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STARTUPS CURITIBANAS SE DESTACAM EM RANKING DAS 100 MAIS ATRAENTES DO BRASIL

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Startups de Curitiba e região são destaques em categorias do ranking 100 Open Startups 2022, que reúne as empresas de base tecnológica mais atraentes para o mercado no Brasil. Em sua sétima edição, o levantamento foi divulgado pelo Movimento 100 Open Startups, na última terça-feira (8/11).

Ao todo, 15 startups do Vale do Pinhão se destacaram em 11 categorias: Laura (saúde), 4avants (energia), IoTag (agronegócio), Comunica.in (recursos humanos), Exati e Automa (cidades inteligentes), ST-One e Ubivis (indústria), Oystr (jurídico), Syx Global (verde), Cargo e Exy Exoesqueletos (transporte/logística), Driva e Peepi (marketing com impacto social) e TruggHub (marketplace). Cada categoria traz dez empresas que se destacam em seus segmentos (Top 10). Entre as categorias especiais, dois representantes curitibanos: Exy Exoesqueletos (Empreendedorismo Feminino) e ST-One (LGBTQIA+).

Seis startups da capital e região – Oystr (29º), ST-One (44º), Laura (46º), Syx Global (54º), Comunica.in (58º) e Driva (71º) – também aparecem no ranking principal, o das Top 100 Open Startups.

O 100 Open Startups é elaborado com base em avaliações de atratividade das startups para grandes instituições, como empresas, aceleradoras e investidores. Para tanto, é levado em consideração o interesse nos empreendimentos, negociações em andamento e parcerias realizadas pelas startups.

O Movimento 100 Open Startups é uma rede de conexão que envolve grandes empresas como Bradesco, Grupo Fleury, 3M, Abbott, Natura, Itaú, IBM, J&J, Estácio, fundos de investimento, olheiros e grandes programas de empreendedorismo interconectados.

Ambiente de inovação

Para Cris Alessi, presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação, a forte presença das empresas curitibanas no ranking 100 Open Startups só confirma a importância da Prefeitura e do ecossistema de inovação da capital estarem mobilizados em torno do Vale do Pinhão, o movimento formado por poder público, universidades, incubadoras, entidades de fomento (como Fiep, Sebrae e ACP), empresas e terceiro setor para tornar Curitiba a cidade mais inteligente do país.

“A inovação e os processos de mudança tecnológica têm sido a principal força motora para o desenvolvimento econômico sustentável, com aumento da produtividade, da renda, da geração de empregos e da competitividade internacional. O propósito do Vale do Pinhão é cada vez mais fortalecer e potencializar esse ambiente de inovação da cidade por meio do empreendedorismo, economia criativa e tecnologia para transformar Curitiba em uma cidade cada vez mais inteligente”, reforça Cris Alessi.

A presidente da Agência Curitiba salienta ainda que esta melhora no ambiente de negócios da cidade se reflete, inclusive, na aceleração econômica de Curitiba, com recuperação do mercado de trabalho local. “Curitiba gerou 36.043 empregos com carteira assinada de janeiro a setembro de 2022. A cidade foi a quinta do País em número de empregos gerados, atrás de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte”, acrescenta ela. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e foram divulgados pelo Ministério do Trabalho e Previdência no mês passado.

 

Saiba mais sobre as startups curitibanas no 100 Open Startups 2022

SAÚDE

  • Laura  (Curitiba) – Healthtech curitibana desenvolveu o Robô Laura, tecnologia única no mundo que alerta sobre o risco de infecções generalizadas (sepse) em pacientes internados em hospitais.

ENERGIA

  • 4Vants (Curitiba) – A startup de inteligência artificial que identifica e analisa imagens para que companhias de energia e de outros setores”enxerguem” o que estão fazendo a distância.

INDÚSTRIA

  • ST-One (Curitiba) – Finalista do Pitch Live em 2020, a indtech é especializada em automação industrial com foco na digitalização de dados.
  • Ubivis (Curitiba) – A startup criou um software que avalia os parâmetros das máquinas de uma linha de produção e realiza ajustes, como temperatura e quantidade de matéria-prima, sem intervenção humana — por meio de inteligência artificial.

TRANSPORTE/LOGÍSTICA

  • Cargon (Curitiba) – A logtech oferece uma plataforma que gerencia a logística da indústria e de transportadoras, com foco em otimização, segurança e informação.
  • Exy Exoesqueletos (Curitiba) – A empresa criou um exoesqueleto, que oferece maior segurança, produtividade e ergonomia em ambientes industriais, ao reduzir o esforço do colaborador em até 30%.

MARKETPLACE

  • TruggHub (Curitiba) – Startup da capital oferece uma plataforma de marketplace (shopping virtual) de frete digital especializada em cargas fracionadas, com processo de cotações e leilões-relâmpago.

JURÍDICO

  • Oystr (Curitiba) – A legaltech da capital desenvolveu robôs que capturam e enviam informações dentro do ambiente jurídico.

MARKETING

  • Peepi  (Curitiba) – A startup ajuda as empresas a crescer impulsionadas pelo engajamento de seus clientes e colaboradores, transformando-os em Defensores da Marca.
  • Driva (Curitiba) – Empresa usa dados do cliente e de mercado para ajudar empresas B2B, que comercializam com outras empresas, a vender mais e melhor.

RECURSOS HUMANOS

  • Comunica.in (Curitiba) – HRtech criou uma plataforma que reúne várias funcionalidades importantes para o dia a dia das equipes de comunicação interna, como criação e agendamento do disparo de comunicados e pesquisas, segmentação, controle e planejamento das campanhas de comunicação e mensuração de resultados de performance.

AGRONEGÓCIO

  • IoTag (Curitiba) – Startup criou três inovações para máquinas agrícolas: hardware que automatiza a operação do computador de bordo da equipamento; plataforma que permite a gestão do maquinário e aplicativo que funciona como interface para a plataforma tanto no celular quanto no tablet.

VERDE

  • Syx Global (Campo Largo) – Startup oferece uma plataforma simples e transparente para a compra e venda de ativos de empresas, cooperativas e outros parceiros, como caminhões, máquinas industriais, equipamentos agrícolas e itens de segmentos como mineração e manejo de florestas.

