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HORA DE DEFINIÇÕES PARA OS ÔNIBUS ELÉTRICOS BRASILEIROS

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Indústria tem todas as condições de se tornar líder global no setor, mas, antes, precisa se consolidar no mercado nacional 

A batalha pela eletrificação do transporte público no Brasil começa a entrar numa fase crítica. 

As decisões que serão tomadas neste momento por prefeitos e autoridades federais definirão o futuro da indústria brasileira de transporte sustentável.

Falando bem claramente: é preciso definir se essas decisões reforçarão a cadeia produtiva do ônibus elétricos já instalada no Brasil ou darão preferência a produtos importados.

Qual será a prioridade? Incentivar a demanda para uma indústria que gera emprego e renda em território nacional, com tecnologia 100% brasileira? 

Ou trazer o produto pronto do outro lado do mundo, fortemente subsidiado pelo Estado chinês e fabricado por trabalhadores chineses? 

Alguns prefeitos, ansiosos por apresentar planos de renovação de frota em ano eleitoral, acabam caindo na tentação de tomar decisões apressadas e irrefletidas.

Um deles chegou a dizer, no início de julho, que alguns ônibus chineses recém-chegados “são iguais aos que circulam em Dubai” – como se fosse possível comparar as condições operacionais da capital dos Emirados Árabes Unidos às das cidades brasileiras.

Temos uma frota de 106 mil ônibus urbanos a diesel no país e apenas 550 ônibus elétricos em circulação. O potencial de crescimento da eletrificação no mercado doméstico é imenso.

Em maio, o programa PAC Seleções e o BNDES anunciaram um pacote de financiamento de R$ 10,5 bilhões para renovação de frotas de ônibus em 98 municípios brasileiros. 

Talvez tenha sido a mais importante iniciativa do governo federal em muitos anos para apoiar a indústria brasileira de transporte público.

No entanto, dos 5.350 veículos que serão financiados pelo PAC, apenas 2.529 serão ônibus elétricos. 

Ainda é um número muito tímido. Com a capacidade industrial já instalada no país, as empresas brasileiras estão em condição de produzir, hoje, 10 mil ônibus elétricos/ano. 

A cadeia produtiva nacional de ônibus elétricos está praticamente completa: tecnologia de tração elétrica, chassis, carrocerias, motores elétricos e até baterias.

E com as vantagens operacionais daí decorrentes, como garantia de reposição rápida e assistência técnica em todo o país, em língua portuguesa.

Dentro de alguns anos, também as células das baterias – hoje, o único componente crítico ainda importado – serão produzidas no Brasil.

Estamos falando de empresas como Eletra, Caio, WEG, Mercedes-Benz, Scania e até BYD, entre outras. 

São empresas de capital nacional ou multinacional, instaladas há anos ou décadas no país, em diferentes estados, unidas por um compromisso comum com a industrialização brasileira.

Nada contra as empresas chinesas disputarem o mercado brasileiro de transporte público elétrico. Desde, é claro, que instalem suas fábricas no Brasil, pagando impostos e gerando emprego em território nacional. 

Afinal, qual será a prioridade?

Em janeiro, o governo federal lançou o plano estratégico de “neoindustrialização” do país, a Nova Indústria Brasil (NIB).

Uma de suas metas para 2033 é: “aumentar em 25 pontos percentuais o adensamento produtivo na cadeia de transporte público sustentável”.

Outra, até 2030, é fazer do Brasil “um hub global de desenvolvimento e produção de veículos elétricos e híbridos, com ênfase nos combustíveis alternativos”.

A indústria brasileira, de fato, tem todas as condições de se tornar líder global em transporte público sustentável.

Mas para atingir este objetivo, há uma preliminar inescapável: é preciso, primeiro, consolidar a cadeia produtiva nacional de ônibus elétricos no mercado brasileiro.

A partir daí, sim, haverá uma larga estrada à frente para a exportação e a conquista da liderança internacional.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade da autora, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities

FAIXA DE PEDESTRES VIRA PATRIMÔNIO IMATERIAL DO DF. ENTENDA

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Cultura de respeito à faixa ganha reconhecimento nacional; próximo passo depende de decreto do governador do Estado

A cultura de respeito à faixa de pedestres agora é reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial do Distrito Federal, em Brasília. A decisão aprovada em reunião do Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural do Distrito Federal (Condepac-DF) teve votação unânime. Depois da aprovação, o reconhecimento depende de um decreto produzido pelo governador do Estado, Ibaneis Rocha (MDB), para oficializar o processo.

Como patrimônio imaterial, a cultura de respeito à faixa de pedestre agora deverá receber “a identificação, reconhecimento, pesquisa, documentação, preservação, monitoramento, promoção e valorização” como o patrimônio cultural distrital, conforme estabelece a Subsecretaria do Patrimônio Cultural (SUPAC).

A reunião contou com a presença de representantes de órgãos públicos, como o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-DF) e a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran). Além disso, também estiveram presentes autoridades relacionadas à prática. De acordo com a Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do DF (SECEC), a expectativa é que o texto seja publicado até o dia 8 de agosto, durante a comemoração internacional do Dia do Pedestre.

Faixa de pedestres como patrimônio cultural

O reconhecimento aconteceu como resultado de uma proposta encaminhada pela ONG Andar a Pé à SUPAC. De acordo com a SECEC, a Cultura de Respeito à Faixa de Pedestres agora se une a outros oito bens imateriais registrados no Distrito Federal.

