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GREEN4T OFERECE GRATUITAMENTE PLATAFORMA DIGITAL PARA GESTÃO DA OFERTA DE ÔNIBUS

Com a demanda incerta de passageiros, o painel “Trancity” auxilia no gerenciamento das frotas para evitar aglomerações e melhor atender a população

Com o objetivo de contribuir para a redução dos riscos de contágio de Covid-19 no transporte público, a green4T, empresa brasileira de tecnologia e infraestrutura digital, lança a campanha Painel para Todos que oferece de forma gratuita para as 27 capitais do país uma solução de gestão inteligente de frotas de ônibus. Chamada de “Trancity” e desenvolvida pela Scipopulis, empresa da green4T, a ferramenta processa dados em tempo real e permite que as prefeituras e secretarias de transporte façam uma gestão eficiente da frota e do serviço de ônibus, adequando-o à demanda durante a pandemia a fim de garantir o funcionamento de serviços essenciais e de evitar aglomerações. Rio de Janeiro e São Paulo já utilizam a solução.

A decisão de estender a oferta gratuita para todas as capitais brasileiras, o que totalizaria um custo de cerca de R$ 14 milhões, visa contribuir no combate à pandemia. “O transporte público é um dos locais de maior risco de transmissão do coronavírus, e nós temos uma plataforma pronta e de rápida implementação que pode ajudar a evitar aglomerações. Não faz sentido cobrar por essa tecnologia agora, precisamos disponibilizá-la o quanto antes para o máximo de cidades. É nosso papel contribuir para o combate à pandemia e essa foi a forma que encontramos de prestar auxílio”, diz Eduardo Marini, CEO da green4T.

Desenvolvido inteiramente no Brasil, o Painel Trancity utiliza tecnologias de análise de dados em Big Data e Machine Learning para gerar informações que facilitem a tomada de decisão pelo gestor público. A plataforma usa grandes bases de dados das próprias prefeituras ou de companhias de ônibus, tais como geolocalização, quantidade de veículos coletivos em cada linha, número de passageiros transportados; além de dados públicos, como por exemplo, imagens de câmeras abertas. Estes dados são processados em nuvem e disponibilizados para a gestão pública, sem custos ou necessidades de investimento em infraestrutura por parte das prefeituras.

Recentemente, a empresa de transportes internacional, Shenzhen Bus Group sugeriu que os veículos tenham no máximo 50% da sua capacidade para garantir o distanciamento social. Dessa forma, o cruzamento dos dados visa analisar informações como desempenho da rede de ônibus, tempo de trajeto, velocidade média, trechos de lentidão e quantidade de veículos saindo por hora em determinada linha. “De posse dessas informações, um gestor público pode aumentar ou diminuir o número de ônibus em uma determinada linha, mantendo a quantidade de passageiros em níveis seguros”, diz Roberto Speicys, responsável pelo desenvolvimento da ferramenta Trancity.

Tradicionalmente, o planejamento das linhas é feito com base em complexas pesquisas de origem e destino que prefeituras e estados realizam a cada dez anos ou mais. Durante a pandemia, no entanto, a movimentação das pessoas pelas cidades foi alterada e tem causado desequilíbrios com algumas linhas vazias e outras lotadas em circulação. Sem um sistema inteligente, prefeituras e companhias fazem a gestão empiricamente, com grande risco de erro.
“A tecnologia tem o poder de transformar a sociedade e este momento reforça ainda mais a importância de integrarmos e facilitarmos o acesso a sistemas inteligentes que proporcionem a segurança ao cidadão. Assim, poderemos passar por essa pandemia unidos e superar este período o quanto antes”, diz Marini.

A green4T é uma empresa brasileira, que atua em soluções de tecnologia e infraestrutura digital. Fundada em 2016 e presente em 12 países da América Latina, a green4T tem o compromisso de desenvolver soluções de tecnologia e infraestrutura para a transformação digital de empresas, cidades e nações de forma eficiente e sustentável para o planeta.

A Scipopulis é uma empresa de inovação focada em soluções para cidades inteligentes e especializada em mobilidade urbana. Fundada em 2014, foi selecionada como uma das “100 Startups to Watch” da revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios e conquistou diversos prêmios por sua atuação inovadora, destacando-se a menção honrosa da 11ª turma da Startup Farm, o 1º Demoday Mobilab e o prêmio Connected Smart Cities. A Scipopulis foi adquirida pela green4T em agosto de 2019.

Fonte: Infor Channel

ITRON FAZ PARCERIA COM A ACCELL COMO DISTRIBUIDOR LÍDER NA AMÉRICA LATINA

A Accell fabricará dispositivos e prestará serviços e suporte a clientes na América Latina

A Itron, Inc. (NASDAQ: ITRI), que está inovando a forma como concessionárias de serviços públicos e as cidades administram energia e água, anunciou, em 17 de junho de 2020, a sua intenção de fazer parceria com a Accell, – como sócio regional da Itron e distribuidor líder para a região da América Latina. Como parte do acordo, a Accell fabricará dispositivos vendidos na América Latina e fornecerá serviços e suporte para esses produtos. A Accell também será o principal distribuidor regional dos produtos Itron desenvolvidos e fabricados fora da América Latina, dando acesso ao conjunto completo de soluções da Itron, incluindo soluções em rede, análises de dados, cidades inteligentes e outcomes. O acordo está previsto para ser fechado até 30 de junho de 2020.

“A América Latina é uma região muito importante e estratégica, e este acordo dá à Itron e à Accell a chance de maximizar as oportunidades deste mercado. É uma condição onde todos ganham, com a Accell provendo o foco regional e a Itron fornecendo o portfólio de produtos para ajudar Accell a otimizar o modelo de negócios”, disse Mark de Vere White, Vice-Presidente Sênior de Customer & Market Experience da Itron. “Juntos, estaremos melhor posicionados para impulsionar o sucesso dos clientes na região.”

