratuito.

Em painel sobre como tornar o transporte público elétrico uma realidade, Ana Jayme, assessora de Investimentos do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC), defendeu a necessidade de entender os benefícios e cobenefícios de fazer a aposta para a mobilidade elétrica. “Muitas vezes precisamos quebrar barreiras e encontrar caminhos que justificam fazer a transição. Isso significa rever modelos de negócio e mudar padrões de comportamento da sociedade. É necessário pensar fora da caixa para, assim, tornar a mobilidade elétrica uma ação factível dentro de nossos processos”, explicou.

Além disso, pensar de maneira mais holística envolve investir em políticas públicas que garantam informação ao usuário, governança do transporte, bilhetagem e tarifas inteligentes. De acordo com Sergio Avelleda, Urban Mobility Director do WRI – World Resources Institute, se não o fizermos, corremos o risco de substituir ônibus a diesel vazios em ônibus elétricos vazios. “É preciso uma coordenação de níveis de governo junto com agências multilaterais de investimento para criar soluções robustas que permitam terminar com as barreiras financeiras. Isso ocorre com o auxílio de fundos de investimento que viabilizem compras maiores, mobilizando a indústria e criando essa cadeia produtiva”, justificou.

Compreendida como uma medida necessária, a mobilidade elétrica precisa ser combinada com a dimensão do planejamento das cidades. Mas, segundo Kelly Fernandes, analista em mobilidade urbana no Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC), um primeiro ponto a se discutir é nos perguntarmos “que espaço urbano é esse?”. De acordo com a especialista, as cidades se desenvolveram de forma fragmentada, segregada e desigual.

Dentro desse contexto, Flávia Consoni, professora da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), complementou a discussão propondo apresentar para a população a mobilidade elétrica como uma tecnologia acessível e não segregada. “É necessário ter a inteligência de combinar diferentes modais de transporte, viabilizando ainda a mobilidade ativa.”

Especialistas ligados à mobilidade ativa e micromobilidade explicaram sobre o uso da bicicleta elétrica, por exemplo, um modo de transporte que promove atividade física e amplia o leque de participação de usuários. Sobre esse contexto, Victor Andrade, coordenador do Laboratório de Mobilidade Sustentável (LABMOB-UFRJ), defende um olhar sistêmico com relação ao assunto e o papel transformador que as bicicletas desempenham, principalmente no bem-estar e na saúde. “A questão do crescimento da obesidade no Brasil é alarmante. É necessário que as políticas de saúde e sociais passem também por políticas de mobilidade”, complementou.

Além do desafio das pessoas se tornarem mais ativas, o setor de mobilidade elétrica passa pelo desafio de trazer os cidadãos de volta ao transporte público, evitando que, por conta da pandemia, os indivíduos se voltem ao transporte individual. Para Ilan Cuperstein, vice-diretor regional para a América Latina do C40, é fundamental apoiar sistemas públicos de transporte e aproveitar o momento para mudar pendências e o que já estava errado antes.

Ainda nesta linha, Marcus Régis, coordenador de projeto da GIZ e coordenador-executivo da PNME, comentou sobre a expectativa do setor. “A mobilidade elétrica não é uma bala de prata, que vai solucionar todos os problemas climáticos, mas pode sim, ser uma solução para humanizar as cidades e a vida das pessoas”, complementou.

O evento acontece até a próxima quinta (19/11) e as inscrições podem ser feitas AQUI.  

Fonte: Com informações da 1ª Conferência da PNME (Plataforma Nacional de Mobilidade Elétrica)

 

 

PARTICIPAÇÃO CIDADÃ

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Em tempos de eleições é preciso entender o papel que a participação social exerce na construção de cidades mais inteligentes e conectadas

É preciso lidar com o fato de que a humanidade vive profundas transformações sociais com a popularização da internet. Tanto na esfera pública, como na esfera privada, vivemos cada vez mais em um mundo digital: bancos online estão cada vez mais populares, redes de telemarketing trocam telefonistas por robôs que atendem por whatsapp, aplicativos possibilitam que as pessoas façam suas compras sem nunca precisarem sair de casa e essa lista de ‘possibilidades online’ só aumenta a cada dia.

