Em busca da preservação ambiental e da melhora na qualidade de vida, centros urbanos aderem a novas tecnologias verdes que aquecem a economia
As smart cities, conhecidas como cidades inteligentes, vão movimentar US$ 2,1 trilhões (R $9,8 trilhões na cotação atual) até 2024.
É o que aponta o estudo mais recente da Technavio, empresa especializada em pesquisas de mercado.
Cidades inteligentes são, em resumo, um conjunto de políticas voltadas para a inovação tecnológica dos centros urbanos e pela economia de energia utilizada.
O dado revela o futuro desse projeto, que aponta para uma ambiente mais sustentável, utilizando os recursos naturais de forma consciente e impulsionando a economia local.
A expansão de tecnologias verdes nesses grandes centros urbanos é uma tentativa de criar espaços integrados e que cooperem para uma melhor qualidade de vida da população.
Existe urgência em transferir projetos sustentáveis para essas cidades. O relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) mostra que elas são responsáveis por 75% das emissões de carbono.
Esse número deve aumentar em 60% até 2030, em vista do crescimento acelerado da urbanização.
Tatiana Fasolari, vice-diretora da Fast Engenharia, maior empresa especializada em overlays da América Latina, destaca:
“Tecnologias de última geração nos ajudam a melhorar as decisões sustentáveis e aprimorar a estruturação das grandes cidades. Estas práticas equilibram os ambientes modernos em que vivemos com as necessidades ecológicas atuais”.
Os principais objetivos das políticas ambientais integradas à cidade inteligente são: aumentar a urbanização inclusiva e sustentável; redobrar os esforços para proteger o patrimônio natural e cultural; proporcionar acesso universal a espaços verdes e espaços públicos seguros; reduzir os impactos ambientais negativos per capita e reduzir o número de emissões.
Para cumprir essas metas, o governo investe em infraestrutura para o transporte público, a fim de que ele seja priorizado por mais pessoas, assim como a construção de ciclofaixas para incentivar o uso de bicicletas e caminhadas.
A mudança na matriz energética também é essencial, dispensar os combustíveis fósseis para utilizar fontes de energia limpa e sustentável é uma tendência cada vez mais comum.
No Brasil, muitas casas e edifícios fazem a instalação de painéis solares como forma de contribuir para o meio ambiente.
Energia sustentável
Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o uso de energia solar no país corresponde a 13,1% de toda a matriz energética brasileira, sendo as residências responsáveis por 78,9%, seguidas por empresas de comércio e serviço, com 10,7%.
“Esse tipo de solução é extremamente sustentável porque garante a diversificação da matriz energética por uma energia limpa, além de reduzir as taxas de emissão e os gastos com a conta de luz em até 90%”, afirma Tatiana.
As cidades que utilizam de tecnologia sustentável são classificadas por uma pontuação que varia de 0 a 100.
Esse sistema de pontos é baseado nos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) das Nações Unidas, que reúnem 17 metas globais para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade.
No ranking brasileiro, São Caetano do Sul ocupa o primeiro lugar com 65,62 pontos, seguido por Jundiaí (65,44), Valinhos (65,16), Saltinho (64,51) e Taguaí (64,35), todas cidades da Grande São Paulo.
Entre as cidades com a menor pontuação, estão: Santana do Araguaia-PA (30,10); Lábrea-AM (30,15); Boca do Acre-AM (30,71); Acará-PA (30,88) e Cachoeira do Piriá-PA (30,95).
De acordo com Tatiana, a integração de políticas verdes geram benefícios para a saúde física e psíquica da população:
“Tecnologias sustentáveis usadas nas cidades inteligentes são indispensáveis para a melhora da qualidade de vida urbana. Áreas verdes contribuem para o equilíbrio ambiental e para o bem-estar das pessoas, por meio do desenvolvimento social saudável”.
Redes de inovação pressupõem o desenvolvimento de soluções e produção de forma coletiva, onde cada elo aporta abertamente suas capacidades e acaba por receber bem mais do que investe em termos de oportunidades
O fato inevitável é que a mobilidade elétrica já fincou suas raízes em território nacional. Já existe uma rede de eletropostos e rodovias verdes de Natal (RN) até o Mercosul, com o potencial de integrar o Nordeste brasileiro com o novo comércio e logística de emissão zero no polígono Curitiba-Porto Alegre- Montevidéu-Buenos Aires-Assunção-Foz do Iguaçu, com entradas importantes para Minas Gerais e Centro-Oeste. Essa malha eletrificada ultrapassa 10.000 km contínuos induzindo as economias locais para novos produtos e serviços que se vinculam à mobilidade elétrica.
Enquanto isso, mais de 1.000 técnicos e pesquisadores do setor elétrico, academia, institutos de pesquisa e tecnologia e de áreas de inovação da indústria debruçaram-se nos últimos quatro anos sobre o tema e das tecnologias, buscando novos modelos de negócio.
Somam-se ainda uma quantidade expressiva de atores privados, independentes, startups e pesquisadores inovadores que, por sua própria conta e risco apostam que essa dimensão da transição energética deverá ser inclusiva e participativa.
Neste campo teórico e prático, as redes de inovação aberta apoiam-se em práticas de Environmental, Social and Governance – ESG. Os jovens atores e entrantes têm desenhado diferentes formas de organização em rede buscando sempre soluções e produtos ou serviços mais aderente aos hábitos do consumidor.