Em parceria com a Accell na América Latina, a Itron promove sua estratégia de aumentar a flexibilidade para capitalizar outras oportunidades. Focada exclusivamente na América Latina com uma equipe na região, a Accell estará em melhor situação para atender clientes, parceiros e entregar novos níveis de sucesso na região.  

Ao final, a Accell assumirá todos os compromissos anteriores da Itron na região e fornecerá suporte local aos produtos e clientes. Todas as instalações e funcionários da Itron na América Latina passarão a fazer parte da Accell, com exceção de vários funcionários baseados no México, que continuarão a apoiar as operações de fabricação sob contrato da Itron naquele país.  A Itron auxiliará na transição ao longo de um período de meses para assegurar uma transferência sem problemas de treinamento de produtos, relacionamento com clientes e suporte técnico. A Accell também terá acesso contínuo à experiência da Itron.

“A equipe de liderança da Accell tem a experiência e o impulso para o crescimento do mercado latino-americano”. Quando abordamos a Itron há vários meses com essa estratégia de negócios, vimos isso como uma oportunidade de parceria com um líder de mercado e de aplicar recursos e foco para a inovação contínua na região”, disse Roberto Hernandez, Presidente da Accell. “A equipe de liderança da Accell é especialista em fazer negócios na América Latina e sabemos como ter sucesso aqui, com um forte entendimento das leis locais, idiomas, culturas e oportunidades de negócios do mercado”. Estamos ansiosos pela oportunidade que este acordo trará para nossos clientes e parceiros de se beneficiarem diretamente de um foco regional singular e do aumento do investimento regional.”

Sobre a Accell
A Accell é uma empresa recém formada através da equipe de liderança existente da Itron na América Latina e mais três empresas – Ethos Asset Management, Straight Manufacture e Insprotec S.A. DE C.V., com operações atuais em toda a região e com a nova entidade, estará sediada em Americana, Brasil.

Fonte: Itron e Accell

DESENVOLVIMENTO DE NOVAS TECNOLOGIAS E A EXPANSÃO DE CIDADES CONECTADAS

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Em entrevista exclusiva, o Diretor Sênior de Setor Público da Oracle Brasil, Rodrigo Solon, explica como empresas de tecnologia auxiliam no desenvolvimento de cidades inteligentes

Cada vez mais, novas tecnologias assumem um papel essencial no cotidiano das pessoas e as cidades vão se tornando cada vez mais conectadas. Com o coronavírus e as medidas de isolamento social, o processo de digitalização de serviços se intensificou e o desenvolvimento de hardware, softwares e de banco de dados se tornaram essenciais para garantir as atividades no modelo a ‘distância’.

O Connected Smart Cities entrevistou o Diretor Sênior de Setor Público da Oracle Brasil, Rodrigo Solon, para entender qual papel empresas de tecnologia e informática exercem em tornar as cidades brasileiras mais  digitais. Confira a entrevista na íntegra abaixo: 

Como o desenvolvimento de novas tecnologias voltadas para a criação e comercialização de hardware, softwares e de banco de dados auxilia na construção de smart cities?

O desenvolvimento de novas tecnologias, sejam elas hardwares ou softwares está totalmente ligado à construção de cidades inteligentes. Por exemplo, podemos fortalecer a segurança nacional por meio da análise de dados biométricos, preservando a privacidade e os direitos individuais; ou entender como a água flui nas tubulações da cidade usando sensores e soluções de internet das coisas (Internet of Things, em inglês – IoT) e ir muito além para obter padrões de comportamento que antecipem inundações ou identifiquem áreas de alto risco de criminalidade..

Qual o papel que as novas tecnologias tiveram em auxiliar o funcionamento de cidades e empresas durante a pandemia e como adaptar serviços já existentes para essa nova realidade? Como vem sendo o trabalho da Oracle no contexto da Covid-19? Que ferramentas a companhia tem empregado nesse sentido?

A tecnologia está intrínseca na adaptação das cidades e das empresas à nova realidade. Exemplo disso é o rastreamento de bilhões de pessoas em todo o mundo. A partir de softwares de dispositivos Android e iOS, é possível registrar constantemente se outro aparelho está próximo e, assim mapear a rede de pessoas que esteve em contato recente com um infectado e tomar medidas de isolamento impedindo a propagação. Na educação, podemos citar os milhões de alunos que estão estudando via aulas online. Os pagamentos por aproximação também estão entre as tecnologias que ganharam força nesse momento. No âmbito do trabalho, podemos citar a cloud, que possibilita milhares de empresas colocar todas as suas equipes em regime de home office. Esses são alguns dos inúmeros exemplos que podemos citar.

No que tange a pandemia, nós doamos capacidade de processamento de supercomputadores em nuvem para o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), organização social vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). Com isso, esperamos apoiar um projeto da plataforma “Rede Vírus”, iniciativa do MCTIC, através de uma combinação de técnicas computacionais de acoplamento molecular e dinâmica molecular, validado por ensaios in vitro, permitindo selecionar compostos potencialmente interagentes, minimizando a ocorrência de acertos de compostos falso-positivos. A computação de alto desempenho baseada em CPU e GPU é essencial para acelerar essas pesquisas para fornecer compostos que podem representar tratamentos potenciais contra infecções por SARS-CoV-2. Os resultados da pesquisa impactarão a saúde pública na população brasileira.

No âmbito global, a Oracle disponibilizou de forma gratuita para todos seus clientes da sua plataforma de Gestão de Capital Humano (HCM – Human Capital Managment), o módulo de Segurança e Saúde para Força de Trabalho (Workforce Health and Safety), para que as organizações possam gerenciar o risco de exposição dos seus funcionários ao vírus bem como reportar eventuais incidentes e acompanhamento de ações corretivas.

