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O IMPACTO DA ECONOMIA COMPARTILHADA PARA A MOBILIDADE URBANA

Naomi Kerkhoff Gimenes
Naomi Kerkhoff Gimenes
Co-Fundadora da Ucorp - Tecnologia para Mobilidade ESG, Startup referência em soluções para mobilidade elétrica, eleita pelo Estadão “TOP100 Empresas mais influentes em 2021”. E atua no desenvolvimento de negócios da área de Produtos Digitais na Liga Ventures. É empreendedora, mentora e consultora de prototipação para startups.

Para as cidades, o principal benefício é a diminuição na frota de veículos rodando nas vias, o que ajuda a reduzir o fluxo de trânsito

Quando falamos sobre economia compartilhada com foco em mobilidade, 4 tópicos me vem à mente: benefícios econômicos, sustentabilidade, lazer e percepção social. De todos os pontos, o primeiro a ser considerado em um processo de decisão na escolha por um serviço de mobilidade compartilhada é  o benefício econômico que, certamente,  ainda é o mais forte ou o que tem mais apelo. 

Para as cidades, o principal benefício é a diminuição na frota de veículos rodando nas vias, o que ajuda a reduzir o fluxo de trânsito. Um carro compartilhado retira, em média, de nove a 13 automóveis das ruas, segundo o estudo Shared Mobility, da Universidade da Califórnia. A pesquisa também apurou que 25% dos usuários de carsharing venderam um veículo e outros 25% adiaram a compra de um novo carro.

Para facilitar ainda mais a vida dos usuários, hoje temos o serviço de nanolocação, onde podemos visualizar uma economia muito mais real. Essa é uma modalidade crescente, que preenche todos os benefícios que elenquei no início deste artigo. É mais barato, tira veículos de circulação, pode ser usado para momentos de lazer e também oferece o atrativo da percepção social, já que o usuário pode usar um tipo de veículo que, no dia a dia, não teria acesso, como um Jaguar, por exemplo, que tem carros à disposição para a nanolocação.  

O Flou, app de nanolocação, oferece a chamada ‘Tarifa Especial’, uma tarifa amigável para períodos nos quais o veículo está desligado. O valor praticado para cobrança é de somente 10% do valor do minuto, o que torna o serviço ainda mais atrativo para o usuário. 

Para ilustrar isso tudo, imagine usar a nanolocação para ir com a família ao shopping ou para fazer compras num supermercado, neste cenário, enquanto estiver no lazer ou nas compras a tarifa a ser cobrada será muito menor e não haverá a preocupação de “fazer tudo correndo” para a redução de custos.

Claro que não tem como falar em economia compartilhada, na diminuição de carros nas ruas da zona urbana e até no campo, sem tocar na emissões de gases poluentes que naturalmente são reduzidas. 

Os automóveis são responsáveis por mais da metade da emissão de gases do efeito estufa. Sobre isso, um relatório do IEMA (Instituto de Energia e Meio Ambiente) apontou que os veículos correspondem por 72,6% desses lançamentos de poluentes, gerando um grande impacto no aquecimento global.

Quais os próximos passos?  Certamente essa questão passa pela adesão de empresas e da população. O uso de um mesmo veículo por várias pessoas, sem a propriedade desse carro, que é a essência da mobilidade compartilhada, traz benefícios para o indivíduo, para as empresas e para o planeta. 

É um caminho só de apontamentos positivos, precisa apenas de um engajamento maior. Estudo do World Resources Institute (WRI), aponta que anualmente, pelo menos, 5 milhões de pessoas utilizam o carsharing em todo o mundo como forma de deslocamento urbano. Este número pode e deve ser multiplicado várias vezes para o benefício de todos. 

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autora, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities

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