Cartão de visita
Essa forma de organização horizontal para busca de resultados práticos tem transformado as fronteiras setoriais aumentando as suas porosidades, o que permitiu o fluxo do conhecimento intersetorial, com inovações nas interfaces entre os setores elétrico, óleo e gás, meio ambiente, indústria, transporte, logística, aquaviário, aéreo e telecomunicações com reflexos no desenvolvimento regional e impulsionados pelo setor de ciência e tecnologia.
Tudo indica que uma nova indústria surge no Brasil e pode ter na mobilidade elétrica um cartão de visita para investimentos internacionais, com marcas relevantes na possibilidade de operação V2G, incentivos fiscais em rodovias, integração com outras fontes renováveis como biomassa, álcool e biocombustíveis, todos conectados e digitalizados com tecnologia 5G, 6G, etc.
As redes de inovação e seus atores navegam sobre uma nova cultura de inovação subjacente. Essa nova abordagem pressupõe o desenvolvimento de soluções e produção de forma coletiva, onde cada elo da rede de inovação aporta abertamente suas capacidades e acaba por receber bem mais do que investe em termos de oportunidades. O conhecimento oriundo da vivência dos coletivos em rede, no caso do Brasil, é tão natural da nossa cultura que chega a passar despercebido de sua importância, e que pode ser a chave e o exemplo para a modernidade da indústria.
Nesta trilha de aprendizagem já foram explorados diversos temas transversais como novas frentes tecnológicas e de produtos e serviços, eletromobilidade inclusiva regional e em cidades, planos de mobilidade elétrica para territórios como campos de prova de soluções, entre outros.
Estímulo à inovação
No lado do setor público, nascem também redes de inovação em políticas públicas, que também se movimentam para alimentar sua própria cultura de inovação voltada para melhoria e celeridade dos serviços, integrando experiências inovadoras exitosas nas esferas de gestão federal, estadual e municipal. Já estão em discussão enfoques de sustentabilidade ESG, gestão do conhecimento dedicada à inovação, modelos de governança em rede para inovação e aplicação de políticas de desenvolvimento regional em rede, que conta com os usuários e público alvo. Na medida em que essas discussões avançam, o balcão do serviço público encontra o novo mercado repleto de atores pró-ativos até para possíveis Parcerias Público Privadas – PPPs apoiadas pelas novas linhas já divulgadas pelo BNDES.
O segredo para esse movimento talvez esteja no caráter autorregulado do próprio setor público estimulado pelo campo privado. Ao mesmo tempo em que o setor público fomenta a inovação como uma obrigação constitucional, ele é cobrado pelas soluções apresentadas para que crie mecanismos de novos incentivos nas políticas públicas e em aperfeiçoamentos regulatórios que, na mesma espiral ascendente, obriga-se a se reinventar a cada dia, pois a inovação em si é um processo efêmero e de obsolescência rápida, ao sabor do cliente ou consumidor.
Essa mesma explicação vale para o sucesso das redes de inovação aberta, pois elas consideram em seu bojo o cliente como um dos protagonistas do processo coletivo desenhado não apenas para satisfazê-lo de imediato, mas também para invocá-lo a novos hábitos e costumes. Aqui, nossa cultura também é exemplar, adaptada e sempre aberta a mudanças comportamentais.
* O conteúdo deste artigo é de cunho pessoal e não representa posicionamento institucional.
Cidade foi a única selecionada com outras sete do país para diagnóstico que pode resultar em financiamento internacional
Ocupando atualmente a posição 91 no ranking da plataforma Connected Smart Cities – que lista as 100 cidades mais inteligentes do país -, Caxias do Sul é o único município do Rio Grande do Sul a participar de um estudo destinado a incentivar projetos na área. Ao lado de outras sete cidades brasileiras, o município passa desde março por um diagnóstico que avalia diversos indicadores para medir o nível de desenvolvimento da inteligência da gestão e funcionamento dos serviços. Com os dados em mãos, três cidades serão selecionadas e poderão receber financiamento para implantação de projetos de transformação digital.
O conceito de cidades inteligentes reúne conectividade, eficiência e coleta de dados para integrar e melhorar a prestação dos serviços e, consequentemente, aumentar a qualidade de vida da população. O programa do qual Caxias faz parte foi criado pela Corporação Andina de Fomento (CAF), do Banco de Desenvolvimento da América Latina, com o objetivo de incentivar a implantação de projetos do tipo. A instituição abriu processo para contratar empresas especializadas na realização do diagnóstico, que foi vencido pelo consórcio Latin America Smart Cities. O grupo é formado pelas consultorias brasileiras Bright Cities, Connected Smart Cities e Spin Soluções Públicas Inteligentes.
De acordo com Raquel Cardamone, CEO da Bright Cities, startup especializada em diagnóstico de cidades, as coletas dos dados básicos tiveram início em julho de 2022. A partir da reunião das primeiras informações, se definiu os oito municípios que participariam do levantamento. São três questionários com cerca de 70 questões cada um que passaram a ser respondidos pelos municípios em março, um método exclusivo desenvolvido pelo consórcio.
— Buscamos cidades que já tinham iniciativas e abertura para inovação. identificamos Caxias como uma ótima oportunidade de ser avaliada e a cidade tem se saído muito bem — revela.
