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MAIS VERDE E INOVADORA: 5 TENDÊNCIAS PARA A MOBILIDADE EM 2023

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Necessidade de descarbonização deve acelerar a circularidade da indústria e impulsionar investimentos em tecnologias verdes

Dificilmente seria possível prever um cenário tão desafiador para o setor de mobilidade como foram os últimos anos. Bloqueios causados pela pandemia de covid-19 levaram à escassez de materiais na cadeia produtiva, principalmente de chips semicondutores, enquanto a guerra na Ucrânia testou a resiliência do abastecimento energético em parte do mundo.

Entre os movimentos positivos que o último ano trouxe, no entanto, estiveram um foco ainda mais intenso no desenvolvimento da mobilidade verde e os avanços na eletrificação – dois dos tópicos que devem ganhar espaço – e evoluir – em 2023.

Mas é possível esperar muito mais da mobilidade no próximo ano. Entre as novidades, estão a chegada dos primeiros veículos elétricos solares, o investimento em design circular e inovação com foco em materiais e processos com menor impacto ambiental. Confira algumas das tendências para a mobilidade neste ano, segundo o The Next Web.

1. Veículos elétricos solares (sEVs) chegarão às ruas

Carro elétrico solar da Sono Motors — Foto: Divulgação
Carro elétrico solar da Sono Motors — Foto: Divulgação

A disponibilidade de veículos solares avançados – em oposição aos elétricos simples, que consomem energia – representa um grande avanço na indústria de veículos. No próximo ano, algumas empresas apostam na chegada de seus primeiros modelos movidos a energia solar. A companhia Sono Motors, por exemplo, deve dar início no segundo semestre à produção de seu modelo. A startup holandesa Lightyear também pretende lançar um automóvel desse tipo, chamado “0”, enquanto a empresa californiana Aptera avança para trazer ao mercado, em 2023, o seu veículo elétrico solar de dois lugares.

2. A ascensão do design circular

O design circular reimagina completamente a criação do produto, desde os projetos originais até os vários estágios do ciclo de vida, e o que acontece com cada elemento depois de cumprir seu propósito original. O ano de 2023 deve trazer ainda mais regulamentações para baterias e materiais críticos, como cobalto e lítio, aposta o TNW.

Com isso, as empresas terão que pensar o design circular de forma ainda mais estratégica. Os fabricantes de baterias devem passar a considerar o ciclo de vida do equipamento, da mineração das matérias primas e da reciclagem de materiais. Na prática, em 2023, veremos os fabricantes de automóveis e bicicletas elétricos mais focados na circularidade, além de maiores investimentos em baterias reutilizáveis e reparáveis.

3. O transporte público mais subsidiado na Europa

Em 2022, países como a Espanha e a Alemanha aumentaram os subsídios do transporte público como forma de incentivar seu uso pela população, enquanto mais países europeus investiram em transporte público para reduzir a dependência de gás – um combustível que foi impactado pelo conflito da Ucrânia. A aposta é que essas iniciativas se ampliem em 2023 – e para além do continente europeu.

4. Mais investimento em materiais sustentáveis

Em 2023, a inovação continuará a crescer com foco nos materiais utilizados na fabricação dos veículos.

Veículo da Volvo usa aço carbono verde — Foto: Divulgação
Veículo da Volvo usa aço carbono verde — Foto: Divulgação

Em 2022, a sueca Volvo se tornou a primeira fabricante de caminhões do mundo a começar a usar aço livre de combustíveis fósseis em seus caminhões elétricos. O aço é feito com uma tecnologia completamente nova que usa eletricidade verde e hidrogênio em sua produção, o que reduz o impacto climático na cadeia produtiva dos veículos da marca.

A inovação em materiais também deve chegar nas bicicletas. Algumas startups, como a holandesa MTRL e a alemã igus, têm trabalhado na fabricação de bikes com materiais recicláveis – dos freios aos rolamentos. Outra tendência é a venda de bicicletas modulares, feitas com peças intercambiáveis, o que facilita o reparo e aumenta o ciclo de vida dos equipamentos.

