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INOVAÇÃO URBANA E A SOBREVIVÊNCIA DAS CIDADES

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A cidade do futuro será “outra entidade” muito diferente daquela com a qual nos acostumamos, durante esse brevíssimo período da Civilização Ocidental.

Mudança Climática e seu Impacto sobre as Cidades

Com estarrecimento e pavor, vimos as enchentes do Rio Grande do Sul e da Região Metropolitana de Porto Alegre. Mas, muitos de nós sabiam que algo assim estava por acontecer – a surpresa foi quanto ao lugar, em específico, em que se deu a catástrofe: de Veneza a Londres, passando por Belém e Nova York, imaginava-se que muitas outras regiões metropolitanas poderiam ser inundadas devido às mudanças climáticas. Qual seria a primeira a soar o “alerta global” da transformação do clima?

Durante décadas, a gestão urbana vinha esquecendo de que a gestão das águas é um dos aspectos fundamentais da vida urbana. Em Rio Grande do Sul e Porto Alegre, vimos o resultado de uma perigosa confluência entre descaso público e falta de visão de longo prazo, que ignorou os perigos de um imprevisível clima em transformação.

No entanto, podemos esperar as mesmas cenas de inundação em praticamente todas as metrópoles costeiras do mundo: devido ao aquecimento global e a consequente deglaciação do planeta, prevê-se que o nível dos oceanos poderá subir até dois metros até o fim do século, com possibilidade dessa marca ser atingida antes do tempo. No entanto, como tudo que se relaciona com ciência ambiental, climatologia, transformações do ambiente e do clima, esse número isolado diz pouco sobre o impacto que as transformações climáticas e ambientais terão sobre as cidades e a vida das pessoas. O efeito das marés, das variações de nível dos rios e lagos, assim como eventos “episódicos” (raros) tornando-se comuns – furacões, tornados, chuvas torrenciais e ventos extremos – sobre o meio-ambiente e cidades é complexo e imprevisível: como pensar e construir cidades para esse novo contexto?

Já estamos vendo uma onda de eventos climáticos “anormais” mundo afora. De Dubai a Suíça, chuvas torrenciais e deslizamentos de terra e rochas devastam regiões urbanas inteiras. O impacto sobre a economia é enorme e difícil de mensurar. O efeito sobre as cidades é catastrófico: a destruição de modos de vida e, potencialmente, colapso sócio-econômico.

Uma Visão para o Futuro Urbano 

Tive a oportunidade de participar do 3o Encontro Cidades da Amazônia e do Brasil, realizado em Belém pelo Laboratório da Cidade, parceiros públicos e privados. Três assuntos foram o núcleo das discussões: as “Cidades Ancestrais” da Amazônia pré-colonial, os preparativos para a COP 30 e as Ações de Mitigação para a Mudança Climática. Esses três assuntos estão mais entrelaçados entre si do que pode parecer. Vejamos porque.

Está se formando o consenso de que a meta do Acordo de Paris – o limite de aumento de 1,5oC da temperatura média planetária – não será respeitada, e os ambientalistas já estão ponderando a respeito das ações de mitigação da transformação do clima nas cidades, economia e sociedade. Ou seja, não precisamos apenas lutar contra a mudança climática, e sim trabalhar para reconstruir as cidades para que possamos sobreviver à transformação do clima e do meio ambiente planetário. Porque, de fato, não se trata de pequenas e modestas transformações que serão necessárias para um futuro urbano “viável” neste novo contexto posterior à mudança climática: será preciso reinventar as cidades para que possamos viver de modo sustentável e regenerativo.

A ciência vem nos mostrando que as cidades do passado foram coisas muito diferentes do que fomos capazes de imaginar: a arqueologia da Bacia Amazônica nos mostra que houve um tipo muito peculiar de urbanização naquela região, e provavelmente algo muito parecido aconteceu em todo o continente americano antes da colonização: as “Cidades Ancestrais” da Amazônia eram uma incrível articulação de assentamentos humanos e enormes “jardins comestíveis”. De fato, uma gigantesca “cidade agroflorestal” se estendia por toda a Bacia Amazônica, possivelmente sustentando uma população de 50 milhões de pessoas, maior do que a população amazônica atual de 38 milhões. Essa população desapareceu quase que por completo, restando apenas as populações tribais que hoje habitam a região. A “Urbanidade Simbiótica” da Amazônia caiu no esquecimento, até ser reencontrada pela arqueologia.

Belém irá sediar a COP 30. Para tanto, profundas transformações urbanas deverão ser realizadas para que a cidade possa receber o enorme número de delegações. Como podemos garantir que essas transformações não apenas cumpram sua função em tornar Belém a sede deste evento, como também sirvam ao desenvolvimento urbano futuro da cidade, inclusive de modo compatível com as transformações urbanas necessárias para acomodar a mudança climática? Será que a infra-estrutura urbana de Belém deveria ser ampliada por meio de uma “cidade flutuante”? Ou, então, será que o exemplo de Afuá – município de Marajó inteiramente composto por palafitas, com um tecido urbano suspenso sobre a floresta alagadiça, toda servida por mobilidade ativa – será fundamental para uma “outra Belém”?

Os três assuntos falam de uma mesma coisa:

As cidades do futuro NÃO serão parecidas com as cidades de hoje

As cidades do passado tinham características – forma, composição, dinâmicas territorial e populacional, economia e formas de relação entre humanidade e natureza – completamente diferentes das cidades de hoje. Precisamos ter coragem, visão e criatividade para imaginar e realizar cidades que serão completamente diferentes das cidades de hoje.

Para que as cidades do futuro sejam verdadeiramente sustentáveis e regenerativas, devemos conceber sistemas urbanos muitíssimo diferentes das cidades de hoje: o que achamos “normal e necessário”, hoje, provavelmente será visto como “antiquado e sem sentido”, no futuro.

