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ENTENDA O QUE É COP28, O PRÓXIMO GRANDE EVENTO DA AGENDA CLIMÁTICA MUNDIAL

Em novembro deste ano, Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, receberá a 28ª edição da Conferência das Partes, a COP28, onde os países-membros da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (UNFCCC) se reunirão

COP, sigla para Conferência das Partes (do inglês, Conference of the Parties), é um evento anual promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU) que reúne representantes de todo o mundo, entre eles, diplomatas, governos e membros da sociedade civil, com o objetivo de discutir e organizar as iniciativas sobre os impactos das mudanças climáticas. Em novembro de 2023 acontecerá a 28ª edição da Conferência das Partes, a COP28 nos Emirados Árabes Unidos, onde a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (UNFCCC) irá se reunir mais uma vez.

“A COP28 é uma excelente oportunidade para repensar e reorientar a agenda climática. Juntos, priorizaremos os esforços para acelerar as reduções de emissões por meio de uma transição energética pragmática, reformar o uso da terra e transformar os sistemas alimentares. Trabalharemos para mobilizar soluções para países vulneráveis, operacionalizar perdas e danos e realizar a Conferência mais inclusiva possível”, disse o Dr. Sultan Ahmed Al Jaber, presidente da COP28.

O evento tem como objetivo revisar os posicionamentos e ações de cada país, além de revisitar o inventário de emissões. Na oportunidade, os países aproveitam para discutir como estabilizar as concentrações de gases causadores do efeito estufa (GEE) lançados à atmosfera. Tendo como base essas informações, há uma tentativa de avaliação das melhorias alcançadas e das novas medidas a serem implementadas como estratégias.

Historicamente, a COP começou em 1995, em Berlim. Ali, foi a primeira grande investida da ONU para incluir o setor privado nas discussões ambientais. Durante as conferências, algumas iniciativas ambientais relevantes foram criadas, como o Protocolo de Kyoto, para propor metas de contenção das emissões de gases de efeito estufa na COP3; o Fundo Verde do Clima na COP16, para conseguir recursos – principalmente pensando nos países vulneráveis – no apoio de projetos para diminuir as emissões; o Chamamento de Lima para a Ação sobre o Clima na COP20, que é considerado por alguns especialistas como o documento preparatório para o Acordo de Paris; e o Acordo de Paris, durante a COP21, que é uma mobilização global para limitar o aquecimento global em até 1,5ºC.

Alguns outros temas têm grande relevância nas discussões, como a regulação do mercado global de carbono e a transição para a economia de baixo carbono, agricultura sustentável e reflorestamento. A COP também tem sido um ambiente importante para discussões sobre diversidade como projetos para a igualdade de gênero e pelo fim do racismo ambiental.

EXAME na COP

No início da década de 1990, a conferência contava com 197 nações participantes. Hoje, são 199 partes participantes – sendo 198 estados e a União Europeia. Pensando na relevância da conferência, a EXAME irá cobrir o evento pelo terceiro ano consecutivo em parceria com o Pacto Global ONU Brasil, organização das Nações Unidas voltada para o setor privado. Nos últimos dois anos foram mais de 200 matérias publicadas sobre o tema. Apenas no ano passado, a cobertura da COP27 – conhecida como a COP das empresas  contou com uma equipe de jornalistas presentes no Egito durante todos os dias da conferência, além de uma equipe de apoio no Brasil. A equipe da EXAME fez a cobertura com painéis, vídeos, entrevistas exclusivas, entre outros.

Quem criou a COP? 

Em 1972, aconteceu a Convenção de Estocolmo, a primeira reunião das nações para discutir sobre o clima. Por esse motivo, o evento é considerado um antecessor das COPs. “Por ignorância ou indiferença, podemos causar danos imensos e irreparáveis ao meio ambiente da Terra do qual dependem nossa vida e nosso bem-estar”, dizia a Declaração de Estocolmo.

Depois disso, aconteceu a Rio-92, conferência que deu ao Brasil certo protagonismo nas discussões climáticas e preparou o terreno para a primeira COP. Isto porque foi durante a Rio-92 que se estabeleceu a Convenção-Quadro das Nações Unidas para Mudança do Clima (UNFCCC), responsável por estruturar as prioridades frente às ondas de calor, aquecimento dos oceanos, secas, enchentes e outros problemas ambientais.

A partir disso, foi assinado um tratado com as intenções dos países se comprometendo pela realização das Conferências das Partes.

Qual a importância da COP?

A Conferência é uma forma de assegurar que os países-membros firmem compromissos com a agenda ambiental ano após ano – determinando ambições e responsabilidades aos países. Por esse motivo, o evento, realizado desde 1995, propõe revisar documentos e comunicações nacionais, os inventários de emissões apresentados pelos países e avaliar os progressos feitos, além de estruturar, medidas futuras.

O evento é relevante porque, nos últimos anos, as COPs resultaram em alguns marcos importantes, como o Acordo de Paris, responsável, por exemplo, pela mobilização global para limitar a temperatura terrestre em 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais definido na 21ª sessão da Conferência das Partes, e a criação do mercado global de carbono, na COP26.