A próxima etapa do estudo é a escolha de três das oito cidades para elaboração e implantação de projetos de transformação digital que atendam aos desafios apontados. A ideia é que as cidades recebam financiamento da CAF para tirar as soluções do papel, mas o valor a ser destinado e os projetos variam de acordo com cada município.
— Pode ser tanto nas áreas de infraestrutura e conectividade quanto de fortalecimento institucional, como, por exemplo, agendamento de serviços online, gestão da mobilidade e conectividade. O intuito é suprir a escassez de recursos. Muitas vezes o município tem mapeado ou identificado as necessidades, mas não tem o dinheiro — observa Raquel.
A expectativa é de que os três municípios selecionados possam ser definidos em julho. Já os projetos devem ser escolhidos em setembro.
Diagnóstico já traz benefícios
Em Caxias do Sul, o estudo é coordenado pelo Escritório de Dados, comandado pela vice-prefeita Paula Ioris. Na avaliação dela, a escolha de Caxias para o estudo ocorreu por conta da boa relação com a CAF (o município mantém contrato com a instituição para asfaltamento de estradas do interior), mas também pela visibilidade que Caxias possui entre as cidades brasileiras.
Conforme Paula, mesmo se o município não avançar para a próxima fase do programa, o diagnóstico já vai auxiliar nos projetos de cidades inteligentes que estão em andamento.
— A prefeitura de Caxias reconhecidamente já faz ações neste sentido há muito tempo. O que faltava era reunir os dados. Uma cidade inteligente não é só tecnológica, é como ela toma decisões e usa os dados. O próprio diagnóstico contribui até para a própria prefeitura ir direcionando esforços. Quem ganha com a cidade inteligente é a população, porque a cidade fica mais efetiva — afirma Paula.
Entre ações que já são desenvolvidas, segundo a vice-prefeita, está a Diretoria de Geoprocessamento (Digeo), da Secretaria do Planejamento. O grupo ajuda na tomada de decisões e elaboração de projetos. Outras medidas são o cercamento eletrônico, em fase de implantação, e a PPP da iluminação pública, prestes a ter o leilão homologado.
Caso o município seja um dos três municípios selecionados para o desenvolvimento de projetos, a própria CAF deve propor soluções, mas projetos do próprio município também podem ser aproveitados. Entre os que podem ser beneficiados, segundo Paula, estão a digitalização integral dos processos do município (hoje é parcial), aperfeiçoamento da Digeo e implantação do Observa Caxias, plataforma que deve dar transparência aos dados coletados por meio do sistema de gestão inteligente.
Cerca de 10 servidores são responsáveis por preencher os questionários do estudo, que englobam os eixos governança e estratégia/ecossistema colaborativo; território e questões sociais; e infraestrutura de tecnologia da informação e comunicação/serviços digitais. Eles integram o Escritório de Parcerias Estratégicas, o Escritório de Dados e Gerenciamento de Projetos, a Digeo, a Fundação de Assistência Social (FAS), a Diretoria de Sistemas da Secretaria de Recursos Humanos, Logística e Tecnologia e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Inovação.
Entramos em uma nova era do transporte de pessoas, direcionada pela ampliação no uso de energias limpas e pelo aprimoramento da mobilidade urbana
A mobilidade entra em uma nova era de inovação, com uma intensa troca de informações e tecnologias entre os tradicionais players do mercado, além de novos entrantes que cruzam fronteiras e aceleram cada vez mais o desenvolvimento de produtos e serviços mundialmente.
O estudo O Futuro da Mobilidade, recém-publicado pela McKinsey, traça um cenário bastante interessante sobre as principais tendências até 2035. As regulamentações do setor, por exemplo, reforçam a crescente necessidade de reduzirmos a pegada de carbono, por meio de produtos movidos a energia limpa e que promovam a sustentabilidade ambiental.
Contexto desafiador
Em 2020, o setor de transporte foi responsável por cerca de 20% das emissões de gases causadores do efeito estufa no mundo, sendo que 40% desse total foi gerado por carros particulares, segundo a consultoria. O levantamento também aponta que mais de 150 cidades implementaram medidas para reduzir o uso dos veículos particulares e, consequentemente, das emissões de gases, em busca de um sistema de transporte mais amigável para o ambiente.
A ampliação do transporte coletivo tem muito a contribuir para revertermos esse cenário, ainda mais com o avanço da eletromobilidade. A frota de ônibus elétricos na América Latina saltou de 725 veículos, em 2017, para 4.133, em 2023, segundo dados da plataforma E-Bus Radar, que monitora o avanço do segmento em diversos países. Com isso, mais de 400 quilotoneladas de emissões foram evitadas de janeiro a abril deste ano.
Portanto, nas nossas mesas de discussões estratégicas no setor, o tema prioritário é o futuro da mobilidade no País, e, no contexto global, com foco na sustentabilidade ambiental e social.
Do ponto de vista desta última dimensão, testemunhamos a importância da crescente retomada do transporte público e rodoviário após a pandemia da covid-19, com ganhos para todos os envolvidos: passageiros, operadores e indústrias do setor.
A população urbana segue crescendo; portanto, no topo das agendas das municipalidades, está o avanço do sistema de transporte. É fundamental que haja, nesse sentido, ampliação e renovação de frotas de ônibus associados aos sistemas de transporte público, que atendam a população com mais eficiência, mais conveniência e menos custos no longo prazo.