Com o aperfeiçoamento de tecnologias, como IoT e Big Data, existe também um debate acerca do direito à privacidade e como implementar medidas que garantam essa dentro desse setor. Como garantir a implementação dessas novas tecnologias em smart cities ao mesmo tempo garantindo a privacidade dos cidadãos?

Um exemplo bem comum do uso dessas tecnologias nas smart cities é a utilização do big data e o IOT pela segurança pública. Por meio deles, é possível mapear ocorrências de criminalidade por área, dia e horário, acompanhar em tempo real vias e espaços públicos por meio de câmeras e buscar informações sobre indivíduos e veículos recorrendo à bancos de dados de diferentes locais. O serviço pode ser extremamente eficiente no combate ao crime, entretanto, ainda há ressalvas. A tecnologia de reconhecimento facial, que acabou ficando mais em pauta agora, em decorrência dos protestos antirracistas que estão acontecendo em todo o mundo, mas principalmente nos EUA, já identificou cidadãos por engano. Deste modo, acredito que a privacidade da população é um trabalho feito em conjunto pelo setor público e as empresas de tecnologia..

Quando o assunto é armazenamento de dados, “o Poder Público deve assegurar a segurança daquele dado, bem como deverá se ater à finalidade específica para a qual o dado foi obtido”, ou seja, não basta coletar de forma responsável, é necessário se preocupar com a segurança dos dados armazenados, quem terá acesso a esses dados e para qual finalidade a informação será utilizado. Vale lembrar que em muitos casos há uma anonimização dos dados, ou seja, não existe o uso personificado do dado. Eles são utilizados sem que haja um identificação do cidadão, como por exemplo, no índice de isolamento social. Não se identifica o usuário, mas sim o comportamento do aparelho celular com base nos sinais do GPS. Por isso, políticas de classificação de dados são importantes para que se possa fazer o uso correto do dado para o fim que ele será empregado. Já no que diz respeito às empresas que criam essas tecnologias, é necessário cada vez mais buscar por ferramentas ainda mais seguras, que evitem a invasão de criminosos. Contudo, por mais que existam tecnologia que mitiguem o risco da quebra de privacidade, não podemos esquecer que a maior vulnerabilidade ainda está no ser humano. A engenharia social para obtenção de dados sigilosos ainda é muito utilizada e por muitas vezes é muito mais fácil do que a quebra de um sistema eletrônico de segurança. Nesse sentido, tecnologias autônomas que reduzem a interação humana na manipulação de informações se mostram as mais adequadas. Atenta a essa necessidade, a Oracle vem investindo fortemente no desenvolvimento de produtos autônomos como Banco de Dados e Sistema Operacional Autônomos, reduzindo o risco relacionado a falhas humanos e uso indevido na manipulação de dados.

SENADO APROVA NOVO MARCO LEGAL DO SANEAMENTO BÁSICO

O relator, Tasso Jereissati, destacou que a situação precária do saneamento básico foi agravada pela pandemia do coronavírus, o que torna ainda mais urgentes as mudanças propostas

Em sessão remota nesta quarta-feira (24), o Senado aprovou o novo marco legal do saneamento básico (PL 4.162/2019). O projeto é de iniciativa do governo, foi aprovado em dezembro do ano passado na Câmara dos Deputados e agora segue para a sanção presidencial. A matéria baseia-se na Medida Provisória (MP) 868/2018, que perdeu a validade sem ter sua apreciação completada no Congresso Nacional em 2019. Assim, o governo enviou ao Legislativo um projeto com o mesmo tema.

O texto prorroga o prazo para o fim dos lixões, facilita a privatização de estatais do setor e extingue o modelo atual de contrato entre municípios e empresas estaduais de água e esgoto. Pelas regras em vigor, as companhias precisam obedecer a critérios de prestação e tarifação, mas podem atuar sem concorrência. O novo marco transforma os contratos em vigor em concessões com a empresa privada que vier a assumir a estatal. O texto também torna obrigatória a abertura de licitação, envolvendo empresas públicas e privadas.

Foram apresentadas 86 emendas ao projeto. Mas o relator, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), acatou apenas uma, de autoria do Senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que torna mais precisa uma referência legal, sem alteração de mérito. Pelo projeto, os contratos deverão se comprometer com metas de universalização a serem cumpridas até o fim de 2033: cobertura de 99% para o fornecimento de água potável e de 90% para coleta e tratamento de esgoto.

— Universalizar os serviços de água e esgoto até 2033 tem múltiplas dimensões. Saneamento tem efeito multiplicador na geração de empregos, saúde, educação e melhoria da qualidade de vida das pessoas — argumentou o relator.

De acordo com Tasso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula que, para cada R$ 1 investido em saneamento, gera-se uma economia de R$ 4 em gastos com saúde. A OMS também estima que, anualmente, 15 mil pessoas morram e 350 mil sejam internadas no Brasil devido a doenças ligadas à precariedade do saneamento básico. O relator ainda destacou que a situação foi agravada pela pandemia do coronavírus. Segundo o senador, a atual crise torna ainda mais urgentes as mudanças propostas. Ele lembrou que cerca de 35 milhões de brasileiros não têm acesso a água tratada e metade da população não tem serviços de coleta de esgoto.

— Essa modernização é absolutamente necessária e urgente. O modelo institucional do setor precisa ser otimizado de modo a superar os graves índices hoje observados no Brasil — declarou.

VETOS

O líder do governo, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), anunciou o compromisso do governo com três vetos. Um deles (art. 14, § 1º) é sobre o item que trata da alienação de controle de empresa estatal prestadora, que determina que a conversão de contrato de programa em contrato de concessão não necessariamente precisa do consentimento do titular. O senador Tasso Jereisatti havia pedido o veto desse ponto, por entender que a dispensa da anuência dos municípios não contribui para a evolução do marco regulatório.

