Realizado pelo segundo ano consecutivo, estudo conta com participação de cerca de 400 empresas do ecossistema da mobilidade
Com a expansão de cidades e da população, e, consequentemente, aumento da diversificação de mercados produtivos e industriais, aquecendo cada vez mais a economia nacional, o planejamento e a implantação de uma gestão eficiente de mobilidade urbana são grandes desafios contemporâneos.
Para analisar cenários e tendências de avanços de desenvolvimento urbano, a plataforma Connected Smart Cities (CSC), em parceria com o Mobilidade Estadão, promove, pelo segundo ano consecutivo, o levantamento das 100 empresas mais influentes do Brasil neste nicho de atuação.
Neste ano, as cerca de 400 empresas que atuam no segmento de mobilidade foram divididas em nove categorias (veja quadro). Os jurados avaliarão essas empresas em duas grandes vertentes: Inovação e ESG (sigla em inglês para Ambiente, Social e Governança).
Em ESG, as companhias serão avaliadas nos seguintes quesitos: Eficiência Energética, Comprometimento com o Meio Ambiente, Direitos Humanos, Inclusão (diversidade e equidade), Transparência e Ética.
Na vertente Inovação, as empresas serão analisadas se estão comprometidas com programas inovadores e com progressos tecnológicos que contribuam para a modernização da mobilidade urbana. O objetivo é identificar como os líderes de mercado estão tratando a questão da inovação em um cenário crítico de crise socioambiental global.
Cronograma do levantamento 100+
A divulgação das empresas mapeadas eselecionadas acontecerá na edição do Estadão do dia 15 de março, nos formatos impresso e digital. Isso será feito após análise de dados coletados em questionários virtuais, o que se estende até o dia 28 de fevereiro, e a votação das corporações participantes pelos jurados, seguindo os critérios disponibilizados pela organização no período entre 16 e 27 de janeiro.
Categorias e atuação das empresas
As empresas participantes do levantamento estão divididas em nove categorias dentro do segmento de negócios na área de mobilidade. Foram mantidas as oito categorias avaliadas no levantamento do ano passado, mais um acréscimo desta edição: Mobilidade Aérea Urbana, que inclui drones e eVTOLs.
1 – Fabricantes e operadores de transporte público
2 – Fabricantes e operadores de veículos
3 – Fabricantes e operadores de caminhões
4 – Fabricantes e operadores de motos
5 – Fabricantes e operadores de bicicletas incluindo elétricas, patinetes e outros levíssimos
Uma delas é construir um túnel, que requer cerca de R$ 1 bilhão, que seguiria o mesmo trajeto do Elevado João Goulart
Na última quarta-feira, dia 25 de janeiro, data em que a cidade de São Paulo completou 469 anos de vida, o Estadão publicou uma entrevista com Ricardo Nunes (MDB), prefeito da cidade. Entre outros temas importantes para os habitantes da maior cidade da América Sul, ele citou o que pretende fazer para melhorar a mobilidade urbana para os habitantes de São Paulo e mesmo que passa por ela em seus deslocamentos diários.
Entre outros pontos, ele destacou que solicitou um novo projeto para, enfim, tirar do papel o prometido Parque do Minhocão, previsto até em lei municipal. Após classificar como “impossível” fechar a via elevada no centro da cidade para o tráfego de carros sem uma alternativa aos motoristas, Nunes, agora, trabalha com a possibilidade de investir cerca de R$ 1 bilhão na construção de um túnel abaixo do trajeto do Elevado João Goulart. “Pedi um estudo para fazermos um túnel antes ali. Fizemos muitas reuniões para encontrar uma maneira de distribuir o tráfego de veículos, mas o impacto passava de 10 km de trânsito.”
Ainda em desenvolvimento, a proposta prevê quatro pistas subterrâneas, duas em cada direção. Só após a obra finalizada é que o parque sairia do papel, em modelo semelhante ao High Line, em Nova York.
Sobre a implantação da Tarifa Zero, Nunes afirmou que “um estudo preliminar mostrou que o sistema terá aumento de 15% de passageiros no horário de pico e 25% entre os picos (da manhã e da tarde). Isso nos levou a pedir outro levantamento, para saber se o sistema suporta o aumento de demanda.”
Nunes ainda completou que “a possibilidade de a Prefeitura bancar 100% da tarifa é zero. Isso não faço para não prejudicar saúde, educação e outras áreas”.
Programado para fevereiro, o P3C promove um encontro entre gestores públicos e empresas privadas interessadas em investir em projetos estratégicos para o desenvolvimento da infraestrutura nacional.
Na abertura, o evento também vai premiar profissionais, empresas e órgãos públicos que se destacam na atuação em infraestrutura econômica, social e ativos ambientais.
Com o propósito de ser um cenário de interlocução entre o mercado e a nova gestão pública para a discussão e estruturação de soluções em parcerias público privadas em infraestrutura, será realizado nos dias 27 e 28 de fevereiro de 2023, em São Paulo, a 2ª edição do P3C – PPPs e Concessões de Investimentos em Infraestrutura no Brasil.