Na Marcopolo, como parte desse processo de transformação, iniciamos a produção de ônibus completos e movidos a energia limpa para fazer frente às novas demandas globais. E ainda há espaço para muitas inovações pela frente.
Vejo perspectivas vibrantes que vão redesenhar a forma que nos locomovemos no mundo para muito além de 2035.
A ferramenta incentiva o desenvolvimento e reconhecimento de boas práticas em cidades inteligentes. Neste programa, serão destacados os cenários de avanços das cidades de Jaguariúna e Santos, desde a implantação da iniciativa.
Para o desenvolvimento de cidades mais inteligentes, conectadas e sustentáveis, são necessárias boas práticas em inovação e tecnologia em diferentes dimensões da sociedade. Para incentivar esse engajamento de atores dos ecossistemas – dos setores público e privado – das cidades brasileiras, a Plataforma Connected Smart Cities, em parceria com a Spin – Soluções Públicas Inteligentes, desenvolveu o Selo Connected Smart Cities (CSC).
Na próxima segunda-feira, 19 de junho, a partir das 10 horas, o programa CSC online vai destacar os avanços de ações em smart city e mobilidade urbana dos municípios de Jaguariúna e Santos. Para a contextualização desses cenários, Willian Rigon, sócio-diretor de Novos Negócios do CSC, e Vitor Amuri Antunes, diretor de Projetos na SPIn – Soluções Públicas Inteligentes, consultoria especializada no movimento das Cidades Inteligentes, receberão a presença de Karina Florido Rodrigues, Coordenadora do Programa de Cidades Inteligentes, da Prefeitura de Jaguariúna; e do Fábio Ferraz, Secretário de Governo da Prefeitura de Santos, para um bate papo ao vivo.
A ferramenta avalia os panoramas de crescimento das cidades brasileiras dentro de 6 dimensões, sendo 5 de caráter autodeclarado e uma considerando os resultados alcançados pelas cidades nas últimas edições do Ranking Connected Smart Cities. A premiação elege as iniciativas, conforme os seguintes níveis de avaliação: Ouro, Prata, Bronze e Aspiracional.
As ações também são avaliadas, de acordo com os seguintes critérios:
Planejamento da Cidade Inteligente, que avalia as boas práticas refletidas no planejamento municipal;·
Governança da Cidade Inteligente, que considera as boas práticas refletidas na governança da Cidade;
Ecossistema de Inovação, que tem como objetivo analisar as boas práticas refletidas na regulação do Ecossistema de Inovação Municipal;
Planejamento de Infraestruturas e Serviços de TIC, onde é observado o impacto de boas práticas refletidas no planejamento de TICs do Município;
Maturidade para Parcerias, explora o aspecto das boas práticas refletidas na colaboração do poder privado na cidade; e
Por último, a avaliação leva em consideração a tendência de evolução no Ranking Connected Smart Cities, identificando o reflexo de boas práticas nos indicadores da cidade.
Resultados da 1ª edição do Selo CSC
Em 2022, 28 cidades inscritas na iniciativa foram reconhecidas pelo Selo Connected Smart Cities. Na estreia, a cidade de Santos foi premiada com o Selo Ouro e Jaguariúna foi agraciada com o Selo Aspiracional.
As demais cidades premiadas na 1ª edição do Selo CSC foram:
Nível ouro: Salvador (BA), Rio de Janeiro (RJ), Campinas (SP), Belo Horizonte (MG), São Paulo (SP) e Recife (PE);
Nível Prata: Mogi das Cruzes (SP), Tubarão (SC) e Goiânia (GO);
Nível Bronze: Campo grande (MS), Niterói (RJ), Caxias do Sul (RS), Foz do Iguaçu (PR), Jundiaí (SP), São Caetano do Sul (SP), Osasco (SP), São Luís (MA), Lucas do Rio Verde (MT) e Blumenau (SC);
Nível Aspiracional: Primavera do Leste (MT), Pato Branco (PR), Quatro Barras (PR), Amargosa (BA), Suzano (SP), Rio Branco (PR), Jaguariúna (SP) e Palhoça (SC).
Edição Selo CSC 2023: Inscrições abertas
As inscrições para a premiação deste ano já estão abertas. Acesse o formulário de cadastroaqui e preencha o documento até o dia 15 de julho. Para mais informações, acesse o portal oficial da iniciativa.
Premiação é uma iniciativa da Plataforma Connected Smart Cities, em parceria com Mobilidade Estadão, e reconhece projetos que fortalecem ecossistema de mobilidade nacional
Saiu a lista dos finalistas do Prêmio Parque da Mobilidade Urbana (PMU). A premiação seleciona os melhores projetos (públicos e privados) do setor de mobilidade urbana no Brasil que promovem práticas relevantes em prol de uma mobilidade urbana mais sustentável, segura e inclusiva.
O Prêmio PMU recebeu 227 inscrições e representa uma oportunidade estratégica para empresas e atores do setor de mobilidade conquistarem ainda mais visibilidade no mercado. A premiação será realizada no dia 23 de junho, durante o evento Parque da Mobilidade Urbana, que será realizado no Pavilhão Pacaembu, em São Paulo.
