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E A TARIFA ZERO? 10 ANOS DEPOIS DE 2013, ONDE CHEGAMOS E PARA ONDE PODEMOS IR

O debate da tarifa zero, embora iniciada bem antes, centralizou-se na pauta, com protagonismo de movimentos como o Movimento Passe Livre

2013 foi um ano marcado pelas revoltas populares que eclodiram em torno do aumento da tarifa do transporte coletivo. O debate da tarifa zero, embora iniciada bem antes ¹, centralizou-se na pauta, com protagonismo de movimentos como o Movimento Passe Livre. 

Iniciativas esparsas foram sendo implementadas em alguns municípios, especialmente os de pequeno porte e através de iniciativas do poder executivo e legislativo ². Todas elas ilustram a discussão de fundo: independente do método ou meio utilizado para adoção da medida, a tarifa é zerada para o usuário, ainda remanescendo a discussão sobre os custos do sistema. É dizer: mesmo que aquele que utilize o serviço não efetivamente pague ao operador do transporte coletivo, este fará jus ao recebimento da remuneração pelo poder público: troca-se o bolso, permanece a despesa. 

A discussão é menos jurídica e mais política. Isto porque o Brasil já detém modelos e arranjos jurídicos aptos a assegurar o pagamento à concessionária sem a cobrança dos usuários.  O que instituiu a Lei n. 8.987/1995, afinal – centrando, ou prevalecendo a remuneração do privado no pagamento de tarifa para os usuários – é apenas um dos modelos de concessão existentes.  

Mesmo este modelo, aliás (o da própria Lei 8.987/1995, na qual a maior parte dos contratos de concessão de transporte coletivo está juridicamente fundada), já vem sendo modulado pelas singulares relações público-privadas encartadas nos contratos de concessão. A concessão dos serviços metroferroviários da Região Metropolitana de Belo Horizonte, realizada pelo Estado de Minas Gerais, por exemplo, se valeu do art. 17 da Lei n. 8987/1995 para instituir pagamentos públicos vinculados à realização de obras necessárias à revitalização da linha 1 e construção da linha 2. Validou-se, assim, o Estado colocar dinheiro em uma concessão comum (ainda sustentada, majoritariamente, por tarifas), mas diminuindo o custo para o usuário. 

Em outros setores, não é desconhecido, aliás, modelos em que a própria Administração Pública assume a totalidade dos pagamentos, mesmo com base na Lei 8.987/1995. O Município de Salvador, por exemplo, assinou contrato de concessão para “implantação, operação e manutenção de aterro sanitário, estação de transbordo e de tratamento”, havendo como contrapartida pagamentos públicos realizados com recursos orçamentários da administração municipal, valendo-se exclusivamente da Lei n. 8987/1995 como arrimo jurídico. 

Não por outro motivo a Lei n. 11.079/04, editada em contexto de maior pujança econômica e estendendo sua abrangência para além dos serviços públicos, veio a instituir a concessão administrativa, concentrando a remuneração do concessionário no Poder Público, como, aliás, já é realizado em setores como saúde, educação e presídios. O Estado, neste modelo, não oneraria o usuário (por impossibilidade legal ou por escolha político-econômica), mas contaria com a iniciativa privada para prestação de serviços, na ponta, ao usuário. 

A Espanha, na experiência comparada, escolheu, por exemplo, instituir modelos dos chamados “pedágio-sombra”, utilizados especialmente pelas comunidades autônomas e pelo Ministério do Fomento nos contratos de primeira geração. Nestes casos, os pagamentos de pedágio em sombra “estão sujeitos a uma avaliação de qualidade e execução da concessionária, conforme parâmetros e obrigações contratuais, e a serem medidos com certa frequência que sujeita a concessionária a penalidades e multas aplicáveis aos pagamentos“³. 

Os modelos existentes não afastam, contudo, uma outra discussão importante. O pacto social pela tarifa zero deve endereçar a priorização – e constância – orçamentária para o pagamento do serviço. É dizer: não basta estar previsto em lei e anunciado publicamente, é necessário o compromisso contratual para viabilizar o arranjo, transformando a intenção político-legislativa em medidas administrativo-orçamentárias e contratuais que dêem constância e concretude à escolha realizada. 

Os serviços, afinal, tão essenciais à população brasileira e, sobretudo, à população mais carente não podem ficar sujeitos aos soluços orçamentários e aos não raros contingenciamentos, sobretudo em épocas de maior restrição fiscal e demais priorizações políticas. Viola-se, de um lado, a satisfação do direito pretendido, e, de outro, macula-se a financiabilidade do negócio pelo operador. 

Se é um compromisso assumido, de longo prazo e forma socialmente pactuada, é preciso acurar os instrumentos para que, de fato, o fluxo financeiro seja suficiente para a correta remuneração do operador e o atendimento da demanda, na ponta. Não basta a aprovação de projetos de leis que chancelem os pagamentos públicos e a instituição dos chamados “subsídios”⁴: é fundamental que sejam orquestrados todos os elementos que estruturem esta relação. 

É o que se faz com as parcerias público-privadas em áreas sociais: nos projetos que envolvem a construção, operação e manutenção de escolas e hospitais por empresas privadas por delegação do poder público (e que, por força constitucional, permanecem gratuitos e acessíveis aos cidadãos) os fluxos de pagamentos públicos e garantias são escrutinados para maior previsibilidade e solidez financeira da operação5. Os arranjos são pensados justamente para que não se dependa do orçamento como único lastro para a garantia dos pagamentos públicos, dado o histórico e as oscilações dos compromissos da Administração Pública. 

