spot_img
Home Blog Página 84

WORKSHOP SELO CONNECTED SMART CITIES DE BOAS PRÁTICAS PARA A TRANSFORMAÇÃO DE CIDADES INTELIGENTES

0

O Workshop tem o objetivo de apresentar e fundamentar as dimensões essenciais para a realização de boas práticas em smart cities sob um viés mais humano, inclusivo e sustentável.

 Uma parceria entre a Plataforma Connected Smart Cities e a consultoria SPIn –  Soluções Públicas Inteligentes, o Workshop será ministrado pelo sócio-diretor de Novos Negócios da Plataforma, Willian Rigon, e o sócio-diretor de Projetos na SPIn, Vitor Amuri Antunes, entre os dias 18 e 19 de maio, nas modalidades presencial e online. 

Investir na expansão do conceito de cidades inteligentes é o melhor caminho para um desenvolvimento urbano mais humano, resiliente e sustentável. Neste trâmite, estão em jogo vários pilares estratégicos, como boas práticas em inovações tecnológicas, ambientes de experimentação e análise de dados e indicadores para a gestão da cidade. 

Para esclarecer conceitos e apresentar as diretrizes fundamentais para o estabelecimento de ações estratégicas voltadas ao desenvolvimento de cidades inteligentes, a Plataforma Connected Smart Cities (CSC), em conjunto com a Spin – Soluções Públicas Inteligentes, realizarão, entre os dias 18 e 19 de maio, em período integral, o Workshop Selo Connected Smart Cities de Boas Práticas Para a Transformação de Cidades Inteligentes. O Workshop será ministrado por Willian Rigon, sócio-diretor de Novos Negócios do CSC, e Vitor Amuri Antunes, diretor de Projetos na SPIn – Soluções Públicas Inteligentes, consultoria especializada no movimento das Cidades Inteligentes. 

“O nosso objetivo é apresentar para servidores públicos, empresários e demais profissionais envolvidos com as temáticas de cidade inteligente, inovação, tecnologia da informação e comunicação, transformação digital, entre outras, as etapas viáveis para a configuração de boas práticas em smart cities, capacitando-os para se tornarem agentes transformadores de cidades, explica Willian Rigon. 

Para Vitor Antunes, o olhar e os debates sobre a concepção de cidades inteligentes vêm se alterando significativamente ao longo dos últimos anos. “Neste sentido, o curso pretende provar para os participantes que o desafio de construção de cidades mais inteligentes está totalmente interligado à exploração de soluções, que vão além do aspecto meramente tecnológico, mas devem atender diretamente às demandas e “dores” de cada cidade brasileira”, analisa. 

O Workshop terá duração de 14 horas e apresentará os caminhos para o desenvolvimento das dimensões que  compõem o Selo Connected Smart Cities, desenvolvido pela plataforma CSC, em conjunto com a SPIn. 

Programação

Workshop Selo Connected Smart Cities de Boas Práticas Para a Transformação de Cidades Inteligentes

O Workshop apresentará uma série de conteúdos divididos em dimensões de análise, destacando, por exemplo, o conceito, as transformações e a evolução da concepção de cidade inteligente no âmbito brasileiro. Nesta primeira parte, o curso apresentará também estudos de notoriedade nacional, como o Ranking Smart Cities; nuances da legislação e resultados catalogados.

Além de destacar pautas referentes à organização e ao planejamento de cidades inteligentes, incluindo planos de gestão já implementados e estudos de caso relevantes, haverá um bloco focado nas temáticas de governança; programas e parcerias público-privadas, indicadores de mensuração de dados, inovação, tecnologia e infraestrutura. Confira a programação na íntegra aqui

“Além de esclarecer conceitos e transmitir conhecimentos, o conteúdo programático incentiva também a construção de planos municipais, com tópicos segmentados e integrados, que mirem no planejamento de benefícios concretos aos cidadãos, concedendo-lhes mais qualidade de vida, direitos equitativos e inclusivos em vários eixos, como mobilidade, segurança, tecnologia  e saúde”, analisou Willian Rigon.

Selo CSC: importância e metodologia de pesquisa

Criado em 2022, o Selo Connected Smart Cities tem o propósito de incentivar o desenvolvimento de cidades inteligentes, a partir do estudo e da divulgação de boas práticas da gestão pública e do poder privado. “A ferramenta tem atuação estratégica e primordial para a transformação de realidades urbanas, já que analisa projetos de ações, iniciativas em desenvolvimento ou aquelas já concluídas para a formação de cidades inteligentes.” 

“O objetivo central é compreender como estas ações refletem positivamente nos municípios brasileiros e podem se tornar referência em smart cities e mobilidade sustentável”, ressalta o sócio-diretor de Novos Negócios da Plataforma.

Para estudo e diagnóstico das cidades em termos de desenvolvimento sustentável, a ferramenta utiliza 6 dimensões de análise:

  • Planejamento da Cidade Inteligente para avaliar boas práticas refletidas no planejamento municipal;·        
  • Governança da Cidade Inteligente, que considera as boas práticas presentes na governança da Cidade;
  • Ecossistema de Inovação, cujo objetivo é analisar boas práticas refletidas na regulação do Ecossistema de Inovação Municipal;
  • Planejamento de Infraestruturas e Serviços de TIC, tópico que trata da observação do impacto de boas práticas refletidas no planejamento de TICs do Município;
  • Maturidade para Parcerias, direcionada à identificação de boas práticas refletidas na colaboração do poder privado na cidade; 
  • Tendência de evolução no Ranking Connected Smart Cities, item que abrange um balanço geral de resultados em boas práticas nos indicadores das cidades estudadas.

Entenda o conceito e as propostas da iniciativa aqui.

