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GOOGLE ABRE INSCRIÇÕES PARA ESTÁGIO NA ÁREA DE TECNOLOGIA

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Pela primeira vez, o programa de estágio do Google voltado para estudantes de Ciência da Computação e áreas correlatas vai ocorrer de forma 100% virtual

O Google abriu hoje as inscrições para seu programa de estágio voltado a estudantes universitários que desejam iniciar suas carreiras na área de tecnologia. Os interessados podem se candidatar até 26 de março pelo site de carreiras da empresa e terão a oportunidade de trabalhar diretamente no desenvolvimento de recursos para os principais produtos do Google, entre eles a Busca, uma das áreas centrais de atuação do escritório de Engenharia do Google na América Latina, localizado em Belo Horizonte.

O programa é realizado anualmente no escritório da empresa na capital mineira, mas, desta vez, será totalmente virtual, o que permite a participação de estudantes de ciência da computação e áreas correlatas de universidades de todos os lugares do Brasil. Entre as principais qualidades procuradas pela empresa estão “habilidades para resolver problemas”, “boa comunicação” e “trabalho em equipe”. O domínio do inglês é exigido.



Segundo Yale Soares, especialista em recrutamento do Google no Brasil, a seleção se tornou uma oportunidade para universitários e universitárias que não residem próximo ao escritório em Belo Horizonte . “Com o trabalho remoto, muitos estudantes podem seguir seu curso de graduação em seus Estados e participar do nosso programa de estágio. Para nós, essa é uma chance de receber talentos de todas as regiões do país que contribuam para que os produtos e serviços do Google sejam ainda mais representativos”, explica.

Lives preparatórias

Nos próximos dias 11, 18 e 25 de março, o Google vai oferecer lives preparatórias para estudantes conversarem com engenheiros e engenheiras do escritório de Belo Horizonte. Os participantes poderão tirar dúvidas do cotidiano da profissão, além de aproveitar conteúdos sobre “como organizar o currículo” e “como funciona entrevistas técnicas” e uma simulação de como responder perguntas em uma entrevistas deste tipo. A transmissão acontece pelo canal do Google e a participação não é obrigatória para os inscritos no programa.

Com informações da Assessoria de Imprensa do Google 

EVENTO DE SMART CITIES NO MS APRESENTA PLANO DE CIDADE INTELIGENTE DE CAMPO GRANDE

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Iniciativa reunirá especialistas e apresentará indicadores de Campo grande, uma das 20 cidades mais inteligentes do País, conforme o Ranking Connected Smart Cities

No próximo dia 16 de março, a partir das 09h (horário de Brasília) e 08h (horário local), o Connected Smart Cities & Mobility, iniciativa da Necta, realiza o Encontro Regional Campo Grande para debater sobre as iniciativas de smart cities no contexto da capital sul-mato-grossense. A edição faz parte da agenda de eventos regionais da plataforma, em 2021, em todas as capitais do país,  contemplando 27 ações entre fevereiro e agosto.  O primeiro encontro foi realizado em Salvador, em 23/02; seguido por Vitória, em 02/03; e Belém, em 09/03. Inscrições gratuitas aqui 

A iniciativa reunirá especialistas em smart cities e acontece ao vivo, em formato virtual, com destaque para a programação, que contempla a apresentação do Plano de Cidades Inteligentes para Campo Grande e dos indicadores de desenvolvimento, no contexto do Ranking Connected Smart Cities. A cidade está entre as vinte mais inteligentes e conectadas do Brasil, com a 14ª colocação. 



“Somos a principal plataforma do ecossistema de cidades inteligentes e mobilidade urbana no Brasil e fomentar esse tema da forma mais abrangente possível faz todo o sentido para o nosso trabalho. Os encontros e outras atividades permitem que o debate e as boas práticas para a cidades e a mobilidade urbana alcancem mais municípios. E, assim como em Salvador, Vitória e Belém, teremos uma agenda importante em Campo Grande e nas demais capitais. Para tanto, contamos com o envolvimento dos vários atores com atuação no desenvolvimento mais sustentável das cidades”, disse Paula Faria, CEO da Necta e idealizadora do Connected Smart Cities & Mobility.

Destaques de Campo Grande no Ranking Connected Smart Cities

Durante o Encontro Regional Campo Grande, Mato Grosso do Sul, serão apresentados os destaques da cidade no Ranking Connected Smart Cities, que compreende 11 eixos analisados e 70 indicadores. 

A 6ª edição do Ranking Connected Smart Cities, mais importante estudo do país sobre cidades, aponta Campo Grande com a 14ª colocação geral; 9ª em Governança; 13ª posição em Urbanismo; e 15ª em Empreendedorismo, onde se destaca com investimento na ordem de R$ 356 por habitante, aumento de 28% na comparação 2019/2020.  No indicador Segurança, Campo Grande está na 18ª posição, registrando redução no número de homicídios, com 20,1 homicídios para cada 100 mil habitantes.

“A colocação de Campo Grande em Urbanismo está relacionada ao investimento  per capita de R$ 356 por habitante, aumento de 28% em melhoria urbana. Já em  Empreendedorismo, a cidade teve alta de 2,3% das empresas da economia criativa, por meio da oferta de ambientes de inovação para o desenvolvimento do setor, somando 10 incubadoras, de acordo com dados da Anprotec”, disse Willian Rigon, sócio e diretor comercial e marketing da Urban Systems, responsável pelo Ranking. 

No quesito transparência, o governo da cidade conta com nota 9,5, de acordo com a Escala Brasil Transparente.  E o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal da capital é considerado alto (0,8145, quanto mais próximo do 1, melhor).

Palestrantes Encontro Regional Campo Grande 

Estão confirmados: o Prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad; o diretor-presidente da Agência Municipal de Tecnologia da Informação e Inovação da Prefeitura de Campo Grande (Agetec), Paulo Fernando Garcia Cardoso; o diretor de Infraestrutura e Segurança da Agetec, Jeferson Bussula Pinheiro; o chefe da Assessoria de Projetos da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia e Agronegócio de Campo Grande, Gabriel Kling de Almeida Batista; o head Latam da INNA ImC™️ – Agência Israelense de Inovação, Moshiko Frenkel.

