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MAS AFINAL O QUE É GOVERNANÇA?

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Tenho percebido nos últimos tempos que o uso das teorias de governança ganhou espaço em diversas áreas. Por isso resolvi escrever este artigo.

A proposta aqui é trazer alguns conceitos, mas também esclarecer o que é governança, o que é governança colaborativa e como ela pode contribuir no processo de desenvolvimento de Smart Cities e Destinos Turísticos Inteligentes.

Então vamos lá!

As organizações e os mercados se encontram em constante transformação setorial, com mudanças que acontecem ao longo do tempo e que atingem todos os atores envolvidos no processo de co-evolução (KAMP; FORN, 2016).

Para lidar com essas transformações, vivenciamos processos de transições, tais como as mudanças estruturais em subsistemas sociais como fornecimento de energia, habitação, mobilidade, agricultura, saúde, entre outros (GEELS, 2002), as políticas multi-atores são fundamentais para a definição de objetivos e metas coletivas a longo prazo.

São esses sistemas sociais que, por meio de estruturas criadas, evidenciam a necessidade do gerenciamento das transições e a “construção de uma agenda que estabeleça os caminhos para experimentação, inovação, adaptação, avaliação, reflexão, difusão e aprendizado” (LOORBACH, 2007, p. 88).

Sendo assim, a definição de governança é composta por várias visões, entre elas a que define que ela pode ser entendida como um conjunto de redes organizadas, referindo-se à gestão de redes que se auto-organizam (MILANI; SOLINS, 2002).

Os conhecidos: orçamentos participativos e conselhos de representantes municipais, são exemplos de governança no universo de parcerias e gestões compartilhadas que envolvem diferentes agentes e atores.

Pode-se compreender governança como a cooperação e o compartilhamento de responsabilidades entre o setor público, o setor privado, e o terceiro setor na implantação e implementação de políticas públicas (GUARDIA, 2020). Sua construção é um processo onde atores sociais colocam em jogo suas estratégias individuais e coletivas, sendo capazes de integrar suas diferenças, estruturando coalizões dentro de processos específicos por meio de ações coletivas (MOREIRA; TELES, 2007).

Entre os papeis da governança colaborativa, segundo Loorbach, estão: administrar adversidades e incertezas, heterogeneidade e as possibilidades dentro da sociedade. Também é papel da governança colaborativa identificar e induzir mudanças a longo prazo.

Nas últimas duas décadas, novos formatos e estratégias de governança foram desenvolvidas para lidar com as complexidades do mundo contemporâneo.

A governança no turismo está organizada em instâncias locais e regionais como uma maneira de administrar parcerias, unicidade de ações e tomada de decisões coletivas sobre assuntos que envolvem a gestão de conflitos de interesses e que “tratam de impulsionar processos de inovação social, de fortalecimento dos atores mais frágeis do sistema e a mudança das dinâmicas turísticas que geram impactos negativos” (VELASCO-GONZÁLEZ, 2014, p. 19).

Fica evidente então a importância da governança para o desenvolvimento de Smart Cities e também dos Destinos Turísticos Inteligentes, afinal a cooperação dos atores ajuda a reduzir as dúvidas, aumentando a eficiência nas ações políticas e enfrentar as pressões externas. Baseia-se em critérios de confiança e reciprocidade elevando a uma lógica da cooperação para atingir um objetivo comum. O processo precisa ser autônomo, voluntario e altamente dinâmico (COUTINHO; NÓBREGA, 2019).

Por: Angelica Molteni Paixão

Com informações da Assessoria de Imprensa

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CAMINHOS DA MOBILIDADE URBANA: OS 10 ANOS DO BIKE ITAÚ

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Presente hoje em cidades de quatro países, iniciativa pioneira estimulou um bem-vindo interesse de empresas como Netflix, Magalu e iFood pelo tema da mobilidade urbana

Reproduzimos a seguir artigo, assinado pela integrante do Comitê Executivo do Itaú Unibanco Leila Melo, sobre os bem-sucedidos 10 anos do sistema de bicicletas compartilhadas da Tembici, hoje operante em onze cidades de quatro países: Brasil, Chile, Argentina e Colômbia.

“Atribui-se ao matemático, físico e filósofo francês Blaise Pascal a criação da mobilidade urbana. Não do termo em si, que surgiria bem mais tarde e mudaria drasticamente ao longo dos tempos, mas sim da ideia de ampliar o deslocamento coletivo na Paris dos anos 1660.

O inventor chamou de “Carrosses à Cinq” a sua invenção, uma frota de sete carruagens que percorriam a cidade em itinerários fixos, com tarifa (de cinco sols, a moeda à época) e horários regulares. Dizem os historiadores que Pascal convenceu o rei Luiz XIV a autorizar o serviço ao lançar um argumento decisivo: o de que resolver a questão do vaivém da população – só os nobres tinham carruagem – era primordial para criar um fluxo constante de pessoas e acelerar o desenvolvimento da cidade, não apenas do ponto de vista social, mas também econômico.

Democratização, alternativas de locomoção, desenvolvimento de relações econômicas e sociais. Adicione a este tripé, quatro séculos depois, conceitos como transporte intermodal para driblar trânsitos caóticos e a urgente preservação ambiental, e teremos a versão de mobilidade urbana atualizada com sucesso.

