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O USO DA BICICLETA COMO OPÇÃO DE COMBATE AO SEDENTARISMO NAS CIDADES

No Brasil, a cada 21 segundos “nasce” uma pessoa acima de 50 anos. A Projeção do IBGE para 2030, é que teremos a quinta população mais idosa do mundo.

No início da Pandemia em 2020, a Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou orientações sobre o deslocamento durante a Covid-19, onde defendia o uso da bicicleta como forma de limitar o contato físico, fazer exercícios, aumentar a imunidade e se prevenir contra o contágio da doença.

Houve vários exemplos de ações no mundo inteiro, privilegiando seu uso. Por exemplo, em Londres, Paris, Cidade do México e Bogotá foram criadas ciclovias temporárias e expansão de calçadas para acomodar um número maior de ciclistas e pedestres. Em São Paulo, liberou-se o uso nos trens e metrôs para acesso com bicicletas todos os dias da semana e sem restrição de horário. Assim, as pessoas que precisavam fazer grandes deslocamentos, podiam seguir uma parte de bicicleta.



Durante os meses que se seguiram, ouvimos muitas notícias sobre o aumento de venda de bicicletas, a ponto de paralisar as fábricas por falta de peças e acessórios.

O momento trouxe a oportunidade de conhecer os benefícios da bicicleta, seja com as bikes compartilhadas ou até mesmo nas ergométricas…que impulsionaram um novo normal para saúde.

Por outro lado, em março de 2022, a mesma OMS, publicou o índice de sedentarismo mundial e o Brasil é o país mais sedentário da América Latina e ocupa a quinta posição no ranking mundial.

Passamos muito tempo sentados, principalmente de frente ao computador. Alguns estudiosos, até chamam isso de “novo estilo de vida”. 

Como pensar em Cidades Inteligentes com uma população de doentes crônicos? O Brasil está envelhecendo e o cenário será cada vez mais difícil.

E por que a bicicleta se torna tão importante? Como transformar motoristas em ciclistas? Como deletar de nossas vidas, esse novo estilo, o “sedentarismo”? As perguntas são inúmeras, os desafios idem!

A bicicleta tem um quê de magia. Permite que as pessoas interajam de forma diferente com a cidade e com as outras pessoas. “Força” a todos a reduzirem o ritmo e faz, por intermédio do exercício, passar menos stress e ganhar mais energia.

Estudos mostram que ciclistas apresentam menos casos de depressão e solidão. Além de que, é um jeito sustentável de se transportar pela cidade e agride menos o meio ambiente.

Muitos adultos, principalmente mulheres acima de 50 anos, que chegaram até a Startup Quero Pedalar, de São Paulo, para aprender a andar de bicicleta, relatam um outro ponto importante, o receio de andar de bicicleta pelas ruas, devido aos espaços urbanos que estão cada vez mais disputados e caóticos.

E neste contexto, surgem cada vez mais pessoas envolvidas com este modo saudável de viver e conduzir a vida. O aumento de pessoas na busca por uma mobilidade mais saudável e econômica é o começo para discutirmos o caminho para o desenvolvimento sustentável de cidades. Precisamos aproveitar esta oportunidade de entusiasmo com a bicicleta para discutir cada vez mais políticas públicas que impulsionem ainda mais o uso deste modal.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities 

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