As ações de mitigação da mudança climática vão garantir isso: sob violenta pressão da natureza, teremos que rever e reinventar praticamente todos os aspectos das cidades atuais – da tecnologia construtiva às redes de energia, do saneamento básico à produção de alimentos, da relação entre mobilidade urbana e vida profissional, etc. A cidade do futuro será “outra entidade” muito diferente daquela com a qual nos acostumamos, durante esse brevíssimo período da Civilização Ocidental. 

Inovação para o passado, presente e futuro.

Ao longo da história, a inovação urbana tende a ser uma ação reativa: as transformações da cidade começavam na tecnologia, na indústria, na pol​​ítica internacional, na guerra, etc. e os urbanistas “corriam atrás” para adequar-se a essas mudanças. Muitas vezes apenas confirmando transformações já ocorridas, as codificando em uma linguagem acessível ao planejamento urbano.

Inovações como o automóvel, o telefone e as telecomunicações, a computação e os sistemas da informação, a automação industrial, do comércio e dos serviços, dentre outros, moldaram as cidades de hoje. Urbanistas, arquitetos, engenheiros e geógrafos, assim como empreendedores imobiliários, meramente reagiam a essas mudanças, com quase nenhuma autonomia, criatividade e liderança. A forma urbana foi uma reação às mudanças trazidas por essas inovações.

O resultado é esse meio urbano caótico, confuso, sem identidade (genérico, anódino e desorientado), injusto e incompatível com o meio-ambiente e os biomas. Achamos ele normal porque ali nascemos e vivemos. Mas trata-se de uma urbanidade de baixa qualidade, mesmo nos bairros “abastados” e nas regiões urbanas “de referência”: quase nenhuma relação com o bioma local, baixo conforto ambiental, desperdício da insolação (ou desconforto por ela causado), alta suscetibilidade às inundações sazonais, exclusão da biodiversidade – uma monocultura de gente desorientada e infeliz.

Nessa próxima onda de inovações, que necessariamente virá, há a possibilidade de reinventarmos as cidades para não apenas lidar com a mudança climática, mas também prepará-las para um futuro mais justo, interessante, rico e benéfico para todos. Não apenas reagindo a pressões irresistíveis da indústria, do mercado, da geopolítica e, agora, do meio-ambiente.

Inovação Urbana envolve transformação cultural profunda

A inovação tende a transformar temas “comuns” e “imprescindíveis” em assuntos obsoletos e irrelevantes: qual foi a última vez que você escovou o seu cavalo? Raspou as solas de suas botas para tirar esterco acumulado em uma caminhada nas ruas? Buscou água em uma fonte pública? Essas atividades cotidianas em cidades do século XIX nos parecem absurdas. A mesma coisa se dará com outros hábitos e “necessidades” que vemos, hoje, como “imprescindíveis”.

Vejamos alguns exemplos: o sistema de esgoto seria obsoleto em uma cidade na qual o saneamento básico é resolvido por biodigestores dentro do lote urbano. Sistemas de coleta sanitária de lixo orgânico seriam desnecessários se todos os condomínios fossem equipados com galinheiros, dando conta de praticamente todo resíduo orgânico e, ainda, ofertando uma abundante produção local de ovos. Agroflorestas urbanas poderiam dar conta da maior parte da alimentação da população das cidades, convidando a uma completa reinvenção das cadeias de produção e varejo de alimentos.

Muitas outras inovações podem ser propostas, desenvolvidas e implementadas com a intenção de integrar melhor as necessidades dos cidadãos e do meio-ambiente.

Esse movimento de obsolescência já está acontecendo

Com a ampla disseminação da mobilidade urbana como serviço, a posse de carro está ficando obsoleta – como será uma cidade sem motoristas, baseada em uma rede de mobilidade urbana baseada em modalidades integradas? Edifícios de escritórios estão sendo substituídos pelo trabalho remoto – o que fazer com o vasto patrimônio construído das cidades contemporâneas?

Mas, podemos ir adiante, e nos dedicar a repensar aspectos “normalizados” da incompatibilidade entre as cidades brasileiras e o bioma tropical. Nossos edifícios e casas são máquinas de concentração de calor, no verão, e verdadeiras geladeiras, no inverno: como será concebido e implementado o vasto e necessário retrofit desse patrimônio construído incompatível com nossas necessidades bioclimáticas? Como seria um edifício que coleta energia do sol, e a utiliza para prover conforto ambiental em um clima tropical?

É impressionante como as cidades brasileiras lidam mal com o que temos de mais abundante: sol, chuva e vento.

Inovar é imaginar futuros com rigor e coragem 

Há uma crise de imaginário no mundo contemporâneo: como se a enorme oferta de informação causasse paralisia e estupefação, no lugar de encantar e convidar à criatividade. De modo geral, ainda estamos tentando propagar para o futuro o modelo de urbanidade que provou-se incompatível com o meio-ambiente planetário. Quanto poderíamos e deveríamos imaginar um outro futuro para as cidades.

A mudança climática nos obriga a rever e superar a forma urbana que herdamos: tanto ela não é compatível com nosso bioma tropical, como não é compatível com o contexto ecossistêmico posterior à mudança climática. Estamos diante de uma oportunidade de transformar as cidades para um futuro sustentável e regenerativo.

Proponho que as cidades do futuro sejam vastas Agroflorestas Urbanas, nas quais a população humana viverá em simbiose com a biodiversidade dos biomas locais: ambientes urbano-florestais aos quais dedicamos ao meio-ambiente cuidados compatíveis com o que chamamos, hoje, de áreas de preservação. Ou seja, para que o futuro do “evento humano” seja sustentável e regenerativo, as áreas de preservação deverão ser a norma e não uma exceção. Provavelmente, a maior parte da população humana habitará essas áreas, e não as atuais “selvas de pedra”.