“O P3C abre uma oportunidade única para profissionais, investidores e público interessado discutirem ações que vêm sendo implementadas no mercado de infraestrutura nacional. Avalia também iniciativas voltadas à elaboração e gestão de contratos de concessão e PPPs, premiando os melhores negócios direcionados aos segmentos de desestatização, privatizações, concessões comuns e de uso, PPPs, arrendamentos, permissões e autorizações”, analisa Guilherme Peixoto, Superintendente de Licitações da B3.
Panorama geral das agendas
Dia 27/02
O evento, dividido em dois dias, é uma realização da Necta – Conexões com Propósito e Portugal Ribeiro Advogados, com correalização da B3, e tem na programação a participação de mais de 150 pessoas, entre autoridades, especialistas do setor, parceiros e patrocinadores do evento.
No dia 27, acontece a segunda edição do Prêmio P3C 2023, premiação que aponta profissionais, empresas e órgãos públicos que se destacam na atuação em infraestrutura econômica, social e ativos ambientais. Este ano, os prêmios de entidades avaliarão concessionárias, poder concedente e agências reguladoras que se destacaram na estruturação ou na gestão de projetos e contratos relativos aos setores de infraestrutura econômica, social e ativos ambientais.
As entidades foram avaliadas em três modalidades: melhor estruturação de projetos; melhor gestão pública de projetos implementados e melhor gestão privada de projetos implementados.
Já os prêmios para profissionais têm por objetivo reconhecer aqueles cuja atuação contribuiu significativamente para o desenvolvimento de setores de infraestrutura. Serão três categorias: reconhecimento in memoriam; carreiras de impacto e mulheres na infraestrutura. Cada categoria terá um vencedor e duas menções honrosas. Para esta edição, foram recebidas mais de 260 candidaturas.
Estão confirmadas as presenças dos seguintes órgãos do Poder Público e das empresas privadas para a Premiação P3C 2023: Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT); Arteris S.A; Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ); Atibaia Saneamento; Agência Reguladora Intermunicipal de Saneamento do Rio Grande do Sul (Agesan/RS); Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR); Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID); BRK Ambiental; Concessionária do Aeroporto de Zona da Mata (Grupo Socicam); Concessionária das Rodovias Ayrton Senna e Carvalho Pinto S.A. (Ecopistas); Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER/MG);
Além da Eneva, Evoltz, Iguá e Orizon; Energy Consulting and Analytics (PSR); Fundo de Apoio à Estruturação de Projetos de Concessão e PPP da Caixa Econômica Federal (FEP CAIXA); FGV Direito SP e Sundfeld Advogados; Infra S.A., Governo do Estado de Pernambuco, por meio da Secretaria de Planejamento e Gestão do Estado de Pernambuco (SEPLAG-PE) e Agência Reguladora de Pernambuco (ARPE); Grupo Equatorial Energia e Orizon Valorização de Resíduos; Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC); International Finance Corporation (IFC); Infra Women Brazil; Investment Officer; MetrôRio; MoveInfra; OPY Health;SPAT Saneamento S.A; Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade do Estado de Minas Gerais (SEINFRA); Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Governo do Estado de São Paulo e Secretaria Especial de Parcerias Estratégicas do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul.
Dia 28/02
Já no segundo dia do evento, será realizada a conferência, no Centro de Convenções Frei Caneca, também na capital paulista, com uma extensa programação de debates em torno da descarbonização e transição energética e sobre as oportunidades de negócios em diversos setores como; Construção, Transporte e Mobilidade. Serão oito palcos simultâneos, com um total de 32 painéis de discussão abrangendo, em profundidade, as temáticas conceituais e técnicas dos projetos para o desenvolvimento da infraestrutura nacional em todas as suas vertentes. Também será abordada a importância do desenvolvimento de uma política federal dirigida à promoção da mobilidade elétrica.
Outro foco de discussão refere-se às novas regras sobre seguros em licitações e contratos (Lei 14.133); os próximos passos para os fundos de investimento que têm no radar o setor de infraestrutura; o papel dos bancos públicos e órgãos multilaterais no financiamento de infraestrutura; metodologias e práticas que deveriam ser usadas para avaliar e quantificar riscos no processos licitatórios; mecanismos para automatizar e facilitar o reequilíbrio de contratos; variação de custos de insumos nos projetos novos e nos contratos em curso.
O setor de transportes também ganha painéis dedicados a explorar o potencial das PPPs em todas as suas modalidades. Neste âmbito, os debates abordarão oportunidades de negócios em rodovias, aeroportos, ferrovias, portos, além do mercado de combustíveis.
O mercado de energia livre e seus desdobramentos, como PPPs de iluminação pública: aperfeiçoamento e expansão do mercado, e o ambiente de projetos associados com políticas sociais (concessões de parques e de florestas), além de discussões em torno da atuação da nova gestão na infraestrutura no Brasil nos próximos quatro anos, regulação do novo marco de saneamento, que fazem parte da programação do P3C.