CIDADES INTELIGENTES

  • Automa (Curitiba)  – A citytech moderniza a gestão de cidades, fazendas e grandes empresas, fornecendo uma plataforma de API (conjunto de rotinas e padrões de programação) para tornar as cidades mais inteligentes.
  • Exati (Curitiba) – A startup da capital oferece uma plataforma para gestão de serviços públicos como iluminação, arborização, pavimentação, gestão de Resíduos, saneamento, monitoramento de rios e telegestão.

Fonte: Prefeitura de Curitiba

CIDADES DO FUTURO: MAIS VERDE, MENOS DESLOCAMENTO E IDOSOS POR TODOS OS LADOS

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 O Brasil está envelhecendo: o futuro é dos grisalhos.

Por Adriana Costa Koch e Silvia Barcik

 

Como você imagina a cidade do futuro? Carros voadores, turismo intergaláctico, robôs caminhando naturalmente pelas ruas, cidades suspensas no ar? Talvez. Mas isso está mais para um clichê futurista dos Jetsons do que uma análise mais densa.

Para entender o futuro é preciso estar atento aos sinais emitidos no aqui e agora. Um deles é sobre o envelhecimento da população. Isso sugere que a cidade do futuro seguramente terá muito cabelo grisalho, longa experiência de vida, rugas na testa e alto nível de exigência no consumo de tecnologia e mobilidade. E, para isso, cidades, governos e toda a sociedade precisam se preparar.

Segundo relatórios da ONU (Organização das Nações Unidas), uma em cada oito pessoas no mundo hoje tem mais de 60 anos. Até 2050, a população global na terceira idade deverá duplicar ultrapassando 1,5 bilhão de pessoas. No Brasil, a tendência não é diferente.

Segundo o estudo World Population Prospects, divulgado pela ONU em 2019, teremos mais do que o dobro de pessoas acima de 60 anos em 2050. No Brasil, a tendência é ainda mais acentuada. A população brasileira vai atingir o pico no ano de 2045, com 229,6 milhões de pessoas. Porém, o número de idosos deve seguir subindo, atingindo o ápice entre 2070 e 2080, conforme tabela abaixo (em milhões de pessoas).

Anos 60+ 70+ 80+
2020 29 857 12 961 4 159
2030 42 242 20 128 6 538
2040 54 663 28 827 10 563
2050 67 361 37 291 15 376
2060 76 069 46 122 20 079
2070 79 237 51 617 25 185
2080 78 882 52 671 27 948

Fonte: https://population.un.org/wpp2019/Download/Probabilistic/Population/

E o que será feito com essas informações? Para os pesquisadores de Futuro (há pessoas sérias estudando como será a humanidade em um cenário de curto, médio e longo prazo) um dos primeiros passos para elaborar soluções para o futuro é trabalhar com os sinais do agora.

Um estudo divulgado pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) em setembro deste ano confirma que as taxas de fecundidade no Brasil devem seguir tendência de queda nas próximas décadas. Se as projeções se confirmarem, a população brasileira passará a ter crescimento negativo a partir de 2050.  Em 2100, os mais jovens (de 0 a 14 anos) representarão 13% da população, enquanto idosos (considerados aqui acima de 65) serão 30% – hoje, esse grupo representa 9,6% da população.

Iniciativas do presente que estão planejando as cidades do futuro: ODS, smart cities e os modelos que vem de fora

O ritmo de desenvolvimento das cidades que consideram os desafios das projeções demográficas ainda não é dos mais desejáveis. O que não significa que nada está sendo feito. Na Assembleia Geral das Nações Unidas de 2015 foi estabelecido um conjunto de 17 objetivos a serem cumpridos até 2030 que ficaram conhecidos como Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Um desses objetivos trata de “tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis”. Entre os elementos esperados para as cidades do futuro, é que elas sejam capazes de colocar em prática tecnologias integradoras que amplifiquem a eficiência e qualidade dos serviços públicos.

Aqui no Brasil, o IPEA tem acompanhado juntamente com o IBGE as metas que integram este objetivo. Há ainda um caminho a percorrer, sobretudo para a necessidade de se buscar a integração entre as políticas setoriais que afetam o desenvolvimento das cidades, uma tendência sem volta de incentivar a transversalidade dos temas ambientais e urbanos. (www.ipea.gov.br)

Neste ponto, se juntarmos as pontas do que os sinais do futuro nos emitem (por exemplo, envelhecimento da população e as questões climáticas) e a incrível capacidade humana de inovação, é de se esperar que a projeção urbanística dessas cidades considere a transversalidade do desenvolvimento social, econômico e ambiental, inclusive no Brasil.

O processo para que o cenário do futuro vire realidade leva em conta também muitos outros elementos. O termo smart city (cidade inteligente) surgiu na década de 1990, com a publicação de The Technopolis Phenomenon: Smart Cities, Fast Systems, Global Networks, que estudava o fenômeno do desenvolvimento urbano sob uma perspectiva tecnocêntrica. Nos anos 2000, novos estudos (comandados pelo professor Rudolf Giffinger) passaram a adotar uma abordagem voltada para um maior equilíbrio na combinação entre capital humano e social visando a qualidade de vida nas grandes cidades.

Não à toa as principais iniciativas hoje em termos de cidade do futuro consideram os elementos de necessidades humanas como princípios norteadores em seus planejamentos. O arquiteto Jan Gehl, autor do livro “Cidades para as pessoas”, defende que todas as tendências globais devem ser consideradas porém, com uma abordagem focada nas pessoas, imaginando como o ambiente construído pode promover o bem-estar e a qualidade de vida. E as cidades, desde seu planejamento estratégico até o design, devem ser centradas no ser humano.

