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5 dicas para evitar o estresse no trânsito

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Manter a calma também pode contribuir para evitar acidentes.

O trânsito pode ser desafiador. Sobretudo nas grandes metrópoles, em que o congestionamento é uma realidade em quase todos os dias.

Assim, é preciso manter a calma. Tanto para não sofrer com as consequências do estresse na saúde quanto para evitar acidentes.

Confira 5 dicas para evitar o estresse no trânsito e ter viagens mais tranquilas:

1 – Se planeje antes de sair

Em vez de dirigir pelo caminho que você já conhece e sair de casa em cima da hora, avalie suas possibilidades. Se planejar antes de sair pode garantir melhores rotas.

Além disso, você pode usar a tecnologia ao seu favor. Por exemplo, se você precisa chegar às 9h em algum destino, no dia anterior você pode usar aplicativos para calcular o melhor horário para sair de casa.

Assim, você evita o estresse de olhar para o relógio a cada cinco minutos enquanto vê seu carro preso no congestionamento. Além disso, terá mais tempo para estacionar quando chegar ao seu destino.

2 – Use roupas confortáveis

Embora dirigir não seja um esporte, também é importante usar roupas confortáveis. Afinal, você vai pisar várias vezes nos pedais, movimentar os braços e a cabeça.

Assim, evite sapatos que machucam os dedos dos pés e roupas que restringem a mobilidade. Ao dirigir de forma confortável, as chances de se estressar reduzem.

3 – Respire fundo

Quando a raiva chega ao ápice, a última coisa que alguém quer ouvir é “respire fundo”. Contudo, a técnica realmente funciona, pois ajuda a controlar os níveis de estresse.

Assim, quando estiver diante de alguma situação estressante, respire profundamente. A prática também é benéfica antes mesmo de acontecer um conflito no trânsito. Portanto, se perceber que a tensão está chegando, respirar pode ajudar.

Se você preferir, também pode usar aromatizantes no carro. Um sachê com cheiro de hortelã ou lavanda pode contribuir para atrair a calma enquanto dirige.

4 – Fuja dos conflitos

Muitas vezes, a pessoa que está dirigindo pode nem estar estressada, mas alguém pode tentar puxar uma briga ou confusão. Neste caso, o melhor a se fazer é fugir do conflito.

Portanto, se alguém buzinar para você ou mesmo te ofender, ignore e não continue a briga. Afinal, para um desentendimento ocorrer, é preciso mais de uma pessoa.

Além disso, mesmo que alguém esteja errado no trânsito e faça algo que te prejudique, desvie sem xingar. Na hora, você vai se sentir correto se posicionando, mas no fim o único resultado será um estresse maior para ambas as partes.

5 – Ouça música

Ouvir músicas divertidas ou suaves enquanto dirige ajuda a relaxar. Assim, a sua energia vai continuar positiva e dificilmente alguém vai conseguir te tirar do sério.

Caso perceba que está em um dia difícil, escolha uma playlist que você sabe que vai te relaxar. Deste modo, você contribui para ter uma viagem mais tranquila e feliz.

Fonte: Mobilidade Estadão

Como a inteligência artificial pode afetar a mobilidade urbana

Conectividade pode melhorar a experiência dos usuários, garantindo segurança e eficiência nos deslocamentos.

A inteligência artificial já faz parte do dia a dia das pessoas. Inclusive na mobilidade urbana. Afinal, muitos recursos já melhoram a experiência dos usuários.

Em geral, o resultado da união entre mobilidade urbana e inteligência artificial é uma gama de benefícios. Por exemplo, segurança e eficiência nos deslocamentos, planejamento com base em dados e automatização no atendimento ao cliente.

Em primeiro lugar, é preciso entender o que é inteligência artificial. O termo, também conhecido como artificial intelligence (AI), vem do professor John McCarthy, da Universidade de Dartmouth.

O acadêmico usou o termo pela primeira vez para falar sobre a ciência de produzir máquinas e computadores inteligentes. Embora isso pareça recente, o conceito vem de 1956, quando o acesso aos dados ainda estava no início, assim como a digitalização.

Agora, os avanços tecnológicos se destacam. Assim, é possível até mesmo simular o pensamento humano.

Hoje, a inteligência artificial usa três pilares para fazer esse tipo de atividade. O primeiro é o Big Data, ou seja, uma grande quantidade de dados. Em seguida, está a capacidade de processar esses dados. Por fim, a análise deles.

Tudo isso é feito de forma rápida e eficiente. Deste modo, a inteligência artificial pode fazer parte da vida das pessoas, mesmo fora da tela do computador ou do smartphone.

Inteligência artificial e mobilidade urbana em cidades inteligentes

Na mobilidade urbana, as cidades inteligentes são destaque no uso de inteligência artificial. Por exemplo, Dubai, Londres e Nova York já coletam dados de forma integrada a ferramentas urbanas.

Um dos pontos em que a inteligência artificial se relaciona com a mobilidade urbana é no gerenciamento de tráfego. Assim, é possível analisar dados de semáforos, câmeras, sensores e outros dispositivos.

Com isso, é possível prever os padrões de tráfego em tempo real. Assim, os dados ajudam a melhorar o fluxo de veículos, reduzir o congestionamento e ainda evitar acidentes.

Já o uso de GPS pode auxiliar no mapeamento do transporte público. Saber onde estão os ônibus e que horas vão chegar no ponto é um exemplo de como a inteligência artificial funciona, inclusive no Brasil.

Além disso, aplicativos com esse recurso já mostram ao usuário qual é a melhor rota. Tanto com base na distância e no tempo quanto com base em preferências e no tráfego.

Também no que diz respeito a aplicativos, estão as empresas de compartilhamento de veículos. Entre elas, destacam-se a Uber e a 99, entre outros, que calculam preços, planejam as melhores rotas e atuam com base na demanda de viagens e oferta de motoristas.