Entre eles está a Associação Recreativa Cultural Unidos do Cruzeiro – ARUC (Decreto nº 30.132/2009), o Bumba Meu Boi do Seu Teodoro (Decreto nº 24.797/2004), o Clube do Choro de Brasília (Decreto nº 28.995/2008), a Festa do Divino Espírito Santo de Planaltina (Decreto nº 34.370/2013), o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (Decreto nº 27.930/2007), o Ideário Pedagógico de Anísio Teixeira (Decreto nº 28.093/2007), a Via Sacra ao vivo de Planaltina (Decreto nº 28.870/2008) e a Praça dos Orixás e Festa de Iemanjá (Decreto nº 39.586/2018).

Fonte: Mobilidade Estadão

P3C 2025: O MAIOR EVENTO DE PPPS E CONCESSÕES DO BRASIL ESTÁ CHEGANDO

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Com foco em Investimentos em Infraestrutura, o evento acontece no dia 24 e 25 de fevereiro na B3 e Centro de Convenções Frei Caneca em São Paulo

O mercado de Parcerias Público-Privadas (PPPs) e Concessões no Brasil se prepara para o maior evento do setor em 2025. O P3C é um evento especializado, focado nos investimentos em infraestrutura, reunindo empresas, entidades e governos com o objetivo de debater a colaboração entre diferentes atores em encontrar alternativas para tornar o ambiente de negócios mais previsível e seguro para os investidores. Com critérios ambientais, sociais e de governança (ESG) no centro das discussões, o P3C 2025 será uma plataforma essencial para o futuro do setor no país.

Um Evento de Grande Escala

Com uma expectativa de participação de 1270 pessoas, o P3C 2025 contará com 171 palestrantes distribuídos em 9 palcos, oferecendo 32 painéis e 6 categorias de prêmios. Este evento proporcionará uma oportunidade única para profissionais e especialistas do setor compartilharem conhecimentos e experiências.

Temas Relevantes e Abrangentes

O evento abordará uma ampla gama de temas setoriais e transversais. Entre os temas setoriais, destacam-se:

  • Transporte
  • Mobilidade Urbana
  • Energia
  • Política e Social
  • Desenvolvimento Econômico e Turismo
  • Meio Ambiente

Além disso, os temas transversais incluem:

  • Descarbonização
  • Setor Financeiro e Seguros
  • Riscos e Reequilíbrio
  • Contencioso
  • Infratech

Esses temas refletem as áreas críticas e emergentes que estão moldando o futuro das PPPs e Concessões no Brasil.

Atrações do Evento

O P3C 2025 oferecerá uma série de atrações para maximizar a experiência dos participantes:

  • Rodadas de Negócios: Espaços dedicados para reuniões e apresentações de negócios, facilitando a criação de parcerias e a negociação de contratos.
  • Workstations: Áreas equipadas para reuniões, proporcionando um ambiente ideal para discussões detalhadas.
  • Transmissão ao Vivo: Apresentações das melhores soluções, tecnologias e casos de sucesso serão transmitidas ao vivo para um público mais amplo. 
  • 08 Palcos Simultâneos: Conteúdo diversificado e palestrantes relevantes serão apresentados simultaneamente no Frei Caneca, garantindo uma programação rica e variada.
  • Espaços de Convivência: Áreas de descontração e relaxamento estarão disponíveis para os participantes, promovendo networking e bem-estar.
  • Loja: Produtos exclusivos da comunidade P3C, como canecas, camisetas, copos e ecobags, estarão à venda para os participantes.

Para garantir uma experiência confortável e conveniente, o P3C 2025 conta com tarifas negociadas para reservas em hotéis por meio de uma parceria com a Levitatur. Esta colaboração visa facilitar a estadia dos participantes, oferecendo opções de hospedagem de qualidade a preços acessíveis.

O P3C 2025 se apresenta como uma plataforma fundamental para o desenvolvimento das PPPs e Concessões no Brasil, reunindo os principais atores do setor para discutir, aprender e inovar. Com uma programação abrangente e uma estrutura voltada para o networking e colaboração, o evento promete ser um marco no mercado de infraestrutura do país.

Prepare-se para o P3C 2025 e faça parte desta transformação no cenário das Parcerias Público-Privadas e Concessões no Brasil.

CIDADE DE 15 MINUTOS: A VISÃO DE PARIS QUE TEM INSPIRADO UM MOVIMENTO GLOBAL

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Até alguns anos atrás, a margem direita do Rio Sena, em Paris, era uma via de trânsito rápido por onde passavam mais de 40 mil veículos todos os dias. Apesar de ter sido nomeada Patrimônio Mundial da Unesco, a via costumava estar totalmente engarrafada nos horários de pico ou funcionar como um corredor para os carros em alta velocidade. Por isso, colaborava para as taxas de poluição atmosférica da cidade, que com frequência costumavam ultrapassar os limites da União Europeia, e para milhares de mortes na capital francesa todos os anos.

Em 2016, a via foi convertida em um parque linear livre de carros, usado tanto durante a semana pelas pessoas a caminho do trabalho quanto por moradores e turistas para atividades de lazer nos finais de semana. A mudança foi parte de um esforço maior para melhorar a qualidade do ar e de vida em Paris – um programa que mais tarde ficou conhecido como “Cidade de 15 Minutos” –, abrangendo uma ampla gama de investimentos públicos em transporte, sustentabilidade e novas políticas para fortalecer a governança na escala dos bairros.

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Antigamente uma movimentada rodovia urbana, a margem direita do Sena foi transformada em um parque urbano tranquilo para pedestres e ciclistas. Foto: WRI

Além de uma melhor qualidade do ar, moradores como Corinne Ansel, 57 anos, mãe de quatro filhos, percebeu uma melhora em sua qualidade de vida em outros aspectos também.