Demais temáticas abordadas serão o Governo Federal e possíveis incentivos a realização de PPPs socias e manutenção do patrimônio histórico e cultural, soluções de conflitos com a intervenção de dispute boards ou comitês técnicos, controle judicial do reajuste de tarifas, controle da administração pública após a mudança da LINDB (lei de introdução ao direito brasileiro), regionalização e estruturação de novos projetos de saneamento, concessões no setor de telecomunicações, o papel das novas tecnologias no cenário das PPPs de infraestrutura
“A programação da conferência foi desenvolvida de forma a propor discussões de alto teor técnico e que ofereçam aos participantes recortes estratégicos para a formulação de projetos na modalidade PPP e que, também, traduzam as fragilidades que devem ser atacadas para mitigar riscos”, explica a idealizadora do P3C e CEO da Necta, Paula Faria.
Além da conferência, o P3C promove rodadas de negócios entre a iniciativa privada e os gestores públicos para incentivar a viabilização de projetos de infraestrutura. Para conferir a programação completa e respectivos palestrantes confirmados, empresas finalistas do Prêmio P3C 2023, entre outras informações, acesse o Portal exclusivo do evento.
Serviço:
P3C 2023 – PPPs e Concessões – Investimentos em Infraestrutura no Brasil
Quando: 27 de fevereiro – Abertura e Prêmio P3C – B3, São Paulo.
28 de fevereiro – Conferência – Centro de Convenções Frei Caneca.
Além de habitação, mobilidade, trânsito e transporte estão entre as principais áreas de atuação do ministro Jader Filho
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recriou o Ministério das Cidades. Com isso, as políticas de desenvolvimento urbano estão entre as prioridades do governo federal.
Além de habitação, uma das bandeiras do novo governo, mobilidade, trânsito e transporte também estão entre as principais áreas de atuação do ministro Jader Filho.
O Ministério das Cidades é responsável por diferentes áreas. Entre elas, está uma política de desenvolvimento urbano e ordenamento do território urbano.
Deste modo, a forma como se formam os núcleos urbanos tem atuação direta do governo federal. O resultado deve impactar diretamente na mobilidade, pois são áreas interligadas.
Outra área sob o guarda-chuva no novo ministério é a de habitação e o ministro já retomou obras do programa Minha Casa Minha Vida. Em seguida, estão saneamento ambiental, mobilidade e trânsito.
O ministro também prometeu voltar o olhar para uma política de financiamento e subsídio à habitação popular, de saneamento e de mobilidade urbana. Assim, a atuação deve incluir planejamento, regulação, normatização e gestão da aplicação de recursos em políticas de desenvolvimento urbano, urbanização, habitação e saneamento básico e ambiental.
Por fim, está entre as prioridades a participação na formulação das diretrizes gerais para conservação dos sistemas urbanos de água. Assim como para adoção de bacias hidrográficas como unidades básicas do planejamento e da gestão do saneamento.
“Estou lisonjeado pela missão recebida do presidente Lula. A maior da minha vida. Precisaremos reconstruir um dos ministérios mais importantes da Esplanada. Ele alcança o dia a dia das pessoas, chega aonde as pessoas moram, vão ao trabalho, levam os filhos nas escolas. O nome diz tudo, Ministério das Cidades”, afirmou o ministro, em nota, no início do governo.
Quem é Jader Filho?
Natural de Belém, no Pará, o ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, tem formação em Administração pela Universidade da Amazônia. Além disso, é pós-graduado em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Presidente do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) do Pará, coordenou, em 2022, as campanhas do MDB no estado, que reelegeram Helder Barbalho, seu irmão, a governador de estado, com a maior votação proporcional de todo o País (70,41%), além de eleger nove deputados federais, 13 deputados estaduais e um senador.
Jader é filho do senador Jader Barbalho (MDB/PA) e da deputada federal reeleita Elcione Barbalho (MDB/PA). É irmão do governador do Pará, Hélder Barbalho (MDB).
No Brasil, o governo federal criou o Ministério das Cidades em 2003, no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na época, a proposta era a de formular uma política nacional de desenvolvimento urbano e dos marcos institucionais de habitação, saneamento ambiental, mobilidade urbana e resíduos sólidos. Em 2019, a Pasta foi extinta, sendo recriada em 2023.
Setor de comércio apresentou a maior queda e o da construção teve a menor retração. Dados são referentes ao 4º trimestre de 2022
Os resultados da quarta Sondagem sobre Transformação Digital nas empresas brasileiras, desenvolvida em parceria pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e a Fundação Getúlio Vargas (FGV), mostram que houve redução dos investimentos realizados em digitalização entre o 3º e 4º trimestre de 2022, após dois trimestres ininterruptos de alta. O cenário é o mesmo para o indicador que avalia a previsão de investimentos para os próximos três meses.
O indicador de investimentos em digitalização retraiu 5,5 pontos, passando de 125,4 para 119,9 pontos, no último trimestre de 2022. Já a previsão de investimentos passou de 124,8 para 121,1 pontos no 4º trimestre de 2022, uma queda de 3,7 pontos, após forte alta no trimestre anterior. O Índice de Transformação Digital (ITD) oscila entre o mínimo de zero ponto e o máximo de 200 pontos, onde o patamar de 100 pontos é considerado neutro. Valores inferiores significam desaceleração, enquanto valores superiores sinalizam aceleração.