Por fim, os veículos autônomos são um grande exemplo de uso da inteligência artificial na mobilidade urbana. Hoje, os carros que “dirigem sozinhos” ainda estão em fase de testes. Ainda assim, as empresas já mostraram que isso é possível, como a Tesla, por exemplo.

Fonte: Mobilidade Estadão

COMO MELHORAR A MOBILIDADE DAS REGIÕES METROPOLITANAS?

Investimentos em novos modais e na melhora da infraestrutura são fundamentais para avanços na esfera metropolitana

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou, em maio de 2023, o estudo Mobilidade Urbana no Brasil: marco institucional e propostas de modernização, que analisa as principais carências da mobilidade urbana brasileira.

Segundo o relatório, o Brasil precisa investir mais de R$ 295 bilhões até 2042 para equiparar as estruturas das 15 principais regiões metropolitanas do País ao padrão da Cidade do México e Santiago do Chile, tidas como referência no assunto na América Latina. Porém, quais são os maiores problemas da mobilidade urbana no Brasil e como planejar e melhorar o acesso a essas regiões?

Prioridade do transporte individual

O estudo traz conclusões que não são surpreendentes para quem acompanha as discussões na mobilidade urbana no País, mas os números chegam a assustar. O Brasil subinveste no transporte público e prioriza investimentos e subsídios para o transporte individual e para veículos movidos a motores à combustão.

Um novo exemplo desta inversão de prioridade ocorreu com o subsídio do Governo Federal para as montadoras de veículos, com a finalidade de baixar o preço do “carro popular”. A discussão é complexa pois, por um lado, a medida reaquece a indústria nacional, garantindo empregos e avanços tecnológicos no País. Por outro lado, não apenas não resolve os problemas de mobilidade, como também pode agravar os efeitos nocivos dos veículos nas cidades (poluição, engarrafamentos e esvaziamento do transporte público).

Grandes cidades ainda priorizam o deslocamento por veículos individuais. (Fonte: GettyImages/Reprodução)
Grandes cidades ainda priorizam o deslocamento por veículos individuais. (Fonte: GettyImages/Reprodução)

Problemas crônicos das regiões metropolitanas

O estudo do CNI demonstra que, desde 2010, o Brasil vem passando por um movimento de conurbação, ou seja, quando duas ou mais cidades se expandem tanto que se encontram e se integram. Outro fenômeno que voltou a ocorrer, mas em menor escala, é o êxodo rural e a migração de pessoas para as grandes cidades. Estas, onde estão concentradas as vagas de emprego e oportunidades financeiras, atraem milhões de cidadãos que buscam melhores perspectivas de vida.

O movimento populacional não é novo, mas o tamanho das cidades geram novos problemas. A maioria da população recém-chegada se instala nas cidades-satélites ou nas regiões metropolitanas, onde os preços dos imóveis e de aluguéis são menores. Assim, as pessoas precisam se deslocar por longas distâncias para trabalhar nos principais centros urbanos e nas capitais. O fenômeno da ida dos trabalhadores para o centro das cidades pela manhã e volta após o horário de expediente é chamado de migração pendular.

Com a conurbação, muitos trabalhadores se deslocam por duas ou mais cidades para chegarem ao seu destino. Nem sempre o transporte público destes locais é integrado, gerando problemas como a necessidade de mudança de meios de transporte, pagamento de novas tarifas, a necessidade de usar aplicativos ou transporte ilegal para completar as rotas e mais. Com isso, o tempo de deslocamento aumenta bastante, o rendimento no trabalho diminui e a qualidade de vida é afetada.

Dependência do modal rodoviário e possíveis soluções

Um dos principais problemas apontados pelo estudo é um velho conhecido dos especialistas em mobilidade urbana: a dependência de apenas um modal para realizar os deslocamentos. O Brasil é dependente do modal rodoviário para os seus transportes e, nas grandes cidades, isso é representado pelo fato de que, em muitas, o ônibus é o único transporte público disponível.

Segundo o estudo da CNI, para alcançar os padrões das cidades citadas, os maiores investimentos deveriam ser feitos na criação e expansão da malha de metrô. Em seguida, na expansão da malha ferroviária para trens urbanos e, por fim, investimentos da infraestrutura para ônibus (criação e expansão de corredores e faixas exclusivas).

A disponibilidade de diferentes modais garante a opção de escolha para os usuários, que podem fugir das rotas mais lotadas. Além disso, pode diminuir a lotação nos horários de pico e contribuir para a diminuição das passagens pelo aumento da concorrência.

A mera oferta de serviços, no entanto, não terá efeito se quem mais precisa não puder pagar por eles. Portanto, é fundamental que as cidades trabalhem em conjunto para garantir integração e otimização da logística. Bilhetes únicos são uma realidade que agiliza a vida de milhões de pessoas em algumas das principais regiões metropolitanas.

Mais do que nunca, a tecnologia e a inteligência artificial apresentam soluções para os principais problemas de planejamento urbano e logístico, mas é preciso investimento para aplicá-las na melhora da qualidade de vida da população.

Ônibus elétricos são o caminho?

Os ônibus são um capítulo à parte na mobilidade urbana, e como protagonistas na vida dos trabalhadores brasileiros, eles não vão embora tão cedo. Porém, um novo avanço tecnológico pode transformar o setor: a chegada de veículos elétricos.

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice, Geraldo Alckmin (PSB), na inauguração da fábrica de ônibus elétricos do grupo Eletra. (Fonte: Eletra/Divulgação)
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice, Geraldo Alckmin (PSB), na inauguração da fábrica de ônibus elétricos do grupo Eletra. (Fonte: Eletra/Divulgação)

Os ônibus elétricos não são novidades, e alguns modelos já circulam em algumas grandes capitais, como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba. Porém, o setor deve sofrer fortes investimentos nos próximos anos. Leis federais e municipais estão atuando para a renovação das frotas e aumentando a porcentagem de veículos elétricos.

Os ônibus elétricos trazem uma série de vantagens: são mais silenciosos e emitem pouquíssima poluição quando comparados aos modelos à combustão. Além disso, apesar do custo inicial mais caro, eles têm um menor custo de manutenção a longo prazo, que pode garantir a redução do preço de passagens.