Sei que há uma enorme distância entre essa visão e o contexto urbano contemporâneo. E, de fato, esse novo modelo urbano ainda está em construção – não há qualquer consenso de como ele deverá ser planejado e implementado. Mas é uma visão que não exige a “demolição” das cidades atuais e sua “substituição” por outro tecido urbano. Trata-se da adaptação radical do patrimônio edificado atual, envolvendo sua transformação para que haja espaço no tecido urbano onde a natureza poderá re-ocupar e regenerar o bioma nativo das diversas regiões do planeta.

Mas todo projeto complexo e de grande envergadura pode ser implementado por meio de projetos parciais e incompletos, os quais gradualmente vão se articulando em uma transformação mais profunda. E isso envolve numerosas iniciativas de inovação urbana, para que esse novo modelo urbano possa emergir do esforço coletivo de criar-se novos hábitos, infra-estruturas, serviços e práticas urbanas.

Essa transformação já se iniciou, não estamos presos a um modelo urbano contemporâneo: nossas cidades já estão em transformação, e a mudança climática torna imperativa sua reinvenção mais radical. Mas, esse movimento precisa acontecer de modo mais acelerado e consequente, o que exige um maior engajamento das instituições, a flexibilização e a renovação dos paradigmas urbanísticos, e um sensível incremento de investimentos em ações de inovação urbana.

Quem inova para as cidades?

O momento da inovação urbana é agora. Ela é responsabilidade do governo, da academia e dos grandes empreendedores imobiliários: um novo modelo urbano precisará ser desenvolvido, a toque de caixa, e com a sustentação de grandes instituições e forças econômicas.

Por outro lado, qualquer grande corporação, instituição ou associação pode montar um laboratório de inovação urbana: todas as empresas e instituições – mesmo as que não são representantes do setor urbano-imobiliário – serão diretamente impactadas pela transformação urbana que se avizinha. Todos os grandes grupos sociais, econômicos e governamentais podem e devem ter um papel nessa reinvenção. A inovação urbana pode emergir de qualquer setor da sociedade. Que, nesse novo ciclo de inovação sustentável e regenerativa, os grandes movimentos de transformação da cidade não sejam apenas reativos, e sim orientados pela intenção de construir um meio urbano benéfico para todos.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities  

PREPARE-SE PARA A EDIÇÃO REGIONAL DO MAIOR EVENTO DE SOLUÇÕES DIGITAIS PARA O SETOR PÚBLICO: CSC GOVTECH DISTRITO FEDERAL 2024

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No dia 20 de agosto, Brasília será o epicentro da inovação digital no setor público, promovendo a interação entre governos e empresas para transformar a operação governamental no Brasil.

No próximo dia 20 de agosto, Brasília (DF) será palco do CSC GovTech 2024, evento que promete revolucionar a interação entre o setor público e privado na promoção de soluções digitais essenciais para a operação de governos mais modernos e conectados. Realizado pela Plataforma Connected Smart Cities em parceria com Líderes do Brasil, o encontro visa fomentar um ecossistema colaborativo e criar uma comunidade GovTech no Brasil.

Um Encontro de Inovação e Colaboração

O CSC GovTech se destaca por ser um espaço onde líderes governamentais, empresários, startups e especialistas se reúnem para discutir e apresentar ferramentas, políticas e modelos que impulsionam a transformação digital no setor público. A edição deste ano ocorrerá no Museu Nacional da República, em Brasília, um local emblemático que reflete a importância histórica e cultural da capital brasileira.

Aquecimento para a Edição Nacional

O evento regional de Brasília serve como um aquecimento para a edição nacional do Connected Smart Cities 2024, que acontecerá nos dias 03 e 04 de setembro, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo (SP). A edição nacional é conhecida por reunir uma ampla gama de participantes e oferecer uma plataforma ainda maior para a troca de ideias e soluções inovadoras.

Objetivo: Construir uma Comunidade GovTech no Brasil

A Plataforma Connected Smart Cities acredita que o sucesso e o crescimento do mercado GovTech no Brasil dependem do desenvolvimento de um ecossistema colaborativo. Ao promover eventos como o CSC GovTech, a plataforma busca incentivar a criação de uma comunidade interconectada, onde governos, empresas e cidadãos possam trabalhar juntos para enfrentar os desafios do mundo digital.

Não perca a oportunidade de participar deste evento transformador no dia 20 de agosto de 2024, no Museu Nacional da República, em Brasília. Prepare-se para uma jornada de inovação, colaboração e aprendizado no CSC GovTech Distrito Federal 2024. Clique aqui para saber mais e conferir a programação.

Sobre o Connected Smart Cities

O  Connected Smart Cities & Mobility Nacional é o maior e mais importante evento de negócios e conexões de cidades inteligentes e mobilidade urbana do Brasil. Realizado desde 2015, o CSCM tem um formato de múltiplos palcos e promove a integração entre conteúdo de alta qualidade, promoção de negócios e networking de impacto.  O evento  faz parte da Plataforma Connected Smart Cities, que tem por missão encontrar o DNA de inovação e melhorias para cidades mais inteligentes e conectadas umas com as outras, sejam elas pequenas ou megacidades.

A 10ª edição do Ranking Connected Smart Cities será lançada em 03 de setembro, na abertura do Connected Smart Cities, em São Paulo. Saiba mais sobre o evento aqui. O evento traz discussões em diversos segmentos, sendo o Urbanismo Sustentável e Cidades Resilientes e Inclusivas, temas de destaque nesta edição.

CONFIRA DESTAQUES DA PROGRAMAÇÃO DO CONNECTED SMART CITIES

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Evento, que acontece nos dias 03 e 04 de setembro, apresenta debates sobre iluminação pública, gestão fiscal, computação em nuvem e centros de comando, além de inovação e certificação em cidades inteligentes em + de 60 painéis de conteúdo

O Connected Smart Cities é, desde 2015, o maior e mais relevante encontro de negócios e conexões voltados para cidades inteligentes e mobilidade urbana no Brasil. Com um formato que inclui múltiplos palcos, o CSC promove uma integração dinâmica entre conteúdo de alta qualidade, promoção de negócios e networking de impacto, atraindo líderes e especialistas de todo o país.