Endossando ainda mais o tema, um estudo recente publicado pela consultoria Deloitte¹ apontou 12 tendências que devem impactar as cidades do futuro. Baseado em levantamento com especialistas de mais de 40 cidades de todo o mundo, algumas das tendências apontadas já podem ser observadas em algumas poucas iniciativas, mas ainda é insignificante diante da urgência que o tema demanda. Confira quais são:

  • Planejamento verde de espaços públicos: ruas verdes projetadas para pessoas, com novos corredores e espaços públicos como centros da vida social. Esse já é o caso do planejamento de Liuzhou Forest City, na China, cidade projetada para ser a primeira totalmente ecológica do mundo – e que tem a missão de absorver 10 mil toneladas de CO2 do mundo.
Foto: Liuzhou Forest City – projeto do arquiteto italiano Stefano Boeri para a cidade chinesa.
Fonte foto: https://www.stefanoboeriarchitetti.net/en/project/liuzhou-forest-city/
  • Comunidades inteligentes de saúde: prevenção e cuidados de saúde personalizados (como a genômica, que estuda sequenciamento de DNA).
  • Cidade de 15 minutos: mobilidade a 15 minutos a pé ou de bicicleta de qualquer destino. É o caso da International Business District (IBD), em Songdo, na Coreia do Sul: a cidade foi planejada priorizando o uso de transporte público e bicicletas, além de ter um plano urbanístico que tem como prioridade reduzir o tempo de locomoção dos seus habitantes.
Foto: imagem aérea do IBD, na cidade de Songdo, na Coreia do Sul. https://www.mansionglobal.com/articles/sustainable-and-smart-south-koreas-songdo-offers-green-spaces-and-good-schools-228684
  •  Mobilidade inteligente, sustentável e como serviço: ela passa a ser cada vez mais limpa, inteligente, autônoma e intermodal, com mais espaços para a mobilidade ativa (caminhadas e uso de bicicletas).
  • Serviços inclusivos e planejamento: fornecimento de acesso à habitação e infraestrutura, direitos e participação iguais, empregos e oportunidades.
  • Ecossistemas de inovação digital: cidades tendem adotar uma abordagem multidimensional para a inovação (interações entre universidade, indústria, governo, público e meio ambiente) com governos municipais atuando como plataformas que possibilitam conexões políticas, locais e de infraestrutura para o ecossistema florescer.
  •  Economia circular e produção local: circulação saudável de recursos e princípios de compartilhamento, reutilização e restauração.
  • Edifícios e infraestrutura inteligentes e sustentáveis: otimização acentuada do consumo de energia e melhor gestão de recursos como água, por exemplo.
  •  Participação em massa: cidades estão evoluindo para serem centradas no homem e projetadas por e para seus cidadãos, promovendo processo colaborativo com políticas governamentais abertas.
  • Operações por meio de inteligência artificial: baseadas em dados, cidades tendem a evoluir para plataformas digitais que funcionarão como ‘cérebros da cidade’, onde toda a atividade urbana é orquestrada e operada permitindo a correlação de eventos, identificação de problemas de forma rápida e assertiva, análise preditiva (por meio de aprendizado de máquina) e gerenciamento de incidentes, e fornecendo insights operacionais por meio da visualização.
  •  Cibersegurança e conscientização sobre privacidade: mais conscientização sobre a importância da privacidade dos dados e dos impactos causados por ataques cibernéticos.
  •  Vigilância e policiamento preditivo: mais segurança e proteção aos cidadãos por meio da inteligência artificial com o uso cada vez mais comum de sistemas de segurança ágeis que podem detectar redes de crime ou terrorismo e atividades suspeitas, e até mesmo contribuir para a eficácia dos sistemas de justiça.

Para além das inovações em termos de tecnologia e a preocupação com os temas relativos à biodiversidade, as projeções apontam que o futuro do século XXI será grisalho. O percentual de pessoas idosas alcançará seu ápice não só no Brasil, mas no mundo, e isso é um marco da história da humanidade.

E a maior parte dessa população viverá nas grandes cidades: em 2018, 87% da população residia ambientes urbanos. Esse percentual deve se estabilizar em 90% nas projeções de longo prazo, segundo informe técnico “O que são cidades inteligentes e sustentáveis? ”, divulgado em 2020 pela EPE (Empresa de Pesquisa Energética, vinculada ao Ministério de Minas e Energia).

Deste modo, para se construir as cidades do futuro, para que elas sejam efetivas smart cities (cidades inteligentes) a discussão deve trazer também o aspecto demográfico da população em que estarão inseridas. Questões como tecnologia, mobilidade, saúde, mercado de trabalho, entre outros temas, todo o ambiente econômico e social será altamente impactado se não considerar essa massa populacional na construção de suas políticas hoje.

¹https://cities-today.com/industry/12-trends-that-will-shape-the-future-of-cities/

Texto originalmente publicado na Revista SAE

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade da autora, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities

ABDI FALA SOBRE INOVAÇÃO NA CONSTRUÇÃO CIVIL NO REC´N´PLAY 2022

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Dia 18 de novembro, a partir das 10h, a Agência apresentará painéis sobre o uso de BIM e a digitalização dos setores das engenharias e da arquitetura em Recife (PE)

A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) participará do maior festival de tecnologia e inovação do Brasil: REC´n´Play 2022. O evento acontece em Recife (PE), de 16 a 19 de novembro, no centro histórico do Recife Antigo. No dia 18/11 (sexta-feira), a ABDI apresentará dois painéis complementares de BIM para profissionais envolvidos na cadeia da construção civil.

No primeiro, às 10h, Leonardo Dias Santana, analista de Produtividade e Inovação da ABDI, na companhia de uma equipe de especialistas, falará sobre “A digitalização do setor da construção no Brasil e em Pernambuco — Cenários BIM”. O painel será no Auditório do Centro de Artesanato e vai mostrar um panorama sobre a digitalização do setor, além de abordar o papel do BIM no contexto regional e nacional.

Após o almoço, às 14h30, na Sala de Espetáculos do Teatro Apolo, Larissa Guerra, arquiteta da Unidade de Projetos Especiais da ABDI, mediará o bate-papo entre empresas que irão expor “Casos concretos do uso de BIM”. Nesta segunda parte, o painel trará as experiências de organizações que adotam BIM em obras executadas em âmbito nacional e no estado de Pernambuco e proporcionará um debate sobre boas práticas e lições aprendidas.

“A presença da ABDI no festival será uma oportunidade de expor o avanço do uso de tecnologias nas atividades dos setores e a adaptação gradativa ao ecossistema BIM a nível regional e nacional. Será também um grande momento de troca de conhecimentos e experiências entre os setores público e privado, com especialistas, estudantes e interessados no tema”, ressalta Leonardo Dias Santana.