Dessa forma, a eletrificação da frota pode mitigar uma série de problemas da mobilidade urbana. Por outro lado, esse modelo de transporte pode ser pouco efetivo se simplesmente substituir os modelos das linhas já em atuação. Os ônibus são mais eficazes como transporte público quando não competem com o trânsito normal; por isso, modelos como BRTs, trólebus e até VLTs são comuns nas cidades com melhor mobilidade urbana. Criar faixas ou corredores (canaletas) exclusivos para os ônibus garante uma maior velocidade média de deslocamento e permite que tecnologias como a sincronização com semáforos sejam utilizadas.

Eletrificar e criar sistemas de BRTs nas grandes cidades e suas regiões metropolitanas pode revolucionar o transporte público brasileiro e com um baixo custo. O valor para a implementação de 1 km de BRT é de cerca de R$ 20 milhões, enquanto a implementação de 1 km de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) é de R$ 80 milhões, e de 1 km de metrô pode chegar a R$ 200 milhões.

O baixo custo deve-se ao fato de que o modal utiliza a infraestrutura urbana que, em grande parte, já está pronta, bastando apenas reorganizar faixas e criar as estações. Para que um sistema de ônibus seja verdadeiramente de BRT é necessário que as estações sejam feitas de modo a terem o pagamento da passagem realizado antes da entrada no ônibus e que o embarque e desembarque sejam no nível do passageiro. Estas medidas garantem a agilidade do sistema, similar a um metro. Além disso, as estações podem ser planejadas para permitir a troca das linhas sem o pagamento de uma nova passagem.

Cidade para quem?

Em um cenário de baixo investimento no transporte público, um modal já existente e com baixo custo de adaptação pode ser ideal para mitigar os problemas de regiões metropolitanas. Um transporte mais ágil garante melhor qualidade de vida, e a eletrificação ataca de frente o problema da poluição nos centros urbanos.

Avanços na esfera metropolitana podem ocorrer, apesar das dificuldades financeiras. É preciso planejar, investir nas ferramentas corretas e integrar a tecnologia no caminho dos cidadãos.

Fonte: Summit Mobilidade Estadão

CINCO FATOS SURPREENDENTES E POUCO CONHECIDOS SOBRE OS DRONES

Aeronaves remotamente pilotadas (RPA) foram evoluindo e expandindo suas frentes de atuação, bem como sua regulamentação

Curiosamente, a origem dos drones está ligada ao desenvolvimento de um barco em miniatura, em 1898, que funcionava por radiofrequência. Criada pelo inventor sérvio Nikola Tesla (1856-1943) e testado com sucesso em Nova Yorque, a experiência é considerada o início de todas as aeronaves controladas por rádio. Criada pelo inventor sérvio Nikola Tesla (1856-1943) e testada com sucesso em Nova York, essa experiência é considerada o início de todas as aeronaves controladas por rádio.

Ao longo dos anos, as aeronaves remotamente pilotadas foram evoluindo, com uso muito ligado às operações militares. Isso é realidade até hoje: o exército brasileiro acabou de anunciar, por meio do Comissão do Exército Brasileiro em Washington (CEBW) a intenção de compra de drones kamikazes, iguais os usados na guerra da Ucrânia, para testá-los no Brasil, de acordo com notícia veiculada em 17/07 pelo Estadão.

Essa vocação foi expandindo para outras frentes, assim como sua regulamentação. Hoje, é comum vermos drones em shows, transportando mercadorias – atividade que ocorre em locais específicos, pois ainda não há autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para sobrevoar pessoas sem que autorizem previamente, além de a segurança dessas operações ainda estar sendo comprovada – na agricultura, entre outras aplicações. Confira, a seguir, alguns fatos curiosos sobre os drones.

1. É proibido voar sem registro

O número de drones tem crescido exponencialmente no Brasil: se em 2017 essas aeronaves não tripuladas somavam 27,8 mil, neste ano elas saltaram para 130 mil, de acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Só que é muito importante reforçar que toda aeronave com peso máximo de decolagem superior a 250 gramas precisa ser cadastrada junto à ANAC. Sem essa autorização, os voos não são permitidos e os operadores ficam sujeitos a multas e penalidades.

2. Não precisa ser formado

Quem opera um done de uso profissional não precisa cursar o ensino superior, nem ter experiência anterior na aviação civil: basta fazer um curso em instituição especializada, que inclui aulas práticas e teóricas. De acordo com Samuel Salomão, fundador e CPO da SpeedBird Aero, essa é uma profissão que não existia até pouco tempo, e cuja Classificação Brasileira de Ocupação (CBO) foi criada em 2021, instituindo a atividade de operador de aeronaves pilotadas de forma remota.

3. O voo é proibido em muitos locais

Mesmo os drones menores, com peso de até 250 gramas, usados para uso recreativo como filmagem de férias, por exemplo, precisam observar as regras dos locais a serem sobrevoados. Isso porque há muitos lugares que são proibidos, locais que são chamados de NFZ ou No Fly Zones, ou que necessitam de autorização prévia.

Não respeitar as regras pode acarretar em apreensão do drone, além de multas. Apenas como exemplo, o Vaticano, em Roma, na Itália, proibe totalmente a prática; no Egito é necessário ter a permissão do Ministério da Defesa. Na Espanha, a multa por voar um drone sem autorização em um parque nacional pode chegar a 6 mil euros. Para ajudar os usuários, a fabricante de drones DJI possui um site que mostra, em tempo real, áreas proibidas, chamado No Fly Zones.

4. Transportam materiais biológicos

Embora o delivery de comida seja a cena mais emblemática e ‘futurista’ das aplicações atuais dessas aeronaves remotamente pilotadas, diversos outros usos vem sendo feitos e testados em todo o País. Um deles é o uso agrícola, onde os drones são usados para semear plantações, em terrenos de difícil acesso ou muito extensos, bem como para a pulverização de inseticidas, entre outras substâncias.