Destaques da Programação

Palco 1: Cidades Prósperas e Conectadas

03/09 – 16h: Cidades Prósperas – PPPs de IP Smart Cities
A sessão discutirá como a flexibilização da Contribuição de Iluminação Pública (COSIP) pode impulsionar o desenvolvimento de cidades mais inteligentes e resilientes, com foco em parcerias público-privadas (PPPs) para iluminação pública.

04/09 – 9h30 às 11h00: Cidades Prósperas – Desafios 2025
Este painel abordará a gestão eficaz das finanças públicas e o equilíbrio fiscal, destacando como esses fatores impactam a capacidade das prefeituras de investir em infraestrutura, serviços públicos e projetos de desenvolvimento urbano nas cidades inteligentes.

04/09 – 11h30: Cidades Conectadas – Nuvem
Os convidados irão explorar como a computação em nuvem está transformando o setor público, melhorando a eficiência operacional, reduzindo custos e aumentando a acessibilidade e a segurança dos dados.

04/09 – 14h30 às 16h00: Cidades Conectadas – Centro de Comando de Operações
A discussão será sobre a integração tecnológica para monitorar e gerir serviços urbanos em tempo real, permitindo a integração, visualização e análise de dados, gestão de emergências, monitoramento de segurança, controle de tráfego e transporte com inovação e escalabilidade.

Palco 2: Inovação e Certificação em Cidades Inteligentes

03/09 – 16h00 às 17h30: Cidades Conectadas – Inovação

Moderador: Giovani Bernardo, Founder e CEO da Exxas Smart City Bureau
Palestrantes:

  • Bernardo D’Almeida, Presidente da EMPREL
  • Marcelo Zander Vaiano, Subsecretário da SEPLAG, Prefeitura de Niterói
  • Renata Ramalhosa, CEO da Beta-i Brasil
  • Giovani Bernardo, Founder e CEO da Exxas Smart City Bureau

Os palestrantes discutirão como as cidades podem, por meio de transformação cultural e digital, fortalecer a relação com os cidadãos, promovendo inovação aberta, transparência e dados abertos.

04/09 – 11h30 às 13h00: Cidades Conectadas – Certificação Cidades Inteligentes
Esta palestra focará na importância de estabelecer padrões de qualidade, segurança e eficiência, garantindo que as soluções implementadas nas cidades sejam sustentáveis, interoperáveis e benéficas para a população. Temas como infraestrutura de TIC robusta, governança digital, inovação, empreendedorismo digital e serviços públicos digitais serão discutidos.

O Connected Smart Cities 2024 é um ponto de encontro vital para todos os envolvidos no desenvolvimento de cidades inteligentes e mobilidade urbana no Brasil. Com uma programação diversificada, mais de 60 painéis, e aproximadamente 300 palestrantes de renome, o evento fornecerá insights valiosos e oportunidades de networking para promover cidades mais eficientes, resilientes, conectadas e sustentáveis.

Confira alguns dos palestrantes já confirmados: Jones Henrique Martins, Gestor de Governo e Finanças da Prefeitura de Jundiaí;Rogério Lins, Prefeito – Prefeitura de Osasco; Alexandre Cardeman, Diretor de Inovação do Centro de Operações da Prefeitura do Rio de Janeiro; Pedro Iacovino, Diretor Presidente da ABCIP;  Alessandra Bussador, Diretora de Programas e Projetos – Instituto de Tecnologia Aplicada e Inovação; João Del Nero, Head of Sales and Business Development Data Analytics – Embratel; Roberto Alves Bezerra Júnior, Gerente Geral de Tecnologia e Inovação – Secretaria de Educação do Recife; Daniel Gaspar, Diretor de Serviços Digitais – Prefeitura de Niterói; Márcia Galdino Alves, Diretora de Escola  – Prefeitura de Itanhaém; Natália Demartino, CPO – Diretora de projetos – Catálise Social; Rodrigo Luiz Gomes Fumis, Secretário Adjunto de Assuntos de Transporte Coletivo e Trânsito – Prefeitura de Botucatu. Confira mais sobre a programação do evento aqui. 

Sobre o Connected Smart Cities
O  Connected Smart Cities & Mobility Nacional é o maior e mais importante evento de negócios e conexões de cidades inteligentes e mobilidade urbana do Brasil. Realizado desde 2015, o CSCM tem um formato de múltiplos palcos e promove a integração entre conteúdo de alta qualidade, promoção de negócios e networking de impacto.  O evento  faz parte da Plataforma Connected Smart Cities, que tem por missão encontrar o DNA de inovação e melhorias para cidades mais inteligentes e conectadas umas com as outras, sejam elas pequenas ou megacidades.

A 10ª edição do Ranking Connected Smart Cities será lançada em 03 de setembro, na abertura do Connected Smart Cities, em São Paulo. Saiba mais sobre o evento aqui.

Acesso à plataforma online de consulta ao Ranking Connected Smart Cities, acesse:

METRÔ DE SP RECEBE PRIMEIRO TREM CHINÊS DA LINHA 15-PRATA

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Mais 18 veículos devem ser recebidos para a frota da linha até 2026

O primeiro dos novos trens da Linha 15-Prata foi recebido pelo Metrô, em evento na China. O veículo foi entregue na mesma cidade em que foi produzido, em Wuhu. Além da entrega, parte da nova composição também iniciou o processo de envio para o Brasil. De acordo com o Governo de São Paulo, o trem deve chegar ao País até outubro deste ano.

A encomenda que vai atender à expansão da Linha 15-Prata conta com mais 18 veículos, encomendados pela empresa gerenciadora do serviço. Conforme previsão da empresa, os novos trens devem chegar ao Brasil até 2026. Além disso, neste período, o Metrô está construindo as novas estações da Boa Esperança e Jacu Pêssego, no sentido leste. Já no sentido oeste, estão em andamento as obras para a estação Ipiranga.

