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EM CIDADES INTELIGENTES, O RESÍDUO PLÁSTICO DEVERIA SER UM OBJETO DE DESEJO. SE NÃO FOR, NÃO É INTELIGENTE

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O case do Recife de Upcygling do Resíduo Plástico e Economia Circular

E se um dia não tivesse mais lixo nos rios, nos canais ou nas barreiras? E se um dia o plástico fosse um objeto de desejo? E se um dia todos nós mudássemos de hábito (rapidamente igual passamos a usar máscaras) e pudéssemos ser parte da solução?

Mais que isso.

E se um dia os mobiliários numa cidade fossem feitos a partir de plástico reciclado? E se galpões de reciclagem fossem um dia uma aceleradora de CEO´s ou de negócios de Upcycling? E se um dia depois de tudo isso [ou antes de tudo isso] a gente não consumisse mais plástico [ou apenas para bens que realmente fossem imprescindíveis]?

A ideia central, desde o início, era não só resolver esse grande problema ambiental, a partir de oportunidades de geração de renda, mas sobretudo, a partir da mudança de um comportamento coletivo e da percepção da população sobre o plástico. Ou seja, primordialmente não ver mais um dia o lixo no rio, nos canais, nas barreiras ou nas canaletas.

Isso mesmo. Mudar o imaginário coletivo da população sobre a forma de ver o plástico, começando por uma comunidade, para depois mudar a da outra, das outras e depois da cidade como um todo. A partir do design thinking, vários protótipos de redesenho de processos da coleta de resíduos a partir do engajamento do cidadão, foram testados na prática. Para se ter uma ideia, numa gincana realizada com 20 escolas municipais, em apenas uma semana, foram arrecadadas 4 toneladas de resíduo plástico, demonstrando o potencial que uma solução a partir do engajamento das pessoas pode ter, ou até mesmo via as escolas.

Sempre com muita empatia, mostrando para eles alguns exemplos de possibilidades para o plástico e buscando entender que tipo de objeto os moradores gostariam, ou melhor, desejariam que o resíduo plástico pudesse se transformar.

Olhar para uma garrafa de shampoo que seria descartada e imaginar uma fruteira, ou olhar para a tampinha de água mineral e imaginar uma saboneteira, um porta-lápis, ou até mesmo, uma cadeira, mesa, assentos. Ou ainda olhar para o resíduo plástico e sonhar com algo e ver nele um engajamento comunitário, a união das pessoas em busca daquele objetivo comum, de um bem coletivo, como um balanço para as crianças, uma gangorra, mobiliários urbanos para a praça, ou um corrimão para as escadarias tão carentes de infraestrutura em nossas periferias. Será que isso engajaria as pessoas? Será que isso mobilizaria as comunidades? Ou porque não toda a cidade?

Se precisávamos que a população assumisse o protagonismo, a partir de uma nova percepção sobre o problema, ou melhor, oportunidade, era fundamental entender o que poderia gerar valor para eles ou, diante de um cenário tão desafiador, o que ao menos poderia desestimular o descarte irregular de qualquer sorte daquele lixo no canal, ou ali na barreira do vizinho ou da separação inadequada.

O valor agregado que um processo de upcycling (reciclagem criativa) gera para o plástico já era algo conhecido no Brasil e no mundo como um todo. Inclusive o movimento “Precious Plastic”, criado na Holanda, que o Recife aderiu, existe há anos.

O desafio, portanto, é de comportamento coletivo, de Mindset do Poder Público, mas sobretudo de redesenho do sistema, de processos e dos estímulos comportamentais.

Foram com essas diretrizes que, ainda em 2019, a secretaria executiva de inovação urbana do Recife, pasta municipal criada para dar novas soluções aos desafios urbanos em colaboração com a população, começou a prototipar o “Programa ReciclaMais”, lançado no Julho sem Plástico de 2020, pelo então Prefeito Geraldo Júlio e que vem sendo ampliado pelo Prefeito João Campos.

O Reciclamais conta com três eixos estratégicos. 1) Conscientização e mudança de comportamento coletivo; 2) Reinvenção dos Mobiliários Urbanos; 3) Geração de Renda;

1) Conscientização e mudança de comportamento coletivo

O primeiro focado na conscientização e na mudança de comportamento coletivo, promove feirinhas nas comunidades, onde os moradores recebem orientações e separam mensalmente o lixo plástico, para troca de objetos e artefatos fabricados a partir do próprio plástico.

De forma pedagógica, essa feira gera uma percepção diferente de adultos e crianças sobre aquilo que até instantes atrás as pessoas descartavam de qualquer sorte.

As comunidades fazem filas para participar da feirinha. Até que a secretaria decidiu dar mais um passo e substituir esse benefício individual, por benefícios coletivos, a exemplo de lixeiras, assentos de bancos para toda a comunidade. Agora o benefício individual (ex. porta-lápis ou saboneteira), é apenas para o momento inicial de adesão das comunidades. 

Hoje em dia, o programa conta com 15 comunidades, impactando diretamente a vida de 4000 famílias. Mas o que demonstra a consolidação desse novo hábito, independentemente do incentivo, e reforçando cada vez mais a conscientização ambiental, é o fato de que essas comunidades começaram a abdicar do seu benefício coletivo em prol de outras duas comunidades, para que todo o plástico arrecadado fosse transformado em mobiliários urbanos para as crianças.