Na última COP, por exemplo, foi discutido de onde sairá os 100 bilhões de dólares anuais dedicado a países mais vulneráveis, promessa feita em 2009. De acordo com os anúncios oficiais da COP27, a eliminação de combustíveis fósseis também foi uma das questões mais discutidas.

Quando acontecerá a COP28? 

A cidade de Dubai, localizada nos Emirados Árabes, será o palco do principal encontro climático do ano: a COP28. Os Emirados Árabes estão presentes na Conferência desde a sua criação em 1971. A COP28 estava prevista para ocorrer de 30 de novembro a 12 de dezembro de 2023.

Quem é o presidente da COP28? 

O presidente designado para a COP 28 nos Emirados Árabes Unidos, é o sultão Ahmed Al Jaber, ele é o primeiro CEO a assumir a presidência da COP.  O Dr. Al Jaber tem experiência no setor de energia, tanto energia tradicional quanto renovável e atuou como Enviado Especial para Mudanças Climáticas durante dois mandatos (2010-2016, 2020-presente). O sultão foi importante na trajetória de energia limpa dos Emirados Árabes Unidos como fundador e presidente da Masdar, pioneira em energia renovável em Abu Dhabi.

O representante também esteve presente em mais de 11 COPs, incluindo a edição da COP21, de Paris, em 2015. Dr. Al Jaber também ingressou na Abu Dhabi National Oil Company (ADNOC) como CEO. Isto faz com que gerem controversias, mas porta-vozes oficiais da COP, como o diretor-geral da COP28, Majid Al Suwaid, afirma que a escolha é acertada, um avez que Al Jaber liderou uma estratégia de descarbonização de 15 bilhões de dólares.

Pensando em energia, alimentos e segurança para lidar com os impactos das mudanças climáticas, o Dr. Al Jaber se tornou uma figura de liderança da iniciativa de economia verde dos Emirados Árabes Unidos.

O que é o Acordo de Paris? 

Acordo de Paris é um dos acordos climáticos mais conhecidos, ele foi definido e abraçado pelas 196 partes presentes na 21ª Conferência do Clima (COP21) da ONU (Organização das Nações Unidas) que aconteceu em Paris, na França. Os objetivos principais são: conter o aumento da temperatura global para até 2ºC acima dos níveis pré-industriais, além de unir esforços para limitar o aumento da temperatura em 1.5ºC acima dos níveis pré-industriais.

Para que esses objetivos sejam alcançados plenamente, a emissão de gases estufa deve diminuir em cerca de 40% até 2030, afirma a UNFCCC (Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima). O Acordo de Paris é um marco para o progresso da agenda climática, visto que, pela primeira vez, um acordo une todas as nações para lidar com as mudanças climáticas e se adaptar para os efeitos dela. Mas são necessárias transformações socioeconômicas.

Por isso, o acordo funciona em ciclos de cinco anos com ambições e ações climáticas apoioadas pelos países-membros. Pois, desde 2020, os países têm submetido os planos nacionais de ação climática, conhecidos como Contribuição Nacionalmente Determinada (NDCs).

O que são as NDCs? 

As NDCs (Contribuição Nacionalmente Determinada) representam o compromisso de descarbonização da economia, assumido pelos países. Porém, somando todas as NDCs divulgadas, os compromissos de redução das emissões não seriam suficientes para limitar o aumento da temperatura em 1,5ºC. Por esse motivo, a cada cinco anos, os países revisam as contribuições com mais exigência e rigor.

Fonte: Exame

BOA VISTA, BELÉM E CAXIAS DO SUL SÃO SELECIONADAS PARA A SEGUNDA ETAPA DE PROGRAMA DE TRANSFORMAÇÃO DIGITAL DE CIDADES BRASILEIRAS

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 A iniciativa é fruto de uma parceria firmada entre a CAF e o Consórcio Latina América Smart Cities, com consultoria da plataforma Connected Smart Cities.

A próxima etapa do programa envolve prestação de consultoria e auxílio na elaboração de projetos para a elucidação de desafios dos municípios selecionados.

Investimentos em soluções de conectividade e inovação são fundamentais para  a construção de cidades mais inteligentes, humanas e sustentáveis. Para fomentar esta tendência no Brasil, o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) e o Consórcio Latina América Smart Cities idealizaram um programa de cooperação técnica de transformação digital de cidades brasileiras, que contou também com a consultoria estratégica da Plataforma Connected Smart Cities (CSC).

Com o objetivo de incentivar o desenvolvimento de municípios, a partir da expansão de redes de infraestrutura tecnológica, foi estruturado um trabalho de investigação e levantamento de dados de cidades de diversas regiões do Brasil. Além do CSC, o consórcio contou com a prestação de consultoria de outras empresas especializadas no assunto cidades inteligentes: SPIn Soluções Públicas e Bright Cities.