Essas aeronaves também têm feito transporte de materiais biológicos, com o envio de amostras para exames, entre outros, com ganho de tempo no processo e, consequentemente, no diagnóstico. Mas essas não são as únicas finalidades: os drones podem ser usados em situações de emergência, como afogamentos – nesse caso, jogando uma boia até que o salva-vidas chegue ao local – em incêndios, entre outras situações.

5. Há três tipos de aeronaves no Brasil

São três classes de drones atualmente operando no Brasil. A primeira é de equipamentos grandes, com peso acima de 150 quilos. Na classe 2, estão veículos com peso de 25 a até 150 quilos. Na 3, que compreende a grande maioria dos equipamentos em operação, hoje, no País, são veículos com peso de até 25 quilos.

No momento, a maioria dos drones em operação, seja em atividade ou mesmo testes, são da classe 3, com cargas que variam entre 2,5 e 6 quilos para não ultrapassar o limite da classe 3, que é de 25 quilos ( somados os pesos da mercadoria e o da aeronave).

Fonte: Mobilidade Estadão

ESTACIONAMENTOS ROTATIVOS: EXCELÊNCIA QUE PRECEDE ARRECADAÇÃO

Mais do que mirar nas receitas, antes é preciso ofertar um serviço de excelência

Mais do que uma administração zelosa com os recursos públicos, a gestão eficiente de um município, hoje, requer perspicácia quanto ao uso racional do território urbano – ou seja, das ruas. Afinal, trata-se do maior e mais valioso patrimônio de toda e qualquer cidade. Um patrimônio, aliás, caro de ser mantido, que consome grande parte das receitas das prefeituras e ainda exige constantes investimentos.

Tornar esse patrimônio rentável é, sem dúvida, a solução mais assertiva aos gestores que desejam melhorar as condições do trânsito, da malha viária e, sobretudo, da mobilidade urbana.

A ideia dos estacionamentos rotativos nasceu justamente desse propósito. Isto é, de tornar o espaço público um ativo, que traz benefícios à municipalidade e assegura o uso democrático e racional do território urbano.

Algo que é consenso pelo mundo, experimentado há décadas em milhares de cidades. Mas que, no Brasil, ainda é encarado como um grande desafio.

Do receio de muitos prefeitos quanto à eventual impopularidade da medida ao alerta sobre experiências negativas vivenciadas em localidades que não souberam operacionalizar seus estacionamentos rotativos.

Fato é que não se trata de algo tão simples quanto possa parecer. É um trabalho que exige planejamento, engenharia de dados e investimentos constantes, seja em manutenção, seja em tecnologia. Do contrário, frustrará a expectativa dos governantes, dos usuários e da população – além, claro, de frustrar a arrecadação planejada mediante a adoção do sistema.

Foco no serviço

Aí está, a meu ver, o equívoco mais recorrente que as administrações cometem. Mais do que mirar nas receitas, antes é preciso ofertar um serviço de excelência. A começar por ter uma mão de obra especializada, em número suficiente para absorver as demandas e 100% dedicada à gestão dos espaços públicos destinados a isso.

Infelizmente, não é o que ocorre na maioria dos casos – e isso inclui boa parte das capitais do País. Daí, provavelmente, a impressão, muito recorrente do nosso povo, de que “esse tipo de coisa não funciona no Brasil” – ou seja, aquela frase típica que usamos para tentar explicar o fracasso de boas iniciativas executadas com sucesso no exterior, mas que, por alguma razão desconhecida, não se aplicam por aqui.

No que se refere aos estacionamentos regulamentados, contudo, a origem do problema é bastante conhecida, conforme já explicitado. Portanto, cabe a nós focarmos nas experiências que dão certo. São muitas, posso assegurar. Todas, vale destacar, ancoradas em parcerias com a iniciativa privada, que perseguem justamente a excelência do serviço prestado e a comunicação efetiva com o cidadão.

Nesse contexto, a Estapar se notabiliza como grande parceira de mais de 20 municípios onde atua na gestão compartilhada de seus estacionamentos rotativos, por meio do sistema Zona Azul Digital. Entre eles, podemos destacar São Paulo, Santo André e São Bernardo – que compõem um dos maiores centros urbanos do planeta – e, juntos, têm se destacado pelo aprimoramento e pela eficiência do serviço oferecido à população.

Um trabalho de cooperação, que une poder público e iniciativa privada, em busca, principalmente, de ter a compreensão do público quanto à sua importância e trazer resultados a favor de uma cidade mais organizada.

Resultado desse esforço é o reconhecimento crescente entre os usuários – o que comprova a eficácia do modelo e serve de referência aos municípios que estão dispostos a fazer o mesmo.

Fonte: Mobilidade Estadão

REDES PRIVATIVAS, 5G, E PLATAFORMAS DIGITAIS SÃO PRIORIDADES DA NOVA POLÍTICA INDUSTRIAL

Foram escolhidas seis áreas prioritárias para as quais haverá metas a serem alcançadas até 2033.

O Mdic divulgou a nova política industrial, que estará organizada em missões. Foram escolhidas seis áreas prioritárias para as quais haverá metas a serem alcançadas até 2033. Entre as áreas, o 5G, as redes privativas e a presença nacional em plataformas digitais foram elencadas como prioritárias para o desenvolvimento local.

A nova política foi proposta pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial, órgão multissetorial vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) e tem por objetivo nortear as ações do Estado brasileiro para promoção do desenvolvimento industrial.

As áreas prioritárias para as quais haverá missões específicas são as seguintes:

I- cadeias agroindustriais sustentáveis e digitais para a segurança alimentar e nutricional;

II- complexo econômico industrial da saúde resiliente para robustecer o SUS e ampliar o acesso à saúde;

III- infraestrutura, saneamento, moradia e mobilidade sustentáveis para a integração produtiva e o bem-estar nas cidades;

IV- transformação digital da indústria para ampliar a produtividade;

V- bioeconomia, descarbonização, e transição e segurança energéticas para garantir os recursos para as futuras gerações; e

VI- tecnologias de interesse para a soberania e a defesa nacionais.