O outro veto será colocado na previsão de que os loteadores possam ser reembolsados das despesas com infraestruturas que não se destinem exclusivamente a atender o próprio empreendimento, mas representem antecipação de investimentos de responsabilidade da prestadora dos serviços de saneamento (art. 7º). Nesse ponto, Tasso disse entender que o dispositivo é um desincentivo ao adensamento das cidades e poderia ser interpretado como enriquecimento sem causa dos loteadores.

Bezerra ainda confirmou que atendeu uma demanda do senador Major Olímpio (PSL-SP) para o veto do item que trata de delegação, convênios e instituição de fundos (art. 20). Ele ainda elogiou o trabalho de Tasso Jereissati e o entendimento entre as lideranças para a aprovação do texto final. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, também exaltou o trabalho do relator e disse que o Senado viveu um momento histórico com a aprovação da matéria.

— É um importante projeto, que pode reduzir as desigualdades. Saneamento é saúde. Esse assunto está represado há pelo menos três décadas em nosso país — declarou Davi.  

Antes do início da votação, houve uma questão de ordem, apresentada pelo senador Rogério Carvalho (PT-SE), para suspender a apreciação da matéria. O presidente Davi não acatou o questionamento e teve sua posição confirmada pelo Plenário. Por acordo, os destaques apresentados foram retirados e o projeto aprovado, com 65 votos a favor e 13 contrários.

CONTRATOS

Hoje, as cidades firmam acordos direto com empresas estaduais de água e esgoto, sob o chamado contrato de programa. Os contratos contêm regras de prestação e tarifação, mas permitem que as estatais assumam os serviços sem concorrência. O novo marco extingue esse modelo, transformando-o em contratos de concessão com a empresa privada que vier a assumir a estatal, e torna obrigatória a abertura de licitação, envolvendo empresas públicas e privadas.

Pelo projeto, os contratos de programa que já estão em vigor serão mantidos e, até março de 2022, poderão ser prorrogados por 30 anos. No entanto, esses contratos deverão comprovar viabilidade econômico-financeira, ou seja, as empresas devem demonstrar que conseguem se manter por conta própria — via cobrança de tarifas e contratação de dívida.

Os contratos também deverão se comprometer com metas de universalização a serem cumpridas até o fim de 2033: cobertura de 99% para o fornecimento de água potável e de 90% para coleta e tratamento de esgoto. Essas porcentagens são calculadas sobre a população da área atendida.

Outros critérios também deverão ser atendidos, como não interrupção dos serviços, redução de perdas e melhoria nos processos de tratamento. O cumprimento das metas será verificado periodicamente e as empresas que estiverem fora do padrão poderão sofrer sanções do órgão regulador federal, a Agência Nacional de Águas (ANA). Como sanção, essas empresas não poderão mais distribuir lucros e dividendos, se for o caso.

BLOCOS DE MUNICÍPIOS

Outra mudança se dará no atendimento aos pequenos municípios do interior, com poucos recursos e sem cobertura de saneamento. Hoje, o modelo funciona por meio de subsídio cruzado: as grandes cidades atendidas por uma mesma empresa ajudam a financiar a expansão do serviço nos municípios menores e mais afastados e nas periferias.

Já o projeto aprovado determina, para esse atendimento, que os estados componham grupos ou blocos de municípios, que contratarão os serviços de forma coletiva. Municípios de um mesmo bloco não precisam ser vizinhos. O bloco, uma autarquia intermunicipal, não poderá fazer contrato de programa com estatais nem subdelegar o serviço sem licitação. A adesão é voluntária: uma cidade pode optar por não ingressar no bloco estabelecido e licitar sozinha.

SUBSÍDIOS E LIXÕES

Famílias de baixa renda poderão receber auxílios, como descontos na tarifa, para cobrir os custos do fornecimento dos serviços, e também poderão ter gratuidade na conexão à rede de esgoto. O projeto estende os prazos da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305, de 2010) para que as cidades encerrem os lixões a céu aberto. O prazo agora vai do ano​ de 2021 (era até 2018), para capitais e suas regiões metropolitanas, até o ano de 2024 (era até 2021), para municípios com menos de 50 mil habitantes.

PAPEL FEDERAL

A regulação do saneamento básico vai ficar a cargo da ANA, mas o texto não elimina as agências reguladoras de água locais. O projeto exige que os municípios e os blocos de municípios implementem planos de saneamento básico e a União poderá oferecer apoio técnico e ajuda financeira para a tarefa. O apoio, no entanto, estará condicionado a uma série de regras, entre as quais, a adesão ao sistema de prestação regionalizada e à concessão ou licitação da prestação dos serviços, com a substituição dos contratos vigentes.

O projeto ainda torna ilimitada a participação da União em fundos de apoio à estruturação de parcerias público-privadas (PPPs), para facilitar a modalidade para os estados e municípios. Atualmente, o limite de participação do dinheiro federal nesses fundos é de R$ 180 milhões. 

Para melhorar a articulação institucional entre os órgãos federais que atuam no setor, será criado o Comitê Interministerial de Saneamento Básico (Cisab), colegiado que, sob a presidência do Ministério do Desenvolvimento Regional, terá a finalidade de assegurar a implementação da política federal de saneamento básico e de coordenar a alocação de recursos financeiros.

TARIFAS

Os municípios e ​o Distrito Federal deverão passar a cobrar tarifas sobre outros serviços de asseio urbano, como poda de árvores, varrição de ruas e limpeza de estruturas de drenagem de água da chuva. Se não houver essa cobrança depois de um ano da aprovação da lei, isso será considerado renúncia de receita e o impacto orçamentário deverá ser demonstrado. Esses serviços também poderão integrar as concessões.

Fonte: Agência Senado

FUNDAÇÃO EZUTE ABRE EDITAL PARA CAPTAR RECURSOS PRIVADOS PARA DESENVOLVER PROJETOS DE PPP DE SERVIÇOS DE CONECTIVIDADE E TIC EM MUNICÍPIOS

A Ezute celebrou, recentemente, acordo de cooperação com o governo do Mato Grosso do Sul para a execução de serviços técnicos para modelagem de PPP para implantação, operação e manutenção de rede de telecomunicações nos 79 municípios do estado

A Fundação Ezute abriu edital para a captação de recursos junto à iniciativa privada para estruturação e desenvolvimento ou revisão de estudos de modelagem para projetos de PPP ou concessão de serviços de Conectividade Banda Larga e Tecnologia da Informação em municípios, estados ou consórcios públicos.

Recentemente, a Fundação Ezute celebrou acordo de cooperação com o governo do Mato Grosso do Sul para a execução de serviços técnicos especializados para modelagem de PPP para implantação, operação e manutenção de rede de telecomunicações, denominado “Infovia Digital”, nos 79 municípios do estado.

O processo padrão de PPP ou concessão prevê o PMI (Procedimento de Manifestação de Interesse) no qual entidades privadas elaboram estudos e modelagens para projetos públicos, por sua conta e risco. Entretanto, a taxa de sucesso desses projetos é de apenas 8%.

No modelo criado pela Ezute como alternativa ao PMI, a Fundação recebe doações com encargos das empresas privadas e desenvolve estudos e modelagens sem custos para os municípios e com muito mais isenção. Os potenciais doadores são organizações ou empresas com interesse em fomentar os setores abrangidos pelos chamamentos públicos.

As empresas interessadas em participar do edital para o desenvolvimento do projeto de modelagem da PPP para serviços de tecnologia e conectividade em banda larga podem acessar o site da Ezute.

INFOVIA DIGITAL

O projeto Infovia Digital do governo do Mato Grosso do Sul contemplará serviços de transmissão de voz, dados e imagens por meio de rede de fibra de alta capacidade em todo o Estado. Entre os itens previstos estão serviços de telefonia para atender todas as unidades públicas estaduais, na Saúde, a telemedicina, central de laudos, informações de vigilância sanitária, ensino a distância na Educação, videomonitoramento e acesso online aos sistemas dos tribunais na pasta de segurança pública, controle e fiscalização online nas fronteiras, arrecadação no Fisco estadual e pontos de acesso à internet para população com o objetivo de inclusão social.

Segundo o acordo celebrado, à Ezute caberá, entre outros trabalhos: revisar, atualizar e consolidar a versão final dos estudos técnicos, econômico-financeiro, operacional e jurídico do projeto; emitir relatórios técnicos mensais de cumprimento do objeto do acordo de cooperação e relatórios técnicos finais; apoiar o governo do MS na realização de audiência e consulta pública para o projeto e responder questionamentos e recursos sobre o edital do projeto.

Fonte: Fundação Ezute


DESENVOLVIMENTO IMOBILIÁRIO SEGUINDO OS ODS – OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

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No Brasil é comum banalizar certos conceitos para se adequar a um modismo e ‘sustentabilidade’ é um desses termos

A relevância da sustentabilidade não apenas na vida cotidiana, mas também nos negócios, investimentos e empreendimentos imobiliários tem aumentado exponencialmente. A pandemia mundial causada pelo novo coronavírus (COVID-19), está acelerando mais esse processo e direcionando os holofotes na necessidade de buscar o desenvolvimento sustentável em todos os setores.

No Brasil é comum banalizar certos conceitos para se adequar a um modismo e ‘sustentabilidade’ é um desses termos. Há pouco tempo, era comum considerar sustentável qualquer tipo de empreendimento ou empresa em função de apenas um ato ou uma característica simples. No mercado imobiliário em particular, por ser um tanto conservador, com características extrativistas em relação à matéria-prima e à grande quantidade de resíduos e entulhos gerada pelas construções de imóveis, essa tendência demorou um pouco mais para chegar, mas podemos garantir que, agora, não tem mais volta. Empreendimentos que não praticam a adoção de práticas sustentáveis já nascem fadados ao fracasso.

INCENTIVOS

A demanda por investimentos mais sustentáveis — tanto em termos ambientais quanto de governança corporativa — é global e mesmo que esteja acontecendo gradualmente já está direcionando os gestores de recursos. Investidores não têm mais interesse em dispender grandes quantias em projetos que não estejam focados na sustentabilidade ampla.

As melhores práticas ambientais, sociais e de governança ESG, na sigla em inglês, como são conhecidas internacionalmente, (Environmental, social and governance) estão diretamente no radar das companhias e investidores do Brasil e do mundo, por estarem associadas a negócios sólidos, baixo custo de capital e melhor resiliência contra riscos associados a clima e sustentabilidade.

Outro conceito que tem pautado os investidores a direcionar seus recursos são as chamadas Empresas B (em inglês: B Corporation, ou B Corp.). A característica comum é ter como modelo de negócio o desenvolvimento social e ambiental. O conceito foi criado em 2006 nos Estados Unidos pela B-Labs, que tinha como foco redefinir a noção de sucesso de uma empresa. A consequência desejada é, finalmente, conciliar os interesses públicos com os privados. Uma empresa se torna B após receber um certificado da B-Lab.

O governo também vem estabelecendo normas para o descarte e destinação adequados de resíduos, que contribuem para a redução de impactos tanto para a natureza quanto para as comunidades, além das chamadas “certificações verdes”.

Um exemplo é o Selo Casa Azul + CAIXA*, um instrumento de classificação socioambiental destinado a propostas de empreendimentos habitacionais que adotem soluções eficientes na concepção, execução, uso, ocupação e manutenção das edificações. A adesão é voluntária e são elegíveis projetos novos em fase de análise ou já analisados e contratados, desde que a obra ainda não tenha sido iniciada. Caso o projeto atenda aos critérios exigidos, o proponente recebe o certificado e terá vantagens como taxas de juros bem menores em relação a outros empreendimentos, o que também acaba sendo repassado ao comprador.

