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A RETOMADA DOS GRANDES EVENTOS E O IMPACTO NA MOBILIDADE URBANA

Douglas Tokuno
Douglas Tokuno
Douglas Tokuno é Head de Parcerias para América Latina e EMEA do Waze. O executivo entrou para o time do Waze em 2017 para liderar a chegada desse serviço ao país. Antes disso, Douglas fazia parte da equipe de Produtos e Estratégia do YouTube no Google. Em paralelo à sua atuação na empresa, o executivo foi mentor de negócios na Startup Farm e no Google Campus por dois anos. O executivo é formado em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Santa Catarina e mestre em Administração pela FEA-USP.

Com o aumento deste fluxo somado aos eventos frequentes nas cidades, as organizações dos eventos e as companhias de mobilidade das cidades precisam estabelecer uma ótima comunicação entre si e com a população para evitar adversidades.

Após um longo período de isolamento em razão da pandemia, neste ano vivenciamos o retorno e a realização de grandes eventos, como shows, festivais, campeonatos esportivos, entre outros. Em sua grande maioria, essas celebrações contaram com uma enorme presença de público. Este comportamento não é surpreendente, visto que como sociedade passou por um período difícil e neste momento as pessoas estão se dedicando a realizar o que não foi possível em 2020 e 2021. 

Para além desses eventos pontuais, as grandes metrópoles já estão sentindo o aumento do tráfego de veículos no próprio dia a dia. São Paulo, por exemplo, registrou uma média de 76 km de lentidão diária em março deste ano, segundo a Companhia de Engenharia de Trágego (CET). Para se ter uma ideia: foram registrados apenas 24 km de lentidão em março de 2021.

Com o aumento deste fluxo somado aos eventos frequentes nas cidades, as organizações dos eventos e as companhias de mobilidade das cidades precisam estabelecer uma ótima comunicação entre si e com a população para evitar adversidades. Nestes dias atípicos, além de um grande número de pessoas se direcionando ao mesmo local, ainda podem acontecer mudanças nas rotas de locomoção, que precisam ser bem definidas e comunicadas dias antes da realização do evento. 

Ferramentas são aliadas no planejamento de trânsito

Os aplicativos de navegação possuem um papel importante no auxílio da grande demanda de tráfego rotineiro das cidades. O Waze, por exemplo, além de já auxiliar usuários do aplicativo diariamente, desenvolveu o Waze for Cities, projeto que compartilha dados com órgãos públicos, institutos de pesquisa e empresas de comunicação, que, munidos das informações, podem estudar o mapeamento de trânsito em tempo real e de forma gratuita. A iniciativa se destaca principalmente por sua atuação e auxílio durante grandes eventos.

Em setembro, o Rio de Janeiro recebeu o Rock in Rio. A organização do festival, a Prefeitura do Rio de Janeiro e o Centro de Operações do Rio (COR), contaram com a parceria consolidada há quase dez anos com o Waze para o fechamento de onze ruas em torno da Cidade do Rock, além da definição dos melhores trajetos alternativos para os motoristas. 

Já em São Paulo, recentemente o Waze apoiou a CET – com quem já possui parceria há seis anos – no planejamento de trânsito durante os dias do GP de Fórmula 1, auxiliando na conexão entre a organização do evento e os motoristas, que serão alertados sobre o fechamento de ruas e a localização de bolsões de estacionamentos que facilitarão a chegada dos usuários que compareceram ao GP. 

Intensidade nos próximos meses para a mobilidade urbana

Apesar de o Brasil não ser o anfitrião da Copa do Mundo neste ano, a competição terá grande impacto na mobilidade no país, pois é um costume dos brasileiros se deslocar das casas ou escritórios até outros locais para assistir aos jogos acompanhados pelos amigos e familiares. Em 27 de junho de 2018, por exemplo, São Paulo chegou a registrar 203 km de congestionamento, de acordo com dados da CET. O fato ocorreu às 14h, uma hora antes do jogo do Brasil com a Sérvia na busca pela conquista da taça da Copa da Rússia. 

Além disso, algumas cidades também costumam reunir a população em locais públicos para a transmissão dos jogos. Em 2013, por exemplo, mais de 50 mil pessoas assistiram aos jogos da Seleção Brasileira na Copa das Confederações em um telão instalado pela Prefeitura de São Paulo no Vale do Anhangabaú. 

Além da copa, nos próximos meses receberemos maiores shows internacionais. O Primavera Sound, por exemplo, trará diversos artistas à São Paulo ainda neste mês. A tendência é que isso seja frequente, assim como antes da pandemia. 

De olho nesses acontecimentos, os órgãos governamentais precisam se aliar cada vez mais com a tecnologia para evitar transtornos em dias tão movimentados. Afinal, a mobilidade impacta diretamente a vida da população e devolve um bem precioso que é o tempo. 

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities  

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