A área de infraestrutura, saneamento, moradia e mobilidade sustentáveis os objetivos serão:

I- adensar as cadeias produtivas nacionais da infraestrutura de água e saneamento, mobilidade, logística de transporte, telecomunicações e energia, fortalecendo a integração produtiva e comercial, nacional e com os países vizinhos, em articulação com os programas de investimento;

II- ampliar infraestruturas digitais locais, com foco em 5G, incluindo as redes privativas e a integração entre hardware e software, para a prestação de serviços no âmbito das cidades e das indústrias inteligentes;

III- adensar as cadeias produtivas nacionais de construção e obras de infraestrutura, priorizando a digitalização, sistemas construtivos inteligentes, materiais sustentáveis, energia renovável, redes de água e esgoto e drenagem pluvial, especialmente para moradias do Programa Minha Casa, Minha Vida e demais programas de investimento; e

IV- desenvolver tecnologias, bens, serviços e empresas nacionais de sistemas de mobilidade, logística de transporte, suas peças e componentes, com foco na economia circular, na otimização dos recursos hídricos, na transição e eficiência energéticas e na digitalização.

Os objetivos específicos para a transformação digital da indústria na política industrial proposta são os seguintes:

I. fortalecer e desenvolver empresas nacionais competitivas em tecnologias digitais disruptivas e emergentes, em segmentos estratégicos para a soberania digital e tecnológica;

II. aumentar a produtividade da indústria brasileira por meio da incorporação de tecnologias digitais, especialmente as desenvolvidas e produzidas no país;

III. reduzir a dependência produtiva e tecnológica do país em produtos nano e microeletrônicos e em semicondutores, fortalecendo a cadeia industrial das tecnologias da informação e comunicação;

IV. aumentar a participação de empresas nacionais no segmento de plataformas digitais; e

V. realizar a atualização tecnológica das regiões industriais maduras.

Os objetivos específicos da missão tecnologias de interesse para a soberania e a defesa nacionais são os seguintes:

I. obter autonomia estratégica nas cadeias produtivas ligadas às tecnologias críticas para a Defesa, em particular nas de materiais, de propulsão, de controle e de comunicações;

II. adensar as cadeias da indústria de defesa, segurança, naval e aeroespacial, em particular em tecnologias de base micro e nanoeletrônica;

III. desenvolver e adensar cadeias industriais para aprimorar os sistemas nacionais de sensoriamento remoto;

IV. expandir as capacidades internas nas áreas cibernética, nuclear e espacial;

V. desenvolver tecnologias duais e aumentar o aproveitamento dos transbordamentos tecnológicos entre os setores civis e militares;

VI. expandir as exportações de produtos de defesa.

Fonte: Telesintese

“VAMOS FABRICAR BATERIA COMPLETA DE ÔNIBUS NO BRASIL”

Marcelo Rezende, diretor da BorgWarner diz que eletrificação no Brasil passa pelo transporte de passageiros e fala como a empresa está se preparando para isso

Aos poucos, o Brasil vai entrando no mapa dos países que fabricam baterias para veículos elétricos ou, ao menos, parte delas. É o caso da BorgWarner, uma das maiores fornecedoras automotivas do mundo, que, em fevereiro passado, se juntou a BYD, WEG e Moura. Por enquanto, a BorgWarner traz a bateria da Alemanha e monta alguns sistemas na fábrica da companhia em Piracicaba (SP), antes do envio do componente que vai equipar os ônibus elétricos da cliente Mercedes-Benz.

Marcelo Rezende, diretor para sistemas de baterias da BorgWarner no Brasil, diz que o País está atrasado em sua transição energética, mas mantém otimismo com os rumos da eletrificação. Tanto que a BorgWarrner, em uma fase seguinte, pretende produzir bateria completa no Brasil. “O transporte de carga e de passageiros assumirá papel fundamental no processo de descarbonização”, acredita. Confira a entrevista de Rezende ao Mobilidade Estadão.

De que forma a BorgWarner está atuando no avanço da eletromobilidade no Brasil?

Entramos nesse segmento há dois anos, depois da aquisição da fabricante alemã de baterias Akasol AG. A BorgWarner acredita que o transporte de carga e de passageiros urbano será protagonista da transição energética no País. Para ter ideia, o aumento da frota eletrificada, de 2021 até 2025, baterá em 400%. Segundo estudos, em 2030, 89% dos ônibus vendidos serão elétricos, elevando para 11% a participação da frota elétrica. Assim, demos um passo importante, em fevereiro, quando iniciamos as operações da fábrica de baterias em Piracicaba (SP). Vale ressaltar que a unidade não faz bateria, já que vem importada da Alemanha. Aqui, produzimos o sistema de gerenciamento e monitoramento de todas as células e a unidade de controle de carregamento, além de montar os packs. Avaliamos 5 mil parâmetros e simulamos o uso real em um ônibus.

Marcelo Rezende, diretor para sistemas de baterias da BorgWarner no Brasil: “O aumento da frota eletrificada, de 2021 até 2025, baterá em 400%”. Foto: Divulgação BorgWarner

Como é a operação da fábrica de Piracicaba?

No momento, usamos um terço das instalações de 8.000 metros quadrados, o que nos permite expandir facilmente quando a demanda exigir. A capacidade instalada é de produzir 5.000 sistemas de bateria por ano, quantidade capaz de equipar, aproximadamente, 1.200 veículos, uma vez que um ônibus usa quatro baterias. A produção, hoje, está menor, mas ela se encontra em uma curva ascendente.

A ideia da BorgWarner é realizar o processo completo de produção da bateria no Brasil? 

Isso faz parte da segunda fase do projeto, ainda sem previsão. Afinal, o País tem potencial tecnológico, mão de obra sendo qualificada e reserva de minérios para investir nas células. Nossa estratégia é a de “colocalização”, isto é, estar sempre próximo do cliente e dos mercados.

