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COMO AS CIDADES BRASILEIRAS PODEM SE BENEFICIAR COM O CICLOTURISMO?

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Esporte, lazer, aventura, fazer novos amigos, sair da rotina, tudo isso envolve o CICLOTURISMO

Um termo recente para quem utiliza o modal “bicicleta” para viajar, seja por um dia ou mais de 100 dias de viagem (sim, existem vários cicloturistas pelo mundo nesse momento fazendo exatamente isso). O ciclista pode viajar sozinho, em grupo ou até contratar uma agência de viagem especializada. 

No exterior esse tipo de viagem é muito comum e no Brasil, muitas cidades já percebem brasileiros redescobrindo o País dessa forma.

O turismo foi muito afetado pela pandemia nestes últimos anos, mas o cicloturismo continuou a fomentar, crescer e desenvolver regiões. 

No Brasil, vários roteiros de viagens já possuem rotas e trajetos sinalizados, facilitando a vida do cicloturista. Confira a lista com os principais roteiros no blog da Quero Pedalar.

Um dos circuitos referência para cicloturistas e peregrinos a pé, independente da religião, é o Caminho da Fé, que percorre o interior de Minas Gerais e São Paulo e chega até a basílica de Aparecida do Norte.

Este percurso inclusive, comemora 20 anos em 2023 e já conta com a parceria de mais de 60 cidades ao longo dos seus mais de 2.000 km mapeados.

Este tipo de viagem, vai além de um turismo comum. Eles modificam vidas, criam empreendedores e idealistas do poder público. Para dar certo, todas as pontas precisam estar unidas, seja pela manutenção constante dos caminhos, pela disponibilidade da rede hoteleira em se estruturar de acordo com as necessidades dos ciclistas e peregrinos, como também restaurantes e bares, bicicletarias, pontos turísticos, entre outros.

Chegamos no que chamamos: “a economia da bicicleta”. Um ganho além do econômico, ela carrega o ganho social. Viajar de bicicleta contribui para vias mais seguras, ar mais limpo e mais saúde para quem pedalar e as pessoas em torno. Por conta da praticidade de acesso permitida por este transporte, ciclistas tendem a entrar mais em lojas, restaurantes, cafés e demais estabelecimentos comerciais.

Mas o essencial para um circuito de cicloturismo ter sucesso é o engajamento da comunidade local. Quem recebe os peregrinos e esportistas faz uma conexão muito além da tecnologia. Em muitos lugares, não há sinal de celular, não tem wi-fi,  e o contato com famílias de moradores e comerciantes locais, “obriga” a todos essa integração, essa “volta às origens”. 

E sem nenhuma tecnologia, não é que essas vilas e cidades se tornam “inteligentes”? São impulsionadores do crescimento econômico sustentável, possuem, da sua forma, elevada qualidade de vida e realizam a gestão inteligente dos seus recursos naturais. 

Sem conceituar os termos de Smart Cities, essas cidades desenvolvem o Capital Humano de seus moradores. Pessoas engajadas, profundos conhecedores da sua cidade, experientes na comunicação e produtores de valor econômico para si e sua comunidade. 

Ao término do percurso, pergunte a qualquer cicloturista ou peregrino a pé sobre suas impressões e verá que foi no mínimo, transformador. Os vínculos que se formam com quem faz e com quem os recebe, ficam eternos na memória. 

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities 

PRESENÇAS CONFIRMADAS DO MINISTRO DE PORTOS E AEROPORTOS E PRESIDENTE DA B3 NA ABERTURA DA 2ª EDIÇÃO DO P3C – PPPS E CONCESSÕES: INVESTIMENTOS EM INFRAESTRUTURA NO BRASIL

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Investidores, poder público e iniciativa privada estarão reunidos nos dias 27 e 28 de fevereiro no P3C – PPPs e Concessões – Investimentos em Infraestrutura no Brasil para avaliar o cenário das parcerias públicas e privadas.

A segunda edição do Prêmio P3C premiará as melhores ações na gestão de contratos de concessão e PPP (parceria público/privada), considerando dois grupos de premiação: um voltado às entidades e outro aos profissionais.

Nos dias 27 e 28 de fevereiro de 2023 será realizada a 2ª edição do P3C PPPs e Concessões:  Investimentos em Infraestrutura, o maior evento multissetorial de discussão de temas relevantes deste mercado no Brasil.

No dia 27, o Ministro de Estado de Portos e Aeroportos, Márcio França e o Presidente da B3, Gilson Finkelsztain participarão da abertura do P3C, na B3 – A Bolsa do Brasil. Também foram convidados para a abertura, os Ministros da Fazenda, Fernando Haddad, o da Casa Civil, Rui Costa e os governadores Jerônimo Rodrigues, Tarcísio Gomes de Freitas, Romeu Zema, Eduardo Leite e Eduardo Riedel dos Estados da Bahia, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e  Mato Grosso do Sul.

Uma realização da Necta e Portugal Ribeiro Advogados, com correalização da B3, o evento tem a missão de reunir os principais protagonistas dos setores públicos e privados para analisar e debater o cenário de investimentos e operações no mercado de infraestrutura do Brasil. 

