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GENTILEZAS URBANAS, QUALIDADE DE VIDA E O PAPEL DA INICIATIVA PRIVADA

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Mecanismos para melhorar a qualidade de vida nas cidades: das grandes intervenções públicas às pequenas – e fundamentais – responsabilidades da iniciativa privada

O crescimento exponencial das cidades ao redor do mundo tem imposto novas complexidades para a promoção de qualidade de vida para seus moradores. O tema já é largamente debatido, e inúmeras soluções são propostas e aplicadas, porém o caminho ainda parece desafiador. Quando pensamos nas cidades brasileiras então, a questão se torna ainda mais preocupante.

Já é consenso que o objetivo finalístico das cidades e de seus empreendimentos deva ser a qualidade de vida das pessoas, ainda que a definição deste conceito possa ser bastante incerta e condicionada ao comportamento e cultura de cada local. A tropicalização e regionalização das medidas no âmbito urbano e imobiliário para o alcance deste objetivo são, portanto, imprescindíveis. Neste contexto, surgem pequenas intervenções e ações locais capazes de ganhos relevantes para suas populações, as chamadas ‘gentilezas urbanas’.

Gentilezas urbanas
Imagem: Parklet no Bairro do Butantã, São Paulo – Site Prefeitura de São Paulo/Divulgação

Gentileza Urbana é uma responsabilidade compartilhada

Termo de autoria incerta, mas comumente atribuído a José Datrino (1917 – 1996), o Profeta Gentileza[i], ‘gentileza urbana’ corresponde, segundo o IAB (Instituto dos Arquitetos do Brasil), a iniciativas que favorecem o urbanismo e o paisagismo público, implantadas por empresas e empreendedores, ou seja, pela iniciativa privada.

Imagem: Pilastra do Viaduto do Gasômetro – Prefeitura do Rio de Janeiro/Divulgaçã

Ainda que o papel do poder público contemple a complexa atribuição de gerir e ordenar o espaço urbano, também comporta ações e implantações de elementos que promovam maior qualidade de vida a seus cidadãos.

Este papel tem sido bastante presente em iniciativas de vanguarda no planejamento urbano ao redor do mundo, desde os espaços público projetados pelo arquiteto Jan Gehl em Copenhagen, chegando a projetos ambiciosos, como a Paris de 15 minutos e as superquadras de Barcelona. Nestes projetos ocorrem intervenções de impacto urbano, mas que também apresentam soluções singelas – e pouco custosas – que podem ser adaptadas e replicadas por empreendedores imobiliários e outros agentes da iniciativa privada.

Grandes ou pequenos detalhes importam

No Brasil, tais exemplos já podem ser vistos em alguns lugares. Projetos imobiliários de grande porte, como o desenvolvimento de bairros planejados, tem sido pensados e desenvolvidos com um olhar muito mais cuidadoso, alinhado com conceitos modernos do Novo Urbanismo.

A Cidade Pedra Branca, por exemplo, um dos precursores deste novo modelo de urbanização em solo brasileiro, oferece calçadas largas, mobiliário urbano funcional e atraente, ruas acalmadas, conexão dos espaços privados com o espaço público. Diversos outros projetos de destaque também disponibilizam soluções nesta linha.

Imagem: Cidade Pedra Branca – Google Street View/Divulgação

No entanto, o dia a dia das pessoas também pode ser impactado por pequenos detalhes, pequenas intervenções como já visto anteriormente. O zoom local passa a ter uma representatividade similar na promoção da qualidade de vida, e é aqui que os empreendimentos imobiliários aparecem, independentemente de seu porte.

Até mesmo na rua da minha casa pode-se notar um pequeno cuidado que os empreendimentos podem ter no desenvolvimento de seus projetos. As duas imagens abaixo ilustram as calçadas dos dois lados da rua: de um lado, uma calçada estreita que obriga o pedestre a competir pelo espaço com postes e lixeiras; do outro, ainda que a calçada em si possua largura similar, o jardim oferecido pelo condomínio residencial (construído em 1978!) permite melhor distribuição do espaço, promovendo uma percepção de amplitude e proximidade com o verde.

Imagens: (1) Rua com calçadas antagônicas; (2) Compartilhamento de livros; Integração de espaços privados com espaços públicos: (3) parklet – Leandro Begara/Divulgação

Empreendedor, é hora de agir

Fica muito claro que a responsabilidade de promover uma cidade mais humana, mais agradável e gentil deve ser atribuída a todos os entes públicos e privados. Os empreendedores imobiliários, como agentes fundamentais na construção das cidades, devem assumir sua parcela e pensar seus projetos também como um legado, com grande apelo mercadológico e chamariz comercial.

Para tanto, conte com a Urban Systems para avaliar os desejos do público local e oferecer pequenas gentilezas urbanas que agregarão enorme valor a seus projetos.

[i] O ‘Profeta Gentileza’ recebeu esta alcunha por suas iniciativas de espalhar intervenções, mensagens positivas e críticas sociais nas pilastras do Viaduto do Gasômetro, no Rio de Janeiro.