OBJETIVOS DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (ODS)

Desenvolvimento imobiliário sustentável, não é apenas pensar na destinação correta do esgoto e de resíduos. Implica num pensamento de continuidade, de longo prazo, manutenção e preocupação com a população e todo o entorno do empreendimento.

Essa visão mais ampla que tem norteado projetos e governos no mundo todo vem dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS)* criados em 2015 pela Organização das Nações Unidas (ONU). O objetivo dessas decisões é determinar o curso global de ação para acabar com a pobreza, promover a prosperidade e o bem-estar para todos, proteger o meio ambiente e enfrentar as mudanças climáticas, envolvendo trabalho conjunto dos governos, sociedade civil e outros parceiros. Fazem parte dos ODS 17 objetivos, que trazem consigo 169 metas a serem atingidas até 2030. Empresas aliadas a essas diretrizes, com certeza, terão cada vez mais destaque, prosperidade e apoio de investidores.

Fontes: Caixa Econômica Federal; ODS – ONU

Fonte: Urban Systems

GOVERNO DO ESTADO REPASSA R$ 1,3 MILHÃO AO CENTRO DE INOVAÇÃO EM BLUMENAU

Com 99% concluída, a estrutura será entregue nos próximos meses

O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável, repassou R$ 1,3 milhão para as obras do Centro de Inovação de Blumenau. Assim, foram finalizados os pagamentos do Executivo estadual à unidade. Com 99% concluída, a estrutura será entregue nos próximos meses. No decorrer deste ano, outros cinco centros também serão concluídos e passam a integrar a Rede de Tecnologia de Inovação do Estado.

“Esse é mais um passo importante para consolidar o DNA de inovação do estado. Neste momento de pandemia, torna-se ainda mais fundamental a busca por soluções inovadoras e reforçar o perfil empreendedor do catarinense”, destaca o governador Carlos Moisés.

O diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da Secretaria, Rafael Meyer, lembra que Blumenau está entre as 10 cidades mais inteligentes e conectadas do Brasil, alcançando a 9ª posição no Ranking Connected Smart Cities 2019, além da 4ª colocação em Governança. “Por meio da tríplice hélice – universidades, poder público e empresas – iremos fortalecer o ecossistema de inovação do Estado”, reforça.

A reitora da Universidade Regional de Blumeau (Furb), a professora, Márcia Cristina Sardá Espíndola, recebe com entusiasmo a liberação dos recursos para finalização do Centro de Inovação de Blumenau. “Desde o inicio apostamos que a vinda do Centro de Inovação em um espaço da Universidade traria um diferencial para Blumenau, pois impulsiona a promoção do intercâmbio acadêmico, econômico e empresarial com incentivo à inovação e transferência de tecnologias. São segmentos que a Universidade pode ser uma grande parceira, principalmente neste momento onde a inovação será tão requisitada”, avalia.

Em Blumenau e região, são parceiros do projeto as entidades: Associação Empresarial de Blumenau (ACIB), Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí (AMMVI), Associação das Microempresas, Empresas de Pequeno Porte e Empreendedores Individuais de Blumenau (AMPE), Blusoft, Instituto Federal Catarinense – Campus Blumenau (IFC), IFSC Gaspar, PMB SEDEC, Santa Catarina Moda e Cultura (SCMC), Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Sindicato das Empresas de Processamento de Dados, Software e Serviços Técnicos de Informática do Estado de Santa Catarina (Seprosc), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Universidade Regional de Blumenau (Furb) e Instituto Gene Blumenau.

Fonte: Governo de Santa Catarina

SANTOS É DESTAQUE EM MEIO AMBIENTE

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Com grande investimento na área, a cidade é destaque no setor de saneamento básico, se tornando a primeira cidade do Brasil rumo à universalização do serviço. Entenda:

A cidade de Santos foi a primeira colocada no eixo de meio ambiente no Ranking Connected Smart Cities, elaborado pela Urban Systems, se destacando pelo atendimento urbano de água e esgoto, investimentos e distribuição do recurso hídrico. Santos também foi a primeira colocada no Ranking de Saneamento feito pelo Instituto Trata Brasil, atingindo nota máxima em comparação as 100 maiores cidades do país. 

Parte do sucesso da cidade em garantir o abastecimento de água tratada e esgoto quase em sua totalidade é pelo fato de que a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) investir aproximadamente R$490 milhões para expandir o acesso e melhorar a qualidade do serviço ao longo de um período de 10 anos- isso possibilitou com que a cidade conseguisse atingir a universalização desses serviços e alcançasse um padrão europeu de saneamento. 

Santos é também a cidade com o menor Índice de Perda de Distribuição (IDP) de água potável do Brasil, tendo apenas uma perda de 14,33% em contraste com a média brasileira de 38,3%. O retorno que os investimentos em saneamento básico, que, de acordo com um Estudo realizado pelo Instituto Trata Brasil, deveriam ser de R$537 bilhões durante o período de 20 anos para universalizar o serviço no país, trazem impactos positivos nas áreas de saúde, escolaridade, valorização imobiliária, emprego, entre outras- significando uma economia nos investimentos em outros setores. 

Ações como o programa Caça-Esgoto, realizado pela Secretaria de Meio Ambiente (Semam) em parceria com a Sabesp, auxiliam também em manter a limpeza das galerias pluviais e das praias e rios da região. Essa medida consiste em aplicar produtos específicos em ralos e sanitários de residências e comércios para verificar se as mesmas substâncias são encontradas no canal da cidade, multando os responsáveis caso exista alguma irregularidade. 