O que impede a companhia de fazer as baterias no País?

Precisamos de escala para justificar o investimento, que não é pequeno. Por enquanto, fornecemos a bateria para os ônibus da Mercedes-Benz, mas estamos mantendo diálogo com outras montadoras – e o cenário é promissor. Enquanto isso não acontece, vamos aprimorando nosso know-how. A unidade de Piracicaba é 100% à prova de erros. O operador tem um monitor que só libera a execução da fase seguinte se os parâmetros estiverem totalmente corretos. Todos os passos de montagem são rastreados e autoguiados. Outra preocupação é manter as células de lítio, que armazenam a energia usada pela bateria, na temperatura ideal, a fim de aumentar a durabilidade do componente.

Quando a empresa fabricar no Brasil, o preço da bateria dos ônibus vai diminuir?

A expectativa é essa, se bem que o custo já caiu dez vezes em uma década. Segundo o Departamento de Energia dos Estados Unidos, o quilowatt [kW] custava US$ 150 há dez anos. Em 2030, o preço deverá ser de US$ 80. Mesmo com os valores atuais, o retorno do investimento do ônibus elétrico se dá entre oito e dez anos, graças a fatores como manutenção mais baixa e energia mais barata do que o combustível fóssil. Como o veículo opera em torno de 15 anos, o transportador, então, terá quase metade da vida útil dele gerando lucros.

Os processos que vocês executam na produção das baterias no Brasil ainda dependem das importações?

Sim. Cada bateria reúne 5.400 células, que vêm da China e da Coreia do Sul. Mas já atingimos o índice de nacionalização dos componentes para atender a um mínimo de conteúdo local. Para isso, construímos uma rede de fornecedores de peças e sistemas e, em 2026, alcançaremos 40% de nacionalização.

Como é a bateria desenvolvida para os ônibus?

Ela pesa cerca de 500 quilos, mede 1,80 metro de comprimento, 70 centímetros de largura e 40 de altura. A BorgWarner vem desenvolvendo um modelo com metade dessas especificações para equipar veículos comerciais leves, que podem representar um novo negócio a partir de 2025. Nossa estrutura é escalonável: a bateria de 98 kWh possui nove módulos, mas conseguimos fazê-la com quatro ou seis. Hoje, 85% da bateria da BorgWarner, chamada de NMC 3, pode ser reciclada. A próxima geração chegará, em 2024, com índice de 95%.

Como você avalia o momento da eletrificação brasileira?

Podemos ser uma potência em eletrificação, embora estejamos atrasados. É um erro deixar a eletrificação em segundo plano senão a indústria nacional ficará defasada daqui a 20 anos. Daí será muito difícil recuperar o tempo perdido. É claro que o setor público pode ajudar, dando mais clareza e previsibilidade a suas políticas de descarbonização, o que deixa o setor privado mais encorajado a investir.

A BorgWaner tem planos de produzir baterias para automóveis de passeio?

Não é nosso foco no momento, mas, diante da perspectiva de expansão, essa possibilidade pode, sim, entrar no radar da empresa.

CIDADES DO FUTURO: VISLUMBRANDO A PRÓXIMA REVOLUÇÃO URBANA

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Explore as tecnologias e inovações que transformarão nossas cidades, tornando-as mais inteligentes, sustentáveis e conectadas.

As cidades do futuro estão no horizonte, e com elas, a promessa de uma nova era urbana impulsionada por tecnologias avançadas e soluções inovadoras. Nesta matéria, mergulharemos no universo das cidades inteligentes, descobrindo como a tecnologia está moldando nossa paisagem urbana e criando comunidades mais sustentáveis, conectadas e prósperas.

Uma Nova Visão Urbana: Cidades Inteligentes

As cidades inteligentes, também conhecidas como smart cities, estão se tornando uma realidade em todo o mundo. Esses ambientes urbanos utilizam a Internet das Coisas (IoT), sensores, big data e inteligência artificial para coletar e analisar dados em tempo real. Com essas informações, as cidades podem melhorar a eficiência dos serviços públicos, gerenciar o tráfego de forma mais inteligente, otimizar o consumo de energia e proporcionar uma experiência mais aprimorada aos cidadãos.

Aeroporto Jewel Changi, possui uma floresta com cachoeira
Aeroporto Jewel Changi, possui uma floresta com cachoeira

Mobilidade Urbana: O Futuro do Transporte

O transporte nas cidades do futuro será uma mistura de soluções inovadoras e sustentáveis. Carros autônomos, trens de alta velocidade, bicicletas elétricas e serviços de compartilhamento de veículos farão parte do cenário, promovendo a mobilidade urbana de maneira mais eficiente e amiga do meio ambiente. As vias inteligentes serão capazes de se adaptar ao tráfego em tempo real, reduzindo congestionamentos e melhorando a fluidez do transporte.

Sustentabilidade e Energia Limpa

A busca por soluções energéticas sustentáveis também será uma prioridade nas cidades do futuro. Painéis solares integrados a edifícios, turbinas eólicas urbanas e sistemas de armazenamento de energia permitirão que as cidades produzam e consumam energia de forma mais limpa e eficiente. Além disso, o design urbano será repensado para promover espaços verdes e áreas de convivência, melhorando a qualidade de vida e reduzindo o impacto ambiental.

Conectividade e Participação Cidadã

A conectividade será a espinha dorsal das cidades inteligentes, permitindo que os cidadãos interajam com os serviços públicos de forma rápida e transparente. Plataformas digitais e aplicativos móveis fornecerão informações em tempo real sobre transporte público, serviços de saúde, eventos culturais e muito mais. Além disso, a participação cidadã será incentivada, com canais de comunicação abertos para que os moradores expressem suas opiniões e sugestões para o desenvolvimento contínuo da cidade.

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Uma Cidade para Todos

As cidades do futuro serão projetadas para promover a inclusão e a acessibilidade. Tecnologias assistivas e infraestruturas adaptadas garantirão que todos os cidadãos, independentemente de suas necessidades, possam se locomover e desfrutar dos espaços urbanos. A tecnologia será uma aliada na criação de cidades mais humanas, onde todos terão a oportunidade de viver e prosperar.

O Amanhã que Começa Hoje

As cidades do futuro são uma visão inspiradora de um mundo mais conectado, sustentável e inclusivo. A tecnologia será a força motriz por trás dessa transformação, e os cidadãos serão os protagonistas dessa jornada. Com inovação, criatividade e colaboração, estamos construindo o amanhã hoje, moldando um futuro mais brilhante para todos nós.

Fonte: Atual FM

CIDADES INTELIGENTES: A HORA DO PLANO DIRETOR DIGITAL

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A tecnologia é ferramenta fundamental para ajudar na promoção do desenvolvimento dos municípios

A tecnologia aplicada ao serviço público gera um conjunto de oportunidades aos gestores para melhorarem o serviço prestado e à infraestrutura da população nas cidades. A possibilidade de digitalizar processos, serviços, informações e prover ferramentas que elevem a produtividade dos servidores públicos, além de garantir indicadores acurados e confiáveis sobre a vida nas cidades, subsidiando a tomada de decisão, é o pano de fundo do que é convencionada a Cidade Inteligente.

Em todo o mundo, o conceito de Smart City pode, a princípio, parecer muito abrangente, dando margem a múltiplas interpretações e, porventura, investimentos errados, que não se traduzam em melhoria na vida urbana. O Brasil já adaptou a norma ISO a sua realidade com as normas ABNT NBR ISO 37120, 37122 e 37123, permitindo por meio de indicadores padronizados e consistentes que as lideranças governamentais possam perseguir e garantir qualidade de vida e de programas de estado. Dois municípios do país atendem plenamente aos requisitos descritos nas normas – Campinas e São José dos Campos, no interior de São Paulo.

Em paralelo à normatização, as regras da ABNT atuam como princípios norteadores que podem auxiliar os municípios na busca pelo conceito smart. Vejo que ainda há uma distância entre os grandes e os pequenos municípios. Enquanto as grandes cidades precisam monitorar, atender e prestar serviços em grande volume sem perder qualidade dessa prestação, as menores precisam iniciar uma jornada de automação de atendimento e serviços ao cidadão com o melhor tempo de resposta e qualidade. Todavia, para ambas, é necessário considerar que investimentos em automação de atendimento e resposta a emergências ou saúde, educação, segurança e mesmo serviços relativos às infraestruturas das concessionárias mais críticas (energia, água, esgoto, gás e transporte), garantem ganhos diretos para a população.

Ao pensar no futuro de uma cidade, é comum que os prefeitos e vereadores discutam o Plano Diretor de Urbanismo. Os municípios (e mesmo estados) precisam de um instrumento similar, uma espécie de Plano Diretor de Cidade Inteligente, que vai servir de guia para cumprir três propósitos fundamentais: 1) guiar a digitalização de serviços ao cidadão; 2) guiar a digitalização institucional, incluindo as diversas secretarias e autarquias municipais e, finalmente; 3) permitir a coordenação e cooperação em cenários complexos de resposta a emergências e crises.

A população espera do poder público serviços de qualidade, segurança, saúde e educação. É um retorno justo aguardado pelo cidadão, que depositou seus esforços, impostos e votos na esperança de cidades melhores. Neste sentido, a tecnologia é ferramenta fundamental para ajudar na promoção do desenvolvimento dos municípios. Assim como as cidades se planejam para garantir o crescimento no plano físico, também precisam preparar seu futuro digital.

Fonte: Gustavo Jota é gerente de Marketing da Dígitro Tecnologia- Correio 24h

 

VEÍCULOS ELÉTRICOS E PRODUÇÃO DE HIDROGÊNIO VERDE DEVEM MOVIMENTAR R$ 2,2 TRILHÕES ATÉ 2050

Relatório aponta que a energia solar deve ser protagonista nesse cenário de demanda adicional

A demanda extra por energia elétrica no Brasil, decorrente da eletrificação da frota de veículos e da produção de hidrogênio verde, deve movimentar cerca de R$ 2,2 trilhões até 2050, é o que diz o estudo do Portal Solar, franqueadora de projetos fotovoltaicos.

O relatório aponta que a energia solar deve ser protagonista nesse cenário de demanda adicional que virá nas próximas três décadas, por conta da descarbonização das economias, tendo a necessidade de adicionar cerca de 540 GW em sistemas fotovoltaicos, sejam centralizados e distribuídos, bem como a aplicação de baterias para armazenamento energético.

O estudo, feito de um cruzamento de dados oficiais e projeções de entidades setoriais, órgãos de governo e institutos internacionais, destaca, por exemplo, a queda dos preços de equipamentos fotovoltaicos, a melhora na geração por metro quadrado das placas solares e os projetos de rápida instalação e de baixo custo da geração descentralizada.

“Em razão de exigências ambientais, custos de investimentos e possibilidade de geração elétrica próxima ou junto ao local de consumo, a energia solar fotovoltaica se posiciona, portanto, como a tecnologia mais viável para atender esse crescimento de demanda”, explica Rodolfo Meyer, CEO do Portal Solar.

De acordo com o executivo, o mercado de energia solar cresceu 36 mil vezes no Brasil entre 2012 e 2023, saindo de 8 MW para quase 30 GW de capacidade instalada, colocando a fonte solar fotovoltaica como a segunda maior da matriz elétrica, atrás apenas da hídrica, com aproximadamente 110 GW.

“A resolução normativa 482 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que criou o mercado de geração distribuída, abriu o caminho para que combinação entre a inflação das tarifas de energia e a redução de custos dos equipamentos fotovoltaicos catapultassem o crescimento vertiginoso da energia solar no País”, explica Meyer.