Cristina Correia de Araújo, conselheira do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Pernambuco (CAU-PE); Florencio da Silva Filho, coordenador adjunto do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco (CREA-PE); Max Andrade, professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE); Tiago Lopes, presidente da Associação para o Desenvolvimento e Promoção do BIM no Estado de Pernambuco (ABIM-PE); Ricardo Freitas, programador da OnBIM Technology; Tiago Morais, engenheiro civil da ENGEConsult; Cleber Cavalcante, arquiteto da Castro Industrial; Bernardo Beltrão, arquiteto da TPF Engenharia; e Ricardo Hüttl, engenheiro civil da TECOMAT participarão dos painéis da ABDI. Larissa Guerra será a moderadora.

REC´n´Play

Realizado pelo Porto Digital e pela Ampla Comunicação, o REC’n’Play chega a quarta edição e tem como princípio ocupar o centro histórico do Recife e conectar os participantes com a experiência do ambiente de inovação do parque tecnológico por meio de quatro eixos temáticos: Tech, Cidades Inteligentes, Economia Criativa e Empreendedorismo. Ao longo dos quatro dias (16 a 19/11), haverá as atividades diversas: palestras, debates, shows, rodadas de negócios, instalações artísticas, experiências tecnológicas e muito mais.

O acesso a todas as atrações de educação, negócios, experiências e entretenimento é gratuito e aberto a participantes de todas as idades. O evento é considerado um Carnaval do conhecimento que promove a reocupação do Recife Antigo pelo recifense e por participantes de todo o país.

A programação completa e as inscrições estão no site do REC´n´Play.

Com informações da Assessoria de Imprensa

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AMÉRICA LATINA RECICLA APENAS 3% DO LIXO ELETRÔNICO, DIZ PESQUISA DA ONU

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Ampliar a utilização desse resíduo e promover impactos positivos ao meio ambiente é a proposta da parceria entre a GM&C e o Movimento Circular

Apenas 3% do lixo eletrônico produzido na América Latina é descartado corretamente e o restante, 97%, não é monitorado, embora possa conter materiais de alto valor, como ouro e metais, que poderiam ser recuperados, segundo pesquisa da Organização das Nações Unidas (ONU). O estudo aponta desperdício de US$ 1,7 bilhão ao ano, além dos danos ao meio ambiente. O Brasil é o quinto maior produtor mundial de lixo eletrônico e deve descartar mais de 2,5 milhões de toneladas este ano.

Ampliar a utilização desse resíduo e promover impactos positivos ao meio ambiente é a proposta da parceria entre a empresa GM&C, especializada em logística reversa e reciclagem de equipamentos eletroeletrônicos, e o Movimento Circular. A união de esforços das duas organizações vai proporcionar novas ideias e projetos com potencial grande de engajamento e multiplicação dos conceitos da economia circular.

Segundo o coordenador da GM&C, Henrique Mendes, através da parceria, a empresa se propõe a difundir conteúdo sobre economia circular nos seus canais de comunicação, abrir espaços para abordar o conteúdo em eventos que participa ou promove, realizar palestras, workshops e cursos para os stakeholders. A integração vai permitir ainda ampliar o alcance do Movimento Circular, engajando novos potenciais parceiros.

A adesão da GM&C ao Movimento Circular foi oficializada no dia 3 do mês passado e representa o compromisso em promover a mudança da percepção das pessoas em relação ao chamado lixo eletrônico. “Em nosso modo de enxergar, eletrônicos usados não são lixo, pelo contrário, são recursos em potencial que precisam ser recuperados. A razão da GM&C existir é justamente acabar com o conceito de lixo eletrônico, recuperando ao máximo os recursos presentes nesses resíduos”, afirma Mendes.

Sem desperdícios

A GM&C e o Movimento Circular têm objetivos comuns para promover e incentivar atitudes para um mundo sem desperdícios. “Com a expertise dos parceiros do Movimento Circular, temos como criar campanhas com escolas, prefeituras, empresas ou outros interessados, para acelerar a implementação da logística reversa dos eletroeletrônicos no Brasil, recuperando ao máximo os resíduos presentes nos equipamentos usados que as pessoas descartam”, alega Mendes.

O Movimento Circular é uma iniciativa multissetorial que reúne pessoas e organizações empenhadas na transição da economia linear para a economia circular, através da educação e da cultura. A proposta é divulgar o conhecimento sobre a economia circular, incentivando o desenvolvimento sustentável de novos processos, produtos e atitudes para um mundo sem desperdícios.

Mais do que alternativa, a economia circular é o único caminho sustentável para as empresas, as pessoas e o planeta. O professor e pesquisador em economia circular Daniel Guzzo, embaixador educacional do Movimento Circular, explica que o desafio é criar produtos e ideias sustentáveis que tenham o poder de engajar a maior parte das pessoas com a rapidez necessária.

“Chegamos a um ponto em que temos que escalar os conceitos que estamos desenvolvendo para fazer toda a jornada de inovação chegar até as grandes empresas e sair do lugar de nicho. Temos que alcançar a maioria das pessoas ou não haverá tempo suficiente para a mudança”, diz Guzzo.

Recursos finitos

Em um mundo de recursos finitos e cada vez mais escassos, a GM&C é especializada em logística reversa e reciclagem de equipamentos eletroeletrônicos. A empresa investe em pesquisa, inovação e tecnologia para seguir liderando o setor da reciclagem de eletroeletrônicos no Brasil.

Em 2021, a GM&C reciclou 4,3 mil toneladas de eletrônicos e espera chegar à marca de 7 mil toneladas neste ano. Só no mês passado, a empresa reciclou mais de 760 toneladas. Com os novos investimentos em máquinas feitos neste ano, a companhia atingiu a capacidade de processar 30 mil toneladas de resíduos eletrônicos ao ano.

Além disso, a GM&C realiza diversas outras atividades para assegurar o melhor e mais seguro serviço de logística reversa a seus clientes. Anualmente a empresa auditou mais de 40 fornecedores e controla mensalmente mais de 450 documentos desses parceiros, além de gerenciar mais de 10 mil pontos de coleta.

“Somos essencialmente uma empresa focada e voltada para o desenvolvimento da economia circular. Uma mineradora urbana que atua diretamente na transformação do resíduo em recursos, desde a coleta, transporte, processamento do material coletado e envio para reciclagem”, afirma Mendes.

A recuperação de diversos tipos de materiais é obtida na separação automática dos resíduos dos eletrônicos, como plástico, ferro, alumínio, cobre, vidro e outros metais não ferrosos, entre eles ouro e prata, em menores proporções. A matéria-prima gerada nos processos é encaminhada para parceiros especializados, que transformam os resíduos em novos produtos, cumprindo com o ciclo da economia circular.

O plástico, por exemplo, sai da fábrica da GM&C em qualidade ideal para ser transformado em matéria-prima novamente e pode ser usado para produzir qualquer outra peça ou produto. Já o ferro é transformado em aço novamente. “Importante destacar que o aço é um material infinitamente reciclável e cada tonelada de sucata reciclada evita a emissão de 1,5 toneladas de gás carbônico no ambiente. Este aço pode ser então usado na construção civil”, comenta o coordenador da GM&C.

Mineração urbana 

Reciclar eletrônicos ajuda a recuperar quantidades significativas de metais, que deixam de ser extraídos da natureza. O processo de mineração tem impacto ambiental intensivo, resultado de escavações, movimentação de grandes veículos e das etapas de beneficiamento de dezenas de toneladas de minério para extrair alguns gramas ou quilos de metais nobres.

“Com a mineração urbana, conseguimos recuperar os mesmos metais, com a mesma qualidade, porém, com um impacto ambiental significativamente menor”, explica Mendes. Além de consumir menos energia e não demandar escavações, a mineração urbana recupera ainda o valor dos resíduos, reduzindo a quantidade de lixo e auxiliando na regeneração do meio ambiente.

Reciclagem de eletrônicos no mundo

A média de reciclagem de eletrônicos no mundo gira em torno de 17%, que é a meta brasileira para 2025, definida no Acordo Setorial – Decreto 10.240/2020. Na Europa, onde a logística reversa já é uma realidade há mais de 30 anos, os índices de reciclagem dos eletrônicos são mais elevados, em torno de 42%.

Estima-se que neste ano, serão geradas quase 60 milhões de toneladas de resíduos eletrônicos no mundo, média de 7,8kg de lixo eletrônico por habitante. O país que mais gera resíduos eletrônicos no mundo é a China, mais de 10 milhões de toneladas por ano. O Brasil é o país que mais gera resíduos na América Latina.

Com informações da Assessoria de Imprensa

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FUTURO DO ECOSSISTEMA GOVTECH EM PAUTA

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Evento em São Paulo discutirá a transformação digital dos serviços públicos via participação colaborativa entre iniciativa privada e o poder público

Um novo encontro passou a integrar o calendário nacional de feiras de negócios e eventos de conteúdo. Trata-se do Connected Smart Cities GovTech (CSC GovTech), um evento que nasce com o objetivo de promover a modernização e a inovação tecnológica por meio de soluções digitais para o setor público.

Conceito que ganhou corpo nos últimos anos, GovTech é o conjunto de infraestruturas, soluções e atores que utilizam a inovação e a tecnologia para aprimorarem serviços e processos públicos, com foco no desenvolvimento de soluções para problemas complexos experimentados pela sociedade. De acordo com estudo produzido antes da pandemia pela consultoria Accenture, o fenômeno é global, com US$ 400 bilhões de gastos em tecnologias governamentais em todo o mundo.

“O CSC GovTech promoverá a interação necessária entre a iniciativa privada e o poder público para a modernização dos serviços e da relação entre cidadão e governo”, detalha a CEO da Necta, Paula Faria. “Será uma oportunidade única para governo e empresas se reunirem para compartilhar demandas e ofertas e, juntos, contribuírem para o desenvolvimento de ferramentas, políticas e modelos essenciais para a operação dos governos em um mundo digital”.

Segundo ela, as mudanças sistêmicas promovidas pelas novas tecnologias só serão eficazes quando construídas colaborativamente. “Acreditamos que a chave para o sucesso e crescimento deste mercado é desenvolver um ecossistema genuinamente colaborativo e criar uma comunidade GovTech no Brasil”, avalia.

A data e o local já estão definidos: 19 de abril de 2023, no Centro de Convenções Frei Caneca – São Paulo – SP e o CSC GovTech contará com cerca de 100 palestrantes, que se alternarão em 6 áreas de conteúdo, além da participação de 30 empresas expositoras que ocuparão os 3 mil metros quadrados de área de exposição. A expectativa da Necta, idealizadora e organizadora do evento, é receber mais de 1 mil participantes. O CSC GovTech conta com a parceria estratégica da ANCITI (Associação Nacional das Cidades Inteligentes, Tecnológicas e Inovadoras), BrazilLab e Colab.

O CSC GovTech é um evento da Plataforma Connected Smart Cities, da Necta, cujo objetivo é proporcionar espaços para integração e estimular a inovação no setor público, além de trabalhar continuamente para a promoção desta integração. 

Temas abordados

A programação do CSC GovTech abordará temas estruturais como cidades inteligentes e conectadas, mobilidade urbana, digitalização, educação, inclusão, sustentabilidade, planejamento urbano, comunicação, gestão pública e financeira, transformação digital, agricultura urbana, entre outros temas que dependem de uma abordagem conjunta de todos os atores envolvidos.

“Teremos especialistas e representantes do poder público e da iniciativa privada para debater, em conjunto, as soluções para fortalecer o ecossistema GovTech. Trataremos de questões determinantes, como os modelos de financiamento, de contratação pública e o engajamento do governo e a formulação de políticas que impulsionem a contratação de serviços e soluções GovTech e o engajamento com startups dessa modalidade”, detalha Paula. 

O evento também abordará os fatores que impulsionam transformações no ecossistema GovTech, como a expectativa do cidadão na utilização de tecnologias para os serviços públicos, a acessibilidade à tecnologia por parte das empresas, a participação dos laboratórios de inovação e experimentação, além da eficiência financeira para lidar com as pressões orçamentárias sem comprometer os melhoramentos dos serviços públicos.

Mais informações

CSC GovTech

Data: 19 de abril de 2023.

Local: Centro de Convenções Frei Caneca – São Paulo.

Inscrições: clique aqui.

Sobre a Necta

A Necta desenvolve plataformas que conectam pessoas, criando ecossistemas de negócios nos segmentos de aeroportos, aviação, PPPs, infraestrutura, cidades, mobilidade, segurança pública e inovação social. A equipe é formada por profissionais das áreas de marketing, comercial, comunicação, designer, web, mídia social, pesquisa e estratégia. A Necta cria plataformas de conteúdo para clientes e parceiros, e também desenvolve projetos próprios, como o Connected Smart Cities & Mobility; AirConnected & Connected Urban Air Mobility (CUAM), P3C e o Parque da Mobilidade Urbana (PMU).

Assessoria de Imprensa: 

Valeria Bursztein – Coletivo da Comunicação

valeria@coletivodacomunicacao.com.br

+55 11 99104-2031

 

DISPOSITIVO TRANSFORMA QUALQUER BIKE EM BICICLETA ELÉTRICA

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Equipamento custa cerca de R$ 2 mil e permite rápida conversão para uso no dia a dia

Já imaginou ter uma bicicleta elétrica apenas transformado a sua bike comum? É o que propõe um dispositivo chamado Clip.

O equipamento custa cerca de R$ 2 mil (US$ 400 convertidos) e permite uma rápida conversão para uso no dia a dia. Deste modo, com um dispositivo leve e portátil, é possível ter uma bicicleta elétrica por meio de uma comum, sem precisar investir em uma nova.

A transformação pode ser feita em questão de segundos. Em suma, basta acoplar o Clip na roda dianteira da bicicleta que ela se torna elétrica. Além disso, quem está na bike consegue controlar totalmente a velocidade. Afinal, o Clip está conectado ao guidão.

É possível aumentar ou reduzir a velocidade da bike por meio do equipamento elétrico. Com isso, fica mais fácil pedalar longas distâncias ou encarar subidas e desafios pelo caminho.

Para funcionar, o Clip possui um pequeno motor e uma bateria. Embora seja um equipamento que transforma uma bicicleta em elétrica, ele é totalmente portátil. A proposta é que o ciclista possa carregá-lo na mochila para fazer uso sempre que necessário. Assim, o dono da bike não precisa deixar o equipamento instalado e chamar a atenção, correndo o risco de um furto, por exemplo.

Como funciona o Clip?

Para usar o Clip, o ciclista apenas acopla o equipamento na bicicleta para obter a função elétrica. Assim, o motor de 450W carrega uma bateria de 36 volts. Em média, o tempo de carregamento do Clip é de 40 minutos. Assim, o ciclista percorre uma distância de 16 a 24 km em cerca de 45 minutos.

Para que o dispositivo possa fazer a conversão, uma roldana transmite o movimento para a roda dianteira. Portanto, a bike passa a ser uma bicicleta elétrica com pedal assistido. Entretanto, é preciso que a pessoa pedale a bicicleta para que o Clip funcione e gere impulso para mover a bike. Com o dispositivo, a velocidade máxima da bicicleta pode chegar a 32 km/h.

Embora seja uma ideia que já chamou a atenção de ciclistas no Brasil, o Clip só está disponível dentro dos Estados Unidos. Como o projeto ainda está em fase inicial, ainda não há prazo de chegada ao mercado brasileiro.

Fonte: Mobilidade Estadão

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COP-27: ‘ESTAMOS NA ESTRADA PARA O INFERNO CLIMÁTICO COM O PÉ NO ACELERADOR’

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Chefe da ONU clamou por um “pacto de solidariedade” entre países desenvolvidos e economias emergentes

Secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres alertou nesta segunda-feira, 7 de novembro, que nos encaminhamos para o “inferno climático” com “o pé no acelerador”. A fala foi direcionada a lideranças mundiais reunidas no Summit dos Líderes da Conferência do Clima (COP-27), aberta neste domingo no Egito. O chefe da ONU clamou por um “pacto de solidariedade” entre países desenvolvidos e economias emergentes.

“Esta conferência é um lembrete de que o relógio está correndo. Estamos na luta pelas nossas vidas e estamos perdendo. As emissões de gases de efeito estufa continuam crescendo. As temperaturas globais continuam subindo. Nosso planeta está se aproximando rapidamente de pontos de inflexão que tornarão o caos climático irreversível. Estamos na estrada para o inferno climático com o pé no acelerador”, afirmou.

Guterres lembrou que a população mundial deve em breve chegar aos 8 bilhões. “Este marco coloca em perspectiva o que é esta conferência do clima”, defendeu. “O que responderemos quando o bebê (de número) 8 bilhões tiver idade suficiente para perguntar?”

O chefe da ONU lamentou o “derramamento de sangue” e violência da Guerra na Ucrânia e de outros conflitos, mas frisou que as mudanças climáticas não podem sair do foco. “É o desafio central do nosso século. É inaceitável, ultrajante e autodestrutivo colocá-lo em segundo plano”, disse. Guterres também argumentou que muitos desses confrontos estão ligados ao “caos climático” e alertam para a urgência de agir.

“A ciência é clara aqui. A esperança de limitar o aumento da temperatura a 1,5°C grau significa zerar as emissões de gases estufa até 2050?, disse. “Estamos chegando perigosamente perto de um ponto sem retorno. E para evitar esse destino terrível, todos os países do G20 devem acelerar sua transição agora nestas décadas. Os países desenvolvidos devem assumir a liderança, mas as economias emergentes também são fundamentais para dobrar a curva de emissões globais.”

Ele pediu, então, para que os países desenvolvidos e economias emergentes façam um “pacto de solidariedade” em prol da meta dos 1,5ºC.

“Países mais ricos e instituições financeiras internacionais devem fornecer assistência técnica e financeira para ajudar as economias emergentes a acelerar sua própria transição para energia renovável”, exemplificou. “As duas maiores economias, os Estados Unidos e a China, têm a particular responsabilidade de unir esforços para tornar este pacto uma realidade. Ou fazemos um pacto de solidariedade climática ou um pacto de suicídio coletivo.”

Fonte: Mobilidade Estadão

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COP-27: PRIMEIROS 100 DIAS DE GOVERNO DEVEM PRIORIZAR REDUÇÃO DE CO2

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Desmatamento zero e agricultura de baixo carbono são as principais medidas para Brasil conter emissões até 2030

Os primeiros 100 dias do novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) devem priorizar o desmatamento zero e a agricultura de baixo carbono para que o Brasil consiga cumprir a meta de reduzir emissões de gases do efeito estufa até 2030, avaliam pesquisadores no Brazil Climate Action Hub, espaço da sociedade civil na COP-27, que este ano ocorre em Sharm El-Sheikh, no Egito.