Conteúdo elaborado por Leandro BegaraDiretor de Inteligência de Mercado da Urban Systems

Fonte: Urban Systems

DURANTE O MÊS DA MOBILIDADE, UNIÃO DO SETOR DE ELETRIFICADOS MOSTRA RESULTADO COM RECORDE DE VENDAS

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Pesquisa aponta que os brasileiros manifestam maior interesse por carros elétricos, micromobilidade e tecnologia em níveis superiores ao de consumidores de outros países

O setor de mobilidade brasileira, de eletrificados e de micromobilidade vem mostrando eficiência em suas ações. Em setembro deste ano, por exemplo, em que se comemorou “o mês da mobilidade”, bem como, o Dia Mundial do Veículo Elétrico Compartilhado, o segmento de carros elétricos e híbridos foi o que teve o maior crescimento nas vendas no setor automotivo no mês passado. Houve alta de 19,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores).

Isso se deve a toda a mobilização realizada pelos setores, empresas e players que estão há anos inovando e buscando implementar novas formas de pensar a mobilidade em nosso país, com a realização de eventos e campanhas para debater e discutir as novidades, bem como, apresentação para a sociedade de quais os novos caminhos a serem trilhados. Além disso, também se deve ao crescente e eficiente trabalho realizado pelo setor tech da mobilidade, principalmente pelas startups, que a cada dia aumentam o alcance das inovações implementadas pelo mercado.

Brasileiros manifestam maior interesse pela Mobilidade Elétrica

Recentemente, a McKinsey & Company divulgou um levantamento que mostrou que os brasileiros manifestam maior interesse por carros elétricos, micromobilidade e tecnologia em níveis superiores ao de consumidores de outros países. Ela revelou que há um grande interesse por soluções como assinatura de veículos eletrificados e micromobilidade.

De acordo com pesquisa, 70% dos entrevistados consideram aderir a serviços de assinatura de veículos, principalmente, devido à possibilidade de explorar diferentes tipos de soluções de mobilidade (21%) e por conta de uma possível redução nos custos totais de propriedade (18%), uma vez que não seria necessário adquirir os veículos eletrificados, pagando apenas pelo seu uso.

Também vejo as parcerias das startups e players do setor como de grande importância para chamar a atenção dos responsáveis públicos para o assunto, assim como para a regulamentação do mercado de crédito de carbono, já que, segundo a Ecosystem Marketplace (EM), o valor das transações do mercado que não precisa de regulação, chegou próximo de US$ 2 bilhões em 2021, número quatro vezes maior que o registrado no ano anterior. E para a consultoria global McKinsey, o segmento pode chegar a US$ 50 bilhões em valor até 2030.

Dados como este destacam a importância dos debates sobre o tema e da criação de políticas para o fomento do segmento, principalmente referente a metas para serem alcançadas muito em breve, já que, apesar de o Brasil ser um país cheio de dores, quando falamos em novas formas de se locomover nas cidades, não estamos parados, o mercado está se conectando, criando soluções e abrindo muitas oportunidades para empreendedores e empresas trabalharem pelo mesmo propósito, com parcerias e tecnologias inovadoras.

Fonte: startupi

A NOVA DIPLOMACIA AMBIENTAL E O TRANSPORTE SUSTENTÁVEL

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Fim dos desmatamentos deve fazer parte de uma estratégia nacional de eletromobilidade

O convite do presidente do Egito ao presidente eleito do Brasil para participar da COP 27 na cidade de Sharm el-Sheikh, feito logo após o anúncio do resultado das urnas, indica a preocupação – até a ansiedade – da comunidade internacional com a retomada do protagonismo brasileiro nos debates globais sobre mudanças climáticas.

Os principais líderes do planeta esperam sinais concretos de que o futuro governo adote medidas imediatas para conter o desmatamento da Amazônia e demais biomas florestais, reverta os erros cometidos nos últimos anos nas políticas ambientais e comprometa-se com metas mais ousadas de corte das emissões de carbono.

Essa sinalização é indispensável para resgatar a imagem do Brasil no exterior. 

Mas é igualmente importante que o futuro governo também dê sinais claros para dentro do país – vale dizer, para todos nós que trabalhamos e produzimos aqui no território nacional. 

É preciso haver coerência entre as iniciativas brasileiras para conter as emissões globais de gases do efeito estufa e as políticas nacionais de descarbonização da economia, especialmente nos transportes.

O mundo conta com ações urgentes para reverter o desmatamento das florestas brasileiras e, assim, contribuir com o desaquecimento global.

Já os brasileiros contam também com a liderança do futuro governo federal nas políticas de redução da poluição nas grandes cidades.

Mudar a matriz de combustível dos transportes para energias renováveis é essencial para melhorar a qualidade de vida das regiões metropolitanas, onde vive a maioria da população. 

Isso só será possível com a eletrificação intensiva do transporte público e individual, por meio de diferentes tecnologias de baixa emissão.