“Quando as ciclofaixas nas margens do rio foram inauguradas, eu comecei a fazer todos os meus deslocamentos a pé ou de bicicleta, mesmo nos dias de teletrabalho”, ela conta. “Que prazer é pedalar no meio de Paris, ao longo do Canal Saint Martin e do Sena, em ciclofaixas seguras”.

A opção pela bicicleta em seus deslocamentos diários também reduziu seus tempos de deslocamento pela metade.

O que começou como um programa para recuperar espaços viários dominados pelos veículos privados se tornou uma agenda ampla para transformar a cidade em um lugar onde as pessoas possam ter acesso a empregos, comércio, tratamentos de saúde e serviços culturais a uma curta distância de suas casas.

Desafiando o domínio dos carros

Apesar de ser reconhecida por seu charme histórico, Paris viveu um boom automotivo durante as décadas de 1960 e 1970 que congestionou e poluiu a cidade. Durante esse período, as margens do Sena, até então livres de carros, foram convertidas em avenidas e rodovias urbanas dominadas pelos veículos.

Em 2001, o então prefeito de Paris, Bertrand Delanoë, deu início a uma série de reformas e investimentos sociais e ambientais na cidade, incluindo o primeiro grande programa de bicicletas compartilhadas do mundo e o primeiro plano climático de Paris. Sua vice-prefeita, Anne Hidalgo, foi eleita prefeita em 2014. Depois de uma sequência de medidas discretas focadas em veículos privados e poluentes, habitação social e qualidade de vida, Hidalgo articulou sua ambiciosa agenda política de reeleição, em 2020, em torno do objetivo de transformar Paris em uma “cidade de 15 minutos”.

A partir de noções urbanísticas reconhecidas, o conceito de “cidade de 15 minutos” foi concebido por Carlos Moreno, professor da Faculdade de Administração da Sorbonne. O conceito é inspirado na ideia de “crono-urbanismo” – pensar nas cidades em termos de tempo, proximidade e ritmos diários e sazonais. A principal ambição desse modo de planejar as cidades é “consertar” o modelo urbano carrocêntrico e adotar um modelo de bairros de uso misto, no qual os moradores estejam a 15 minutos de distância dos serviços essenciais a partir dos meios de transporte menos poluentes, como caminhada, bicicleta ou transporte coletivo.

Bairros mais fortes e participativos

Com a primeira onda dos bloqueios em decorrência da Covid-19 em 2020, a gestão de Hidalgo aproveitou o momento para dar o primeiro passo rumo à Cidade de 15 Minutos e ampliou o conjunto de ciclofaixas temporárias e o cronograma de fechamento de ruas para garantir mais espaço ao distanciamento social. Hoje, a cidade possui mais de mil quilômetros de rotas cicloviárias, incluindo ciclovias segregadas, ciclofaixas pintadas sobre o pavimento e faixas de ônibus que foram convertidas e atualmente são abertas para ciclistas.

Cidade de 15 minutos: a visão de Paris que tem inspirado um movimento global - Imagem 2 de 4
Paris investiu na construção de infraestrutura cicloviária, incluindo mais de mil quilômetros de rotas. Um plano para o período 2021-2026 prevê o investimento de 250 milhões de euros em infraestrutura e amenidades para bicicleta ao longo dos próximos anos. Foto: WRI

Paris também focou em transformar estabelecimentos educacionais em centros comunitários para criar bairros mais saudáveis. A medida principal foi a abertura dos pátios de escolas e creches depois do horário comercial e nos finais de semana para oferecer aos moradores espaços públicos de lazer. A medida foi complementada por um programa de pedestrianização de ruas escolares com o objetivo de incentivar meios de transporte seguros e não motorizados nos deslocamentos até a escola.

Matthieu Cornet, morador do 18º distrito em Paris e pai de três filhos, contou sobre como aproveita comodidades importantes próximas de sua casa, como lojas, espaços verdes e de lazer, piscina e outros serviços públicos. “É através do projeto Cidade de 15 Minutos que podemos usufruir essa proximidade com os serviços que nos rodeiam. É uma grande vantagem quando você vive na cidade.”

O desenvolvimento urbano focado nos moradores tem provocado mudanças na forma como a cidade é administrada também. Novas medidas devolvem determinados aspectos e decisões políticas aos distritos municipais e suas subprefeituras. Paris criou oportunidades de participação para que os moradores de todos os distritos possam contribuir com o planejamento na escala dos bairros e obter melhorias como novos espaços verdes, embelezamento do ambiente urbano, mobiliário e infraestruturas de micromobilidade. Em 2021, a cidade também disponibilizou um orçamento participativo de 75 milhões de euros que os moradores podem distribuir entre os projetos a partir de votações.

Desencadeando um movimento global

Anne Hidalgo sabe lidar com turbulências. Ela estava à frente da administração de Paris durante o tiroteio no Charlie Hebdo em janeiro de 2015, os ataques de novembro de 2015 e o incêndio na Notre-Dame em 2019. Sua empreitada para concretizar a Cidade de 15 Minutos depois de uma pandemia traumática para as cidades chamou a atenção de prefeitos, prefeitas e outras lideranças urbanas em todo o mundo como um exemplo de recuperação pós-pandêmica. O conceito foi adotado de diferentes formas por diferentes cidades, como Melbourne (Austrália), Ottawa (Canadá) e Xangai (China).

Moreno, o criador do conceito, defende que a reverberação da ideia se deve à criação de uma linguagem simples e de uma visão atrativa para a vida urbana compartilhada entre moradores, cidadãos, políticos, planejadores urbanos, incorporadoras imobiliárias, varejistas e outros.