“É indiscutível a importância de investimentos em setores de infraestrutura e estímulo à expansão do mercado de concessões e Parcerias Público-Privadas para transformações sociais e econômicas. E a proposta do P3C é justamente promover uma rica interação entre os principais atores desses ambientes para discutir modalidades de negócios inovadores e sustentáveis para os próximos anos deste novo governo”, destaca Mauricio Portugal Ribeiro, sócio da Portugal Ribeiro Advogados.

Além de decisores do novo governo, o P3C contará com a presença de especialistas e representantes das maiores organizações de setores econômicos regulados da infraestrutura, como energia, rodovias e aeroportos; sociais com foco em serviços de prestação de saúde, educação, saneamento básico; e ativos ambientais, que incluem parques e florestas e respectivos regimes de uso e administração, como PPPs e concessões. 

Abertura e premiação P3C

Dividido em dois dias, no dia 27, haverá abertura do evento e premiação P3C das melhores iniciativas e dos profissionais, cujos trabalhos tiveram notoriedade nos setores de infraestrutura. O Prêmio P3C reconhecerá profissionais, empresas e órgãos públicos que se destacam na atuação em infraestrutura econômica, social e ativos ambientais.

A premiação considera as seguintes linhas de análise e categorias de avaliação: Melhor Estruturação de Projetos, Melhor Gestão Pública de Projetos, Melhor Gestão Privada de Projetos, Carreiras de impacto, Mulheres na Infraestrutura e Reconhecimento In Memoriam. Cada categoria terá um vencedor e duas menções honrosas. Para esta edição, foram recebidas mais de 260 candidaturas. 

Conheça todas as etapas do processo e o regulamento completo aqui.

Conferência – palestrantes confirmados e painéis de discussão

Especialistas, executivos, investidores, consultores, e demais interessados pelos temas referentes ao mercado de infraestrutura estarão reunidos em uma grande Conferência no dia 28, segundo dia do P3C, no Centro de Convenções Frei Caneca, a partir das 9 horas da manhã. 

Neste dia, são esperados 600 participantes, dentre eles mais de 100 palestrantes, que irão promover debates e rodadas de conexões e negócios de alta qualidade e relevância sobre questões transversais e multidimensionais envolvendo os ecossistemas de infraestrutura nacional.

Dentre os painéis de discussão agendados, integram-se algumas pautas, como: as estratégias de descarbonização para a conquista da transição energética, ministrada pela Diretora Executiva – E+ de Transição Energética, Rosana Santos; Coordenadora Regional de Operações Publico Privada – IDB INVEST, Karisa Ribeiro, com moderação do Sócio – Siglasul Consultores, Sebastian Butto.

Também serão debatidas as metodologias e práticas que poderiam ser consideradas para avaliação e quantificação de riscos na dinâmica de propostas de licitações e do reequilíbrio de contratos, por meio dos discursos de alguns palestrantes, como o Diretor de Projetos de Infraestrutura, PPPs, Concessões e Privatizações – Banco Fator, Ewerton de Souza Henriques; e Professor e Pesquisador – FIPE – Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Elias Cavalcante, entre outros.

Já a Secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística de São Paulo do Governo do Estado de São Paulo, Natália Resende Andrade Ávila, participará do painel de debate “Política e Social – Infraestrutura no Brasil nos próximos 4 anos” junto com outras autoridades que ocupam posições relevantes nos setores de infraestrutura do governo.

Além de mesas setoriais sobre temas envolvendo os mercados de transportes, rodovias, portos, aeroportos, iluminação pública, dentre outros. “O intuito é incentivar reflexões e formulação de propostas sobre os caminhos que decisores do novo governo e  representantes das maiores organizações da iniciativa privada devem percorrer para vencer desafios, aprimorar os ambientes de negócios e buscar alternativas mais promissoras para o avanço do setor de infraestrutura”, destaca  Paula Faria, CEO da Necta e idealizadora do evento.

Panorama da 1ª edição P3C

Em 2022, o P3C recebeu 71 palestrantes e, aproximadamente, 160 convidados presenciais, além do registro de mais de 500 acessos na transmissão online do evento. Em relação ao balanço dos participantes presentes,  41,4% integravam setores de governos e 31% eram representantes de empresas privadas. tos desenvolvidos em setores

Serviço:

P3C 2023 – PPPs e Concessões – Investimentos em Infraestrutura no Brasil

Quando:

27 de fevereiro – Abertura e Prêmio P3C – B3, São Paulo
28 de fevereiro – Conferência – Centro de Convenções Frei Caneca.
Programação: clique aqui.Inscrições: https://p3c.com.br/inscricoes/ 

REPASSES AUTOMÁTICOS DE RECURSOS FEDERAIS PARA O SANEAMENTO BÁSICO

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A importância dos fundos públicos em um contexto de endividamento e escassez de emendas parlamentares

Empréstimos tomados junto à Caixa, ao BNDES ou outros agentes financeiros (recursos onerosos) não estão disponíveis para diversos municípios brasileiros endividados, que não conseguem cumprir as exigências dos agentes financeiros e do governo. 