Em 2018, um relatório da Organização Pan-Americana de Saúde apontou que 51 mil brasileiros morriam anualmente por doenças diretamente associadas à poluição do ar.

Só na cidade de São Paulo, a média de mortes relacionadas à poluição supera 5 mil por ano, segundo estudos dos pesquisadores Paulo Saldiva (USP) e Evangelina Vormittag (Instituto Saúde e Sustentabilidade). 

Em 2017, um estudo de pesquisadores da OCDE indicou que o custo total das mortes prematuras associadas à poluição no Brasil (internações, tratamentos e queda da produtividade do trabalho) chegou a 3,3% do PIB em 2015.

Nosso desafio ambiental desdobra-se em duas frentes. 

De um lado, temos o aquecimento global, que leva às mudanças climáticas catastróficas, causado pelos gases do efeito estufa, ainda que nem todos eles, como é o caso do CO², sejam diretamente prejudiciais à saúde humana.

De outro, temos o envenenamento do ar das cidades, provocado por materiais particulados (MP), óxidos de nitrogênio (NOx), monóxido de carbono (CO) e outros poluentes lançados na atmosfera pela combustão de veículos a diesel e gasolina. 

Os veículos 100% elétricos emitem zero gás carbônico (CO²) e praticamente zero material particulado (MP 10 e MP 2,5) e óxidos de nitrogênio (NOx). 

Já os veículos elétricos híbridos podem apresentar uma redução entre 70% e 90% da poluição emitida por um equivalente a diesel ou gasolina, dependendo da configuração do motor.

Esses veículos – ônibus, caminhões e automóveis – contribuem tanto para o desaquecimento global quanto para a queda da poluição do ar nas cidades. 

Em suma, as iniciativas brasileiras de combate ao aquecimento global exigem reduzir drasticamente as queimadas e desmatamentos na Amazônia e Centro-Oeste e, ao mesmo tempo, mudar a matriz energética dos transportes, com a abolição gradativa dos combustíveis fósseis. 

Num momento de renovação da liderança política, a nova diplomacia ambiental brasileira deve caminhar em estreita sintonia com uma nova estratégia nacional de desenvolvimento econômico, centrada na eletromobilidade, uso intensivo das fontes de energia renovável, eficiência energética e inovação tecnológica da indústria. 

Em ambos os casos, isso significa mudar completamente as atuais prioridades.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade da autora, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities

NO WEB SUMMIT, O PERSONAGEM CENTRAL NÃO FOI A TECNOLOGIA, E SIM OS SERES HUMANOS

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O mundo passa por uma transformação digital que será cada vez mais imprevisível, sofisticada e complexa, sobretudo porque o sucesso dela dependerá sempre de nós, indivíduos

Nós — humanos de carne, ossos e códigos — fomos personagens centrais do Web Summit por diversos ângulos: no clamor da primeira-dama ucraniana Olena Zelenska para que a tecnologia seja usada a favor da vida, nos cartazes pedindo internet livre no Irã, no crescente protagonismo de diferentes grupos sub-representados e nos múltiplos debates sobre a nossa relação com nossos empregos e com as organizações – das startups às gigantes.

Tive a oportunidade de cruzar com muitas falas, entrevistas e conversas especificamente a respeito desse novo pacto que se configura entre nós e as empresas, quando o assunto é carreira.

A primeira palavra que saltou aos olhos de todos foi flexibilidade. O debate não é mais sobre trabalho remoto, presencial ou híbrido. Não há propriamente uma fórmula a ser copiada – é um tema que depende muito de quem lidera, da cultura em questão e, também, das características de cada negócio. Estamos falando, sobretudo, da crescente possibilidade de definir o lugar do trabalho na composição das nossas necessidades. Um mundo que seguirá tendo workaholics, mas não poderá mais criminalizar aqueles que redimensionam o peso do currículo sobre suas definições pessoais.

É um panorama que, ao apontar para o futuro, não olha mais para as descrições de cargos ou a extensão do currículo profissional. Obviamente as experiências continuam sendo importantes – mas elas não necessariamente definem o encaixe para uma posição atual. Falou-se muito sobre os empregos baseados em habilidades e competências – sem distinção entre hard e soft skills — afinal, essa separação per se implica um juízo de valor.

Foi inevitável, portanto, abordar o paradigma emergente da liderança nas corporações. Reconheceu-se que ainda falta treinamento suficiente para preparar pessoas realmente inspiradoras, solidárias, motivadoras e que, ao mesmo tempo, entreguem resultados. Entre os principais eixos de desenvolvimento das lideranças, destacam-se a capacidade de se comunicar bem com as equipes e colaborar entre diferentes times e parceiros. Não há mais espaço para déspotas encastelados em seus escritórios privativos.

Além disso, definiu-se a importância de líderes como indutores e responsáveis por um ambiente de trabalho pautado pelo bem-estar físico e mental. Como zeladores da segurança psicológica, não podem mais apartar esses pilares da performance dos respectivos times. Produtividade e resultados estão, de forma indissociável, conectados às variáveis de saúde mental e segurança psicológica. Gerenciar recursos psicológicos será tão crucial quanto administrar métodos, orçamentos, estruturas e processos.

Não foram poucos os CEOs que ressaltaram a cultura organizacional como condição necessária para alavancar a prosperidade e a escala de suas empresas. E, bom lembrar, ela é uma metamorfose ambulante. E quem não se adapta fica pelo caminho.

Cultura, a propósito, não existe sem equidade e inclusão. É fundamental que sejamos intencionais no exercício de reduzir desigualdades e ofertar mais oportunidades. Saímos do QI (quem indica) para a AI (artificial intelligence). Ou seja: com base em mais dados e menos vieses, seremos mais capazes de definir as melhores pessoas para cada posição. Mas vem o desafio: como fazer isso em uma sociedade extremamente desigual?

Um dos caminhos mora, claro, na tecnologia — que pode oferecer inúmeras soluções para reduzir os abismos de habilidades, conhecimentos e competências. Em vez de mitigar os problemas, deve-se ampliar as oportunidades. Essa é uma tarefa ainda mais crítica na indústria tech, que tem 75% de brancos na força de trabalho — um dos piores neste quesito. E, claro, isso se reflete na maneira pela qual desenvolvemos softwares e desenhamos serviços. No fim, é crucial pensar em quem está faltando à mesa na hora de tomarmos uma decisão importante.

Quando nos voltamos para as grandes questões planetárias não é diferente. Clima, guerra, violência de gênero, intolerâncias de múltiplas naturezas e pobreza cruzam-se na busca por respostas às nossas perguntas mais difíceis.

Uma coisa sabemos: o mundo passa por uma transformação digital que não é um projeto — mas um processo, uma jornada que será cada vez mais imprevisível, sofisticada e complexa. Sobretudo porque o sucesso dela dependerá sempre de nós, indivíduos.

Rodolfo Araújo é líder da United Minds e vice-presidente de estratégia para a América Latina no The Weber Shandwick Collective.

Fonte: Época Negócios

VELOE E C6 BANK RENOVAM PARCERIA PARA A OFERTA DO C6 TAG POR MAIS CINCO ANOS

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A Veloe, marca especializada em soluções de mobilidade urbana e gestão de frotas, e o C6 Bank, banco completo para pessoas físicas e jurídicas, renovaram sua parceria para oferta do C6 Tag por mais cinco anos. Com isso, a parceria iniciada em 2020 vai vigorar até 2027.

O C6 Tag funciona como um cartão de débito do carro. Ao passar pelo pedágio ou estacionamento, o valor do serviço é debitado automaticamente na conta do cliente.

Vice-líder de mercado e um dos principais players do setor, a Veloe está presente em todas as rodovias pedagiadas do país, bem como em mais de 1.200 estacionamentos, incluindo shoppings, restaurantes, hotéis, academias e hospitais.

Recentemente, a marca atingiu o número de 26 aeroportos credenciados em sua rede de
estacionamentos, com a inclusão dos terminais aeroviários de Fortaleza e Confins (região
metropolitana de Belo Horizonte), e se consolidou com a maior cobertura de aeroportos do
Brasil.

Com informações da Assessoria de Imprensa

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BENEFÍCIOS ECONÔMICOS E SOCIAIS DA EXPANSÃO DO SANEAMENTO NO BRASIL

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A parcela da população brasileira com acesso aos serviços de distribuição de água tratada passou de 81,7% em 2004 para 84,1% em 2020. Isso significou que, nesses doze anos, 37 milhões de brasileiros conquistaram o acesso a esse serviço fundamental e humanitário. Já a parcela da população brasileira com acesso aos serviços de coleta de esgoto passou de 39,5% para 55% entre 2005 e 2020. Foram 47,7 milhões de pessoas incorporadas ao sistema de coleta, um aumento de 71,3% no número de brasileiros atendidos.

A despeito dos inegáveis avanços do saneamento básico no Brasil, o número de brasileiros sem acesso a esses serviços ainda é enorme e o desafio da universalização é cada vez maior. Este estudo analisa a evolução do saneamento no país entre 2005 e 2020 e seus impactos sobre a sociedade, focando, principalmente, os reflexos sobre a economia. O estudo também traz um balanço dos benefícios sociais e econômicos que a população brasileira terá com a universalização do saneamento num horizonte de longo prazo.

O estudo tem por referência os relatórios do Instituto Trata Brasil sobre os benefícios econômicos do saneamento no Brasil, publicados em março de 2014 e em março de 2017. Além de atualizar as informações estatísticas daqueles documentos, o presente estudo aprofunda as questões do impacto da falta de saneamento na economia, aprimorando as técnicas estatísticas e abordando novos temas.