O cenário observado para o setor Empresarial também está refletido nas Micro e Pequenas Empresas (MPEs) entrevistadas pela sondagem. Os dois indicadores estudados apresentaram queda no 4º trimestre de 2022, comparativamente ao trimestre anterior. Os investimentos em digitalização realizados retraíram 2,5 pontos, atingindo a marca de 114,4 pontos no 4º trimestre. Essa é a primeira queda apresentada pelo índice ao longo do ano de 2022. Os investimentos em digitalização previstos passaram de 115,9 para 111,2, uma redução de 4,7 pontos.
A sondagem também verificou o percentual de empresas entrevistadas que relataram ter aumentado, não ter alterado, diminuído ou que não realizam investimentos em digitalização. No setor Empresarial, no 4º trimestre, apenas 22,1% das empresas informaram terem aumentado os investimentos em digitalização. Esse é o segundo menor valor percentual desde o início da pesquisa. Além disso, 53,3% e 22,4% relataram que os investimentos não se alteraram e que não realizaram investimentos em digitalização, respectivamente.
“Esse resultado revela que no 4º trimestre de 2022, a decisão de grande parte das empresas foi ter maior cautela na expansão dos seus investimentos em digitalização. Em relação às empresas que diminuíram os investimentos, apenas 2,2% informaram contração nos gastos direcionados”, explica o analista de Produtividade e Inovação da ABDI, Raphael Ribeiro.
Esse mesmo panorama se repete em relação às MPEs. Nesse setor, 17,0% das empresas entrevistadas informaram terem aumentado os investimentos em digitalização, enquanto 45,6% informaram não terem alterado e 34,7% informaram que não realizaram investimentos.
“A proporção de MPEs que não realizaram investimentos em digitalização é bem maior do que no setor Empresarial como um todo, o que pode ser reflexo, principalmente, das dificuldades de crédito e planejamento das MPEs”, esclarece Ribeiro.
Quando se avalia o desempenho dos indicadores de investimento por setor, é possível perceber que nenhum setor apresentou alta no indicador que mede a evolução dos investimentos em digitalização das empresas. A pesquisa divide a análise em quatro setores principais: Comércio, Construção, Indústria de transformação e Serviços.
O setor de comércio apresentou a maior queda no indicador de investimentos em digitalização, recuando 11,4 pontos, atingindo o patamar de 116,8 pontos. O setor de serviços recuou 1,6 ponto, para 123,4 pontos, sendo o setor com maior parcela das empresas que aumentaram os investimentos (25,9%). O setor da construção teve a menor retração do trimestre, de 1,1 ponto, se estabilizando em torno de 110 pontos. Na indústria de transformação, os resultados obtidos apontam para uma queda de 7,0 pontos do indicador de investimentos em digitalização, que chega aos 119,4 pontos.
O setor da Indústria e de Serviços apresentaram sucessivas altas no indicador ao longo do ano, mas caíram no último trimestre. Já o setor da Construção foi o que teve os menores níveis de digitalização desde o início da pesquisa, principalmente por conta da atividade-fim desempenhada que, em grande parte, não exige um processo de digitalização excessivo. Porém, a Construção foi o setor que apresentou a segunda maior alta entre o 1º e o 4º trimestre (5,3pp.), ficando atrás apenas de Serviços, que subiu 7,0 pp. na mesma janela.
A Sondagem sobre Transformação Digital nas empresas brasileiras tem o objetivo de preencher uma lacuna de indicadores destinados ao monitoramento da situação corrente da transformação digital nas empresas do país e das tendências para o curto e médio prazos. Sua periodicidade é trimestral e, no 4º trimestre de 2022, contou com uma amostra em torno de 4 mil empresas dos setores da Indústria, Serviços, Comércio e Construção. A coleta das informações se deu via web ou por telefone.
O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), por meio da Secretaria Nacional de Mobilidade e Desenvolvimento Regional e Urbano (SMDRU), prorrogou até 27 de fevereiro o prazo para contribuições ao texto da consulta pública do novo Marco Legal do Transporte Público Coletivo, no âmbito da União. O novo marco visa a reestruturação do modelo de prestação de serviços de transporte público coletivo. A consulta foi aberta em novembro de 2022.
A Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos), juntamente com as principais entidades do setor, participou da construção do texto do projeto, que foi amplamente discutido nas reuniões do Fórum Consultivo de Mobilidade Urbana do MDR.
O projeto de lei trata da reestruturação do modelo de prestação de serviços de transporte público coletivo e traz princípios, diretrizes, objetivos e definições sobre o tema, além da organização e financiamento dos serviços e também aspectos sobre a operação, como a contratação de operadores e o seu regime econômico-financeiro.
Diversidade e inclusão foram alguns dos principais destaques do relatório sobre o cenário atual do mercado global de tecnologia, lançado durante o Fórum Econômico Mundial
O Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, terminou, e com ele a divulgação de um relatório sobre ESG e o mercado global de tecnologia, desenvolvido pela startup brasileira DIO. O levantamento mostra que as organizações estarão mais engajadas com a inclusão e a diversidade, e as iniciativas de ESG devem se consolidar não apenas nas empresas, como também no governo e na sociedade como um todo.