É um tema que sempre me interessou e que nas últimas semanas parece ter aflorado por conta das comemorações de dez anos do Bike Itaú, um projeto que acompanhei desde a criação e sobre o qual tenho imenso carinho.

Para além de todos os números vitoriosos das laranjinhas – e não foram poucos – está o fato de termos criado uma parte importante desta engrenagem de mobilidade em algumas das maiores cidades brasileiras. Pioneirismo que estimulou um bem-vindo interesse de outras marcas e empresas pelo tema. Nossas parcerias com Netflix e Magalu, além de ações de copatrocínio com iFood, são prova disto.

Nos últimos anos, principalmente durante a pandemia, observamos mudanças relevantes nas relações dos habitantes de grandes cidades com as alternativas de transporte. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Itaú em parceria com Cebrap, entre o mês de fevereiro e março de 2021, na cidade de São Paulo, os veículos particulares, táxis/app e bicicletas surgiram como as principais opções da população para driblar o transporte público, de modo a evitar aglomerações. O automóvel recebeu dos respondentes a maior nota para segurança em relação à contaminação (8,4), seguido da locomoção ‘a pé’ (7,7) e bicicleta (7,0).

Ainda na cidade de São Paulo, 77% dos entrevistados concordam que o poder público deve investir mais em um sistema de transporte que priorize deslocamentos de bicicleta e a pé após a pandemia. E a maior parte é favorável (37%) ou muito favorável (48%) à implementação de novas ciclovias e ciclofaixas na cidade, especialmente nas periferias, que mantém grande parte da circulação da cidade. Esse recorte ilustra bem as oportunidades para a aplicação de políticas voltadas à melhoria da mobilidade urbana em grandes cidades. Não apenas com o intuito de otimizar a movimentação dos habitantes, mas também com o foco em reduzir as emissões provenientes da queima de combustíveis fósseis.

Segundo um estudo realizado pela WRI Brasil, as emissões do setor de transporte são as que mais contribuem para as mudanças climáticas. Representam 14% de todas as emissões anuais e 25% das emissões originadas na queima de combustíveis fósseis. Do outro lado, o relatório publicado pelo ITDP em 2017 indica a possibilidade de reduzir as emissões com transporte em mais de 80% até 2050 por meio de estratégias de eletrificação e automação, além do investimento no modelo de compartilhamento.

Só na cidade de São Paulo, foram registradas 1,6 bilhão de bicicletas em 2021. A pandemia mostrou que mais pessoas estão se tornando adeptas do ciclismo, seja como alternativa de condução, por esporte ou até mesmo como trabalho. Os lockdowns e o consequente aumento das e-commerce/delivery durante o biênio 2020/2021 aumentou a presença de ‘ciclo-entregadores’ em grandes cidades. E para melhorar a experiência e a segurança dos ciclistas, as cidades passaram a oferecer ciclovias e ciclofaixas exclusivas.

É nesse contexto que o Itaú comemora dez anos do Bike Itaú. Uma década de apoio à causa da mobilidade urbana, sempre acompanhando a transformação das cidades no período. Estimular esse movimento é uma das nossas metas para a construção de cidades mais inteligentes, saudáveis e sustentáveis, facilitando o trânsito e o fluxo das pessoas e ajudando na descarbonização.

O sistema de bikes, em parceria com a Tembici, está presente em quatro países – Brasil, Chile, Argentina e Colômbia –, cobrindo hoje onze cidades. Já foram registradas mais de 71 milhões de viagens realizadas e 440 milhões de quilômetros rodados, o equivalente a 15 mil voltas ao mundo. A ideia é sempre reforçar e ampliar a cobertura do sistema, como a chegada das laranjinhas elétricas, novidade que estreou em São Paulo neste aniversário de dez anos. Vida longa às bikes e a todas as inovações sustentáveis que virão na área da mobilidade urbana.

Fonte: Mobilize

CIDADES INTELIGENTES, NA PRÁTICA

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5G é testado em diferentes contextos e expectativa do mercado é positiva

A cerca de 100 quilômetros de São Paulo, uma cidade se propõe a encontrar caminhos e testar soluções para o 5G. Pioneiro no Estado, o Parque Tecnológico São José dos Campos é um oásis para a inovação ao criar um ambiente que estimula a criação de novas tecnologias. É um local, com mais de 55 mil m² de área construída, onde empresas e startups de diversos segmentos buscam validar suas ferramentas.

“As companhias podem testar dispositivos e produtos, nesse cenário, mas, depois, precisam oferecer esses serviços à população e pagar ao Estado”, sintetiza Marcelo Nunes, diretor de desenvolvimento de negócios do parque. “Quando falamos em cidades inteligentes, estamos falando do cidadão, de fato, tendo melhoria de eficiência e qualidade de vida”, comenta.

Entre as empresas que atuam no parque, atualmente, uma parte foca na construção de recursos ligados ao 5G. “Veremos o surgimento de novos negócios e a criação de respostas aos problemas que vivemos”, pontua Nunes. “Com o 4G, a quantidade de dispositivos IoT, no mundo real, ainda é incipiente, mas, aqui no parque, o número de startups que querem utilizar a tecnologia é imenso”, exemplifica.

Esse potencial, defende ele, se estrutura no fortalecimento da coleta de dados. “A robustez e a velocidade do 5G aceleram o tempo de resposta e melhoram serviços relacionados à mobilidade e saúde, por exemplo”, comenta. Além da criação de robôs autônomos, Nunes entende que os sensores, aliados à análise dessas informações, em tempo real, vão ajudar a tomar decisões importantes mais rápido.

Entradas e saídas

A promessa, feita pelo 5G, de entregar facilidades e promover eficiência nesse movimento de cidades inteligentes ganha força ao ser adotada por negócios que atuam no setor de tecnologia. É claro que o cenário ainda não está completamente desenhado por causa das limitações atuais de alcance da rede, mas o recurso já é visto como transformador de águas.

Seja para ajudar a decidir em quais regiões colocar bicicletas compartilhadas ou para acompanhar os medidores de água dos imóveis, diversas companhias encontram no 5G uma forma de aperfeiçoar suas soluções. Esse é o caso da Unike, startup que utiliza biometria para melhorar a experiência de consumo das pessoas. A empresa estima que os custos operacionais podem ter uma redução de 25% com a “nova internet”.

“Sem o 5G, somos obrigados a utilizar a rede dos nossos clientes, principalmente a fibra óptica. Isso gera um custo muito maior para operacionalizar um projeto e ainda envolve uma questão complexa com compliance”, esclarece Danilo Barbosa, CIO da Unike. “Com o 5G, é necessário apenas levar um modem para conseguir compartilhar as informações com os servidores, na nuvem”, comenta.

Fundada em 2019, a empresa atua em diversas frentes com serviços de autenticação de identidade. Com base em uma tecnologia de biometria facial, é possível, por exemplo, realizar pagamentos instantâneos, acessar eventos e shows, identificar perfis de consumidores em shoppings, aumentar a inteligência de dados para a área da saúde e simplificar a entrada em prédios comerciais e residenciais.

Tecnologias de reconhecimento facial devem melhorar a capacidade com a propagação do 5G. Foto: Getty Images

Danilo explica que a diversidade de soluções permite dar um atendimento customizado ao cliente e facilidade no consumo. “A latência do 5G permite trafegar mais informações em um piscar de olhos”, adiciona. “Pode ser para entrar em um evento ou no próprio condomínio, mas esse tipo de iniciativa ajuda a diminuir custos e trazer benefícios à população, especialmente em lugares mais distantes dos centros.”

Próximos passos do 5G

Os exemplos práticos no uso do 5G ainda não são tão populares e difundidos, mas o panorama e a perspectiva dos atores do mercado indicam um caminho de evolução rumo às cidades inteligentes. À medida que a inovação começa a se espalhar, a tendência é de que as melhorias sejam visíveis e transformem a forma como as pessoas se relacionam com os espaços urbanos, com a mobilidade e com seus próprios lares.

Fonte: Mobilidade Estadão

COMO A NÃO MOBILIDADE IMPACTA A QUALIDADE DE VIDA E PRODUTIVIDADE NAS CIDADES

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“A indústria da mobilidade está passando por uma transformação profunda e acelerada, que não se compara a outros setores.”

As transformações na maneira como nos locomovemos estão bem mais presentes no nosso dia a dia e devem, cada vez mais, colocar o desenvolvimento sustentável e o bem-estar social no centro das discussões. Mais do que falar de mobilidade, temos que olhar para a ‘não mobilidade’ como fator preponderante na qualidade de vida e ganho de produtividade.

A vida se transformou a tal ponto de que, hoje, é essencial que não se deslocar seja considerado também um fator de impacto na mobilidade urbana. O crescimento da telemedicina, do entretenimento no ambiente digital e do consumo em casa (seja via apps de entrega, seja pelo e-commerce) fez com que a ‘não mobilidade’ se tornasse parte, também, das opções de mobilidade urbana, por mais contraditório que possa parecer.

Inclusão social

Dá para ir além: a partir do momento em que não é necessário ir do ponto A ao ponto B para um determinado compromisso ou atividade, a mobilidade se torna híbrida e ferramenta de inclusão social. Basta ver o entretenimento, com espetáculos, antes restritos a teatros nas principais capitais, que passaram a ser transmitidos nos cinemas ou em plataformas de streaming, de forma mais acessível à população em geral.

Esse cenário, juntamente com as mudanças que estamos presenciando nos modelos de trabalho, com o fortalecimento do sistema remoto/online, faz com que a perspectiva da mobilidade urbana seja de uma transformação cada vez mais acelerada. Horários e rotas fixas, preços, formas de consumo. As pessoas têm novas demandas, que impactaram o jeito como pensamos e utilizamos a mobilidade.

São questões muito conectadas com a qualidade de vida. Hoje, há uma tendência clara de busca por trabalho próximo de casa, de forma híbrida, e uma resistência mais consolidada à obrigatoriedade de frequentar o escritório físico.

Segundo reportagem publicada no Estadão em setembro, um levantamento feito pela empresa de recrutamento Robert Half, com 1.161 profissionais, mostra que 39% dos funcionários buscariam um novo emprego se a empresa onde trabalham decidisse não oferecer uma opção, ao menos parcialmente, remota. Em outra matéria também do Estadão, a Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo registrou redução de 13%, na média, nos congestionamentos, em agosto de 2022, na comparação com agosto de 2019, antes da pandemia.

Soluções criativas

Para as empresas da indústria de mobilidade, é um cenário que exige adaptabilidade, resiliência e criatividade. Percebemos a mobilidade mais fragmentada e multimodal, o que pede o desenvolvimento de soluções também diversas, uma vez que pessoas não têm mais uma forma única de ir e vir.

Dá para se locomover de bicicleta, a pé, de trem, de metrô, de ônibus, alugar ou assinar um veículo, entre outras opções. Sabemos que há entraves, no âmbito do transporte público, mas as empresas precisam olhar para a mobilidade como benefício a seus colaboradores e como ganho de qualidade de vida e de produtividade, por causa da eliminação do atrito no deslocamento.

De outro lado, a não mobilidade impacta, também, no deslocamento de mercadorias. Se ficamos mais em casa, estamos mais expostos a um novo comportamento de consumo: no delivery ou via comércio eletrônico. O sistema logístico ganhou impulsão e trouxe novas perspectivas gigantescas ao mercado de gestão de frotas e frete.

Afinal, presenciamos um trânsito de mercadorias bem maior, em um país como o Brasil, de dimensões continentais, pautado na tríade asfalto, caminhão e diesel. Portanto, quanto mais soluções tivermos para promover o melhor fluxo de pessoas com ganho de produtividade e circulação de mercadorias – frota e frete –, mais evoluímos na mobilidade. O que falta é discutir a padronização dos meios de pagamento e a aquisição dos serviços, que ainda é muito fragmentada. É preciso criar uma solução mais homogênea, que traga ganhos de produtividade e tempo.

A indústria da mobilidade está passando por uma transformação profunda e acelerada, que não se compara a outros setores. Desde a melhor ocupação possível do solo, com o uso racional da mobilidade urbana e soluções de transporte, passando pela informação e educação, pela logística, pela tecnologia e pela segurança. Vamos presenciar mudanças bem mais profundas e rápidas nos próximos cinco ou dez anos do que no último século. O tema é urgente e impacta a todos nós.

Fonte: Mobilidade Estadão

A RETOMADA DOS GRANDES EVENTOS E O IMPACTO NA MOBILIDADE URBANA

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Com o aumento deste fluxo somado aos eventos frequentes nas cidades, as organizações dos eventos e as companhias de mobilidade das cidades precisam estabelecer uma ótima comunicação entre si e com a população para evitar adversidades.

Após um longo período de isolamento em razão da pandemia, neste ano vivenciamos o retorno e a realização de grandes eventos, como shows, festivais, campeonatos esportivos, entre outros. Em sua grande maioria, essas celebrações contaram com uma enorme presença de público. Este comportamento não é surpreendente, visto que como sociedade passou por um período difícil e neste momento as pessoas estão se dedicando a realizar o que não foi possível em 2020 e 2021. 

Para além desses eventos pontuais, as grandes metrópoles já estão sentindo o aumento do tráfego de veículos no próprio dia a dia. São Paulo, por exemplo, registrou uma média de 76 km de lentidão diária em março deste ano, segundo a Companhia de Engenharia de Trágego (CET). Para se ter uma ideia: foram registrados apenas 24 km de lentidão em março de 2021.

Com o aumento deste fluxo somado aos eventos frequentes nas cidades, as organizações dos eventos e as companhias de mobilidade das cidades precisam estabelecer uma ótima comunicação entre si e com a população para evitar adversidades. Nestes dias atípicos, além de um grande número de pessoas se direcionando ao mesmo local, ainda podem acontecer mudanças nas rotas de locomoção, que precisam ser bem definidas e comunicadas dias antes da realização do evento. 

Ferramentas são aliadas no planejamento de trânsito

Os aplicativos de navegação possuem um papel importante no auxílio da grande demanda de tráfego rotineiro das cidades. O Waze, por exemplo, além de já auxiliar usuários do aplicativo diariamente, desenvolveu o Waze for Cities, projeto que compartilha dados com órgãos públicos, institutos de pesquisa e empresas de comunicação, que, munidos das informações, podem estudar o mapeamento de trânsito em tempo real e de forma gratuita. A iniciativa se destaca principalmente por sua atuação e auxílio durante grandes eventos.

Em setembro, o Rio de Janeiro recebeu o Rock in Rio. A organização do festival, a Prefeitura do Rio de Janeiro e o Centro de Operações do Rio (COR), contaram com a parceria consolidada há quase dez anos com o Waze para o fechamento de onze ruas em torno da Cidade do Rock, além da definição dos melhores trajetos alternativos para os motoristas. 

Já em São Paulo, recentemente o Waze apoiou a CET – com quem já possui parceria há seis anos – no planejamento de trânsito durante os dias do GP de Fórmula 1, auxiliando na conexão entre a organização do evento e os motoristas, que serão alertados sobre o fechamento de ruas e a localização de bolsões de estacionamentos que facilitarão a chegada dos usuários que compareceram ao GP. 

Intensidade nos próximos meses para a mobilidade urbana

Apesar de o Brasil não ser o anfitrião da Copa do Mundo neste ano, a competição terá grande impacto na mobilidade no país, pois é um costume dos brasileiros se deslocar das casas ou escritórios até outros locais para assistir aos jogos acompanhados pelos amigos e familiares. Em 27 de junho de 2018, por exemplo, São Paulo chegou a registrar 203 km de congestionamento, de acordo com dados da CET. O fato ocorreu às 14h, uma hora antes do jogo do Brasil com a Sérvia na busca pela conquista da taça da Copa da Rússia. 

Além disso, algumas cidades também costumam reunir a população em locais públicos para a transmissão dos jogos. Em 2013, por exemplo, mais de 50 mil pessoas assistiram aos jogos da Seleção Brasileira na Copa das Confederações em um telão instalado pela Prefeitura de São Paulo no Vale do Anhangabaú. 

Além da copa, nos próximos meses receberemos maiores shows internacionais. O Primavera Sound, por exemplo, trará diversos artistas à São Paulo ainda neste mês. A tendência é que isso seja frequente, assim como antes da pandemia. 

De olho nesses acontecimentos, os órgãos governamentais precisam se aliar cada vez mais com a tecnologia para evitar transtornos em dias tão movimentados. Afinal, a mobilidade impacta diretamente a vida da população e devolve um bem precioso que é o tempo. 

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities  

ITAIPU BINACIONAL DESENVOLVE PROJETO PARA IMPLANTAÇÃO DE REDE PRIVATIVA DE 5G

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Iniciativa pioneira no setor elétrico brasileiro tem como objetivo promover pesquisa, desenvolvimento e inovação, gerando negócios a partir da tecnologia.

A Itaipu Binacional está investindo na implantação de uma rede privativa de 5G na área do Parque Tecnológico Itaipu – Brasil (PTI-BR), para dar início a pesquisas e desenvolvimento de aplicações com essa nova rede. A iniciativa, inédita no setor elétrico brasileiro, tem como foco o desenvolvimento regional baseado em um ecossistema de inovação.

A tecnologia 5G, que aos poucos se espalha pelo Brasil, vai muito além de downloads mais rápidos nos celulares. A nova rede permitirá a interconexão mais rápida e robusta de equipamentos e dispositivos e um tráfego de dados muito mais intenso, o que possibilitará o desenvolvimento de produtos inovadores em diversas áreas, incluindo energia e agronegócios.

Entre os benefícios proporcionados pelo projeto estão a entrega de soluções aplicáveis não só à modernização tecnológica e transformação digital da usina, mas que também podem ajudar a superar desafios tecnológicos nas diversas áreas de atuação da binacional, incluindo gestão, segurança, meio ambiente etc.

Além disso, a infraestrutura de conectividade privada 5G promoverá a geração de novos modelos de negócios, aceleração de startups, estímulo ao empreendedorismo e o desenvolvimento da economia.

A proposta é atuar, inicialmente, com as temáticas Infraestruturas Críticas e Cidades Inteligentes, com potencial de expansão para aplicações no Agronegócio e Energia. O projeto também deverá contar com ações de educação e de inovação aberta, conectando universidades, startups e demais atores do ecossistema de inovação.

A implantação da rede privada 5G tem como apoiador o Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), que participou da fase de planejamento da arquitetura a ser implantada no Parque.

Segundo o gerente do Centro de Tecnologias Abertas e IoT (Internet das Coisas) do PTI-BR, Willbur Souza, a instituição já conta com uma infraestrutura de base e avançados laboratórios de prototipação em um modelo de ambiente experimental real (Living Lab) para validação de projetos tecnológicos. “A partir dessa iniciativa de Itaipu, o ambiente contará também com uma arquitetura de rede privada 5G pura (stand-alone) dedicada, possibilitando testes, projetos de pesquisa e desenvolvimento e também validações de solução com conectividade 5G”, afirmou.

Soluções e negócios

Para o gerente do Centro de Empreendedorismo do PTI-BR, Regean Gomes, o fortalecimento da infraestrutura de base tecnológica é um dos pilares para o desenvolvimento econômico da sociedade. “Desde 2018, a instituição vem desenvolvendo, junto à Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e Itaipu Binacional, a instalação de infraestruturas e criação de ambientes de teste e validação que impulsionam a geração de negócios, crescimento e criação de empresas”, destacou.

“Esse é mais um passo na jornada de inovação e transformação digital voltada para a geração de negócios e empreendedorismo realizada pelo PTI-BR em Foz do Iguaçu, região oeste e Brasil”, concluiu.

Saiba mais sobre o 5G

A nova geração de internet móvel, o 5G, chegou para revolucionar a integração do físico com o digital, impactando o mercado por meio da geração de novos negócios e o dia a dia das pessoas. O 5G já está presente em todas as capitais brasileiras e sendo gradativamente expandido ao restante do território nacional, criando um cenário para que sejam exploradas as novas capacidades possibilitadas por esse novo recurso.

Com uma velocidade entre 1 e 10 Gbps, a tecnologia do futuro representa 100 vezes ou mais velocidade em comparação a sua antecessora, o 4G. Sua utilização deve impactar desde a indústria e o agronegócio até a vida das pessoas, por meio de áreas como segurança, mobilidade e saúde.

Além do maior alcance e segurança no acesso à internet móvel em comparação à tecnologia 4G, a nova rede também possibilitará a evolução da IoT, resultando em maior eficiência na interação e transmissão de dados entre objetos e a internet.

Com informações da Assessoria de Imprensa

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COMO A VELOE SE DESTACOU NO MERCADO DE SOLUÇÕES PARA MOBILIDADE URBANA

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No novo episódio do Super Talks, André Turquetto explica como a tecnologia permitiu a ampliação nos negócios da empresa

No início de sua operação, em 2019, a Veloe mirava o mercado de tags, facilitando o pagamento de estacionamentos e pedágios. Porém, com o desenvolvimento de novas ferramentas e maior conectividade, a empresa viu a oportunidade de ampliar as atividades.

André Turquetto define: “Somos um negócio de tecnologia, de meios de pagamento e mobilidade”. O Diretor Geral da Veloe conta que a meta da empresa é facilitar o deslocamento de uma pessoa do ponto A para o B.

No novo episódio do Super Talks, Turquetto também explica como a Veloe ampliou as operações visando auxiliar outras empresas: “Como eu posso facilitar ao máximo o fluxo de mercadorias e tornar essas operações mais produtivas, eficientes e baratas?”.

Fonte: Consumidor Moderno

O FUTURO CHEGOU: DO TRANSPORTE PÚBLICO AOS CARROS VOADORES, A MOBILIDADE ELÉTRICA EM 2022

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Especialista destaca as transformações do setor. Brasil registra 34,2 mil carros elétricos emplacados nos primeiros nove meses do ano

Você já deve ter ouvido falar que o setor dos carros elétricos é o futuro da mobilidade urbana, mas poucos são aqueles que sabem como os eletrificados estarão fazendo parte do nosso cotidiano no futuro. Principalmente quando consideramos avanços tecnológicos, como carros voadores e veículos autônomos que realizam entregas. A eletrificação chegou para ficar. E as próximas décadas serão essenciais para entendermos a evolução desse mercado.

Para Ricardo David, sócio diretor da Elev, empresa que apresenta soluções para a eletromobilidade, os avanços no setor são irreversíveis. “A eletrificação dos automóveis vai muito além do que as pessoas conhecem e, por mais que não seja uma tecnologia nova, hoje o mundo está comprometido com o segmento e temos avanços tecnológicos que tornam possível essa realidade”, afirma Ricardo David.

Se formos analisar o mercado de forma geral, a mudança pode ser sentida de forma amplificada posteriormente à COP26, realizada em Glasgow, em 2021. Nesta conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas, 30 países e seis fabricantes se aliaram para eliminar veículos a combustão a partir de 2035. Esse movimento foi seguido por mais fabricantes posteriormente e, na atualidade, até mesmo montadoras brasileiras já se adaptaram à nova realidade, como é o caso da Caoa Cherry.

Em setembro deste ano, o volume mensal de emplacamentos de carros híbridos e elétricos bateu mais um recorde. Segundo dados da Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE), tivemos um total de 6,4 mil emplacamentos no mês, o maior desde 2012. A alta foi de 50,4% em relação ao mês anterior. Nos primeiros nove meses do ano, o total de carros elétricos e híbridos emplacados no Brasil já somam 34,2 mil unidades.

“Se formos pensar em um grande passo dado pela sociedade para a eletrificação do transporte urbano, vamos lembrar da COP26. Foi um pontapé inicial para muitos países e montadoras”, avalia o executivo.

Mas em quais segmentos veremos mais carros elétricos em um futuro próximo? Segundo Ricardo David, todos os setores poderão ser beneficiados pela eletrificação.

Carros Voadores

Em outubro de 2022, tivemos o primeiro voo com um automóvel voador da história. Trata-se do X2, da empresa chinesa XPeng AeroHT. O veículo realizou testes e fez o seu primeiro voo público nos Emirados Árabes Unidos, surpreendendo o mundo. O X2 é um veículo 100% elétrico, que tem similaridades aos tão conhecidos drones.

“É incrível observarmos como os carros elétricos estão dominando a tecnologia de transporte urbano em todos os segmentos. O primeiro carro voador a realizar um teste público é um elétrico e há motivos claros para isso, como o investimento massivo da China no segmento”, explica Ricardo.

Setor público

Enquanto os carros elétricos voam pelo mundo, até mesmo literalmente, o Brasil ainda engatinha no setor. Porém, o setor público ainda pode se beneficiar muito da eletrificação, algo que é visto em algumas experiências pelo Brasil. O Paraná, recentemente, lançou uma política de IPVA zero para os veículos elétricos e a implantação de uma das maiores eletrovias no país.

Na Bahia, o governo do Estado também se movimenta e a capital Salvador poderá contar com 30% da sua frota de ônibus eletrificada. Recentemente, o município de São José dos Campos também amplificou a sua eletrificação e realizou testes em ônibus elétricos.

“Para o setor público e para o transporte público, poderemos ter benefícios sociais incríveis a partir da eletrificação. Vejo exemplo de municípios que eletrificam as suas frotas da guarda civil e investem em ambulâncias elétricas. Além da diminuição dos custos, a possibilidade de redução de custo de passagens e a diminuição do impacto ambiental, esses veículos podem funcionar como geradores emergenciais para as cidades brasileiras”, explica o executivo.

Logística e compartilhamento

Como a iniciativa privada poderá se beneficiar da eletrificação? Bem, os exemplos são variados, como é o caso de testes sendo realizados nos Estados Unidos por meio de veículos autônomos que realizam entregas em aplicativos de restaurantes. Na América Latina, uma das empresas mais conhecidas da região, o Mercado Livre, anunciou recentemente que contará com mais 400 veículos elétricos na frota até o fim do ano. O aplicativo Uber também não está com as mãos atadas. A empresa planeja ter frotas 100% elétricas até 2030.

“Esse movimento é algo pensado. As empresas que investem na eletrificação pensam nos seus custos ao longo prazo. Por mais que o investimento pareça ser algo caro de forma imediata, os gastos com a manutenção são extremamente inferiores aos dos veículos movidos a combustão”, explica Ricardo David, que também afirma que os carros elétricos apresentam um custo 70% menor em relação às manutenções, principalmente porque contam com apenas 20% do total de peças encontradas nos veículos movidos a combustíveis fósseis.

Impacto social

Muitos falam dos carros elétricos como uma medida ESG, sigla em inglês que significa governança ambiental, social e corporativa. Mas poucos falam sobre o impacto social dos carros eletrificados. Ricardo David explica que o Brasil pode aproveitar do segmento para se tornar uma potência no setor, principalmente por termos recursos necessários para a produção desses automóveis, como o lítio e o nióbio. Isso significa que a indústria pode fortalecer a economia, a balança comercial e gerar mais empregos diretos e indiretos.

Além disso, a eletrificação pode representar uma diminuição de custos no transporte público que, se for bem aplicada, tem a potencialidade de promover passagens de ônibus baratas.

“Boa parte da população terá a sua primeira experiência com a eletromobilidade a partir dos ônibus elétricos. Países da América Latina já se adaptam a essa realidade e o impacto pode ser sentido no bolso. Sem estar atrelado aos valores internacionais dos combustíveis, principalmente em um país com suficiência energética como o Brasil, o transporte público elétrico pode ser um passo para o barateamento das passagens dos ônibus urbanos e interurbanos”, afirma o executivo.

Esse também é um sinal de alerta para as empresas brasileiras que dominam o mercado de ônibus elétricos na região. O país tem atraído cada vez mais empresas que buscam investir no setor, como é o caso da chinesa Higer Bus, que passará a produzir no Ceará.

Preço do carregamento

O último ponto destacado pelo especialista é o valor da recarga desses veículos. Além da comodidade do carregamento, seja no seu lar ou no shopping, o segmento conta hoje com carga gratuita em inúmeros pontos, como forma de promover a eletrificação. Porém, essa realidade não será infinita, e em um futuro próximo poderá ser mais barato carregar seu veículos em eletropostos públicos e semipúblicos.

“Atualmente vemos o investimento de montadoras nos carregadores, mas isso não será para sempre e no futuro os usuários precisarão estar atento aos preços, que obviamente continuarão sendo mais baratos que os veículos a combustão. Porém, carregar o carro em um posto público e semipúblico poderá ser mais barato do que carregar em casa. Isso porque o custo da energia será mais barato nesses locais de recarga”, explica.

Além disso, o empresário também destaca a necessidade de serem debatidas, nos condomínios, a instalação de carregadores.

Com informações da Assessoria de Imprensa

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COMO SERIA A CIDADE DE SÃO PAULO SE JÁ TIVESSE ALCANÇADO AS METAS DE EMISSÃO DO TRANSPORTE PÚBLICO DE 2023?

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*Por Roberto Speicys, CEO e fundador da Scipopulis

Imagine que estamos no final de 2023, na cidade de São Paulo, com todas as metas de redução nas emissões de gases do transporte público batidas. Acrescente a este cenário a expansão da oferta de transporte público, o término dos impactos da pandemia de Covid-19 e a retomada das atividades presenciais no nível pré-pandemia. Você consegue imaginar esse simples exercício como algo factível?

Para chegarmos no patamar citado acima — de melhora significativa da qualidade de vida e bem-estar populacional na capital paulista –, precisaríamos ter reduzido em 30%
as emissões de CO2, em 48% as de NOx e em 54% as de material particulado em comparação ao ano-base de 2016. Para isso, seria necessário ter avançado na disponibilidade de frota elétrica do transporte público que, a longo prazo, vai precisar ser totalmente implementada para conquistar todas as metas previstas.

O modelo ideal é uma hipótese que, por enquanto, está distante da nossa realidade. Com dois meses até o encerramento de 2022, temos apenas 1,6% de frota eletrificada — já deveríamos ter cerca de 15% a 25%. Caso não haja redução na oferta de serviços, a meta relativa aos óxidos de nitrogênio seria a mais difícil de ser alcançada em 2023.

Tivemos alguns avanços, mas ainda há muito a ser feito. Em termos da meta de emissões de CO2 para este ano – equivalente a 75% do emitido em 2016 -, estamos dentro do previsto, com cerca de 39% do limite estabelecido para o ano de 2022, de acordo com dados do painel de Emissões do Transporte Público desenvolvido pelo IEMA em parceria com a Scipopulis. Mas vale dizer que esse bom resultado se deve, principalmente, às mudanças de estruturação da rede de transportes e redução da oferta decorrentes dos impactos da Covid nos últimos dois anos.

Em 2016 – ano base estabelecido para as metas -, a frota total da cidade de São Paulo contava com mais de 14 mil veículos, enquanto o quantitativo atual circulante é de 13.425, representando cerca de 10% a menos.

Em termos de eletrificação, não houve muito progresso, já que evoluímos apenas 0,3% até agora. O pequeno aumento é decorrente da redução do total de ônibus nas ruas, e aponta para uma questão importante que mostra a necessidade de uma mudança radical no que já foi feito para que possamos seguir com cumprimento das metas.

Para termos uma ideia, dois anos depois da assinatura dos novos contratos entre os operadores de transporte, temos apenas 18 ônibus elétricos operando na cidade. A estimativa levantada pela Scipopulis é de que, até o momento, foram investidos cerca de R$ 40 milhões de um total de R$ 42 bilhões necessários para eletrificar toda a frota da cidade.

Em que se pese o impacto da pandemia de Covid-19 no transporte público, se acelerarmos 10 vezes o ritmo que tivemos até aqui pelos próximos 16 anos, ainda teremos apenas 1.440 ônibus elétricos circulando pela cidade — o que representaria apenas cerca de 10% da frota eletrificada em 2038.

Cumprimento das metas

Além das determinações da cidade de São Paulo, existem ainda as estaduais e federais que seriam comprometidas, caso não sejam cumpridas as metas de descarbonização do transporte público. Esse atraso prolongaria os efeitos da poluição na saúde da população, conforme levantamento por Hannah Ritchie e Max Roser no site Our World in Data. A pesquisa aponta que, das cinco principais causas de morte no Brasil, quatro estão diretamente relacionadas à poluição.

Se quisermos avançar e nos aproximarmos de locais como Santiago, Bogotá, Shenzhen (China), e cidades da Alemanha, Reino Unido e França, é mais do que urgente investirmos em uma mobilidade urbana gerida por dados que forneçam relatórios robustos de quais caminhos são mais eficazes para o cumprimento dos objetivos previstos, seja quanto às emissões no transporte público ou quanto à eletrificação dos veículos disponíveis.

O caminho é longo, mas a cada passo dado nos movimentamos em direção ao futuro que sonhamos e que o planeta merece.

TECNOLOGIA DE GÊNERO: UMA ABORDAGEM AO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

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Na tendência de interagir com as tecnologias de forma disruptiva para emergir com efetividade aos desafios complexos sociais em confronto ao Desenvolvimento Econômico Sustentável são urgentes as Tecnologias de Gênero.

As discussões sobre gênero perpassam tópicos como igualdade, violência e discriminação. A sustentabilidade social e econômica tende aprofundar nessa complexidade que são persistentes na sistematização a frente da ausência dos municípios na elaboração de políticas públicas fora do contexto local nas causas emergentes com efeito no futuro.

Por vez a Tecnologia da Informação enseja uma nova linguagem de padrões culturais que proporciona mudança regenerativa de comunicação digital; contribuindo para a redução das desigualdades e a redefinição dos conceitos e vieses sobre padrão de comportamento social e institucional mediante interfaces de Inovação Aberta em consolidação da comunicação em Rede.

Habitação:  Assim como nos demais âmbitos, a tecnologia também pode oferecer soluções no campo da habitação. As soluções tecnológicas para moradias inteligentes é uma realidade no entanto, nos países em desenvolvimento, há soluções que podem servir para mitigar problemas sociais.

No Brasil sabemos que déficit habitacional é feminino por razões das desigualdades econômicas ou por origem das violências contra á mulher entre elas a violência patrimonial. Por soluções inovadoras e tecnológicas podemos identificar a demanda a serem seguidas na implementação das políticas e programas habitacionais nos municípios.

Segurança: O campo da segurança é caracterizado pelas peculiaridades de cada região, porém como um todo está presente a violência dentro das relações interpessoais.

Por isso, é importante que a política de segurança pública esteja conectada almejando a intervenção em tempo real. Neste caso ensejamos a tecnologia da inovação no uso das ações preventivas e de motoramente por Inteligência Ativa.

Saúde e bem-estar: É possível identificar os constantes avanços no uso da tecnologia de Inteligência Artificial na área da saúde, entretanto ainda há muito o que aplicar no desenvolvimento de tecnologias smart que possam colaborar com o quadro smart living como elemento fundamental na promoção da qualidade vida.

Mobilidade: A partir da investigação de dados, é possível transformar o desconforto que as pessoas sentem nas cidades possibilitando ambientes mais próspero e de lazer.

Assistência Social: Há uma forte tendência nas Tecnologias Sociais que identifica os riscos e as vulnerabilidades sociais na colaboração dos agentes públicos em parceria com as instituições privadas em prol do desenvolvimento socioeconômico.

Dessa forma, a Tecnologia de Gênero pode significar no fluxo de conhecimento por ferramentas inovadoras para a solução dos desafios sociais na igualdade de trabalho e renda, assim como estimular o acesso de mulheres e meninas na área da ciência e tecnologia dando ênfase ao protagonismo e empoderamento feminino.

Portanto as Tecnologias de Gênero se traduzem em mecanismo de planejamento estratégico com eficiência na otimização de investimentos, automação dos gastos públicos, na eficácia da intervenção de desenvolvimento econômico mediante a interoperabilidade de gênero; uma abordagem das Cidades Inteligentes e Sustentável.

Fonte: Smart City

Com informações da Assessoria de Imprensa

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