No âmbito do novo Marco Legal do Saneamento, o Tribunal de Contas da União (TCU) enfrentou essa questão, ponderando que se por um lado a restrição de acesso a recursos onerosos por conta dos limites de endividamento produz consequências negativas sob a ótica das demandas do setor, por outro deve-se reconhecer a importância do controle do endividamento público, cuja inobservância poderia acarretar consequências danosas do ponto de vista macroeconômico (Acórdão 695/2022-Plenário). 

Esse problema existe pelo menos desde a década de 1990, no âmbito do programa Pro-saneamento, criado para operar recursos do FGTS [1]: 

“(…) os pré-requisitos das fontes onerosas são mais abrangentes e complexos que os vigentes nas fontes do Orçamento Geral da União (OGU), o que dificultava o acesso de estados e municípios mais pobres ou tecnicamente despreparados aos recursos do programa. Dessa forma, os critérios financeiros básicos de acesso ao programa – capacidade de endividamento, situação fiscal regular e disponibilidade de contrapartida –, geravam um processo de alocação que era regional e socialmente regressivo, justamente em uma política que demandava fortes investimentos nas áreas mais carentes e nos municípios mais pobres”. (grifo nosso) 

Além disso, as transferências especiais provenientes da Emenda Constitucional 105/2019, repassadas diretamente ao ente federado beneficiado, sem finalidade definida e independentemente de celebração de convênio ou de instrumento congênere, não têm sido disponibilizadas substancialmente para obras públicas de saneamento básico. 

Em 2021, por exemplo, de um total de mais de R$ 33 bilhões de emendas parlamentares, além de 47% desse valor ser destinado à saúde, aproximadamente 24% foram destinados a urbanismo, especialmente a duas ações orçamentárias: 1) apoio a projetos de desenvolvimento sustentável local integrado (aquisição de equipamentos para apoio à produção, como trator e implementos, grade agrícola e caminhão) e 2) apoio à política nacional de desenvolvimento urbano voltado à implantação e qualificação viária (especialmente pavimentação de ruas), conforme dados do Portal Siga Brasil. 

Percebe-se que ambas são ações com recursos bilionários provenientes de emendas parlamentares que geram benefícios no curto prazo, compatíveis com o ciclo político, mas em prejuízo à destinação de recursos federais para os investimentos plurianuais da política nacional de saneamento básico

A bem da verdade, políticas públicas nas quais o enforcement federal é mais forte, sobretudo se realizado por incentivos estáveis, como ocorre na área da saúde, se traduzem em menor heterogeneidade nos atributos de capacidades estatais locais[2]. 

No SUS, em que há planejamento setorial expressivo, o repasse “fundo a fundo” é a modalidade de transferência intergovernamental preferida pelos gestores. Trata-se de mecanismo que tem as seguintes vantagens[3]: 

“No que diz respeito ao quesito independência de fatores políticos, há alta independência nas modalidades fundo a fundo (cuja fórmula de partilha é preestabelecida e transparente), sendo baixa a independência nas transferências de convênios e nas transferências do novo módulo de investimentos, ambas voluntárias e decorrentes de negociações com o Ministério da Saúde […] As transferências fundo a fundo têm baixa flexibilidade para absorção de choques, pois são despesas obrigatórias do Ministério da Saúde e não podem ser restringidas em momentos de necessidade de ajuste fiscal, enquanto as transferências voluntárias de convênios e para investimentos têm maior flexibilidade para ajuste orçamentário”.

Contudo, apesar da indissociabilidade entre saúde e saneamento básico, no Brasil expressa na definição constitucional (artigo 200, inciso IV) de que ao SUS compete “participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico”, a Resolução 322/2003 do Conselho Nacional de Saúde (CNS) e a Lei Complementar 141/2012 definiram que não se constituiriam despesas com ações e serviços públicos de saúde as decorrentes de saneamento básico, inclusive quanto às ações financiadas e mantidas com recursos provenientes de taxas, tarifas ou preços públicos instituídos para essa finalidade. 

Por outro lado, a política nacional de saneamento dispõe desde 2007 que os entes da federação, isoladamente ou reunidos em consórcios públicos, podem instituir fundos (art. 13 da Lei 11.445/2007) – estratégia tradicionalmente não priorizada no setor de saneamento[4]: 

“A constituição de fundos especiais de universalização dos serviços de saneamento básico, conforme as diretrizes da Lei 11.445/2007 (artigo 13), é uma alternativa desejada pelo setor há muito tempo, mas cuja materialização em larga escala ainda parece longe de se concretizar. (…) Nos casos de gestão associada ou de prestação regionalizada, esses fundos também podem ser instrumento adequado, estratégico e eficiente, para operacionalizar a política de subsídios tarifários e fiscais, em especial os subsídios tarifários cruzados entre as localidades integrantes desses arranjos institucionais e administrativos”.

Diante das dificuldades para obtenção de recursos onerosos, da falta de recursos provenientes de transferências especiais e dos desafios políticos para implementação do novo marco legal, regras estáveis para repasses automáticos de recursos federais, em moldes similares ao que ocorre nas transferências “fundo a fundo” do SUS, podem ser parte da solução para a universalização dos serviços públicos de saneamento básico no Brasil.