O estudo está baseado em informações do Sistema Nacional de Informações sobre o Saneamento (SNIS), do Ministério do Desenvolvimento Regional, e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2005 a 2019, do IBGE. Além desses dados, são empregadas outras pesquisas do IBGE, como a Pesquisa Nacional de Saúde, a Pesquisa Anual da Indústria da Construção, a Pesquisa Anual dos Serviços e as Contas Nacionais Consolidadas. As informações de saúde – número e custos das internações por doenças gastrointestinais infecciosas – vêm do DATASUS. Os dados internacionais vêm do UNICEF, da Organização Mundial de Saúde e do Banco Mundial.

Os dois primeiros capítulos do relatório descrevem o saneamento no mundo e no Brasil. Na comparação nacional, o estudo traz a abertura detalhada das unidades da Federação e das capitais, indicando os avanços na área de saneamento realizados de 2005 a 2020 e os esforços realizados para elevar as taxas de cobertura.

Na comparação internacional, além dos efeitos do saneamento sobre o desenvolvimento humano, é destacado seu impacto sobre o turismo, uma atividade que depende de boas condições ambientais para seu desenvolvimento. O estudo mostra que as economias latino-americanas com melhor desempenho na área do saneamento têm fluxos internacionais de turistas relativamente maiores. O Brasil, como ilustram as imagens de capa, é um país cujo patrimônio natural é essencialmente composto por água. Assim, o descuido com a poluição das águas leva à deterioração do patrimônio natural que sustenta o turismo de lazer no país.

No Capítulo 3, são apresentadas estimativas dos efeitos de geração de emprego e renda dos investimentos na expansão do sistema de saneamento e da subsequente operação da nova infraestrutura instalada. Também são quantificadas as cargas tributárias sobre o investimento e as operações de saneamento.

O Capítulo 4 analisa e quantifica as externalidades da falta de saneamento, as quais compreendem os impactos decorrentes do déficit de saneamento sobre a saúde, a produtividade do trabalho, o atraso escolar e a valorização ambiental.
O último capítulo do estudo traz o balanço dos benefícios e dos custos do avanço do saneamento no Brasil em dois períodos: o passado, entre 2005 e 2019, e o futuro, entre 2021 e 2040. Os dados de economia e de saúde do ano de 2020, devido aos efeitos atípicos que a pandemia teve sobre eles, não foram considerados nessas estimativas.

A análise apontou para um fato animador: o que o país investiu nos quinze anos de 2005 a 2019 já retornou com ganhos para a sociedade brasileira. Esse resultado reforça uma questão de fundo que vem motivando os estudos do Instituto Trata Brasil desde a sua formação: quais serão os efeitos econômicos e sociais positivos da universalização dos serviços de tratamento e distribuição de água e de coleta e tratamento de esgoto sobre a renda, a saúde, e os mercados no Brasil do futuro?

A resposta encontrada nas análises foi também animadora. O país tem muito a ganhar se cumprir, nas duas próximas décadas, as metas de universalização do saneamento básico. Para cada real investido em saneamento nos próximos 20 anos trará ganhos superiores a 4 reais, com um legado positivo considerável para as próximas gerações de brasileiros.

Completam este estudo, uma série de anexos que detalham as estatísticas analisadas e a metodologia empregada para a estimação dos efeitos do avanço do saneamento sobre a saúde, a produtividade do trabalho e a valorização ambiental. As referências bibliográficas indicam as bases de dados e os textos empregados nas análises.

Fonte: Trata Brasil

MANAUS RECONHECIDA COMO A MAIS AVANÇADA NA IMPLANTAÇÃO DO 5G

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Manaus recebeu, nesta terça-feira (8/11), o prêmio de cidade amiga da implementação da tecnologia 5G, como destaque da região Norte do Brasil. A distinção reconhece as capitais brasileiras com legislações avançadas, que facilitam o licenciamento para instalação de antenas e a ampliação da infraestrutura de telecomunicações. A cerimônia com o reconhecimento da cidade aconteceu em Brasília, no painel Telebrasil Talks 2022.

O reconhecimento de Manaus deve-se à toda estrutura montada na cidade para receber a tecnologia. No planejamento da gestão municipal, está a utilização do 5G inicialmente em projetos nas áreas da saúde, mobilidade urbana e segurança.

“Manaus construiu uma legislação inovadora e democrática, que facilita a instalação de equipamentos e amplia a disseminação da tecnologia. Estamos trabalhando o 5G para fomentar negócios e mudar a vida das pessoas”, destaca o secretário do Trabalho, Empreendedorismo e Inovação de Manaus, Radyr Júnior, presente ao evento e representando o município.

Foto: Carolina Antunes/Agência inPacto

 

O ranking das Cidades Amigas do 5G é organizado pela Conexis Brasil Digital, entidade que representa empresas de telecomunicações e conectividade. Para o presidente executivo da Conexis Brasil, Marcos Ferrari, o impacto e implantação da tecnologia pode ser sentido em diversas áreas. “Uma legislação desburocratizada é fundamental para levar os benefícios do 5G para a região Norte, principalmente nas áreas de saúde, educação e transporte”, destacou Ferrari.

Implementação

Em setembro de 2022, o prefeito de Manaus, David Almeida, assinou o Memorando de Entendimento entre a Secretaria Municipal do Trabalho, Empreendedorismo e Inovação (Semtepi) e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), que possibilita o desenvolvimento de ações conjuntas para a implantação da tecnologia 5G na capital amazonense.

Em julho deste ano, a administração pública municipal disponibilizou no site do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb) requerimento padrão para abertura de processo de licenciamento para a Estações Rádio-Base (ERBs), atendendo à lei municipal 17/2022 de maio deste ano, que coloca Manaus entre as cidades prontas para receber a tecnologia 5G, conforme os parâmetros urbanísticos atuais no Brasil. Com a lei, o procedimento passou a ser autodeclaratório, portanto mais simplificado. Com os avanços, é possível fazer o licenciamento para instalação das ERBs em até 48 horas, um avanço para as telecomunicações na cidade.

Com informações da Assessoria de Imprensa

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CONHEÇA A HISTÓRIA DOS PRIMEIROS VEÍCULOS MOVIDOS A HIDROGÊNIO CONSTRUÍDOS POR ESTUDANTES BRASILEIROS

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Hidrogênio vem ganhando cada vez mais projeção na indústria automotiva, como uma alternativa de combustível que não gera poluentes e que pode garantir maior autonomia que a de veículos elétricos, por exemplo.

Para participar de uma competição inédita, estudantes de engenharia brasileiros foram os primeiros no mundo a construir na universidade protótipos de veículos movidos a hidrogênio – um combustível limpo e que promete ter amplo uso na indústria automobilística nos próximos anos.

Os veículos estudantis são do tipo baja (protótipos off road projetados para vencer terrenos acidentados) e Fórmula (inspirados em carros de corrida).

Construídos por oito universidades de diversas regiões do país, os veículos participaram da 1ª competição SAE BRASIL & Ballard Student H2 Challenge, realizada em agosto no Esporte Clube Piracicabano de Automobilismo (ECPA-SP).

Combustível limpo 

Vale lembrar que o hidrogênio vem ganhando cada vez mais projeção na indústria automotiva, como uma alternativa de combustível que não gera poluentes e que pode garantir maior autonomia que a de veículos elétricos, por exemplo. Diversas montadoras já começaram a lançar modelos com a tecnologia e a expectativa é que o uso do combustível limpo só cresça nos próximos anos, chegando até ao abastecimento de veículos maiores, como caminhões, navios e até aviões.

Patrocinadora da equipe baja elétrico movido a hidrogênio da Unicamp (SP) – e também da equipe Fórmula, da mesma universidade, mas nesse caso no projeto a combustão – a fabricante de especialidades químicas Quimatic Tapmatic apresentou em seu quadro no youtube “Quimatic Visita” detalhes de como os carros foram construídos e como os estudantes avaliam a experiência. Os vídeos podem ser conferidos nos links abaixo:

Vídeo 1: O 1º Veículo Baja movido a hidrogênio no mundo foi construído na Unicamp

https://www.youtube.com/watch?v=ayPT6JTxMr0&t=s&ab_channel=QUIMATICTAPMATIC

Vídeo 2: Construção de veículo Fórmula a combustão na Unicamp

https://www.youtube.com/watch?v=SM_i4dGzy_s&ab_channel=QUIMATICTAPMATIC

Mais preparo para o mercado de trabalho

Reconhecido mundialmente, o projeto SAE permite aos universitários aplicar na prática, durante a construção dos veículos, os conhecimentos adquiridos em sala de aula e ir muito além.

Com os desafios impostos pelos projetos, a iniciativa fortalece o preparo dos estudantes para o mercado de trabalho. Na Unicamp, os projetos Fórmula e Baja contam com a participação de cerca de 50 estudantes em cada uma das equipes, com alunos dos cursos de Engenharia Mecânica, Engenharia Elétrica, Engenharia de Controle e Automação, entre outras especializações. Neste ano, a Unicamp venceu a SAE BRASIL & Ballard Student H2 Challenge (a competição de veículos elétricos movidos a hidrogênio) e ficou em quinto lugar na prova de carros Fórmula movidos a combustão.

Na execução dos projetos, os estudantes – sempre supervisionadas por um professor – se organizam em departamentos (como se, de fato, estivessem em uma empresa), buscam patrocinadores para viabilizar seu veículo, fazem todos os testes em uma oficina montada por eles mesmos na universidade e, por fim, pilotam as máquinas.

Apoio de patrocinadores

As empresas patrocinadoras têm uma grande importância para que os projetos saiam do papel. Além do apoio financeiro, muitas colaboram fornecendo conhecimento técnico, serviços e produtos para uso na construção dos veículos.

A Quimatic Tapmatic, por exemplo, já apoia os estudantes da Unicamp há alguns anos. Os produtos da empresa ajudam na montagem dos veículos e também nas manutenções antes, durante e após as provas. Um dos destaques neste ano foi o uso da Fita Isolante Líquida Quimatic para garantir maior qualidade no isolamento de componentes elétricos que fazem parte do sistema a hidrogênio.

Desafios para 2023

Após o fim das competições de 2022, os universitários têm pouco tempo para saborear suas conquistas. Afinal, já é hora de começar a pensar no projeto de 2023, avaliar o que deu certo, o que deu errado, quais peças sofreram mais desgaste ou quebraram, e o que pode ser melhorado no próximo projeto.

Na mudança de ciclo, novos integrantes – geralmente calouros – ingressam nas equipes, enquanto estudantes com mais tempo podem sair para focar em outros desafios. Mas a experiência de ter feito parte de um time que construiu um carro do zero certamente sempre vai ter espaço na memória.

Com informações da Assessoria de Imprensa

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AS CONCESSÕES E PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS DE TRANSPORTE E MOBILIDADE PELOS PRÓXIMOS QUATRO ANOS

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Com o fim das eleições estaduais e presidenciais, começa a se desenhar o cenário dos investimentos em infraestrutura pelo próximo ciclo quadrienal. 

A perspectiva, ao menos anunciada, é de continuidade na aposta nas parcerias público-privadas e concessões como instrumentos hábeis a garantir a prestação adequada de serviços delegados. Mesmo no âmbito federal, em que haverá alternância de poder, a expectativa é de que o robusto programa de parcerias continue. Já se noticiou, inclusive, que o plano do próximo governo é de investir em projetos estaduais e municipais, com maior foco em mobilidade¹

Uma das maiores dificuldades dos entes subnacionais, afinal, é de estruturar e viabilizar economicamente projetos de grande envergadura, que poderiam contar com a expertise e financiabilidade de bancos de desenvolvimento. É inegável, por exemplo, que o BNDES nos últimos anos tornou-se uma fábrica de projetos, garantindo escala para que diversas iniciativas fossem desenvolvidas pelos mais diversos entes federados. 

Em São Paulo, com a vitória de Tarcísio de Freitas para o governo estadual, projetos como o do Trem Intercidades, cuja estruturação já se iniciou, devem ganhar força, tendo em vista a atuação pretérita no Ministério da Infraestrutura do novo mandatário. O Estado é referência por ter, afinal, um dos mais referenciados programas de concessões do país. 

Em Minas Gerais, a continuidade será pelo aumento da carteira de ativos objeto dos contratos de parceria. O estado foi reconhecido como o que estruturou e licitou mais projetos no ciclo 2019-2022, em estudo realizado pela Ico Consultoria². Depois de ter realizado leilões como o do Rodoanel Metropolitano de Belo Horizonte, da rodoviária de Belo Horizonte e terminais metropolitanos, dos lotes de rodovias do Triângulo Mineiro e Sul de Minas – para citar alguns – ainda este ano haverá a licitação da concessão das linhas 1 e 2 do Metrô da Região Metropolitana de Belo Horizonte. 

Na Bahia e no Piauí, a continuidade governista também deve garantir o desenvolvimento de projetos que já estavam no pipeline dos estados. O mesmo se diga em relação ao Mato Grosso do Sul e do Rio Grande do Sul. 

Vê-se, aliás, que nas experiências espraiadas pelo país, o setor de transporte e mobilidade foram os que tiveram maior número de projetos desenvolvidos, ladeados às concessões de parques. O estoque, afinal, de iniciativas nestes setores ainda parece estar longe de se esgotar. 

A verdade é que as parcerias parecem correr à margem da polarização e das disputas político-partidárias próprias dos ciclos eleitorais. Se o risco político é uma variável que não pode ser descartada (e devidamente precificada), no atual quadrante histórico do Brasil a maturidade dos projetos, a universalidade das restrições fiscais e o reconhecimento da virtuosidade de uma verdadeira parceria público-privada parecem galvanizar novos investimentos em áreas ainda carentes como o transporte e a mobilidade. 

Afinal, ainda há um acentuado déficit de desenvolvimento da infraestrutura nacional, espraiado também pelas realidades estaduais. A institucionalidade deve servir, agora, como verniz apto a blindar novas iniciativas, e possibilitar um horizonte irretornável de projetos atrativos. 

¹Conforme disponível em: 
https://valor.globo.com/brasil/coluna/o-superplano-de-ppps-do-novo-governo-lula.ghtml

² O estudo completo pode ser acessado em: 
https://www.ico-consultoria.com/_files/ugd/a443ca_eba53e4c6a774d309556cfd48ba15a3d.pdf

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities 

ESPECIALISTA FALA SOBRE SOLUÇÕES DE MOBILIDADE URBANA PARA CONGESTIONAMENTOS

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Para motoristas deixarem o carro em casa, é preciso oferecer opções melhores a eles

O que é mobilidade urbana? A resposta para esta pergunta ajuda a resolver um grande problema das metrópoles: os congestionamentos.