Em compromisso assumido no Acordo de Paris, firmado em 2015 e assinado por 196 nações, o Brasil estabeleceu como meta a redução das emissões líquidas em 37% até 2025 e em 50% até o início da próxima década – valores que têm como ponto de partida as emissões do país em 2005.

Durante o evento, pesquisadores apresentaram dados sobre as emissões do Brasil e soluções para a atuação do país na mitigação do superaquecimento global no painel “A década perdida das emissões brasileiras: o que revelam 10 anos de estimativas anuais feitas pela sociedade civil”, realizado nesta terça (09).

Participaram Tasso Azevedo, coordenador técnico do Observatório do Clima e coordenador geral do SEEG (Sistema de Estimativa de Emissões e Remoções de Gases do Efeito Estufa); Ane Alencar, diretora de Ciência do IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) e coordenadora do MapBiomas Fogo; Marina Piatto, diretora executiva do Imaflora; e David Tsai, gerente de projetos do IEMA (Instituto de Energia e Meio Ambiente).

Maiores fontes de emissão e saídas mais “à mão”

Os setores de mudanças de uso da terra e da agropecuária respondem por quase 75% das emissões brasileiras. É o que mostram dados do SEEG, divulgados no início de novembro, que registraram em 2021 o maior aumento em 19 anos das emissões no Brasil.

As emissões por mudanças de uso da terra estão principalmente ligadas ao desmatamento e ao fogo associado a essa atividade, enquanto que na agropecuária os gases do efeito estufa aparecem, na maior parte, pelo arroto do boi, manejo e degradação do solo.

O contexto brasileiro difere de outros países em que a maior fonte de emissão é a queima de combustíveis fósseis. Por isso, explicam pesquisadores, a saída para a redução das emissões no país estaria mais “à mão” com a implementação e a retomada de medidas ambientais já existentes para zerar o desmatamento e com o investimento em agricultura de baixo carbono.

“Olhar para essa realidade é a maneira mais barata e eficiente de reduzir as emissões no Brasil. A Amazônia representa 77% das emissões brasileiras por mudanças de uso da terra, sendo que 91% dessas estão diretamente associadas à conversão da floresta para a agropecuária, e têm como principal frente de expansão a ocupação de terras públicas por meio da grilagem”, disse Ane Alencar.

Segundo Marina Piatto, para a redução das emissões na agropecuária, seriam necessários investimentos financeiros com foco na ampliação do Plano ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono).

“71% de todo metano emitido no Brasil vem da agricultura, então, se a gente ataca o metano e o desmatamento, resolvemos muito do nosso problema. Acabar com o desmatamento reduziria 50% das emissões brasileiras, e se eliminar o metano, são outros 25% a menos”, enfatizou.

“O Brasil tem uma chance de reduzir as emissões muito mais simples, que passa por zerar o desmatamento e aprimorar o manejo do gado, com melhoria da digestibilidade animal, por exemplo, para diminuir a fermentação [que resulta no arroto do boi]. O desafio do agro é o investimento para essa transição tecnológica descarbonizada”, explicou a executiva.

Como o Brasil está nas metas climáticas até agora

O Brasil está entre os maiores poluidores do mundo: é o 4° que mais emitiu gases do efeito estufa desde 1850. Quando assinou o Acordo de Paris, em 2015, o país estava emitindo 1,4 bilhões de toneladas líquidas de carbono equivalente ao ano. A medida do carbono equivalente representa a soma do efeito superaquecedor de todos os tipos de gases do efeito estufa na atmosfera.

A meta de redução das emissões brasileiras para 2025 e 2030 se refere a 2005, quando o Brasil liberava 2,4 bilhões de toneladas líquidas de poluentes. “Hoje, estamos em 1,7 bilhões de toneladas [líquidas] emitidas por ano e a meta para 2025 é reduzir para 1,6 bilhões. Neste momento, o Brasil está se distanciando do objetivo”, avaliou Tasso Azevedo.

“Quando foi estipulada a meta para 2025 a gente já estava abaixo dela, ou seja, essa meta previa, na verdade, aumentar a emissão e não reduzir. Para alcançar o compromisso de 2030 estamos mais distantes ainda. Isso significa que o Brasil precisa fazer um esforço importante agora”, apontou.

As metas do Acordo de Paris têm o objetivo em comum de limitar o aumento da temperatura média do planeta em 1,5°C em relação aos níveis pré-industriais. Eventos climáticos extremos na história recente refletem o superaquecimento global que está em 1,1°C.

De acordo com relatório das Nações Unidas, com a falta de progresso e a implementação somente das metas atuais, o planeta está a caminho de uma elevação de até 2,8°C. Um aumento de 2°C teria como consequência global até 14 vezes mais ondas de calor e 70% mais secas, segundo o IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas).

“É possível chegar lá? [Ao cumprimento das metas climáticas brasileiras] Sim. A gente pode chegar a 1 bilhão de toneladas em emissões líquidas se conseguirmos atender às metas de redução do desmatamento e da agricultura de baixo carbono. A agricultura de baixo carbono no Brasil tem que ser tratada como regra e não como a exceção”, destacou Azevedo.

Outra iniciativa para guiar as ações pelo clima no Brasil é a Política Nacional sobre Mudança do Clima. Desde a implementação em 2010, o país aumentou em 43% as emissões de gases do efeito estufa, “especialmente por conta do desmatamento”, lembrou o coordenador.

As emissões brasileiras em 2021 ultrapassaram a meta estabelecida para a casa dos 2 bilhões de toneladas brutas em 2020. Foi quando o Brasil teve a maior alta em 19 anos: com emissão de 2,42 bilhões de toneladas brutas de carbono equivalente em 2021 — um aumento de 12,2% comparado ao ano anterior, em que foram emitidas 2,16 bilhões de toneladas brutas.

Panorama das emissões

Os pesquisadores identificam três fases no histórico das emissões brasileiras: primeiro, um período crescente até 2005, quando foram colocadas em prática políticas que reduziram em 77,5% o desmatamento na Amazônia; no segundo período, como consequência dessas medidas, houve um declínio nas emissões até 2010; e no terceiro período, até hoje, as emissões não apenas voltaram a crescer como retornaram ao patamar de 2006.

As mudanças de uso da terra são responsáveis por 49% das emissões do país, seguidas por agropecuária (25%), energia e transporte (18%), processos industriais (4%) e resíduos (4%). Se o agro brasileiro fosse um país, seria o 16° maior emissor do mundo, à frente da África do Sul.