O relatório tem como objetivo inspirar líderes, recrutadores e profissionais de tecnologia a ampliar o impacto positivo na sociedade, por meio da apresentação dos principais números de impacto da startup referentes ao ano anterior e do compartilhamento das lições aprendidas e casos de sucesso em ESG (Environmental, Social and Governance) com grandes multinacionais de tecnologia.
Com o tema “Cooperação em um mundo fragmentado”, o Fórum Econômico Mundial chegou em sua 53ª edição e reuniu mais de 2.700 chefes de estado e de governo, CEOs de grandes empresas, representantes da sociedade civil, meios de comunicação globais e líderes juvenis procedentes da África, Ásia, Europa, Oriente Médio, América Latina e América do Norte. O objetivo do encontro é impulsionar soluções voltadas para o futuro e enfrentar os desafios globais mais urgentes através da cooperação público-privada.
“Apresentar o nosso 3º relatório de impacto social para líderes de todo o mundo durante o Fórum Econômico Mundial, fortalece o Brasil como grande protagonista e formador de talentos de tecnologia no cenário mundial além de impulsionar os casos de sucesso cocriado com nossos parceiros para inspirar empresas a transformar positivamente a sociedade”, afirma Iglá Generoso, CEO e cofundador da DIO.
Confira as 5 tendências do mercado global de tecnologia e ESG para 2023, segundo o relatório:
Consolidação de iniciativas de ESG na sociedade, governos e empresas
“Ao longo dos últimos anos, o ESG se tornou cada vez mais prioridade para os diversos agentes do mercado, com iniciativas lideradas por governos, entidades civis e organizações com fins lucrativos. De acordo com o último relatório da ONU para a Agenda 2030, apesar do arrefecimento da pandemia de COVID-19, suas consequências ainda estão presentes no mundo inteiro: milhões de pessoas passaram a viver em situação de extrema pobreza e a insegurança alimentar aumentou a níveis alarmantes”
Maior engajamento das empresas com inclusão e diversidade
“De acordo com levantamento da International Labour Organization (ILO), de 2022, mulheres ainda ganham 20% menos no mercado de trabalho. Além disso, levantamento do Bureau of Labor Statistics, dos EUA, indica que pessoas pretas e pardas possuem salários 20,83% menores. Para mulheres pretas ou pardas, o cenário ainda é pior: elas recebem 23,82% a menos do que homens brancos”
Desafio crescente para reter talentos
“Em uma pesquisa global realizada pelo Statista com lideranças de diversos setores, 42% dos executivos entrevistados indicaram a atração de talentos como o maior desafio no recrutamento em tecnologia. De acordo com a pesquisa realizada pelo Gartner, apenas 29% dos talentos do setor de tecnologia possuem intenção de permanecer em suas vagas, sendo um cenário ainda pior para jovens talentos de 19 a 29 anos, em que apenas 16% possuem a intenção de permanecer em seu trabalho atual”
Profissionais cada vez mais globais no cenário interconectado do pós-pandemia
“O processo de retomada dos mercados globais após a transformação digital acelerada pela pandemia de COVID-19 aumentou a demanda por profissionais que tenham conhecimento e experiências na área de tecnologia. Além disso, há a escassez desses profissionais ao redor do mundo, e a expectativa é que 2030 haverá um déficit de 85 milhões de talentos, de acordo com a consultoria Korn Ferry”
Evolução de aplicações cotidianas de tecnologias exponenciais
“Cada vez mais tecnologias exponenciais se tornam presentes no cotidiano da sociedade, novas aplicações e a rápida disseminação dessas novidades são fatores extremamente relevantes para o mercado. “
A cidade atingiu o nível mais alto de certificação e tornou-se o segundo município do Brasil a receber o título de smart city, sendo a primeira entre as cidades de médio porte
A cidade de Pindamonhangaba está em festa. Na noite de quarta-feira (25), a Prefeitura realizou uma cerimônia no Pátio das Flores para receber das mãos da ABNT o ISO 37.120, de indicadores de cidades e comunidades sustentáveis, além de realizar a entrega do certificado de “Empresa Amiga da Cidade” aos principais colaboradores. A noite contou, ainda, com a entrega de menções honrosas aos secretários da gestão e empresas parceiras.
“Essa certificação proporcionada pela ABNT nos faz elevar o nível de exigência para uma boa gestão dos serviços públicos oferecidos. Com a coleta de dados e catalogação que nos apresentaram nossos índices, obtivemos o nível Platina, que é considerado o mais alto grau de certificação. Isso é importante para o nosso trabalho de atração de novos investimentos e mais importante do que a conquista será a manutenção desse nível de indicadores”, destaca o prefeito de Pindamonhangaba, Dr. Isael Domingues.
A cerimônia foi aberta com um vídeo institucional mostrando um pouco dos avanços tecnológicos pelos quais a cidade vem passando, justificando em parte seu título de Smart City ou Cidade Inteligente. O vídeo pode ser conferido no canal do Youtube da Prefeitura, o “Prefeitura de Pindamonhangaba”, onde também está disponível a íntegra da cerimônia de certificação.