5. Mercado de Ebikes pode crescer

O 2022 foi um ótimo ano para as e-bikes. Em alguns mercados, como nos EUA, o hardware superou as vendas dos carros, com presença que cresceu também em países da Europa. Ao TNW, Tanguy Goretti, co-fundador e CTO da Cowboy, prevê uma adoção mais ampla das bicicletas elétricas diante do aumento dos custos de combustível ao redor do mundo e do movimento crescente de pessoas deixando de usar os carros. “É uma opção de transporte prática e mais acessível”, diz.

Fonte: Época Negócios 

ENERGIA SOLAR SUPERA EÓLICA E SE TORNA 2ª MAIOR FONTE BRASILEIRA, DIZ ABSOLAR

Incentivos econômicos à instalação de usinas fotovoltaicas, menores custos da fonte e benefícios ambientais impulsionam resultado

energia solar fotovoltaica se tornou a segunda maior fonte da matriz elétrica do Brasil ao alcançar nesta terça-feira (3) a marca de 23,9 gigawatts (GW) de potência instalada operacional, superando a eólica, com 23,8 GW, segundo levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).

A maior importância da energia solar para o país — 11,2% da matriz, ficando agora atrás apenas da fonte hídrica, com 51,3% — ocorre em meio a um forte crescimento na esteira de incentivos econômicos à instalação de usinas fotovoltaicas de pequeno a grande porte, haja vista os menores custos da fonte e seus benefícios ambientais.

No ano passado, a capacidade instalada de energia solar no país expandiu mais de 60%, sendo que, nos últimos meses, o ritmo de crescimento tem sido de praticamente 1 GW por mês.

De acordo com a Absolar, os 23,9 GW estão distribuídos em 16 GW de geração distribuída — usinas de pequeno porte, como fachadas e telhados solares em residências e comércios — e 7,9 GW de geração centralizada — grandes empreendimentos, que vendem energia tanto para o mercado regulado quanto livre.

“A tecnologia (solar) ajuda a diversificar a matriz elétrica do país, aumentar a segurança de suprimento, reduzir a pressão sobre os recursos hídricos e proteger a população contra mais aumentos na conta de luz”, afirmou o CEO da Absolar, Rodrigo Sauaia, em nota.

A solar vira a segunda fonte mais representativa da matriz brasileira enquanto se prepara para mudanças importantes nas regras à modalidade de geração distribuída, principal propulsora de seu crescimento nos últimos anos.

Em 6 de janeiro, se encerra o prazo para que consumidores entrem com pedidos junto às distribuidoras de energia para conectar seus sistemas de micro e minigeração de energia e garantir isenção de taxas pelo uso da rede de distribuição. O setor chegou a tentar articular uma extensão desse prazo através de um projeto de lei — a iniciativa chegou a ser aprovada na Câmara, mas não foi apreciada a tempo no Senado.

Fonte: CNN Brasil

SANEAMENTO: GOVERNO VAI CORRIGIR CONFUSÃO DE NORMAS E MANTER REGULAÇÃO DO SETOR COM A ANA

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Atos publicados no domingo vincularam agência a dois ministérios diferentes e provocaram confusão sobre seu papel

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve corrigir a confusão de normas que deixou o setor de saneamento apreensivo neste início de governo. Como mostrou o Estadão/Broadcast, atos publicados no domingo (1º) vincularam a Agência Nacional de Águas e Saneamento (ANA) a dois ministérios, além de haver um decreto que contraria a legislação vigente sobre a missão do órgão de editar normas de referência para o segmento de água, esgoto e resíduos.

Dentro do governo, a situação foi atribuída a um equívoco, tanto na parte que duplicou a vinculação da ANA quanto nos textos que mexem no papel de regulação do saneamento. Segundo apurou o Broadcast, por ora, a tendência é de que, na correção, o Poder Executivo mantenha neste momento a ANA com a missão de editar as normas de referência para o segmento de água, esgoto e resíduos, conforme prevê o Marco Legal do Saneamento.

Para isso, Lula terá de corrigir o decreto de estrutura do Ministério das Cidades e um dos pontos da Medida Provisória 1154/2023, de reformulação dos ministérios. O texto da MP alterou o artigo 3º da lei de criação da ANA, retirando do nome da agência a menção a saneamento, além de excluir a redação dada pelo marco legal de que cabe à agência instituir normas de referência para a regulação dos serviços de saneamento – um dos principais pilares da lei em vigor desde 2020.

Em outra frente, o decreto sobre o Ministério das Cidades, recriado por Lula, atribuiu esse papel à Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental da pasta. O Broadcast antecipou em dezembro a existência de articulação do governo de transição para retirar da ANA o papel de editar as normas de referência, repassando esse trabalho ao Ministério das Cidades, o que causou a reação de especialistas.

Apesar das alterações trazidas no decreto e na MP, que vão na linha das sugestões feitas pelo GT de Cidades na transição, o governo Lula não revogou os artigos do Marco Legal do Saneamento que atribuem essa missão à ANA. A situação gerou incertezas no setor: se, depois dos atos, o petista penderia a mexer na legislação, avançando com alguma nova MP para alterar o marco legal, ou se corrigiria o decreto e a MP que contrariam a lei em vigor. A tendência é de que Lula corrija os textos mantendo com a ANA o papel de editar as normas de referência.

No mês passado, após ser anunciado como ministro da Casa CivilRui Costa (PT) indicou que o governo Lula poderia trabalhar em alterações no marco legal, mas vinculou eventuais mudanças a um diálogo prévio com o setor – o que ainda não ocorreu. Ontem, diante da publicação de atos que se contradiziam, fontes classificaram os textos como uma “lambança” que precisaria ser revisada pelo governo, uma vez que gera desde já insegurança jurídica ao mercado.

Fonte: Estadão

METRÔ E CPTM TERÃO PRESIDENTES CONTRATADOS NO MERCADO

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Governador eleito Tarcísio de Freitas usará serviço de empresa de headhunter para encontrar profissionais com perfil para assumir direção das duas companhias

O governador eleito Tarcício de Freitas (Republicanos) usará de um recurso incomum para escolher os novos presidentes do Metrô e da CPTM. Segundo informou à colunista Bela Megale, do jornal O Globo, o novo mandatário estadual contratará uma empresa de headhunter para buscar profissionais no mercado para preencher os cargos.

Atualmente, as duas companhias estaduais que operam parte da malha sobre trilhos são comandadas por Silvani Pereira (Metrô) e Pedro Moro (CPTM), que deixarão seus postos no final de dezembro.

Moro já atuava na CPTM na diretoria financeira e também trabalhou no Metrô, já Silvani vinha de passagens por vários órgãos federais como assessor do gabinete da Presidência da Caixa e secretário de Saúde e Gestão Estratégica e Desenvolvimento Econômico e Social no estado do Sergipe. Pereira foi ainda o Secretário Nacional de Políticas Públicas do Ministério do Trabalho, além de participar de vários conselhos de administração de empresas como Trensurb e CBTU.

Antes deles, a posição de presidente dessas companhias foi ocupada por funcionários de carreira ou então indicados políticos.

A busca por profissionais no setor privado é outra sinalização de mudanças profundas na gestão do transporte público estadual. Em recente presença em evento promovido por organizações ligadas à construção civil e o mercado imobiliário, Tarcísio indicou a intenção de criar uma nova secretaria, de Desenvolvimento Urbano, que surgirá da fusão das secretarias de Habitação e Transportes Metropolitanos, esta última responsável pelo Metrô e a CPTM.

Para preencher os cargos, no entanto, o futuro governador só poderá oferecer um salário mensal máximo semelhante ao seu, de R$ 34,6 mil, valor que foi majorado recentemente pela Assembleia Legislativa – anteriormente ele era de R$ 23 mil. Resta saber se haverá profissionais dispostos a receber menos do que na iniciativa privada.

Até o momento, o novo governador (que assumirá no dia 1º de janeiro) não indicou o nome do futuro secretário da pasta que comanda as duas companhias de trens.

Fonte: Metro CPTM

PREFEITURA DO RIO BATE MARCA HISTÓRICA DE LIMPEZA DE CANAIS

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A Fundação Rio-Águas, vinculada à Secretaria Municipal de Infraestrutura, retirou neste ano mais de 371 mil toneladas de material do fundo dos rios da cidade, o que representa mais de 30.900 caminhões basculantes cheios, considerando caminhões de capacidade para 12 toneladas. A marca histórica foi atingida em novembro deste ano. O montante é o maior desde 2013, quando a série passou a ser monitorada.

Em quilômetros de rios limpos e canais desobstruídos, a extensão pode ser traduzida em mais de 82 km de rios beneficiados, somente até novembro deste ano. De janeiro de 2021 a dezembro de 2022, a meta era limpar 122 km de canais do município, alvo ultrapassado em setembro deste ano, com um acumulado de mais de 123 km de rios e canais limpos, desassoreados e desobstruídos.

Até novembro, pelo menos 112 rios da cidade receberam serviços de limpeza e desassoreamento. São cursos d’água como os rios Maracanã e Joana, na Tijuca; Canal do Mangue, no Centro; Rio Comprido, no Rio Comprido; rios Grande e Covanca, em Jacarepaguá; Rio das Pedras, na Comunidade Rio das Pedras; Piraquara, em Realengo; e Canal das Taxas, no Recreio dos Bandeirantes, entre outros. Um dos canais que recebe limpeza, no momento, é o Canal do Cascalho, em Vargem Grande.

Os investimentos em manutenção e desassoreamento de canais quase triplicaram em relação ao ano passado. Em 2021, os investimentos foram da ordem de R$ 11,6 milhões. Já neste ano os números saltaram para R$ 32,4 milhões, o que inclui os contratos de manutenção de rios das três bacias hidrográficas e os específicos dos canais da Rocinha e do Jardim Maravilha, além de trabalhos, por contratos específicos, para grandes rios e canais da cidade, como Rio Grande, que já foi concluído; Canal de São Fernando, em conclusão; Rio Acari, Canal de Sernambetiba e Rio Morto e do Itá, que continuarão em execução no ano que vem.

Plano Verão 2022-2023

No âmbito do Plano Verão, a Fundação Rio-Águas executa 25 obras de infraestrutura na cidade, que contribuirão para reduzir alagamentos e eliminar pontos críticos de drenagem, das quais 15 já foram concluídas.

Das dez obras que estão em andamento, pode-se citar o primeiro pacote de obras de Jardim Maravilha, em Guaratiba; as intervenções na Comunidade do Rollas, em Santa Cruz; em Vila Ieda e na Avenida Paulo Afonso, em Campo Grande; e a retomada da canalização do Rio Tindiba.

Fonte: Prefeitura do Rio de Janeiro

ITAÚ UNIBANCO INTEGRA CARTEIRA DOS PRINCIPAIS ÍNDICES DE SUSTENTABILIDADE DO BRASIL E DO MUNDO

Banco foi selecionado pelo 23º ano consecutivo para compor o Dow Jones Sustainability World Index (DJSI World); no Brasil, entrou no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3 pela 18ª vez

O Itaú Unibanco, maior banco privado da América Latina, foi selecionado para compor em 2023 dois dos principais índices de sustentabilidade corporativa: o Dow Jones  Sustainability World Index (DJSI World), e o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3 . Essa é, respectivamente, o 23º e 18º anos consecutivos que a instituição faz parte dos índices, o que demonstra a consistência de sua agenda ESG .

Nesta edição do DJSI World, o Itaú Unibanco foi a instituição com a melhor nota entre os bancos nacionais e o sexto mais bem avaliado entre bancos de todo o mundo.

Além disso, há mais de duas décadas nesta carteira, o Itaú Unibanco é o único banco latino-americano a fazer parte desse importante índice de sustentabilidade ininterruptamente desde a sua criação, em 1999.

O que é o DJSI?

O DJSI World, indexado à Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), é uma referência para os investidores.

O índice é composto por 332 companhias líderes globais em sustentabilidade, representando 13% das empresas com melhor avaliação em fatores econômicos, ambientais e sociais entre as 2.480 que submeteram suas respostas para avaliação.

Essas 332 companhias são representativas de 24 setores econômicos em 32 países das Américas, Europa, Ásia, África e Oceania. Entre elas, apenas 8 são brasileiras e 25 do setor bancário.

O que é o ISE, índice da B3?

O Itaú Unibanco também foi selecionado para compor, pelo 18º ano consecutivo, a carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3.

Criado em 2005 pela B3, o ISE reflete o retorno de uma carteira composta por ações de empresas com os melhores desempenhos em diferentes dimensões que medem a sustentabilidade empresarial.

É uma ferramenta para análise comparativa da performance das empresas listadas na B3 sob o aspecto da sustentabilidade corporativa.

Para Renato Lulia Jacob, diretor de Relações com Investidores e Inteligência de Mercado do banco, “a participação nestes índices reflete o compromisso de longo prazo do Itaú Unibanco com a sustentabilidade, por meio da combinação da nossa tradição nesta agenda com um trabalho assíduo de integração de tendências ESG nos nossos negócios.”

Fonte: Inteligência Financeira 

PRIMEIROS DECRETOS DE LULA MUDAM REGRAS SOBRE DESARMAMENTO E MEIO AMBIENTE

Os primeiros decretos e medidas provisórias do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), assinados neste domingo (1º/1), foram publicados nesta segunda-feira (2/1) no Diário Oficial da União.

Além de nomear seus 37 novos ministros, o petista recriou o Bolsa Família com o valor de R$ 600, alterou regras sobre armamento e meio ambiente e determinou a reavaliação dos sigilos impostos por seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL).

Por outro lado, duas MPs com temas econômicos já foram anunciadas, mas ainda não publicadas: o aumento do salário mínimo para R$ 1.320 e a prorrogação da isenção de impostos federais sobre combustíveis por mais 60 dias.

Política de desarmamento
Um dos decretos assinados por Lula muda as regras sobre acesso a armas de fogo. Com isso, ficam revogadas diversas medidas facilitadoras decretadas por Bolsonaro no início de seu mandato.

O novo ato suspende registros de aquisição e transferência de armas e munições de uso restrito para colecionadores, atiradores desportivos e caçadores (CACs) até que entre em vigor uma nova regulamentação do Estatuto do Desarmamento. O mesmo vale para a renovação de registros.

Quanto às armas e munições de uso permitido, o decreto restringe as quantidades possíveis de serem compradas. Também ficam suspensas as concessões de novos registros de CACs, clubes e escolas de tiro.

O texto também proíbe CACs de transportar armas carregadas. Além disso, quem responder a inquérito policial ou ação penal por crime doloso deverá entregar sua arma de fogo à Polícia Federal ou ao Exército, ou transferi-la para terceiro, em até 30 dias.

Meio ambiente
Na área ambiental, Lula restabeleceu os planos de ação para prevenção e controle do desmatamento em todos os biomas brasileiros, a partir da instituição de uma Comissão Interministerial Permanente.

O novo presidente também retomou o Fundo Amazônia, que financia projetos contra a degradação do bioma. O mecanismo está parado desde abril de 2019, quando Bolsonaro extinguiu comitês e conselhos federais que o compunham. Em novembro do último ano, o Supremo Tribunal Federal determinou a reativação do fundo em até 60 dias.

Além disso, foi revogado o decreto que instituía o Programa de Apoio e a Comissão Interministerial para o Desenvolvimento da Mineração Artesanal e em Pequena Escala. A equipe de Lula considerou que a medida, adotada por Bolsonaro, facilitava o garimpo ilegal em terras indígenas e áreas de proteção ambiental

O petista ainda alterou disposições sobre a composição do Conselho Deliberativo do Fundo Nacional do Meio Ambiente, que busca financiar a política ambiental nacional; mudou regras sobre o processo de apuração de infrações e sanções administrativas ao meio ambiente; e determinou, em despacho, que o Ministério do Meio Ambiente elabore uma nova proposta de regulamentação do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).

Outros temas
Em despacho à Controladoria-Geral da União, Lula ordenou a revisão, em até 30 dias, dos sigilos de cem anos impostos por seu antecessor a diversos documentos.

Entre os temas protegidos estão a carteira de vacinação de Bolsonaro; os crachás de acesso de seus filhos ao Palácio do Planalto; a investigação da Receita Federal contra o filho mais velho, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ); e o processo interno do Exército sobre a participação de Eduardo Pazuello — ex-ministro da Saúde e atual deputado federal pelo PL do Rio de Janeiro — em uma manifestação ao lado do ex-presidente quando ainda estava na ativa como general.

Lula também determinou que seus ministros encaminhem propostas para retirar a Petrobras, os Correios e a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) do programa de privatizações do governo federal.

Outro despacho determinou à Secretaria-Geral da Presidência a elaboração de uma proposta para recriação do Programa Pró-Catador, que buscava fomentar a organização de catadores de materiais recicláveis, melhorar suas condições de trabalho, ampliar oportunidades e expandir a coleta seletiva de lixo.

Na área da educação, Lula revogou um decreto de Bolsonaro que incentivava a criação de escolas e classes especializadas para pessoas com deficiência. O STF já havia suspendido a medida em 2020, com a justificativa de que tal política contraria o modelo de inclusão na rede regular de ensino.

Por fim, Lula revogou atos de Bolsonaro que extinguiam e traziam diretrizes, regras e limitações para colegiados da administração pública federal. A equipe do petista concluiu que as regras impediam a participação social na definição de políticas públicas e limitavam a atuação dos órgãos de governo.

Fonte: Revista Consultor Jurídico

ESTUDO DO TRATA BRASIL APRESENTA OS GANHOS SOCIOECONÔMICOS COM A UNIVERSALIZAÇÃO DO SANEAMENTO

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O acesso à água potável e ao esgotamento sanitário resultaria em benefícios na ordem de R$ 1,4 trilhões

A partir do Marco Legal do Saneamento Básico (Lei Nº 14.026/2020), o país estipulou metas para a universalização dos serviços básicos. No documento, está definido que 99% da população brasileira deverá ter acesso a água potável e 90% dos habitantes precisarão ser atendidos com esgotamento sanitário até 2033. Alcançar essa meta resultaria em diversos ganhos sociais, econômicos e ambientais, como ilustra o estudo ‘Benefícios Econômicos e Sociais da Expansão do Saneamento Brasileiro 2022’, divulgado pelo Instituto Trata Brasil, em parceria com a consultoria EX ANTE.

Em menos de 20 anos, o Brasil pode gerar cerca de R$ 1,4 trilhão em benefícios socioeconômicos, melhorando a área da saúde e da educação, o aumento da produtividade do trabalho, além de fomentar o turismo e a valorização ambiental. Com os custos descontados, os benefícios líquidos seriam na ordem de R$ 815,7 bilhões.

Tabela 1: Benefícios Econômicos com a Expansão do Saneamento até 2040

Tabela

Descrição gerada automaticamente

Como se sabe, o acesso ao saneamento impacta diretamente a área da saúde e a melhoria nos serviços básicos resultaria na diminuição de internações e óbitos por doenças de veiculação hídrica. Entre 2021 e 2040, estima-se que a economia total com a melhoria das condições de saúde da população brasileira seja de R$ 25,1 bilhões (a valores presentes), o que resultaria em um ganho anual de R$ 1,25 bilhão.

Outro benefício advindo da universalização dos serviços de água e esgotamento sanitário seria o aumento da produtividade e da remuneração do trabalho. Estima-se que a universalização do saneamento no país deve expandir a produtividade do trabalho de maneira expressiva nesses vinte anos, ou seja,  o aumento de renda do trabalho esperado seria de R$ 438 bilhões (também a valores presentes), trazendo um  ganho anual de quase R$ 22 bilhões. 

Em termos de renda imobiliária, estima-se que o ganho para os proprietários de imóveis que alugam ou que vivem em moradia própria alcance R$ 2,4 bilhões por ano no país, um ganho a valor presente de R$ 48 bilhões entre 2021 e 2040. 

Analisando o setor do turismo, a balneabilidade adequada das praias, a despoluição dos rios e córregos e também a oferta universal de água tratada são essenciais para o pleno exercício de umas das atividades econômicas mais importantes para o país. Com a expansão do saneamento, a expectativa de ganhos de renda atrelados à cadeia do turismo no Brasil é da ordem de R$ 4 bilhões por ano. No acumulado do período de 2021 a 2040, o valor presente dos ganhos no turismo atingiria aproximadamente R$ 80 bilhões no país. 

Além disso, espera-se também um movimento crescente de geração de emprego durante a fase de expansão das redes em um patamar de 1 milhão de postos de trabalho no país. Desta forma, o relatório feito pelo ITB aponta que a universalização deixará um legado para a sociedade brasileira, ocasionando o  bem-estar da população a partir do acesso digno aos serviços saneamento básico.

Fonte: Trata Brasil

SPTRANS LICITA ESTUDOS E LICENCIAMENTO AMBIENTAL PARA IMPLANTAR CORREDORES DE ÔNIBUS NA ZONA SUL

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Corredor Norte Sul ligará o Terminal Bandeira até Interlagos, conforme consta no projeto

A Prefeitura de São Paulo, por meio da SPTrans, está licitando estudos e licenciamento ambiental para implantar corredores de ônibus na Zona Sul. Assim, o corredor Norte Sul ligará o Terminal Bandeira até Interlagos, conforme consta no projeto.

O processo licitatório teve início em 25 de novembro de 2022. De acordo com a SPTrans, os estudos e o licenciamento são para os futuros corredores Miguel Yunes, Sabará e Norte Sul.

Os corredores Miguel Yunes e Sabará atenderão a população dos distritos de Santo Amaro, Campo Grande e Pedreira, onde se integrará ao futuro Aquático SP.

Por sua vez, o corredor Norte Sul ligará o Terminal Bandeira até Interlagos. Deve passar por vias importantes da cidade como as avenidas 23 de Maio, Rubem Berta, Moreira Guimarães e Washington Luís.

Os editais estão disponíveis no link. O recebimento das propostas está agendado para o dia 31 de janeiro de 2023, quando os envelopes serão abertos.

De acordo com a SPTrans, “quando construídos, os novos eixos de transporte levarão viagens mais rápidas”.

Corredores e faixas exclusivas

Segundo a SPTrans, a cidade de São Paulo possui mais de 560 km de faixas exclusivas para ônibus. Além disso, são mais de 130 km de corredores de ônibus. Ou seja, espaços exclusivos para o transporte coletivo.

Os principais corredores são o Expresso Tiradentes, o Leste-Itaquera, além do Paes de Barros, Ponte Baixa e Berrini.

Outros corredores são Jardim Ângela / Guarapiranga / Santo Amaro; Inajar / Rio Branco / Centro; Itapecerica / João Dias / Santo Amaro; Campo Limpo / Rebouças / Centro; Pirituba / Lapa / Centro; Parelheiros / Rio Bonito / Santo Amaro; Santo Amaro / 9 de Julho / Centro; José Diniz / Ibirapuera / Santa Cruz; e Ponte Baixa.

Além disso, a SPObras está desenvolvendo os projetos de requalificação de 30 quilômetros de corredores de ônibus. Assim, serão feitas obras em cinco corredores de alta demanda.

São eles o corredor Imirim (trecho entre a Av. Deputado Emílio Carlos e Alameda Afonso Schimidt), na zona Norte; Amador Bueno da Veiga (trecho entre a Praça Micaela Vieira e Rua Embira, na zona Leste; Itapecerica (trecho entre o Terminal João Dias e o Terminal Capelinha) na zona Sul; Santo Amaro/João Dias, na zona sul; e Interlagos, também na zona sul. Após concluída a etapa de projetos, as obras serão licitadas.

De acordo com a Prefeitura, no total, R$ 312,5 milhões serão destinados para os projetos, serviços ambientais e obras. O objetivo é facilitar o trajeto dos ônibus. Assim, as obras incluem com reforço na pavimentação, nova rede semafórica inteligente, iluminação e sinalização novas e reforma das paradas de ônibus.

“Todas as melhorias previstas visam o aumento da velocidade média dos ônibus, a redução dos custos operacionais”, informou a Prefeitura, em nota. “Além de proporcionar mais segurança e conforto aos passageiros”, acrescentou.

Fonte: Mobilidade Estadão

PLANEJAMENTO OPERACIONAL GARANTE REGULARIDADE DO TRANSPORTE DE PASSAGEIROS

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Trabalho realizado por algoritmos é capaz de refazer em minutos o que levaria ao menos dois dias da forma convencional

A forma mais eficiente de manter a regularidade no transporte público passa pelo planejamento operacional. Esse trabalho de conciliar os veículos com os condutores em diferentes horários de circulação é realizado por softwares. Eles são capazes de refazer em poucos minutos, com a ajuda de algoritmos, o que uma pessoa levaria ao menos dois dias para resolver em caso de imprevistos comuns, como uma nova obra no trajeto ou o afastamento de um motorista. Isso mantém a regularidade na oferta de transporte.

André Vieira, diretor comercial da israelense Optibus, conta como está ocorrendo a implantação dos serviços da empresa nos corredores de ônibus (BRT) de Sorocaba (SP), onde há 70 veículos distribuídos por 16 linhas, transportando 53 mil passageiros por dia.

“Antes, a organização era feita em planilhas de Excel. O projeto piloto realizado pela Optibus nos corredores trouxe ganho de desempenho e economia de recursos. Conseguiu reduzir a quilometragem ociosa, as horas extras e replanejou o sistema”, garante Vieira. A Optibus existe desde 2014. No Brasil já soma 40 clientes e seus serviços são utilizados em frotas de cinco capitais.

Formas coloridas indicam ônibus e sentido no trajeto. Dupla pegada é a jornada do motorista com intervalo. Fotos Optibus/Divulgação

Segundo a empresa, o corredor de Sorocaba passará a ter alterações automatizadas. Isso vai aumentar a previsibilidade para todas as equipes envolvidas e, claro, para os passageiros, já que a plataforma ajuda na programação das rotas, na frequência ideal das viagens, na agenda dos motoristas e permite medir os resultados obtidos a partir de informações que confrontam, por exemplo, o tempo total de trabalho dos motoristas com o tempo efetivo de condução. A implantação estará concluída em março de 2023.

Software a favor do transporte

Wan Chih, diretor de negócios da catarinense WPlex, conta que o tempo parado nos pontos finais costuma responder por 20% a 30% do total da operação. “A parada de cinco minutos para o motorista ir ao banheiro pode se estender para 20 minutos ou meia hora. Com o planejamento adequado, os ônibus passam a realizar mais viagens e é possível reduzir esse tempo parado para 10%”, garante.

A WPlex foi criada em 1999. Os bons resultados mantêm alguns clientes desde o surgimento da empresa. “O retorno é certo. Um trabalho convencional, feito no Excel, costuma ter muitos erros. Com um software dotado de algoritmos você evita falhas com estas, que que têm custo alto.” A WPlex atende cerca de 60 empresas de 30 cidades. São 12 mil ônibus transportando 4 milhões de passageiros por dia, aproximadamente.

Wan Chih é um dos fundadores da empresa. A experiência no segmento vem da antiga Companhia Municipal de Transportes Coletivos (CMTC), onde conseguiu o primeiro emprego. “Lá eu desenvolvi uma metodologia [de planejamento operacional] em papel milimetrado”, recorda. Segundo Chih, Jânio Quadros, em seu segundo mandato como prefeito de São Paulo (de 1986 a 1988), fez com que outras empresas de ônibus da cidade implantassem o método. Ainda de acordo com o executivo, a criação da WPlex ocorreu no fim dos anos 1990 por causa do maior acesso aos computadores naquele período.

Outra especialista em planejamento operacional é a espanhola Goal Systems, empresa de 30 anos que atua há dez no Brasil. “Nosso histórico mostra economia de 4% a 15% no custo da operação”, garante Romano Garcia, diretor comercial da companhia para a América Latina. A Goal Systems atua no BRT do Rio de Janeiro e de outras capitais como Florianópolis (SC), Salvador (BA) e Belo Horizonte (MG).

Goal Systems usará experiência europeia no planejamento operacional da CPTM. Foto: CPTM/Divulgação

Também está no sistema TransMilênio de Bogotá, na Colômbia (com mais de 13.000 veículos) e no Transantiago, no Chile (mais de 7.000 ônibus). A experiência com o transporte sobre trilhos obtida na Espanha e outros países europeus garantiu a participação no metrô do Rio de Janeiro e agora na implantação do sistema na Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

A Goal fará o planejamento operacional de cinco linhas. “É uma operação gigante. São cerca de 2 milhões de passageiros por dia, 140 trens e pelo menos 1.200 maquinistas. O trabalho tem de levar em conta quedas de energia, alagamentos e de alguma forma fazer o replanejamento”, garante Garcia.

Serviço por assinatura

As três empresas oferecem sistemas do tipo SaaS (do inglês Software as a Service), hospedados em nuvem e pagos como uma assinatura mensal. Para todos eles o cliente só precisa em tese de um computador com acesso à internet, não é necessária a instalação de equipamentos nos veículos ou garagens. Mas o controle efetivo das frotas só ocorre quando cada unidade recebe um localizador GPS. “Essa é a forma de aproximar a curva do trabalho previsto à do trabalho realizado”, admite Romano Garcia, da Goal Systems.

O executivo garante: “Poucas tecnologias se pagam tão facilmente.” Segundo ele, o retorno obtido vai de duas até cinco vezes o valor investido. Tanto a Goal como a WPlex costumam atender frotas com a partir de 50 veículos. A Optibus não estabelece um limite mínimo.

Fonte: Mobilidade Estadão