É um fato de que a implementação dessas novas tecnologias podem apoiar o governo na administração de recursos e planejamento urbano, o que gera economia e desenvolvimento de cidades cada vez mais inteligentes. Nunca foi tão essencial criar mecanismos para aproximar a população de seus governantes e restabelecer a ideia de que ser cidadão é ser parte essencial para o funcionamento e manutenção das cidades.

No contexto de cidades, smart cities são aquelas que conseguem utilizar a tecnologia para facilitar o planejamento urbano, melhorar os serviços públicos, reduzir custos e também facilitar o contato entre gestores públicos e cidadãos. Neste sentido, as informações geradas pela população sempre foram essenciais para a gestão de uma cidade e, com o avanço da tecnologia e popularização de mídias sociais, é possível que o governo consiga utilizar o conjunto de informações geradas através da digitalização da vida social.

Em meio a essa revolução tecnológica, com o desenvolvimento de sistemas de geolocalização, as redes sociais se tornaram instrumentos políticos e os gestores públicos passaram a obter o poder de reconhecer os problemas em tempo real. A tecnologia pode ser um elemento essencial na gestão de cidades, facilitando o planejamento urbano, aproveitando melhor os recursos públicos e gerando uma melhor qualidade de vida aos cidadãos.

Uma cidade inteligente envolve recursos tecnológicos, institucionais e humanos. Pensando nisso, não basta apenas investir em tecnologia: o engajamento dos cidadãos é essencial para a construção de uma cidade. O ‘cidadão inteligente’ é aquele que auxilia na gestão urbana gerando informações, mapeando e discutindo questões que permeiam a vida urbana- entendendo que esses podem ser autores de soluções criativas e transformadoras para suas cidades.

COOPERAÇÃO E CONHECIMENTO SÃO FATORES PARA ALAVANCAR A MOBILIDADE ELÉTRICA NO BRASIL

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Considerada um importante elemento para viabilizar uma vida mais saudável dentro de grandes centros urbanos, a mobilidade elétrica vem apresentando cada vez mais oportunidades de melhoria para saúde, economia, meio ambiente e inovação. Por ser embasada em fatores que permitem uma maior integração, a mobilidade elétrica possui um leque de possibilidades na sua implementação.

Para tanto, é necessário trabalhar de forma colaborativa, criando um ecossistema de apoio. É o que apontam os especialistas que discutiram o tema nesta segunda-feira (16). O debate ocorreu durante a 1ª Conferência da PNME (Plataforma Nacional de Mobilidade Elétrica), que acontece até quinta-feira (19), em formato 100% digital e gratuito.

Em sua fala, o diretor global do programa Drive to Zero, Cristiano Façanha, da Calstart, alertou sobre a oportunidade de ganho econômico com desenvolvimento de novas tecnologias, mas que para isso é necessário que os governos desempenhem um papel de estabelecer mercados. “Esse alinhamento dos mercados globais é essencial para ganhar escala de maneira consistente”, afirmou.

Os especialistas defendem que o Brasil não pode esperar para se desenvolver e, portanto, as mudanças precisam ocorrer em paralelo, de forma articulada. Tais Fonseca de Medeiros, especialista em Transporte Urbano do Banco Mundial, argumentou sobre a necessidade da ação coordenada de todos os atores. “O conhecimento é fundamental, mas também precisamos da troca de informações. Já estamos dando um segundo passo, mas precisamos pensar em como ampliar as ações”.

Para exemplificar a importância desse compartilhamento de informações e como é fundamental fortalecer a agenda de mobilidade como um todo, Pedro de Paula, diretor da Vital Strategies Brasil, comentou sobre um estudo desenvolvido na Ásia sobre os impactos da poluição na saúde da população. “As pessoas possuem percepção de curto prazo e não entendem que estão vivendo com níveis de poluição acima dos indicadores da Organização Mundial da Saúde (OMS). É necessário que as entidades civis e outros setores criem uma conexão para fazer a população entender de forma clara os riscos expostos”, defendeu.