Os certificados de “Empresa Amiga da Cidade” foram entregues pelo prefeito de Pindamonhangaba, Dr Isael Domingues, vice-prefeito Ricardo Piorino, secretário de Tecnologia, Inovação e Projetos, Danilo Velloso, além dos representantes das empresas parceiras para a Certificação: Marcelo Nunes, diretor geral do Parque Tecnológico de São José dos Campos e Carlos Venícius Frees, CEO da Smart Free´s. Foram ganhadoras as seguintes empresas e instituições: Tecnored, EDP São Paulo Distribuidora de Energia, Eccosave Soluções Sustentáveis, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil de Pindamonhangaba, Santa Casa de Misericórdia, Hospital 10 de Julho Unimed, Renovar Saneamento Ambiental, Incomisa, DBTEC, Kóide Autopeças do Brasil, Novametal do Brasil, Novelis do Brasil, Gerdau, LyondellBasell, TenarisConfab, Pisani Plásticos, Dupont, Sabesp, Viva Pinda Transporte Coletivo e Scipópulis. Receberam menção honrosa as empresas: Americanet, Embrás, Webnets, Solutec e Erione.
Foram chamados no palco para uma singela homenagem os secretários ou representantes das Secretarias Municipais: Administração, Assistência Social, Cultura e Turismo, Desenvolvimento Econômico, Educação, Esporte e Lazer, Finanças e Orçamento, Governo e Serviços Públicos, Habitação, Meio Ambiente, Mulher, Família e Direitos Humanos, Negócios Jurídicos, Obras e Planejamento, Saúde, Segurança Pública, Subprefeitura de Moreira César, Fundo Social de Solidariedade e Gabinete do Executivo.
A entrega da certificação ISSO 37120 foi feita ao prefeito Dr. Isael Domingues pelos representantes da ABNT, Antonio Carlos Barros de Oliveira e Denis Carvalho. Além do cerimonial de premiação, o evento contou ainda com estande do Novo Turismo Pinda – apresentando um totem de realidade aumentada, e dos parceiros do turismo gastronômico da cidade: Queijaria Bolderine, Alambique Pinda Boa e Rei do Chopp. A noite teve ainda um pocket show com a banda La Dama e, ao lado externo o balão inflado da Voar de Balão.
Foto: Prefeitura/Pindamonhangaba (Foto : Prefeitura de Pinda)
“Este é um momento de agradecimento. A equipe de Tecnologia merece todos os parabéns. Para nós, essa certificação significa mostrar que Pindamonhangaba compete entre os grandes. O objetivo do nosso trabalho é mostrar para todos que essa é uma gestão séria que abraça o empresariado porque sabe que ele é o gerador de empregos. Uma gestão que objetiva melhores serviços públicos, melhorar a vida do cidadão. É através da tecnologia e da inteligência que você economiza, que conquista mais recursos para implementar e fazer a cidade crescer e se desenvolver mais. Todo esse trabalho foi feito para que o mundo saiba que Pindamonhangaba é uma cidade diferenciada. Nós somos a primeira cidade entre as médias a ter essa certificação. Agradeço a cada secretário que contribuiu com esse prêmio”. (Trecho do discurso do secretário de Tecnologia, Inovação e Projetos, Danilo Velloso)
“Se a gestão acredita em Tecnologia, nada mais justo que o Parque Tecnológico estar aqui com vocês nesta noite. Essa certificação deu um trabalho para a equipe que não foi fácil não, porque em três meses estavam com todos os indicadores e dados levantados. Isso é provar que é possível realmente. Esses indicadores são pano de fundo para um planejamento estratégico dos municípios, para um plano de implementar tecnologia e informática dentro do município de forma mais estruturada e Pinda aceitou esse desafio. Isso é realmente um marco, que vai chamar a atenção do Brasil inteiro”. (Trecho do discurso de Marcelo Nunes, do Parque Tecnológico de São José dos Campos)
“O impressionante disso tudo é o envolvimento das secretarias, dos técnicos, das equipes para a gente conseguir levantar as informações e evidências técnicas que comprovaram de fato que Pinda fazia aquilo que o indicador pedia. Parabéns a Pindamonhangaba por chegar no nível de comprovação de resultados como a gente chegou, com números muito bons. E vamos prosseguir, porque tem mais duas grandes normas para a gente vencer. Parabéns a todos os envolvidos”. (Trecho do discurso de Carlos Frees, da Smart Free´s)
“Parabéns à equipe da Secretaria de Tecnologia. Essa é uma noite histórica para Pindamonhangaba: a segunda cidade a alcançar esse marco de Cidade Inteligente. Os avanços e conquistas que estamos tendo, Wi-fi público, Ouvidoria digital, câmeras de monitoramento, 1 DOC e outros, e com esses indicadores que apresentamos e sentimos no dia a dia, o número de empresários e empreendedores que nos procuram para se instalarem na cidade é imensurável. Isso é motivo de muita alegria porque a nossa preocupação maior, neste momento, é a geração de empregos. Todos nós vamos crescer com os benefícios que representam todos esses indicadores. Temos que comemorar juntos essa grande conquista”. (Trecho do discurso do vice-prefeito de Pindamonhangaba, Ricardo Piorino.