Além de: a diretora de Projetos Estratégicos da Prefeitura de Campo Grande, Catiana Sabadin Zamarrenho; o conselheiro do Porto Digital, Claudio Nascimento; o executivo de negócios na Agência Privada Israelense de Inovação e fundador da Mentors BI e EcoInova MS, Roger Milan; o sócio e Managing Director no Brasil da Kido Dynamics, Luiz Eduardo Viotti; o gerente comercial do Moovit, Raphael Miranda; a CEO da Necta e idealizadora do Connected Smart Cities & Mobility, Paula Faria; e o diretor comercial e marketing e sócio da Urban Systems e Connected Smart Cities, Willian Rigon.

O Encontro Regional Campo Grande faz parte das ações da sétima edição do evento nacional Connected Smart Cities & Mobility, que acontece entre os dias 01 e 03 de setembro de 2021 e conta com várias iniciativas pré-evento.

A programação completa está disponível em: https://evento.connectedsmartcities.com.br/eventos-regionais/ 

AGENDA

A Agenda proposta para os eventos acontece entre 23 de fevereiro e 24 de agosto de 2021 e contempla os estados/regiões:
Estados Região Nordeste/Cidades: Maceió (AL); Salvador (BA); Fortaleza (CE); São Luís (MA); João Pessoa (PB); Recife (PE); Teresina (PI); Natal (RN); Aracaju (SE);
Estados Região Sul/Cidades: Florianópolis (SC); Curitiba (PR); Porto Alegre (RS);
Estados Região Norte/Cidades: Rio Branco (AC); Macapá (AP); Manaus (AM);  Belém (PA); Palmas (TO); Porto Velho (RO); Boa Vista (RR);
Estados Região Sudeste/Cidades: Vitória (ES); Belo Horizonte (MG); Rio de Janeiro (RJ); São Paulo (SP);
Estados Região Centro-Oeste/Cidades: Brasília (DF); Campo Grande (MS); Cuiabá (MT); Goiânia (GO).

Connected Smart Cities

O Connected Smart Cities funciona como uma plataforma completa de conteúdo com múltiplos canais e formatos que permitem aos profissionais do ecossistema de cidades inteligentes acesso aos conteúdos: crível, analítico e relevante, por meio do: Ranking, evento, Prêmio, Learn e o portal, além do Connected Smart Mobility, que conta com site e conteúdo dedicado às discussões relacionadas a mobilidade urbana no Brasil.  

O Connected Smart Cities & Mobility conta com um alcance de mais de 15 mil pessoas mensalmente, 19 mil participantes, 1.200 reuniões nas Rodadas de Negócios, 550 marcas participantes, 300 painéis de discussão, 1.100 palestrantes, além de mais de 250 apoiadores. O evento se destaca, ainda, pela ampla participação de prefeituras que, apenas em 2019 (formato presencial), contou com a presença de aproximadamente 300 municípios.

ACOMPANHE OUTRAS MATÉRIAS SOBRE ENCONTROS REGIONAIS:

CONNECTED SMART CITIES & MOBILITY CONFIRMA AGENDA 2021 E TRAZ AÇÃO INÉDITA DE EVENTOS REGIONAIS
CONNECTED SMART CITIES APRESENTA PLANO DE CIDADES INTELIGENTES PARA SALVADOR E INDICADORES
VITÓRIA: EVENTO REÚNE ESPECIALISTAS PARA DEBATER SOBRE SMART CITIES

DADOS E A MOBILIDADE URBANA: UM CAMINHO SEM VOLTA

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O setor de transporte público deve mudar mais nos próximos 10 anos do que em todo o último século, transformando a mobilidade 

Quando andamos por nossas cidades, é cada vez mais raro vermos alguém levantar a mão para chamar um táxi, em vez disso solicita  um carro por aplicativo. Há quem diga que a cena já causa até estranheza. O meu trabalho tem o objetivo de tornar estranha outra situação corriqueira: pessoas esperando no ponto de ônibus, sem ter ideia de quando o ônibus chega, e sem ter certeza que estão pegando a linha correta.

Tecnologia 

O Moovit, aplicativo de mobilidade urbana do qual sou gerente geral no Brasil desde 2014, entrega de forma simples e intuitiva algo desejado por muitos: informações sobre transporte público em mais de 3.400 cidades. O app é usado por quase 1 bilhão de pessoas – esperamos bater a marca em março – em 114 países, com uma premissa simples: apresenta, com atualização em tempo real, opções variadas de rotas combinando diferentes modais de transporte, micromobilidade e caminhada. Inclui ainda as estimativas de custo das passagens e de tempo de chegada ao destino.



Tudo isso é construído com base em dados. Na sociedade de hoje, as músicas que escutamos, os filmes que assistimos e os nossos pedidos de delivery geram dados – e não seria diferente com a mobilidade urbana. O repositório de dados sobre transporte público do Moovit é o mais avançado e abrangente do mundo, coletando anonimamente 6 bilhões de pontos de dados todos os dias. 

As informações são organizadas seguindo altos padrões de qualidade, atendendo as legislações vigentes sobre proteção de dados pessoais, e têm origem tanto em fontes oficiais quanto no que chamamos de “molho secreto”: uma comunidade global de voluntários digitais que mapeia, checa e edita informações sobre mobilidade para ajudar outras pessoas a circularem por suas cidades. Nós os chamamos de Mooviters, e já são mais de 720 mil – uma grande parte deles no Brasil.

Todas essas facilidades estão disponíveis para qualquer pessoa no app ou web, e os dados do Moovit também dão base para uma série de soluções desenvolvidas pela empresa para smart cities e para o setor de transportes. Elas já dão o tom de como será a mobilidade em um futuro próximo. 