É isso mesmo. Comunidades atuando em rede e de forma inteligente.

2) Reinvenção dos Mobiliários Urbanos;

Imagine o impacto no orçamento público municipal na produção em larga escala de mobiliários urbanos para as praças, parques, ou para as escolas. É exatamente sobre isso o segundo eixo, que é focado na produção de mobiliários urbanos para a cidade. O objetivo é produzir mobiliários em larga escala para implantação na cidade. Bancos, assentos, brinquedos infantis, até mesmo corrimão, já foram implantados pela cidade, com a previsão de larga escala em 2021.

3) Geração de Renda;

Por fim, o eixo da geração de renda. O Recife tem 8 Cooperativas apoiadas pela Prefeitura e até o final do ano serão o alicerce desse redesenho do processo de resíduos plástico. Mas o fato é que hoje a Cooperativa Palha de Arroz, localizada no Arruda, região famosa pelo seu canal poluído, faz o KG do Resíduo Plástico que era R$ 1,80 alcançar R$ 100,00 ou R$ 150,00, a depender dos lindos produtos comercializados em sua loja online @palhadearroz.

 É sobre o plástico ser um objeto de desejo. Mas é sobre o plástico, aquela garrafa de shampo, de condicionador ou a tampinha, simbolizar a transição de uma cidade para uma economia mais verde, circular, de baixo carbono, de inclusão.

Para mim, se existe uma cidade inteligente, ela precisa sonhar junto com a população. Se não sonhar, não é inteligente.

E agora o sonho é imaginar um dia startups nascendo nos galpões de reciclagem, gerando ainda mais valor para o plástico, renda para as cooperadas ou agora CEOs de suas Startups em sociedade com empreendedores, líderes de maker spaces, universitários. Enfim, reinventando um ecossistema de inovação e empreendedorismo local, trazendo ele cada vez mais para a realidade dos desafios urbanos, ou por que não, imaginar um galpão de “negócios de upcyling”, hoje do plástico, mas amanhã de todos os resíduos.

A inovação do Recife, repito, não é por ser a primeira política pública de Upcycling do Plástico no Brasil, o que por si é muito impactante e pode promover mudanças estruturais na economia de qualquer município. Mas é em redesenhar o sistema de resíduos, sob os ditames da Economia Circular e a partir do protagonismo do cidadão.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities  

“CABE À NOSSA GERAÇÃO A RESPONSABILIDADE DE TRANSFORMAR O NOSSO PAÍS”, DIZ TARCÍSIO DE FREITAS

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Com o Governo Federal comprometido com a infraestrutura, a transformação dos transportes no Brasil depende do trabalho da atual geração de brasileiros. Esta é a avaliação do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, feita durante a participação do ministro nesta terça-feira no Fórum Regional Centro-Oeste Export 2021, em Rio Verde (GO).

Somente em investimento privado, através do programa de concessões, o governo garantiu R$ 73 bilhões na infraestrutura de transportes do país com a concessão de 71 ativos da União de 2019 para cá. Até o fim deste ano, o Ministério da Infraestrutura espera atingir a marca de R$ 100 bilhões, valor que sobe para R$ 250 bilhões em 2022.



“Os investimentos virão. Nós temos um governo comprometido, que colocou a infraestrutura como uma questão de Estado ao estabelecer pilares muito claros para o desenvolvimento do setor com a transferência de ativos para a iniciativa privada. (…) Cabe à nossa geração a responsabilidade de transformar o nosso país”, destacou o ministro.

CARGAS

Além de participar do fórum regional, o ministro da Infraestrutura seguiu para a inauguração do Terminal Ferroviário Rio Verde, parte da ferrovia Norte-Sul (FNS). Operada pela Rumo desde 2019, a FNS tem 1.537 quilômetros da Malha Central, entre Porto Nacional (TO) e Estrela D’Oeste (SP).

Hoje, Goiás é considerado o grande polo gerador de cargas da Malha Central. Por isso, a Rumo investiu mais R$ 390 milhões na construção do terminal que contribuirá com o incremento da operação de grãos e farelo de soja. O empreendimento está numa área de 250 hectares, que foi doada pela prefeitura de Rio Verde.

“Temos tudo que o investidor quer. Temos um país de dimensões continentais com grande mercado consumidor, grande população, um grande potencial”, disse o ministro no encerramento do fórum, que reuniu representantes das áreas de logística e de infraestrutura portuária em uma ampla discussão para contribuir com ideias e sugestões para o avanço dos setores no Brasil.

Com informações da Assessoria de Imprensa

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COM INVESTIMENTO DE R$ 35 MILHÕES, HUAWEI INAUGURA CENTRO DE INOVAÇÃO PARA ECOSSISTEMA DE 5G EM SÃO PAULO

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Ecosystem Innovation Technology Center foi idealizado para clientes e parceiros interessados em enriquecer ecossistema com uso de 5G, nuvem e inteligência artificial de olho na nova evolução da transformação digital.

A Huawei inaugura o Ecosystem Innovation Technology Center (EITC), primeiro Centro de Inovação para experimentação de 5G e Inteligência Artificial de São Paulo. Localizado na sede da empresa na capital paulista, o centro foi idealizado para oferecer um ambiente de inovação e integração para todo o ecossistema, que envolve não só as operadoras, como outros parceiros da a indústria de TIC (Tecnologia de Informação e Comunicação). A empresa investiu R﹩ 35 milhões.

“O novo centro de inovação de alta capacidade foi idealizado para nossos clientes e parceiros desenvolverem soluções baseadas na quinta geração de tecnologia móvel para diferentes setores da economia brasileira”, explica Sun Baocheng, CEO da Huawei no Brasil.

No EITC, será possível transitar entre o espaço “Huawei Legacy” (“Legado Huawei”), que retrata a história de parceria da empresa com o Brasil ao longo dos últimos 23 anos; o “ICT Foundation” (“Fundação TIC”), que destaca os pilares da nova transformação digital, como tecnologia 5G, computação em nuvem e inteligência artificial; o “Industry Vertical” (“Vertical Indústria”), que vai apresentar aplicações reais para diversos setores, como Agricultura, Mineração, Logística e Mídia, que retratam o avanço das TIC; e o “Telco Top Gear”, com o portfólio de soluções de ponta a ponta de 5G, fibra óptica, micro-ondas e outros produtos.



O Centro de Inovação estará aberto a todos os interessados em desenvolver, em conjunto, novas aplicações e provas de conceito em condições reais de uma rede 5G ponta a ponta. Nele, os parceiros da Huawei poderão se preparar para desafios futuros por meio de soluções de tecnologias avançadas com o uso integrado de 5G, Cloud Computing e Inteligência Artificial, que permitirão visualizar em tempo real o impacto da adoção de novas aplicações e serviços em seus negócios. O centro de inovação também vai possibilitar a simulação de procedimentos de preparação da solução de TIC, acelerando assim as principais etapas de criação de novos processos.

O EITC ainda irá mostrar como é formada uma rede 5G e suas possibilidades, como a grande largura de banda, baixa latência e conectividade em massa. A quinta geração de tecnologia móvel e a Internet das Coisas possibilitam experiências totalmente novas, processos automatizados e novos modelos de negócios. Contribuir para a implementação de estratégias mais eficientes não reduz somente os custos, como melhora os resultados financeiros de todo o ecossistema.

“A Huawei é parceira do Brasil há 23 anos e quer continuar a impulsionar a inovação no país. Estamos disponibilizando nossa infraestrutura de 5G, Cloud e Inteligência Artificial no Ecosystem Innovation Technology Center para todos que quiserem investir em novas soluções para e economia brasileira, a fim de acelerar a criação de um ecossistema de aplicações baseadas na tecnologia móvel 5G”, destaca o CEO. “Queremos nos tornar o condutor do desenvolvimento digital e o principal parceiro dos clientes na transformação digital, fundamental para o sucesso de futuros negócios. Com base em nosso foco principal de infraestrutura de TIC, a Huawei quer construir um ecossistema aberto, colaborativo e benéfico para todos os envolvidos”, completa.

No mesmo espaço, a empresa inaugura o T-Center (Trustworthy Center), um centro de cibersegurança aberto, onde clientes e parceiros, incluindo o poder público, poderão conhecer o processo de governança fim a fim da empresa, as técnicas mais avançadas na cibersegurança dos produtos ao longo de todo o ciclo de vida, além de cenários relevantes de aplicação como cibersegurança da rede 5G, de sistemas de computação na nuvem, de dispositivos inteligentes, de carros conectados, etc.

“Cibersegurança e proteção de dados são fundamentais no mundo digital, e prioridades máximas pra a Huawei, que investiu mais de US﹩ 1 bilhão neste segmento somente em 2020. Nosso T-Center traz as técnicas e processos mais avançados em cibersegurança e proteção de dados, colocando-os a disposição de clientes e parceiros e facilitando a comunicação, troca de experiências, inovação conjunta e formação de ecossistemas locais”, ressalta Marcelo Motta, CSO da Huawei Brasil e América Latina.

Para destacar a inauguração do EICT e a importância de uma plataforma para aprimorar o ecossistema para impulsionar a geração de novas oportunidades e a transformação digital, a Huawei realiza pela primeira vez no Brasil o Ecosystem Summit nesta quarta, 28, com uma série de palestras sobre o tema no Palácio Tangará, em São Paulo.

Com informações da Assessoria de Imprensa

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INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E ROBÔS AUMENTAM CHANCES DE NEGÓCIO NA INDÚSTRIA AUTOMOTIVA

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Chatbots com machine learning da Botmaker otimizam as comunicações digitais do setor

A tecnologia está inserida em todas as áreas de nossa vida e o setor automotivo não é exceção. Os chatbots, por exemplo, são uma tendência em alta no mundo todo por permitirem que empresas de todos os segmentos respondam rápida e apropriadamente a uma maior quantidade de pessoas, com base em suas estratégias de comunicação. Pensando em empresas que compram e vendem automóveis, de que forma essa tecnologia baseada em inteligência artificial pode contribuir para o crescimento dos negócios?

Com foco em comunicação digital, a Botmaker, uma plataforma de conversação avançada que possibilita responder rápido e bem em todos os canais de texto e voz, tem criado alternativas para a indústria automotiva, promovendo melhorias na experiência do consumidor e ampliando a capacidade de atendimento.



A fabricante japonesa Toyota é uma das empresas que levou a tecnologia de bots para diferentes funções. Internamente, a empresa usa os chatbots para otimizar a comunicação com seus colaboradores, possibilitando consulta a informações sobre benefícios corporativos, tirando dúvidas de TI ou de assuntos administrativos relacionados à área de recursos humanos. Em paralelo, a gigante automobilística também recorreu à Botmaker para se comunicar com seus clientes no serviço de pós-venda – em situações como a de veículos que precisam de manutenção, o cliente recebe os dados do agendamento que são atribuídos automaticamente por geolocalização à concessionária mais próxima.

Para que isso seja possível, os chatbots são projetados com inteligência artificial que permite configurar o robô para interpretar o que o interlocutor deseja e responder a partir disso. Graças à tecnologia de machine learning (ou aprendizado de máquina), quanto mais conversas o robô tem, mais rápido ele aprende a interpretar as intenções dos usuários, promovendo, assim, melhorias contínuas que aprimoram a precisão das respostas.

Outro caso conhecido na indústria automotiva é o da empresa compradora e vendedora de carros usados Kavak. Junto com a Botmaker, a empresa criou um novo canal para que seus clientes do mercado mexicano pudessem consultar os carros disponíveis para compra ou acompanhar seus processos de compra já iniciados.

Segundo o CEO da Botmaker no Brasil, Julio Zaguini, a inteligência artificial dá aos bots a capacidade de interpretar as necessidades do usuário e o machine learning permite que aprendam a cada nova interação com os humanos. “Nossa plataforma está sempre evoluindo. A cada semana, apresentamos uma nova feature ao mercado e aproveitamos para compartilhar conhecimentos e aprendizados dos robôs. As possibilidades de interação têm se expandido. Segundo pesquisa do WhatsApp Business API, uma a cada duas pessoas gostaria de se comunicar com mais empresas por meio de mensagens, e dois terços das pessoas se dizem confortáveis em trocar mensagens com bots”, completa o CEO.

Foco em melhorias

O mercado de chatbot cresceu exponencialmente em 2020, especialmente no setor de e-commerce, e as possibilidades são infinitas. Os bots no setor automotivo podem auxiliar concessionárias na compra e venda de automóveis, na estimativa do valor do carro que alguém deseja vender ou até para negociações de insumos entre indústrias do setor. Isso porque a tecnologia permite que as empresas conversem com milhares de pessoas ao mesmo tempo e em diferentes frentes por meio de robôs. Segundo Zaguini, os bots multiplicam as oportunidades de interação e negócios.

Com informações da Assessoria de Imprensa

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CIDADES INTELIGENTES, A ALTERNATIVA PARA UM ECOSSISTEMA SUSTENTÁVEL

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Movidos pelo conceito de Cidades Inteligentes, governantes têm buscado alternativas para a construção de um ambiente capaz de fornecer um desenvolvimento sustentável

Há muito tempo ouvimos dizer que a energia é a força que move o mundo. Sem dúvida esta afirmação se baseia em dados que mostram que o setor elétrico de um país, é um dos aspectos mais importantes para determinar sua evolução tecnológica e a qualidade de vida de seus habitantes. Mas, não basta apenas olhar para seus aspectos positivos, quando o custo para geração de energia recai sobre o meio ambiente. A crise-hídrica no Brasil nos faz relembrar todas as mudanças extremas na natureza e em seus ecossistemas.

Para se ter uma ideia, 80% do total de energia consumida mundialmente está nas 20 maiores economias do planeta. O Brasil ocupa o 7º lugar no ranking. O que pede urgência na redefinição do que “move” o mundo.  



Movidos pelo conceito de Cidades Inteligentes, governantes têm buscado alternativas para a construção de um ambiente capaz de fornecer um desenvolvimento sustentável. Para isso, diversos investimentos em tecnologia estão sendo feitos, principalmente quando o assunto é redução do consumo desmedido de água. É necessário que se avalie e invista em melhoria da coleta e na destinação adequada dos resíduos sólidos, a fim de evitar a poluição da rede hídrica e otimizar o consumo de energia elétrica produzida pelas usinas hidrelétricas.

Ao digitalizar o sistema de água, é possível explorar de forma otimizada todo o potencial dos sistemas, possibilitando um consumo mais racional e sustentável da água. Existe principalmente um sistema chamado Smartwater baseado, entre outras tecnologias, em aplicações de IoT (Internet das Coisas). O sistema permite a leitura remota do consumo hídrico e a medição do fluxo da água, além de sua qualidade. A integração entre o sistema de água e as tecnologias gera benefícios na operação e manutenção da rede, desde a usina de tratamento até o cliente final. Pois vazamentos ou poluentes são mais rapidamente detectados. As medições – realizadas através de sensores conectados à Internet – enviam as informações diretamente nas plataformas de gestão de dados da central da operadora do serviço. Tendo detecção rápida de um problema, a solução é mais facilmente definida e adaptada pelo operador.

Alternativas de geração de energia limpa, solar ou eólica também ganham força pelo mundo. Segundo estudo encomendado pelo Departamento de Serviços Elétricos e Mecânicos, em 2000, a energia solar, a eólica e a gerada a partir de resíduos, têm um potencial de uso extremamente amplo na cidade. Hoje, há diversos projetos que buscam desenvolver o uso de energia renovável e comprovar a sua eficiência. O sistema chamado smart grid já permite, em vários países da Europa, que os particulares gerem energia por meio de sistemas eólicos ou solares e possam vender o excedente às concessionárias, tornando a cidade autossustentável.

Em Belo Horizonte (MG), a cidade já monitora mais de 12 000 unidades consumidoras com um sistema que faz a medição e o faturamento da energia de forma digitalizada. Tal recurso favorece a redução nas perdas não técnicas, diminuindo os custos operacionais de leitura de medidores e prevenção de roubos de energia.

Ao construir novos edifícios, ou adaptando os existentes, pode-se instalar tecnologias que regularizem o consumo de água e energia: sensores de temperatura que automatizam os sistemas de ar-condicionado e calefação, sensores de presença para acender as luzes de um espaço interno e descarga de água no banheiro com dois botões, entre tantas outras já disponíveis.

Futuro sustentável

Projetos reais, são exemplos do uso de novas tecnologias visando otimizar o sistema de distribuição de água, energia e recursos naturais, fundamentais para resolver a questão sustentável no mundo. Tudo isso deve ser colocado em prática o quanto antes para que, ao menos, as próximas gerações consigam colher fruto do que plantamos, em nome de um futuro mais sustentável.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities  

Bloco 5 – O papel dos estados e municípios para eletrificação do transporte no Brasil

A série online ‘Os Desafios da Eletrificação do Transporte no Brasil’ aborda os principais desafios para o desenvolvimento do setor de eletrobilidade no país.

A iniciativa conta com as participações de Augusto Dal Pozzo, Sócio Fundador – Dal Pozzo Advogados; Carlos Eduardo Cardoso de Souza, Responsável e-city – Enel X; Edgar Barassa, Empreendedor e Pesquisador – BCC – Barassa & Cruz Consulting; Luiz Fernando Jamur, Presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) e secretário do Governo Municipal da Prefeitura de Curitiba; Nelson Pelegrino, Secretário – SEDUR – Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia; e a idealizadora e CEO da Connected Smart Cities & Mobility, Paula Faria.

A CRIAÇÃO DE SMART CITIES DEPENDE DE NÓS

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“A meta é garantir acesso aos bens e serviços públicos de maneira democrática, sempre buscando combater as desigualdades sociais e certificando maior qualidade de vida a todos”

Uma cidade inteligente é aquela que coloca os indivíduos no centro de seu planejamento, transformando sua população em cidadãos ativos no contexto urbano e gerando objetivos coletivos. É nas cidades que se evidenciam os desafios, mas também é nelas que as soluções devem ser geradas: isso é ser uma smart city.

Precisamos encontrar maneiras de envolver recursos tecnológicos, institucionais e humanos para uma gestão mais inteligente e participativa. A pandemia da covid-19 demonstrou a necessidade de um planejamento urbano contínuo para que, quando existam situações de adversidade, o impacto em sua infraestrutura seja mínimo.

A idealização do Connected Smart Cities & Mobility e do AirConnected parte da necessidade de reunir projetos e debater ideias acerca da prosperidade de cidades brasileiras, garantindo a troca de experiências entre empresas, entidades e governos. Nossa missão é encontrar o DNA da inovação em ideias e projetos para as cidades.

Em formato híbrido, na sétima edição do evento, vamos reunir projetos e debater ideias sobre mobilidade urbana, cidades inteligentes e aviação: realizado entre os dias 1° e 3 de setembro, teremos mais de 300 palestras, com participação das associações que apoiam o Connected Smart Cities & Mobility.

Viabilizar diálogos

Reconhecemos que as soluções urbanas só podem ser feitas por meio de consensos entre todos os atores que participam ativamente da tomada de decisão das cidades, ou seja, é preciso viabilizar o diálogo entre setor mobiliário e financeiro, empresas públicas e privadas, governo e população – até mesmo entre vizinhos do mesmo bairro.

Nesse cenário, o desenvolvimento de smart cities não deve ser entendido como um estilo de vida alternativo para a minoria da população, mas como uma forma de apropriação do espaço urbano que de acordo com as necessidades emergenciais apresentadas à sociedade.

A criação do Ranking Connected Smart Cities tem incentivado o estudo e a implantação de medidas que se adaptem a novas formas de lidar com situações diárias: em seis anos de atuação, buscamos sempre promover uma governança proativa para a criação de cidades participativas. Nossa meta é garantir o acesso aos bens e serviços públicos de maneira democrática, sempre buscando combater as desigualdades sociais e certificando uma maior qualidade de vida a todos.

Já a proposta do AirConnected é a de envolver a cadeia do transporte aéreo para debater alternativas sustentáveis e de adaptação frente a esse novo cenário desafiador, considerando a necessidade de flexibilidade e adequação de todos os envolvidos. Acreditamos em um transporte aéreo resiliente, flexível e tecnológico, que reúna atores renomados envolvidos nesses ecossistemas.

Considerando que 75% da população mundial irá viver em centros urbanos até a metade do século e que, atualmente, essas regiões centrais hospedam 70% da economia global em apenas 2% do território do planeta, nunca foi tão necessário discutir estratégias de resiliência. O nosso engajamento é essencial para a construção de soluções criativas e transformadoras, sendo que só depende de nós a promoção de cidades inteligentes, inclusivas e sustentáveis.

UNIVERSALIZAÇÃO DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA E AVANÇOS EM ESGOTAMENTO SANITÁRIO MARCAM OS QUATRO ANOS DA ÁGUAS DE TERESINA

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Responsável pela gestão dos serviços de água e esgoto na capital do Piauí, a Águas de Teresina completa quatro anos celebrando a universalização do abastecimento de água tratada na zona urbana. O feito inseriu Teresina entre os municípios cujo índice no atendimento urbano com água tratada é de 100%, de acordo com a edição 2021 do Ranking do Saneamento Básico divulgado pelo Instituto Trata Brasil.

A ampliação do abastecimento foi encarada com prioridade pela concessionária logo no seu plano de entrada. Teresina registrava um histórico de falta d’água crônico em algumas regiões como o Grande Dirceu, na zona Sudeste e, ao Norte da cidade, a região da Santa Maria da Codipi. “Hoje, estamos com100% da área urbana atendida com água tratada e o serviço de esgoto avança na capital. Em breve, vamos anunciar um pacote de investimentos em esgotamento sanitário que abrirá as portas da cidade para mais crescimento e desenvolvimento”, destaca o presidente da concessionária, Jacy Prado.



O modelo de subconcessão, cujo contrato segue os moldes do novo marco regulatório do saneamento, tem atuado para reduzir as perdas na distribuição de água e conferir eficiência operacional ao sistema. A empresa vem obtendo bons resultados nesse sentido. O índice, que antes era de 64,1%, hoje apresenta 43,94%. A meta contratual na capital piauiense prevê que o índice seja de 25% até 2027, décimo ano de operação dos serviços da Águas de Teresina.

AVANÇOS EM 04 ANOS

São muitos os avanços alcançados pela empresa e o relatório divulgado pelo Trata Brasil materializa essas conquistas. No atendimento ao serviço de esgotamento sanitário, por exemplo, Teresina teve uma evolução de 14,03 pontos percentuais na coleta total de esgoto, maior que a média geral do país, que foi de 6,46 pontos percentuais, no intervalo de 2015 a 2019. No indicador de tratamento de esgoto, as capitais avançaram, em média, 8,62 p.p., sendo que Teresina também obteve índice maior, que foi de 10,73 p.p, considerando o mesmo intervalo de 2015 a 2019.

“O modelo de gestão adotado pela Águas de Teresina, com foco na capacidade técnica e operacional de suas equipes, treinamento permanente dos colaboradores e adoção de novas tecnologias aplicadas ao saneamento, tem permitido a ampliação dos serviços e atendimento das metas contratuais. Em cada região da cidade temos obra implantada pela concessionária, ampliando a distribuição de água e fazendo esse bem tão precioso chegar com mais regularidade à casa dos teresinenses”, ressalta Fernando Lima, diretor-executivo da empresa.

INVESTIMENTOS

Desde a entrada da concessionária, em julho de 2017, os investimentos em saneamento básico da capital (abastecimento de água e esgotamento sanitário) têm sido bastante significativos, sobretudo quando comparados aos anos anteriores. Somente em 2019, a Águas de Teresina investiu mais do que a soma dos anos de 2015 a 2017, aplicando em torno de R$ 115 milhões na ampliação dos serviços de água e esgoto. Isso coloca a concessionária piauiense entre as empresas que mais investiram no período, de acordo com o estudo do Trata Brasil.

A empresa levou água para onde não tinha, mudando a realidade de 32,5 mil moradores de ocupações consolidadas, a partir da implantação de rede de água em comunidades como Parque Vitória, Parque Eliane, Terra Prometida, Vila Nova Esperança, Dilma Rousseff, Leonel Brizola, Padre Humberto e Dandara dos Cocais. A cobertura de esgotamento sanitário subiu de 19% para 31%, de 2017 até agora.

São quatro anos de obras importantes realizadas de Norte a Sul da cidade como a instalação de novas unidades de bombeamento nas zonas Sudeste e Leste; implantação de 3,5 km de adutora na zona Sul; mais de 13 km de adutoras nas zonas Norte e Leste, ativação e perfuração de novos poços tubulares profundos (12 estão em operação), extensões de redes e novos registros, além da automação e telemetria das unidades.

OBRAS POR REGIÃO

zona Sudeste conta com três ações importantes, como a implantação da estação de bombeamento (Booster), que aumentou em 600.000 (seiscentos mil) litros por hora a disponibilidade de água para a região, integrando as ações emergenciais logo nos primeiros meses de operação da Águas de Teresina. A ação beneficiou cerca de 200.000 (duzentos mil) teresinenses. Além da implantação de mais de seis mil metros de rede de água tratada na comunidade Vila Nova Esperança, que eliminou as ligações irregulares, reduzindo perdas e otimizando a distribuição de água para a comunidade e bairros vizinhos. E por fim, a perfuração de poço no Gurupi, que promoveu a ampliação da oferta de água, favorecendo 1.287 famílias.

zona Norte realizou a conclusão, modernização e ampliação da Estação de Tratamento de Água Norte (ETA-Norte), aumentando a produção de água tratada. Com isso, cerca de 108.000 (cento e oito mil) pessoas foram atendidas. A requalificação e operação do Booster Jacinta Andrade foi outra iniciativa que possibilitou ampliar a distribuição de água tratada para as áreas mais altas da cidade, atendendo uma população de aproximadamente 108.000 (cento e oito mil) pessoas. E a região recebeu a implantação de rede de água, com regularização do abastecimento e redução de perdas em conjuntos residenciais como Dilma Rousseff, Vila Leonel Brizola, Padre Humberto e outros.

Na zona Leste foi implantada a rede interceptora de esgoto, com a substituição da rede antiga e desgastada, visando a preservação do meio ambiente e a garantia de segurança operacional. Foram ainda implantadas duas novas adutoras com mais de 13 km para ampliar a distribuição de água tratada na cidade, além da realização de perfuração de poços no Vila Meio Norte, Vila Santa Bárbara e Satélite para ampliar a distribuição de água, bem como a implantação do novo Booster Petrônio Portela.

zona Sul foi beneficiada com a interligação de rede no Residencial Eduardo Costa e Orgulho do Piauí para ampliar a distribuição de água tratada e regularizar o abastecimento. Foi feita também a interligação de rede no Angelim, a perfuração de poço tubular profundo na Vila Irmã Dulce e a implantação de rede de água no Parque Vitória e no Parque Eliane.

Com informações da Assessoria de Imprensa

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MAIS DE 90% DAS UNIVERSIDADES ACREDITAM QUE A TECNOLOGIA MELHORA A QUALIDADE DO ENSINO SUPERIOR

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Pesquisa com mais de 400 instituições de ensino no Brasil revela que a transformação digital é fundamental para crescimento futuro

Para examinar o impacto da transformação digital na educação, a D2L, player global de aprendizagem, conduziu uma pesquisa com mais de 4.830 respondentes do ensino superior em todo o mundo. A pesquisa inclui participantes em cada um dos principais mercados da América Latina: Brasil, México e Colômbia, sendo que no Brasil participaram 474 instituições de ensino superior (IES).

Um dos destaques desse estudo no país é a perspectiva positiva da capitalização desta transformação, com mais de 90% destas instituições entendendo que a tecnologia melhora a qualidade do ensino; 68% opinando que o modelo de aprendizagem híbrida oferece benefícios educacionais superiores ao modelo apenas presencial, sem tecnologia; e 90% afirmando que a sua opinião em relação a tecnologia é mais positiva após a crise causada pelo COVID-19. Além disso, mais de 92% dos respondentes acreditam que instituições de ensino precisam se transformar digitalmente para permitir o crescimento futuro.



A estratégia de transformação digital no Brasil parece ser multifacetada, com 62% apontando a introdução de novos conteúdos para oferecer uma experiência mais envolvente; 57% informando da necessidade de novas tecnologias para melhorar a experiência de aprendizagem digital; e 55% declarando que a transição digital levou ao bom uso das ferramentas síncronas.

Em relação a priorização, 30% dos entrevistados dizem que o planejamento desta agenda começou antes de 2015 – resultado que coloca o Brasil entre as maiores porcentagens de todos os países pesquisados. Por outro lado, mais de 40% das instituições iniciaram a execução efetivamente apenas a partir de 2020, mostrando assim o impacto da pandemia da Covid-19.

“Os resultados mostram que a pandemia apenas alterou a urgência de um processo que vinha acontecendo em grande parte das IES em todo o Brasil, com 70% das instituições afirmando que a COVID-19 acelerou a sua estratégia digital. Mais da metade das instituições elencaram como sua prioridade para os próximos 24 meses a ampliação da oferta online, o investimento em infraestrutura e novas tecnologias”, comenta o diretor da D2L no Brasil, Peterson Theodorovicz. “O desafio agora é manter a consistência da produção educacional e olhar para o próximo estágio da evolução digital do setor”, comenta ele.

Obstáculos à transformação digital

O principal obstáculo para a transformação digital na América Latina é unânime: o acesso dos alunos à Internet e aos dispositivos digitais (45%). Segue-se a isto a falta de recursos e infraestrutura, que é a segunda maior preocupação no México (35%), a lacuna de habilidades digitais acadêmicas na Colômbia (31%); e o custo da transformação no Brasil (35%).

Ao chamar a atenção para a lacuna de habilidades digitais entre acadêmicos, as instituições da América Latina estão ecoando um problema que foi citado por universidades em todo o mundo enquanto tentam implementar uma estratégia de transformação digital. Evidentemente, os educadores acharam a adoção de alguns novos modos de ensino mais fácil do que outros, mas em linhas gerais os entrevistados da América Latina indicam que a transição para o aprendizado online vem com seus desafios, com a maioria das respostas (35%) descrevendo-a como “um tanto difícil”.

“O desenvolvimento profissional – especialmente em termos de habilidades digitais aprimoradas – facilita essa transição. Para a maioria dos entrevistados, a falta de suporte no uso de ferramentas digitais para fornecer educação é o maior desafio para a aprendizagem online”, comenta Peterson.

Ainda segundo o diretor, os resultados das iniciativas de transformação digital já adotadas são promissores. “Passado o período emergencial da transição, já se percebe um planejamento mais adequado de preparo dos professores, modelos pedagógicos, ferramentas e conteúdo, resultando em novas oportunidades de colaboração e um maior engajamento da comunidade acadêmica e alunos com esta transformação digital mais estruturada”, finaliza ele.

Com informações da Assessoria de Imprensa

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CONNECTED SMART CITIES & MOBILITY E VISA APRESENTAM CASES DE SUCESSO COM PAGAMENTO POR APROXIMAÇÃO EM SÉRIE TEMÁTICA

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Evento online trouxe atores envolvidos na nova tecnologia que busca integrar diversos modais ao transporte público

Encerrou nesta terça-feira, 27, a série temática promovida pela Connected Smart Cities & Mobility, em parceria com a Visa, que discutiu a evolução tecnológica dos pagamentos no transporte público. O objetivo compartilhado entre os atores envolvidos na série foi pensar soluções para integrar os meios de transporte.

Claudio Ferreira, diretor comercial do Metrô paulista, afirmou que 4 milhões de usuários passam, por dia, pelas plataformas de embarque e desembarque. O Metrô de SP ainda não oferece a tecnologia, mas, segundo Ferreira, a possibilidade do pagamento por aproximação dentro do maior shopping subterrâneo do Brasil poderia reter o passageiro, trazendo benefícios à mobilidade urbana com plataformas e trens mais vazios.



Bruno Alves, responsável por soluções de meios de pagamento do Banco do Brasil, afirma que o cartão de crédito com pagamento por aproximação numa catraca do Metrô agrega serviços complementares de integração com outros modais, como os ônibus, veículos por aplicativo, ou bicicletas compartilhadas. Cartões de débito vinculados às contas correntes é mais uma solução, além da possibilidade de haver um cartão vinculado que possa funcionar pelo celular, ou uma pulseira integrando transporte público à grandes eventos da capital paulista, como o Carnaval, por exemplo.

MetrôRio

O pagamento por aproximação está em funcionamento no MetrôRio desde 2019. Para operacionalizar o sistema, é usada uma mesma leitora que lê o cartão RioCard e os cartões de pagamento, assim como na CCR-Barcas. Diego Garcia, gerente de inteligência, mercado e mkt do MetrôRio comentou que uma cidade inteligente depende de sua conectividade, sustentabilidade e mobilidade. “Os protagonistas das cidades são as pessoas”, comentou.

SMTR-RJ

O coordenador geral de projetos estratégicos da Secretaria Municipal de Transportes do RJ, Gabriel Tenenbaum, disse que o sistema de ônibus na cidade vem apresentando queda no número de passageiros, além de frotas inoperantes. A cidade do RJ é dividida em 4 grandes áreas, operadas por 4 consórcios, e o BRT é operado por outra empresa. “A bilhetagem é um dos desafios estruturais principal, pois a única fonte de receita dos sistemas é a tarifa. “Estamos tentando remodelar abrindo uma licitação para termos um operador exclusivo para arrecadação e postos de vendas na cidade”, afirmou Gabriel.

“Separar provisão da operação é o que estamos fazendo com o BRT no Rio, apesar de termos, no Brasil, desafios jurídicos muito grandes”, completou o coordenador.  No RJ, apenas ônibus ainda aceitam cerca de 30% do pagamento em dinheiro.

BRT Sorocaba

Renato Andere, presidente do BRT Sorocaba (empresa responsável pela implantação do sistema de transporte coletivo e urbano da cidade), contribuiu dizendo que é fundamental a tecnologia para acelerar as transições. “Hoje não tem como haver um serviço de transporte, com o mínimo de qualidade, sem infraestrutura e um orçamento público só para ele. É necessário cobrar do poder público que ele faça sua parte”, afirmou Andere.

Para o presidente do BRT, a solução é que emissores e credenciadores operacionalizem a tarifa dos coletivos. O BRT Sorocaba tem 0 porcentual de pagantes em dinheiro. Desde 2017, o sistema de pagamento é com validadores online, via QR Code.

Para fechar a série temática, Luciano de Moraes, gerente de gestão da arrecadação na EcoRodovias – empresa de gestão e operação em concessões rodoviárias, afirma que a aceitação do pagamento com cartão evoluiu. A curva de crescimento das transações, desde 2017, foi de 234% ao ano. Para suprir os desafios, foi necessário um estudo de viabilidade. “O Autoatendimento resolve problemas de custo”, disse Moraes.

No Rio de Janeiro, Marcus Rosa, diretor superintendente da Lamsa – concessionária que administra a Linha-Amarela, afirmou que o tempo de transação com pagamento em dinheiro é de 15 segundos gastos por veículo, enquanto com o cartão, este tempo cai para 12 segundos. De 240 atendimentos por hora com o pagamento em dinheiro, houve um ganho de 15% com o pagamento por NFC. A Linha Amarela é a primeira praça de pedágio no país que aceita o pagamento por aproximação.