Como funciona o programa

O programa é dividido em duas partes e foi iniciado no mês de março. Primeiramente, houve  um trabalho de diagnóstico de cenários e análise de cidades brasileiras, por meio de dados e indicadores do consórcio. Na segunda fase,  houve participação ativa de 8 municípios, que integraram um estudo sobre cidades inteligentes, enviando informações e planos, além de auxiliarem no aprofundamento dos diagnósticos: Belém (PA), Boa Vista (RR), Rondonópolis (MT), Palmas (TO), Vitória da Conquista (BA), Foz do Iguaçu (PR), Guarapuava (PR), Caxias do Sul (RS)

Para fechar o primeiro ciclo, foram eleitos três municípios, que se destacam na promoção de iniciativas em transformação digital e smart cities, para continuidade na segunda etapa do programa: Boa Vista (PR), Belém (PA) e Caxias do Sul (RS). “Atendendo às premissas fundamentais para o incremento de smart cities, esses municípios foram reconhecidos como propulsores na promoção de ações relevantes e comprometidas com o desenvolvimento da governança digital e em prol de melhorias na prestação de serviços à comunidade”, destaca Paula Faria, CEO e idealizadora da Plataforma Connected Smart Cities. 

Nesta nova fase do programa, será realizado um trabalho de consultoria dirigido a cada um desses municípios para planejamento e elaboração de projetos adequados à dadas realidades, considerando as demandas atuais e os principais desafios identificados durante a etapa de diagnóstico.

Em breve, o programa também divulgará um cronograma com as próximas ações estratégicas que serão realizadas, de acordo com estudos dos principais indicadores de cidades inteligentes. Dentre elas, destaca-se a realização de um bootcamp durante a 9ª edição do Connected Smart Cities, o maior evento de conexões e negócios de cidades inteligentes e de mobilidade urbana do Brasil, promovido pela plataforma CSC, que será realizado entre os dias 4 e 5 de setembro, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo. Saiba mais informações aqui.

CIDADE DE SÃO PAULO PASSA A TER REFORÇO NA SEGURANÇA COM ATÉ 40 MIL CÂMERAS INTELIGENTES

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A cidade de São Paulo passa a contar com ferramentas que ajudarão a tornar vários pontos do município mais seguros. A Prefeitura de São Paulo iniciou o Smart Sampa, o maior sistema de monitoramento por câmeras e outras tecnologias integradas.

Serão instaladas pela cidade 20 mil câmeras inteligentes de segurança, com
tecnologia de biometria facial e integração de diversos serviços públicos, permitindo o monitoramento de ocorrências em tempo real.

Ao todo, o sistema poderá contar com até 40 mil câmeras, já que, além das 20 mil previstas na licitação, o programa possibilitará a integração de mais 20 mil câmeras privadas, de munícipes e empresas ou de concessionárias. As 200 primeiras câmeras serão instaladas na região central nos próximos 60 dias.

Serão 3.300 câmeras na região central, 6.000 na zona leste, 3.500 na oeste, 2.700 na norte e 4.500 na sul. Os aparelhos serão instalados no entorno de escolas, unidades básicas de saúde, parques, áreas de grande circulação e com maior incidência de criminalidade, e nas entradas e saídas do município.

O Smart Sampa, além de oferecer maior segurança à população, também permitirá integrar vários órgãos do serviço público para dar maior agilidade no atendimento ao cidadão.

Está previsto, por exemplo, integrar as ações da CET, SPTrans, CPTM, Metrô, Samu, além da Guarda Civil Metropolitana e das Polícias Militar e Civil, por meio de uma moderna e inteligente Central de Monitoramento, prevista para ser instalada no Prédio do Palácio dos Correios, no Vale do Anhangabaú, no Centro.

A utilização de câmeras nas ruas gera um efeito preventivo e, além disso, o sistema possibilita que sejam tomadas ações com agilidade e eficácia. Se há uma esquina com muitos acidentes, por exemplo, as informações podem ser passadas para que as equipes de trânsito estudem suas causas, melhorando o serviço.

O Smart Sampa também permitirá criar um canal de comunicação com a
população, acompanhando marcadores em postagens públicas, hashtags, menções de órgãos públicos e comentários em postagens nos canais oficiais dos serviços municipais, possibilitando identificar as demandas dos munícipes, como buracos nas vias, alagamentos, congestionamento no trânsito, limpeza urbana, iluminação pública, sistema de sinalização e demais situações que exijam a intervenção do poder público.

BIOMETRIA FACIAL

O Smart Sampa funciona por meio de um sistema de biometria facial mais bem
desenvolvido do que o de alguns modelos implantados em outros países.

Biometria facial é uma tecnologia de reconhecimento de rosto que permite a
verificação de indivíduos, comparando as características faciais de uma pessoa com imagens que estão armazenadas em um banco de dados.

Nos sistemas de outras partes do mundo, há o disparo automático da
notificação/identificação de um suspeito, que, por sua vez, é direcionado às unidades de campo.

Já o sistema de biometria facial do Smart Sampa contém um avançado protocolo de validação dos alertas e verificação de eficácia, que vai considerar somente detecções com no mínimo 90% de paridade.

As que estiverem abaixo desse parâmetro serão automaticamente descartadas, não gerando nenhum alerta. Ou seja, mais segurança e proteção de dados ao mesmo tempo.

Obrigatoriamente, todos os alertas emitidos passarão ainda pela análise criteriosa de um agente devidamente treinado e capacitado, observando procedimentos e protocolos internacionais, baseando-se ainda em recomendações da União Europeia a projetos semelhantes, a fim de averiguar as circunstâncias de cada caso, antes que qualquer medida seja tomada.

Assim, o novo modelo evitará ações equivocadas em abordagens de suspeitos, além de reduzir o número de abordagens, uma vez que os agentes de segurança terão um arcabouço de dados e informações para realizar uma apuração mais rigorosa antes de encaminhar qualquer ocorrência.

A identificação pessoal levará em conta os dados já existentes nos registros e
documentos oficiais, assim como as informações armazenadas nos bancos de dados dos órgãos de segurança dos governos estadual e federal.

As ocorrências serão encaminhadas, quando for o caso, às autoridades competentes, como as polícias Militar e Civil, que seguirão com as devidas providências.

GESTÃO E TRANSPARÊNCIA

O Smart Sampa contará com um Conselho de Gestão e Transparência, que irá
tratar das questões que envolvam o dinamismo da plataforma, a liberação de acesso, atualização de sistema, entre outros.

O conselho será integrado por diversos órgãos, inclusive pela Controladoria Geral do Município (PGM), e terá como objetivo garantir o cumprimento da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) e o uso das informações apenas para fins legais.

Os dados serão compartilhados com o Poder Judiciário e demais órgãos públicos, quando solicitados oficialmente. As informações armazenadas que não forem requisitadas pelos órgãos competentes durante o período máximo de 30 dias serão automaticamente eliminadas do sistema.

O vencedor da licitação para instalação das câmeras é o Consórcio Smart City SP, formado pelas empresas CLD – Construtora, Laços Detentores e Eletrônica Ltda, Flama Serviços Ltda, Camerite Sistemas S.A. e PK9 Tecnologia e Serviços Ltda, com um custo mensal para o serviço de R$ 9,8 milhões.

A conclusão da instalação das 20 mil câmeras está prevista para ocorrer em 18 meses.

Fonte: 360 News

#CONECTATALKS COM O SUPERINTENDENTE DE OPERAÇÕES E CLIENTES DA VELOE, ALEXANDRE FONTES

A empresa é referência no desenvolvimento de soluções de inovação para mobilidade urbana e gestão de frotas.

Nicole Costa, colaboradora da Plataforma Connected Smart Cities, foi a entrevistadora desta edição do Conecta Talks.

O Conecta Talks é uma iniciativa do Connected Smart Cities, uma plataforma que, ao integrar com sua comunidade, acelera o processo de desenvolvimento das cidades inteligentes no Brasil.

Nesta edição, o programa recebeu o executivo da Veloe, Alexandre Fontes. A Veloe é parceira e patrocinadora do Connected Smart Cities & Mobility Nacional 2023, o maior evento de cidades inteligentes e mobilidade urbana do Brasil, que será realizado entre os dias 4 e 5 de setembro, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo.

DESTAQUES DA ENTREVISTA:

  1. No início do programa, Alexandre Fontes agradeceu o convite para participação nesta edição do Conecta e apresentou a missão e trajetória da Veloe, empresa criada em 2018, como uma unidade de negócios responsável em facilitar a gestão da mobilidade urbana.
  2. O executivo contou ainda como foi a participação da Veloe na 2ª edição do Parque da Mobilidade Urbana, realizada em junho deste ano, no painel de discussão sobre o cenário, avanços e perspectivas de desafios da implantação de novas tecnologias nas rodovias do Brasil.
  3. Neste âmbito, o superintendente destacou os benefícios dos investimentos em sistemas de tecnologia free flow – de pedágio eletrônico – que favorecem uma gestão de tráfego urbano mais eficiente, democrática e inclusiva;
  4. Antes de encerrar o programa, Alexandre fontes compartilhou suas expectativas para o evento nacional Connected Smart Cities & Mobility.

Assista a entrevista na íntegra aqui.

A IMPORTÂNCIA DOS INDICADORES PARA O ECOSSISTEMA DA MOBILIDADE URBANA

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A grande questão da mobilidade urbana é transformar um emaranhado de dados em bons indicadores

Os indicadores desempenham um papel fundamental para as organizações no setor de mobilidade urbana, pois permitem avaliar o desempenho, medir o sucesso de ações e políticas e identificar áreas que precisam de melhorias. A grande questão da mobilidade urbana é transformar um emaranhado de dados em bons indicadores, pois há uma escalada de complexidade entre dados, informações, conhecimento e indicadores. 

Dados são fatos ou observações brutos e não processados, que podem ser representados por números, palavras, imagens, entre outros. Informações são os dados organizados, processados e interpretados, o que lhes confere significado e contexto, e que têm o propósito de responder a perguntas específicas e proporcionar compreensão. Já o conhecimento vai além das informações ao incorporar experiências, crenças, valores e compreensão mais profunda. E por fim, os indicadores são medidas específicas derivadas dos dados, informações e conhecimento e servem para tomar decisões informadas.

Muitas organizações enfrentam desafios ao lidar com a transformação de dados em indicadores úteis para a mobilidade urbana. Um problema comum é não saber o que fazer com a enorme quantidade de dados disponíveis. Às vezes, as empresas ficam sobrecarregadas com a quantidade de informações e desejam usar todos os dados ao mesmo tempo, o que pode levar a confusão e dificuldades na identificação dos insights mais relevantes. 

Para superar esses desafios, é essencial criar indicadores “fora da caixa”, ou seja, desenvolver métricas que vão além das tradicionais e que desafiam a mesmice. Em vez de se apegar apenas aos indicadores comuns do setor, as empresas podem identificar novas formas de medir seu desempenho, a satisfação dos usuários e os impactos na qualidade de vida da cidade. Essa abordagem inovadora pode trazer insights valiosos e direcionar a tomada de decisões estratégicas.

Além disso, fazer pesquisas complementares é outra maneira de aprimorar a compreensão da mobilidade urbana. Os dados internos podem oferecer informações importantes, mas também é fundamental buscar dados externos e realizar pesquisas para obter uma visão mais abrangente do mercado, das tendências de mobilidade e das necessidades dos clientes. Dessa forma, as empresas podem aprofundar seus indicadores e desenvolver soluções mais eficazes, incluindo a consideração de aspectos políticos e regulatórios (public affairs).

Ao implementar essas soluções, as organizações de mobilidade urbana podem colher diversos benefícios. Uma comunicação mais eficaz do negócio e a utilização de indicadores inovadores podem atrair a atenção da mídia, resultando em uma maior exposição em jornais de grande visibilidade e para o público em geral. Além disso, a compreensão aprofundada do negócio e dos clientes pode levar à identificação de nichos de mercado não explorados, permitindo a criação de novos produtos e serviços personalizados. 

Bons indicadores são a chave do sucesso para que as empresas, governos, sociedade civil organizada, academia e público em geral explorem cada vez mais a importância da mobilidade urbana para a melhoria da qualidade de vida nas cidades.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autora, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities

TECNOLOGIA DE ILUMINAÇÃO EM LED ATINGE 35% EM ÁREAS DE LIMEIRA

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O contrato prevê a substituição de lâmpadas comuns pela tecnologia de luminárias LED em toda a cidade

Os serviços de substituição e modernização da iluminação pública de Limeira atingiu um patamar de 35%, conforme balanço realizado pela Secretaria de Obras e Serviços Públicos, por meio da Divisão de Elétrica e Iluminação Pública.

Engenheiro e chefe da divisão, Antonioni Rosada afirma que os trabalhos de cobertura de todo o parque de iluminação serão concluídos até março de 2024, conforme estabelece contrato com a empresa responsável pelos serviços.

“Estamos avançando com mais esse amplo serviço e o resultado já é perceptível em várias regiões da cidade”, afirma o prefeito Mario Botion.

O contrato prevê a substituição de lâmpadas comuns pela tecnologia de luminárias LED em toda a cidade.

Para executar os serviços, a Prefeitura de Limeira, obteve uma linha de crédito junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES).

Benefícios

O sistema LED prevê inúmeras melhorias, tais como maior intensidade de luz (iluminação), sensação de segurança, qualidade da iluminação, durabilidade (vida útil), sustentabilidade, economia, visibilidade e nitidez/contraste das imagens.

“A iluminação pública está diretamente relacionada com segurança pública, com a mobilidade urbana na questão do tráfego de pessoas e veículos, além de reduzir os índices e prevenir a criminalidade”, relata Mario Botion.

Onde já chegou

Inúmeros bairros – não no seu total – já receberam a modernização: Nossa Senhora das Dores, Abílio Pedro, Geada, Águas da Serra, Village, Santa Adélia, Morro Azul, Jardim São Paulo, Nossa Senhora do Amparo, Nossa Senhora de Fátima, Limeirânea, Nova Itália, Cidade Universitária, Jardim Piratininga, Jardim Jequitibás, Jardim Antônio Simonetti, Jardim Residencial, Graminha, Jardim Colina Verde, Jardim Ouro Verde e Jardim Ipanema.

No Anel Viário, 35% do traçado já recebeu a tecnologia LED, sendo a Via Francisco D`Andréa e a Via Luiz Varga em seu percurso final.

Situação idêntica ocorreu nos entornos dos Hospitais Santa Casa e Humanitária, além de ruas da região central, como as ruas longitudinais e suas paralelas, por exemplo, a Carlos Gomes e a Santa Cruz.

Antonioni explica que o novo sistema de iluminação fica mais perceptível quando a troca ocorre nas ruas, avenidas e cruzamentos.

“O modelo LED é mais visível quando as ruas transversais e longitudinais apresentam a modernização concluída e ajustada com relação ao ângulo de projeção”, relata.

Fonte: Elimeira

POÇOS DE CALDAS (MG) INVESTE EM ESTRUTURAS PARA FOMENTAR MOBILIDADE ELÉTRICA

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Prefeitura instalou primeiro eletroposto da cidade em 2021, com recargas gratuitas para moradores e visitantes

A Prefeitura de Poços de Caldas (MG) está investindo em estruturas para fomentar a mobilidade elétrica. Com isso, a cidade pretende se tornar referência na região.

Exemplo disso é que, em 2021, a cidade recebeu o primeiro eletroposto de abastecimento. Até hoje, o local atrai visitantes e moradores para a recarga de veículos elétricos e híbridos.