“Estamos considerando um padrão normativo internacional, utilizado em 165 países dos 5 continentes. Essa certificação que Pindamonhangaba recebe hoje é a mesma, contemplando os mesmos padrões indicativos de Londres, Paris, Cidade do Cabo, Buenos Aires, Santiago e outras cidades do mundo. Esse é o resultado de um trabalho coletivo, de sinergia com todo o secretariado e um momento de se considerarem no hall das principais cidades do mundo, que tiveram esses indicadores avaliados. Esse projeto implantado em Pindamonhangaba foi um projeto de divisão de governança, para os cidadãos e para o empresariado. Outro ponto importante a se destacar é o legado que esses indicadores estarão fornecendo para as administrações futuras, para definir com clareza total o seu plano de investimento e planejamento estratégico”. (Trecho do discurso do representante da ABNT, Antonio Carlos Barros de Oliveira).
“Esse é um momento muito importante para nós, porque estamos recebendo o resultado do esforço de todos contidos aqui numa placa, certificada e reconhecida por uma entidade que tem renome internacional. Essa é uma normatização de cidade reconhecida em nível internacional. Isso só aumenta a responsabilidade de todos nós para manter essa certificação como um símbolo de nossa cidade, que tenha um reflexo na vida do cidadão. Tudo o que nós fazemos tem que ter um sentido. Esse símbolo representa suor, esforço, dedicação, coragem, ousadia, e acima de tudo respeito, atenção, carinho e solidariedade com o cidadão. Parabéns a todos os presentes. Estou muito orgulhoso da minha equipe”. (Trecho do discurso de agradecimento do prefeito Dr. Isael Domingues)
Para Felipe Maruyama, COO da Cietec, São Paulo deveria se tornar uma grande plataforma de inovação aberta, com espaços dedicados à experimentação de novos produtos e serviços
“São Paulo deve se transformar em uma grande plataforma para a inovação.” É dessa maneira que Felipe Maruyama, COO do Cietec (Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia, incubadora de empresas localizada na USP), imagina o futuro da cidade. “É preciso criar espaços onde novas tecnologias sejam testadas e implementadas rapidamente pelo setor público, para o benefício de toda a população.”
Maruyama será o coordenador das palestras e painéis da arena Cidades Inteligentes, parte do Festival Cidade do Futuro. Para ele, a meta de construir uma São Paulo melhor passa necessariamente pela discussão sobre smart cities, que usam a transformação digital para “gerar valor para as pessoas”.
Engana-se, diz Maruyama, quem acredita que essas cidades são definidas por prédios conectados, carros sem motoristas e equipamentos de ponta. “A tecnologia é apenas um meio para alcançar o objetivo real, que é solucionar os problemas concretos da cidade, oferecendo serviços com eficiência, reduzindo desigualdades, aumentando a resiliência e melhorando a qualidade das pessoas de forma transversal”, diz o COO.
Embora a capital paulista, que hoje completa 469 anos, enfrente problemas gravíssimos de pobreza, fome e violência, Maruyama acredita que dá para visualizar um futuro melhor a partir de algumas medidas tomadas no passado recente. “São Paulo, com seus mais de 12 milhões de habitantes, é uma cidade com muitas desigualdades. Mas, apesar de todos os desafios, tem avançado em algumas dimensões”, diz.
Ele cita como exemplos o programa WiFi Livre, que disponibiliza sinal de internet nas principais praças da cidade, o uso da tecnologia para otimizar a entrega da merenda escolar nas instituições municipais e a redução do tempo de abertura de uma empresa. “Nos últimos quatro anos, foi feito um esforço para que um conjunto de processos que até então eram bastante analógicos se tornassem digitais”, afirma.
Na opinião de Maruyama, outro passo importante na direção certa foi a criação das ciclofaixas, a partir de 2013. “Uma cidade inteligente faz com que a população se aproprie dos espaços públicos. As ciclofaixas alcançaram esse objetivo.”
Espaços para experimentação
Será preciso muito mais, porém, para acelerar o processo de transformação de São Paulo em uma cidade do futuro. O próximo passo, diz Muruyama, deveria ser a criação de espaços para gerar inovação. “Veja bem, as pessoas têm uma relação muito próxima com a cidade onde vivem e trabalham. E isso dá a São Paulo a oportunidade gigantesca de se tornar uma plataforma de testes”, afirma.
Um ponto de partida para tornar isso realidade foi a criação de um Sandbox Regulatório no estado de São Paulo, em outubro do ano passado. A nova regra permite a criação de ambientes onde as empresas podem testar novos produtos e serviços, sem as limitações impostas pelas regulamentações vigentes. “Isso elimina a burocracia e faz com que a cidade se torne um espaço de desenvolvimento tecnológico, onde empresas e poder público podem trabalhar juntos.”
Ele cita como exemplo o caso do Hospital das Clínicas, que está testando soluções 5G para a transformação digital de seus processos. “Essa solução poderia ser testada e adotada em toda a saúde pública, melhorando o atendimento da população. Com o sandbox, novas tecnologias baseadas em 5G podem chegar ao público muito rapidamente.”