Ele acredita que o conceito tornou-se global e já não pertence mais a seus projetos ou à cidade de Paris, especificamente.

“Hoje, temos centenas de cidades em todos os continentes abraçando essa ideia ao mesmo tempo”, afirma. “Tornou-se uma ideia compartilhada de bem comum baseada em cidades de curta distância… Uma trajetória para mudar radicalmente nosso estilo de vida urbano.”

Fonte: Archdaily

NOVAS TECNOLOGIAS APOIAM CIDADES INTELIGENTES EM SERVIÇOS

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As cidades inteligentes surgem da convergência entre tecnologia, planejamento urbano e governança, trabalhando para promover melhorias na vida urbana. Esse conceito vem ganhando destaque global ao longo dos anos devido aos seus impactos na qualidade de vida, na promoção de práticas sustentáveis e na eficiência dos serviços urbanos, especialmente em setores críticos como segurança, saúde e educação.

Segundo um levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Capgemini em 2020, 74% dos entrevistados acreditam que inovações tecnológicas vão melhorar a qualidade dos serviços públicos no Brasil, com melhorias na segurança pública sendo uma das características mais importantes para os participantes. O estudo ouviu mil pessoas de cinco cidades: Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo.

“A área de segurança pública tem sido uma das mais beneficiadas com a implementação de inovações. O mercado privado oferece hoje uma série de equipamentos, com as mais variadas funcionalidades, que cada vez mais são vistos também como possibilidades para apoio ao serviço público, contribuindo diretamente na prevenção e na resposta a incidentes”, afirma Edison Endo, diretor da Helper Tecnologia de Segurança, empresa responsável por soluções implantadas em 55 cidades de 11 estados.

Seis desses municípios estão entre os 100 mais inteligentes do país, segundo o ranking Connected Smart Cities. Londrina, Porto Alegre, Pinhais, Mogi das Cruzes e Diadema são exemplos de cidades que implantaram os Totens de Segurança Helper como estratégia de segurança para a população. E os resultados têm começado a aparecer. Em Diadema, por exemplo, as ocorrências criminais caíram 36% nas áreas onde os totens foram instalados, de acordo com dados do Infocrim (Sistema Estadual de Informação Criminal), divulgados pelo Observatório Municipal de Segurança Pública de Diadema.

Blindados, os totens reúnem em um único dispositivo várias funcionalidades e características, como formato imponente e robusto à prova de vandalismo, sistema de giroflex — que remete às viaturas policiais —, botão de emergência, comunicador bidirecional de alta potência, que envia alertas à população, mensagens automáticas de áudio e monitoramento por câmeras 360. Essas funcionalidades permitem análises de cenários inteligentes, proporcionando comunicação direta entre cidadãos e forças de segurança, e diminuindo consideravelmente o tempo de resposta dos agentes de polícia militar, guarda municipal e agentes de trânsito no atendimento às vítimas.

Saúde e educação

Assim como na segurança, outras áreas responsáveis por serviços básicos para a população têm encontrado na inovação uma forma de realizar atividades de maneira mais inteligente. Na saúde, tecnologias tradicionais são adaptadas para oferecer cuidados médicos mais acessíveis e eficientes. Ferramentas de Big Data e Inteligência Artificial são utilizadas para prever epidemias, monitorar dados e melhorar a gestão de recursos. Enquanto no campo educacional, tecnologias como e-learning e realidade aumentada democratizam o acesso ao conhecimento, proporcionando experiências educacionais mais interativas e personalizadas para alunos de todas as idades.

Desafios

No entanto, para que essas inovações prosperem, é necessário superar grandes obstáculos. As desigualdades sociais do país impactam diretamente a inclusão digital da população e, consequentemente, a conectividade de rede que gere uma cidade. Grande parte dos equipamentos que fazem o trabalho de integração de uma cidade inteligente funciona baseada na Internet das Coisas. Se não houver garantia de que a conexão funcione em todas as extremidades da cidade e de forma acessível, a eficiência das tecnologias pode ser comprometida.

A adoção de tecnologias como o 5G contribui para o crescimento das cidades inteligentes, facilitando a rápida troca de dados entre dispositivos e infraestruturas, essencial para a implementação da Internet das Coisas. Até julho de 2023, o 5G estava disponível nas capitais e em apenas 184 dos 5.565 municípios brasileiros. Além disso, a padronização e governança de dados, assim como a conscientização do setor público e os desafios específicos de cada setor de urbanização, também são desafios na implementação dessas novas tecnologias. Em termos de sustentabilidade, as principais tarefas envolvem a implementação de redes elétricas inteligentes para minimizar o consumo de recursos não renováveis e promover fontes de energia alternativas.

“Investir continuamente em tecnologias que auxiliam na melhoria de serviços e na integração de diferentes setores é essencial para otimizar processos e sistemas, favorecendo a concretização de cidades inteligentes. Temos ainda um longo caminho para percorrer, mas os passos estão sendo dados”, complementa Edison.

Fonte: Sampi

OLIMPÍADAS 2024, BMX E CICLISMO: CONHEÇA CIDADES QUE VALORIZAM A BIKE COMO MODAL DE DESLOCAMENTO

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Frota pública de bicicletas e construção de ciclovias são algumas das medidas de apoio

Neste texto você encontra curiosidades sobre ciclismo e informações sobre municípios brasileiros que valorizam as bike e a mobilidade ativa. Sendo assim, continue a leitura se quiser saber mais sobre o assunto e descobrir os locais com mais infraestrutura no País.