Os veículos produzidos pela PATS, uma joint-ventura entre a Alstom e a CRRC, têm tutela do Consórcio CEML, responsável pela construção da via. Antes de entrar em operação, a nova composição passará por um processo de testes dinâmicos e estáticos. Além disso, devem passar por protocolos para certificar a segurança.

Atualmente, a Linha 15-Prata conta com sete vagões com passagem entre eles, sistemas de telecomunicações, de gestão inteligente de energia, de monitoramento por câmeras, iluminação de LED e mapa dinâmico. De acordo com o governo de SP, os novos veículos são similares em layout e funcionalidade aos já utilizados.

Fonte: Mobilidade Estadão

AS 5 CIDADES MAIS INTELIGENTES DA REGIÃO NORDESTE EM 2023

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Confira os principais destaques da região no Ranking Connected Smart Cities

 

O Ranking Connected Smart Cities 2023 revelou as cidades que mais se destacam em termos de desenvolvimento inteligente e inovação urbana no Nordeste do Brasil. Este levantamento avalia diversas dimensões, como mobilidade, sustentabilidade, governança e segurança, essenciais para a qualidade de vida urbana. Confira as cinco cidades nordestinas que lideram o ranking.

1. Salvador, Bahia

Salvador ocupa o primeiro lugar no Nordeste, destacando-se especialmente nos eixos de Empreendedorismo, Urbanismo e Tecnologia e Inovação. A capital baiana conta com 6 Incubadoras de Empresas, 1 Parque Tecnológico e 7 Grandes Operadoras de Fibra Ótica.  Além disso, Salvador propiciou um ambiente de crescimento das empresas de economia criativa e empresas de tecnologia, com 13,1% de crescimento no número de MEIs.

2. Fortaleza, Ceará

Fortaleza é a segunda cidade mais inteligente do Nordeste, ocupando a 1° posição no eixo de Empreendedorismo, com destaque para os eixos de Mobilidade e Tecnologia e Inovação. A cidade obteve um crescimento de 11,9% nas empresas de tecnologia e 3,27% nas empresas de economia criativa, contando com 8 incubadoras de empresas e 2 parques tecnológicos. Fortaleza também prioriza a inclusão digital, com sistema de semáforos e iluminação pública inteligentes.

3. Recife, Pernambuco

Recife ocupa a terceira posição, com destaque para suas políticas voltadas para o empreendedorismo, tecnologia e inovação. A cidade é conhecida pelo Porto Digital, um dos maiores parques tecnológicos do Brasil, que impulsiona a economia local através do crescimento de empresas no setor. Recife também investiu no crescimento das empresas de economia criativa e na abertura de MEIs.

4. Aracaju, Sergipe

Aracaju é a quarta cidade mais inteligente do Nordeste, reconhecida por suas políticas de saúde e bem-estar. A cidade investiu em centros de saúde equipados e em programas de prevenção de doenças. Aracaju também melhorou a mobilidade urbana com a implementação de novos corredores de ônibus e ciclovias, facilitando o deslocamento dos moradores e melhorando a qualidade de vida da população.

5. João Pessoa, Paraíba

João Pessoa fecha o top 5 das cidades mais inteligentes do Nordeste, destacando-se em sustentabilidade e gestão de resíduos. A cidade conta com 82% de cobertura no tratamento de esgoto, além de ampliar sua frota em veículos de baixa emissão de carbono. A governança digital também é um ponto forte, com plataformas que facilitam o acesso dos cidadãos aos serviços públicos.

As cidades nordestinas que lideram o Ranking Connected Smart Cities 2023 demonstram um compromisso com a inovação, sustentabilidade e governança eficiente. Esses avanços são fundamentais para transformar as áreas urbanas em lugares mais inteligentes, conectados e inclusivos, proporcionando uma melhor qualidade de vida para seus habitantes e um futuro promissor para a região.

Estas cidades estarão presentes mais uma vez na 10ª edição do Connected Smart Cities,nos dias 03 e 04 de setembro, que contará com feira de exposição, painéis de conteúdo e muito espaço de relacionamento para a realização de negócios e relacionamentos. Serão mais de 60 painéis, 300 palestrantes, além da divulgação da edição 2024 do Ranking Connected Smart Cities, da apresentação dos finalistas da 10ª edição do Prêmio CSC, e do resultado da 3ª edição do Selo CSC. 

Sobre o Connected Smart Cities
O  Connected Smart Cities & Mobility Nacional é o maior e mais importante evento de negócios e conexões de cidades inteligentes e mobilidade urbana do Brasil. Realizado desde 2015, o CSCM tem um formato de múltiplos palcos e promove a integração entre conteúdo de alta qualidade, promoção de negócios e networking de impacto.  O evento  faz parte da Plataforma Connected Smart Cities, que tem por missão encontrar o DNA de inovação e melhorias para cidades mais inteligentes e conectadas umas com as outras, sejam elas pequenas ou megacidades.

A 10ª edição do Ranking Connected Smart Cities será lançada em 03 de setembro, na abertura do Connected Smart Cities, em São Paulo. Saiba mais sobre o evento aqui. O evento traz discussões em diversos segmentos, sendo o Urbanismo Sustentável e Cidades Resilientes e Inclusivas, temas de destaque nesta edição.

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A ATUAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO POR TRÁS DAS FESTAS POPULARES

Como as cidades podem se valer de alguns instrumentos jurídicos para promover as festas populares

“Ô abre alas que eu quero passar”, o verso de Chiquinha Gonzaga, já indicava que, embora peçam licença, os foliões podem ser numerosos e estar acompanhados de trios e carros de som. A marchinha que começa com “Allah-lá-ô, ô ô ô ô ô ô. Mas que calor, ô ô ô ô ô ô” indica que as pessoas curtindo o carnaval vão precisar ter acesso a água enquanto se divertem. Nas festas juninas não é diferente. As cidades oferecem shows com artistas regionais e espaços para quermesses venderem comidas típicas. Eu tenho saudades da canjica de quando eu era pequena. E os shows com grandes artistas para comemorar o encerramento de mais um ano, leva multidões para as praças, praias e parques, e é preciso pensar na infraestrutura de apoio para os espetáculos e para os visitantes.