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Eventuais opiniões são pessoais e não expressam posicionamento institucional do TCU


[1] ARAÚJO FILHO, Valdemar; REGO, Paulo A.; MORAIS, Maria da Piedade. Condicionantes Político-Institucionais da Política de Saneamento Básico no Contexto Federativo: uma avaliação do desempenho da política nos Governos de FHC e de Lula (1995-2009). 36º Encontro Anual da ANPOCS. Águas de Lindoia/SP, 2012. 
[2] GRIN, Eduardo José; DEMARCO, Diogo Joel; ABRUCIO, Fernando Luiz (Organizadores). Capacidades estatais municipais: o universo desconhecido no federalismo brasileiro. Editora da UFRGS/CEGOV. Porto Alegre, 2021 
[3] MENDES, Marcos; MIRANDA, Rogério Boueri; COSIO, Fernando Blanco. Transferências intergovernamentais no Brasil: diagnóstico e proposta de reforma. Consultoria Legislativa do Senado Federal, Texto para discussão 40. Brasília, abril de 2008. 
[4] MCIDADES. Secretaria Nacional de Saneamento ambiental do Ministério das Cidades. Panorama do saneamento básico no Brasil. Investimentos em saneamento básico: análise histórica e estimativa de necessidades. Brasília, 2014.

Fonte: Jota

100 EMPRESAS MAIS INFLUENTES EM MOBILIDADE: DESTAQUES EM EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

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De acordo com estudo realizado pelo Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec), o antigo Ibope, entre 2018 e 2022, a população do Estado de São Paulo gastou mais de 1h30 para se deslocar na cidade, diariamente. O aumento nos congestionamentos e o uso de veículos de transportes, movidos, majoritariamente, por combustíveis fósseis, podem impactar na qualidade de vida e ameaçar a conservação do meio ambiente.

Esse cenário demonstra que as condições de mobilidade urbana ainda não acompanham, de fato, o crescimento das cidades e de suas populações.

Como iniciativa de mapeamento e análise desse ecossistema, o Mobilidade Estadão e a plataforma Connected Smart Cities (CSC) realizarão a segunda edição do levantamento das 100 empresas mais influentes no setor sob o viés da Sustentabilidade.

Para a construção de cidades mais inteligentes e verdes, podem ser promovidas ações de ESG, de âmbito ambiental, social e de governança, associando-as com soluções inovadoras e tecnológicas. Nesse contexto, o pilar ambiental apresenta-se como estratégico para a concretização de um processo de desenvolvimento sustentável contínuo.

Com base nessas premissas, a comissão de jurados vai analisar práticas de mobilidade em termos de eficiência energética, que inclui o uso de fontes renováveis ambientalmente mais responsáveis (saiba mais no quadro abaixo). “O objetivo é avaliar o nível de comprometimento das marcas com o meio ambiente, ou seja, detectar se as empresas estão realizando suas operações com base em políticas realmente sustentáveis”, explica o jurado Sérgio Avelleda. O resultado da votação será divulgado, no dia 15 de março, pelo Mobilidade Estadão.

Etapas para a mobilidade urbana sustentável 

A mobilidade sustentável pode ser alcançada por meio de um plano de governança ambiental. Dentre as suas etapas, podem ser consideradas:

• Busca por otimização do tráfego urbano
• Estímulo à utilização preferencial de transportes coletivos ecológicos, com zero emissão de carbono
• Intensificação do uso de meios alternativos de locomoção não motorizados, como bicicletas, patinetes, e de deslocamentos feitos a pé
• Ampliação do uso de aplicativos de transportes de pessoas e materiais, em virtude das vantagens do seu custo/benefício e de sua praticidade.

Fonte: Mobilidade Estadão

CIDADE GAÚCHA CRIA LABORATÓRIO DE DATA SCIENCE PARA ORIENTAR POLÍTICAS PÚBLICAS

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Com o apoio da UFRGS e de uma empresa privada, a prefeitura de Gravataí lançou o LIDAG, um laboratório que vai fornecer informação para uma gestão municipal baseada em data science

Em Gravataí, no Rio Grande do Sul, a inspiração para a criação de um laboratório de dados que orientasse a gestão pública veio de longe. O modelo adotado no município, que fica próximo à capital Porto Alegre, segue os moldes do Digital Governance Lab, uma plataforma de dados abertos do governo da Estônia que é base para formulação de políticas públicas no país.

Na cidade gaúcha, a primeira missão do centro de data science será munir cinco secretarias da cidade com informações que vão direcionar as decisões das pastas de Desenvolvimento Econômico, Saúde, Educação, Segurança e Mobilidade. O plano envolve a realização de reuniões regulares entre os pesquisadores e os gestores públicos, para acesso e análise de dados.

Chamado de LIDAG – Laboratório de Inteligência de Dados, o centro de informação de Gravataí é fruto de uma parceria entre a UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), a Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia de Gravataí e a Wise.

“A ideia, desde o início, era juntar o gestor público, a universidade e a gestão privada para construir um laboratório que orientasse a tomada de decisão”, conta Paulo Ardenghi, CEO da Wise, startup com foco em cidades inteligentes.