Dentro dos critérios de avaliação, o Comitê do Júri priorizou a inovação, o impacto e a abrangência das iniciativas que integram os segmentos do transporte público e de logística urbana, gestão do trânsito, mobilidade ativa e segurança viária.
Conheça as categorias e algumas das iniciativas selecionadas
Mobilidade sustentável
* Bicicletas Adaptadas Compartilhadas Gratuitas, de Maricá (RJ): Incentivo ao uso da bicicleta adaptada para o transporte público de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.
* BRT Salvador: Conta com oito ônibus elétricos e atende cerca de 600 mil passageiros por mês na cidade. O projeto representa um marco de eficiência energética que auxilia também na mitigação das mudanças climáticas.
Iniciativas que inovam e transformam
* BRT Sorocaba: Com terminais e estações integrados, a iniciativa trouxe mais qualidade e eficiência operacional ao transporte via ônibus.
* Plano Municipal de Segurança no Trânsito, de Fortaleza (CE): Busca agregar segurança e sustentabilidade nas políticas de segurança viária e nos processos de mobilidade de usuários.
Segurança viária
* ProgramaNotificação Cidadã, da Prefeitura Municipal de Jacareí (SP): Incentivo à educação colaborativa e de respeito às leis de trânsito. Desde sua implantação, em 2019, mais de 14 mil cidadãos de bem foram reconhecidos.
* Núcleo de Estudos de Acidentes de Trânsito (NEAT), deCampina Grande (PB): Considerado relevante pelo trabalho de pesquisa, análise técnica e levantamento de dados reais que vêm sendo usados para esclarecer possíveis causas de acidentes de trânsito, favorecendo melhorias no tráfego urbano nas vias do município.
Mobilidade ativa
* Programa Caminhando Juntas, deSão Paulo: Reúne mulheres e lideranças femininas das comunidades da Penha, do Real Parque e do Jardim Panorama, incentivando comportamentos mais participativos e conexões equitativas de raças e gêneros, melhores condições de segurança e cultivo de valores éticos de cidadania e democracia.
* Pedala Macaé (RJ): Incentiva o uso da bicicleta com responsabilidade e em sincronia com o desenvolvimento socioambiental.
Para saber mais sobre o Parque da Mobilidade Urbana (PMU), acesse aqui.
Visitante poderá se cadastrar e fazer o teste gratuitamente em modelos elétricos durante o evento no Estádio do Pacaembu
UCorp, startup referência em tecnologia e soluções de mobilidade ESG focada em veículos elétricos, estará mais uma vez no Parque da Mobilidade Urbana (PMU), maior evento do setor de todo a América Latina, que tem o intuito de reunir especialistas e organizações comprometidas com o desenvolvimento da mobilidade urbana sustentável, disruptiva e inclusiva.
Nesta edição, o PMU traz uma novidade e estará de casa nova. Agora, presencialmente no Complexo Esportivo do Pacaembu, localizado na Praça Charles Miller, em São Paulo, o evento contará com espaços idealizados para proporcionar uma imersão única no universo da mobilidade.
Quem for ao evento, contará com uma ação exclusiva e interativa no teste drive dos veículos da Stellantis em uma experimentação que terá o apoio do aplicativo Flou. “O PMU é sempre um grande parque de experiências para o publico engajado com a mobilidade elétrica e eficiente. Além disso, também teremos a apresentação das novas soluções de UX de recarga e Tokenizacão de CO2 em nosso showroom, que está ganhando cada vez mais adeptos”, comenta Guilherme Cavalcante, CEO e fundador da UCorp.
O objetivo da experimentação é demonstrar como o acesso aos veículos elétricos pode proporcionar benefícios para a mobilidade urbana, contribuindo com a descarbonização e a concepção de smart cities no Brasil.
Ainda no espaço de teste drive, os visitantes também poderão conhecer em detalhe como funciona o serviço de nano locação de veículos oferecido no app Flou, exclusividade da UCorp, disponível para Android e iOS. Na plataforma, é possível alugar um carro ou uma moto elétrica e pagar apenas pelo tempo de uso, com valores que variam de R$ 0,39 a R$ 1,19 por minuto.
De acordo com Guilherme Cavalcante, o evento tem uma importância gigante para todo o setor de mobilidade elétrica, que cresce de forma exponencial. “Em 2022, 14% das vendas em todo o mundo, ou seja, 1 a cada 7 modelos vendidos, era eletrificado plug-in, os modelos que ‘vão na tomada’, totalmente elétricos, ou híbridos plug-in”.
Serviço UCorp no Parque da Mobilidade Urbana De 22 a 24 e junho/23
Local: Complexo Esportivo do Estádio do Pacaembu – na Praça Charles Miller, s/n
São Paulo – SP Inscrições
Sobre a UCorp
A UCorp é uma startup referência de tecnologia e soluções de mobilidade focada em veículos elétricos. Com o propósito de democratizar a mobilidade elétrica no Brasil, a empresa utiliza um método ágil, que permite a gestão de projetos de forma mais adaptável às mudanças, com tecnologia de ponta e um time de alta performance.
A startup desenvolve projetos para importantes players do mercado, entre eles: Itaú, BMW, Osten Group, Housi, Jaguar Land Rover e Stellantis, além de fazer parte do Cubo Smart Mobility.
Recentemente, em parceria com montadoras e locadoras, desenvolveu a plataforma Flou, serviço de compartilhamento ou nano locação (moto e carro elétrico) via aplicativo.
Novo programa de investimentos em infraestrutura teve como ponto de partida projetos apresentados pelos 27 governadores a Lula; além disso, contará com concessões e parcerias público-privadas
O governo Lula se prepara para anunciar, na primeira semana de julho, um programa de investimento em infraestrutura. Especialistas consultados pela CNN apontam os “bons contratos” de parceria público-privada (PPPs) e a colaboração entre União, estados e municípios como os caminhos para o “novo PAC” ser bem-sucedido.
Segundo apuração da CNN, o desenho do programa tem como ponto de partida uma lista de 499 obras e projetos apresentados pelos 27 governadores em uma reunião com o presidente Lula em janeiro, logo depois da posse do novo governo. Cada estado levou ao Palácio do Planalto uma relação de empreendimentos prioritários a serem considerados no novo programa.
Para a economista e professora da FGV Carla Beni, a falta de reciprocidade e colaboração entre os entes federativos foi um dos fatores que contribuíram para a baixa eficiência do programa em suas versões anteriores. A especialista avalia positivamente esta iniciativa.
“As obras listadas não sairão do governo federal, mas dos governadores. Quando o governo federal pede as obras mais relevantes para cada estado, ele acerta. Não há ninguém melhor do que aquele que está no estado, na ponta, que é quem conhece melhor a situação, para indicar as prioridades”, afirma a especialista.
Nas últimas semanas, houve um “afinamento” entre as demandas dos estados e as prioridades definidas pelo governo federal. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, e sua equipe técnica se reuniram com governadores para chegar a uma agenda comum.
Setor privado é “saída”
Num cenário em que o orçamento público é “apertado”, o governo terá de buscar alternativas de financiamento ao gasto público puro. Fabio Pereira de Andrade, professor da ESPM e especialista em Administração Pública e Governo, vê as PPPs como um mecanismo vital para o momento.
“O sucesso ou não do novo programa vai depender do governo desenhar bons contratos de parcerias público-privadas. Seria uma possibilidade para atrair o setor privado a realizar o grosso do investimento, com o setor público entrando com benefícios fiscais de longo prazo”, explica.
O secretário especial de Articulação e Monitoramento da Casa Civil, Maurício Muniz, afirmou à CNN que os recursos do Orçamento Geral da União (OGU) serão apenas uma das fontes para os projetos. O plano contemplará ainda concessões e PPPs.
Os especialistas avaliam que, dado o contexto atual, a maior participação da iniciativa privada pode ser uma saída para que o governo encontre recursos para investir em infraestrutura.
“Parece que nesse ponto temos criatividade [do governo]. O governo federal parece um direcionador de tendências. Há setores em que, caso haja contratos bem desenhados, as PPPs podem gerar oportunidades de rentabilidade para o setor privado e de resolução de gargalos para o público”, indica o professor da ESPM.
Em abril, o Ministério da Fazenda anunciou o novo marco das PPPs, com mudanças para estimular investimentos do setor privado Brasil afora.
Dividido em basicamente quatro propostas, o marco tem potencial para gerar cerca de R$ 100 bilhões em investimentos, segundo a Fazenda. A principal das medidas estabelece que a União dará o aval para assegurar contragarantia a projetos de PPPs de estados e municípios.
Para Luciano Nakabashi, professor da FEA-RP, da USP, o novo marco fiscal é determinante para o futuro do programa. Ele destaca que, com a aprovação do mecanismo, a tendência é de que o país ganhe em termos de previsibilidade e credibilidade, o que deve atrair investimentos.
“Para incentivar o setor privado, tanto o nacional quanto de outros países, é preciso dar estabilidade macroeconômica, controlar o fiscal. Isso é um dos requisitos para atrair mais investimentos. São necessárias regras que sejam estáveis e façam sentido. Para as empresas, o retorno sempre deve ser compatível com o risco”, indica.
Outros caminhos para geração de investimento
Luciano Nakabashi destaca organismos internacionais com potencial de investimento como outra possível fonte de recursos. Ele menciona o Banco Mundial e o Banco dos Brics, por exemplo. Presidente do Brasil durante a implementação do PAC 2, Dilma Rousseff está à frente do Bando dos Brics atualmente.
O professor Fabio Pereira de Andrade reitera a cooperação entre entes federativos como alternativa para tornar o investimento mais eficiente. Para o especialista, a centralização excessiva dos gastos no governo federal foi o principal erro estratégico das versões anteriores do PAC.
“Houve muita centralização do governo federal e dependência do orçamento público. Se pensava que o investimento público levaria não só ao crescimento econômico, mas também os agentes privados a investirem, que haveria uma contrapartida dos estados e municípios beneficiados pelas obras. Essas contrapartidas não vieram, o cenário internacional se deteriorou e isso trouxe piora na questão orçamentária”, explica.
Apesar de concordar com a importância da participação de estados e municípios no processo, o professor da FEA-RP relembra que a situação orçamentária desses entes também é apertada atualmente.
Falhas em modelos anteriores do PAC
O chamado “PAC 1”, primeira fase do programa, vigorou entre 2007 e 2010, no segundo governo de Lula. O montante inicial anunciado para novas obras foi de R$ 500 bilhões, com investimento em infraestrutura social, urbana, logística e energética. Mais tarde, foram aportados ao menos outros R$ 140 bilhões.
A posse de Dilma Rousseff, em 2011, trouxe “o PAC 2”, com foco em transportes, energia, cidades (saneamento e prevenção em áreas de risco), investimentos “cidadãos” (unidade básica de saúde, creches e pré-escolas) e atenção a programas como Minha Casa, Minha Vida e o Água e Luz para Todos. O aporte era previsto em R$ 955 bilhões até 2014.
Dados do Tribunal de Contas da União (TCU) trazem detalhamento sobre a eficiência do programa, com número de ações de infraestrutura previstas e concluídas. O PAC 1 previu 16.542 ações e concluiu 1.538 (9,3%) entre 2007 e 2010; já o PAC 2 previu 12.464 e concluiu 3.337 (26.7%) entre 2011 e 2014.
A economista e professora da FGV Carla Beni pontua, sobre a análise dos dados, que parte dos projetos entregues no PAC 2 foram “requentados” do PAC 1, já que não foram concluídos no prazo inicial.
Segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o aumento médio de custos para as principais obras previstas entre os PACs 1 e 2 foi de 49%. Já o aumento médio de prazo foi de 106%.
Para Luciano Nakabashi, os principais motivos que explicam a ineficiência dos programas dizem respeito a falhas em seu planejamento. Ele ainda aponta os impactos negativos do que chama de “ciclo político”.
“Acho que é uma questão de planejamento e foco. E tem alguns problemas sobre essas parcerias: existe algum estímulo para anunciar obras, porque isso dá visibilidade política. Acaba havendo anúncios de obras, e antes de finalizá-las são anunciadas outras. Então é uma mistura de falta de planejamento e do ciclo político”, aponta.
Carla Beni reitera a tese de que parte dos projetos não foram bem planejados — destacando termos dos contratos referentes ao meio ambiente, por exemplo. “Foram projetos que não estavam bem feitos. Havia, por exemplo, trâmites de questões ambientais que encontraram entraves porque não eram adequados. Houve falha de gestão”.
O “Novo PAC”
O nome do futuro plano ainda está indefinido. A governança do novo programa de investimentos prevê diferentes instâncias decisórias. No topo, há um conselho gestor formado por quatro ministros: Rui Costa (Casa Civil), Simone Tebet (Planejamento), Fernando Haddad (Fazenda) e Esther Dweck (Gestão e Inovação).
O plano contará com mais de mil projetos e terá sete eixos de atuação: transportes, transição e segurança energética, infraestrutura urbana, infraestrutura social, inclusão digital e conectividade, água para todos e defesa.
Maurício Muniz afirma que uma das responsabilidades do novo plano de investimentos em infraestrutura será colaborar com a política de “neoindustrialização” do país.
Por isso, a intenção do governo é restabelecer a exigência de conteúdo nacional em projetos enquadrados no plano. De certa forma, trata-se de uma retomada de algo que já havia nas primeiras versões do PAC — quando havia percentuais mínimos a serem cumpridos para o fornecimento de itens “made in Brazil”.
Segundo o secretário da Casa Civil, estão em estudo exigências de conteúdo nacional em áreas como saúde, defesa, energia (placas fotovoltaicas e componentes eólicos), infraestrutura (material rodante e maquinário).
Estão entre os candidatos a ganhar destaque no novo plano de investimentos — sem inclusão confirmada por Muniz — projetos como:
Trechos 2 e 3 da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol)
Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico)
Ferrovia Transnordestina
Duplicação da BR-101 e da BR-116, especialmente no Nordeste
Duplicação da BR-364 (Acre-Rondônia)
Recuperação da BR-174 (Manaus-Boa Vista)
Rota Bioceânica (integração rodoviária do Mato Grosso do Sul com portos no Pacífico)
Túnel Santos-Guarujá (SP)
Gasoduto Rota 4B (RJ)
Ramal do Apodi (obra de segurança hídrica para Rio Grande do Norte, Paraíba e Ceará)
Recuperação e dragagem da Hidrovia de Lagoa Mirim (RS)
Mais do que administrar estacionamentos, empresa ajuda a tornar cidades mais conectadas e sustentáveis
Líder mundial em gestão de estacionamentos, a Indigo tem investido cada vez mais na oferta de novos serviços, em soluções para a mobilidade urbana e na integração entre diferentes tipos de transporte utilizados nas grandes cidades, ajudando a torná-las mais conectadas e eficientes.
Com uma equipe global dedicada ao tema cidades inteligentes, que busca novas parcerias para diversificar o uso de estacionamentos, a empresa vem apostando em soluções voltadas à última milha, em postos de recarga para veículos elétricos e projetos que favoreçam a utilização de bicicletas.
“Nosso papel como gestores de estacionamentos é conectar soluções para a mobilidade inteligente, entender a demanda, volumes e criar o apoio para uma experiência positiva”, afirma o CEO da Indigo Brasil, Thiago Piovesan.
Entre as iniciativas da empresa no País, o executivo destaca a criação de polos de recarga elétrica. Hoje, mais de 200 carregadores estão presentes em áreas geridas pela empresa. Eles já possibilitaram por volta de 2.500 abastecimentos, fazendo com que cerca de 9 mil toneladas de CO2 deixassem de ser emitidas na atmosfera. Os efeitos positivos no meio ambiente serão ainda maiores, já que a expectativa é de ampliar as parcerias e chegar a 700 pontos de recarga até 2025.