Transporte público sob demanda

Voltando ao exemplo acima, além dos passageiros não precisarem ficar em pontos sem saber quando o ônibus passa, o veículo pode agora circular somente quando necessário, e fazendo uma rota flexível que levará menos tempo para chegar ao destino final, gerando benefícios para o usuários e eficiência e economia para o operador. O transporte coletivo sob demanda já é realidade em algumas regiões do mundo com tecnologia Moovit, é uma das mudanças que o transporte público enfrentará em breve. 

Como já dito, toda essa movimentação de passageiros gera dados onde podem ser identificadas tendências e insights que podem ajudar o poder público e operadores de transporte a entender melhor as demandas dos passageiros e como a cobertura de transporte pode ser aprimorada. Parte dessa análise da mobilidade urbana está acessível a todos no nosso Relatório Global sobre Transporte Público, e ainda há muito mais que os dados podem mostrar.

O setor de transporte público deve mudar mais nos próximos 10 anos do que em todo o último século. Os dados já têm um papel fundamental nessa transformação, e se tornarão ainda mais relevantes com novas tecnologias, como veículos autônomos, que estão em processo de implementação. É empolgante acompanhar e participar desse processo. Tenho certeza que este espaço no Portal Connected Smart Cities renderá ótimos debates.

Abraços a todos!

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities 

METRÔ INICIA PILOTO PARA REALIZAR PESQUISA ORIGEM DESTINO POR APLICATIVO DE SMARTPHONE

Teste do Metrô vai avaliar a viabilidade de uso da tecnologia para apesquisa Origem Destino

O Metrô iniciou, em 01 de março, a Pesquisa Origem Destino (OD) Digital, que vai coletar dados de deslocamentos na Grande São Paulo através de um aplicativo de smartphone. Esse será um teste-piloto para avaliar a possibilidade de uso de novas tecnologias na elaboração da maior pesquisa de mobilidade do Brasil.
A pesquisa será feita em etapas com 10 mil pessoas para apurar os locais para onde elas se deslocam, os modos utilizados e os motivos. Nesta fase, alguns participantes da OD 2017 estão recendo mensagens por SMS sendo convidados a colaborar, instalando um aplicativo em seus smartphones e autorizando a coleta dos dados dos GPS durante sete dias consecutivos. Em três desses dias, o pesquisado deverá editar as viagens pelo aplicativo, informando o motivo e o modo de deslocamento utilizado. Um pré-teste já foi realizado apenas com funcionários do Metrô e haverá uma terceira fase, aberta para a população em geral.



Neste piloto, o objetivo principal não são os resultados estatísticos de mobilidade. A meta é analisar a eficiência desse método de pesquisa e o que pode ser aperfeiçoado para uma possível aplicação nas próximas ODs do Metrô.
“Se bem sucedido, o uso da tecnologia pode nos trazer diversos ganhos, como economia de tempo e de recursos financeiros. Essa é uma tendência que Paris, por exemplo, já vem testando e nós vamos buscar para achar o modelo ideal para São Paulo”, avalia Silvani Pereira, presidente do Metrô de São Paulo.
O trabalho de apuração, além do desenvolvimento e aplicação da tecnologia, ficará a cargo do Consórcio Cittamobi-Oficina. A empresa inseriu um módulo exclusivo da Pesquisa OD Digital em seu já existente aplicativo Cittamobi, conhecido por fornecer informações da operação dos ônibus em São Paulo. Para estimular a participação das pessoas, o Consórcio optou por oferecer um bônus àqueles que concluírem a pesquisa.
Os participantes dessa etapa atual receberão créditos de Bilhete Único para uso no transporte público. Na etapa final, aberta a população geral, o Consórcio vai oferecer mais opções de bônus, para atender também a quem não utiliza transporte público.
Segundo Luiz Antônio Cortez, gerente de planejamento e meio ambiente do Metrô, os resultados desse piloto poderão embasar a decisão de como serão feitas as próximas pesquisas. “Na última OD o Metrô empenhou uma força de trabalho gigante que visitou mais de 100 mil domicílios e entrevistou 150 mil pessoas. Nós esperamos que essa tecnologia facilite e agilize a coleta dos dados, de forma segura, podendo servir de modelo para a Pesquisa de Mobilidade que será feita em 2022 e a Origem Destino em 2027”.

O que é a Pesquisa Origem Destino

A Pesquisa Origem Destino é o maior levantamento de mobilidade urbana realizado no Brasil. Feita a cada 10 anos pelo Metrô de São Paulo, a pesquisa busca entender a mobilidade e a forma como as pessoas se deslocam na Região Metropolitana de São Paulo. Isso possibilita o mapeamento dos deslocamentos da população e das atividades econômicas da metrópole para o planejamento do transporte público.
Feita desde 1967, a OD se tornou uma ferramenta estratégica para a gestão eficiente. Com o levantamento e o entendimento dos fluxos diários daqueles que estudam, trabalham e passeiam, as administrações públicas podem usá-la também para desenvolver políticas de saúde, educação, segurança pública e desenvolvimento urbano.
Na última edição, feita em 2017, foram 11 meses de trabalho para a coleta das informações com 156 mil pessoas nas 39 cidades que formam a Região Metropolitana de São Paulo. As entrevistas foram feitas em residências e também em rodovias, aeroportos e terminais rodoviários.
O relatório final e o banco de dados completo estão disponíveis pelo Metrô no site http://www.metro.sp.gov.br/pesquisa-od/ .

Com informações do Metrô São Paulo 

ESTUDO APRESENTA O RAIO-X DA MOBILIDADE DA MULHER NO BRASIL

O levantamento aponta um panorama da mobilidade da mulher no Brasil e contou com o apoio de especialistas em tecnologia para educação do trânsito, mobilidade, diversidade e inclusão

Um estudo realizado pela Younder, em parceria com o Instituto Mobih, por meio de pesquisa quantitativa on-line feita com 203 mulheres brasileiras e outros recortes, traz um panorama das dificuldades enfrentadas diariamente pelas mulheres na mobilidade.