Serviço

Workshop Selo Connected Smart Cities de Boas Práticas Para a Transformação de Cidades Inteligentes
18 e 19 de maio, das 9h às 18h
Presencial (B3 – Bolsa de Valores de São Paulo) e online com transmissão ao vivo
Para mais informações e inscrições, clique aqui.

DESIGUALDADE DE TRÊS DÍGITOS: RANKING DO SANEAMENTO 2023 DESTACA QUE O TRATAMENTO DE ESGOTO É 340% MAIOR NOS 20 MUNICÍPIOS MAIS BEM COLOCADOS DO QUE NOS 20 PIORES DO BRASIL

Dentre as 100 maiores cidades do Brasil, a média do indicador é de apenas 18,21% no grupo das 20 piores, em que figuram principalmente municípios das regiões Norte e Nordeste.

Na Semana da Água, o Instituto Trata Brasil, em parceria com GO Associados, publica a 15ª edição do Ranking do Saneamento com o foco nos 100 maiores municípios do Brasil.
O relatório faz uma análise dos indicadores do Sistema Nacional de Informações sobre
Saneamento (SNIS), ano de 2021, publicado pelo Ministério das Cidades. Desde 2009, o Instituto Trata Brasil monitora os indicadores dos maiores municípios brasileiros com base na população, com o objetivo de dar luz a um problema histórico vivido no país. A falta de acesso à água potável impacta quase 35 milhões de pessoas e cerca de 100 milhões de brasileiros não possuem acesso à coleta de esgoto, refletindo em problemas na saúde da população que diariamente sofrem, hospitalizadas por doenças de veiculação hídrica. Os dados do SNIS apontam que o país ainda tem grandes dificuldades com o tratamento do esgoto, do qual somente 51,20% do volume gerado é tratado – isto é, mais de 5,5 mil piscinas olímpicas de esgoto sem tratamento são despejadas na natureza diariamente.

Confira, a seguir, os destaques do Ranking de Saneamento 2023

ELEVADOR DO RANKING (QUEM MAIS SUBIU E QUEM MAIS DESCEU)
Para esta edição, o Ranking do Saneamento 2023 destaca os municípios que variaram mais de dez posições, de forma positiva ou negativa, em relação ao Ranking de 2022. É importante ressaltar que os indicadores do SNIS buscam estabelecer um paralelo entre os dados disponíveis e a realidade observável de cada município, em particular em termos de infraestrutura de saneamento. Portanto, grandes variações devem ser avaliadas com bastante cautela.

Quadro – Municípios com Maior Variação Positiva

Ranking do Saneamento 2023

Abaixo, seguem considerações sobre os municípios com destaque de variação positiva:

● Embora Cuiabá (MT) tenha sido o município que apresentou maior variação positiva nesta
edição em relação à passada, não houve elemento excepcional neste caso, mas sim uma
melhora consistente em praticamente todas as dimensões do Ranking. Houve um
incremento de 12,68 e 12,93 pontos percentuais nas coletas de esgoto total e urbana,
respectivamente, de 14,40 pontos percentuais no tratamento de esgoto, de 17,68 pontos
percentuais em ambos os indicadores de investimentos, total e do prestador, e redução
de 2,98 pontos percentuais nas perdas na distribuição.
● No caso de Niterói (RJ), o principal motivo ao qual se atribui seu avanço é a redução de
2,43 pontos percentuais nas perdas na distribuição. Apesar de pequena, tal variação fez
com que o município tivesse atingido a meta de 25%, passando a receber nota máxima
não somente neste indicador, como nos de investimentos. Assim, Niterói (RJ) passou a
receber nota máxima em três indicadores, que somados totalizam 20% do peso da nota
total do Ranking.
● Vitória (ES) e Vila Velha (ES) encontram-se em situação similar. Ambas apresentaram
melhora nos indicadores de abastecimento de água e de coleta de esgoto, a despeito de
piora no tratamento de esgoto.
● Finalmente, Sorocaba (SP) não apresentou grandes alterações nos indicadores da
dimensão “Nível de Atendimento” (embora tenha aumentado em 7,44 pontos percentuais
o tratamento de esgoto, isso teve pouca relevância em termos de nota, visto que já tratava
mais de 80%), mas melhorou em 1,38 ponto percentual ambos os indicadores de
investimentos, total e do prestador.

Quadro – Municípios com Maior Variação Negativa

Ranking do Saneamento 2023

Entre as cidades que apresentaram maior variação negativa no Ranking, Belo Horizonte (MG) e Anápolis apresentaram casos parecidos:
● No caso da capital mineira foram vistas pioras de 0,47 ponto percentual e de 0,50 ponto
percentual nos indicadores de atendimento total e urbano de água, respectivamente. O
principal indicador que demonstrou piora foi no de ligações de água, sofrendo uma
redução de 53,65 pontos percentuais. Além disso, piorou todos os três indicadores de
perdas de água.
● Em Anápolis (GO) houve leve piora de 0,53 ponto percentual e de 0,10 ponto percentual
nos indicadores total e urbano de atendimento de água, respectivamente. Ambos os
indicadores de investimentos sofreram uma queda de 1,46 pontos percentuais, o de
ligações de água apresentou uma piora de 3,12 pontos percentuais, e o indicador mais
relevante neste caso é o de ligações de esgoto, cuja retração foi de 17,25 pontos
percentuais. Ademais, novamente, houve piora nos três indicadores de perdas.

OS MELHORES X OS PIORES DENTRE OS 100 MAIORES MUNICÍPIOS DO PAÍS
Ao analisar as 20 melhores cidades contra as 20 piores cidades, observamos que há diferenças nos indicadores de acesso: enquanto 99,75% da população das 20 melhores têm acesso à redes de água potável, nos 20 piores municípios o número é de 79,59% da população. A porcentagem com rede de coleta de esgoto é ainda mais discrepante: 97,96% da população nos 20 melhores municípios têm acesso aos serviços, enquanto somente 29,25% da população nos 20 piores municípios são assistidos, diferença de 68,71 pontos percentuais, como é possível ver no quadro abaixo. Outro dado alarmante é a diferença de 340% no indicador de tratamento de esgoto entre os 20 municípios mais bem posicionados em relação aos 20 piores. Enquanto o primeiro grupo tem em média 80,06% de cobertura, o grupo dos piores oferece apenas 18,21% à população.

Quadro – 20 Melhores x 20 Piores

QUEM SÃO OS 20 MELHORES E OS 20 PIORES MUNICÍPIOS?
Dos 20 melhores municípios do Ranking de 2023, oito são do estado de São Paulo, seis do Paraná, um de Minas Gerais, um do Rio de Janeiro, um do Tocantins, um da Paraíba, um da Bahia e de Brasília, no Distrito Federal. Entre os melhores casos, houve uma surpresa positiva: pela primeira vez na história do Ranking do Saneamento, um município obteve nota máxima em todas as dimensões analisadas. Trata-se de São José do Rio Preto (SP) – a cidade paulista apresentou os indicadores dos serviços básicos alinhados com as metas previstas pelo Marco Legal do Saneamento.

Dentre os 20 piores municípios do Ranking de 2023, destaca-se que quatro são do estado do Pará, quatro do Rio de Janeiro, e dois do Rio Grande do Sul. Do restante, quatro pertencem à macrorregião Norte, quatro situam-se na macrorregião Nordeste, um na região Centro-Oeste, e outro na região Sudeste.

TABELA 20 MELHORES MUNICÍPIO

TABELA 20 PIORES MUNICÍPIOS

A tabela completa com os 100 municípios do ranking pode ser acessada pelo site do Instituo Trata Brasil – www.tratabrasil.org.br

PANORAMA DOS 20 PIORES MUNICÍPIOS NA ÚLTIMA DÉCADA
Nos últimos dez anos do Ranking, 31 municípios distintos chegaram a ocupar as 20 piores
posições. Desses, 16 estiveram nas últimas colocações em pelo menos oito edições. Observou-se ainda que 12 municípios se mantiveram desde 2014 dentre os últimos colocados, sendo três localizados no Pará, e três no estado do Rio de Janeiro. Além disso, Porto Velho (RO), Ananindeua (PA), Santarém (PA) e Macapá (AP) estiveram sempre nas dez últimas colocações dentre as 100 maiores cidades do país em todos esses dez anos.

Por outro lado, alguns municípios apresentaram relativos avanços ao longo dos anos e já não pertencem mais ao grupo dos 20 piores em edições mais recentes do Ranking. Alguns exemplos são: Olinda (PE) ocupando a 65ª posição de 2023, Paulista (PE) ocupando a 64ª posição de 2023, Guarulhos (SP) ocupando a 62ª posição de 2022, e Aparecida de Goiânia (GO), que vem apresentando uma sólida melhora de seus indicadores nos últimos anos, tendo saltado mais de 30 posições nesse período e alcançado a 52ª posição de 2023, firmando seu lugar próximo ao meio da classificação do Ranking do Saneamento

Fonte: Trata Brasil

CARNAVAL ‘INTELIGENTE’ MUDOU RUMO DA FESTA NAS PRINCIPAIS CIDADES DO PAÍS

0

Tecnologia se torna grande aliada dos foliões e dos governantes

O Carnaval é a festa mais popular do Brasil. Todo ano, as ruas e hospedagens recebem milhões de foliões, incluindo um alto número de estrangeiros, o que faz do período um dos mais importantes para a movimentação do turismo e da economia do país. O fluxo intenso de pessoas, blocos, shows e comemorações requer planejamentos eficazes das prefeituras, e na mobilidade, essa demanda por um olhar mais inteligente e estratégico não é diferente.

Para oferecer uma ideia da dimensão do Carnaval, a festa bateu recorde de público em diversas regiões em 2020, na última edição pré-pandemia. Cerca de 15 milhões de pessoas aproveitaram o Carnaval em São Paulo, segundo a prefeitura, enquanto em Salvador, um dos principais polos carnavalescos do país, aproximadamente 16 milhões de foliões circularam pelas ruas da cidade. 

O período sem folia oficial fez com que a sede de Carnaval aumentasse neste ano. Os blocos anteciparam a festa semanas antes, e mesmo muito tempo após o término ainda é possível encontrar resquícios dos que não querem se despedir da folia de Momo. 

Mas apesar dos efeitos positivos nas finanças e no turismo, o que foi feito para amenizar o impacto das mudanças no trânsito ao longo desse período?

Uma festa de todos

A movimentação pelo país não é exclusiva dos que desejam curtir o Carnaval, e mesmo aqueles que preferem fugir da festa aproveitam o feriado para viajar e sair da rotina. Festivos ou não, todos os grupos contam com a organização das prefeituras para que os transtornos no trânsito não impactem negativamente suas experiências durante esses dias. 

A tecnologia é a maior aliada durante o Carnaval – enquanto as prefeituras contam com ela na estruturação do tráfego, os foliões dispõem de aplicativos até para localizar blocos de rua, saber expectativas de público e conferir a programação completa nas cidades. Ações conectadas como essas ajudam a tornar a festa mais “inteligente” e de melhor acesso para a população. 

Por meio do programa Waze for Cities, o Waze contribuiu com diversas cidades fornecendo informações em tempo real aos usuários sobre fechamento de ruas, desvios em áreas de saída dos blocos e congestionamentos. Em Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo, equipes de editores de mapa voluntários do Waze foram alocadas dentro dos centros de gerenciamento de trânsito para garantir que todas as alterações fossem incluídas no app com agilidade. Prefeituras de outros municípios, como Belo Horizonte, também recomendaram que os foliões utilizassem o aplicativo para obter informações sobre as mudanças no trânsito durante o período. 

Entrosamento com o usuário

Como o Carnaval é a festa do povo, foi importante alinhar a estratégia com ações que  impactam o consumidor final. Por isso, convidamos a rainha do Carnaval, Ivete Sangalo, para ser a voz do Waze durante o período da festa, contribuindo para o engajamento do usuário com a marca. Os foliões puderam ser guiados pela voz da cantora e ainda encontraram informações atualizadas sobre o tráfego. Assim,  mais uma vez, construímos o Carnaval “inteligente”, com pessoas, cidades e tecnologia conectados, passando pela cultura do país.

Muitas empresas aproveitam a popularidade do Carnaval para se promover, tanto que diversos blocos e trios elétricos contaram com grandes patrocínios. No entanto, além do investimento financeiro, as marcas devem pensar no que podem contribuir para o bem-estar e a comodidade da população durante as festas. Com a tecnologia que temos disponível atualmente, é fundamental criar estratégias para fazer com que, cada vez mais, as grandes celebrações e cidades se tornem mais inteligentes. Dessa forma, o benefício final é de todos – e as razões para festejar também.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities  

SMART CITIES 2023: ESTREIA DO PROGRAMA CIDADES, CAFÉ & PROSA APRESENTA BOAS PRÁTICAS EM SMART CITY NA CIDADE DO RECIFE

0

Projeto Porto Digital, aplicativo Conecta Recife e o 2º Ciclo de Inovação Aberta de transformação digital, além do Visit Recife, de gestão de informações do turismo local, foram destaques nas declarações do presidente da Emprel, Bernardo D´Almeida, e do gestor de Comunicação da Secretaria de Turismo da Prefeitura do Recife, José Flank Bekemball Gonçalves, como ações promissoras em smart city.

O programa, que integra a programação de eventos online da Plataforma Connected Smart Cities, apresentará quinzenalmente um bate papo com autoridades de cidades que se destacaram no Selo CSC e vêm desenvolvendo uma agenda de iniciativas voltadas à expansão do desenvolvimento de cidades mais inteligentes, resilientes e inclusivas.  

Na manhã desta segunda-feira, 03/04, o sócio-diretor de Novos Negócios da Plataforma Connected Smart Cities (CSC), Willian Rigon, apresentou o primeiro Programa Cidades, Café & Prosa de 2023. A iniciativa integra a programação de eventos online da plataforma e promoverá, quinzenalmente, uma conversa com representantes do poder público para divulgação de projetos e ações que estão sendo realizados para o desenvolvimento de cidades inteligentes no Brasil.

Na abertura do programa, o sócio-diretor da plataforma CSC, destacou a importância da iniciativa que incentiva a expansão do conceito smart city no país. “O programa apresenta reflexões e conteúdos aprofundados de cases de cidades que tiveram destaque no Selo Connected Smart Cities, trazendo representantes do poder público e organizações privadas envolvidas na implementação ou oferecimento de soluções inovadoras para as nossas cidades”, salientou.

“Teremos a participação nessa jornada de cidades de diferentes regiões e portes para demonstrar que a transformação de cidades brasileiras em cidades inteligentes é um caminho para todas as cidades”, concluiu ele. 

Neste primeiro episódio, foi apresentado o cenário atual de soluções inovadoras em smart city na cidade do Recife (PE), que conquistou a 23ª colocação no Ranking Connected Smart Cities em 2022. Dentre as categorias de destaque, a cidade alcançou a 5ª posição em Empreendedorismo e a 15ª posição em Tecnologia e Inovação. A cidade do Recife também recebeu o Selo Ouro de boas práticas no movimento de cidades inteligentes, na última edição da iniciativa. 

Selo Connected Smart Cities

Sobre o  Selo Connected Smart Cities, Willian Rigon relembrou a origem e os propósitos da iniciativa, ao salientar a conquista do segundo nível mais alto de reconhecimento atingido pela cidade. “Em 2022, a plataforma, em parceria com a Spin – Soluções Públicas Inteligentes, desenvolveu uma iniciativa para incentivar o desenvolvimento e reconhecimento de boas práticas em cidades inteligentes. O Selo avalia ações a nível de desenvolvimento das cidades brasileiras em seis dimensões, permitindo uma participação autodeclaratória, ativa das cidades, com cinco escalas de avaliação: Aspiracional, Bronze, Prata, Ouro e Diamante”, explicou.

Entre os dias 18 e 19 de maio, a plataforma Connected Smart Cities também realizará o Workshop Selo Connected Smart Cities, com opções presenciais na B3 (Bolsa de Valores de São Paulo) e também online e remota. Para mais informações e inscrições, acesse a página oficial.

Recife e o panorama de ações de aprimoramento de serviços de interesse público

O convidado do programa, Bernardo D´Almeida, presidente da Empresa Municipal de Informática (Emprel) e diretor executivo de Gestão da Anciti (Associação Nacional de Cidades Inteligentes), destacou iniciativas de incentivo à inovação, integração e ao desenvolvimento de soluções para a transformação digital dos serviços públicos. “O Porto Digital está dentro de um ecossistema de tecnologia que é internacionalmente conhecido. Uma iniciativa muito bem sucedida na cidade do Recife, que também teve inspiração no Connected Smart Cities, que nos ajudaram a encontrar parâmetros para essa transformação digital”, analisou.

D´Almeida também destacou a criação da plataforma Conecta Recife, que oferece melhorias na prestação de informações e serviços aos cidadãos recifenses e obteve resultados significativos na área da Saúde, sobressaindo-se em campanhas de vacinação. ”Recife teve a maior orquestração entre tecnologia e saúde em benefício do cidadão e nos permitiu que tivéssemos informações dos nossos 1,6 milhões de habitantes”, pontuou. “Com mentes experientes e novas, Recife vem evoluindo em transformação digital”, concluiu.

Em relação à questão da mobilidade, o presidente da Emprel analisou os desafios do setor na cidade e anunciou o lançamento do segundo Ciclo de Inovação Aberta como caminho para essa transformação. “Este 2º ciclo tem quatro desafios e mais um bônus. Um dos desafios bônus é a desburocratização  do serviço público para que possa ser aplicado como uma solução tecnológica inovadora, e colocamos esse desafio na mobilidade”, destacou.

A Plataforma Connected Smart Cities, em parceria com o Mobilidade Estadão, também realiza o Parque da Mobilidade Urbana com o objetivo de promover um espaço interativo entre players do setor para a troca de informações, apresentações de conteúdo e possibilidade de imersão em experiências únicas neste universo, tendo em vista a promoção de tendências de mobilidade urbana mais sustentável, inclusiva e disruptiva nas cidades brasileiras.

Investimentos em plataformas de integração de conteúdo agregam avanços ao Turismo local

O gestor da Comunicação do Recife na Secretaria de Turismo, Flank Bekemball Gonçalves,

que atua na prefeitura há 15 anos, frisou que a gestão de atendimentos do setor público voltados à área de Turismo vem se renovando cada vez mais, através da exploração inteligente da tecnologia, e destacou a relevância do projeto Visit Recife, criado em 2008. “É um site voltado para o turista, com roteiros, atrações, agendas, e vamos melhorar ainda mais o nosso site, fazendo um sistema de conexão com o próprio Conecta, para melhorar a integração com o recifense e o turista”, explicou.

Assista, na íntegra, o primeiro Programa online Cidades, Café e Prosa aqui.

Próxima agenda

O próximo programa será transmitido, no dia 17 de abril, e vai contar com a participação de representantes da cidade de Jundiaí (SP).

Vem aí o CSC GovTech 2023

No programa, Willian Rigon também destacou que falta pouco tempo para a realização do maior evento de transformação digital para o setor público no Brasil, promovido pela plataforma Connected Smart Cities, o GovTech, no dia 19 de abril, em São Paulo. Para informações, programação e inscrições, clique aqui. Como proposta de lançamento da iniciativa nacional, será promovido um evento GovTech gratuito, em Brasília, no dia 12 de abril. Saiba mais informações sobre inscrições presenciais e virtuais, neste link

“O Connected Smart Cities já ocorre há mais de oito anos e neste ano gerou um evento spinoff  que abordará uma trilha de conhecimento referente à soluções digitais cada vez mais em pauta dentro do setor público, que envolve as 5.570 cidades brasileiras”, observa Willian.

ESTUDO DE CASO: PREFEITURA DE PALHOÇA/SC

Como a 10ª cidade mais populosa de SC melhorou sua comunicação interna utilizando a Plataforma.

Modernizar as rotinas administrativas de uma prefeitura nem sempre é um processo rápido de ser feito. A busca pela modernização pode (e deve) ser uma bandeira levantada pelas administrações que desejam aliar economia e eficiência na gestão. A partir do uso de soluções sustentáveis e escaláveis, é possível inserir tecnologia em cidades dos mais diferentes portes.

Este foi o caso da cidade catarinense de Palhoça, localizada na região da Grande Florianópolis. Com uma população estimada em 164 mil habitantes (considerada uma cidade de grande porte, segundo o IBGE), possui belíssimas praias – procuradas por turistas brasileiros e estrangeiros – mas também despontou nos últimos anos como um município em crescimento constante. Em 2017, por exemplo, Palhoça foi a campeã de crescimento no estado, registrando um acréscimo 15,2% de novas empresas instaladas.

Acompanhando o avanço da cidade como um todo, a Prefeitura de Palhoça também decidiu inovar e incorporou às rotinas administrativas uma comunicação mais transparente e ágil. Em 2015 adotou a Plataforma 1Doc, tanto para a comunicação entre setores da Prefeitura quanto para atendimento ao cidadão – por meio do módulo Ouvidoria.

O resultado? Uma economia expressiva (que ultrapassa R$500 mil), mais de 740 mil documentos eletrônicos gerados e milhares de pessoas atendidas. Os números foram, inclusive, destaque na imprensa local, que salientou a economia atrelada ao uso da Plataforma.

O primeiro passo para a inovação

A decisão por contratar a plataforma 1Doc veio da Secretaria de Administração da Prefeitura, a partir de durante uma apresentação feita aos secretários de administração de toda a Grande Florianópolis.

Por suas características únicas na gestão dos processos públicos, a cidade procurava uma solução que pudesse tornar o dia a dia mais eficiente e não exigisse uma remodulação das rotinas aos quais os servidores já estavam habituados.

A viabilização do projeto iniciou na Administração e teve o apoio da Diretoria de Informática e alcançou toda a entidade – incluindo as áreas de educação, saúde e outras autarquias do município.

Para a secretária de administração do município, Cristina Schwinden, mais que otimizar as rotinas administrativas e a comunicação interna, a Plataforma 1Doc se tornou uma aliada do servidor, respaldando suas ações e garantindo a segurança dos documentos tramitados.

Implantação e Treinamentos

Com mais de 1100 usuários, a plataforma 1Doc teve larga adesão entre os servidores da Prefeitura de Palhoça. Foram quatro dias com capacitações focadas em comunicação organizacional e atendimento à população. Todos os setores do órgão atualmente se comunicam na mesma plataforma, gerenciando os documentos e as demandas do dia a dia.

Os módulos de Comunicação Interna (Memorandos, CI’s e Circulares) e Ouvidoria são os utilizados na administração da cidade.

Antes da 1Doc

  • Comunicação entre servidores feita, geralmente, de maneira informal ou por meio de documentos que eram perdidos em meio a pilhas de papéis que se acumulavam nas mesas dos servidores.
  • Dificuldades no acesso às informações relacionadas ao andamento de processos e demandas, bem como no acompanhamento dos mesmos.
  • Gastos com impressão e papel para realizar a comunicação interna e atendimentos à população.
  • Vulnerabilidade dos documentos tramitados.

Depois da 1Doc

  • Simplificação das pequenas rotinas, garantindo mais agilidade na tomada de decisão.
  • Redução de tempo nos processos e nos ruídos de comunicação interna.
  • Maior taxa de engajamento dos servidores.
  • Redução significativa de papéis e, consequente, economia com esses insumos.

Fonte: 1DOC

APENAS 26% DA REDE CICLOVIÁRIA PREVISTA PARA 2020 EM BH FOI CONCLUÍDA ATÉ ESTE ANO

0

Cidades, Café & Prosa | Cidade do Recife

Projeto Porto Digital, aplicativo Conecta Recife e o 2º Ciclo de Inovação Aberta de transformação digital, além do Visit Recife, de gestão de informações do turismo local, foram destaques nas declarações do presidente da Emprel, Bernardo D´Almeida, e do gestor de Comunicação da Secretaria de Turismo da Prefeitura do Recife, José Flank Bekemball Gonçalves, como ações promissoras em smart city.

O programa, que integra a programação de eventos online da Plataforma Connected Smart Cities, apresentará quinzenalmente um bate papo com autoridades de cidades que se destacaram no Selo CSC e vêm desenvolvendo uma agenda de iniciativas voltadas à expansão do desenvolvimento de cidades mais inteligentes, resilientes e inclusivas.  

Na manhã desta segunda-feira, 03/04, o sócio-diretor de Novos Negócios da Plataforma Connected Smart Cities (CSC), Willian Rigon, apresentou o primeiro Programa Cidades, Café & Prosa de 2023. A iniciativa integra a programação de eventos online da plataforma e promoverá, quinzenalmente, uma conversa com representantes do poder público para divulgação de projetos e ações que estão sendo realizados para o desenvolvimento de cidades inteligentes no Brasil.

Na abertura do programa, o sócio-diretor da plataforma CSC, destacou a importância da iniciativa que incentiva a expansão do conceito smart city no país. “O programa apresenta reflexões e conteúdos aprofundados de cases de cidades que tiveram destaque no Selo Connected Smart Cities, trazendo representantes do poder público e organizações privadas envolvidas na implementação ou oferecimento de soluções inovadoras para as nossas cidades”, salientou.

“Teremos a participação nessa jornada de cidades de diferentes regiões e portes para demonstrar que a transformação de cidades brasileiras em cidades inteligentes é um caminho para todas as cidades”, concluiu ele. 

Neste primeiro episódio, foi apresentado o cenário atual de soluções inovadoras em smart city na cidade do Recife (PE), que conquistou a 23ª colocação no Ranking Connected Smart Cities em 2022. Dentre as categorias de destaque, a cidade alcançou a 5ª posição em Empreendedorismo e a 15ª posição em Tecnologia e Inovação. A cidade do Recife também recebeu o Selo Ouro de boas práticas no movimento de cidades inteligentes, na última edição da iniciativa. 

QUAIS OS RISCOS PARA O BRASIL DO ACORDO COMERCIAL UNIÃO EUROPEIA – MERCOSUL

Livre comércio entre os dois blocos prevê desigualdade social e agravamento da crise climática, e a pressão pela aceleração da assinatura do acordo impede a transparência e a participação social

A possibilidade de um acordo comercial entre a União Europeia e os países do Mercosul, parte de um Acordo de Associação mais amplo, vem cada vez mais ganhando contornos de uma possível aprovação. No entanto, pouco está claro para a sociedade quais são os riscos de um livre comércio entre os dois blocos.

Em primeiro lugar, é preciso relembrar que esse acordo tenta ser costurado há mais de duas décadas, com momentos e velocidades distintas, mas partindo de uma lógica anacrônica que irá salientar ainda mais a crise climática e a desigualdade social. O acordo, nos termos negociados, prevê aos países sul-americanos a condição de subalternidade, sendo meros exportadores de commodities e matérias-primas, enquanto os países da União Europeia aumentam as vendas de produtos industriais e químicos de alto valor, ampliando ainda mais a entrada e o uso de agrotóxicos e de carros movidos à combustíveis fósseis no Brasil e nos outros países do Mercosul.

Foi durante o governo de Jair Bolsonaro, o governo mais antiambiental e antidemocrático desde a redemocratização, que os blocos chegaram a um consenso entre os termos atuais do acordo. Porém, a assinatura do mesmo foi adiada devido as críticas da sociedade civil de ambos os blocos com apoio de parlamentares frente às taxas alarmantes de desmatamento na Amazônia e da violência contra os povos originários e tradicionais, a exemplo dos impactos do avanço do garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami.

No entanto, a pressão para a assinatura do acordo entre a UE e Mercosul começou a ganhar mais tração com a mudança de presidência no Brasil. Representantes da União Europeia estiveram em Buenos Aires, no início de março, e se reuniram com os países membros do Mercosul, evento este sem muita cobertura por parte da imprensa nacional. Na ocasião, circulou uma proposta de protocolo adicional (ou side letter, em inglês) ao capítulo sobre Comércio e Desenvolvimento Sustentável (CDS) da parte comercial do acordo entre os blocos. Esse protocolo seria, do ponto de vista do bloco europeu, uma garantia adicional para a proteção ambiental nos países do Mercosul.

Obedecendo ao padrão da União Europeia de seguir com as negociações sem transparência e participação da sociedade civil, o protocolo gerou desconfiança e críticas, porque a ele é imputada a capacidade de destravar o acordo em relação aos países da UE que ainda possuem resistência, possibilitando, então, sua assinatura e ratificação, ao mesmo tempo em que foi apresentado sem sequer os países do bloco europeu terem conhecimento de seu conteúdo.

Representantes do Mercosul que tiveram acesso ao protocolo em Buenos Aires tiveram distintas percepções: o governo argentino saiu insatisfeito e a imprensa de lá criticou muito os termos do documento; do lado brasileiro, as opiniões são distintas, pois, se por um lado, alguns ministérios avaliaram aspectos positivos e o desejo de rever pontos específicos do texto, por outro, há ministérios bem preocupados com a falta de debate sobre o acordo como um todo, não somente dar opinião sobre o instrumento adicional.

Desde que o protocolo vazou, a sociedade civil brasileira e de países do bloco europeu vem denunciando o documento como um remendo muito débil ao capítulo CDS, já que não muda o fato de que o problema do acordo não é somente esse capítulo, mas sua natureza neocolonial e os impactos que poderão ser gerados com a liberação tarifária de bens que beneficiarão setores como a agropecuária e a mineração, aumentando o comércio de produtos prejudiciais ao clima e à natureza e que colocam em risco povos e comunidades tradicionais do Mercosul.

Ao longo da negociação entre os blocos, durante o governo Bolsonaro, não houve transparência e muito menos a participação da sociedade civil em sua elaboração. Ao contrário, apenas o setor empresarial teve acesso privilegiado às informações, o que demonstra a natureza deste acordo.

Ao mesmo tempo que o atual governo Lula tem demonstrado dar prioridade à participação social no governo, a rapidez com que tem avançado as negociações neste momento está dificultando concretizar como se dará a consulta e a participação nesse tema. No entanto, “reciclar” um texto que foi fechado durante o governo Bolsonaro é algo que deveria ser descartado. Como reaproveitar um acordo escrito pelo governo que levou a taxa de desmatamento na Amazônia a níveis inaceitáveis? Como ser favorável ao texto que prevê mais entrada de agrotóxicos no país que já tem um consumo alarmante de substâncias altamente tóxicas já proibidas na Europa, inclusive?

É preciso que o clima, a proteção socioambiental e os direitos humanos e trabalhistas sejam encarados como elementos centrais para a tomada de decisão sobre o acordo como um todo. O governo brasileiro precisa de maior diálogo com a sociedade, sobretudo com os povos indígenas e tradicionais, uma vez que os termos deste acordo podem aumentar ainda mais a crise que já assola essas populações nos seus territórios. Da mesma forma, a União Europeia precisa ouvir e respeitar a soberania dos povos do Mercosul antes de dizer publicamente que a sociedade civil endossa o tratado comercial e que o mesmo protegerá a Amazônia.

Precisamos parar com discursos cheios de palavras bonitas, mas vazias de intenções. Vivemos um momento de diversas e profundas crises, que escancaram problemas globais e estruturais. Precisamos de acordos que estimulem a cooperação entre os blocos, que tragam inovação tecnológica e industrial, fomentem empregos qualificados, que protejam a sociobiodiversidade e o clima, salvaguardando o direito à terra e ao território, para que, de fato, proponham um novo modelo de desenvolvimento econômico que possa trazer soluções verdadeiras aos desafios que vivemos.

Thaís Bannwart, porta-voz de Amazônia do Greenpeace Brasil
Tatiana Oliveira, assessora política do Inesc e membro da coordenação colegiada da Rede Brasileira pela Integração dos Povos (Rebrip)
Maureen Santos, coordenadora da FASE e membro da Frente contra o Acordo UE-Mercosul e EFTA-Mercosul

Fonte: Exame

As opiniões expressas no artigo não, necessariamente, representam as opiniões do Connected Smart Cities. 

COMO O BRASIL SERVIU DE INSPIRAÇÃO PARA UMA COALIZAÇÃO GLOBAL DE PROTEÇÃO DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS

Modelo de proteção de bacias hidrográficas brasileiro é replicado em iniciativa mundial do Pacto Global anunciada na Semana da Água, em Nova York

Um grupo de 50 das maiores companhias globais anunciou, em Nova York, uma compromisso para acelerar as ações referentes ao cumprimento do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável de número 6, que trata do acesso à água. Essas companhias operam em 130 países e empregam mais de 2 milhões de pessoas. A iniciativa foi batizada de Open Call for Water Action, e foi coordenada pelo Pacto Global da ONU, braço das Nações Unidas que congrega o setor empresarial.
“Precisamos de ações coletivas para assegurar que haverá água para todos num futuro próximo”, disse Sanda Ojiambo, CEO do Pacto Global. “As empresas são as maiores consumidoras de água, e é do interesse delas garantir que esse recurso seja gerenciado de maneira responsável, justa e sustentável.” O que pouca gente sabe, é que o Brasil inspirou em grande medida a criação desse compromisso.

Brasil serviu de benchmark

O Pacto Global da ONU no Brasil, parceiro institucional da EXAME, é o único a manter uma divisão específica para o ODS 6. Ela é chefiada por Rubens Filho, gerente de Água  e Oceano do Pacto no Brasil. É também o único escritório da entidade a incluir o setor de saneamento na discussão. Isso se deve a dois motivos: as características do mercado brasileiro, em que as empresas têm um protagonismo maior em relação ao saneamento, e a importância do país no assunto águas, uma vez que o Brasil possui a maior reserva de água doce do mundo.

A plataforma de águas brasileira é composta de três metas: acesso à água potável, universalização do saneamento, e a recuperação de bacias hidrográficas. É essa última meta que, a partir do compromisso lançado em Nova York, se tornará global – e as empresas brasileiras que já assinaram os compromissos localmente estão elegíveis para entrar na iniciativa global.

Proteção de bacias hidrográficas

Globalmente, o compromisso prevê esforços para a preservação de 100 bacias hidrográficas ao redor do mundo, duas delas no Brasil. Também obriga as empresas a fazer investimentos em soluções climáticas baseadas na natureza, a implementar estratégias para escalar práticas de eficiência hídrica em suas cadeias, incrementar as estratégias de resiliência hídrica em suas operações, entre outros compromissos.

Confira as empresas que assinaram o compromisso global:

  • AB InBev
  • ADM
  • ANDESS
  • AQUADAT
  • Arca Continenta
  • AstraZeneca
  • Banka BioLoo Limited
  • Bayer
  • BIOAZUL SL
  • Braskem
  • Cargill
  • Coca-Cola
  • Europacific Partners
  • Coca-Cola FEMSA
  • Colgate-Palmolive
  • Cristalina Saneamento
  • Crown Holdings
  • Cummins
  • Danone
  • Diageo
  • DOW
  • DP World
  • DuPont
  • Ecolab
  • Elevate Textiles
  • ENGIE
  • FLSmidth
  • Gap
  • Givaudan
  • GSK
  • HCL Technologies Limited
  • HEINEKEN
  • Inditex
  • IKEA Group
  • Johnson Matthey
  • Kelani Valley Plantations
  • Kemira Oyj
  • KLT Filtration
  • Mahindra Group
  • MGM Resorts International
  • Microsoft
  • Nazava Water Filters
  • Netafim
  • Orbia
  • Penta Falcon
  • PJSC PhosAgro
  • Recogida General De Residuos y Aguas
  • Reckitt
  • Solenis
  • Starbucks
  • The Coca-Cola Company
  • The Crescent Textile Mills
  • Veolia
  • VIATRISand
  • Xylem

Fonte: Exame

CARROS AUTÔNOMOS E TRANSPORTE POR APLICATIVO INTELIGENTE: O FUTURO DA MOBILIDADE URBANA COM O 5G

0

A quinta geração da internet é capaz de conectar até um milhão de dispositivos por quilômetro quadrado simultaneamente; especialista aponta as principais projeções da tecnologia para a mobilidade

A tecnologia 5G é um dos avanços mais esperados para a próxima geração de mobilidade urbana inteligente. A rede já está disponível em boa parte do território nacional, apta para atender 40% da população, segundo dados da Anatel. Com a quinta geração da rede móvel, a mobilidade urbana pode se tornar muito mais inteligente e segura.

Os veículos conectados ao 5G poderão receber informações ainda mais precisas, em tempo real, sobre o tráfego, as condições das estradas e os pontos de interesse próximos. Além disso, as cidades inteligentes podem usar o 5G para gerenciar o tráfego de forma mais eficiente, reduzir congestionamentos e melhorar a segurança dos motoristas e pedestres.

“Se com o 3G e o 4G já tivemos grandes avanços na comunicação de motoristas e centrais de controle, para averiguar acidentes e trânsito, por exemplo, com o 5G isso ocorrerá de forma muito mais rápida e eficaz. A velocidade, segundo a Anatel, é até 20 vezes maior”, destaca Bruno Muniz, sócio-executivo da Gaudium.

O executivo destaca que a nova tecnologia vai trazer impactos significativos para a mobilidade urbana, entre outras razões, devido à alta conectividade do 5G. “Os números do Ministério das Comunicações mostram que, enquanto o 4G consegue conectar até dez mil dispositivos por quilômetro quadrado simultaneamente, o 5G suporta até um milhão. Imagine o impacto disso no transporte por aplicativo em grandes aglomerações, como saídas de shows e jogos de futebol”, pontua Muniz.

Outra aplicação citada pelo especialista são os carros autônomos, que, conectados, poderão gerar um trânsito mais seguro e inteligente. Eles serão capazes de se comunicar em tempo real com os passageiros e outros veículos nas vias de trânsito, com recursos como internet de alta velocidade e informações em tempo real sobre o status dos serviços de transporte.

“Grandes empresas já trabalham no desenvolvimento de carros autônomos. Na Europa, por exemplo, existe uma espécie de teledriving, onde o motorista dirige de um lugar distante um carro vazio. Por mais que a circulação de carros 100% autônomos ainda não seja comum, já estamos caminhando para essa realidade, e o 5G deve auxiliar este processo”, comenta o executivo.

Maior alcance do transporte por aplicativo no interior

Uma das demandas atribuídas ao vencedor do leilão do 5G foi a de que o 4G fosse implementado ao longo de mais de 35 mil quilômetros de rodovias federais, promovendo uma melhor conexão em cidades menores, que atualmente sofrem com limitações devido à má internet. Segundo Muniz, isso também será positivo dentro do setor da mobilidade.

“Esse novo patamar de internet em cidades que ainda não dispunham nem do 4G será fundamental, já que os serviços de transporte privado estão ganhando força em muitas regiões do interior do país. A Gaudium, por exemplo, tem clientes em mais de 1.400 municípios, muitos deles fora das áreas metropolitanas. Quanto melhor e mais estável a conexão, maior será o alcance do transporte por aplicativo e a qualidade dos serviços”, finaliza o CEO.

Já presente em 487 municípios, o 5G deve estar disponível em todas as cidades com população superior a 30 mil habitantes antes de 2030.

Fonte: Decision Report