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MAS AFINAL O QUE É GOVERNANÇA?

Tenho percebido nos últimos tempos que o uso das teorias de governança ganhou espaço em diversas áreas. Por isso resolvi escrever este artigo.

A proposta aqui é trazer alguns conceitos, mas também esclarecer o que é governança, o que é governança colaborativa e como ela pode contribuir no processo de desenvolvimento de Smart Cities e Destinos Turísticos Inteligentes.

Então vamos lá!

As organizações e os mercados se encontram em constante transformação setorial, com mudanças que acontecem ao longo do tempo e que atingem todos os atores envolvidos no processo de co-evolução (KAMP; FORN, 2016).

Para lidar com essas transformações, vivenciamos processos de transições, tais como as mudanças estruturais em subsistemas sociais como fornecimento de energia, habitação, mobilidade, agricultura, saúde, entre outros (GEELS, 2002), as políticas multi-atores são fundamentais para a definição de objetivos e metas coletivas a longo prazo.

São esses sistemas sociais que, por meio de estruturas criadas, evidenciam a necessidade do gerenciamento das transições e a “construção de uma agenda que estabeleça os caminhos para experimentação, inovação, adaptação, avaliação, reflexão, difusão e aprendizado” (LOORBACH, 2007, p. 88).

Sendo assim, a definição de governança é composta por várias visões, entre elas a que define que ela pode ser entendida como um conjunto de redes organizadas, referindo-se à gestão de redes que se auto-organizam (MILANI; SOLINS, 2002).

Os conhecidos: orçamentos participativos e conselhos de representantes municipais, são exemplos de governança no universo de parcerias e gestões compartilhadas que envolvem diferentes agentes e atores.

Pode-se compreender governança como a cooperação e o compartilhamento de responsabilidades entre o setor público, o setor privado, e o terceiro setor na implantação e implementação de políticas públicas (GUARDIA, 2020). Sua construção é um processo onde atores sociais colocam em jogo suas estratégias individuais e coletivas, sendo capazes de integrar suas diferenças, estruturando coalizões dentro de processos específicos por meio de ações coletivas (MOREIRA; TELES, 2007).

Entre os papeis da governança colaborativa, segundo Loorbach, estão: administrar adversidades e incertezas, heterogeneidade e as possibilidades dentro da sociedade. Também é papel da governança colaborativa identificar e induzir mudanças a longo prazo.

Nas últimas duas décadas, novos formatos e estratégias de governança foram desenvolvidas para lidar com as complexidades do mundo contemporâneo.

A governança no turismo está organizada em instâncias locais e regionais como uma maneira de administrar parcerias, unicidade de ações e tomada de decisões coletivas sobre assuntos que envolvem a gestão de conflitos de interesses e que “tratam de impulsionar processos de inovação social, de fortalecimento dos atores mais frágeis do sistema e a mudança das dinâmicas turísticas que geram impactos negativos” (VELASCO-GONZÁLEZ, 2014, p. 19).

Fica evidente então a importância da governança para o desenvolvimento de Smart Cities e também dos Destinos Turísticos Inteligentes, afinal a cooperação dos atores ajuda a reduzir as dúvidas, aumentando a eficiência nas ações políticas e enfrentar as pressões externas. Baseia-se em critérios de confiança e reciprocidade elevando a uma lógica da cooperação para atingir um objetivo comum. O processo precisa ser autônomo, voluntario e altamente dinâmico (COUTINHO; NÓBREGA, 2019).

Por: Angelica Molteni Paixão

Com informações da Assessoria de Imprensa

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