RADAR CSC

A cidade de Santos conquistou a maior pontuação no Certificado de Município VerdeAzul, concedido pelo Governo do Estado desde 2007, que possibilita que cidades tenham acesso a verbas federais e internacionais para ações ambientais. O objetivo do projeto é auxiliar as prefeituras do Estado de São Paulo a descentralizar as políticas ambientais e estimular a elaboração de políticas públicas que busquem o desenvolvimento sustentável e eficiência na gestão de assuntos ambientais. 

As ações propostas pelo Certificado abrange temas estratégicos: Esgoto Tratado, Resíduos Sólidos, Biodiversidade, Arborização Urbana, Educação Ambiental, Cidade Sustentável, Gestão das Águas, Qualidade do Ar, Estrutura Ambiental e Conselho Ambiental. Ações como o programa Recicla Santos, que proporcionou um aumento de 320% na coleta seletiva, Recicla Praia e a Comissão Municipal de Mudanças Climáticas foram essenciais para a conquista do primeiro lugar. 

PARCERIA DO CONNECTED SMART CITIES COM O CLUBE CIDADES SUSTENTÁVEIS DA FRANÇA PREVÊ O FORTALECIMENTO DA PAUTA DE CIDADES ENTRE OS DOIS PAÍSES

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Por meio do Clube Cidades Sustentáveis, que reúne 70 membros, o acordo tem o objetivo de fomentar, no contexto do Connected Smart Cities, a cooperação entre as empresas francesas e o Brasil para o desenvolvimento de cidades

O Connected Smart Cities firmou parceria com o Clube Cidades Sustentáveis,  iniciativa da Embaixada da França no Brasil, que reúne 70 membros e integra as atividades de cooperação França-Brasil. O acordo  tem o objetivo de fomentar, no contexto do Connected Smart Cities, o desenvolvimento de cidades, considerando a atuação das empresas do Clube na implementação de iniciativas voltadas para a mobilidade urbana, água e saneamento, produção de energia a partir de recursos renováveis, resíduos sólidos, iluminação pública, arquitetura, materiais de construção e redes urbanas em geral.

Criado em 2018, o Clube Cidades Sustentáveis reúne empresas e instituições francesas, consultores independentes e acadêmicos atuando no Brasil.

“A parceria com o Connected Smart Cities tem importância fundamental para o nosso trabalho, considerando o papel da plataforma como aglutinadora e protagonista no desenvolvimento das cidades brasileiras, com a grande vantagem de articulação e aproximação junto às prefeituras. Quando se fala em cidades sustentáveis, smart cities, essa relação de aproximação com os municípios faz toda a diferença”, enfatiza a conselheira para o Desenvolvimento Sustentável no Serviço Econômico da Embaixada da França, Françoise Méteyer-Zeldine.

A conselheira destaca, ainda: “A parceria agrega a expertise do Connected Smart Cities às ações de integração das atividades de cooperação França-Brasil, reforçando a cooperação entre as prefeituras e a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), com o objetivo de implementar políticas públicas”. 

SOBRE PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS (PPPS)

Françoise Méteyer-Zeldine comenta que o modelo de PPPs foi implantado na França há 500 anos e hoje é o modelo mais utilizado para a gestão dos serviços públicos urbanos, que precisa ter o cidadão como figura central.

“PPPs significa delegar o serviço público à iniciativa privada. Na França, nunca é uma privatização. Se entrega somente a gestão à iniciativa privada por um prazo determinado por contrato. Acredito que a experiência da França possa contribuir de forma importante com o Brasil como, por exemplo, a experiência das empresas e engenharia francesa em segmentos como resíduos sólidos e saneamento básico, áreas que já temos ações em andamento. A França conseguiu grande progresso nessa área e empresas que são referência no serviço público. E acreditamos que o Clube de Cidades Sustentáveis pode ser um vetor nesse sentido”, disse.

SOBRE A PARTICIPAÇÃO NO CONNECTED SMART CITIES E MOBILITY DIGITAL XPERIENCE 2020

No contexto da participação no evento nacional Connected Smart Cities, o Clube Cidades Sustentáveis irá participar de discussões sobre mobilidade urbana, cidadania e cyber segurança. “Esses temas passaram a ter ainda mais importância no contexto da pandemia de Covid-19 e faz todo o sentido a nossa abordagem com o olhar do que vem sendo adotado na França, principalmente a segurança da informação, onde a privacidade deve ser preservada como item fundamental”, concluiu.

DESTAQUES CSCM DX

A organização do Connected Smart Cities e Mobility Digital Xperience 2020 desenvolveu sua própria plataforma digital dedicada ao novo formato, focada em proporcionar aos participantes uma experiência que se espelhará ao ambiente presencial, por meio de: trilhas simultâneas de conteúdo; Expo virtual que permite a interação entre expositores e participantes; Rodadas de Negócios virtuais; networking com os participantes, entre outros diferenciais. 

Nesse sentido, a edição deste ano do tradicional e mais importante evento de Cidades Inteligentes e Mobilidade Urbana do Brasil será histórica. O CSCM DX terá cerca de 70 painéis, aproximadamente 300 palestrantes e 140 horas de conteúdo.


ABCON LANÇA ESTUDO EM SÉRIE DO CSC: ALOCAÇÃO DE RISCOS E REEQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO SÃO OS PRINCIPAIS DESAFIOS DA REGULAÇÃO DO SANEAMENTO NO PAÍS, DIZ ESTUDO INÉDITO

A apresentação das “Regras Padronizadas sobre Distribuição de Riscos, Equilíbrio Econômico-Financeiro e Modelos Regulatórios” foi promovida pela Plataforma Connected Smart Cities, por meio de série dedicada ao estudo e com encerramento em 30/06

A ABCON, Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto, lançou nesta terça-feira, 23/6, um estudo sobre a regulação do saneamento no país, realizado em parceria com a consultoria Pezco Economics e Portugal Ribeiro Advogados.