“Algumas prefeituras já têm uma política de dados abertos. Mas essa é a primeira vez que essa política acontece nesse modelo, com um laboratório que vai orientar decisões de cinco pastas diferentes de forma transversal”, destaca a secretária de Inovação, Ciência e Tecnologia de Gravataí, Selma Fraga.

O projeto faz parte de uma série de iniciativas que a cidade tem adotado com foco na digitalização e na inovação local. No ano passado, Gravataí, que é quarta maior economia do estado, aprovou uma legislação que traz as diretrizes para criação de um Governo Digital. O modelo envolve um programa de aceleração de startups e outro de formação profissional.

Como o laboratório irá operar

Para analisar as informações, o laboratório contará com o trabalho de quatro pesquisadores da UFRGS e dois professores da universidade. A estrutura de tecnologia, que envolve a criação de dashboards para acompanhar os dados em tempo real, foi desenvolvida pela Wise.

Apresentado em novembro do ano passado, o LIDAG vai começar a rodar em março, com as primeiras reuniões orientadas por dados programadas para acontecer em abril. Além de fornecer os dados para a prefeitura de Gravataí, o projeto também envolve o treinamento de servidores públicos para atuar com modelos de data science e inteligência de dados.

“Acho que o modelo pode acabar inspirando outras prefeituras a seguirem caminhos parecidos”, diz a secretária Selma Fraga. “É muito importante que a análise técnica faça cada vez mais parte do setor público”, afirma.

Os pesquisadores terão cinco eixos de trabalho: usar inteligência de dados para promover a melhoria de serviços públicos; envolver a pesquisa acadêmica na validação de modelos de utilização de dados; realizar testes piloto sobre aplicações de ciências de dados; apoiar a geração de startups, a capacitação e aceleração de talentos e a eventual prestação de serviços na área de análises de dados; e auxiliar a tornar mais ágil a tomada de decisão dos gestores públicos.

Análise preditiva e open data

O CEO da Wise conta que, além das informações coletadas pela gestão municipal, a análise vai contar com o cruzamento de dados de bancos estaduais e federais. O desenvolvimento de análises preditivas, diz, pode beneficiar muito o setor público.

A ideia é poder, por exemplo, prever o movimento no transporte público e o comportamento na utilização de modais para, assim, desenvolver estratégias mais direcionadas. Na área de saúde, as análises poderão ajudar no direcionamento de recursos e no planejamento de investimentos.

Na segurança pública, o laboratório tem como foco principal os roubos e furtos de veículos. Com a tecnologia de dados, o laboratório poderá identificar padrões e, a partir de modelos matemáticos, estruturar rotas de policiamento.

Além de alimentar a estrutura da Prefeitura com dados, o laboratório tem trabalhado também para que todo o trabalho seja open data, com acesso aberto na plataforma da cidade. “O desafio hoje é trazer esses dados que já temos e que estão armazenados para que possam ser lidos e aproveitados.”

Para Paulo, o modelo deve trazer algumas vantagens: a tomada de decisões mais assertiva, a otimização dos recursos da gestão municipal e a eficiência maior na adoção de políticas públicas. “A gente espera que toda essa estrutura também ajude a fomentar a criação de novos negócios digitais”, diz.

Fonte: Valor. Globo

BNDES APROVA R$ 160 MILHÕES PARA TEMBICI, STARTUP DE MICROMOBILIDADE

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Com financiamento, empresa busca expandir serviço no Brasil, além de investir em tecnologia e inovação

BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) aprovou um financiamento no valor de R$ 160 milhões para a Tembici, startup com foco em micromobilidade. É o primeiro apoio do banco ao setor de micromobilidade urbana e cobre também ações em direção à sustentabilidade.

Com o valor, a Tembici busca expandir o serviço nas cidades em que já opera e em novas cidades. Para isso prevê a aquisição de milhares de bicicletas elétricas e comuns. Parte do valor também será dedicado a investimentos relacionados à tecnologia e inovação.

Metade do financiamento (R$ 80 milhões), terá como fonte de recursos o Fundo Clima, instrumento da Política Nacional sobre Mudança do Clima, vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, que tem como finalidade garantir recursos com taxas atrativas para projetos voltados para a mitigação das mudanças climáticas. O restante do empréstimo será concedido por meio do BNDES Finem – Mobilidade Urbana.

O financiamento, que será executado durante um período de aproximadamente três anos, também permitirá à Tembici aumentar a capacidade de montagem nas fábricas localizadas na Zona Franca de Manaus e na cidade de Extrema (MG).

Segundo o BNDES, estão previstas ainda ações que contribuirão para o tema de cidades inteligentes, como o compartilhamento de informações de trânsito, localização, clima e poluição, contribuindo para o planejamento da locomoção urbana em parceria com o poder público. Os recursos também possibilitarão a redução da emissão de CO2, gerando mais créditos de carbono nas cidades.

