OBRAS DE DESPOLUIÇÃO DO RIO PINHEIROS TERÁ TECNOLOGIA PARA REDUZIR CUSTOS E PROTEGER O MEIO AMBIENTE
ANALISTA DE POLÍTICAS PÚBLICAS E GESTÃO GOVERNAMENTAL DA PREFEITURA DE SÃO PAULO E “PREFEITO DE PARAISÓPOLIS” CONVERSAM SOBRE A INOVAÇÃO NA GESTÃO PÚBLICA PARA MUITO ALÉM DA TECNOLOGIA
Evento mensal do IdeiaGov tem o objetivo de fomentar conversas abertas com a sociedade sobre a inovação em e para o governo
Marianna Sampaio é bacharela em Direito pela Universidade de São Paulo (USP), mestra e doutoranda em Administração Pública e Governo Pela FGV – EAESP. Analista de Políticas Públicas e Gestão Governamental da Prefeitura de São Paulo desde 2016, atua nas áreas de inclusão digital, governo eletrônico, inovação em governo e, também, atendimento ao cidadão. Inscrição em: https://bit.ly/3bS842l
A analista faz um trabalho muito importante na Prefeitura de São Paulo sobre políticas públicas e inovação no governo. Para ela, a transformação digital tem que ser para todas as pessoas e, também, não pode incluir só tecnologia.
“O uso de tecnologias para facilitar a vida, promover transparência, reduzir custos e aproximar pessoas do Estado pode e deve ser estimulado. Entretanto, é necessário que se coloque em primeiro lugar a inclusão e a garantia de direitos- e que os serviços digitais sejam meios para atingir esses fins! Para isso, é necessário combinar estratégias de democratização do conhecimento sobre tecnologias, priorizando populações com alta exclusão digital”, afirma Marianna no artigo A Transformação Digital é para todas as pessoas? Desafios das desigualdades digitais.
Já Gilson Rodrigues é empreendedor social, consultor, líder comunitário e Presidente do Instituto Escola do Povo, organização responsável pela alfabetização de mais de sete mil pessoas e conhecido mundialmente como “Prefeito de Paraisópolis”. Também é responsável pela fundação de projetos esportivos e culturais, como, por exemplo, a Orquestra e Ballet de Paraisópolis. Atualmente, lidera o maior programa de urbanização da América Latina para a transformação da Favela Paraisópolis em bairro com investimentos que já somam 1 bilhão de reais e devido ao projeto, foi reconhecido e premiado em mais de 12 países.
Também é coordenador nacional do G10 das Favelas, bloco de líderes e empreendedores de impacto social que une forças em prol do desenvolvimento econômico e protagonismo das comunidades.
Gilson Rodrigues é o exemplo da força e da energia que movimenta Paraisópolis. Com uma história marcada por superações, desde muito novo, sonha com uma comunidade mais mobilizada, justa e com igualdades de oportunidades para todos.
Mas, o que ambos têm em comum? Além de lutar todos os dias pela igualdade e por políticas e ações públicas mais acessíveis, os dois irão participar do Diálogos.Gov, evento mensal do IdeiaGov que tem o objetivo de fomentar conversas abertas com a sociedade sobre a inovação em e para o governo.
O tema deste mês de janeiro será “Inovação em Governo: Muito Além da Tecnologia” e visa discutir o trabalho que vem sendo realizado visando o bem-estar dos cidadãos.
SOBRE O IDEIAGOV
O IdeiaGov é um hub de Inovação em Governo do Estado de São Paulo com a missão de resolver grandes desafios de interesse público para gerar impacto positivo à toda a sociedade. Existimos para inovar na forma de implementar soluções tecnológicas desenvolvidas pela sociedade e que sejam de interesse público; conectar o ecossistema de inovação e a sociedade às instituições governamentais; e compartilhar conhecimento, história e aprendizados.
Com informações da Assessoria de Imprensa IdeiaGov
COMO NOVA IORQUE ESTÁ SE TORNANDO UMA CIDADE INTELIGENTE
Referência como uma das principais metrópoles do mundo, Nova Iorque investe em urbanismo sustentável:
As cidades, como organismos complexos, devem desenvolver na sua gestão urbana princípios que se aliem a sustentabilidade, que promovam o desenvolvimento de cidades mais inteligentes e acessíveis. Se a estimativa é que até 2050 80% da população mundial viva em centros urbanos, nunca foi tão necessário discutir soluções para absorver esse crescimento populacional que permitam o bem-estar para todos os cidadãos, além de incentivar o investimento, desenvolvimento econômico e a sustentabilidade.
A cidade de Nova Iorque é referencia no mundo inteiro quando o assunto é planejamento de grandes centros urbanos. O NYC Mayor’s Office of Technology and Innovation (MOTI) vem desenvolvendo políticas com o objetivo de tornar a cidade em uma smart city, sendo que essas buscam conservar recursos como energia e água, reduzindo o impacto ambiental de Nova Iorque, ao mesmo tempo que aumentando a qualidade de vida da população.
Em 2013 a cidade lançou o programa Accelerated Conservation and Effiency (ACE) com o intuito de promover um sistema de luz inteligente. O programa garantiu a instalação de luzes mais ecológicas em 650 prédios de 16 agências do governo, salvando milhões de dólares por ano, além de prevenir a emissão de mais de 900 toneladas métricas de emissões de gases de efeito estufa.
Com uma população que ultrapassa 8 milhões de habitantes, a cidade de Nova Iorque desenvolveu o sistema Automated Meter Reading (AMR) que garante um consumo de água mais consciente, além de permitir com que os cidadãos possam acompanhar seu consumo diário de água. O sistema, que já foi instalado em quase 1 milhão de propriedades, é integrado com um aplicativo de smartphone que, além de notificar o usuário de seu consumo diário, avisa sobre potenciais vazamentos caso exista uma anormalidade no volume de água consumido- a aplicação do programa já resultou na economia de $73 milhões de dólares.
Outro aspecto importante para a cidade é garantir o monitoramento do ar: o Departamento de Saúde e Higiene Mental de Nova Iorque realiza pesquisas de qualidade do ar desde 2008. O monitoramento é realizado com 75 estações de monitoramento temporárias instaladas por um período de duas semanas e 8 monitores de ar permanentes que relatam dados em intervalos de 15 minutos. Com o programa, foi possível determinar que o óleo para aquecimento de baixo custo, usado em apenas 1% dos edifícios de Nova York, estava causando mais poluição do ar do que todos os veículos da cidade juntos.
A aplicação desses recursos em cidades facilitam o planejamento urbano e resultam em uma diminuição de custos e aumento na eficiência dos serviços. Nesse sentido, a população passa a ser mais ativa também nos processos de mapeamento e gestão: fica cada vez mais evidente também que os cidadãos possuem e desejam auxiliar na identificação de problemas que permeiam seu entorno.
A governança proativa para a criação de cidades participativas tem como principal objetivo a criação de cidades que buscam cada vez mais promover o acesso aos bens e serviços públicos de maneira democrática, sempre buscando combater as desigualdades sociais e produzindo maior qualidade de vida para todos. O que leva Nova Iorque a ser pioneira em urbanismo está justamente no aspecto de adaptar às mudanças sociais e tecnológicas, sempre buscando estratégias que permitam melhorar o seu entorno.