Carnaval, festa junina e final de ano são festas populares e para promovê-las é necessária a utilização de recursos públicos, o que se justifica pela importância dessas atividades para a promoção de eventos culturais, resgate da identidade cultural local ou regional e a preservação do patrimônio imaterial cultural brasileiro. Quando estou curtindo as comemorações da cultura popular, me pego pensando nos instrumentos jurídicos que os municípios precisam se valer para organizar uma festa popular para sua população. 

Este texto não é sobre direito ao carnaval¹, nem como preservar o patrimônio cultural brasileiro por meio das festas juninas e incentivar a realização de shows gratuitos para a população no final do ano. Ele é sobre como as cidades podem se valer de alguns instrumentos jurídicos para promover as festas populares em suas cidades com boa gestão de recursos públicos e de serviços à população.

Se a proposta é atrair um artista para se apresentar na cidade, o município deve realizar a contratação por inexigibilidade (art. 74, II, da Lei 14.133/2021), desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública. Devem ser tomados cuidados especiais em relação às condições de pagamento e ao valor da contratação. Não é admissível, no entendimento consolidado dos órgãos de controle, realizar o pagamento com recursos que tenham outra destinação, ou por um valor acima daquele praticado em cidades semelhantes ou para shows de mesma proporção.

Ficará por conta do município coordenar a prestação de serviços como segurança, transporte e trânsito à população, bem como a contratação de banheiros químicos e outros equipamentos para organizar a folia. É possível, contudo, realizar apenas uma contratação para todo o escopo desejado. Com isso, é possível reduzir o custo de gerenciamento, ao passar a administrar apenas um contrato no lugar de vários. Essa contratação será precedida de licitação, pela modalidade pregão. Destaco dois desafios: (i) disciplinar, no termo de referência, todas as obrigações esperadas pela contratada, e (ii) identificar a expertise mais relevante para ser aferida por meio de atestado de capacidade técnica e, a partir dela, balizar a seleção.

Há ainda o fomento, instrumento estratégico que pode ser utilizado pelo município para preservar o patrimônio cultural. O município pode, por meio de editais, estimular a apresentação de projetos de manifestações culturais pelos artistas locais, com a concessão de prêmios para blocos e outras iniciativas populares de resgate do patrimônio cultural brasileiro, inclusive a partir da promoção de concursos (art. 30, da Lei 14.133/2021).

Se o recurso público é escasso, mas a festa é apreciada pelos cidadãos, uma alternativa é o contrato de patrocínio. De um lado, uma empresa interessada em expor sua marca no material de divulgação oficial e ainda cumprir com algumas obrigações que costumam englobar obrigações em infraestrutura de apoio, orientação e cadastramento de vendedores ambulantes. Essa seleção também deve ser precedida de licitação, na modalidade pregão. Assim, será dada oportunidade para todas as empresas interessadas apresentarem seus lances. 

Parafraseando Castro Alves, as festas populares são das cidades como o céu é do avião. Por isso, os instrumentos jurídicos devem proporcionar alternativas cada vez mais adequadas, conforme os interesses do município e sua população, para a promoção do carnaval, festas juninas e das festas de ano novo.

¹ Para conhecer mais sobre o direito ao carnaval, recomendo a leitura de 
VARELLA, Guilherme Rosa. Direito à folia: o direito ao carnaval e a política 
pública do carnaval de rua na cidade de São Paulo. 2021. Tese (Doutorado em 
Direito do Estado) - Faculdade de Direito, Universidade de São Paulo, São Paulo, 
2021. doi:10.11606/T.2.2021.tde-15082022-120150. Acesso em: 2024-02-12.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities  

CONFIRA OS PALESTRANTES CONFIRMADOS DO ENCONTRO REGIONAL LITORAL CONNECTED SMART CITIES

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Angra dos Reis sedia o encontro que reúne especialistas para debater soluções inovadoras e sustentáveis para as cidades litorâneas do país 

A cidade de Angra dos Reis está prestes a se tornar o epicentro das discussões sobre o futuro das cidades litorâneas no Brasil. Como cidade anfitriã, Angra dos Reis receberá o maior e mais importante evento de conexões e negócios de Cidades Inteligentes do país, o Connected Smart Cities Regional Litoral. Este evento focará nas soluções, oportunidades e inovações que estão transformando as cidades costeiras em ambientes mais inteligentes e conectados.

Ecossistema de Peso no Litoral Brasileiro

O litoral brasileiro desempenha um papel crucial na economia e na demografia do país. Com 18,2% da população distribuída em apenas 279 cidades, que ocupam 3% do território nacional, esta região é responsável por 9,3% do PIB brasileiro. O litoral abriga nove capitais e 59 cidades com mais de 100 mil habitantes, incluindo Angra dos Reis, a cidade que receberá o encontro.