Fonte: It Forum

PRIMEIRO ÔNIBUS DE GRANDE PORTE 100% ELÉTRICO DA REGIÃO COMEÇA A CIRCULAR NA PRÓXIMA SEMANA

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Veículo será integrado à linha 03, que faz o trajeto entre o Terminal Vicente de Carvalho e o Ferry Boat; cerca de 94 toneladas de CO2 deixarão de ser emitidas ao ano, o equivalente ao plantio de 671 árvores

Com 26 anos de experiência como motorista, Antônio Marcos Oliveira Santos dirigiu o trajeto inaugural do primeiro ônibus elétrico de grande porte do transporte público da Baixada Santista. O equipamento foi oficialmente entregue pela Prefeitura de Guarujá e a City Transporte Intermodal nesta quinta-feira (9), em frente ao Paço Municipal Moacir dos Santos Filho. Na próxima semana, o veículo será integrado à linha 03, que faz o trajeto entre o Terminal Vicente de Carvalho e o Ferry Boat.

“Fiz treinamento específico para conduzir ônibus elétrico em um simulador, ou seja, fui capacitado especialmente para dirigir esse veículo. A diferença para o tradicional é grande, pois ele é silencioso e mais confortável”, explica Antônio.

Com identidade visual exclusiva, o ônibus é 100% elétrico e tem emissão zero de carbono, além de ser completamente silencioso. Com a utilização deste novo veículo, em vez de um tradicional movido a diesel, aproximadamente 94 toneladas de CO2 deixarão de ser emitidas na atmosfera ao ano, que é o equivalente ao plantio de 671 árvores.

O prefeito de Guarujá pontuou a importância de cuidar do meio ambiente, desde simples e pequenas ações. “Somos filhos do universo e, quando o agredimos, ele revida. Precisamos cuidar do meio ambiente cada vez mais, para que ele responda de maneira positiva”.

Para o consultor da Eletromobilidade da BYD – fabricante do ônibus elétrico -, Sergio Avelleda, o equipamento é um ganho para Guarujá, para a população, o planeta e a mobilidade urbana. “Ele é conduzido de maneira suave, tem manutenção simples e é mais barato de operar do que um a diesel. Todo ônibus elétrico economiza muita emissão de carbono, evitando toneladas de serem emitidas”.

O veículo

Com autonomia para rodar até 250 km com a carga completa, o novo ônibus elétrico tem capacidade para 78 passageiros (41 sentados e 37 em pé) e integra a frota da City Transporte Intermodal.

O moderno veículo, além de ser um grande passo sustentável, usa tecnologia de ponta e conta com inovadores sistemas de suspensão pneumática dianteira e traseira, o que proporciona maior conforto para os passageiros e motorista e freios a disco com ABS e sistema regenerativo, proporcionando segurança e autonomia ao veículo.

Com a chegada do primeiro ônibus elétrico, a City Transporte Intermodal inicia um processo de substituição de parte da sua frota por veículos elétricos ou movidos a biodiesel, que se estenderá na próxima década.

A cerimônia contou ainda com secretários municipais, vereadores, representantes da City Transporte Intermodal, veículos de imprensa e da população em geral.

Sustentabilidade

A City Transporte Intermodal assumiu o transporte público municipal de Guarujá em 2019. A empresa revolucionou o serviço ao ser pioneira em ter 100% de sua frota climatizada, com wi-fi, tomadas USB e acessibilidade para pessoas com deficiência (PCD), figurando entre os modais mais modernos da região.

Fonte: Guarujá SP

PREFEITO DE SP APROVA LEI QUE PREVÊ USO DE BLOCKCHAIN PARA TRANSPARÊNCIA DE DADOS DO GOVERNO

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O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, aprovou a Lei nº 17901, que prevê o uso de blockchain na administração pública com o objetivo de oferecer mais transparência para as ações do governo municipal

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, aprovou a Lei n 17901, que prevê o uso de blockchain na administração pública com o objetivo de oferecer mais transparência para as ações do governo municipal e órgãos de controle como a Câmara Municipal de São Paulo e o Tribunal de Contas do Município de São Paulo.

A nova lei aprovada pelo executivo municipal é proveniente do PL 428/21, proposto pelos vereadores Cris Monteiro (NOVO), Edir Sales (PSD), Fernando Holiday (Republicanos), Gilberto Nascimento (PSC), Marlon Luz (MDB), Rinaldo Digilio (União), Rodrigo Goulart (PSD) e Rubinho Nunes (União).

A Lei consolida a política municipal de dados abertos e transparência ativa e, segundo publicação no Diário Oficial, tem como objetivo tornar mais transparente os dados da administração publica bem como os dados coletados pelo governo municipal promovendo a integração entre os poderes, autarquias, entidades e cidadãos.

Ficará a cargo de cada secretaria, poder e autarquia a definição da tecnologia/sistema a ser adotado para promover os objetivos da lei, sendo que a tecnologia blockchain é um dos pilares da nova determinação.

Dia do trader de criptomoedas

Além dos uso de blockchain para promover a abertura de dados e transparência pública a cidade de São Paulo pode, em breve, ter um dia especial para os traders de criptomoedas e de ações: 23 de agosto. É o que prevê o Projeto de Lei (PL) 0747/2021 de autoria do vereador Alessandro Guedes (PT), que pretende instituir a data como “o dia municipal do profissional de trader e operações de criptomoedas do município de São Paulo.”

“As criptomoedas representam um seguimento que tem se popularizado no país e na cidade, principalmente por causa das plataformas digitais e sua facilidade de acesso. Eu já fiz um curso desse assunto, entretanto não me considero um investidor, sou mais um entusiasta. Em relação ao PL, creio que ele deve ser aprovado ainda este ano”, disse o vereador Alessandro Guedes.

O parlamentar justificou o projeto como um meio de fortalecimento das atividades dos traders, que ainda não possuem suas atividades profissionais regulamentadas no país. No caso, o texto se refere tanto aos traders que negociam nas exchanges de criptomoedas quanto aos que operam em bolsa de valores.

Fonte: Exame

NÃO EXISTE CIDADE INTELIGENTE SEM CONSIDERAR A TRANSFORMAÇÃO DIGITAL E A SUSTENTABILIDADE

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Estamos falando não só de investimentos ou gastos, mas de uma nova visão sobre a administração dos municípios a partir da criação de oportunidades de negócios que a economia digital pode proporcionar.

Tornar as cidades mais inteligentes e sustentáveis é um desafio que os gestores públicos e privados vêm enfrentando há algum tempo, com resultados ainda abaixo do que poderiam alcançar se fossem aplicadas as tecnologias existentes. Estamos falando não só de investimentos ou gastos, mas de uma nova visão sobre a administração dos municípios a partir da criação de oportunidades de negócios que a economia digital pode proporcionar.

Para aproveitar essas condições é necessário a compreensão da conjuntura, a busca por soluções viáveis, o fomento à gestão participativa e o comprometimento com a criação de um ecossistema que seja ambientalmente mais amigável com políticas consistentes.

No momento em que escrevo este texto, por exemplo, a cidade de São Paulo está em estado de alerta por causa das fortes chuvas de verão. Não há nada de novo nessa notícia. A televisão mostra as mesmas cenas de ruas totalmente alagadas, carros submersos, pessoas ilhadas e muito lixo entupindo bueiros que não dão vazão a uma quantidade enorme de água que facilmente se acumula nas ruas impermeáveis.

Há quase três anos, sofremos com as duras consequências da pandemia de Covid-19, que ainda não sumiu totalmente, mas que mostrou as fragilidades dos centros urbanos, principalmente quando houve conflito entre as necessidades de isolamento social e as de continuidade das atividades como trabalho, educação e transporte, demonstrando a falta de preparo para uma emergência dessa magnitude.

Agora, temos a chance de aprender com fatos como esses e voltar nossa atenção a um futuro de soluções criativas que superem e previnam novas ocorrências. O arquiteto Caio Vassão, colaborador deste site, alerta que “é preciso reconhecer que as cidades, especialmente após a Revolução Industrial, são “desastres ecológicos normalizados”: vemos como normal e aceitável a tremenda pegada ecológica de tecnologias urbanas e estratégias de ocupação territorial nocivas ao meio-ambiente e ao bem-estar social”.

“Desastre” talvez seja uma palavra forte, mas é fato que estamos na terceira década do século XXI e ainda ocupamos e desenvolvemos nossos aglomerados urbanos com o mesmo raciocínio do século XIX. Repetimos os mesmos erros como se fossem “normais”. Com as tecnologias que já dispomos e com as que chegarão em poucos anos, como o 6G, é importante avaliar nossa própria noção de cidade e enfrentar os desafios de maneira assertiva, positiva e com a urgência que as mudanças climáticas e uma agenda social mais saudável, amigável e de qualidade demandam.

O 5G veio para mudar os ecossistemas urbanos

A digitalização surge com uma força importante nessa equação. A contínua popularização da conectividade por fibra óptica (GPON), o uso da inteligência artificial na gestão de redes e a expansão dos serviços virtualizados com as plataformas de Cloud Computing podem mudar este cenário. As redes 5G processam grandes volumes de dados com latência ultra baixa, além de atender a grandes quantidades de dispositivos conectados.

Essa conectividade abre possibilidades de criação de uma série de novos serviços que empresas e governos podem implementar para reduzir os impactos ambientais dos grandes centros urbanos. Além disso, o 5G é uma tecnologia de rede com alta eficiência energética e pode ajudar empresas e governos a reduzirem sua própria pegada ecológica.

Uma cidade inteligente é uma cidade sustentável

Imagine, por exemplo, que daqui um tempo a cidade de São Paulo conte com um sistema de transporte público totalmente elétrico, automatizado e inteligente, que também monitora os semáforos e calcula automaticamente a demanda por mais ônibus ou trens. Esse sistema também pode enviar mensagens automáticas ao usuário, com dados em tempo real, com uma série de serviços e informações que facilitam seu trajeto, fazendo com que economize tempo, recursos e diminua sua própria pegada ecológica.

Que tal um sistema de coleta de lixo e resíduos totalmente integrado como uma grande rede logística de descarte e reutilização, que evite as cenas mostradas na televisão? Seja um copo, um pedaço de papel, uma pilha ou um carro, tudo pode ser descartado e reaproveitado de maneira inteligente, com a geração de cadeias de recepção e de distribuição, geração de emprego e de renda, além de uma nova definição do que é efetivamente lixo.

Da mesma forma, precisamos de uma redefinição completa do que é esgoto e de como fazer o controle, o aproveitamento e o reaproveitamento inteligente dos sistemas de águas das cidades, incluindo reservatórios, chuvas, subsolos, rios, córregos e lagos. Todas essas águas estão conectadas e são uma riqueza que precisa ser melhor gerida em benefício de todos. O monitoramento e o gerenciamento desse complexo sistema de consumo circular pode se beneficiar de maneira exponencial com a tecnologia 5G e a inteligência artificial combinadas, diminuindo as terríveis cenas de enchentes e os prejuízos materiais, e muitas vezes humanos, que essas ocorrências causam.

A transformação digital é a base para uma nova urbanização

Os municípios inteligentes exigem a interação entre as esferas ambiental, social e econômica. Em outras palavras, não existe cidade inteligente sem considerar a sustentabilidade. Para que as soluções se concretizem, os agentes públicos devem criar políticas consistentes que levem em consideração:

  1. O amplo acesso ao 5G em redes confiáveis e seguras;
  2. O amplo acesso a dispositivos, inclusive com o subsídio para aquisição mais barata;
  3. O oferecimento de capacitação digital para amplas parcelas da população que não estão conectadas;
  4. A formação de mão de obra qualificada para o setor de Tecnologia da Informação e da Comunicação (TIC), incluindo Inteligência Artificial, redes, nuvem e Internet das Coisas (IoT).
  5. Uma visão única da transformação digital, em todas as esferas de governo, com metas concretas;
  6. Legislações adequadas.

Desses itens, podemos dizer que a falta de talentos é um dos principais obstáculos. Segundo dados do IDC, até 2025, a América Latina necessitará de pelo menos 2,5 milhões de profissionais. Para a Brasscom, só no Brasil, são 780 mil. A resolução do dilema entre ter uma vaga de trabalho e não ter um profissional qualificado para ocupá-la deve ser foco dos setores público e privado igualmente, se queremos garantir a inserção plena do país na economia digital.

A Huawei, por exemplo, mantém uma série de programas de desenvolvimento de novos talentos que são reconhecidos por sua excelência em nosso país e no mundo, como o Seeds for the Future, a ICT Academy e o 5G Truck, ajudando milhares de estudantes e instituições parceiras a se capacitarem (saiba mais no nosso último artigo: leia aqui).

Para finalizar, é importante enfatizar que a transformação digital é o centro de uma grande mudança para a economia e a sociedade nos próximos anos. No entanto, no Brasil, precisamos ir além dos objetivos mínimos de cobertura colocados pelo edital do 5G nos primeiros anos. Levando isso em conta, podemos imaginar que 2023 será um ano de forte evolução da digitalização econômica em nosso país. A Huawei quer estar na linha de frente na criação, junto com seus parceiros, da Cidade Inteligente 4.0, como também da Indústria 4.0, da Agricultura 4.0, da Saúde 4.0, da Educação 4.0 e de tantos outros setores que certamente se beneficiarão.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities.  

OS DESAFIOS DA MOBILIDADE URBANA

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Trânsito caótico, principalmente nos horários de pico durante a semana e no caminho ao Laranjal aos sábados e domingos, já é uma rotina para os pelotenses

Trânsito caótico, principalmente nos horários de pico durante a semana e no caminho ao Laranjal aos sábados e domingos, já é uma rotina para os pelotenses. E uma das principais causas é o impressionante aumento da frota de veículos no Município. A matéria publicada na página 3 da edição deste final de semana do Diário Popular mostra que, de acordo com dados Departamento Estadual de Trânsito (Detran), existe um automóvel para cada dois habitantes na cidade. Um dado que ajuda a explicar os problemas de mobilidade urbana que estamos enfrentando.

Ainda segundo o levantamento do Detran, o números de carros e utilitários circulando pelas ruas passou de 166 mil, em 2012, pra 223 mil em 2022, um aumento de 34,% em dez anos. E nos últimos 15 anos o crescimento foi de impressionantes 92,51%. O diretor-superintendente da Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan) do Rio Grande do Sul, Francisco Hörbe, explica que no início da década passada houve uma grande redução nos impostos dos automotores, o que facilitou ainda mais a compra destes veículos.

Assim como em inúmeros setores, a pandemia da Covid-19 também deixou suas marcas no trânsito. Segundo a professora dos cursos de Transporte Terrestre e de Hotelaria da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Raquel Holz, o medo do contágio pelo coronavírus fez como que muitos usuários do transporte público tirassem os carros da garagem para realizar deslocamentos que, normalmente, fariam de ônibus. Ela também ressalta que a qualidade do serviço prestado é outro fator que afasta os usuários. “Hoje em dia, o transporte público não consegue atender plenamente a demanda e a maioria da frota não possui a qualidade que a população merece.”

A Prefeitura segue investindo na requalificação de vias, colocação de semáforo e até mudança no sentido de algumas ruas, tudo com o intuito de dar mais fluidez no trânsito. Tudo isso, obviamente, ajuda a tornar os deslocamentos menos estressantes para quem dirige. Mas dificilmente será a solução definitiva. Somente com investimento forte na qualidade do transporte público e também fazendo com que as ciclofaixas levem os ciclistas a pontos mais distantes é que vamos encontrar o ponto ideal da mobilidade urbana em Pelotas.

Fonte: Diário Popular