Há também o avanço tecnológico do mercado internacional. Conforme dados da Agência Internacional para as Energias Renováveis (Irena), o preço dos painéis solares caiu 90% no mercado global entre 2010 e 2019. Na última década, esses equipamentos também passaram a gerar 80% mais energia por metro quadrado. Paralelamente, a tarifa média da classe residencial explodiu no Brasil, saindo de R$ 284,67/MWh para R$ 632,62/MWh entre 2013 e 2022, segundo evolução histórica da Aneel, um aumento de mais de 122%.

Migração de frota

O estudo elaborado pelo Portal Solar aponta que a transição energética total da atual frota de veículos circulantes do Brasil traria uma demanda adicional de 403 terawatts-hora/ano (TWh/ano), um volume que se aproxima da capacidade total de geração energia elétrica do Sistema Interligado Nacional (SIN) e exigiria o equivalente a cinco novas hidrelétricas de Itaipu.

Já uma matéria da Bloomberg New Energy Finance (BNEF) indica que os veículos elétricos deverão se tornar mais baratos que veículos a combustão por volta de 2027. O ponto de paridade indica o momento em que os fabricantes poderão construir e vender os dois tipos de automóveis com a mesma margem, assumindo que não existam subsídios.

As tecnologias de carregamento também avançaram muito. Conforme publicação da Agência Internacional de Energia (IEA), em 2022, mais de 900 mil pontos de carregamentos públicos foram instalados globalmente, representando um crescimento de 55% em relação a 2021. Atualmente, o país que mais investe nesse mercado é a China.

“Uma vez que todos os grandes fabricantes automotivos já estão colocando em prática a migração de suas linhas de produção para veículos elétricos, a transição da frota de veículos se torna eminente no mundo, incluindo no Brasil”, diz o CEO do Portal Solar.

Segundo a Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE), a frota de veículos elétricos do País saltou de 77 mil para 126 mil de 2021 para 2022. A associação reporta também que, no primeiro trimestre de 2023, as vendas cresceram 55% em relação ao mesmo período do ano passado, levando a frota de veículos elétricos para mais de 140 mil carros em circulação.

“Embora ainda pequeno, esse mercado tem uma curva de crescimento que se assimila a registrada em revoluções tecnológicas anteriores, como nos mercados de chips, internet, smartphones e painéis solares. Agora, chegou a vez dos veículos elétricos, baterias e hidrogênio verde”, afirma Meyer.

Segundo dados do Ministério dos Transportes, da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) e do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavan) existem aproximadamente 120 milhões de veículos automotores no país.

De acordo com o Relatório da Frota Circulante (2023) publicado pelo Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) e pela Associação Brasileira da Indústria de Autopeças (Abipeças), aproximadamente 60 milhões desses veículos, metade do total, estão efetivamente circulando nas ruas diariamente.

Com base na quilometragem média por classe de veículos circulantes, o Portal Solar, estima que a migração total da frota trará uma demanda de energia adicional de 403 TWh/ano. Considerando o fator de capacidade médio de 17% dos sistemas fotovoltaicos residenciais, isso representará uma necessidade adicional de 270 GW de capacidade instalada na matriz energética brasileira.

A maior parte dessa demanda de energia, aproximadamente 75%, virá de ônibus e caminhões, que rodam mais quilômetros por ano e possuem eficiência energética menor, devido ao peso. Carros representariam aproximadamente 17%. Motos menos de 2%.

Frota

circulante 

Quantidade de veículos ²

 

Média de km rodado por ano 

Autonomia kWh/km 

Consumo de energia em TWh/ano

Percentual da demanda

Motos

13.035.988

12.000

0,05

8

1,94%

Automóveis

38.338.829

12.000

0,15

69

17,14%

Comerciais leves

5.995.263

13.200

0,3

24

5,91%

Caminhões

2.162.724

102.000

1,22

269

66,76%

Ônibus

387.096

72.000

1,2

33

8,25%

Total

59.919.900

403

100,00%

 Hidrogênio verde

O estudo destaca ainda que a demanda de energia no País irá aumentar por uma série de outros fatores além eletrificação da frota de veículos, entre eles o crescimento do PIB, a eletrificação de outros setores, como a indústria, e a “nova onda” mundial do hidrogênio verde.

Segundo matéria publicada no Estado de São Paulo em 13 de junho de 2023, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em visita ao Brasil, anunciou que o bloco vai investir o equivalente a R$ 10,5 bilhões no País para produção de hidrogênio verde, considerado o combustível mais limpo do mundo, porém altamente intensivo em energia.

O composto, produzido no processo de eletrólise da água, tem três vezes mais energia que a gasolina e atrai a atenção de grandes empresas.

Segundo artigo publicado pela McKinsey, o Brasil pode se tornar um dos líderes mundiais na produção de hidrogênio verde dado seu potencial de energia eólica e solar abundante, um sistema elétrico integrado e de baixo carbono e uma posição geográfica vantajosa para alcançar a Europa e a costa leste americana, além de uma relevante indústria doméstica.

De acordo com Luiz Piauhylino Filho, da Secretaria de Hidrogênio Verde (SHV) do Instituto Nacional de Energia Limpa (Inel), a Europa, por exemplo, precisará instalar 3.350 GW de energia renovável para viabilizar a eletrificação e produção de hidrogênio verde, necessárias para atingir a meta de descarbonização até 2050. Porém, o continente europeu só tem capacidade de instalar 20% desse total.

Segundo relatório do Portal Solar, se o Brasil quiser atender 10% dessa demanda, teria que instalar 268 GW adicionais de projetos renováveis para a produção de hidrogênio verde e seus derivados nos próximos 27 anos. Este cenário desconsidera a necessidade de investimento para servir ao mercado doméstico – em particular o transporte de carga por caminhões, a siderurgia e outros usos energéticos industriais.

O estudo do Portal Solar, acima de tudo, apresenta o panorama do futuro que já começa a se formatar, demonstrando o verdadeiro tamanho potencial do mercado de energia solar no Brasil. O artigo, ao fundamentar o cenário com dados e projeções de entidades de classe nacionais e internacionais, traça um breve roteiro para ajudar os participantes do mercado a desbloquear todo o potencial do setor.

 Fonte: Exame