Destaques da Programação

O evento apresentará uma programação diversificada, abordando temas essenciais para o desenvolvimento das cidades litorâneas, como:

  • Eletromobilidade 
  • Energia Limpa
  • Iluminação Pública e Cidades Inteligente
  • Concessão de Parques
  • Aspectos Jurídicos das Cidades Inteligentes
  • Desenvolvimento Inteligente nas Cidades Litorâneas
  • PPPs e Concessões em Cidades Médias

Palestrantes Confirmados

O evento contará com a presença de renomados especialistas e líderes do setor, entre eles:

  • André Pimenta, Secretário de Planejamento e Parcerias da Prefeitura Municipal de Angra dos Reis
  • Bruno Reis, Relações Institucionais na Cittamobi
  • Carlos Alexandre Nascimento, Professor Honorário Associado da University College London (UCL) e Coordenador Geral do MBA PPP e Concessões da FESPSP
  • Felipe Peixoto, Secretário Interino de Energia e Economia do Mar do Governo do Estado do Rio de Janeiro
  • Fernando Jordão, Prefeito de Angra dos Reis
  • Francisco Scroffa, Country Manager da Enel X
  • João Ricardo dos Reis Lessa, Secretário Executivo do Cluster Tecnológico Naval
  • Leandro Teodoro Andrade, Advogado da Spalding Sertori Advogados
  • Leonardo Luiz dos Santos, Diretor Presidente do Instituto de Planejamento e Gestão de Cidades – IPGC Brasil
  • Marcus Dias, Pesquisador e Coordenador de Projetos na Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras – CERTI
  • Mario Saadi, Sócio da Dias Carneiro Advogados
  • Paula Faria, CEO e Idealizadora da Plataforma Connected Smart Cities & Mobility
  • Pedro Iacovino, Diretor Presidente da Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Iluminação Pública – ABCIP
  • Renato Dias Regazzi, Chefe de Gabinete e Assessor da Presidência do Conselho do SEBRAE RJ
  • Vitor Amuri, Sócio da SPIn Soluções Públicas Inteligentes

Transformação das Cidades Litorâneas

O Encontro Regional Litoral Connected Smart Cities promete ser um marco na transformação das cidades litorâneas brasileiras, promovendo discussões e trocas de experiências que visam implementar soluções inovadoras e sustentáveis. Com a participação de um ecossistema de peso, o evento reforça o compromisso das cidades costeiras em se tornarem mais inteligentes e conectadas, melhorando a qualidade de vida de seus habitantes e impulsionando o desenvolvimento econômico da região.

Para mais informações, acesse: https://evento.connectedsmartcities.com.br/evento-regional-litoral/ 

CIDADES INTELIGENTES E RESILIÊNCIA URBANA: TECNOLOGIA E INOVAÇÃO NO ENFRENTAMENTO DE DESASTRES

Além da tecnologia, as cidades inteligentes também devem promover o engajamento comunitário e a inclusão na construção da resiliência urbana

Em um cenário de emergência climática, a relação entre resiliência urbana e o enfrentamento de desastres com as cidades inteligentes é tema de grande relevância no planejamento urbano contemporâneo. As cidades inteligentes utilizam tecnologias avançadas e dados para melhorar a qualidade de vida e a segurança de seus habitantes, desempenhando um papel crucial na construção de resiliência urbana.

A resiliência urbana refere-se à capacidade das cidades de se prepararem, responderem e se recuperarem de desastres e eventos adversos, como enchentes, terremotos, deslizamentos de terra e tempestades. As cidades inteligentes utilizam uma combinação de tecnologias, como Internet das Coisas (IoT), big data, inteligência artificial (IA) e redes de sensores para monitorar e gerenciar infraestruturas críticas e serviços urbanos. Essas tecnologias permitem a coleta e análise de dados em tempo real, essenciais para prever e mitigar os impactos.

Por exemplo, sistemas de sensores podem monitorar níveis de água e prever enchentes, permitindo que as autoridades tomem medidas preventivas. Câmeras de vigilância e drones podem ser utilizados para monitorar áreas de risco e coordenar respostas de emergência. Além disso, aplicativos móveis podem alertar os cidadãos sobre emergências iminentes e fornecer instruções sobre como proceder. Segundo Godschalk (2003), o uso de tecnologias inteligentes pode aumentar significativamente a capacidade de resposta e recuperação de uma cidade frente aos desastres.

É preciso ampliar a pesquisa em sistemas urbanos, refletindo sobre a educação e colaboração entre urbanistas, advogados, engenheiros, arquitetos, gestores de crise, programadores e outros especialistas urbanos envolvidos na construção das cidades e na mitigação de riscos. Essa troca de conhecimentos resulta em uma atuação multidisciplinar e a conscientização sobre o planejamento e o design de cidades resilientes, promovendo um esforço colaborativo a longo prazo para aumentar a resiliência urbana.

O uso de big data e IA nas cidades inteligentes permite um planejamento urbano mais eficaz e uma gestão de desastres eficiente. Dados coletados de várias fontes podem ser analisados para identificar áreas vulneráveis, qualificar os riscos existentes e desenvolver estratégias de mitigação. Esta abordagem baseada em dados facilita a alocação de recursos de maneira mais precisa e eficiente, durante e após um evento climático. De acordo com Salehi & Sharifi (2022), a análise de big data tem o potencial de transformar a maneira como as cidades enfrentam desastres, fornecendo insights críticos para a tomada de decisões.

Além da tecnologia, as cidades inteligentes também devem promover o engajamento comunitário e a inclusão na construção da resiliência urbana. Plataformas digitais podem ser usadas para envolver os cidadãos no planejamento urbano e na tomada de decisões, garantindo que as necessidades e opiniões da comunidade sejam consideradas. Isto é particularmente importante para assegurar que as soluções desenvolvidas sejam equitativas e atendam às diversas necessidades da população urbana. A participação ativa dos cidadãos é essencial para a efetividade das estratégias de resiliência urbana (DE GODOY & BENINI, 2024).

A descentralização da autoridade e dos recursos é fundamental para uma resposta eficaz a desastres, pois fortalece as capacidades institucionais e promove a cooperação entre os diferentes setores. Adotar práticas de resiliência urbana é essencial para mitigar os efeitos de eventos climáticos adversos, promovendo a sustentabilidade ambiental, a justiça social e o desenvolvimento econômico local. Isso capacita gestores urbanos e comunidades a tomar decisões informadas e proativas, construindo cidades mais seguras e inclusivas.