O levantamento conta com o apoio de especialistas em tecnologia para educação do trânsito, Mobilidade, Diversidade e Inclusão, e tem como objetivo oferecer insumos para embasar argumentos e ideias que promovam reflexões e mudanças positivas para o público feminino.



A mobilidade deve ser feita por pessoas, para pessoas. Mas na prática não é bem assim. As nuances dentro dos grupos sociais não são levadas em consideração, especialmente as relacionadas a gênero. A amostra indica que 40% das mulheres vivem em residência com somente um carro, sendo que, em 55% das oportunidades o homem fica com o veículo nesses lares. Além disso, 68% dos homens que ficam com o automóvel único possuem relações conjugais, enquanto 32% são familiares.

Neste contexto, um estudo realizado pela Ipsos no ano passado aponta que os motivos pelos quais homens e mulheres optam por ter carro são totalmente diferentes. Enquanto 45% dos homens optam pelo carro porque querem ter mais controle sobre chegada e saída, 40% das mulheres optam pelo próprio carro porque preferem manter sua privacidade. No entanto, a realidade é que as mulheres brasileiras utilizam mais ônibus para se locomover: 50% contra 42% dos homens.

Segundo a CEO da Younder, Claudia de Moraes, a crença de que as mulheres têm menos direitos do que os homens, faz parte da nossa construção social e cultural. Isso, obviamente, reflete na mobilidade da mulher.

“Do mesmo modo que nossas avós criaram nossas mães, elas nos criaram e nós vamos criando nossos filhos. Esquecemos de questionar pois achamos normal sentir medo. Temos medo de andar pelas ruas da cidade, de usar o transporte público, de chamar um motorista homem no aplicativo, de nos divertirmos nas festas de rua em dias de Carnaval”, explica Claudia.

Assédio

Por utilizarem menos o carro próprio, as mulheres são mais ativas na utilização de aplicativos de transporte. Segundo levantamento feito pela Consultoria BCG no último ano, 60% das mulheres utilizaram aplicativos ao menos uma vez por semana. No entanto, seja no transporte público, por aplicativo ou em táxis, a privacidade não é respeitada.

Das brasileiras com mais de 18 anos, 97% afirmaram que já passaram por situações de assédio sexual no transporte público, por aplicativo ou em táxis. Os dados são dos Institutos Patrícia Galvão e Locomotiva e apontam que 71% das mulheres conhece alguma mulher que já sofreu assédio em espaço público.

Além dos problemas com assédio em transportes, existem questões que deixam as mulheres mais vulneráveis como a falta de iluminação nas ruas para os trajetos noturnos, entre outros.

“A mobilidade feminina deve ser pensada urgentemente como questão de ordem pública e, também, de responsabilidade privada. Quando analisamos a estrutura da sociedade é fácil perceber que ela não foi pensada para todos os agentes que a compõem. Analisando as dificuldades a partir de uma perspectiva de gênero, os obstáculos começam ao sair de casa: calçadas esburacadas, ruas sem sinalização, falta de iluminação em muitos locais. Desde 2016, decidi não utilizar automóvel e passei a usar transporte público e aplicativos, por isso posso listar sem medo as inúmeras questões que me atravessam antes de virar a chave do meu apartamento antes de sair para os meus compromissos”, argumenta Ana Bavon, consultora, treinadora e palestrante em Diversidade e Inclusão.

Mulher ao volante

O Relatório Anual da Seguradora Líder-DPVAT, com dados de 2019, revela que a maior incidência de indenizações pagas no Brasil foi para vítimas do sexo masculino, mantendo o mesmo comportamento dos anos anteriores. A taxa de destruição indenizatória foi de 75% para homens e 25% para mulheres.

A especialista em segurança e educação no trânsito, Roberta Torres, acredita que o debate é o melhor caminho para o fim do preconceito contra as mulheres na mobilidade. “Embora os dados estatísticos demonstrem exatamente o contrário, crescemos ouvindo o ditado ‘Mulher ao volante, perigo constante’ e, por trás dele, existe uma cultura de gênero que precisa ser cessada. Levantar este debate é essencial para um trânsito mais humano e justo”, sugere Torres.

Tecnologia em prol das mulheres

Para Claudia de Moraes, em tempos de inovação, as empresas e poder público deveriam investir mais em tecnologia, comunicação e treinamentos.

“Criar canais de denúncias  sobre assédio, que podem inclusive, fazer parte dos aplicativos tão comuns para a solicitação dos serviços que usamos diariamente, implementar sistemas de Inteligência artificial no transporte público, nas ruas, em locais públicos para identificar assediadores, desenvolver campanhas de conscientização, como também treinar os funcionários e prestadores de serviços sobre o tema, explicando o que é, como evitar e agir em situações de assédio às mulheres e às minorias”, finaliza.

Recentemente, a Younder desenvolveu um pacote de cursos on-line e presencial para a 99, com enfoque em tolerância e cidadania, para seus motoristas cadastrados. Ao todo, foram criados cinco módulos educacionais: assédio, racismo, diversidade sexual, respeito e boas práticas de atendimento.

Com informações da Assessoria de Imprensa 

GREEN4T PROMOVE ESTÁGIO DE VERÃO PARA MULHERES

Ação da green4T tem o objetivo de incentivar  mulheres que estão ingressando no mercado de trabalho a construir um futuro mais inovador, por meio do estágio de verão

A green4T, líder em soluções de tecnologia e infraestrutura digital, realiza a segunda edição do “Summer Job – a green4T program”. A edição 2021 do programa de estágio de verão é voltada exclusivamente para mulheres, em uma ação afirmativa da companhia para promover a equidade e a diversidade no campo da tecnologia, um passo para diminuir a desigualdade de gênero histórica no setor.

Foram selecionadas seis estudantes dos cursos de Sistemas de Informação, Ciências da Computação, Ciências Econômicas, Relações Internacionais e Engenharias para atuar nos setores Financeiro, Gente & Gestão, IoT & IoC Solutions (Soluções de Internet das Coisas e Centros de Operações Inteligentes), Serviços Continuados e DevOps, por um período de dois meses.



O programa este ano tem o objetivo de incentivar o ingresso de mulheres no setor que é predominantemente masculino, além de ajudá-las na retomada do mercado, uma vez que são mais afetadas pelo desemprego durante a pandemia, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), e mais mulheres estão procurando emprego do que ocupando uma colocação.

“Estudando em tempo integral, o período de férias é o único momento em que posso exercer o que aprendo na minha graduação no mercado de trabalho e o Summer Job surgiu com propósitos e valores alinhados aos meus, enquanto mulher e profissional. O programa me permitiu por em prática e desenvolver tudo o que aprendo no meu curso, e vou seguir aplicando o que aprendi no dia a dia da green4T na minha carreira daqui para frente”, comenta Bruna Magrini, estudante do quinto período de Ciências de Computação da USP São Carlos e participante do programa na área de DevOps.

“Acreditamos na importância das mudanças com propósito, promovendo oportunidades e incentivo para jovens mulheres que estão ingressando no mercado de trabalho. Um ambiente de equidade e que reconheça o valor de diferentes vivências faz parte da construção de um futuro mais inovador. A green4T seguirá trabalhando para promover esses valores”, afirma Evelyn Pacheco, gerente de Gente e Gestão da green4T.

Outras vagas disponíveis na green4T podem ser acompanhadas em https://www.green4t.com/career.

Com informações da Assessoria de Imprensa 

UCORP APRESENTA NOVA HEAD DE CULTURA E PRÉ-VENDA

Naomi Kerkhoff Gimenes é cofundadora do Dinneer e irá fomentar o empreendedorismo na funçao de head de cultura e pré-venda da Ucorp

UCorp, primeira startup de tecnologia e soluções de mobilidade corporativa focada em veículos elétricos do Brasil, anunciou a contratação de Naomi Kerkhoff Gimenes como head de cultura e pré-venda (Culture & Pre Sales) da empresa.

Naomi Kerkhoff é empreendedora, mentora e consultora de prototipação para startups. A profissional é uma das fundadoras do Dinneer, startup que teve atuação em 49 países e hoje lidera a comunidade do ResumoCast For Startups, frente do ResumoCast (maior podcast de livros do Brasil), focado em desenvolvimento e crescimento de negócios.



Na UCorp, Naomi Kerkhoff assume o cargo de head de parcerias e cultura, e terá como missão, fomentar o empreendedorismo, proporcionando novas grandes oportunidades para o portfólio de clientes. “A cultura é um dos pilares mais importante de uma empresa, a visão pela ótica do empreendedorismo consegue fazer com ela se torne sólida de uma forma mais rápida, visto que é impossível vivenciar empreendedorismo e não mudar o jeito de olhar para as coisas”, afirma a nova integrante do time da UCorp.

“A Ucorp faz parte de um movimento muito importante que tem impacto direto em fatores sociais, ambientais que podem fazer diferença no futuro das próximas gerações. A percepção do quanto é grandioso tudo que estamos construindo, deixa nossa jornada de estruturação da cultura e do negócio em si completamente especial”, declara Guilherme Cavalcante, CEO e fundador da UCorp.

Sobre a UCorp: A UCorp é a primeira startup de tecnologia e soluções de mobilidade corporativa focada em veículos elétricos do Brasil. Com o propósito de democratizar a mobilidade elétrica no segmento B2B, a empresa utiliza um método ágil, que permite a gestão de projetos de forma mais adaptável às mudanças; com tecnologia de ponta e um time de alta performance.
Atualmente a UCorp desenvolve projetos para importantes players do mercado, entre eles: Itaú, BMW, Mercedes-Benz, Waze, ConectCar e Enel X.

Com informações da Assessoria de Imprensa 

SETOR DE TI DA PREFEITURA DE SANTOS TEM TRÊS MULHERES NO COMANDO

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As mulheres também são maioria entre os servidores do Município de Santos, que detém o maior percentual de população feminina entre as cidades brasileira

No País, a desigualdade de gênero na área da tecnologia é uma triste realidade, com a predominância de homens nos diversos cargos e postos de comando. Na Prefeitura de Santos (SP), o Departamento de Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicações (Detic) tem, pela primeira vez, três mulheres nos principais cargos de comando simultaneamente, contribuindo, assim, para mudar um pouco este cenário.

Santos é a cidade do litoral paulista que tem o maior percentual de população feminina entre os municípios brasileiros, com 54,2%, de acordo com o Censo 2010/IBGE) e 65% de servidoras.



Desde janeiro, a chefe do Detic é a analista de sistemas Maria Augusta Bezerra da Silva, 54 anos, com experiência de quase 30 anos em consultoria empresarial e direção do setor de TI em várias cidades brasileiras.

“Sempre valeu muito apostar na carreira de tecnologia, e hoje ainda mais porque temos essa dependência dela. As mulheres que têm propensão para a área devem levar em conta esta opção, sem se deixar influenciar se é um mundo masculino ou feminino”, recomenda a especialista.

Criado no final da década de 1990 como Departamento de Informática, o atual Detic teve como primeiro chefe uma mulher, Maria Cecília Capelache, e, recentemente, no final de 2020, o comando temporário de Eliana Marinho de Souza, 66 anos, atual coordenadora de Tecnologia da Informação (Coti). A Coti fica responsável pelo desenvolvimento e supervisão dos sistemas utilizados pelo Município, como o Processos Digitais e o CPNet (controle de processos).

Formada em matemática e especializada em programação e análise de sistemas, Eliana conta que em todos os lugares que trabalhou durante a carreira as mulheres sempre foram respeitadas e acredita que, algumas das suas habilidades, são importantes em cargos de gestão.

“A mulher geralmente tem mais paciência e ouve mais. Temos muitos papeis além do trabalho, como o de cuidar dos filhos, pais ou marido, e esta versatilidade ajuda em cargos de liderança”.

Minoria

O estudo Retrato de Desigualdade de Gênero em Tecnologia, da plataforma de recrutamento digital Revelo, mostra que entre as carreiras de tecnologia há algumas com menor presença de mulheres, como a de desenvolvimento, que tem apenas 13% de mulheres, contra 87% de homens.  Uma área de atuação que também sofre é a de infraestrutura, que cuida da parte de manutenção dos computadores e redes, quase predominantemente ocupada por homens.

Na Administração Municipal, este trabalho fica a cargo da Coordenadoria de Engenharia da Informação (Coengi), cuja chefe há dois meses é a servidora Geisa Bertacchini Silva, 43 anos, com formação em gestão de RH e conhecimento em ciência da computação. Desde 2018 no Departamento de Tecnologia da Informação, ela já atuou na Seção de Benefícios e Direitos da Secretaria de Gestão e ajudou a implementar os processos digitais neste setor em 2015. “Sempre gostei da tecnologia, porque é uma área que está sempre mudando e cada vez melhor, o que é muito encantador”.

 Meritocracia

O secretário municipal de Planejamento e Inovação, Fábio Ferraz, destaca que a escolha dos profissionais que comandam os setores de TI da Prefeitura segue, estritamente, aspectos técnicos, não havendo distinção por questões de gênero.

“Santos tem o maior percentual de população feminina entre os municípios brasileiros, gosta e investe muito em tecnologia e é considerada entre as principais cidades inteligentes do País. Aqui, as mulheres têm avançado muito nesta área e, cada vez mais, conquistam seus espaços”, ressalta.

De acordo com o Mapa do Emprego Paulista, da Fundação Seade, no estado de São Paulo havia, em 2017, um total de 190.793 pessoas com vínculos em atividades de serviços de tecnologia e de informação, sendo 64,5% de homens (123.095). Em Santos, eram 696 pessoas e, destas, 58,3% de homens (406), o que indica maior participação feminina no setor de tecnologia na Cidade, correspondente a 41,7%, contra 35,5% no estado.

Estímulo

O prefeito Rogério Santos, à frente da Administração Municipal desde 1º janeiro, revela que o seu governo tem como meta intensificar o estímulo à tecnologia, especialmente com a criação de um hub de inovação na sede do Parque Tecnológico de Santos e o oferecimento de cursos nas sete Vilas Criativas da Cidade, espaços para a capacitação profissional e o desenvolvimento humano.

“Em todas as iniciativas vamos dar oportunidade para que mais mulheres tenham contato com a área da tecnologia, aprimorem suas habilidades e, com isso, desenvolvam seus negócios e ocupem as vagas de trabalho que surgirem no segmento. O empreendedorismo é fundamental para a sociedade, gerando renda e empregos, e a participação feminina é fundamental nesse processo”.

No topo

Na Prefeitura de Santos, há 11.447 servidores, sendo 7.475 de mulheres (65%). Há um total de 1.225 cargos de comando, entre assessoria técnica e chefias de seções, coordenadorias, departamentos e secretarias. Destes, 571 estão ocupados por mulheres (46,6%) e 568 por homens (46,3%), e o restante temporariamente vago (processo de nomeação).

No primeiro escalão do governo, além da vice-prefeita Renata Bravo, há mulheres à frente das secretarias de Educação; Empreendedorismo, Economia Criativa e Turismo; Infraestrutura e Edificações; Procuradoria Geral do Município; Fundo Social de Solidariedade e Capep-Saúde (autarquia do sistema de saúde dos servidores).

Graduada em Administração e Direito, com especialização em Recursos Humanos, Renata Bravo tem perfil inovador e já atuou como consultora do Sebrae na área do empreendedorismo.

“O empoderamento feminino é um movimento fundamental, que contribui com as políticas públicas defendidas pela nossa gestão para um mundo mais igualitário. Ficamos muito felizes em ajudar e conviver diariamente com tantas mulheres qualificadas e comprometidas que atuam em todos os níveis da Prefeitura. E, o mais importante, por elas serem reconhecidas pelo trabalho realizado”.

Com informações da Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Santos

MULHERES E O ACESSO À CIDADE

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Na cidade, o acesso ao transporte e o direito à mobilidade devem ser assegurados às mulheres e para todas e todos, independente de seu recorte perfil 

Quando falamos no acesso das mulheres à cidade, não é segredo que a mobilidade tem um papel relevante, senão primordial, de possibilitar a experimentação de tudo que as diferentes regiões podem ofertar.

Pensando nessas ofertas existem os grandes centros urbanos que tendem a consolidar em seus espaços diferentes plataformas, sejam elas mercadológicas,  representando o acesso à empregabilidade e a renda; governamentais, enquanto aparelhos do Estado de mecanismos cuidados e atendimento, seguridade social ou participativos  de regência coletiva das normas de funcionamento societárias; assim como sociais, culturais e domésticas, relativas à melhor qualidade de vida pela experimentação de tais acessos.



Renda e desigualdade

Outra lógica inerente é o custo de acesso e de necessidades especiais de mobilidade,  ou seja, para estar em um ambiente coletivo, se ele não é de sua área de entorno é necessário um valor alocado para tal transporte; e se faz parte de sua área de uso contínuo, existem os custos de permanência na região de interesse. Sendo assim, podemos considerar que a desigualdade do acesso à renda está altamente atrelada com o uso e ocupação de espaços.

Em segundo lugar, a própria acessibilidade aos mecanismos de mobilidade constituem um desafio: é necessário empregar a lógica de visão do usuário referente aos tipos de  serviços de mobilidade disponíveis, sejam eles públicos ou privados. 

Para que demandas e desafios de cada perfil se tornem visíveis, como em casos de mobilidade reduzida de usuários, por exemplo, podendo ser somados à desigualdade social e subjugação de perfis dentro da nossa hierarquização coletiva. Enquanto questões de racismo estrutural, LGBTQAI+fobia, capacitismo e até mesmo acesso ao capital cultural, aqui representado pela educação formal e exemplificado com questões como o analfabetismo, dentro da necessidade de se localizar em uma comunicação tradicional majoritariamente escrita. 

Violência de gênero

Existem mulheres que têm que lidar com questões anexas de tais desigualdade, para além da violência de gênero, como as citadas acima, e isso deve ser levado em consideração: dentro da lógica de desigualdade de gênero, as vulnerabilidades múltiplas se sobrepõem em um contexto em que as rotinas e os padrões de deslocamento são condicionados, por medo e pela cultura do resguardo, que orienta a preservação a partir da privação, sendo um mecanismo de exclusão de mulheres da vida pública. 

É inegável o aumento da participação de mulheres na esfera pública, alcançamos melhores acessos ao mercado de trabalho e à educação formal, direitos de uso de serviços essenciais do Estado e somos a maioria populacional. Em critérios de resguardo programado pela produção cultural que definia o espaço da mulher enquanto limitado ao ambiente doméstico, vivemos constantes ressignificações, e com isso, maior acesso à ambiente de trânsito e convivência, tornando a mobilidade questão essencial para mulheres, com seus respectivos desafios, como a objetificação de corpos e violências de gênero, simbólicas, físicas e sexuais.

Para compreender como esses abusos são experimentados e necessária a compreensão da multiplicidade de perfil de mulheres e seu uso aplicado para cada trânsito empregado, sendo que estas são as reais e profundas conhecedoras das situações experimentadas, assim como idealizadoras das melhores soluções possíveis de integração para superação dos próprios problemas vividos. Com isso chegamos em uma demanda relevante: o desenvolvimento de mecanismos de escuta qualificada e real participação. 

Além da necessidade de conhecimento dos problemas e potenciais soluções, relacionadas diretamente a mecanismos participativos, se faz necessária a equidade representativa de gênero e perfis dentro de espaços de desenvolvimento e de gestão das soluções previstas, sejam elas públicas e privadas.

Soluções integradas

Considerando que a agenda é multifacetada, demandando soluções integradas, em áreas como iluminação, monitoramento e segurança pública de vias; desenvolvimento local, com pontos de empregabilidade, acesso a aparelhos de saúde, cultura e educação; e pastas identitárias, como de pessoa com deficiência, LGBTQAI+, de mulheres e afins.

Para além disso, se fazem necessários espaços de trocas sobre as violências experimentadas, como estratégia de não normalização de abusos sofridos; e de não culpabilização de vítimas pelas situações vivenciadas.

A corresponsabilização de todas e todos pelo enfrentamento à desigualdade e violência de gênero, principalmente quando as presenciarem, é pasta complementar de essencial relevância para o enfrentamento da aceitação culturas de tais crimes, envolvendo demais usuários dos serviços e produtos ofertados, funcionários e até mesmo transeuntes.

O objetivo final é o de encaminhamento legal dos abusadores e proteção das vítimas em questão, colocando abusadores em um local de contraponto em sua consciência para que possam cada vez mais entender que tais atitudes não serão aceitas e suas as consequências, de forma inibitória.

Solução temporária

Graças aos desafios de mobilidade correspondentes à desigualdade de gênero, novas soluções foram geradas, sendo elas desde de reserva de espaço ou atendimento exclusivo para mulheres, ou até mesmo de sistema de denúncias, mapeamento de áreas de risco e incidentes. Vale ressaltar que uma das lógicas de desenvolvimento é segregação de produtos e serviços ofertados,  esta deve ser tratada como uma solução temporária, pois ataca apenas um dos efeitos dessa produção cultural excludente. 

O acesso ao transporte e o direito à mobilidade devem ser assegurados para todas e todos, independente de seu recorte perfil, e para isso é necessário criar ambientes seguros e acessíveis. Para alcançar esse objetivo é necessária a criação de espaços de escuta integrativa para todas e todos segundo suas próprias perspectivas de acesso à mobilidade em suas diferentes modalidades, promovendo a dissolução dos custos impeditivos de participação social, fomentando a possibilidade de acesso a essa instrumentações e à própria cidade enquanto o conteúdo macro e micro local.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities 

MULHERES SÃO MAIORIA EM CARGOS DE DIREÇÃO DA SECRETARIA DE AGRICULTURA DE SP

As mulheres ocupam 52% dos cargos em instituições de pesquisa da Secretaria de Agricultura e são maioria na ocupação de cargos de diretoria e pesquisa

A máxima “as mulheres podem ser o que quiserem” se aplica na ciência e mais ainda na ciência agropecuária paulista. Maioria entre os cargos de direção nas sete instituições de pesquisas de elite da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, elas também ocupam 52% dos cargos de pesquisadores e 52% dos cargos de servidores em geral, sejam eles cientistas, de apoio, administrativo ou de comunicação, por exemplo.

Neste Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo lembra que dentro dos laboratórios e campos experimentais ou levando o conhecimento para fora dos muros acadêmicos, as mulheres são fundamentais para o desenvolvimento e para avanço científico e tecnológico.



A coordenadora substituta da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), Harumi Hojo, é uma das 693 servidoras do Instituto Agronômico (IAC), Instituto Biológico (IB), Instituto de Economia Agrícola (IEA), Instituto de Pesca (IP), Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), Instituto de Zootecnia (IZ) e APTA Regional. Formada em Engenharia Agronômica pela Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiróz” (Esalq/USP) e com mestrado em Entomologia pela Universidade de São Paulo, Harumi é uma das lideranças da APTA e da própria Secretaria de Agricultura.

Filha de imigrantes japoneses, que vieram para São Paulo tentar uma vida melhor, Harumi viu no campo o exemplo para crescimento profissional e melhor qualidade de vida. Seus avôs e tios paternos se dedicaram as atividades rurais no interior paulista, em Marília, enquanto seus pais ficaram na cidade. “Apesar de crescer na cidade, sempre me interessei muito pelo trabalho no campo, como agricultores. Minha mãe mesmo contava que já havia colhido algodão”, afirma.

A história da família a fez se interessar em cursar Engenharia Agronômica na Esalq/USP e dentro da Universidade viu na entomologia uma área promissora de atuação. “Nos anos 80, se começava a falar mais de agroquímicos e sobre os resíduos nos alimentos. Achei uma área interessante de atuação e que me fez ingressar como pesquisadora no Instituto Biológico, em 1982”, conta.

No Instituto, Harumi iniciou sua atuação desenvolvendo trabalhos científicos em manejo integrado de pragas e controle biológico. “Trabalhar nesses setores me fez ter uma atuação próxima dos produtores rurais. Sempre acreditei que as informações e tecnologias geradas na pesquisa não podiam ser guardadas, ficar dentro dos institutos. Precisamos levar esses resultados para quem precisa, para os produtores e para a sociedade”, afirma.

A pesquisa só faz sentido se o conhecimento é passado adiante

O pensamento de Harumi está alinhado com a demanda evidenciada pela pandemia do novo coronavírus: a ciência precisa estar próxima da população e dos usuários de seus resultados. Há mais de 40 anos, a hoje coordenadora substituta da APTA tem essa visão, tão valorizada no momento atual.

No IB, Harumi criou e liderou o Programa de Sanidade em Agricultura Familiar (Prosaf), que por cinco anos rodou todo o Estado de São Paulo atendendo a demanda de pequenos produtores rurais. A partir das dúvidas e problemas enfrentados na região, Harumi organizava equipes de pesquisadores para ir ao local conversar com os produtores, orientá-los e realizar exames laboratoriais.

Para o público em geral, das cidades, Harumi criou a exposição Planeta Inseto, que há dez anos mostra a importância dos insetos para a agricultura e cotidiano da população, evidenciando, por exemplo, a atuação dos polinizadores, formigas, baratas e a importância do controle biológico. Mais de 475 mil pessoas já visitaram a mostra em seu espaço físico em São Paulo, Capital, e em sua versão itinerante, que já passou em diversas regiões brasileiras.

É de responsabilidade da cientista agrônoma também o cafezal urbano do Instituto Biológico, cravado no coração da capital paulista, na Vila Mariana. O espaço curioso, que abriga dois mil pés de café do tipo arábica cultivados em sistema orgânico, é frequentemente visitado por baristas, empresas torrefadoras de café, crianças e idosos com saudade do seu tempo de infância no interior, que usam o cafezal como uma oportunidade para mostrar a seus filhos e netos como realizavam o trabalho rural.

“Para mim, a pesquisa só faz sentido se o conhecimento é passado adiante. No caso do Planeta Inseto, por exemplo, estamos ajudando a formar a geração do amanhã, a que vai fazer diferença no nosso estado e país”, afirma.

Mulheres conquistam cada vez mais espaço

Na visão de Harumi, cada vez mais as mulheres estão conseguindo alcançar altos postos de liderança.

“Veja, temos uma mulher no cargo de secretária-executiva da Secretaria, a Gabriela Chiste, além da Juliana Cardoso, chefe de Gabinete da Pasta. Temos uma ministra da Agricultura mulher, a Tereza Cristina. Mulheres também têm liderado países como a Angela Merkel, que é inclusive cientista, na Alemanha. Venho de uma época que éramos poucas entre os estudantes de Engenharia Agronômica e entre os cargos importantes. Hoje, felizmente, temos avançado nesse sentido”, conta.

Harumi lista ainda exemplos inspiradores dentro dos Institutos de Pesquisa da APTA. ” Além das diretoras do IB, IEA, Ital e IZ, temos as pesquisadoras Mariângela Cristofani Yaly, do Instituto Agronômico, e Maria Teresa Bertoldo Pacheco, do Instituto de Tecnologia de Alimentos, à frente de projetos de pesquisa com recursos vultuosos e com participação de instituições do Brasil e do exterior, empresas privadas e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp)”.

“A Mariângela e a Maria Teresa são as pesquisadoras líderes dos chamados Núcleos de Pesquisa Orientadas a Problemas (NPOP) na área de biotecnologia em cana, citros e café, e de ingredientes saudáveis. Esses projetos são inovadores, em um modelo de pesquisa novo e com a participação de diversos atores e instituições. É um grande desafio, mas que será vencido com a competência dessas pesquisadoras e de suas equipes”, afirma.

Outro exemplo, é a pesquisadora do Instituto Biológico, Liria Okuda, responsável pelo Laboratório de Viroses de Bovídeos do IB, um espaço com alto nível de biossegurança, que permitiu que a Secretaria de Agricultura contribuísse com o diagnóstico do novo coronavírus entre os policiais militares e trabalhadores da Força Aérea com a técnica RT-PCR, considerada padrão ouro pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

“Neste caso, tínhamos uma estrutura adequada para contribuir com algo importante para o controle da pandemia de Covid-19 e que era um gargalo do país, a testagem. Adequamos nossa estrutura para ajudar neste momento crítico e ao longo de sete meses, realizamos mais de 12 mil diagnósticos da doença.

Todo o trabalho foi liderado por uma mulher, a Liria, que adequou o laboratório, fez parcerias, conseguiu insumos e Equipamentos de Proteção Individual e ainda treinou diversos voluntários. Mais uma vez, a liderança e a força da mulher em evidência. Temos muitos exemplos dentro das nossas instituições e fora delas”, diz.

A coordenadora substituta da APTA lista ainda a inserção das mulheres em áreas estratégicas, como a Comunicação, hoje liderada dentro da Secretaria de Agricultura por uma mulher, a Fernanda Albino, e que tem mais mulheres do que homens em sua equipe.

“A Comunicação e Transferência de Tecnologia são áreas estratégicas, muito importantes para a Secretaria de Agricultura e para a APTA de forma geral e que são lideradas por mulheres, mostrando a nossa atuação em diversas frentes”, afirma.

Com informações da Assessoria de Imprensa