Diferença entre ciclovias e ciclofaixas

Você sabe qual a diferença entre ciclovias e ciclofaixas? As duas estruturas são instauradas em cidades brasileiras para permitir o trânsito de bicicletas. No entanto, existe uma diferença crucial no modo como cada uma é construída.

“Uma ciclovia é uma via segregada fisicamente, em uma ciclofaixa a segregação é feita apenas por sinalização”, sintetiza Daniel Guth, mestre em Urbanismo e diretor executivo da Aliança Bike.

A segregação das ciclovias pode ocorrer com barreiras de concreto, barras de ferro e diversos outros materiais. O objetivo é proteger o ciclista e impedir o tráfego de outros tipos de veículos na faixa que deve ser exclusiva para bicicletas.

Capitais com maior malha cicloviária

Observar esportistas nas Olimpíadas 2024 em provas de BMX ou ciclismo pode nos levar a imaginar quais cidades do Brasil possuem maior malha cicloviária.

A resposta para essa pergunta é São Paulo. A capital paulista possui 731 km de ciclovias e ciclofaixas somadas, segundo dados da prefeitura. Brasília é a segunda capital que mais possui essas infraestruturas, com 636,89 km, de acordo com dados da Aliança Bike obtidos em 2023.

Em seguida, entra a cidade do Rio de Janeiro, que conta com 487 km. Por fim, duas capitais do nordeste fecham o top 5: Fortaleza com 419,2 km e Salvador com uma extensão de 306,64 km em ciclovias e ciclofaixas.

Bicicletas públicas de graça

Outra forma que municípios brasileiros encontram para fomentar o uso de bicicletas e da mobilidade ativa é oferecendo o aluguel de bikes. A cidade de Maricá (RJ) é uma referência no assunto e possui 250 bicicletas públicas que são oferecidas gratuitamente para seus moradores. O município conta, inclusive, com uma frota de bicicletas infantis e atende as crianças do local.

Ao mesmo tempo, São José dos Campos conta com um sistema similar. Ao usar os ônibus da cidade os moradores ganham o direito de desbloquear uma das bicicletas públicas do município sem nenhum custo adicional. A cidade planeja, até agosto, disponibilizar 600 bikes para os usuários.

Fonte: Mobilidade Estadão

TRANSFORMAÇÃO DIGITAL NA SAÚDE E AS ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE 2024

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Para a realização dessa transformação em âmbito nacional, é importante garantir a infraestrutura 5G e isso é tarefa das cidades

O Brasil mantém um dos mais importantes sistemas de saúde pública do mundo, o SUS. Ele oferece a uma população de 210 milhões de pessoas em um território maior do que a Europa a garantia constitucional de acesso a serviços de saúde de forma gratuita. De modo a otimizar suas operações, o sistema também integra ações federais, estaduais e municipais, incluindo a distribuição de medicamentos e as campanhas nacionais de vacinação. Durante o período de pandemia da Covid-19, por exemplo, o SUS foi colocado em uma situação limite, mostrando resiliência para atender à população em uma condição excepcional.

Muitos poderão dizer que o SUS deveria ser muito melhor e, de fato, ele deve. Mas isso não nos impede de reconhecer que é admirável o sistema de saúde que a sociedade brasileira conseguiu construir com esforço ao longo das últimas décadas, principalmente se comparado ao sistema de saúde de outras nações do mundo, que pouco ou nada oferecem às suas populações, muitas com muito mais recursos e níveis de desenvolvimento mais avançados. 

Podemos acrescentar ainda que o SUS, por seu alcance nacional, é um dos únicos sistemas do mundo que deve se beneficiar muito de um processo amplo de transformação digital. A implantação das novas tecnologias pode melhorar a gestão, a alocação dos recursos orçamentários e a tomada de decisão, baseada em informações confiáveis e armazenadas em nuvem sobre a saúde da população brasileira. O SUS da era digital será sustentável, conectado, inclusivo e muito inteligente.

Essa é uma boa perspectiva que precisa chegar a todos os municípios brasileiros, sem exceção. Afinal, é nas cidades onde estão as unidades básicas, os hospitais, os postos de saúde, os centros de diagnóstico, os médicos de família, as farmácias populares e muitos outros serviços. Nesse contexto, as eleições municipais de outubro ocorrem em um momento em que não é mais possível dissociar a melhoria da qualidade dos serviços de saúde pública de sua transformação digital. 

Para a realização dessa transformação em âmbito nacional, é importante garantir a infraestrutura 5G e isso é tarefa das cidades. Segundo dados recentes da Anatel, mais de quatro mil municípios estão aptos a instalarem o 5G, no entanto, hoje, apenas 729 têm legislações atualizadas para esse fim. Nesse contexto, o momento eleitoral é uma ótima oportunidade para que o debate sobre a conectividade seja realizado de modo a alertar os eleitores sobre sua importância. 

Na saúde, as tecnologias digitais, associadas a algoritmos de inteligência artificial (IA) e à internet das coisas (IoT), estão sendo implementadas no Brasil em iniciativas ainda individuais. Instituições hospitalares privadas, por exemplo, já conseguem oferecer aos usuários e ao seu corpo clínico sistemas de dados ágeis que conversam com inúmeros equipamentos de fabricantes diferentes, gerando informações completas e atualizadas. Já é possível, por exemplo, fazer toda a gestão de uma farmácia hospitalar com precisão, – um sistema logístico que atende centenas de pacientes, cada qual com uma necessidade específica -, diminuindo erros, garantindo estoques e desperdício próximo a zero. A economia de recursos e de horas de inventário é excepcional.