A integração da resiliência urbana com as tecnologias das cidades inteligentes oferece uma abordagem promissora para enfrentar os desafios crescentes dos desastres e dos eventos climáticos extremos. Utilizando inovações tecnológicas, gestão de dados e engajamento comunitário, as cidades podem não apenas se preparar melhor para prevenir desastres, mas também se recuperar de maneira mais rápida e eficiente. A construção de cidades inteligentes e resilientes é, portanto, essencial para garantir um futuro urbano sustentável e seguro.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities  

 

EVENTOS SOBRE MOBILIDADE MARCAM LANÇAMENTO DE ECOSSISTEMA DE INOVAÇÃO

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Fruto do FGV Cidades, o MobLab busca atuar em colaboração com governos, empresas e universidades na arquitetura de soluções de mobilidade inovadoras e sustentáveis

MobLab, um ecossistema de inovação que integra dados e ações públicas e privadas para inovar em políticas públicas de mobilidade é lançado em uma série de eventos de mobilidade urbana e inovação. Este laboratório de políticas públicas do FGV Cidades visa enfrentar desafios de mobilidade sustentável e inclusiva e se posiciona para se tornar o principal hub de dados, conhecimento, atores e soluções de mobilidade urbana no Brasil orientadas por evidências científicas.

A iniciativa foi um dos destaques no PMU 2024 (Parque da Mobilidade Urbana), que aconteceu na ARCA, em São Paulo. “A participação no PMU 2024 foi uma oportunidade importante de apresentar o MobLab para atores estratégicos do campo da mobilidade urbana”, destacou a coordenadora do projeto, Daniela Swiatek.

O evento, promovido pela Innovact e pelo Parque Tecnológico de São José dos Campos (PIT), contou com a presença de Josep Miquel Piqué, Presidente Executivo de La Salle Technova Barcelona, da Triple Helix Association e da Rede de Parques Científicos e Tecnológicos da Catalunha, e vice-presidente da Associação de Parques Científicos e Tecnológicos da Espanha, que discutiram o papel transformador dos distritos de inovação nos ecossistemas urbanos globais.

“O MobLab, assim como o Distrito de Inovação de São José dos Campos, destaca-se por sua governança experimental e pelo compartilhamento de uma visão única por representantes da academia, governo, empresas e instituições da sociedade civil, que encontram no PIT o ecossistema fértil para propulsionar soluções inovadoras para os complexos e sistêmicos desafios de mobilidade urbana que o país enfrenta”, afirmou Patricia Mello, coordenadora executiva do FGV Cidades.

Fruto da colaboração entre o FGV Cidades, o Parque Tecnológico de São José dos Campos (PIT), o Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV) e a Innovact, o MobLab busca atuar em colaboração com governos, empresas e universidades na arquitetura de soluções de mobilidade inovadoras e sustentáveis.

Diretor do FGV Cidades, Ciro Biderman explica a importância do foco em políticas públicas baseadas em evidências, que garante que qualquer proposta se inicie com uma pergunta. “Infelizmente é muito usual o setor público iniciar com uma solução, sobretudo, no que se refere a supostas inovações. Muitas vezes essa solução parte do conhecimento de uma implementação por outro ente, o que é mais razoável pois parte-se de alguma evidência. Em alguns casos, simplesmente se compra tecnologia que aparentemente pode resolver todos os problemas do município, mas não se sabe ao certo qual. Ao inverter a lógica para que se inicie de um problema, o MobLab garante que as inovações tenham um fim em si mesmas e não sejam o seu próprio fim”, ressaltou.

Fonte: FGV

‘CARROS VOADORES’ PODEM REVOLUCIONAR A MOBILIDADE URBANA

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Os eVTOLs (Electrical Vertical Takeoff and Landing), aqui conhecidos como carros voadores, representam uma inovação significativa no campo da mobilidade aérea. Projetados para decolar e pousar verticalmente, esses veículos elétricos serão uma alternativa mais acessível e sustentável aos helicópteros tradicionais.

Com capacidade de alcançar até 10 mil pés de altura, os eVTOLs utilizarão tecnologias avançadas de comunicação, como 5G e satélites, para controlar seu geoposicionamento, e ter uma leitura exata do tráfego no espaço aéreo.

5 vantagens dos eVTOLs

  • ​Sustentabilidade e Economia: Movidos por motores a bateria ou hidrogênio, os eVTOLs reduzem significativamente as emissões de poluentes em comparação aos helicópteros que utilizam combustíveis fósseis. Além disso, os custos operacionais são menores devido à menor necessidade de manutenção de motores a combustão e ao uso de energia renovável.
  • ​Segurança Avançada: Para terem sistemas de controle de voo tripulado ou autônomo, os eVTOLs possuirão redundâncias com tecnologias de prevenção de falhas, que aumentam a segurança. A previsão é que, futuramente, esses veículos possam operar de forma autônoma após a devida homologação.
  • ​Acessibilidade e Inclusão: Os eVTOLs visam tornar a mobilidade aérea urbana acessível a um público mais amplo, com tarifas competitivas comparáveis às de serviços de táxi premium (com uma estimativa de preço entre USD150 e USD200), o que pode revolucionar o transporte urbano.
  • ​Infraestrutura Simplificada: Vertiportos necessários para a operação dos eVTOLs são mais simples e menos custosos de construir do que helipontos tradicionais, podendo ser instalados em edifícios com cobertura ampla, estacionamentos e outras estruturas urbanas.
  • ​Menor Impacto sonoro: por serem significativamente mais silenciosos, os eVTOLs podem operar em áreas urbanas sem prejudicar o dia a dia da população.

Evair Gallardo, diretor de tecnologia da Abranet, acredita que campanhas de conscientização e demonstrações públicas serão essenciais para construir confiança e interesse nos eVTOLs entre a população.

“A implementação dos eVTOLs promete transformar significativamente o transporte urbano nas próximas décadas, reduzindo o congestionamento, melhorando a resposta a emergências e oferecendo uma alternativa sustentável aos meios de transporte tradicionais”, diz Gallardo.

Fonte: Olhar Digital