Outro pilar importante das smart cities é a sustentabilidade. Por isso, diz Piovesan, a Indigo instalou 1.228 placas de energia solar no edifício-garagem do Aeroporto Internacional Afonso Pena, em Curitiba. O equipamento é responsável pelo fornecimento de aproximadamente 50% da energia do local. Outra prática que contribui para o meio ambiente é a reciclagem de uniformes em desuso.
Nascido há cinco décadas na França, o Grupo Indigo também tem em seu país de origem uma série de formatos de negócio inovadores em suas áreas de estacionamento. Um deles é o armazenamento e distribuição de hortaliças e alimentos perecíveis, através de uma parceria com a rede varejista Mon-marché.fr. “Ela entrega alimentos frescos, vindos de Orléans, para os clientes em Paris. Para diminuir o tempo de deslocamento, criou centros de distribuição em estacionamentos subterrâneos, com a instalação de câmaras frigoríficas e a presença de equipes que separam e entregam os pedidos com bicicletas elétricas carregadas no próprio local”, conta Piovesan, lembrando que o Cyclopark também tem boa aceitação na França. A estrutura, além de ser estacionamento para bicicletas, inclui vestiário e área de oficina, na qual os ciclistas podem fazer reparos e calibrar pneus. “Temos operações em 24 Estados brasileiros e estamos sempre atentos às necessidades dos nossos clientes, buscando parcerias para avançar com esses novos projetos também no Brasil”, conclui o CEO da Indigo.
Cidade entra para a história da mobilidade urbana sustentável como a primeira do país a adotar a novidade
A Prefeitura de Londrina, em conjunto com a Companhia Paranaense de Gás (Compagas) e em parceria com a Scania, anuncia nesta quarta-feira (7), às 9h, o primeiro teste com um ônibus urbano movido 100% a biometano no Brasil. Em uma ação inédita em nível nacional, o veículo será incorporado pela Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) ao transporte coletivo na cidade, para passar por um período de análise.
Com o objetivo de buscar uma mobilidade urbana ambientalmente correta e em sintonia com as metas de sustentabilidade da Organização das Nações Unidas (ONU), o ônibus passará por um ciclo de avaliação de um mês, a partir de 12 de junho. Nesse intervalo, o coletivo será utilizado em quatro linhas distintas operadas pela concessionária TCGL.
Na primeira semana, o veículo atenderá aos usuários da linha 501 – Terminal Vivi Xavier; na segunda, rodará na 314 – Olímpico. Na terceira semana de testes, a novidade estará disponível para os passageiros da linha 803 – Terminal Vivi Xavier – Shopping Catuaí. Já na quarta e última etapa de observação, o ônibus fará o itinerário da 904 – Terminal Vivi | UEL | Terminal Acapulco.
O lançamento do veículo, que pela primeira vez estará abastecido 100% a biometano numa demonstração urbana, irá ocorrer na Prefeitura de Londrina, localizada na avenida Duque de Caxias. Na oportunidade, será realizada uma volta inaugural com duração aproximada de 30 minutos.
Durante o período de avaliação, o abastecimento a biometano será feito pela Gastech. O intuito é que, comprovada a eficácia da tecnologia, futuramente veículos similares – e mais sustentáveis – passem a integrar a frota do transporte coletivo no município, visando contribuir para uma cidade mais limpa e inteligente. Atualmente, a cidade transporta a cada mês, em média, 2.200.000 passageiros.
De acordo com o diretor-presidente da CMTU, Marcelo Cortez, no decorrer das semanas de teste serão considerados fatores como a autonomia e a qualidade do veículo. “Precisamos conhecer a efetividade dele numa cidade com as características como a nossa, saber exatamente que quantidade de combustível seria necessária à operação”, afirmou.
Para Cortez, Londrina sempre esteve antenada com as principais novidades na área de tecnologia e, no âmbito do transporte público, não seria diferente. “Somos um povo pioneiro e, caso a tecnologia se mostre favorável ao nosso sistema, buscaremos continuar na vanguarda em favor dos usuários e do meio ambiente, cujo dia comemorativo foi na última segunda-feira (5)”, destacou.
Iniciativa – O lançamento do primeiro ônibus urbano movido 100% a biometano no país integra um projeto ligado à mobilidade urbana sustentável conduzido pela Compagas e pela Scania. A ação tem por objetivo certificar os indicadores de eficiência, em especial, a redução de emissões de poluentes nas grandes cidades.
Obtido de resíduos essencialmente orgânicos, o biometano é um biocombustível gasoso extraído a partir do processamento do biogás que, por sua vez, é originário da decomposição por ação de bactérias, composto principalmente de metano e dióxido de carbono (CO2).
Além do prefeito Marcelo Belinati e do diretor-presidente da CMTU, Marcelo Cortez, participarão da apresentação da novidade os diretores da Compagas, Rafael Lamastra Junior e Fábio Eduardo Morgado, o gerente de sustentabilidade da Scania, Paulo Genezini, e representantes da TCGL e da P. B. Lopes, Casa Scania em Londrina.
Texto: Danylo Alvares, da assessoria da CMTU, com informações da assessoria da Compagas.