Em Belo Horizonte, por exemplo, a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) anunciou recentemente que agora oferece Wi-Fi 6 gratuito aos pacientes internados em 19 hospitais públicos, permitindo que conversem com seus familiares durante a internação. Além disso, a solução de conectividade permite o uso de um software avançado de gestão de materiais, equipamentos e medicamentos que passaram a ser rastreados e monitorados com precisão em todas as unidades.

Muitos serviços médicos também fazem uso da telemedicina. Com ela, é possível diminuir filas de consultas, que podem ficar ao alcance das mãos de cada usuário que tenha um dispositivo móvel. Por isso, reiteramos a necessidade de políticas que facilitem a aquisição de smartphones modernos. Um atendimento à distância pode fazer a diferença na vida de uma pessoa que vive em uma área isolada, por exemplo.

Agora, com apoio do setor privado, está na hora das políticas públicas convergirem. A transformação digital no setor de saúde é mais do que colocar tecnologia nos hospitais. Trata-se de criar um ecossistema inovador com políticas formuladas para garantir a conectividade universal, a ampliação do atendimento e a melhoria da qualidade em todos os níveis e lugares. Em caso de uma nova pandemia, por exemplo, esse sistema estará ainda mais preparado. 

A tecnologia existe para facilitar essa realização. A capacidade de integrá-la ao sistema de saúde é indicativo poderoso do compromisso dos gestores públicos com o bem estar da população e com a inovação tecnológica no Brasil.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities. 

FALTAM 15 DIAS PARA O EVENTO CSC REGIONAL DISTRITO FEDERAL

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Prepare-se para a edição regional do maior evento de soluções digitais para o setor público!

O aguardado CSC GovTech, realizado pela Plataforma Connected Smart Cities, está a apenas 15 dias de distância. No dia 20 de agosto, Brasília (DF) será o ponto de encontro para representantes do poder público e privado, que se reunirão para promover ferramentas, políticas e modelos essenciais para a operação dos governos em um mundo digital.

A missão do CSC GovTech é desenvolver um ecossistema colaborativo e criar uma comunidade GovTech no Brasil. A colaboração é a chave para o sucesso e crescimento do mercado de soluções digitais para o setor público.

Programação do Evento

A programação do evento está repleta de palestras e painéis que abordarão temas cruciais para a transformação digital dos governos:

  • Inteligência Artificial
  • Modelos de Financiamento e de Contratação
  • Regulação
  • Construção de Governos Digitais: Cases Práticos no Centro-Oeste
  • Transformação Digital e Eficiência
  • Infraestrutura e Segurança Digital

Palestrantes Confirmados

O evento contará com a presença de renomados especialistas e líderes do setor:

  • Adriano Pitoli: Head do Fundo Govtech e Economista – KPTL
  • Camila Medeiros: Diretora de Inovação – ENAP (Escola Nacional de Administração Pública)
  • Leonardo Reisman: Secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação – Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação – Distrito Federal
  • Maurício Costa Filho: Especialista em Licitações – Banco do Brasil
  • Ricardo Barros: Coordenador do Centro de Inovação e Inteligência Artificial – Governo do Distrito Federal

Informações do Evento

  • Data: 20 de agosto de 2024
  • Horário: 09:00 às 18:00
  • Local: Museu Nacional da República, Brasília-DF
  • Gratuito

Este evento serve como aquecimento para a edição nacional do Connected Smart Cities 2024, que acontecerá nos dias 03 e 04 de setembro, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo (SP).

Não perca a oportunidade de participar deste encontro essencial para a evolução digital do setor público. Prepare-se para se conectar, aprender e inovar no CSC GovTech em Brasília!

O Evento conta com apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) que além de participar da solenidade de abertura com seu presidente, Marco Antônio Costa Júnior, também conta com painelistas nos painéis de conteúdo, debatendo e trazendo o posicionamento da FAP como fomentador do ecossistema. Dentre eles está Gilmar dos Santos Marques, Coordenador de Tecnologia e de Inovação – FAPDF, que será um dos painelistas  a debater Modelos de Financiamento e de Contratação de soluções para governos.

Sobre o Connected Smart Cities

O  Connected Smart Cities & Mobility Nacional é o maior e mais importante evento de negócios e conexões de cidades inteligentes e mobilidade urbana do Brasil. Realizado desde 2015, o CSCM tem um formato de múltiplos palcos e promove a integração entre conteúdo de alta qualidade, promoção de negócios e networking de impacto.  O evento  faz parte da Plataforma Connected Smart Cities, que tem por missão encontrar o DNA de inovação e melhorias para cidades mais inteligentes e conectadas umas com as outras, sejam elas pequenas ou megacidades.

A 10ª edição do Ranking Connected Smart Cities será lançada em 03 de setembro, na abertura do Connected Smart Cities, em São Paulo. Saiba mais sobre o evento aqui. O evento traz discussões em diversos segmentos, sendo o Urbanismo Sustentável e Cidades Resilientes e Inclusivas, temas de destaque nesta edição.

AS 5 CIDADES MAIS INTELIGENTES DO CENTRO-OESTE NO RANKING CONNECTED SMART CITIES 2023

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Inovação Tecnológica e Sustentabilidade Transformam Cidades em Referências de Desenvolvimento Urbano Inteligente

O Centro-Oeste do Brasil vem se destacando cada vez mais no cenário das cidades inteligentes, especialmente no eixo de tecnologia e inovação. A região abriga algumas das cidades mais bem classificadas no Ranking Connected Smart Cities 2023, com destaque para Brasília, Campo Grande, Goiânia, Cuiabá e Três Lagoas. Essas cidades têm investido em tecnologia, governança e qualidade de vida, demonstrando um forte compromisso com o desenvolvimento urbano inteligente e sustentável.