Dentre os exemplos de erros e acertos, os palestrantes discutiram sobre ações desenvolvidas em países vizinhos na América Latina, sobretudo Chile. Para Karisa Ribeiro, especialista em transporte do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), devemos ampliar o olhar para alguns exemplos e adaptar para realidade brasileira criando uma política econômica única. “Não podemos pensar que um gestor municipal vá arcar com mudanças disruptivas sozinho. Se o Brasil quiser tomar a pauta com seriedade, deve mudar em todos os setores. Se não existir um plano de negócio, as políticas são isoladas”, defendeu.

Anthony Eggert, director na Climate Works Foundation, concorda com a afirmação. Para ele, não temos tempo para reinventar a roda e partir do zero. “Quanto mais aprendermos com os erros e sucessos dos outros, mais vamos caminhar e alavancar esses processos” argumenta.

Pela manhã, os participantes do primeiro painel discutiram sobre o papel da PNME em direcionar a elaboração do Plano Nacional de Mobilidade de forma integrada. Segundo Cristina Albuquerque, gerente de Mobilidade Urbana do WRI Brasil (World Resources Institute), o material é uma estratégia importante e vem sendo construído de maneira participativa e de governança. “Ter a percepção de todos é fundamental e isso enriquece o plano, pois estamos todos na mesma mesa conversando. O resultado vai surgir com muito mais perspectiva, contribuições e com grandes chances de ser implementado”.

O evento acontece até a próxima quinta (19/11) e as inscrições podem ser feitas AQUI. 

Fonte: Com informações da 1ª Conferência da PNME (Plataforma Nacional de Mobilidade Elétrica)

ELEIÇÕES: COMO A MOBILIDADE URBANA DEVE SER ABORDADA

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O Connected Smart Cities reuniu os principais tópicos que devem ser trabalhados visando a mobilidade inteligente e sustentável dentro do contexto de desenvolvimento de smart cities

Nas vésperas das eleições, é cada vez mais essencial entender de quais maneiras diferentes eixos que regem a cidade são trabalhados pelos candidatos. A mobilidade urbana, apesar de sempre ser um dos principais focos de grande parte dos planos de governo, ainda não é trabalhada como um modal integrado por parte dos candidatos.

Mobilidade Inteligente é aquela que não apenas investe em tecnologia e na ampliação de serviços já existentes, como também entende que é preciso discutir como as pessoas de fato se locomovem no espaço urbano e de quais maneiras é possível otimizar essa locomoção.

A maneira como se entende a mobilidade urbana mudou muito com a chegada de novas tecnologias: cada vez mais o número de aplicativos voltados para a mobilidade aumentam, assim como novas maneiras de se realizar o mapeamento e gestão do transporte público. Apesar disso, não basta apenas investir em novas tecnologias: é preciso englobar meios tradicionais de transporte ao mesmo tempo que proporcionar abertura para que novos modelos se integrem.

Com a tendência da entrada de novos modelos de mobilidade urbana cada dia mais forte, é preciso preparar um sistema de transporte que seja capaz de integrar diferentes modais. Nesse sentido, discutir mobilidade e acessibilidade não significa apenas trazer as pessoas para mais perto de seus trabalhos, mas prover também acesso à cultura e lazer, estando diretamente relacionada com a inclusão social de uma cidade.

É preciso discutir a questão de modo a desenvolver o planejamento de uma mobilidade inteligente, entendendo o papel que a prefeitura possui em melhorar a mobilidade urbana e como não apenas promover o acesso a locomoção, mas também como realizar esse acesso de maneira justa e com qualidade.

VENDAS DE VEÍCULOS ELETRIFICADOS NO BRASIL BATEM NOVO RECORDE EM 2020

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ABVE prevê 19 mil VEs emplacados até dezembro, com crescimento de 60% sobre 2019

As vendas de veículos elétricos e híbridos (VEs) no Brasil em 2020 bateram novo recorde e superaram em apenas nove meses (janeiro a setembro) o total de vendas de todo o ano de 2019.

Considerando que 2019 tinha sido, até então, o melhor ano da eletromobilidade no País, com o triplo de vendas de 2018 (quadro abaixo), o resultado mostra um crescimento forte e consistente desse mercado, segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico.

A ABVE prevê fechar 2020 com 19 mil veículos eletrificados vendidos no Brasil, o que corresponde a um aumento de 60% em relação a 2019 e de 378% em relação a 2018.

OUTUBRO

De janeiro a outubro de 2020, o total de eletrificados emplacados no Brasil foi de 15.565 unidades, contra 11.858 de janeiro a dezembro de 2019. Em 2018, o total foi de 3.970 unidades.

Outubro também foi o segundo melhor mês da história da mobilidade elétrica no Brasil, com 2.273 unidades comercializadas, só superado por dezembro de 2019 (2.409).

“Esses ótimos resultados confirmam nossa expectativa de que o mercado de eletrificados no Brasil tende a dobrar de tamanho a cada dois anos, ou menos” – disse Thiago Sugahara, vice-presidente de Veículos Leves da ABVE e executivo da Toyota.

De 2012 até outubro de 2020, a frota eletrificada em circulação no Brasil chega a 38. 089 veículos, devendo passar de 41 mil em dezembro.

Os totais referem-se à soma de automóveis e comerciais leves emplacados pelo Renavam (Registro Nacional de Veículos Automotores, do Ministério da Economia).

Os números incluem veículos híbridos (HEV), híbridos plug-in (PHEV) e 100% elétricos (BEV). Excluem ônibus, caminhões e outros veículos elétricos, como motos e e-bikes.

CRESCIMENTO

Os dados do Renavam, compilados pela ABVE, apontam para uma acentuada curva de crescimento do mercado de eletrificados nos últimos três anos. Confira:

2012 a 2018: total da frota de VEs em circulação no Brasil = 10.666 unidades emplacadas;
2018 a 2019: total de VEs = 22.524;
2019 a 2020: total de VEs = 41.500 (previsão).

FONTE: ABVE/Renavam

Confirmada a estimativa de aumento de 60% nas vendas em 2020 sobre 2019, a evolução dos VEs no Brasil seguirá uma trajetória oposta à do conjunto do mercado.

A estimativa de outubro da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) prevê queda de 31% nas vendas domésticas totais em 2020, em relação ao ano passado.

INCENTIVOS

Ainda assim, uma frota eletrificada de 41.500 veículos representa apenas 0,09% da frota total de automóveis e comerciais leves em circulação no Brasil (43.494.224 veículos em 2019, segundo o Relatório de Frota Circulante do Sindipeças).

A ABVE defende um conjunto de medidas que transmitam confiança aos compradores e segurança às empresas que querem apostar na eletromobilidade – especialmente num cenário em que a Covid-19 leva os consumidores a dar preferência ao transporte limpo como alternativa aos veículos a combustível fóssil.

Entre essas medidas, está a equiparação das alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos veículos eletrificados às da maioria do mercado de automóveis convencionais.

Hoje, os eletrificados pagam entre 12% e 18% de IPI, em média, enquanto um carro flex 1.0 a combustão paga apenas 7%.

“Defendemos igualdade de condições aos veículos eletrificados, que são muito mais eficientes e menos poluentes do que qualquer similar convencional com motor a combustão; é uma questão de justiça tributária” – afirmou o diretor da ABVE Thiago Sugahara.

A ABVE propõe também incentivos à instalação de redes de recarga elétrica nas principais cidades e rodovias e isenção do IPVA cobrado sobre veículos eletrificados (hoje, menos de dez Estados brasileiros têm leis com esse objetivo).

ELEIÇÕES

Outra ação recente da ABVE é o lançamento da Carta pela Eletromobilidade, que está sendo apresentada a candidatos a prefeito e vereador das principais cidades brasileiras (íntegra em www.abve.org.br).

A Carta faz uma defesa da mobilidade sustentável no transporte público e individual e apresenta um conjunto de propostas às futuras autoridades municipais que serão eleitas em 2020.

O candidato que quiser assinar a Carta pode entrar em contato pelo e-mail abve@abve.org.br

Fonte: Assessoria de Imprensa ABVE

COMEÇA EM VERSÃO ONLINE A SEGUNDA EDIÇÃO DO SIRESANT

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O evento, pela primeira vez em formato virtual, encurtou distâncias e reuniu um número recorde de participantes em relação a edição do ano passado, realizada no Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA II), em Curitiba

Informação, conhecimento e troca de experiências. Assim foi o primeiro dia do Segundo Simpósio Regional sobre Sistemas de Aeronaves não Tripuladas (SiRESANT), evento promovido pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e pelo Serviço Regional de Proteção ao Voo de São Paulo (SRPV-SP), entre os dias 10, 11 e 12 de novembro de 2020, em São Paulo.

O evento, pela primeira vez em formato virtual, encurtou distâncias e reuniu um número recorde de participantes em relação a edição do ano passado, realizada no Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA II), em Curitiba.

No primeiro dia (10), mais de 2200 inscritos espalhados pelo Brasil e pelo mundo, tiveram a oportunidade de receber informação das três agências que regulam o setor no território nacional: Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e o DECEA, além de conhecer o arcabouço regulatório da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI).

A programação foi comandada pelo Chefe do Serviço Regional de Proteção ao Voo de São Paulo (SRPV-SP), Coronel Aviador Chrystian Ciccacio, que desempenhou o papel de mestre de cerimônias, ora apresentando os palestrantes ora atuando como mediador dos debates.

A abertura oficial do evento foi feita pelo Vice-Diretor do DECEA, Major-Brigadeiro do Ar Walcyr Josué de Castilho Araújo, representando o Diretor-Geral, Tenente Brigadeiro do Ar Heraldo Luiz Rodrigues.

“Precisamos aumentar cada vez mais o número de pessoas que participam deste esforço de tornar a utilização do drone cada vez mais seguro e eficiente no espaço aéreo. O DECEA é o órgão central do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB), se fossemos descrever a nossa missão em duas palavras seriam segurança e operacionalidade. Segurança para nós é clausula pétrea, é o princípio maior de todos”, enfatizou.

O Major-Brigadeiro Walcyr disse que há um grande crescimento da utilização de aeronaves não tripuladas, no entanto, o principal ponto que deve ser observado é a segurança e a operacionalidade, tanto no que se refere à fluidez do espaço quanto a sua acessibilidade.

“Uma curiosidade nestes tempos de pandemia, em que houve redução do tráfego aéreo mundial, não só o brasileiro, o uso dos drones cresceu mais de 20%, o que mostra a força desta ferramenta. No viés de cumprir as determinações da OACI, seguindo as normas, focando em manter a segurança, passamos a fazer eventos educativos”, detalhou ao citar a primeira edição do SIRESANT.

O oficial general fez ainda um comentário reconhecendo que a comunidade brasileira que opera com responsabilidade as Aeronaves Não Tripuladas (UAS) tem feito, como o DECEA, um esforço no sentido de estabelecer procedimentos que tornem esta atividade exitosa e segura.

No início da programação, o responsável pela Seção de Sistemas de Aeronaves Remotamente Pilotadas da OACI, Mark Wuennenberg, falou sobre os regulamentos elaborados pela Organização para operação segura e o fornecimento de um modelo regulatório aos países-membros, construído com base em experiências bem-sucedidas do Canadá, Nova Zelândia e Estados Unidos.

Wuennenberg destacou também o Painel de Aeronaves Remotamente Pilotadas, que conta com representantes brasileiros, e o simpósio DRONE ENABLE/4, organizado em parceria com o DECEA, que será realizado em abril de 2021, com o objetivo de possibilitar um intercâmbio sobre as melhores práticas, lições aprendidas e desafios da integração dos sistemas de aeronaves não tripuladas.

O painel de abertura: “Análise de cenário e ações do DECEA para atender demanda desse mercado no Brasil”, reuniu a alta direção: o Chefe do Subdepartamento de Operações, Brigadeiro do Ar Fernando César da Costa e Silva Braga, o Presidente da Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA ), Brigadeiro do Ar Sérgio Rodrigues Pereira Bastos Júnior, e o Assessor Aeronáutico da Delegação Brasileira na OACI, Brigadeiro do Ar Ary Rodrigues Bertolino, com mediação do Coronel Ciccacio.

De forma descontraída e fornecendo conteúdo de qualidade, falaram sobre os projetos desenvolvidos pelo DECEA na área de aeronaves não tripuladas, com a ressalva de que suas concepções operacionais estão em desenvolvimento, em alinhamento com a OACI, bem como a atualização da legislação (ICA 100-40).

Além disso, mencionaram o Sistema de Solicitação de Acesso de Aeronaves Remotamente Pilotadas (RPAS) – SARPAS, produto digital do DECEA com mais de 50 mil cadastros. “Somos testemunhas do crescimento exponencial desta atividade atualmente no Brasil”, apontou o Brigadeiro Braga. Desde a criação do SARPAS, foram feitas mais de 380 mil solicitações de acesso ao espaço aéreo, das quais mais de 145 mil, até novembro deste ano.

Outro ponto destacado pelo Brigadeiro Bertolino foi que o Brasil é o único país da América Latina a compor o Painel de Aeronaves Remotamente Pilotadas da OACI, o que rendeu ao DECEA pedidos de outros países da América do Sul para compartilhamento do sistema SARPAS.

No painel seguinte: “Introdução: Conceitos Básicos da Operação de Drones no Brasil”, especialistas das agências reguladoras, enfatizaram, cada qual na sua área, importantes informações sobre os principais passos que devem ser seguidos para operação segura de aeronaves remotamente pilotadas.

Palestras ministradas pelo Tenente CTA Fábio Rennó, Membro do Comitê de Aeronaves não tripuladas do SRPV-SP e do Grupo de Trabalho destinado à implementação do Gerenciamento de Tráfegos não tripulados (UTM) no SISCEAB; Roberto José Silveira Honorato, Superintendente de Aeronavegabilidade da ANAC; Marcel Fleury Pinto, Coordenador de processos de homologação da Anatel; com mediação do Major Especialista em Controle de Trafego Aéreo Jorge Alexandre, Chefe da Subdivisão de Operações Militares do CINDACTA II e membro do Painel de Aeronaves Remotamente Pilotadas da OACI.

Foram ministrados os conceitos básicos sobre a operação, informação sobre a função de cada agência reguladora, fluxo de certificação e homologação na Anatel e declaração de conformidade, requisitos de certificação dos equipamentos (Classe 1, 2 e 3), resumo das exigência, acesso ao espaço aéreo e planejamento de voo.

Existem mais de 120 modelos homologados pela Anatel para comercialização, 78.564 drones estão cadastrados no Sistema de Aeronaves não Tripuladas (SISANT) da ANAC, 30.794 para uso profissional, e 33% do total de solicitações de acesso ao espaço aéreo são provenientes da área de responsabilidade do SRPV-SP.

Na parte da tarde, aconteceu o painel: “Aviação não tripulada e o seu processo de certificação e cadastro”, que teve moderação e palestra de Ailton Oliveira, Especialista em Regulação de Aviação Civil da Superintendência de Aeronavegabilidade da ANAC, e apresentações do Coronel Mário Celso, da Seção de Geoinformação, Meteorologia e Aerolevantamento (SEGMA), do Ministério da Defesa; e participação da indústria, com Samuel Salomão, Fundador & Presidente da SpeedBird Aero, e André Arruda, Co-fundador da AL Drones.

Foram abordados os principais passos para a certificação de uma aeronave não tripulada, diferenças entre cadastro e registro, aerolevantamento com modal aéreo não tripulado e autoridades envolvidas nas operações de aerolevantamento com aeronaves não tripuladas.

“As regras das agências reguladoras, como a Anac e o DECEA, só tem resultado quando são assimiladas pela sociedade. A sociedade só assimila as regras, autorizações, certificações, quando conhece e compreende as regras. Eventos como esse contribuem para ampliar o alcance do trabalho das agências”, defendeu Ailton Oliveira, no início de sua apresentação.

Na última atividade do dia, o Tenente Rennó e o Major Jorge, responderam dúvidas dos participantes. O SIRESANT tem ainda dois dias de programação, com o objetivo de proporcionar o conhecimento das melhores práticas relacionadas à operação segura do sistema de aeronaves não tripuladas. Hoje tem mais, confira!

Fonte: DECEA