É evidente que há muitos carros nas vias, mas apenas dizer que é isso que causa o congestionamento do tráfego é muito simplista. É o que explica o mestre em transporte Miguel Ângelo Pricinote, coordenador técnico do Mova-se Fórum de Mobilidade.

“No entanto, isso é o que muitos acreditam. Basta se livrar de todos os carros, incentivar o uso de bicicletas construindo mais ciclovias e melhorar o transporte de massa, e todos os nossos problemas de congestionamento serão resolvidos. Todos seremos mais saudáveis ​​respirando menos poluentes e estaremos em melhor situação. Bobagem”, afirma.

“Não estou dizendo que as bicicletas não são um bom exercício ou que os poluentes não são prejudiciais. Essa parte é verdade. No entanto, o automóvel não é o vilão, e o transporte de massa ou as bicicletas também não são os salvadores. Um sistema de transporte equilibrado é a resposta”, conclui.

Segundo o mestre, o congestionamento é um dos problemas urbanos mais preocupantes. Portanto, há um efeito considerável na qualidade de vida nas cidades. “Não é surpreendente descobrir que as regiões com maior número de veículos apresentam, em média, níveis mais elevados de poluição atmosférica e sonora. Os carros são uma das maiores fontes de poluição do planeta”, pontua.

Mobilidade urbana e causas do congestionamento

De acordo com o mestre, o congestionamento é causado por múltiplos fatores. Por exemplo, muitos carros para a via ou obstáculos, como veículos parados em fila dupla, obras sem plano adequado de impacto, acidentes ou falha em semáforos.

Deste modo, saber o que é mobilidade urbana e como aplicar este conceito é fundamental. “Se você quiser que os motoristas deixem o carro em casa, dê a eles opções melhores. Não os culpe por cuidar de seus próprios interesses”, pontua o especialista.

“Dê a eles uma rota direta de ônibus se um metrô não puder ser justificado, ou pelo menos uma viagem que possa ser feita tomando duas linhas de ônibus ou até três, mas com informações que facilite a sua utilização”, afirma Miguel.

Alternativas

Além disso, o mestre cita como alternativa a integração física e tarifária entre outros modos (bicicleta, táxi e serviços sob demanda) aos ônibus e metrô. Somado a isso, Miguel cita ainda o estacionamento de bicicletas nas estações de metrô, terminais de ônibus e até nos pontos de ônibus.

Outro ponto é o aumento na fiscalização para coibir os estacionamentos irregulares que causam congestionamento. O mestre afirma que é essencial planejar o máximo possível as obras viárias para o período da noite ou quando a via não estiver movimentada. Por fim, destaca medidas de prevenção de acidentes e semáforos em sincronia.

Além disso, as bicicletas também têm um papel fundamental. Contudo, é preciso aplicar conceitos de planejamento urbano para que esse seja um modo eficiente de transporte, com integração a outros modais para percorrer longas distâncias.

Neste contexto, o mestre reforça a necessidade de fornecer serviços de primeira e última milha. Além disso, recomenda facilitar o movimento de mercadorias dentro da cidade.

Ainda visando a mobilidade urbana, outra estratégia seria aumentar a eficiência nos sistemas de estacionamento, além de integrá-los aos serviços públicos de transportes.

Já a gestão de tráfego pode contar com uma grande aliada: a tecnologia. “Atualmente existem várias soluções tecnológicas para auxiliar as cidades a lidar com o congestionamento, como por exemplo as tecnologias de Inteligência Artificial para comunicação veículo-veículo (V2V) e comunicação veículo-infraestrutura (V2I)”, detalha o especialista.

Embora ambos os termos pareçam semelhantes, na realidade, são muito diferentes. “OV2V tem que lidar com a comunicação entre veículos individuais e o V2I se comunica com veículos de infraestruturas como cones e sinais de trânsito”, explica Miguel.

Papel do poder público na mobilidade urbana

De acordo com o mestre em transportes, o principal papel do poder público é ser um grande facilitador na formação de um novo ecossistema tecnológico da mobilidade. Para isso, Miguel cita alguns pontos essenciais:

  • Fomentar a pesquisa e desenvolvimento de novas soluções;
  • Investir em novas soluções tecnológicas complementares ao transporte público;
  • Criar uma política pública para os estacionamentos (integrar como transporte público);
  • Separar a tarifa de remuneração do transporte da tarifa do usuário;
  • Investimento na modernização da rede semafórica;
  • Investimento na construção de corredores de ônibus;
  • Investimento em tecnologias para melhoria da informação para pedestres, motoristas e usuários do transporte público;
  • Criação de uma central para gestão inteligente do tráfego com base em dados obtidos em tempo real.

“Estas alterações e investimentos devem ser combinados a uma nova visão integrada entre o planejamento urbano (uso e ocupação do solo), sistema viário e transporte público – também em nível metropolitano (atualmente as discussões ficam somente no campo municipal). Enquanto estas discussões forem isoladas pouco iremos caminhar em relação a redução do número de congestionamentos”, finaliza o especialista.

Fonte: Mobilidade Estadão