Brasília: Tecnologia e Inovação, Mobilidade e Empreendedorismo

Com uma infraestrutura planejada que inclui setores específicos para áreas residenciais e comerciais, além de vias largas que ajudam a diminuir os congestionamentos, Brasília se destaca por seu sistema de transporte público eficiente. A cidade conta com metrô e uma ampla rede de ônibus, com mais de 2.800 veículos operando em cerca de 860 linhas, facilitando o deslocamento diário dos moradores.

No eixo de empreendedorismo, Brasília se destaca oferecendo diversos incentivos fiscais e programas de apoio, como a Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap) e o Programa de Apoio ao Empreendimento Inovador (PROINOVA).

Em termos de tecnologia, a capital federal abriga parques tecnológicos e hubs de inovação, como o Parque Tecnológico de Brasília (BioTIC), que promovem o crescimento de empresas do setor. Em 2023, houve um aumento de 7,6% no número de empresas ligadas ao desenvolvimento tecnológico em comparação ao ano anterior.

Campo Grande: Segurança, Saúde e Tecnologia e Inovação

Campo Grande é um exemplo de boa governança, obtendo nota 10 na Escala Brasil Transparente, destacando-se pela transparência, participação cidadã e eficiência administrativa. Com nota 0,815 no Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal, a cidade investe em plataformas digitais que facilitam o acesso dos cidadãos aos serviços públicos, promovendo uma administração mais ágil e eficiente.

Na área da saúde, Campo Grande se sobressai pela qualidade dos serviços públicos, com uma despesa municipal per capita superior à média nacional. Os investimentos em saúde se refletem na qualidade de vida dos moradores, com 76,5% da população coberta pela Equipe de Saúde da Família.

Além disso, a cidade é um polo de inovação e tecnologia, com 7 incubadoras de empresas e 5 grandes operadoras de fibras óticas, oferecendo cobertura 5G para 98,7% dos moradores.

Goiânia: Tecnologia e Inovação

Goiânia, a capital de Goiás, é notável no ranking por suas iniciativas em tecnologia e inovação. A gestão municipal implementou diversas melhorias no transporte público, como o congelamento da tarifa desde 2019, o Bilhete Único, biometria facial, Cartão Família, pagamento por aproximação e o Passe Livre do Trabalhador.

A infraestrutura de transporte também foi aprimorada com a inauguração de terminais de integração que fazem parte do projeto BRT Norte-Sul, que inclui 121 linhas conectadas, 36 estações e uma velocidade média entre 22 e 26 km/h.

No campo dos negócios, Goiânia é uma das principais cidades empreendedoras do país, segundo a Escola Nacional de Administração Pública (Enap). As ações municipais para modernizar a legislação, reduzir a burocracia e implementar um novo código tributário resultaram em um aumento de 9,4% na abertura de MEIs e 8,48% no número de novas empresas entre 2022 e 2023.

Cuiabá: Tecnologia e Inovação

Cuiabá se destaca por investimentos em projetos que beneficiam saneamento básico, qualidade da informação contábil e fiscal, educação, infraestrutura, mobilidade urbana, sustentabilidade, e governança previdenciária.

A cidade é a primeira no ranking entre os 141 municípios mato-grossenses em setores como educação, população, receita própria e Valor Adicionado. Além disso, possui um dos melhores Índices de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) do Brasil, com valor de 0,785.

Na educação, ações recentes incluem a climatização de 99% das escolas, entrega de mais de 58 mil kits de uniformes e materiais escolares, e um gasto per capita de R$ 989,87 por habitante. A cidade possui 31,4 dispositivos digitais por 1.000 alunos, matrícula online na rede pública, 28,4 alunos por turma em média e uma média de 429,1 no ENEM entre as escolas públicas.

Cuiabá investiu no sistema de transporte público, com 100% dos ônibus climatizados, sistemas de semáforos e iluminação inteligentes, e ciclovias, proporcionando uma mobilidade urbana mais eficiente.

Três Lagoas: Meio Ambiente

Três Lagoas se destaca pelas suas iniciativas ambientais, focando na preservação de áreas verdes e recursos hídricos. Com 99% de atendimento urbano de água e 98% de esgoto, a cidade possui uma gestão eficiente de resíduos e baixo índice de perdas na distribuição de água.

Conhecida por suas riquezas naturais, Três Lagoas implementa o monitoramento de áreas de risco, reduzindo o impacto ambiental. Além disso, investe em veículos de baixa emissão, promovendo uma mobilidade urbana mais sustentável.

A Região do Centro-Oeste e o Eixo de Tecnologia e Inovação

O Centro-Oeste do Brasil tem se consolidado como uma região de destaque no eixo de tecnologia e inovação. As principais cidades da região têm investido fortemente em infraestrutura tecnológica, atraindo empresas de tecnologia e startups. Esse movimento tem sido crucial para o desenvolvimento econômico e social, promovendo a criação de empregos e a melhoria dos serviços públicos. 

As iniciativas voltadas para a inovação têm transformado o Centro-Oeste em um polo de desenvolvimento tecnológico, contribuindo para a construção de cidades mais inteligentes e sustentáveis. A região se destaca pela capacidade de integrar tecnologia ao planejamento urbano, promovendo a eficiência e a qualidade de vida.

Sobre o Connected Smart Cities
O  Connected Smart Cities & Mobility Nacional é o maior e mais importante evento de negócios e conexões de cidades inteligentes e mobilidade urbana do Brasil. Realizado desde 2015, o CSCM tem um formato de múltiplos palcos e promove a integração entre conteúdo de alta qualidade, promoção de negócios e networking de impacto.  O evento  faz parte da Plataforma Connected Smart Cities, que tem por missão encontrar o DNA de inovação e melhorias para cidades mais inteligentes e conectadas umas com as outras, sejam elas pequenas ou megacidades.