Outra medida importante é fazer com que o processo de decisão de políticas públicas seja realizado com base em dados. “Precisamos coletar dados com qualidade e daí transformá-los em data sets que possam ser utilizados de forma aberta, para que todos tenham uma visão uníssona sobre essa malha de dados que a cidade gera. Para mim, a Cidade do Futuro é uma cidade baseada em bons dados.”
E quanto tempo vai demorar para que São Paulo chegue lá? “Eu acredito que vamos dar saltos qualitativos cada vez maiores. Mas, até implantarmos todas as soluções para uma cidade mais inteligente e mais humana, pode levar até duas décadas. Não é algo que se resolve rapidamente.”
O que podemos esperar quando falamos de Smart Cities em 2023?
Já sabemos que as inovações ligadas ao setor de cidades inteligentes não param de crescer por aqui e no restante do mundo.
Não é à toa que o Smart City Expo Congress Barcelona 2022 reuniu grandes empresas multinacionais (como Microsoft e LoRa Alliance, por exemplo), além de negócios de diversos países e continentes, incluindo Ásia, Europa, EUA e América Latina (e é claro que o Brasil não ficou de fora dessa).
Quando falamos de tendências para 2023, em primeiro lugar, é preciso entender como as coisas funcionam do ponto de vista legal.
Desde 2021, tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei n° 976, que Institui a Política Nacional de Cidades Inteligentes (PNCI) e busca “estimular o desenvolvimento no Brasil das chamadas cidades inteligentes, que aproveitam tecnologias de última geração na gestão do espaço urbano e no relacionamento com os cidadãos”.
O Projeto de Lei já passou pelas primeiras etapas de aprovação e falta apenas uma etapa para que saia da Câmara dos Deputados e seja levado ao Senado Federal.
Se for aprovado em 2023, é provável que as primeiras mudanças comecem a acontecer ainda neste ano, ou seja, veremos uma aceleração das cidades inteligentes em nível nacional e investimentos ainda maiores no segmento.
E por onde será que esta mudança vai começar? Bom, neste caso é interessante analisarmos o Ranking Connected Smart Cities, que recentemente mapeou quais são as cidades mais inteligentes do país, considerando 75 indicadores de desempenho diferentes.
Em primeiro lugar, ficou a gigante São Paulo, seguida por Florianópolis e Curitiba. Apesar do destaque para metrópoles, cidades menores que as capitais mostraram o seu potencial e também ficaram entre as Top 10. Vimos São Caetano do Sul (SP) e Niterói (RJ) conquistando o sexto e o nono lugar, respectivamente.
A classificação destes municípios deixou claro que qualquer cidade pode ser uma smart city, independentemente de seu tamanho e população, e é isso que devemos ver em 2023 – cidades de todos os portes adotando soluções inteligentes.
E o que são, na prática, cidades inteligentes? Espaços inteligentes são aqueles que usam a tecnologia como ferramenta de otimização.
Nas indústrias, o monitoramento inteligente pode prevenir acidentes e identificar pessoas; no comércio, pode ajudar a evitar roubos e ajudar a compreender o comportamento do consumidor; nas cidades, é possível monitorar e otimizar a vida urbana.
Por exemplo, você sabia que, na capital paulista, segundo a prefeitura de São Paulo, o tempo de espera por uma ambulância em ocorrências graves é de aproximadamente 24 minutos? Nos casos menos graves, essa espera pode ser de duas horas.
Agora imagine uma câmera que funciona em conjunto com um sistema de inteligência artificial e pode detectar bloqueios de trânsito, analisar a velocidade dos veículos e inclusive já identificar pela placa o nome do proprietário do veículo, além da quantidade de pessoas circulando para ajudar na tomada de decisões.
Com certeza, acidentes poderiam ser evitados, atendimentos médicos seriam solicitados diretamente pelo sistema, sem que uma testemunha precisasse ligar para o SAMU ou a polícia, agilizando o pedido de socorro e mais: ambulâncias e viaturas seriam orientadas a escolher os melhores caminhos em tempo real, com escolhas feitas da forma mais eficaz possível por um sistema que coleta e analisa milhares de dados sobre tráfego em tempo real.
Isso é o que chamamos de cidades inteligentes. E o mais interessante é que a tecnologia já está disponível e acessível no Brasil.
Ao invés de termos câmeras de CCTV tradicionais, é possível utilizar Inteligência Artificial, Machine Learning e Big Data Analytics junto às mesmas para facilitar processos cotidianos, gerando tanto a infraestrutura inteligente quanto serviços públicos inteligentes.
E mais, além de monitorar o trânsito, também ajuda na segurança enviando alertas sobre atividades suspeitas e vigilância em geral (com parâmetros que ajudam a verificar ações sobre objetos abandonados, limpeza, distanciamento social, face analytics para espaços públicos, entre outras possibilidades).
São aplicações como esta que vão proporcionar mais segurança, sustentabilidade, praticidade e outras melhorias para as cidades brasileiras e seus cidadãos em 2023.
Acredito muito no potencial que o mercado brasileiro tem de otimizar o tempo e a qualidade de vida nos ambientes urbanos e é isso que veremos neste ano, conforme a Inteligência Artificial, o Machine Learning e o Big Data Analytics forem conquistando espaço e contribuindo para o desenvolvimento das cidades inteligentes por todo o país.