O estado brasileiro que mais contribui para as emissões é o Pará, seguido por Mato Grosso e Minas Gerais. Se desconsiderada a liberação de gases pelo desmatamento, São Paulo passa a ser o estado que mais emite, tendo como fatores principais energia, transporte e termelétricas.

David Tsai concluiu que o crescimento de 46% nas emissões por geração de eletricidade nos últimos 10 anos. “Isso pode ser explicado pelo aumento da demanda por energia elétrica e pelo esgotamento do aproveitamento hídrico brasileiro que, aliado à crise de gestão hídrica, implicou em uma queima maior de combustíveis fósseis”.

Fonte: Canal Solar

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INSCRIÇÕES PARA O HACKER CIDADÃO 9.0 ESTÃO ABERTAS; MARATONA TEM PREMIAÇÃO TOTAL DE SEIS MIL REAIS

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Com 72 vagas disponíveis, o hackathon traz como meta a busca por soluções inteligentes

Com o objetivo de fomentar a criação de projetos que forneçam soluções para a cidade, o Hacker Cidadão 9.0 está com inscrições abertas. A maratona de programação, realizada pela Empresa Municipal de Tecnologia (Emprel), oferece premiação total de seis mil reais para as equipes vencedoras.

Integrada à programação do Rec’n’Play, o hackathon vai acontecer nos dias 18 e 19 de novembro, no no Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (C.E.S.A.R), no Bairro do Recife. São 72 vagas disponíveis, e as inscrições podem ser realizadas no site www.hackercidadao.com.br.

As inscrições são individuais, mesmo que seja para participar em grupo, ou seja, todos os participantes devem realizar a sua inscrição. Também é possível formar grupos na hora, de acordo com as ideias de cada um. O hackathon é destinado a arquitetos, designers, urbanistas ou qualquer pessoa que tenha uma boa ideia para a cidade, e não apenas desenvolvedores.

O desafio traz como meta a busca por soluções inteligentes visando efetividade aliada à praticidade, simplicidade e economicidade. A Prefeitura do Recife premiará os três primeiros lugares com R $2.500,00, R $2.000,00 e R $1.500,00, respectivamente.

Mão na massa
Serão dois dias de imersão total a fim de reunir agilidade, dados, criatividade e apresentar uma ideia inovadora, que deve buscar soluções para as áreas de Mobilidade, Turismo e Lazer, Cultura ou Serviços Urbanos. Para virar a noite, a Prefeitura do Recife vai garantir mentoria e alimentação dos participantes.

A novidade desta nona edição é que as soluções criadas agora ganham um incentivo a mais, já que a Prefeitura do Recife quer investir nos três melhores projetos que vencerem a competição da maratona de programação, conforme explica o diretor de Inovação Aberta da Emprel, Breno Alencar.

“Além de levar para casa a premiação da disputa, os três primeiros lugares embarcam no foguete do E.I.T.A! Labs“, pontuou Alencar, que acredita que essa edição deve ser a melhor de todas.

Ainda de acordo com Breno, o EITA Labs é uma espécie de vitrine para as ideias vencedoras, que terão a oportunidade de serem colocadas em prática e testadas. “É uma chance de ter a participação acadêmica, de universitários e de startups. Sem falar na oportunidade de um projeto se tornar um produto de fato e ser testado na cidade”, complementou o diretor da Emprel.

Fonte: FolhaPe

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A ROTA DA INOVAÇÃO

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O processo de envolvimento dos ecossistemas de inovação de cada lugar já começou, afinal, a alma do ecossistema está na tríplice hélice

Colaboração é palavra-chave quando falamos de inovação e de projetos para transformar cidades em Comunidades Inteligentes, buscando colocar a tecnologia em favor das pessoas. Esse cenário fica ainda mais promissor conforme a capacidade de se buscar recursos financeiros e intercâmbio de ideias para as soluções inovadoras.

No Web Summit Lisboa, maior evento de tecnologia e inovação do mundo, realizado em Portugal na primeira semana de novembro, o Sul do Brasil causou uma grata surpresa ao apresentar o TechRoad, programado criado pelos prefeitos de Caxias do Sul, Curitiba, Florianópolis, Joinville e Porto Alegre para trabalhar em conjunto na busca de investimentos para a região.

Juntas, essas cidades representam 5 milhões de pessoas, 21 mil empresas de tecnologia e 3 mil startups. Elas também figuram nas primeiras posições nos diversos rankings nacionais de inovação, tecnologia, empreendedorismo, sustentabilidade e smart city.

A partir deste ano, a competição saudável entre essas cidades ficou apenas nos rankings. Desde maio, as cinco secretarias de Desenvolvimento e Inovação vêm planejando ações em conjunto para mostrar ao mundo o potencial do Sul. O site techroad.com.br foi criado, os representantes do TechRoad sempre estão nos grandes eventos de tecnologia e inovação de cada cidade, onde o programa é apresentado.

O processo de envolvimento dos ecossistemas de inovação de cada lugar também já começou, afinal, a alma do ecossistema está na tríplice hélice, unindo os órgãos públicos às universidades, entes privados e outras instituições.

O passo mais ousado foi no Web Summit, onde o TechRoad teve seu estande, com participação das cinco cidades num evento que atraiu 70 mil pessoas de 160 países. A presença foi importante e bem-sucedida, com visitação intensa todos os dias. Os números do potencial tecnológico das cinco cidades impressionaram os visitantes, que garantiram que vão colocar a região Sul em seus radares de novos negócios. O TechRoad também foi apresentado no estande da Apex Brasil em Lisboa, aliás muito bem-estruturado e bastante procurado pelo público. E a iniciativa também representou economia de recursos, pois o investimento para o estande TechRoad foi rateado pelas cinco cidades.

Mas talvez o maior impacto causado pelo TechRoad em Portugal tenha sido o espírito colaborativo, numa iniciativa inédita de união de cinco cidades, de três Estados diferentes, com a visão de trabalhar de forma conjunta. Na prática, existe realmente uma rodovia que une Caxias do Sul, Curitiba, Florianópolis, Joinville e Porto Alegre. Com o TechRoad, ela está virando uma grande Rota de Inovação no Brasil.  

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade da autora, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities