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PANDEMIA PÕE EM XEQUE MODELO DE GESTÃO E URBANIZAÇÃO DAS CIDADES BRASILEIRAS

O avanço da COVID-19 nas cidades brasileiras escancara problemas estruturais e a necessidade da retomada do planejamento urbano focado em novas centralidades

O modelo de ocupação rápida e desordenada das cidades que provocou um adensamento maior nas áreas centrais em detrimento das áreas periféricas já se mostrou ineficaz a muito tempo. A pandemia provocada pelo novo coronavírus (COVID-19) deixou ainda mais evidente a necessidade de as cidades brasileiras partirem para um novo modelo de gestão e planejamento urbano, focado em diversas centralidades. Desenvolver novas centralidades focadas na oferta de serviços essenciais aos cidadãos, se torna uma necessidade que impacta diretamente na qualidade de vida e saúde pública.

Segundo o CEO da Urban Systems, Thomaz Assumpção, a maneira como as cidades foram planejadas ao longo do tempo sempre foi reflexo das mudanças no comportamento humano, tendências culturais, necessidades básicas, além dos efeitos de grandes crises. “Faz parte do legado que será deixado pela COVID-19, um reflexo muito significativo na maneira de pensar o desenvolvimento urbano. As pessoas vivem um momento de aprendizado enorme no que se refere à redução da mobilidade, a trabalhar em casa, evitar aglomerações e transporte lotado. Isso tudo tem obrigado as pessoas a buscarem soluções próximas à moradia, o que fortalece o conceito de cidades descentralizadas”, comenta.

Essa lógica de que a cidade deve se descentralizar diminuindo a mobilidade urbana já provoca uma aceleração no processo de repensar o desenvolvimento. “O conceito de cidades policêntricas se tornou mais claro agora. É preciso que as cidades possuam vários centros conectados com produtos estruturantes, como a saúde, educação, varejo e lazer. O resultado disso será um novo ciclo de vida que vem após a pandemia, onde essa maneira diferente de viver, morar, a digitalização, o trabalho a distância e as novas centralidades, estarão incorporados à realidade das pessoas”, diz.

PROBLEMAS EXPOSTOS

É fato que nenhum país no mundo estava preparado para lidar com uma pandemia de proporções globais causada por um vírus que tem uma velocidade única de contaminação. No entanto, no Brasil, fica muito evidente a falta de capacidade dos órgãos de saúde pública atenderem a essa demanda intensa. “Agora fica ainda mais óbvio que a infraestrutura urbana não contemplou corretamente a oferta de cuidados com a saúde e a acessibilidade aos serviços não disponíveis próximos às casas das pessoas”.

Outro efeito da falta de oferta de serviços de saúde, é a velocidade com que a COVID-19 está chegando também às pequenas cidades, depois de se disseminar pelas metrópoles e grandes centros urbanos do País. Segundo o Monitora Covid-19, um sistema criado, em 30 de março, por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)*, na última semana de abril e primeira semana de maio, houve um aumento muito grande, em torno de 50% de novos casos, nos municípios que têm até 20 mil habitantes. De acordo com os pesquisadores, o avanço do vírus em direção às cidades menores está ligado à busca por serviços de saúde não disponíveis em suas cidades de origem.

NOVO MODELO DE GESTÃO

O CEO da Urban Systems destaca que todos esses dados aos quais a população está tendo acesso irão obrigar o poder público a repensar seu modelo de desenvolvimento e de gestão. “As pessoas estão entendendo ainda mais as suas dificuldades na prática e irão buscar consistência nos discursos políticos e no que esse gestor fará na prática, o que ele irá deixar para a população após o seu mandato. Por isso os gestores precisarão de uma nova postura que atenda o legado que a COVID-19 irá deixar nas populações”.

Uma das mudanças relativas à gestão irá atingir diretamente a legislação que rege a ocupação e uso do solo das cidades. “As revisões de Plano Diretor deverão ser feitas com mais urgência, não será mais possível esperar 10 anos para cada revisão. Para que o desenvolvimento da cidade atenda de maneira mais eficaz os munícipes, as revisões devem acontecer em um intervalo bem menor de tempo” comenta.

Segundo Assumpção, surgirão novas necessidades de produtos imobiliários que atendam essa expectativa e novo modelo de viver imposto pela passagem do coronavírus. “Os prefeitos precisarão entender que o ciclo de desenvolvimento das cidades que não é político, mas sim de planejamento estratégico para o desenvolvimento sustentável, focado na qualidade de vida, equilíbrio entre moradia, trabalho, saúde, educação e segurança”.

O novo modelo de gestão das cidades também evidencia o protagonismo dos prefeitos e dos governadores na tomada de decisões que atinjam diretamente seus cidadãos. “Os prefeitos e governadores deverão manter a autonomia, para lidar com os seus recursos de forma que atendam especificamente as necessidades de cada cidade ou região. Também serão fundamentais parcerias com o setor privado para preencher a falta de investimento em necessidades básicas evidenciadas pela pandemia”, finaliza.

*Fonte: MonitoraCovid – Fundação Oswaldo Cruz

Fonte: Urban Systems


BYD BRASIL LANÇA DOIS NOVOS MÓDULOS FOTOVOLTAICOS

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Mercado aposta na energia solar com um dos propulsores da economia após a pandemia da COVID-19

A BYD, a maior fabricante mundial de baterias de fosfato de ferro-lítio e de veículos 100% elétricos e gigante do mercado fotovoltaico, investe significativamente na produção de painéis solares no Brasil. Mesmo em meio à pandemia da COVID-19, a empresa aposta na ampliação do mercado e acaba de lançar dois novos painéis: Monocristalino M7K e o Monocristalino Half-Cell MIK.

O módulo Monocristalino M7K 36 passa a ser fabricado e comercializado no Brasil e já está enquadrado no Finame. Este painel possui até 20,2% de eficiência, um diferencial em relação à concorrência. O produto tem potência nominal que vai de 380 a 400w, leve e compacto, facilitando o processo de instalação. Este painel tem aplicações tanto em sistemas residenciais, quanto comerciais, industriais e geração remota. O módulo se aplica em operações on grid e off grid.

Por último, o lançamento que chega da China é o módulo Monocristalino Half Cell MIK- 36 também com potência nominal de 380 a 400W e eficiência de 19,95%. Como no módulo brasileiro monocristalino, as suas aplicações também se adaptam a diversos sistemas residenciais, comerciais, industriais, geração remota, on grid e off grid, ambos com garantia de 10 anos.

A comercialização dos novos módulos no Brasil vai de encontro a uma necessidade real da humanidade: mudar a dependência humana de energias não renováveis para energia limpa.  A missão da BYD é ajudar países e pessoas a superarem a crise energética e reduzirem a poluição ambiental por meio da utilização de fontes renováveis de energia.

“A energia fotovoltaica é a grande aposta global de desenvolvimento econômico social integrado. Hoje, a energia solar é a que mais gera emprego entre as mais diversas fontes de energia do planeta. Não é surpresa que o novo pacto europeu – o European Green Deal – coloca a energia limpa no centro da reconstrução das nações”, afirmou o Diretor de Marketing e Sustentabilidade da BYD no Brasil, Adalberto Maluf.

“Já que investiremos muitos recursos para a reconstrução da economia nacional, é importante que possamos promover uma economia limpa e renovável, e que coloque o Brasil nos rumos da inovação e do desenvolvimento de novas tecnologias visando a economia de baixo carbono. Após a crise da saúde pública, teremos que lidar com a crise econômica, e a energia solar fotovoltaica é a fonte que mais gera empregos entre todas as fontes de energia, além de ser a mais barata ao consumidor”, ponderou Maluf.

No Brasil, uma das grandes apostas para alavancar o mercado solar é o agronegócio. A energia solar fotovoltaica está cada vez mais presente no agronegócio e nas propriedades rurais do País. Segundo dados da Aneel, apenas no primeiro semestre de 2019, foram instalados 32.963kWp, o que representa cerca de 86% do total gerado durante o ano todo em 2018 no setor.

Neste sentido, os painéis e sistemas de armazenamento off-grid da BYD ganham destaque neste mercado graças à qualidade de seus produtos e a sua fábrica instalada em campinas, que garante todo o suporte e manutenção no pós-vendas.  “O setor do agronegócio, por exemplo, tem sido muito beneficiado pelo sistema off-grid, que pode ser instalado onde a concessionária de energia não chega. Além disso, o retorno do investimento é pleno no médio e longo prazo.

“Os produtos comercializados pela BYD no Brasil foram selecionados para atender com qualidade todo o nosso mercado consumidor, com uma gama de painéis que abrangem as mais diversas especificidades de solo e incidência solar no País, de norte a sul”, afirma Adalberto Maluf, diretor de marketing e sustentabilidade da BYD.


Fonte: BYD

TECNOLOGIAS MILITARES AJUDARÃO A DETECTAR PESSOAS COM SUSPEITA DE COVID-19

Sistema inovador tem apoio da Fapesp e poderá ser usado na identificação de cidadãos com febre em pontos de aglomeração

Um monóculo portátil com visor térmico desenvolvido para as Forças Armadas do Brasil e um sistema que capta diversos comprimentos de onda, usado normalmente por motoristas de veículos blindados do Exército, estão sendo transformados em uma ferramenta para o combate da COVID-19, doença causada pelo novo coronavírus.

Comercializadas atualmente para fins militares pela empresa Opto Space & Defense, as tecnologias são integradas e aprimoradas por meio de um projeto apoiado pelo Programa Fapesp Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (Pipe), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, para ajudar na identificação de pessoas com febre que estejam circulando em locais com grande aglomeração.

O projeto foi um dos seis primeiros selecionados em um edital lançado pelo Pipe-Fapesp em parceria com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), para apoiar o desenvolvimento de produtos, serviços ou processos criados por startups e pequenas empresas de base tecnológica no estado, voltados ao combate da COVID-19.

DISPONIBILIDADE

Segundo estimativas da empresa, o protótipo do sistema deve estar pronto até junho e a tecnologia final deve estar disponível em mais alguns meses.

“A proposta é desenvolver um sistema inteligente de imageamento nos espectros visível e termal que processe dados relativos à identificação de pessoas com febre [um dos principais sintomas da COVID-19] em locais onde há aglomeração, como empresas, escolas, academias e shoppings”, diz Raphael Pereira Moreno, pesquisador responsável pelo projeto, ao boletim Pesquisa para Inovação.

De acordo com Moreno, o sistema de medição de febre será composto por uma câmera termal, responsável pela varredura das pessoas a uma distância de até 12 metros. Ao localizar os pontos corretos de medição da temperatura corporal, como a região dos olhos e das bochechas, um programa embarcado processará, de forma instantânea, as informações.

Ao identificar uma pessoa em estado febril, o sistema emitirá um alerta para os operadores de segurança – que poderá ser sonoro, luminoso ou outro –, para abordagem. Os rostos das pessoas em estado febril identificadas pelo sistema poderão ser consultados pelos operadores de segurança em um monitor convencional.

“Dependendo das necessidades dos clientes, a identificação do estado febril dos frequentadores de um determinado local poderá ser atrelada a algum mecanismo de segurança, como o travamento da catraca de acesso”, afirma Moreno.

Os sensores que serão embarcados no sistema poderão ser ajustados para um intervalo de temperatura entre 35 e 44º C, por exemplo.

DESENVOLVIMENTO INCREMENTAL

Segundo o pesquisador, o desenvolvimento do sistema de detecção de pessoas em estado febril será incremental às tecnologias militares que a empresa sediada em São Carlos, no interior de São Paulo, desenvolve há mais de uma década, baseadas em sensores e câmeras multiespectrais.

Fundada em 1985, como divisão da Opto Eletrônica S/A, desde 2017 a Opto Space & Defense pertence ao Akaer Group. Há mais de 30 anos no mercado nacional e internacional e com uma equipe de especialistas composta por 40 pessoas, a Opto acumulou ao longo dos anos experiência na concepção e fabricação de sistemas optrônicos de alta complexidade, incluindo componentes ópticos de precisão, sistemas eletrônicos de alta confiabilidade, mecânica fina e engenharia de sistemas.

Alguns desses projetos também foram desenvolvidos com apoio do Pipe-Fapesp. A empresa atua ainda em projetos na área espacial, com o desenvolvimento de câmeras de alta resolução para satélites e sistemas de imageamento multiespectral.

“Vamos agora calibrar os sistemas que já temos, desenvolver um gabinete portátil para a instalação das câmeras e otimizar os algoritmos que vão fazer todas as leituras”, diz Moreno.

Além da adaptação tecnológica, que por ser militar também precisa ser simplificada para o uso civil, outros objetivos do projeto são apresentar ao mercado um produto portátil, com fonte de alimentação dedicada e de fácil operação.

Fonte: Governo do Estado de São Paulo


ARTIGO: UMA ESTRATÉGIA PARA O BRASIL DIGITAL

Avanço para um país mais simples e mais eficiente

Por Paulo Uebel e Luis Felipe Salim Monteiro

Há uma transformação irreversível em andamento que contempla os avanços do mundo atual e as peculiaridades do Estado brasileiro: a transformação digital do governo. Esse é um dos alicerces do projeto governamental que vai revolucionar a forma como o cidadão interage com o governo, gerar economia significativa de recursos públicos e, principalmente, oferecer serviços cada vez melhores a todos os cidadãos brasileiros.

O presidente Bolsonaro lançou uma ousada Estratégia de Governo Digital para o período 2020-2022. As diretrizes seguem os princípios de um governo centrado no cidadão, integrado, confiável, inteligente, transparente e aberto, além de eficiente. A nova Estratégia poderá economizar R$ 38 bilhõesem cinco anos com a eliminação do papel e da burocracia, locação de estruturas e manutenção dessa logística, contratação de pessoal para atendimento presencial, e ainda a redução de perdas com erros e fraudes em serviços públicos.

Somos um país contemporâneo  — a quarta população mais conectada do mundo. O poder público precisa poupar recursos e revertê-los para onde o cidadão mais precisa: saúde, educação, assistência social, previdência, segurança, entre tantos outros prioritários ao bem comum.Cada serviço digitalrepresenta economia de 97% em média em relação ao mesmo serviço presencial. Não fosse toda a comodidade e simplicidade para o contribuinte, essa redução de custo por si já seria razoável argumento para mantermos nosso foco na transformação digital.

A digitalização total dos mais de 3,3 mil serviços públicos até o final de 2022 é imprescindível diante do cenário que se avizinha. Em cinco anos, 40% de todos os funcionários públicos federais poderão estar aposentados. A reposição simples é onerosa e ineficaz.

É urgente que a operação do Estado deixe de ser intensiva em mão de obra para se tornar intensiva em tecnologia. Ao mesmo tempo em que faltam profissionais qualificados, há servidores públicos tratando manualmente os pedidos que poderiam ser inteiramente on-line. A experiência que tivemos em 2019, e agora com a pandemia do coronavírus, potencializa a decisão de não realizarmos mera substituição do quadro funcional. Em vez disso, nos impulsiona a adotar a tecnologia para apoiar a melhoria dos serviços prestados. Os servidores públicos deverão estar,assim, cada vez mais presentes nas funções altamente complexas, onde seu conhecimento possa ser aproveitado e reconhecido ao máximo.

A pandemia e as consequências do isolamento social de parte da população acelerou ainda mais a digitalização de serviços públicos. Dos 676 serviços do governo federal transformados em digitais desde janeiro do ano passado, 161 foram entregues ao público em 2020, com destaque para a o auxílio emergencial de R$ 600. Neste caso, as tecnologias digitais permitiram  — em menos de 30 dias  — o cadastro, o cruzamento de dados e o pagamento deste necessário apoio aos trabalhadores informais e demais vulneráveis neste momento de crise.

A Estratégia foi debatida com 150 especialistas de 32 organizações públicas e privadas. Houve, ainda, 320 contribuições recebidas em consulta pública para que pudéssemos esboçar um documento abrangente em suas metas. Um dos objetivos mais arrojados é o lançamento de uma Identidade Digital, plataforma segura e abrangente, que reduzirá o risco das transações on-line, economizando R$ 360 bilhões em fraudes, e permitirá a inclusão financeira de 40 milhões de brasileiros.

As pessoas Brasil afora precisamacessar serviços e informações confiáveis, seguros e de qualidade em qualquer lugar e a qualquer hora. Ao integrarmos as plataformas e dados em âmbito federal, estadual e municipal, conseguiremos oferecer uma experiência única de governo para cidadão.

A transformação digital dos serviçospúblicos é o caminho para uma sociedade moderna, desburocratizada, que foca na simplicidade, agilidade e facilidade nas relações com o Estado.

Confira os avanços e a estratégia digital em gov.br/governodigital.

Paulo Uebel é secretário Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, e Luis Felipe Salim Monteiro é secretário de Governo Digital do Ministério da Economia

Fonte: O Globo

PROJETO DE SANEAMENTO DEVE SER PRIORITÁRIO APÓS A CRISE

Pesquisa realizada pelas consultorias CG/LA Infrastructure e GO Associados indica que segmento tem forte potencial para atrair investimentos neste ano

O saneamento básico deve ser a prioridade neste ano para que a economia brasileira volte a crescer, segundo executivos e analistas do setor de infraestrutura ouvidos pelas consultorias CG/LA Infrastructure e GO Associados.

O levantamento, realizado ao longo do mês de abril, ouviu 116 agentes do setor no país, entre concessionárias, fornecedores, bancos, fundos, órgãos públicos, advogados e consultores.

Questionados sobre as iniciativas mais importantes para sair do papel ainda em 2020, os projetos de água e esgoto apareceram em 41 das respostas no primeiro lugar da lista de prioridades, bem à frente dos projetos rodoviários, que foram apontados como os mais relevantes por 11 dos consultados.

Entre as justificativas apresentadas, estão a forte carência do país em saneamento, e o potencial de gerar empregos e renda de forma descentralizada no país, em escala municipal.

Uma das vantagens das concessões de água e esgoto é que os projetos podem ser viabilizados sem necessariamente atrair grandes grupos internacionais, avalia Anand Hemnani, sócio da CG/LA. “Há muitas empresas menores, nacionais, capazes de realizar os projetos, que em geral são menos intensivos em capital do que os de outros setores, como energia elétrica”, afirma.

Para ele, esse fator é relevante diante de um novo cenário global, de maior aversão ao risco e dificuldade de atrair capital estrangeiro. “Muitas empresas internacionais que avaliam investir no Brasil agora vão ter mais projetos em seus mercados internos. Vários países vão lançar pacotes de estímulo à infraestrutura para impulsionar a economia”, diz.

O fato de o novo marco legal do saneamento básico estar travado no Congresso Nacional não necessariamente impedirá os investimentos no curto prazo, segundo Fernando Marcato, sócio da GO Associados.

As novas regras em discussão buscam dar mais segurança jurídica e ampliar a privatização no mercado, hoje dominado por estatais. No entanto, com a pandemia e a proximidade das eleições municipais, a perspectiva de uma aprovação do projeto de lei se tornou mais distante.

“O novo marco é importante, mas não é a única medida para estimular investimentos”, diz. Para ele, a questão regulatória não é tão relevante porque seu impacto prático já se daria no longo prazo de qualquer forma.

Isso porque 65% dos contratos públicos de saneamento têm vigência de dez anos ou mais, segundo pesquisa da GO Associados. Ou seja, só depois desse prazo poderia haver uma nova licitação. Além disso, a lei prevê a possibilidade de renovação dos acordos por mais 30 anos, o que pode prolongar o domínio estatal por ainda mais tempo.

A solução, avalia Marcato, são as concessões que permitem a parceria de operadores privados com as estatais. É essa a linha que têm seguido os projetos de desestatização estruturados pelo BNDES, como os de Alagoas, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Neles, a companhia estadual delega ao parceiro privado uma parte de sua operação por um prazo determinado, viabilizando os investimentos sem perder total controle.

Fora os projetos estaduais que estão na carteira do BNDES, há dezenas de projetos de menor porte em curso nas cidades e Estados. Em 2019, foram iniciados 51 projetos do setor, e, até o fim do ano, havia dez licitações em curso, segundo dados da Radar PPP.

Além do saneamento, o levantamento feito pelas consultorias também trouxe diversos projetos de rodovias e ferrovias como prioritários pelos consultados. Nas justificativas, há diversos pedidos pela melhoria na logística de transportes do país.

Perguntados sobre a fonte dos recursos para os projetos de infraestrutura, a maior parte (65,5%) dos consultados defendeu uma combinação entre investimentos públicos e privados. Para 28,5%, a retomada deve vir por meio do setor privado, com concessões e privatizações. Apenas 6% apontaram apenas o setor público como fonte para os recursos.

Fonte: Valor

PANDEMIA EXPÕE INVISIBILIDADE DAS COMUNIDADES CARENTES BRASILEIRAS E EXIGE MAIOR ATUAÇÃO DO PODER PÚBLICO

Com dificuldade de acesso aos serviços básicos providos pelo Estado, moradores das mais de 13 mil comunidades carentes no Brasil buscam suas próprias soluções para conter o vírus e ajudar sua população

O mundo passa por uma crise sem precedentes que tem exposto problemas estruturais e exigido soluções imediatas dos gestores públicos, do setor privado, além da colaboração da população. No Brasil, a pandemia causada pelo novo coronavírus (COVID-19) trouxe à tona a desigualdade social e levantou uma questão ainda mais importante para a vida nas cidades: como conter o avanço do vírus e oferecer soluções à população das comunidades carentes?

Segundo levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)* divulgado no último dia 19 de maio, o Brasil possui 5.127.747 domicílios em aglomerados subnormais, conhecidos por várias denominações, de acordo com a região, como: favela, invasão, grota, baixada, comunidade, mocambo, palafita entre outros. A pesquisa apresenta também, as distâncias entre as comunidades e unidades de saúde.

Dos 13.151 aglomerados subnormais do País, somente 827 (6,29%) estavam a mais de cinco quilômetros de unidades de saúde com suporte de observação e internação. No entanto, a pesquisa não investigou se as unidades de saúde próximas de aglomerados possuem estrutura para atendimentos relacionados ao coronavírus.

AUSÊNCIA DO PODER PÚBLICO

Para o enfrentamento da COVID-19, é preciso considerar as características socioeconômicas e geográficas dessas áreas, como a falta ou o acesso limitado ao saneamento e à coleta de lixo, o custo dos produtos de higiene pessoal, o tipo de emprego (trabalho informal, subempregos, empregos com impossibilidade de se trabalhar de casa e vínculos empregatícios mais frágeis etc.).

Outro elemento a ser considerado é a natureza densa e/ou desordenada de boa parte dessas ocupações, o que limita a efetividade da recomendação de isolamento social para enfretamento à pandemia além de ser um limitador de acesso de ambulâncias para casos de maior gravidade. “Os problemas expostos pela pandemia são sistêmicos e integrados. A falta de saneamento impacta diretamente no aumento da mortalidade e as comunidades só existem pela falta de moradia. Estamos lidando com muitos problemas simultâneos em comunidades onde já existe uma ausência muito grande do poder público” comenta o CEO da Urban SystemsThomaz Assumpção.

Segundo Assumpção, a pandemia deverá acelerar o processo de urbanização e auxílio do poder público à população das comunidades carentes. “Precisamos lembrar também que a escassez de moradia se alastra pelo País e já inicia a criação de comunidades não apenas nas grandes metrópoles. Essas, precisam ser integradas ao desenvolvimento urbano e o poder público precisa, em vez de negar, oferecer um plano de ajuda e urbanização delas para atender esses problemas”, explica.

BUSCANDO AS PRÓPRIAS SOLUÇÕES

Enquanto o auxílio mais efetivo do Estado não vem, os próprios moradores das comunidades se mobilizam na busca de soluções. No último dia 24 de abril, o portal de notícias Ecoa, do grupo UOL * reuniu quatro lideranças comunitárias para o debate ao vivo: “Enfrentamento do coronavírus nas favelas brasileiras”, mediado pela escritora e pesquisadora Bianca Santana, colunista do canal. Os entrevistados deram exemplos de como a população de favelas e periferias está se organizando, se informando e criando soluções para poder se alimentar, higienizar e se isolar do coronavírus.

Participaram da conversa, Anna Karla Pereira, cofundadora da Frente Favela Brasil; Christiane Teixeira, líder comunitária de Coroadinho (MA); Gilson Rodrigues, líder comunitário de Paraisópolis (SP) e Isabela Souza, diretora do Observatório das Favelas, que destacaram o fortalecimento de processos comunitários. “Se álcool gel não é uma realidade aqui, então a gente distribui garrafas pet com água e sabão para as pessoas”, disse Anna Karla Pereira, cofundadora da Frente Favela Brasil, organização com atuação a partir das favelas do Coque e Ibura, na capital no Recife (PE).

Outro exemplo vem de Paraisópolis, em São Paulo (SP), onde três ambulâncias foram alugadas (a um custo diário de R$ 5.000) para poder dar conta da demanda não atendida pelo setor público. Já Isabela Souza, nascida e criada na favela da Maré no Rio de Janeiro (RJ) e atualmente diretora do Observatório de Favelas, explica que a organização mantém conversas diárias com especialistas para buscar soluções pensando na perspectiva da periferia. “Na medida em que uma favela chega a ser uma cidade, por mais que as comunidades busquem e se empenhem em soluções importantes, não só em tempos de pandemia, mas com projetos voltados à arte e ao esporte, sem uma intervenção externa não é possível resolver todos esses problemas. Portanto é necessário um esforço conjunto do poder público, com auxílio do privado, para acelerar a urbanização e inclusão dessas comunidades na vida das cidades”, finaliza Assumpção.

Fontes: IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ; “Enfrentamento do coronavírus nas favelas brasileiras” – Ecoa/UOL

Fonte: Urban Systems

AÉREAS BRASILEIRAS COMEÇAM A AMPLIAR NÚMERO DE VOOS A PARTIR DE JUNHO

Apesar do aumento previsto, malha diária das companhias ainda será pelo menos 80% menor do que no período anterior à pandemia 

Após a brusca queda no número de voos no início das medidas de isolamento social adotadas para conter o avanço do novo coronavírus, companhias aéreas brasileiras começam a planejar o aumento de sua malha diária a partir de junho, mas num nível bem abaixo do visto antes da pandemia.

Azul projeta realizar 168 partidas ao dia no próximo mês, ante 115 diárias vistas em maio. Com isso, o número de destinos atendidos no mercado doméstico passará de 38 para 57. A média diária de decolagens ainda estará 80% menor do que no mesmo mês de 2019. 

Em nota, Abhi Shah, vice-presidente de receitas da companhia, afirma que a empresa vê uma retomada gradual da demanda desde o início da pandemia, e que monitora o mercado, expandindo o número de viagens realizadas à medida em que forem diminuídas as restrições a viagens no País. Ele destaca que o Estado de São Paulo, em especial, deve ter flexibilizações a partir da primeira semana de junho.

Na terça-feira, 19, a Gol anunciou que também expandirá sua malha no mês. Serão 100 voos diários ante os 68 de maio, número ainda 87% menor do que o visto antes da pandemia. A empresa informou que não tem planos de reaver seus voos internacionais em junho.

“Trata-se de um aumento sutil do número de voos e horários, mas de grande efeito para a comodidade de quem precisa se deslocar pelo País ou utilizar os serviços de transporte da empresa”, afirmou a aérea em nota.

A empresa destaca que, aos poucos, bases em diferentes regiões do País estão sendo reabertas. Em junho, a partir do dia 10, será a vez de Chapecó (SC), Ilhéus (BA) e Porto Seguro (BA), Juazeiro do Norte (CE), e Petrolina (PE), sempre em ligação com o aeroporto internacional de São Paulo, em Guarulhos. 

O aeroporto de Congonhas, segundo a GOL, passa a complementar as ofertas do aeroporto de Guarulhos, que deixa de concentrar todas as atividades da companhia. 

O aeroporto internacional de Brasília, que desde maio atende primordialmente ao Norte do País, ganha reforço com novos voos para essa região, assim como para o Sul, o Sudeste e o Nordeste. 

Fonte: Estadão

PROGRAMA BRASILEIRO GANHA PRÊMIO DA UNESCO COM USO DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NA EDUCAÇÃO

Programa Letrus, que utiliza inteligência artificial para auxiliar no letramento dos estudantes, tornou-se a primeira iniciativa brasileira a ganhar o Prêmio Rei Hamad Bin Isa-Al Khalifa, entregue desde 2005 pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).

Criado pela start up Letrus, o programa permite que o estudante escreva redações sobre diferentes temas e obtenha correções e orientações imediatas. Por sua vez, os educadores recebem dados e gráficos sobre o desempenho da sala e dos alunos individualmente, podendo utilizar estas informações para auxiliá-los e também na preparação e desenvolvimento das aulas.

O programa já foi utilizado por mais de 65 mil estudantes brasileiros, mas a Unesco reconheceu especialmente o trabalho desenvolvido em parceria com a Secretaria de Educação do Espírito Santo em 2019. Durante um período de cinco meses, o software mobilizou 400 professores e 12 mil alunos do 3º ano do ensino médio em 121 escolas públicas. De acordo com a Letrus, 90% tiveram uma aumento nas notas de redações.

O foco do projeto no Espírito Santo foram as dissertações, de olho na preparação para o Enem (Exame Nacional de Ensino Médio). De acordo com Luís Junqueira, um dos sócios-fundadores da Letrus, o software atua para reconhecer padrões de escrita. “Conseguimos saber quais são os desvios ortográficos e gramaticais de cada aluno, a formalidade e informalidade que coloca no texto, a maneira como estabelece conexões entre ideias e sentenças e onde estão as propostas de intervenção social, importantes no caso do Enem. A partir desse mapeamento, conseguimos diagnosticar e dar direcionamento”, afirmou.

Para ele, o fato de o aluno receber um “feedback”(retorno avaliativo) imediato, sem ter de esperar o tempo naturalmente mais longo da correção feita pelo professor, é importante para estimular a reflexão. “A atividade de escrita é apenas um dos elementos, mas há também a leitura da proposta e da coletânea, o entendimento da regras do jogo e a percepção sobre quais elementos não podem ser deixados de lado. Saber sobre tudo isso de maneira rápida e dinâmica ajuda o aluno a entender que o processo de letramento envolve não apenas a escrita, mas também a leitura crítica do seu próprio texto”, disse.

Além do auxílio ao aluno, Junqueira acredita que o programa atua principalmente para resolver “dores” do professor, já que o processo de correção de dezenas de redações é longo e frequentemente feito fora do horário de trabalho. A plataforma busca otimizar o tempo dos educadores para que possam atuar de forma mais estratégica. “A gente não precisa ficar mapeando mecanicamente o que uma modelagem de inteligência artificial consegue fazer em escala”, afirmou Siqueira, fazendo a ressalva de que o software não diminui a importância do professor no processo. “O papel do professor na verdade se torna ainda mais fundamental: ele reorienta sua prática para a tomada de decisões estratégicas e para uma gestão de sala de aula engajadora.”

A Letrus também trabalha com os professores, gestores e secretarias de ensino oferecendo treinamento, acompanhamento e a entrega de informações que podem ser preciosas para todos os envolvidos no processo pedagógico. “Esta é outra grande dor que habita as entranhas do nosso sistema educacional: não olhamos para os textos dos alunos para fazer diagnósticos profundos, não sabemos se eles estão escrevendo melhor ou pior do que os alunos da década passada ou retrasada, não guardamos estas informações e não extraímos delas elementos importantes para a tomada de decisões estratégicas”, comentou.

Formado em Letras pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Siqueira era professor de Língua Portuguesa quando começou o projeto Primeiro Livro, no qual estudantes escreviam obras literárias que posteriormente eram publicadas. A iniciativa chegou à Fundação Casa em 2015, com o lançamento de livros escritos por 25 jovens internos, e motivou Siqueira a buscar ferramentas tecnológicas que facilitassem o acompanhamento dos textos. A partir daí surgiria a Letrus, fundada em parceria com Thiago Rached.

Atualmente, o software é utilizado por mais de 130 escolas particulares (incluindo as 36 da Fundação Bradesco) e a empresa fechou parcerias com as redes públicas de São Paulo e Ceará para apoiar escolas durante a crise do coronavírus, um projeto que ainda está em fase de pré-implementação. De sua criação até o ano passado a Letrus foi parcialmente financiada pela Fundação Lemann, que apoiou o projeto no Espírito Santo ao lado do J-PAL, o Laboratório de Ação para Pobreza Abdul Latif Jammel, ligado ao Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês).

Para o futuro, o objetivo é crescer e fortalecer a presença nas escolas públicas, algo que Siqueira define como “esforço épico”. “Temos de articular e estabelecer relações muito próximas com uma grande diversidade de instituições para conseguir sobreviver”, afirmou. Eles espera, porém, ver novas portas se abrirem após o prêmio da Unesco. “Já passamos pela fase piloto e temos maturidade para conseguir fechar parcerias mais significativas, que envolvam mais pessoas e entidades, realmente pensando no letramento como política pública.”

A premiação da Unesco reconhece duas iniciativas por ano, que recebem US$ 25 mil cada. A edição de 2019 contou com 113 iniciativas inscritas e tinha como tema “O uso de Inteligência Artificial para inovação da educação, do aprendizado e do ensino”. O outro projeto premiado foi o espanhol Dytective, uma ferramenta para diagnosticar casos de dislexia em apenas 15 minutos.

Fonte: Porvir

CICLISTAS QUEREM CICLOVIAS TEMPORÁRIAS EM SP DURANTE PANDEMIA; OMS RECOMENDA BICICLETA PARA EVITAR AGLOMERAÇÃO

Mais de 100 cidades do mundo aderiram à recomendação de priorizar bicicleta e criaram estruturas temporárias; gestão Bruno Covas não respondeu sobre ciclovia temporária, mas diz que 110 km de obras de vias para bicicletas estão em andamento.

Ciclistas cobram a Prefeitura de São Paulo para que incentive o uso da bicicleta como meio de transporte para quem precisa se deslocar durante a pandemia do coronavírus, com a implantação de estruturas temporárias no viário urbano. A medida já tem sido implementada em outras metrópoles do mundo para evitar aglomerações no transporte público.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a população priorize a bicicleta como deslocamento durante a pandemia porque ela “permite distanciamento social, enquanto proporciona o mínimo de atividade física necessária por dia”. O uso de transporte por ônibus, trens e carros, por outro lado, é alertado pela OMS junto a uma série de recomendações, como a necessidade de se evitar o horário de pico e cobrir o nariz e a boca, e não tocar em superfícies.

Por esse motivo, diversas organizações de ciclistas e pedestres de São Paulo, que incluem a ONG SampaPé!, o Instituto Aromeiazero, a Minha Sampa, o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), a Ciclocidade, a União de Ciclistas do Brasil e a Câmara Temática da Bicicleta (CTB) da própria Prefeitura pedem que a gestão Bruno Covas (PSDB) proporcione condições seguras para deslocamentos a pé e de bicicleta.

Além da orientação da OMS, os coletivos argumentam que diversas cidades do mundo estão se planejando neste sentido, como Bogotá, na Colômbia, que desde o primeiro dia de quarentena implantou ciclovias temporárias como forma de evitar aglomeração no transporte público – hoje, totalizam 80 km de ciclovias temporárias.

“Especialistas e cidades do mundo todo estão indo nesta direção e comprovando que medidas pró-mobilidade ativa melhoram qualidade de vida e salvam vidas. Elas podem minimizar a lotação no transporte público, evitar custos e diminuir as diversas comorbidades geradas pela poluição e pelo sedentarismo. Muita gente em São Paulo diz que passaria a pedalar se fosse mais seguro”, diz Sasha Hart, pesquisador, hidrogeólogo e conselheiro da Câmera Temática da Bicicleta.

Um levantamento da Organização Panamericana de Saúde (Opas) da OMS identificou mais de 100 intervenções similares em todo o mundo, como a criação de ciclofaixas provisórias, além da restrição de circulação e redução da velocidade do tráfego.

Há ainda cidades que apostam no incentivo para o deslocamento a pé, como a abertura de faixas de ruas para pedestres, e como em Milão, na Itália, onde os espaços de estacionamento serão destinados a ampliação de calçadas. Iniciativas similares têm sido adotadas em Nova Iorque, nos EUA, e Toronto, no Canadá, que também redimensionaram as calçadas das cidades durante o combate ao coronavírus.

O que diz a Prefeitura

Em nota, a Secretaria Municipal de Transportes não respondeu sobre a possibilidade de implementar estruturas temporárias durante a pandemia, mas disse que mantêm a execução do Plano Cicloviário, com 110 km de obras em andamento para a construção de ciclofaixas e ciclovias.

Em entrevista no dia 27 de abril, o secretário municipal de mobilidade e transportes, Edson Caram, demonstrou receio em implementar as ciclovias temporárias sem estudo, mas disse que faria campanha de incentivo para uso da bicicleta como meio de transporte durante a pandemia.

“Logo no começo da pandemia, uma das primeiras ações que eu comentei foi a utilização da bicicleta. A bicicleta pra mim seria a solução de todos estes problemas. Porque eu teria a população isolada – cada um na sua bike, eu teria uma melhor qualidade de vida na cidade de São Paulo – com menos poluição, e eu teria menos demanda no transporte coletivo”, disse o secretário.

“Pra mim, a melhor equação é a utilização da bike”, reforçou Caram. “Pensamos na Prefeitura de que forma a gente poderia fazer, só que isso requer estudo, e o tempo que nós tivemos para trabalhar foi muito pequeno. Não foi um tempo suficiente para elaborar uma proposta ideal para que isso aconteça. Mas vou trabalhar essa questão”, afirmou.

Bicicleta na pandemia

A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) possui três contadores de bicicletas fixos e automáticos na capital paulista.

O contador na ciclovia da Avenida Faria Lima, na Zona Oeste da cidade, indicou queda pela metade do uso das bicicletas durante a quarentena, considerando todo o mês de abril deste ano, quando comparado o mesmo período de 2019, passando de 188.493 ciclistas para 91.994.

Quando considerado apenas os finais de semana de abril de 2019 e 2020, no entanto, houve um aumento de 9,4% no uso da ciclovia da Faria Lima, de 29.260 para 32.025 passagens.

Já o contador na ciclovia da Rua Vergueiro, na Zona Sul, revelou que os moradores do entorno utilizaram mais as bicicletas não apenas nos finais de semana, como durante todo o mês de abril de 2020, em comparação com abril de 2019.

Passou de 60.538 para 78.611 o número de ciclistas flagrados pelo contador, um aumento de 29% do uso da ciclovia da Rua Vergueiro no mês de abril. Nos finais de semana, as passagens de ciclistas subiram de 11.218 para 26.113, um aumento de 132,7%.

O contador da Avenida Doutor Gastão Vidigal, na Zona Oeste de São Paulo, foi instalado em agosto de 2019, impossibilitando um comparativo.

Tentativas da Prefeitura de SP

Sem lockdown na cidade de São Paulo, a Prefeitura tem tentado encontrar a melhor solução para o deslocamento das pessoas.

Há uma semana, a gestão Bruno Covas optou por um rodízio de veículos ampliado para todo o perímetro do município e pelo qual os veículos com placas de final ímpar deveriam rodar somente em dias ímpares, e o mesmo para as placas com final par.

A medida não resultou no aumento do isolamento social, e inclusive gerou aumento das aglomerações no transporte público. Além disso, os trabalhadores essenciais relataram problemas para pedir isenção do rodízio especial.

O prefeito Bruno Covas, então, anunciou a retomada do rodízio tradicional a partir desta segunda-feira (18) e reconheceu que a medida não surtiu efeito esperado.

Fonte: G1

NOVA SÉRIE! CIDADES CONECTADAS: SÉRIE DO CONNECTED SMART CITIES ABORDARÁ O PAPEL DA TECNOLOGIA NO COMBATE À COVID-19 (27/05)

O lançamento da série acontece na quarta-feira (27 de maio).  O Bloco 1 reunirá especialistas para debater sobre A Importância do Empoderamento e a Construção da Inteligência Coletiva: lições digitais que estamos aprendendo com a Covid-19 para construirmos cidades inteligentes

A Plataforma Connected Smart Cities, iniciativa da Necta, lança no dia 27 de maio de 2020, às 10h, a série online O Papel da Tecnologia no Combate ao Coronavírus”, com ampla abordagem sobre A Importância do Empoderamento e a Construção da Inteligência Coletiva: lições digitais que estamos aprendendo com a Covid-19 para construirmos cidades inteligentes. As inscrições são gratuitas e limitadas: clique aqui.

O evento contempla três blocos (27/05 e 03 e 10/06) e a edição de lançamento conta com a participação do presidente da Câmara de Comércio Brasil Canadá (CCBC), Paulo Perrotti; do secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação da Prefeitura do Recife, Guila Calheiros; da líder de Technology, Media & Telecommunications da Deloitte, Marcia Ogawa; do vereador de São Paulo Daniel Annenberg (PSDB); e da CEO da Necta e idealizadora do Connected Smart Cities, Paula Faria.

Paula Faria cita que o propósito da série é trazer a experiência dos setores público e privado para o contexto de cidades conectadas no atual cenário da pandemia de Covid-19.

“Vamos debater amplamente sobre a Covid-19, utilização de tecnologias e revolução digital, destacando pontos importantes relacionados à vigilância digital no controle da pandemia, monitoramento pós-pandemia, além das implicações da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD ) no atual cenário. Nesse contexto, traremos exemplos, como o da cidade do Recife, que vem utilizando o monitoramento em grupo,  iniciativa fundamental na determinação dos índices de isolamento social da população no período da pandemia”, disse a CEO da Necta e idealizadora do Connected Smart Cities, Paula Faria.

A especialista destaca, ainda, que o evento está inserido nos projetos digitais da Necta. “Desde março último, estamos desenvolvendo ações digitais com o objetivo de implementar iniciativas que resultem em benefícios para os setores de transporte aéreo, cidades, mobilidade, inovação social, segurança pública, além de saneamento básico. As ações contam com apoio e ampla participação de gestores dos setores público e privado, especialistas e entidades”, enfatiza Paula Faria.

PROGRAMAÇÃO DA SÉRIE: O PAPEL DA TECNOLOGIA NO COMBATE AO CORONAVÍRUS
Covid-19, Utilização de Tecnologias e a Revolução Digital

27/05/2020 – BLOCO #01 | A Importância do Empoderamento e a Construção da Inteligência Coletiva: liições digitais que estamos aprendendo com a Covid-19 para construirmos cidades inteligentes;
03/06/2020 – BLOCO #02 | Soluções de rastreamento e mapeamento georreferenciado para o monitoramento da Covid-19;
10/06/2020 – BLOCO #03 | Algar Telecom, Claro, Nextel, Sercomtel, Oi, Tim e Vivo atuam para garantir plena conectividade em tempos de Covid-19 para permitir o funcionamento remoto da sociedade brasileira. Como será o mundo hiperconectado após a pandemia?.

A programação completa está disponível em: https://evento.connectedsmartcities.com.br/evento-online-cidades-conectadas/


EDIÇÃO 2020 CONNECTED SMART CITIES E MOBILITY

Com agenda confirmada para os dias 08 (divulgação exclusiva do Ranking Connected Smart Cities), 09 e 10 de setembro de 2020, a 6ª edição do Connected Smart Cities e Mobility será digital e totalmente alinhada ao cenário atual do país, bem como ao mercado mundial, que busca novas ferramentas e tecnologias para promover ações e iniciativas para o desenvolvimento das cidades em meio à pandemia de Covid-19. A decisão do formato online é pioneira no país para eventos com esta dimensão,  que reúne mais de 3 mil pessoas, envolve gestores de todas as regiões do Brasil, além do alcance internacional.

Fonte: Comunicação e imprensa do Connected Smart Cities e Mobility