A apresentação das “Regras Padronizadas sobre Distribuição de Riscos, Equilíbrio Econômico-Financeiro e Modelos Regulatórios” foi promovida pela Plataforma Connected Smart Cities, por meio de série dedicada ao estudo e com encerramento em 30/06. O lançamento contou com a participação de representantes dos governos de Alagoas, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Piauí e Rio Grande do Sul e a íntegra do bloco está disponível no link: https://www.youtube.com/watch?v=yccRPnvSxVw

O objetivo do estudo é propor novos padrões e modelos adequados para a regulação de saneamento, que hoje sofre com o excesso de normas e agências reguladoras. Há 52 agências que regulam o setor no Brasil, o que significa que o país conta com aproximadamente um terço das agências reguladoras de saneamento do mundo.

A pulverização do setor e a ausência de regras claras geram um clima de incertezas sobre procedimentos que precisam ser adotados, como é o caso dos processos de reequilíbrio contratual decorrentes das mais de 230 medidas subnacionais decretadas à revelia das agências reguladoras durante o estado de calamidade. Tais medidas restringem a cobrança das tarifas e os reajustes tarifários previstos e têm impacto significativo nos contratos.

“As propostas do estudo, se adotadas, criariam padrões claros de reequilíbrio em situações extremas como a que vimos agora no período da pandemia, e fortaleceriam as operações de saneamento que são essenciais no combate à Covid-19”, afirma Percy Soares Neto, diretor executivo da ABCON.

“A qualidade na regulação vai permitir que as concessões possam cumprir suas metas sem sobressaltos ao longo de períodos que são longos, 20 anos ou mais. Minimizar os riscos de uma interrupção por questões regulatórias ou políticas que levem à judicialização da concessão é fundamental para que as metas de universalização do saneamento sejam alcançadas. A experiência de concessionárias públicas e privadas revela que essa continuidade e o amadurecimento da operação são um dos pilares do êxito na oferta de mais serviços de água, coleta e tratamento de esgoto à população”, completa.

“Regras Padronizadas sobre Distribuição de Riscos, Equilíbrio Econômico-Financeiro e Modelos Regulatórios” trata de temas críticos ao processo de estruturação de projetos com participação privada no setor de saneamento, tais como a alocação mais eficiente dos riscos, equilíbrio econômico-financeira e modelo de regulação dos contratos. Esses itens trazem uma maior segurança para o empreendedor e maior proteção ao cidadão que recebe a prestação dos serviços.

PROPOSTAS DO ESTUDO

Alocação de riscos – O trabalho analisa 23 tipos de riscos e discute como prevê-los em contrato com base em quatro critérios-chave. O primeiro critério é que o risco deve ser sempre alocado à parte que, a um custo mais baixo, pode reduzir as chances de o evento indesejável se materializar. O segundo critério considera que o risco deve ser alocado à parte que pode melhor mitigar os prejuízos resultantes do evento indesejável.

O terceiro critério é o de que os riscos devem ser alocados sempre sobre a parte que tem menores possibilidades de repassar para terceiros o custo destes eventos. Isso porque a possibilidade de repassar facilmente o custo para um terceiro diminui o incentivo da parte para prevenir e remediar adequadamente a ocorrência de eventos indesejáveis. E, finalmente, o último critério prevê que no caso de não haver no mercado securitário cobertura para o risco que se pretende transferir para a concessionária deve-se alocar o risco ao poder concedente.

A alocação de riscos a um concessionário que não tem como controlá-los tem impacto direto no interesse público. Se a concessionária não tem controle sobre um risco que lhe é alocado pelo contrato, provavelmente, por ocasião da licitação, um potencial investidor privado tenderá a provisionar um valor para lidar com esse risco.

Equilíbrio econômico-financeiro – A chamada “equação econômico-financeira” de um contrato de concessão é a função que relaciona a remuneração esperada pela concessionária às obrigações e riscos por ela assumidos para a execução do objeto contratual. Se há a ocorrência de evento que configura risco atribuído a uma parte do contrato e que impacta, de uma perspectiva econômica e/ou financeira, a outra parte, essa equação econômico-financeira será atingida, gerando o desequilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão.

O processo de recomposição do equilíbrio econômico-financeiro do contrato deve recolocá-lo na mesma situação econômica e financeira em que se encontrava anteriormente à sua ocorrência. E para ser bem-sucedido, o trabalho traz algumas características imprescindíveis, como a definição expressa de conceitos fundamentais para a compreensão do sistema compensatório em contrato, a utilização do fluxo de caixa constante do Plano de Negócios da Concessionária como a base da equação econômico-financeira contratual, dentre outras regras procedimentais.

Modelo Regulatório – Uma regulação independente e baseada tecnicamente é necessária para que a operação seja viável, os investimentos necessários ocorram e os interesses públicos sejam garantidos. O estudo traz uma série de propostas contratuais, considerando o tipo de arranjo da concessão, que tratam de revisão tarifária, incentivos à produtividade, dentre outros.

PROGRAMAÇÃO
30/06 – das 10 às 12: Acontece o Lançamento do Estudo sobre Regulação da ABCON (parte 2).
Participantes:
Diogo Mac Cord, secretário de Desenvolvimento de Infraestrutura do Ministério da Economia; Pedro Maranhão, secretário Nacional de Saneamento Básico do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR); Fernando Alfredo Rabello Franco, presidente da Associação Brasileira de Agências de Regulação (ABAR); Frederico Turolla, sócio da Pezco; Marcelo Rangel Lennertz, sócio do Portugal Ribeiro Advogados; Percy Soares Neto, diretor Executivo da Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (ABCON); entre outros especialistas no setor. A apresentação do estudo e a programação está disponível no link:  http://evento.connectedsmartcities.com.br/evento-online-abcon/