Na Estação Mogiana/Fepasa, o eletroposto chama a atenção. Entre os veículos que param no local para uma recarga está um ônibus da Alcoa Poços de Caldas, atualmente em fase de testes.

Com 44 lugares, o ônibus elétrico não emite CO2, é silencioso e de baixo custo energético, tendo autonomia de 300 quilômetros. Atualmente, pode ser recarregado em outros dois pontos de Poços de Caldas: no campus da PUC Minas e na garagem da empresa Cattani, responsável pelo serviço de transporte de colaboradores.

Assim, Poços de Caldas caminha para se tornar referência em mobilidade elétrica. Afinal, o eletroposto foi um projeto de mobilidade elétrica pioneiro na região. Além disso, foi uma das 30 iniciativas de todo o país aprovadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Aumento da procura por recarga

O ponto de recarga integra o projeto Poços + Inteligente, uma parceria entre o Departamento Municipal de Eletricidade de Poços de Caldas (DME), a Prefeitura, a PUC Minas e o IF Sul de Minas.

Segundo o coordenador de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação do DME, Anderson Muniz, a procura tem sido relevante. “São recarregados de dois a três carros por dia. Em Poços, já temos 126 carros eletrificados e desses 23 são elétricos. O restante é híbrido. E, notamos ainda, que a maioria dos carros que vêm recarregar são de turistas”, afirma.

“Os carros elétricos têm sido a principal aposta mundial da indústria para oferecer para seus consumidores maior economia de energia e menor poluição. Muitos países estão aderindo pelo fato de ser sustentável, pois irá contribuir para um planeta mais limpo, com zero emissão e assim, será a solução contra a poluição nos grandes centros urbanos. Outra vantagem, é o seu baixo custo, pois não utiliza gasolina, diesel ou gás, mas sim a eletricidade. E Poços sai na frente com o nosso eletroposto”, avalia Muniz.

Carruagem Elétrica

Outro projeto em eletromobilidade na cidade é a circulação de carruagens elétricas para substituir o uso de charretes movidas por tração animal. A Prefeitura criou um protótipo, que está em desenvolvimento para a implantação. A proposta também integra o Poços + Inteligente.

“Queremos profissionalizar o serviço, com os condutores vestidos a caráter, e a tecnologia usada disponibilizando informações turísticas por meio de GPS, carregamento USB. A cidade merece crescer sempre e por isso que trabalhamos, um caminho de vanguarda e avanço para todos”, afirma o prefeito, Sérgio Azevedo.

TENDÊNCIAS FUTURAS DA MOBILIDADE URBANA

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Não é novidade que ano após ano, o número de pessoas que ocupam as metrópoles tem aumentado consideravelmente, exigindo adaptações em diversos setores como comércio, moradias, hospitais e também na mobilidade urbana, um agente fundamental para o funcionamento do cotidiano e na vida de milhões de trabalhadores brasileiros. Por sorte, a transformação digital tem trazido diversos benefícios e melhorias para as malhas rodoviárias, proporcionando uma experiência mais viável no dia a dia.

e acordo com um levantamento realizado pela Organização das Nações Unidas (ONU), até 2050, 70% da população viverá em áreas urbanas. Diante disso, a disponibilização de informações em tempo real para os usuários de ônibus por meio de aplicativos e plataformas digitais que fornecem dados atualizados sobre horários de ônibus, metrôs e trens, possibilita que as pessoas planejem suas viagens com maior precisão e não encontrem problemas ao utilizar o transporte.

Para se ter uma ideia do potencial da implementação da tecnologia no segmento, dados como redução de tempo de espera, emissão de poluentes, condição do trânsito, monitoramento do fluxo de passageiros, entre outros, são obtidos com objetivo de identificar padrões, otimizar rotas e aprimorar a gestão dos transportes públicos. Esse tipo de progresso é extremamente positivo porque auxilia em decisões mais assertivas para melhorar a mobilidade urbana no país.

O entendimento do fluxo, condições e ocupações dos veículos de transporte, principalmente os ônibus, é essencial para garantir um bom padrão de funcionamento, especialmente considerando que 85,7% dos usuários de transporte público, possuem o ônibus como única alternativa, de acordo com a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) em 2022.

É fundamental incentivarmos a comunicação direta entre os passageiros e os gestores do transporte público, permitindo que os usuários reportem problemas, forneçam feedback valioso e contribuam para o aprimoramento contínuo do serviço de ônibus em suas cidades. Além de reforçar os benefícios de investir em soluções tecnológicas para enfrentar os desafios das cidades modernas e proporcionar uma experiência de transporte mais eficiente, sustentável e agradável para os cidadãos.

É inegável que a tecnologia é o aliado principal quando falamos de evolução acessível e repasse de informações em tempo real, e podemos defini-la como fundamental tendo em vista todos os recursos que podem ser oferecidos ao exercermos uma boa utilidade para ela. A verdade é que há uma infinidade de possibilidades que podem ser implementadas na mobilidade urbana e no dia a dia dos cidadãos. Vale aos gestores colocarem a mão na massa e permitirem que essas inovações façam parte da rotina de suas cidades. Tenho certeza que abraçando essas tendências, poderemos aproveitar o máximo e o melhor da mobilidade urbana moderna.

*CEO da Cittamobi

Fonte: Diário do Comércio

REDUÇÃO DA TARIFA E DO TEMPO DE ESPERA INCENTIVARIAM USO DO TRANSPORTE PÚBLICO

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Pesquisa da CNI sobre mobilidade urbana mostra que essas medidas, assim como o aumento da segurança, são os principais estímulos para a população usar o transporte nas grandes cidades

Pesquisa inédita da Confederação Nacional da Indústria (CNI) revela que os brasileiros não usuários de transporte público passariam a usar os coletivos caso algumas melhorias fossem feitas. Questionados sobre os dois principais motivos para que passassem a utilizar esse transporte nas grandes cidades, os entrevistados apontaram a redução de preço da tarifa (25%), a diminuição do tempo de espera (24%), o aumento da segurança (20%), a maior disponibilidade de linhas e percursos (18%), a ampliação do conforto interno (14%), a melhoria da qualidade dos veículos (13%) e a maior brevidade dentro do transporte público (13%).

O levantamento evidencia também insatisfação da população no que diz respeito à governança e gestão pública da política de mobilidade urbana. Indagados sobre como avaliam a atuação do poder público local no planejamento da mobilidade urbana a longo prazo, 57% consideram pouco ou nada avançado; 24% responderam mais ou menos avançado; e apenas 16% julgam avançado ou muito avançado.

“É imprescindível que o poder público priorize a atualização da Política Nacional de Mobilidade Urbana para que as cidades tenham condições de elaborar bons projetos e acessar recursos para melhorar o transporte público e reduzir os gargalos do trânsito, que tanto têm impactado na qualidade de vida do brasileiro”, afirma o gerente-executivo de Infraestrutura da CNI, Wagner Cardoso.

Serviços de ônibus nas cidades

Os dados apontam também que a satisfação dos brasileiros com os pontos de ônibus é baixa. A maior queixa é em relação à segurança, que recebeu nota média de 3,1 numa escala de 0 a 10. Outros pontos de insatisfação são o conforto (nota 3,3), tempo de espera (3,6), informação sobre trajetos e horários (4,3), quantidade de paradas (5,2) e distância percorrida (5,5).

Em relação à satisfação com o serviço dentro do ônibus, a maior reclamação também diz respeito à falta de segurança, com nota 3,1. Na sequência, as maiores reclamações são relativas ao excesso de passageiros (3,6), conforto (3,6), quantidade de ônibus (3,8), pontualidade (4,2), limpeza (4,7), tempo de viagem (4,7) e comportamento do motorista (6,4).

Metrô é bem avaliado pela população

Entre usuários do metrô a percepção é de que esse é um transporte melhor que o ônibus. A nota atribuída na escala de 0 a 10 para o tempo de espera nas estações foi de 7,2. Na sequência aparecem como pontos mais bem avaliados das estações de metrô: informações sobre trajetos e horários (7,0); quantidade de estações (6,7); segurança (6,5); conforto da estação (6,4); distância percorrida até a estação (6,2).

A satisfação com a limpeza dos vagões de metrô é boa, com nota 7,5. Depois aparecem os itens tempo de viagem (7,4); pontualidade (7,2); quantidade de vagões (6,8); segurança (6,2); conforto (6,1); e quantidade de passageiros (5,0).

Melhoria da segurança nas vias faria população usar bicicleta

Questionados sobre os dois principais motivos para incentivar o uso da bicicleta, os entrevistados apontaram que usariam o transporte se houvesse melhoria da segurança para pedalar nas vias (39%); se os motoristas respeitassem os ciclistas (35%); se houvesse mais ciclovias e ciclofaixas (27%); se melhorasse a sinalização das ruas (21%); se a distância para o trabalho ou local de estudo não fosse tão grande (16%); e se o trajeto usado não tivesse tantas subidas ou ladeiras (11%). 11% responderam que nada nem nenhum motivo o faria usar a bicicleta como meio de transporte.

Carro de aplicativo é o meio de transporte mais bem avaliado nas cidades

Menos de 10 anos depois de chegar ao Brasil, os carros de aplicativo são o meio de transporte urbano mais bem avaliado do país. Segundo a pesquisa, 64% dos usuários consideram esses serviços bons ou ótimos. Essa parcela é mais do que o dobro daqueles que tem avaliação boa ou ótima dos táxis, de 30%.

O segundo serviço mais bem avaliado é o metrô, com 58% de ótimo ou bom. Na sequência, aparecem trem (38%), táxi (30%) e ônibus (29%). Já em relação ao custo-benefício dos transportes, 63% apontam o carro de aplicativo como ótimo ou bom, à frente de metrô (40%), trem (33%), ônibus (25%) e táxi (25%).

Brasil precisa investir em mobilidade urbana

Estudo da CNI sobre mobilidade urbana, divulgado em maio, revelou que o Brasil precisa investir R$ 295 bilhões até 2042 em infraestruturas de mobilidade urbana nas 15 principais regiões metropolitanas do país. Essa é a quantia necessária para equiparar a infraestrutura de transportes desses municípios ao padrão da Cidade do México e Santiago, cidades referência na oferta de transportes urbanos na América Latina.

Do total de R$ 295 bilhões, R$ 271 bilhões precisariam ser destinados para expansão de linhas de metrô. Conforme destaca o estudo, esse montante equivale ao necessário para mais do que dobrar a extensão da malha vigente. A pesquisa divulgada hoje aponta que 90% dos brasileiros concordam que mais investimentos na malha de transporte tornaria o deslocamento nas cidades mais ágil.

Metodologia

A pesquisa encomendada pela CNI foi realizada pelo Instituto Pesquisa de Reputação e Imagem (IPRI), nome novo do Instituto FSB Pesquisa, que entrevistou 2.019 pessoas da população economicamente ativa (PEA) com idade a partir de 16 anos em cidades com mais de 250 mil habitantes nas 27 unidades da Federação, entre 1o e 5 de abril. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%.

TRANSPORTE PÚBLICO RODOVIÁRIO URBANO: CNT E NTU REVELAM PERFIL DAS EMPRESAS DO PAÍS

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Estudo demonstrou que, em sua maioria, companhias são de origem familiar, estão há mais de 20 anos no mercado e possuem mais de 100 funcionários

O transporte rodoviário coletivo urbano é o principal responsável pelo deslocamento diário de passageiros no País. Os números do setor são grandiosos: 1.577 empresas de ônibus urbanos em operação no Brasil e, aproximadamente, 107 mil ônibus e cerca de 315 mil empregos diretos.

Para entender a fundo tanto a natureza do serviço prestado, quando seu desafios – como a crise do transporte público, com perda de passageiros – a Confederação Nacional do Transporte acaba de lançar, em evento em Brasília (DF), a Pesquisa CNT Perfil Empresarial 2023 – Transporte Rodoviário Urbano de Passageiros.

Inédito, o estudo contou com o apoio da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) e traz características das empresas em aspectos como frota, operação, mão de obra e investimentos.

São destacadas, também, questões relacionadas às gestões ambientais, de riscos e formas de pagamento, bem como os impasses relacionados à política tarifária vigente. A visão das empresas e os principais desafios do setor fecham o escopo da sondagem.

Sondagem

As informações foram fornecidas por empresários do segmento no primeiro semestre deste ano, com a realidade do transporte rodoviário urbano de passageiros de todas as regiões do Brasil. Os resultados revelam que as empresas de grande porte, ou seja, com mais de 100 funcionários, são maioria no segmento, e representam 82,2% do total.

Também predominam as companhias que têm mais de 20 anos de atuação no mercado, com 84,5% do total. A origem familiar do negócio é a motivação para operar no ramo para pouco mais da metade das empresas (59,8%).

Cerca de 2/3 da amostra (69%) atua exclusivamente no segmento rodoviário urbano de passageiros. Outros 19% dos entrevistados pela CNT atuam em outra modalidade e passaram, posteriormente, a trabalhar com o transporte rodoviário urbano de passageiros.

Entre os desafios apontados, a questão do custeio da atividade ganha destaque: 36,2% das empresas têm a tarifa paga pelo usuário como a principal remuneração, e 51,1% carecem de qualquer subsídio público.

Chama atenção também a questão da violência, que tem afetado a maioria das operadoras do setor: 59,2% foram vítimas de assalto e 40,2% sofreram ato de depredação no último ano, sendo que uma em cada cinco (20,1%) tiveram veículos incendiados no período.

Os dados contribuem para dar visibilidade à importância do transporte rodoviário urbano de passageiros. Servem também para auxiliar os transportadores nas tomadas de decisão e nos seus planejamentos de longo prazo, bem como a definição de suas estratégias comerciais.

Para governos locais, a pesquisa ajuda a definir a priorização de investimentos no setor e, consequentemente, a alocação de esforços. Os dados apresentados também podem apoiar na elaboração de planos e políticas de mobilidade urbana que atendam as reais necessidades da sociedade e do setor, impactando-os de forma assertiva.

Confira, a a seguir, alguns destaques da pesquisa, divididos em vários campos:

Tarifa

  • 36,2% têm a tarifa paga pelo passageiro como a única forma de remuneração definida em contrato
  • 51,1% não recebem qualquer subsídio do governo
  • 56,9% consideram a dificuldade em reajustar o valor das tarifas como principal problema
  • 18,5% dos passageiros recebem algum tipo de benefício tarifário

Pagamento

  • 91,4% utilizam o sistema de bilhetagem eletrônica
  • 75,8% implementaram pagamento com cartão de transporte como forma de substituição ao cobrador
  • 90,2% têm pelo menos uma linha da frota operando sem a função de cobrador

Violência

  • 59,2% foram vítimas de assalto no último ano
  • 40,2% sofreram ato de depredação no último ano
  • 20,1% tiveram veículos incendiados no último ano

Custos

  • 74,1% consideram preço do diesel a principal dificuldade enfrentada
  • 72,4% indicaram a manutenção do veículo como o fator que mais sobrecarrega os custos das empresas

Sustentabilidade

  • 74,7% monitoram o uso de combustível
  • 74,1% acompanham a geração de resíduos

Fonte: Mobilidade Estadão