E isto é feito mesmo que a Lei n. 11.079/04 estabeleça a obrigatoriedade de previsão de que os dispêndios públicos devem estar no plano plurianual (art. 10, V), na lei de diretrizes orçamentárias e na lei orçamentária anual (art. 10, III), além da previsão do ˜fluxo de recursos públicos suficientes para o cumprimento, durante a vigência do contrato e por exercício financeiro, das obrigações contraídas pela Administração Pública”(art. 10, IV)”. 

Em todos os sentidos, o que se quer é assegurar que a vontade política do tempo presente – legítima e socialmente sensível – não seja desacompanhada da devida estruturação dos caminhos possíveis para viabilizar o modelo proposto. 

Há caminhos, mas eles devem ser perquiridos e não subestimados. 

¹ Ainda nos anos de 1990, durante o mandato da Prefeitura Luiza Erundina na Cidade
 de São Paulo. Para ver mais, acesse: https://piaui.folha.uol.com.br/materia/transporte-publico-gratuito-tarifa-zero-utopia-realidade-democracia-brasil/ 

² Ao menos até março de 2013, 67 municípios já haviam aderido à tarifa zero. 
Fonte: Ao menos 67 cidades brasileiras já adotam a tarifa zero em todo o seu 
sistema de transporte, durante todos os dias da semana, conforme levantamento da 
NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos), atualizado em março 
de 2023.

³ BRASIL, Agência Nacional de Transportes Terrestres. Estudo Internacional de 
Contratos de Concessão Rodoviária. 
Disponível em: https://portal.antt.gov.br/documents/363688/389038/Estudo+Internacional+de+Contratos+de+Concess%C3%A3o+de+Rodovias.pdf/7756481f-e494-1761-916d-48dc37428514?t=1592175951190 

⁴ Na forma do que dispõe a Lei nº 12.587/2012, são considerados subsídios a 
diferença entre a tarifa técnica e a tarifa de remuneração, nos termos do §3º do 
art. 9º: “§ 3º A existência de diferença a menor entre o valor monetário da tarifa de 
remuneração da prestação do serviço de transporte público de passageiros e a tarifa pública 
cobrada do usuário denomina-se deficit ou subsídio tarifário.” No entanto, utiliza-se, não raro, 
a palavra para designar os pagamentos públicos que, em suas diversas naturezas, são realizados em contratos 
de concessão de transporte coletivo. 

5 Veja-se o exemplo do Hospital do Subúrbio na Bahia, ou o programa de concessões 
e ppps de hospitais do Estado de São Paulo. 

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities 

TRANSPORTE DE PASSAGEIROS SOBRE TRILHOS: TECNOLOGIA A FAVOR DA SEGURANÇA

Uma das maiores evoluções do segmento foram os sistemas de comunicação: hoje eles possuem altíssima tecnologia e utilizam as redes 5G

O setor brasileiro de transporte de passageiros sobre trilhos adota rigorosos protocolos de segurança e de manutenção, nos mesmos níveis dos principais operadores do mundo. Para ter ideia da seriedade com que esse tema é tratado, apenas no ano passado, foram mais de 10 milhões de horas de trabalho dedicadas à manutenção dos sistemas em todo o País. Esses protocolos envolvem a circulação dos trens, os centros de controle operacionais (CCOs), os pátios de manutenção e as estações.

No Brasil, os trens de passageiros são equipados com avançados mecanismos de segurança que ajudam a evitar colisões e descarrilamentos. Eles também contam com programas de monitoramento de velocidade e de alertas que sinalizam aos condutores qualquer perigo potencial à frente. Os veículos possuem, ainda, câmeras de segurança internas e externas que auxiliam a monitorar o comportamento dos passageiros e detectam possíveis ameaças.

Evolução

Os sistemas de transporte de passageiros sobre trilhos já nascem com vários dispositivos de segurança. São divididos em quatro aspectos fundamentais: sinalização ferroviária, sistemas de comunicação, de tração e de comunicação com os passageiros.

No início, a sinalização era feita via token, recurso que tinha como objetivo facilitar a movimentação segura dos trens nas ferrovias em uma via singela; depois, vieram os sistemas de zonas que dividiam as vias em áreas de segurança. A seguir, foram incorporados conjuntos de proteção automática, o famoso ATP (automatic train protector); e, por fim, foram adotados os sistemas CBTC (communications-based train control), muito avançados do ponto de vista tecnológico.

Em relação à tração, o primeiro sistema de metrô urbano foi o de Londres, inaugurado, em 1863, com tração a vapor, que apresentava inconvenientes como faíscas da combustão, além do armazenamento e do abastecimento de água para as composições. Em 1890, ele evoluiu para a tração elétrica e, desde então, quase todos os sistemas urbanos importantes começaram a usar a tecnologia.

Durante muito tempo, a tração a diesel prevaleceu e, a seguir, vieram motores de corrente contínua. Atualmente, praticamente todos os sistemas de transporte de passageiros sobre trilhos urbanos no mundo utilizam a tração elétrica, com a tendência de todos os novos adotarem os motores de corrente alternada, que são mais simples, de baixa manutenção e de altíssima confiabilidade.

Interação

A interferência do passageiro no sistema é um ponto que demanda muita atenção. Por exemplo, se algum usuário segurar o fechamento de uma porta de trem, praticamente ele começa a desregular todo o sistema. Então, é fundamental trazer o passageiro como aliado durante a prestação do serviço, o que é feito via comunicação visual e sonora, fundamentais para reforçar boas práticas, além de informar os protocolos para situações de emergência.

Uma das maiores evoluções tecnológicas do segmento foram os sistemas de comunicação. No começo, eles eram muito simples e baseados em telégrafo; depois, vieram os sistemas de rádio; e, hoje, são sistemas de altíssima tecnologia que utilizam as redes 5G. A comunicação com os passageiros praticamente não existia, era feita apenas pelos funcionários da operadora. Atualmente, com as tecnologias digitais, as informações chegam aos usuários de maneira instantânea, dentro dos carros de transporte e nas estações, com monitores compartilhando informações em tempo real.

Destaco, ainda, os centros de controle operacionais (CCOs) que auxiliam a tomar as melhores decisões possíveis, várias delas, inclusive, automaticamente. Os CCOs são responsáveis por monitorar e gerenciar a circulação dos trens; o funcionamento das estações, dos pátios e a segurança dos passageiros.

Eles são equipados com programas de comunicação e monitoramento de tráfego, em tempo real, permitindo aos controladores responderem rapidamente em qualquer situação de emergência. Esses são alguns exemplos das constantes evoluções que têm permitido que o setor se adapte de forma rápida às novas tecnologias e esteja aberto à integração com novas aplicações.

Fonte: Mobilidade Estadão

#CONECTATALKS COM O GERENTE GERAL DA RAIN BIRD CORPORATION, FERNANDO HADDAD

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Como a empresa atua com ações e soluções eficientes e sustentáveis para impulsionar o desenvolvimento de cidades brasileiras inteligentes?


NOTÍCIA:

Nicole Costa, colaboradora da Plataforma Connected Smart Cities, foi a entrevistadora desta edição do Conecta Talks.

O Conecta Talks é uma iniciativa do Connected Smart Cities, uma plataforma que, ao integrar com sua comunidade, acelera o processo de desenvolvimento das cidades inteligentes no Brasil.

No início do programa, o Gerente Geral da Rain Bird, Fernando Haddad, foi apresentado para o público espectador. Em seguida, o executivo abordou brevemente a missão e os propósitos da empresa no mercado de produtos, serviços e soluções em irrigação agrícola para o desenvolvimento de cidades mais inteligentes e sustentáveis.

A Rain Bird é parceira da Plataforma CSC e apoiadora do Encontro Nacional,  Connected Smart Cities & Mobility Nacional (CSCM) 2023, o maior e mais importante evento de negócios e conexões de cidades inteligentes e mobilidade urbana do Brasil, que será realizado entre os dias 4 e 5 de setembro, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo.

DESTAQUES DA ENTREVISTA:

  1. Durante o bate papo, Fernando Haddad destacou que a missão e os propósitos  da empresa norte-americana Rain Bird, que completa 90 anos em 2023, assemelham-se aos da Plataforma Connected Smart Cities.  
  2. Em relação aos avanços de qualidade dos serviços prestados, o executivo destacou o aprimoramento de tecnologias inovadoras e modernas ao longo do tempo, com a elaboração de projeto de irrigação de lavouras de citros na Califórnia, sistemas de irrigação voltados ao paisagismo e metodologias de automação e utilização inteligente, eficiente e sustentável da água para redução de impactos sociais e ambientais nos espaços urbanos.
  3. Destaque dos principais desafios para uma gestão sustentável e menção de ações eco-responsáveis, como projetos de irrigação subterrânea, que vêm sendo implementadas pela empresa no Brasil. 
  4. Com base nesse panorama de atuação, Fernando Haddad destacou 2 exemplos de cases que atingiram resultados positivos para os ecossistemas urbanos nacionais, como o projeto Cidade Matarazzo (SP), de controle responsável do consumo hídrico. 
  5. No encerramento da entrevista, Haddad compartilhou um breve spoiler sobre como será a participação da Rain Bird no CSCM deste ano.

Assista a entrevista na íntegra aqui.

MOOVIT LANÇA PARCERIA COM PREFEITURA DE GRAVATAÍ

Aplicativo mostrará melhores rotas e localização dos ônibus em tempo real.

Prefeitura da cidade lançará em 21 de julho parceria com a empresa

Como mais uma ação para qualificar o transporte público dentro do programa Procoletivo, o prefeito de Gravataí, Luiz Zaffalon, lançará em 21 de julho, parceria com o Moovit, o aplicativo de mobilidade urbana mais usado no mundo. A ferramenta gratuita, disponível no celular ou no computador, permitirá aos passageiros acesso a informações sobre melhores rotas, linhas disponíveis e localização em tempo real dos ônibus.
Ao acessar o aplicativo, o usuário irá inserir o local de destino e a ferramenta mostrará a navegação passo a passo, incluindo eventual trecho de caminhada até a parada mais próxima e as linhas disponíveis para o trajeto. Na parada, é possível ver a estimativa de tempo para a chegada do próximo ônibus. Após o embarque, o passageiro ainda recebe uma notificação quando chegar o momento de descer. O aplicativo é 100% compatível com VoiceOver e TalkBack, dois dos leitores de telas para deficientes visuais mais conhecidos. Também é possível aumentar o tamanho da letra e identificar as rotas acessíveis, com acesso facilitado para pessoas com mobilidade reduzida.
“O uso da tecnologia ajuda os passageiros a programar melhor as viagens e até conexões para outras cidades e reduzir tempo de espera nas paradas. É mais uma ação para tornar o transporte público mais atrativo e eficiente, melhorando toda a mobilidade urbana na cidade. Além de termos uma das menores tarifas da região metropolitana, incorporamos à frota, em junho, 10 novos ônibus e dois novos micro-ônibus, todos com ar-condicionado”, comenta o prefeito Zaffalon.
O transporte urbano de Gravataí é composto por 63 veículos. Por dia, em média, são 20 mil passageiros. O secretário municipal de Mobilidade Urbana, Guilherme Ósio, destaca que a parceria com o Moovit não tem custo para o usuário nem para a prefeitura.
Serviço
O lançamento da parceria da Prefeitura de Gravataí com o Moovit será em 21 de julho no Urbano – Offices & Coworking, na rua Cel. Sarmento, 1.261, em Gravataí, das 9h às 12h, com palestra de Fernando Michel, professor da UFRGS e consultor em Planejamento, Operação e Controle de Sistemas de Transportes. Participam o prefeito Zaffalon, o secretário de Mobilidade Urbana, Guilherme Ósio, e a secretária municipal de Inovação, Ciência e Tecnologia, Selma Fraga.
Procoletivo
O Comitê do Programa Municipal de Reestruturação e Qualificação do Sistema de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros (Procoletivo), composto por representantes de diversos segmentos da sociedade, é uma iniciativa da Prefeitura de Gravataí. Lançada em 2022, consiste em uma série de ações para qualificar e tornar mais atrativo o serviço oferecido à população. Entre as ações estão a redução do valor da tarifa, ampliação de linhas e horários e incremento de veículos novos com ar-condicionado à frota.
Sobre o Moovit
Moovit, uma empresa da Mobileye (Nasdaq: MBLY), é o líder global em Mobilidade como Serviço (MaaS) e o aplicativo de mobilidade urbana mais usado do mundo. O Moovit simplifica a maneira como as pessoas usam o transporte público, micromobilidade e outras formas de transporte. Mais de 1.5 bilhão de usuários usam o app gratuitamente no Android, iOS e na web em 3500 cidades de 112 países. O Moovit foi adquirido pela Intel em 2020 para unir forças com a Mobileye no desenvolvimento do transporte autônomo, e recentemente apresentou o MoovitAV.

Com informações da Assessoria de Imprensa

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DESCARBONIZAÇÃO: ESTUDO APONTA A VIABILIDADE DA CAPTURA DIRETA DO AR PARA A REMOÇÃO DE CO2

Estudo da Boston Consulting Group (BCG) identificou quatro alavancas de curto prazo que podem reduzir os custos e tornar a tecnologia mais atraente

A corrida pela descarbonização e o desenvolvimento de tecnologias para a mitigação das emissões de dióxido carbono é essencial para o cumprimento do Acordo de Paris. Pensando nisto, a consultoria Boston Consulting Group (BCG) promoveu o estudo Shifting the Direct Air Capture Paradigm, focado na captura direta do ar para a remoção de dióxido de carbono de modo escalável e permanente.

“Por mais que estejamos estudando diferentes tecnologias para a redução das emissões de CO2, há sempre um resíduo. A DAC pode resolver essa questão, desde que haja investimento e desenvolvimento para que a tecnologia seja acessível e escalável”, diz André Pinto, diretor executivo e sócio sênior do BCG em entrevista à EXAME.

De acordo com o executivo, a tecnologia precisaria ter um custo de 100 a 200 dólares por tonelada de C02 retirado da atmosfera, mas hoje o custo é cerca de 1.000 dólares. “Projeções para 2030 é de que o hidrogênio verde, por exemplo, tenha o custo médio de 150 a 200 dólares por tonelada de carbono; o biometano é de 160 dólares. Assim, o DAC só é viável se competitiva”, afirma. O estudo aponta ainda que, até 2050, cerca de 10 bilhões de toneladas de CO2 precisarão ser removidas da atmosfera anualmente. Para armazenar essa quantidade de CO2, o DAC precisa ser avançar rapidamente nos próximos 25 anos.

“A competitividade acontecerá por meio de incentivos e custo do capital mais baixo. Para isto, governos e agentes privados precisam enxergar a importância da prática como ocorreu,  por exemplo, com a energia solar”. Para André, tomadores de decisão podem ver a DAC como uma solução perto de outras práticas que já ocorrem, como o reflorestamento. “Neste caso, não é necessária uma área tão grande quanto as destinadas ao plantio. Além disto, a tecnologia garante a possibilidade de saber quanto de CO2 foi de fato removido”.

Para transformar a DAC em uma solução viável para enfrentar a crise climática, o BCG identificou quatro alavancas de curto prazo que podem reduzir os custos e tornar a tecnologia mais atraente:

  • Conhecimento compartilhado acelera redução de custo

Governos e iniciativa privada podem incentivar empresas desenvolvedoras a compartilharem seu aprendizado em toda a cadeia de suprimentos em áreas menos competitivas. Além disso, à medida que a solução amadurece, investidores precisarão selecionar dois ou três projetos e concentrar seu apoio a essas iniciativas para acelerar o seu desenvolvimento.

  • Tratando o DAC como um serviço público

Governos costumam ter incentivos específicos para usinas de resíduos municipais, ajudando as empresas a manterem um baixo custo, já que as instalações fornecem um serviço público essencial. A remoção do carbono do ar pode funcionar da mesma forma e os governos podem adotar uma abordagem semelhante para incentivar o mercado de captura de CO2. 

  • Alterando as regras de contabilidade de carbono

Uma maneira de desbloquear fontes de capital seria a mudança das regras sobre como as remoções permanentes de CO2 são contabilizadas. As diretrizes atuais limitam a capacidade das empresas de contabilizar as remoções em relação às suas metas de emissões. No entanto, ao revisar suas regras sobre remoções permanentes, pelo menos para as emissões de escopo 3, as organizações que verificam a quantidade de carbono capturado incentivariam o investimento nessas tecnologias.

  • A localização importa

Para que a DAC seja bem-sucedida, será fundamental encontrar localizações geográficas com grande potencial de armazenamento, capazes de fornecer energia renovável abundante e barata, e atender aos requisitos climáticos específicos de diferentes soluções. Por exemplo, temperatura local, umidade e elevação podem ter efeitos diferentes no desempenho da captura de CO2.

Agências governamentais reguladoras e setores privados podem ajudar a estabelecer rapidamente uma infraestrutura robusta de DAC em locais privilegiados por meio de regras de licenciamento, incentivos e acordos multilaterais de aquisição. Muitos desses locais podem fornecer novas fontes de energia de baixo carbono e, ao mesmo tempo, permitir uma transição justa.

Fonte: Exame

ESPECIALISTA DESTACA URGÊNCIA DE AÇÕES PARA APRIMORAR O TRANSPORTE PÚBLICO EM GOIÂNIA

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Miguel Pricinote, mestre em transporte e subsecretário estadual de políticas para Cidades e Transporte, afirma que medidas devem ser tomadas para melhorar o transporte público em Goiânia.

Entre as ações necessárias, destacam-se investimentos na ampliação e modernização da frota de ônibus, aprimoramento da infraestrutura das paradas e implantação de sistemas de prioridade em vias congestionadas.

Pricinote ressalta a importância do planejamento urbano para a eficácia do transporte coletivo. “A criação de vias exclusivas para ônibus e a localização estratégica de terminais são exemplos de ações necessárias”, completa.

Além disso, o especialista enfatiza a modernização da frota com veículos mais sustentáveis e confortáveis como uma prioridade para atender às demandas da população.

“Um sistema de transporte público eficiente e acessível pode trazer diversos benefícios para Goiânia”, afirma Miguel. A redução do tráfego e congestionamentos e a diminuição do tempo de deslocamento, são alguns dos ganhos que a cidade pode obter.

Fonte: Transmissão Politica 

PPPS DE ESTADOS E MUNICÍPIOS AVANÇAM, MAS GARANTIAS AINDA SÃO DESAFIO

Valor Econômico – O modelo de Parcerias Público Privadas (PPPs), que o governo federal planeja impulsionar, reúne um estoque de ao menos 121 projetos em Estados e capitais brasileiras, com potencial de investimento a partir de R$ 37 bilhões, segundo dados da Abdib (Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base). Apesar do avanço, o formato ainda deverá enfrentar desafios, principalmente na questão das garantias, mesmo com os estímulos da União.

Hoje, a carteira mapeada pela Abdib é pulverizada entre 30 entes federativos e contempla 14 setores, com destaque para infraestrutura social e de lazer (35 iniciativas), energia (19), saúde (16) e mobilidade urbana (14).

Entre as iniciativas, a maior é a PPP do Trem Intercidades entre São Paulo e Campinas, do governo paulista, cuja licitação deverá ser realizada em novembro. Outros projetos relevantes, já com leilão marcado, são a PPP do Complexo Hospitalar Souza Aguiar, da prefeitura do Rio, com licitação em agosto, e o Novo Aeroporto Costa do Descobrimento, do governo baiano, previsto para setembro.

“Houve melhora na estruturação das PPPs, o que permite reduzir a mortalidade que se via no passado. Na maioria dos casos, a qualidade avançou, os riscos foram mitigados”, avalia Venilton Tadini, presidente da Abdib.

No entanto, as PPPs subnacionais ainda enfrentam desconfiança no mercado. Um desafio central é a estruturação da garantia, ou seja, o mecanismo de segurança contra a possível inadimplência de governos. A questão é determinante, porque, diferentemente das concessões plenas, em que a viabilidade econômica é garantida pela tarifa paga pelo usuário, as PPPs dependem de aportes públicos.

“A garantia é um desafio enorme para todo ente federativo. Mesmo na Prefeitura de São Paulo, que tem situação privilegiada de caixa e rating [nota de crédito], é algo difícil”, diz Guilherme Bueno de Camargo, presidente da SP Parcerias.

Para destravar essa limitação e viabilizar mais PPPs, o Tesouro Nacional anunciou, em abril, a oferta de uma garantia federal a projetos estaduais e municipais.

A ideia é que a União entre como “fiadora” da garantia, que será feita via operações de crédito. Haverá duas formas de usar o financiamento: para o desembolso de um aporte público, pago no início do contrato (quando é necessário fazer uma obra grande, por exemplo) ou ao longo da PPP, em contraprestações anuais – neste caso, o crédito funciona como “seguro”, e a instituição financeira só paga o recurso se houver inadimplência.

Na visão de Estados e prefeituras ouvidas pelo Valor, o mecanismo tem grande potencial de impulsionar PPPs. Porém, há incerteza sobre como funcionará na prática.

“Pode ser uma grande alavanca. Com a garantia da União, haverá uma série de atores interessados em financiar, isso pode destravar projetos de forma inédita. Mas o procedimento não é simples. É preciso garantir agilidade na liberação”, avalia Camargo.

Gustavo Guerrante, presidente da Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPar) diz que as garantias federais serão consideradas para as novas PPPs da prefeitura, mas, pelo volume e pelo porte dos projetos em estudo, não deverão ser suficientes.

“Temos projetos de grande porte, como o VLT da Zona Sul. Vamos analisar, mas considerando o limite estabelecido para cada ente, não deve ser suficiente para nossa demanda.” A carteira completa da CCPar inclui 15 projetos, em diferentes etapas.

Outra restrição relevante do mecanismo federal é a situação fiscal dos governos. O Rio Grande do Sul, por exemplo, que está em regime de recuperação fiscal, não poderá acessar as garantias. “O Tesouro é bastante restritivo. O ente tem que estar adimplente com a Lei de Responsabilidade Fiscal, ter Capag [Capacidade de Pagamento] A ou B. Não é fácil acessar”, afirma Pedro Capeluppi, secretário estadual de Parcerias e Concessões.

Apesar de o Estado não poder aderir ao mecanismo, Capeluppi afirma que o modelo está sendo estudado para projetos em municípios gaúchos. “Devemos lançar, ainda em julho, um programa para apoiar PPPs municipais e já mapeamos que diversas cidades teriam condições de aderir”, diz.

Segundo o Tesouro Nacional, estima-se que 3.372 entes subnacionais contavam com Capag A ou B em 2022. Em relação ao prazo de liberação das garantias, a secretaria afirma que “operações de crédito internas têm um ciclo de análise e aprovação inferior a 130 dias e, as externas, em torno de 180 dias”.

O Mato Grosso do Sul também deverá avaliar a adesão ao mecanismo nos novos projetos, segundo a secretária de Parcerias Estratégicas do Estado, Eliane Detoni. Entre as iniciativas que poderão se beneficiar estão PPPs de rodovias que serão estudadas.

A vantagem do modelo de crédito, diz, é que o recurso não fica parado, como acontece no formato predominante nos Estados, que deixam a garantia em fundos e contas vinculadas às PPPs.

Detoni destaca, porém, que terá que ser avaliado o custo do financiamento, além do espaço fiscal ocupado. “Me parece que o custo é mais baixo do que a manutenção da conta-garantia, mas temos que avaliar. Outro desafio é que a operação mantém, ao longo de 20, 30 anos, os recursos contratados no consumo de espaço fiscal. É necessária uma análise de longo prazo.”

O Tesouro Nacional afirma que, neste momento, o mecanismo “está na fase de diálogo para seleção de pilotos junto às instituições financeiras” e que, na sequência, haverá “o início dos pedidos formais para análise”. O órgão não divulga estimativas sobre a adesão, mas diz que “há sinalização de interesse da maioria dos Estados, capitais e grandes municípios”.

Para além das garantias, outro desafio para o avanço das PPPs subnacionais é a percepção de risco, afirma Eric Brasil, sócio da consultoria Tendências. “Se na esfera federal ainda temos projetos com elevado risco político, na esfera municipal e estadual isso é potencializado. Temos decisões judiciais em comarcas menores, muitos poderes concedentes sem histórico de PPPs, maior influência de questões locais. Tudo isso reduz a segurança do ambiente de negócios.”

Esse fator, diz ele, dificulta inclusive o mecanismo de garantias federais, dado que a declaração de inadimplência – caso em que a garantia seria acionada – em geral é alvo de judicialização.

Além disso, a percepção é que a estruturação das PPPs ainda é um gargalo, avalia Marcos Ganut, sócio da Alvarez & Marsal. “Há um número significativo de modelagens precárias. É preciso ter uma fábrica de projetos mais adequada que possa alimentar as PPPs.”

Apesar dos desafios, Tadini diz que as PPPs são importantes porque possibilitam contratos que seriam inviáveis só com recursos privados. “Em alguns projetos, o privado sozinho não consegue fazer, precisa ter o público junto. Nesses casos, ou faz via PPP ou não faz.”

Fonte: Revista Ferroviária 

CONHEÇA O PROJETO QUE PROMETE REVOLUCIONAR A MOBILIDADE ATIVA EM DUBAI

Com a entrega de uma estrada sustentável de 93 quilômetros de extensão, Dubai pretende ampliar a prática da caminhada e do ciclismo

Protagonista de muitos dos empreendimentos mais ambiciosos e futuristas do mundo, a cidade de Dubai será alvo de mais um projeto inovador da URB, companhia referência no desenvolvimento de cidades sustentáveis.

Tomando como ponto de partida muito daquilo que pode ser observado nas cidades europeias, onde iniciativas que estimularam a caminhada e o ciclismo se mostraram bem-sucedidas nas últimas décadas, o projeto prevê a entrega de uma estrada sustentável com 93 quilômetros de extensão.

Visando ir além da ampliação da infraestrutura para meios de transporte sustentáveis, o projeto intitulado The Loop pretende estimular a mobilidade ativa para os residentes locais. Com isso, a expectativa é de ampliar a participação desta forma de deslocamento para 80% até 2040.

The Loop: revolucionando o deslocamento

Por meio da grande oferta de serviços e áreas de lazer integrados, a proposta é a de limitar o tempo de deslocamento entre diferentes locais em até 20 minutos. Para isso, a ciclovia projetada estará disposta no entorno de uma grande área, encurtando a viagem.

A estrada deverá contar com uma infraestrutura que a torne ideal para o trajeto, independentemente das condições climáticas. Assim, a tecnologia será adotada para desenvolver um corredor climatizado, composto por ampla disposição de árvores e coberto por uma camada de vidro.

Espaço climatizado será utilizado para facilitar o acesso a diferentes regiões em Dubai. (Fonte: URB/Divulgação)

Produção de energia renovável é destaque no projeto

Outro destaque se dá pelo recurso adotado para gerar energia renovável, que consiste no emprego das pistas para extrair energia a partir dos passos realizados sobre ela. Além disso, será possível até mesmo contabilizar os passos realizados e quantificar a energia gerada em um dado período.

Ainda segundo a URB, essas pistas seriam compostas por pneus reciclados. Ao pensar na infraestrutura para a produção de alimentos, a inovação também se evidencia. Para tanto, será utilizada água 100% reciclada na irrigação de diferentes cultivos em fazendas verticais.

Inclusive, para estimular a mobilidade ativa entre a população, um aplicativo será adotado para recompensar o tempo de caminhada e pedalada. Em suma, o projeto busca aliar diferentes objetivos ao incentivar a prática esportiva, reduzir a emissão de poluentes em máxima escala e contribuir com modelos sustentáveis que se tornem referência para projetos futuros.

Fonte: Summit Mobilidade Estadão

SEMÁFOROS INTELIGENTES COMEÇAM A SER INSTALADOS EM MANAUS; SAIBA COMO VAI FUNCIONAR

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Fonte: G1

CAMPINAS COMPLETA 249 ANOS E É REFERÊNCIA DE CIDADE INTELIGENTE E CONECTADA DO BRASIL

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Considerada a maior cidade do interior paulista, Campinas vem crescendo cada vez mais como smart city com a promoção de ações e investimentos nos segmentos de mobilidade urbana, tecnologia e inovação, infraestrutura, meio ambiente, empreendedorismo, educação e saúde.


Campinas também conquistou a 5ª posição na última edição do Ranking Connected Smart Cities, além do Selo Ouro de Boas Práticas CSC, premiações que reconhecem iniciativas de cidades com maior potencial de desenvolvimento do país.

Nesta sexta-feira, 14 de julho, a cidade de Campinas (SP) completa 249 anos de existência. Com mais de 1,1 milhão de habitantes e um dos maiores PIBs do país, a cidade é considerada, atualmente, um polo de desenvolvimento tecnológico, econômico e social, e exemplo de trajetória bem-sucedida que pode ser seguida por outras cidades brasileiras. 

Investimentos em projetos de governança, conectividade, tecnologia e inovação voltados aos ecossistemas de cidades inteligentes, que integram as áreas de mobilidade, economia, educação e saúde, entre outras, possibilitam avanços estratégicos e beneficiam a qualidade de vida local. 

Neste âmbito, o Portal Connected Smart Cities vem publicando, ao longo dos últimos anos, notícias que comprovam que a cidade investe em políticas públicas voltadas ao bem-estar do cidadão, fortalecendo a qualidade dos serviços prestados, combinadas com medidas de redução de custos, atreladas ao uso da tecnologia moderna e de ferramentas com eficiência operacional.

Dentre essas ações, já foram implementados programas de transformação digital e ampliação da conectividade, por meio da geração de redes móveis 5G; ações de gerenciamento inteligente de iluminação pública; fomento ao crescimento de micro e pequenas empresas, startups e espaços de coworking; investimentos em pesquisas, Instituições de Ensino Superior (IES), programas educacionais de Ciência Tecnologia e Inovação (ICTI) e Parques C&T; incentivo a projetos de capacitação e qualificação profissional, incremento de oportunidades nos setores de comércio, indústria, turismo, entre outras.

Plano de ações para o desenvolvimento de uma Campinas mais inteligente e conectada

Em entrevista exclusiva para a Plataforma Connected Smart Cities, o Prefeito de Campinas, Dário Saadi, destacou a agenda de ações implementadas para o desenvolvimento de uma cidade ainda mais inteligente, conectada e sustentável. “Neste último período, destacamos a implantação da saúde digital (telemedicina) nos Centros de Saúde; as 16 creches Espaços do Amanhã, que começaram a ser construídas em todas as regiões; a publicação da lei para a reabilitação de cerca de 1.800 imóveis na área central, com isenções e descontos de IPTU, entre outros incentivos.”

O prefeito ainda ressalta a criação do modal de transporte “BRT, ligando os bairros ao centro; do PAES (Programa de Ativação Econômica e Social) com várias iniciativas; do Campinas na Palma da Mão, com serviços digitais à disposição da população; da Cimcamp (Central Integrada de Monitoramento de Campinas), com mil câmeras integradas de monitoramento”. Além da “definição do novo zoneamento para o Polo de Inovação para o Desenvolvimento Sustentável (PIDS), que terá um novo modelo para o setor de tecnologia, com geração de empregos, moradia e ocupação do espaço público com base sustentável.”

Programa de Mobilidade Ativa da EMDEC é premiado no PMU 2023

Na 1ª edição do Prêmio Parque da Mobilidade Urbana, o Programa Revivacidade, da Empresa Municipal de Campinas/Secretaria Municipal de Transportes (EMDEC/SETRANSP), que engloba o Projeto Delphino Cintra, foi reconhecido como a melhor iniciativa em prol da mobilidade ativa. 

O programa atua com a implementação de ações para a readequação dos espaços em prol do bem-estar e da segurança dos pedestres, alinhando os conceitos: sistema seguro, visão zero, gestão de velocidade e desenho seguro. A categoria Mobilidade Ativa reconhece iniciativas relevantes que tenham efetivamente contribuído para o incremento de modais ativos de deslocamento, com investimentos em ações e soluções em infraestrutura, comodidades, segurança e acolhimento.

A premiação é uma iniciativa da Plataforma Connected Smart Cities (CSC), da consultoria Urucuia – Inteligência em Mobilidade Urbana e do Portal Mobilidade Estadão e premia iniciativas e pessoas que promovem uma mobilidade urbana sustentável, segura e inclusiva nas cidades brasileiras. Conheça os vencedores na última edição do Prêmio aqui.

Reconhecimentos no Ranking Connected Smart Cities

Em 2022, Campinas garantiu a 5ª colocação no Ranking Connected Smart Cities (CSC), com o reconhecimento de cidade mais inteligente e conectada do Brasil,  ficando na 3ª posição entre as cidades da região Sudeste. A cidade também conquistou a 3ª posição no eixo Economia, o 5º lugar nas temáticas Tecnologia e Inovação e Educação e a posição em Empreendedorismo.

“O quinto lugar no Prêmio Connected Smart Cities no Ranking de cidades inteligentes e conectadas do Brasil é um reconhecimento da nossa gestão. Avançamos, mas ainda há muitos desafios. Neste sentido, cada vez mais buscamos promover políticas públicas para uma cidade inteligente e conectada para todos”, ressalta o Prefeito de Campinas.

O Ranking é um estudo elaborado pela Urban Systems, em parceria com a Necta, e mapeia todos os 680 municípios brasileiros com mais de 50 mil habitantes. Em 2022, o levantamento contou com 75 indicadores, que validam a prestação de serviços inteligentes nas cidades. Saiba mais sobre o estudo aqui.

Conquista do Selo Ouro CSC

Campinas também foi reconhecida com o Selo Ouro de Boas Práticas em Cidades Inteligentes. Uma iniciativa da Plataforma Connected Smart Cities, em parceria com a Spin – Soluções Públicas Inteligentes, a ferramenta incentiva o desenvolvimento e o reconhecimento de boas práticas em cidades inteligentes. Conheça a iniciativa aqui.

As categorias de premiação são: Diamante, Ouro, Prata, Bronze e o nível Aspiracional. Para levantamento e compreensão das realidades urbanas, o Selo avalia ações e nível de envolvimento das cidades brasileiras em 6 dimensões, sendo 5 de caráter autodeclarado e 1 considerando o resultado das cidades nas últimas edições do Ranking Connected Smart Cities.

As dimensões de análise são:

  • Planejamento da Cidade Inteligente para avaliar boas práticas refletidas no planejamento municipal;      
  • Governança da Cidade Inteligente, que considera as boas práticas presentes na governança da Cidade;
  • Ecossistema de Inovação, cujo objetivo é analisar boas práticas refletidas na regulação do Ecossistema de Inovação Municipal;
  • Planejamento de Infraestruturas e Serviços de TIC, tópico que trata da observação do impacto de boas práticas refletidas no planejamento de TICs do Município;
  • Maturidade para Parcerias, direcionada à identificação de boas práticas refletidas na colaboração do poder privado na cidade; 
  • Tendência de evolução no Ranking Connected Smart Cities, item que abrange um balanço geral de resultados em boas práticas nos indicadores das cidades estudadas.

Na última edição da premiação, o município apresentou iniciativas dentro das 5 dimensões consideradas pela ferramenta, que foram: o  Plano Campinas Cidades Inteligente; projetos de Cidade Inteligente (da Diretoria de Projetos Estratégicos, EMDEC e Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Tecnologia e Inovação); o Marco Legal das Startups; o Plano Diretor de Tecnologias da Informação e Comunicação – fase final – da Prefeitura de Campinas; regulamentação da Lei de Parcerias Público Privadas (PPPs) , com a implementação da primeira PPP de Campinas, referente à iluminação pública.

Campinas completa 249 anos e é referência de cidade inteligente e conectada do Brasil
Prefeito Dário Saadi. Crédito: Carlos Bassan

“Campinas é uma cidade com vocação para a inovação. Temos 21 entidades e instituições de ciência e tecnologia de peso nacional e internacional. Essas entidades são bem maiores do que o próprio município. Isso é importante para a cidade e para a formação individual, porque uma cidade é feita de pessoas e, se você quer uma cidade inteligente, você tem que ter pessoas preparadas”, conclui o Prefeito Dário Saadi.

Vinicius Lima Riverete, Diretor-Presidente da Emdec/Setrans. Crédito: PMU

Ficamos muito felizes e honrados por vencermos o Prêmio Parque da Mobilidade Urbana, na categoria ‘Iniciativa em favor da mobilidade ativa’. Afinal, esse Prêmio vem coroar um esforço da cidade de Campinas na construção de suas políticas públicas de mobilidade. O Programa Revivacidade, desenvolvido no segundo semestre de 2022, na Rua Delphino Cintra, incorporou medidas de redução da velocidade e mobilidade ativa à região do Botafogo. A iniciativa promove a segurança dos pedestres, cria espaços de convivência e favorece a integração da comunidade. Está alinhada também aos conceitos de traffic calming (tráfego calmo), sistemas e desenhos seguros, visão zero e gestão da velocidade. Já coletamos dados na fase inicial do Programa, que mostram importante redução de velocidade e aumento do respeito aos limites nessa região. É um avanço! Tanto que a segunda etapa já está prevista para esse segundo semestre, na Avenida Andrade Neves e da Rua Dr. Octávio Mendes“.