Save the Date

A 10ª edição do Ranking Connected Smart Cities será lançada em 03 de setembro, na abertura do Connected Smart Cities, em São Paulo. Saiba mais sobre o evento aqui.

Acesso à plataforma online de consulta ao Ranking Connected Smart Cities, acesse:

 

UMA TRANSIÇÃO JUSTA NA MOBILIDADE URBANA

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A qualidade e as políticas dos transportes públicos têm um impacto significativo nas mulheres, que dependem mais deste meio de transporte do que os homens.

Um sistema de mobilidade urbana inclusivo deveria ser a base para uma sociedade de oportunidades iguais. Infelizmente, ainda estamos longe desse ideal: menos da metade das mulheres no mundo participa no mercado de trabalho, e muitas citam o transporte público inadequado como a maior barreira para sua participação. De acordo com um relatório da Organização Internacional do Trabalho de 2017, sistemas de transporte inseguros e inacessíveis limitam a participação das mulheres na economia em 17%. Se as mulheres tivessem as mesmas taxas de participação no trabalho que os homens, cerca de 28 bilhões de dólares poderiam ser adicionados ao PIB global.

A qualidade e as políticas dos transportes públicos têm um impacto significativo nas mulheres, que dependem mais deste meio de transporte do que os homens. As mulheres dependem mais de caminhar, andar de bicicleta e usar transportes públicos. Suas responsabilidades de cuidado, acesso limitado a carros e menor renda disponível influenciam suas escolhas de transporte. Suas viagens são geralmente mais curtas e fora dos horários de pico, com uma parte significativa dedicada à “mobilidade de cuidados”, transportando dependentes como crianças e idosos. Essas escolhas modais não se encaixam em cidades centradas no automóvel, que muitas vezes são inadequadas para pedestres e ciclistas e possuem ruas inseguras e áreas isoladas.

Mas não só do ponto de vista das usuárias dos serviços de mobilidade há um desequilíbrio em termos de gênero. O setor de transportes é tradicionalmente dominado por homens, com as mulheres sub-representadas em todos os níveis da força de trabalho. Atrair, capacitar e reter mulheres não apenas tornaria o setor mais inclusivo, mas também ajudaria a aliviar a escassez de mão-de-obra. Apenas 19% da força de trabalho global em transportes são mulheres, e essa porcentagem cai para um dígito nos cargos de gestão (UITP 2022). 

O setor da mobilidade elétrica tem o potencial de criar milhões de empregos verdes de alta qualidade, oferecendo uma oportunidade crucial para assegurar uma transição justa. Isso requer que os decisores políticos implementem medidas estratégicas e promovam o desenvolvimento de competências das mulheres em grande escala. É essencial investir na qualificação e requalificação da força de trabalho, bem como obter apoio político para fomentar o desenvolvimento de empregos especializados e escaláveis.

Através da Iniciativa Transformadora de Mobilidade Urbana (TUMI) e da iniciativa Women Mobilize Women (WMW), a cooperação alemã busca promover e contextualizar a discussão global sobre uma transformação tecnológica e justa dos sistemas de mobilidade urbana, incluindo no Brasil.

A WMW organiza uma série global de eventos “Construindo Cidades Feministas” para discutir políticas de mobilidade transformadoras de gênero e formas de implementação para alcançar acesso equitativo à mobilidade e oportunidades para todos. Juntamente com nossos parceiros locais, a WMW realizará um workshop dentro desse seria para América Latina em agosto em Brasília. No Parque da Mobilidade Urbana em São Paulo em junho, o WMW participou no painel de “Estratégias inovadoras e melhores práticas para a criação de sistemas de transporte feministas no Brasil”.

Um estudo de caso do TUMI sobre a eletrificação da linha 3 do Metrobús na Cidade do México revelou diversos efeitos positivos na força de trabalho como resultado dessa mudança tecnológica. Entre os benefícios estão um ambiente de trabalho mais saudável devido à ausência de emissões dos motores elétricos, a redução do ruído, diminuindo o risco de acidentes, e a eliminação do uso de lubrificantes, contribuindo para um ambiente mais seguro para o pessoal de manutenção. Além disso, houve um aumento do orgulho e entusiasmo entre os trabalhadores pela operação e manutenção de ônibus de última geração, e o aprendizado contínuo sobre novas tecnologias promoveu uma força de trabalho mais motivada e qualificada.

O TUMI realizou um evento no âmbito do Congresso Mundial do ICLEI – rede global de governos locais e regionais em junho em São Paulo debatendo esses estudos de casos. Foi citado o exemplo de Montevideo, no Uruguai, onde uma empresa operadora de ônibus elétrico fez uma parceria com um órgão local, equivalente ao Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) do Brasil, para formar mulheres mecânicas especializadas em veículos elétricos. Neste caso inspirador e de fácil implementação, quando chegou uma mão de obra nova, composta por mulheres, eles criaram empatia e se entusiasmaram com os elétricos. 

Este exemplo não apenas destaca a necessidade, mas também o potencial de desenvolver sistemas de mobilidade urbana sustentáveis, inclusivos e equitativos. As principais usuárias do transporte público são mulheres, especialmente mulheres negras das periferias, embora a representação delas no setor, nas instituições e nas empresas seja significativamente menor. Ao aumentar essa representação, não apenas podemos criar sistemas mais inclusivos, mas também aproveitar o potencial de uma mão de obra qualificada para promover uma sociedade com igualdade de oportunidades.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities