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PESQUISA APONTA TECNOLOGIAS IMPACTADAS POSITIVAMENTE PELA PANDEMIA

5G, inteligência artificial e IoT são as mais afetadas pela covid-19 de forma positiva; carros autônomos têm impacto negativo

Um estudo da KPMG com líderes globais da indústria de semicondutor, concluído em abril deste ano, mostrou que as empresas que atuam com 5G, inteligência artificial e internet das coisas (cada um com 59%) serão as mais afetadas de forma positiva pelo impacto da covid-19 no que diz respeito aos investimento, crescimento e implementação. Enquanto isso, carros autônomos podem ser os mais impactados de maneira negativa (27%).

Mais da metade dos líderes globais deste segmento (59%) acreditam que haverá uma queda de 1 a 10% no crescimento da receita da indústria em relação ao mesmo período do ano anterior. Já 23 % acham que o crescimento será de 1 a 10%; e 18% apontam que o setor não será afetado nem com queda e nem com crescimento.

“A covid-19 mobilizou os líderes de semicondutores para rapidamente tomarem decisões no curto prazo, e com implicações de longo prazo talvez ainda não totalmente compreendidas. Conforme as cadeias de suprimentos globais e o funcionamento das empresas no dia a dia são afetados, muitos executivos da indústria estão se concentrando em medidas de resiliência para garantir que os riscos para funcionários e clientes sejam antecipados e gerenciados”, afirma o sócio-líder de tecnologia da KPMG no Brasil, Felipe Catharino.

AÇÕES DE CURTO E LONGO PRAZOS

De acordo com os entrevistados pelo estudo, a principal ação de curto prazo que líderes estão adotando nas empresas para responder à Covid-19 foi permitir arranjos de trabalho alternativos para os funcionários, como home office e horários flexíveis. Em segundo lugar, estão a garantia que os fornecedores e parceiros da cadeia de suprimentos tenham planos de continuidade de negócios; envio de comunicações regulares à equipe sobre os processos que estão sendo implementados para protegê-la e para manter as operações críticas; e a manutenção da vigilância cibernética conforme os planos de trabalho remoto e de contingência de negócios são implementados.

Para longo prazo, 55% dos entrevistados esperam revisar os planos de continuidade de negócios e implementar atualizações tecnológicas, como tecnologias de colaboração, de nuvem e automação. Já 23% esperam aumentar a diversidade geográfica da cadeia de suprimentos, incluindo fundição externa e parceiros externos de montagem e teste de semicondutores.

Fonte: IT Fórum 365

IBGE: VITÓRIA, FLORIANÓPOLIS E CAMPINAS GANHAM CONDIÇÃO DE METRÓPOLE

Informação está em pesquisa divulgada hoje pelo IBGE

Vitória (ES), Florianópolis (SC) e Campinas (SP) passaram à condição de metrópole, segundo a pesquisa Regiões de Influência das Cidades (Regic), com base em dados de 2018, que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou hoje (25).

As três cidades passaram a figurar entre as atuais 15 metrópoles brasileiras. Com a ascensão de Campinas, único município que não é uma capital estadual, São Paulo se tornou a primeira unidade da federação a ter duas metrópoles.

Segundo o IBGE, Vitória, Florianópolis e Campinas atingiram o nível de metrópole por terem elevado o número de empresas e instituições públicas, atraindo contingentes populacionais muito significativos de outras cidades para acessarem bens e serviços.

O gerente de Redes e Fluxos Geográficos do IBGE, Bruno Hidalgo, destacou as atividades econômicas que impulsionaram o alto número de empresas nas novas metrópoles. Ele lembrou que Campinas é um polo tecnológico e logístico relevante, cortada por rodovias importantes, com uma das principais universidades brasileiras – a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Já a capital do Espírito Santo abriga o Porto de Tubarão, um dos mais importantes do país, com exportação de minério de ferro. O estado tem produção de petróleo, siderurgia e celulose. No caso de Florianópolis, diz o pesquisador, não só o turismo é importante para a economia, mas o estado abriga agroindústria, produção naval e empresas de tecnologia.

São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Belém, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Porto Alegre, Recife, Salvador e Manaus completam o grupo das metrópoles.

Entre as capitais regionais, são 32 novas cidades nessa categoria, totalizando 97. O estado de São Paulo apresentou o maior aumento absoluto, passando de 12 para 20 capitais regionais. Mato Grosso e Rondônia, que tinham apenas Cuiabá e Porto Velho como capitais regionais, passaram a ter mais duas cidades nesse nível, respectivamente, Sinop e Rondonópolis; e Cacoal e Ji-Paraná. Goiás, que não tinha nenhuma, passou a ter Anápolis como capital regional.

Bruno Hidalgo chamou a atenção para o fato de que as capitais regionais de Goiás, Mato Grosso e Rondônia estão ligadas às frentes do agronegócio.

DESLOCAMENTOS POPULACIONAIS

A pesquisa mostrou também a distância a ser percorrida pela população de um determinado local para adquirir produtos e serviços em outras cidades. Para cursar ensino superior, a média de deslocamento foi de 92 quilômetros (km) enquanto para atividades culturais, o estudo mostra que a média foi de 66 km. Para atividades esportivas, a média é de 73 km.

De acordo com o levantamento, há grande difusão da procura por cursos de nível superior pelo território, com cidades médias atraindo estudantes além das capitais estaduais. “É um tema que depende do estado e da região, mas em geral, tem uma presença de centros intermediários importantes em relação a outros temas da pesquisa”, disse Hidalgo.

A ida a aeroportos proporciona a maior distância média de deslocamento, com 174 km – considerando medidas em linha reta das ligações entre cidades. Segundo o IBGE, como os aeroportos estão presentes em um pequeno número de centros urbanos, os brasileiros necessitam se deslocar mais para acessar esse serviço.

O estado que registrou o maior deslocamento médio foi Mato Grosso, com 284 km na média, seguido pelo Amazonas, com 273 km. No outro extremo, os estados que proporcionaram os menores deslocamentos são os de pequena área territorial, como Sergipe (74 km) e Alagoas (114 km).

As ligações rodoviárias e hidroviárias apresentam elevada capilaridade. Por esse motivo, a média nacional de deslocamento para transporte rodoviário e hidroviário foi de 75 km, considerando as medidas das ligações entre as cidades em linha reta.

Para serviços de saúde de alta complexidade, o deslocamento da população entre cidades foi de 155 km, enquanto para serviços de saúde de média e baixa complexidade foi de 72 km. 

O deslocamento médio da população para comprar eletroeletrônicos e móveis foi de 73 km. Já o deslocamento médio para a aquisição de vestuário e calçados foi de 78km. 

Segundo o IBGE, os dados relativos aos serviços de saúde e de compras de vestuário e eletroeletrônicos foram antecipados em abril e maio, respectivamente, para auxiliar no combate à pandemia de covid-19.

A pesquisa, feita a cada dez anos pelo IBGE, identifica e analisa a rede urbana brasileira, estabelecendo a hierarquia dos centros urbanos e as regiões de influência das cidades. O resultado mostra a forma pela qual as cidades se relacionam entre si, por meio do deslocamento de pessoas em busca de bens e serviços, bem como pelas ligações entre sedes e filiais de empresas e instituições públicas multilocalizadas.

Edição: Graça Adjuto

Fonte: Agência Brasil

STARTUP DO CIETEC DESENVOLVE TESTE TOTALMENTE NACIONAL DE DIAGNÓSTICO DA COVID-19

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Teste de baixo custo e alto desempenho, em desenvolvimento pela Biolinker, visa gerar kits para a detecção de anticorpos contra o novo coronavírus no soro sanguíneo

Biolinker, startup de biotecnologia residente na Incubadora USP/IPEN–Cietec, está desenvolvendo um teste de diagnóstico para a COVID-19, de baixo custo e alto desempenho, com insumos totalmente nacionais. O objetivo da ação é gerar kits padronizados de reação de ELISA (Enzyme-Linked Immunosorbent Assay) para a detecção de anticorpos circulantes IgG, produzidos em uma fase mais tardia da COVID-19, no soro de pacientes.

A detecção de IgG no soro dos pacientes será feita por meio de antígenos do nucleocapsídeo N – fração antigênica da proteína da superfície do SARS-CoV-2, usada pelo novo coronavírus para se conectar a um receptor nas células humanas, a proteína ACE2 – e infectá-las. Trata-se de um ensaio que poderá ser usado em qualquer lugar para a triagem epidemiológica da doença.

TECNOLOGIA

Por meio de um projeto apoiado pela FAPESP, a Biolinker conseguiu desenvolver e validar, ao longo dos últimos dois anos, um aptâmero, peptídeo que se liga a uma molécula-alvo, que mostrou alta afinidade e especificidade à fração constante de anticorpos IgG humanos. A startup pretende usá-lo de forma conjugada com a biotina (que funciona como coenzima no metabolismo de purinas e carboidratos) para a detecção de IgG.

Os testes serão viabilizados por meio desta tecnologia que usa um sistema in vitro de transcrição e tradução, ou seja, livre de células, para acelerar e otimizar processos de produção de proteínas. Por meio desta solução, os pesquisadores da startup já desenvolveram uma proteína que está sendo testada. De acordo com Mona das Neves Oliveira, co-founder da Biolinker, os custos de produção do teste serão baixos porque a produção tanto dos aptâmeros, como dos antígenos, pelo método sem a presença de células são econômicos. “Além disso, já possuímos plasmídeos, moléculas duplas de DNA com capacidade de reprodução, próprios para expressão das proteínas e protocolos de produção bem estabelecidos”, informa.

Segundo a pesquisadora, a empresa já está em negociação com grupos interessados em fabricar os testes, depois que estiverem 100% calibrados e prontos para serem usados na população em larga escala. “Os testes estão funcionando muito bem. Já produzimos a proteína e agora estamos tratando de purificá-la ao máximo para evitar qualquer tipo de falso positivo ou negativo”, afirma Mona.

Além do sistema livre de células, a startup também está trabalhando com as formas tradicionais de produção de proteínas para comparar e verificar qual tipo de produção apresenta melhor antigenicidade.

PROJETO

O projeto conta com a parceria da professora Ester Sabino, pesquisadora do Instituto de Medicina Tropical da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), que liderou o sequenciamento do novo coronavírus no Brasil. Além disso, foi um dos seis primeiros selecionados em um edital lançado pelo PIPE-FAPESP em parceria com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), para apoiar o desenvolvimento de produtos, serviços ou processos criados por startups e pequenas empresas de base tecnológica no Estado de São Paulo, voltados ao combate da COVID-19.

“A Biolinker é uma prova de que o nosso investimento e incentivo contribui para o desenvolvimento de produtos ou serviços de base tecnológica em benefício da sociedade, especialmente, neste momento de combate à pandemia. Ficamos muito orgulhosos com a seleção da Biolinker neste edital e esperamos que os testes fiquem prontos rapidamente para agilizar o combate da doença”, afirma Sergio Risola, diretor-executivo do Cietec.

Fonte: Cietec

ENERGIA RENOVÁVEL

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O investimento no setor pode economizar bilhões de dólares a longo prazo, além de ser essencial para a construção de cidades inteligentes e sustentáveis 

Um dos pilares das cidades inteligentes é a utilização de fontes renováveis, limpas e sustentáveis de energia. A promoção de energia renováveis também está sendo apontada como um dos principais mecanismos de recuperação da economia pós pandemia, possibilitando a criação de novos empregos e seguros. 

De acordo com um relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), a energia renovável está mais econômica que nunca, sendo que no segundo semestre de 2019 as usinas solares fotovoltaicas reduziram os custos em 83% em comparação à década anterior. Nesse sentido, a tendência de smart cities, como é o exemplo de Fujisawa no Japão, é abastecer residências com energia solar e até incentivar financeiramente os cidadãos que reduzirem o consumo de energia. 

No Brasil, projetos como o SUCRE, que utiliza a palha da cana-de-açúcar para gerar energia renovável, buscam reduzir as emissões de gases de efeito estufa por meio da geração de energia sustentável. O projeto, executado pelo Laboratório Nacional de Biorrenováveis (LNBR), utiliza algo que antes era considerado um ‘resíduo’ para geração de eletricidade e faz parte do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), organização que faz parte do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. 

Iniciativas como9 essa podem gerar a economia de 621 bilhões de dólares para a região da América Latina e Caribe até 2050, segundo outro relatório realizado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). Considerando que a descarbonização das matrizes energéticas e o fornecimento completo de transporte com emissões líquidas zero pode reduzir até 2050 1,1 bilhão de toneladas de CO2, é possível economizar 300 bilhões de dólares em despesas evitadas no transporte terrestre de passageiros e 222 bilhões de dólares nos custos de eletricidade, além de 30 bilhões de dólares no custo com saúde. 

A pandemia do coronavírus impactou diretamente o setor de combustíveis fósseis e, como consequência, houve uma queda nos preços do petróleo e na demanda por eletricidade movida a carvão e gás. Como resultado desse fenômeno, os governos precisarão se atentar para fontes de energias renováveis, assim como a descarbonização do transporte, da construção civil e das indústrias. 

O Connected Smart Cities Digital Xperience irá contar com um painel para discutir O papel das cidades na promoção da transição para a energia limpa, abordando temas como: Novo modelo de distribuição e gerenciamento de energia; Como acelerar a inovação e transformação nos setores de energia urbana; e A transição das cidades para um novo cenário energético de baixa emissão de carbono. Confira mais informações sobre o evento digital aqui.

O PAPEL DA REGULAMENTAÇÃO NA TRANSIÇÃO PARA ELETROMOBILIDADE

A regulamentação do transporte público por ônibus é um dos principais mecanismos para garantir e viabilizar a prestação do serviço. Os modelos de contratação vigentes no País, em sua maioria, concedem às empresas privadas a operação do sistema, enquanto o poder público fica responsável pela sua fiscalização e gestão

A crise sanitária causada pela Covid-19 colocou em evidência desafios já vivenciados pelo transporte público nas últimas décadas. Com a diminuição significativa de passageiros, que chegou a mais de 70% em algumas cidades, o equilíbrio financeiro dos sistemas e a continuidade da oferta do serviço foram colocados à prova, e mostram que novos parâmetros precisam compor as regras de prestação deste serviço. A necessidade de rever a regulamentação do transporte público por ônibus abre uma oportunidade para incorporar novas tecnologias que promovam sistemas mais limpos e sustentáveis para as cidades, além de garantir segurança, eficiência e qualidade.

Os contratos de concessão determinam questões técnicas e operacionais sobre como a frota vai ser disponibilizada e como o serviço vai ser ofertado. Apontam também questões econômicas e financeiras sobre como as empresas vão ser remuneradas e penalizadas caso haja descumprimento das obrigações contratuais estabelecidas. Nesse sentido, a regulamentação pode criar barreiras ou garantir oportunidades para viabilizar a transição e implementação em escala de frotas elétricas nas cidades.

COMO OS CONTRATOS PODEM AUXILIAR NA ADOÇÃO DE ÔNIBUS ELÉTRICOS

No cenário de crise atual, a discussão sobre os impactos da poluição do ar tem dado ainda mais destaque à eletromobilidade, em vista do potencial que ônibus elétricos têm para reduzir os impactos à saúde e ao meio ambiente. A busca por formas de estabelecer modos de deslocamento mais sustentáveis, e que colaboram com o aprimoramento da qualidade do ar, já levaram algumas cidades brasileiras a se engajar na adoção de ônibus zero emissões em suas frotas. 

Diversas cidades do mundo também têm avançado na incorporação desses veículos. Santiago, no Chile, é a cidade da América Latina que mais têm avançado. Dos 1.229 ônibus elétricos em circulação na América Latina, a cidade é a que mais contribui com este número, com 413 veículos. O destaque é resultado de um contrato de concessão que considerou incentivos na inclusão e renovação da frota por veículos mais limpos. É exigido, por exemplo, que pelo menos um serviço de cada lote do contrato opere com um veículo que apresente tecnologia de baixa emissão, como veículos movidos a diesel com tecnologia Euro VI e veículos híbridos, ou veículos de zero emissão, como os veículos elétricos.

Outra cidade na América Latina que tem feito grandes avanços para reduzir a poluição é Bogotá, na Colômbia. A cidade têm previsão de incluir cerca de 486 ônibus elétricos à frota. O edital lançado em 2019 estabelece critérios importantes para garantir a incorporação destes veículos, como garantia de espaço suficiente para atividades de manutenção e operação da frota elétrica, ponto essencial para carregar os veículos com segurança – seja nas garagens, ou ao longo da rota.

A capital colombiana também traz um diferencial no seu modelo de contrato, separando a regulamentação em duas partes, uma relacionada à provisão dos veículos e outra à operação. Esse tipo de modelo assegura contratos com prazos alinhados ao tipo de tecnologia veicular a ser utilizada. Dessa forma, é possível reduzir os custos e riscos relacionados à tecnologia, além de garantir competitividade do contrato e aderir à legislação ambiental vigente.  

Londres, na Inglaterra, tem cerca de 269 ônibus elétricos em sua frota. O órgão responsável pelo transporte público londrino possui uma política para introduzir ônibus limpos desde 2014. Para atingir esse objetivo, as concessões, cujos contratos têm duração de 5 anos, facilitam a adoção de novas tecnologias na frota. O contrato também estabelece que a capacitação dos motoristas deve ser feita com foco na redução das emissões.

No Brasil, São Paulo é a cidade que mais tem avançado no tema, com 217 ônibus elétricos em circulação. A adoção da Lei do Clima em 2018 teve papel fundamental nesta medida e estabeleceu metas para reduzir poluentes até 2038, que foram incorporadas ao contrato de concessão. Para atingir o objetivo em duas décadas, a capital paulista estabeleceu parâmetros no seu contrato, como a renovação da frota preferencialmente por veículos mais limpos, preferencialmente de zero emissões.  

COMO ANDAM AS CIDADES BRASILEIRAS?

Apesar do avanço em São Paulo na incorporação de veículos elétricos, a introdução de uma nova tecnologia à frota pode ser desafiadora. A ausência de informações e dados sobre operação de veículos elétricos ou o comprometimento com a compra de veículos com os quais os operadores não estão acostumados são algumas barreiras enfrentadas. 

A regulamentação não pode dificultar e criar mais um obstáculo nesse processo. Experiências nacionais e internacionais contém incentivos que podem estimular a transição para eletromobilidade, como:

  1. Separar os contratos de provisão de veículos dos contratos de operação para definir prazos de duração de contrato condizentes com o tipo de serviço ofertado, aprimorando a qualidade;
  2. Estabelecer prazos de provisão ou posse dos veículos de 15 anos para ônibus elétricos e de até 10 anos para outras tecnologias veiculares;
  3. Estipular prazos de operação menores que 10 anos para garantir a incorporação de atualizações tecnológicas e estabelecer maior competitividade;
  4. Especificar no edital o tipo de tecnologia a ser utilizada na frota, considerando o atendimento às normas do CONAMA ao longo do período de contrato;
  5. Monitorar as emissões veiculares de forma regular;
  6. Fiscalizar se as metas e normas quanto aos níveis de emissão de poluentes estão sendo cumpridas – e penalizar quando não estiverem;
  7. Estabelecer e aplicar multas ou sanções vinculadas ao atendimento das exigências ambientais e de aprimoramento da qualidade do serviço;
  8. Inserir elementos nos critérios de remuneração relacionados ao aprimoramento da qualidade do serviço para o usuário;
  9. Garantir a renovação regular da frota considerando a transição para frotas limpas como parâmetro;
  10. Priorizar a renovação de veículos antigos, ou de tecnologia veicular desatualizada;
  11. Garantir que garagens e locais de abastecimento sejam cobertos e arejados para evitar a exposição dos veículos e da bateria às variações climáticas;
  12. Estabelecer treinamento obrigatório e regular aos funcionários e condutores com foco nas novas tecnologias adotadas.

O infográfico Incentivos na regulamentação podem ser chave para eletrificação traz os principais obstáculos e oportunidades encontradas nos contratos de 13 capitais brasileiras, considerando elementos que podem estimular a transição para eletromobilidade.

“Todos nós concordamos que as cidades precisam reduzir sua pegada de carbono e que a eletrificação é uma ótima maneira de se fazer isso. Contudo, temos poucos incentivos para efetuar essa mudança de tecnologia e acredito que o governo tem um papel fundamental nesse processo”, Juan Carlos MuñosConselheiro Executivo do BRT Center of Excellence.

Os contratos precisam incentivar a utilização dos veículos elétricos entendendo o potencial e os benefícios que eles trazem às cidades. Os estímulos precisam ser incorporados nos editais de licitação ou no momento de revisão dos contratos, e podem ser chave para transição para frotas limpas no Brasil.

Fonte: ITDP Brasil

CURITIBA TERÁ CÂMERAS COM RECONHECIMENTO FACIAL EM PONTOS ESTRATÉGICOS

Lançamento da Muralha Digital, quase 500 novas câmeras de videomonitoramento serão instaladas em pontos estratégicos da cidade até o fim do ano

Quase 500 novas câmeras de videomonitoramento serão instaladas em pontos estratégicos da cidade até o fim do ano. São equipamentos de alta resolução full HD e que incluem câmeras com reconhecimento facial, panorâmicas, térmicas e com reconhecimento de placas de veículos, que se somam às cerca de 700 câmeras já existentes em ruas e estações-tubo. 

O projeto, que marca o lançamento da Muralha Digital, é uma parceria da Prefeitura com o Instituto das Cidades Inteligentes (ICI). A programação das etapas do projeto e exemplos da utilização da câmera foram apresentados ao prefeito Rafael Greca, na tarde desta segunda-feira (29/6).

“A ideia é dar a Curitiba um instrumento de controle para a área de Defesa Social e de Segurança Pública. Serão 488 novas câmeras, somadas com as 697 câmeras que a cidade já dispõe para uso de controle de trânsito e de segurança, nos terminais, nas praças e nas ruas. A ideia é dar a Curitiba o que há de mais moderno em termos de tecnologia”, disse o prefeito. 

O objetivo é que essa articulação proporcione melhorias significativas nos processos de gestão do trânsito, transporte coletivo, segurança preventiva, defesa civil e assistência social, por meio do processamento, em tempo real, de informações coletadas por dispositivos de videomonitoramento, permitindo o tratamento desses dados e sua transformação em inteligência.

De acordo com o prefeito, este é o começo de um grande programa que criará, no prédio do ICI, um novo Centro de Controle de Operações (CCO).

“Isso nos tornará a mais moderna das cidades do Brasil em inteligência de defesa social”, destacou Greca. 

MAPA DO CRIME

As novas câmeras estarão em terminais, praças, parques e alguns pontos definidos com base no mapa do crime da cidade. Escolas municipais são alguns dos locais em que se pretende instalar parte do projeto da Muralha Digital, conforme informações do diretor-presidente do ICI, Fabrício Ormeneze Zanini.

“Por exemplo, um colégio onde aconteça qualquer incidente. Esse colégio vai estar em contato diretamente com a nossa central de operação, que vai estar sendo gerida pela competente Defesa Social, que vão ajudar a tornar Curitiba cada vez mais segura e mais inteligente”, disse ele.

INTEGRAÇÃO COM SISTEMA DE RADARES

Todo esse sistema de videomonitoramento estará integrado com os radares de trânsito e com as câmeras de alta qualidade da iniciativa privada. Pela nova licitação de radar, em andamento, são 804 faixas monitoradas – o equivalente a cerca de 300 equipamentos – todos com leitura de placa, como observou o secretário municipal de Defesa Social e Trânsito, Guilherme Rangel, também presente na reunião.

Já empresas da iniciativa particular e cidadãos que quiserem compartilhar as imagens com o poder público podem fazer esse procedimento, conforme prevê a lei municipal de videomonitoramento jás aprovada pela Câmara de Vereadores.

“A gente vai poder dar um salto muito grande na otimização do uso da tecnologia em prol da segurança, ampliando os olhos e braços da Guarda Municipal, da Polícia Militar e da Polícia Civil, lembrando que essa integração entre as forças policiais é muito importante e cada vez mais algo corriqueiro para gente, sempre pensando em segurança efetiva para a população de Curitiba”, afirmou o secretário.

Segundo lembrou Rangel, o projeto de muralha digital é inspirado em grandes cidades que já têm esse método funcionando, como Jerusalém, Tel Aviv, Chicago e Barcelona. 

A apresentação da Muralha Digital foi acompanhada pelo secretário municipal de Administração e de Gestão Pessoal, Alexandre Jarschel de Oliveira; pelo superintendente da Guarda Municipal, Carlos Celso dos Santos Junior; pelo superintendente de tecnologia da Informação, Leandro Vergara Raimundi; pelos diretores da Superintendência de Trânsito (Setran) Pedro Darci da Silva Junior (planejamento e operação) e Bernardo Fidalgo de Barros (infrações, recursos e tecnologias).

Fonte: Prefeitura Municipal de Curitiba

#CONECTATALKS COM A CONSELHEIRA DA EMBAIXADA DA FRANÇA | FRANÇOISE DESTACA A COOPERAÇÃO ENTRE OS DOIS PAÍSES

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A conselheira para o Desenvolvimento Sustentável no Serviço Econômico da Embaixada da França, Françoise Méteyer-Zeldine destaca a cooperação entre as empresas francesas e o Brasil para o desenvolvimento de cidades

Paula Faria, CEO da Necta e idealizadora do Connected Smart Cities & Mobility, especialista em mercados de cidades inteligentes, mobilidade, aeroportos, segurança pública, PPPs e inovação social. A executiva se destaca, principalmente, por fomentar as iniciativas voltadas para o desenvolvimento das cidades e conduz o Conecta Talks. 

No bate-papo com a conselheira para o Desenvolvimento Sustentável no Serviço Econômico da Embaixada da França, Françoise Méteyer-Zeldine, a conselheira destacou a cooperação entre as empresas francesas e o Brasil para o desenvolvimento de cidades, por meio do Clube Cidades Sustentáveis,  iniciativa da Embaixada, que reúne 70 membros e integra as atividades de cooperação França-Brasil. 

DESTAQUES DA ENTREVISTA:

1. Como a expertise da França no modelo de Parcerias público-privadas (PPPs), que foi implantado na França há 500 anos e hoje é o mais utilizado para a gestão dos serviços públicos urbanos, que precisa ter o cidadão como figura central,  pode contribuir com o desenvolvimento dos municípios brasileiros.

2. Françoise Méteyer-Zeldine enfatiza pontos da parceria do Connected Smart Cities e o Clube Cidades Sustentáveis, apontado a importância da Plataforma no desenvolvimento de cidades mais inteligentes e o seu papel como catalisadora junto aos setores público e privado. 

3. Também foram apresentados durante a entrevistas exemplos de projetos do Clube Cidades Sustentáveis e seus resultados para os municípios onde vem sendo implementados. 

4. Além de outros pontos como o desenvolvimento das cidades no contexto da pandemia da Covid-19.

GREEN4T OFERECE GRATUITAMENTE PLATAFORMA DIGITAL PARA GESTÃO DA OFERTA DE ÔNIBUS

Com a demanda incerta de passageiros, o painel “Trancity” auxilia no gerenciamento das frotas para evitar aglomerações e melhor atender a população

Com o objetivo de contribuir para a redução dos riscos de contágio de Covid-19 no transporte público, a green4T, empresa brasileira de tecnologia e infraestrutura digital, lança a campanha Painel para Todos que oferece de forma gratuita para as 27 capitais do país uma solução de gestão inteligente de frotas de ônibus. Chamada de “Trancity” e desenvolvida pela Scipopulis, empresa da green4T, a ferramenta processa dados em tempo real e permite que as prefeituras e secretarias de transporte façam uma gestão eficiente da frota e do serviço de ônibus, adequando-o à demanda durante a pandemia a fim de garantir o funcionamento de serviços essenciais e de evitar aglomerações. Rio de Janeiro e São Paulo já utilizam a solução.

A decisão de estender a oferta gratuita para todas as capitais brasileiras, o que totalizaria um custo de cerca de R$ 14 milhões, visa contribuir no combate à pandemia. “O transporte público é um dos locais de maior risco de transmissão do coronavírus, e nós temos uma plataforma pronta e de rápida implementação que pode ajudar a evitar aglomerações. Não faz sentido cobrar por essa tecnologia agora, precisamos disponibilizá-la o quanto antes para o máximo de cidades. É nosso papel contribuir para o combate à pandemia e essa foi a forma que encontramos de prestar auxílio”, diz Eduardo Marini, CEO da green4T.

Desenvolvido inteiramente no Brasil, o Painel Trancity utiliza tecnologias de análise de dados em Big Data e Machine Learning para gerar informações que facilitem a tomada de decisão pelo gestor público. A plataforma usa grandes bases de dados das próprias prefeituras ou de companhias de ônibus, tais como geolocalização, quantidade de veículos coletivos em cada linha, número de passageiros transportados; além de dados públicos, como por exemplo, imagens de câmeras abertas. Estes dados são processados em nuvem e disponibilizados para a gestão pública, sem custos ou necessidades de investimento em infraestrutura por parte das prefeituras.

Recentemente, a empresa de transportes internacional, Shenzhen Bus Group sugeriu que os veículos tenham no máximo 50% da sua capacidade para garantir o distanciamento social. Dessa forma, o cruzamento dos dados visa analisar informações como desempenho da rede de ônibus, tempo de trajeto, velocidade média, trechos de lentidão e quantidade de veículos saindo por hora em determinada linha. “De posse dessas informações, um gestor público pode aumentar ou diminuir o número de ônibus em uma determinada linha, mantendo a quantidade de passageiros em níveis seguros”, diz Roberto Speicys, responsável pelo desenvolvimento da ferramenta Trancity.

Tradicionalmente, o planejamento das linhas é feito com base em complexas pesquisas de origem e destino que prefeituras e estados realizam a cada dez anos ou mais. Durante a pandemia, no entanto, a movimentação das pessoas pelas cidades foi alterada e tem causado desequilíbrios com algumas linhas vazias e outras lotadas em circulação. Sem um sistema inteligente, prefeituras e companhias fazem a gestão empiricamente, com grande risco de erro.
“A tecnologia tem o poder de transformar a sociedade e este momento reforça ainda mais a importância de integrarmos e facilitarmos o acesso a sistemas inteligentes que proporcionem a segurança ao cidadão. Assim, poderemos passar por essa pandemia unidos e superar este período o quanto antes”, diz Marini.

A green4T é uma empresa brasileira, que atua em soluções de tecnologia e infraestrutura digital. Fundada em 2016 e presente em 12 países da América Latina, a green4T tem o compromisso de desenvolver soluções de tecnologia e infraestrutura para a transformação digital de empresas, cidades e nações de forma eficiente e sustentável para o planeta.

A Scipopulis é uma empresa de inovação focada em soluções para cidades inteligentes e especializada em mobilidade urbana. Fundada em 2014, foi selecionada como uma das “100 Startups to Watch” da revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios e conquistou diversos prêmios por sua atuação inovadora, destacando-se a menção honrosa da 11ª turma da Startup Farm, o 1º Demoday Mobilab e o prêmio Connected Smart Cities. A Scipopulis foi adquirida pela green4T em agosto de 2019.

Fonte: Infor Channel

ITRON FAZ PARCERIA COM A ACCELL COMO DISTRIBUIDOR LÍDER NA AMÉRICA LATINA

A Accell fabricará dispositivos e prestará serviços e suporte a clientes na América Latina

A Itron, Inc. (NASDAQ: ITRI), que está inovando a forma como concessionárias de serviços públicos e as cidades administram energia e água, anunciou, em 17 de junho de 2020, a sua intenção de fazer parceria com a Accell, – como sócio regional da Itron e distribuidor líder para a região da América Latina. Como parte do acordo, a Accell fabricará dispositivos vendidos na América Latina e fornecerá serviços e suporte para esses produtos. A Accell também será o principal distribuidor regional dos produtos Itron desenvolvidos e fabricados fora da América Latina, dando acesso ao conjunto completo de soluções da Itron, incluindo soluções em rede, análises de dados, cidades inteligentes e outcomes. O acordo está previsto para ser fechado até 30 de junho de 2020.

“A América Latina é uma região muito importante e estratégica, e este acordo dá à Itron e à Accell a chance de maximizar as oportunidades deste mercado. É uma condição onde todos ganham, com a Accell provendo o foco regional e a Itron fornecendo o portfólio de produtos para ajudar Accell a otimizar o modelo de negócios”, disse Mark de Vere White, Vice-Presidente Sênior de Customer & Market Experience da Itron. “Juntos, estaremos melhor posicionados para impulsionar o sucesso dos clientes na região.”

Em parceria com a Accell na América Latina, a Itron promove sua estratégia de aumentar a flexibilidade para capitalizar outras oportunidades. Focada exclusivamente na América Latina com uma equipe na região, a Accell estará em melhor situação para atender clientes, parceiros e entregar novos níveis de sucesso na região.  

Ao final, a Accell assumirá todos os compromissos anteriores da Itron na região e fornecerá suporte local aos produtos e clientes. Todas as instalações e funcionários da Itron na América Latina passarão a fazer parte da Accell, com exceção de vários funcionários baseados no México, que continuarão a apoiar as operações de fabricação sob contrato da Itron naquele país.  A Itron auxiliará na transição ao longo de um período de meses para assegurar uma transferência sem problemas de treinamento de produtos, relacionamento com clientes e suporte técnico. A Accell também terá acesso contínuo à experiência da Itron.

“A equipe de liderança da Accell tem a experiência e o impulso para o crescimento do mercado latino-americano”. Quando abordamos a Itron há vários meses com essa estratégia de negócios, vimos isso como uma oportunidade de parceria com um líder de mercado e de aplicar recursos e foco para a inovação contínua na região”, disse Roberto Hernandez, Presidente da Accell. “A equipe de liderança da Accell é especialista em fazer negócios na América Latina e sabemos como ter sucesso aqui, com um forte entendimento das leis locais, idiomas, culturas e oportunidades de negócios do mercado”. Estamos ansiosos pela oportunidade que este acordo trará para nossos clientes e parceiros de se beneficiarem diretamente de um foco regional singular e do aumento do investimento regional.”

Sobre a Accell
A Accell é uma empresa recém formada através da equipe de liderança existente da Itron na América Latina e mais três empresas – Ethos Asset Management, Straight Manufacture e Insprotec S.A. DE C.V., com operações atuais em toda a região e com a nova entidade, estará sediada em Americana, Brasil.

Fonte: Itron e Accell

DESENVOLVIMENTO DE NOVAS TECNOLOGIAS E A EXPANSÃO DE CIDADES CONECTADAS

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Em entrevista exclusiva, o Diretor Sênior de Setor Público da Oracle Brasil, Rodrigo Solon, explica como empresas de tecnologia auxiliam no desenvolvimento de cidades inteligentes

Cada vez mais, novas tecnologias assumem um papel essencial no cotidiano das pessoas e as cidades vão se tornando cada vez mais conectadas. Com o coronavírus e as medidas de isolamento social, o processo de digitalização de serviços se intensificou e o desenvolvimento de hardware, softwares e de banco de dados se tornaram essenciais para garantir as atividades no modelo a ‘distância’.

O Connected Smart Cities entrevistou o Diretor Sênior de Setor Público da Oracle Brasil, Rodrigo Solon, para entender qual papel empresas de tecnologia e informática exercem em tornar as cidades brasileiras mais  digitais. Confira a entrevista na íntegra abaixo: 

Como o desenvolvimento de novas tecnologias voltadas para a criação e comercialização de hardware, softwares e de banco de dados auxilia na construção de smart cities?

O desenvolvimento de novas tecnologias, sejam elas hardwares ou softwares está totalmente ligado à construção de cidades inteligentes. Por exemplo, podemos fortalecer a segurança nacional por meio da análise de dados biométricos, preservando a privacidade e os direitos individuais; ou entender como a água flui nas tubulações da cidade usando sensores e soluções de internet das coisas (Internet of Things, em inglês – IoT) e ir muito além para obter padrões de comportamento que antecipem inundações ou identifiquem áreas de alto risco de criminalidade..

Qual o papel que as novas tecnologias tiveram em auxiliar o funcionamento de cidades e empresas durante a pandemia e como adaptar serviços já existentes para essa nova realidade? Como vem sendo o trabalho da Oracle no contexto da Covid-19? Que ferramentas a companhia tem empregado nesse sentido?

A tecnologia está intrínseca na adaptação das cidades e das empresas à nova realidade. Exemplo disso é o rastreamento de bilhões de pessoas em todo o mundo. A partir de softwares de dispositivos Android e iOS, é possível registrar constantemente se outro aparelho está próximo e, assim mapear a rede de pessoas que esteve em contato recente com um infectado e tomar medidas de isolamento impedindo a propagação. Na educação, podemos citar os milhões de alunos que estão estudando via aulas online. Os pagamentos por aproximação também estão entre as tecnologias que ganharam força nesse momento. No âmbito do trabalho, podemos citar a cloud, que possibilita milhares de empresas colocar todas as suas equipes em regime de home office. Esses são alguns dos inúmeros exemplos que podemos citar.

No que tange a pandemia, nós doamos capacidade de processamento de supercomputadores em nuvem para o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), organização social vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). Com isso, esperamos apoiar um projeto da plataforma “Rede Vírus”, iniciativa do MCTIC, através de uma combinação de técnicas computacionais de acoplamento molecular e dinâmica molecular, validado por ensaios in vitro, permitindo selecionar compostos potencialmente interagentes, minimizando a ocorrência de acertos de compostos falso-positivos. A computação de alto desempenho baseada em CPU e GPU é essencial para acelerar essas pesquisas para fornecer compostos que podem representar tratamentos potenciais contra infecções por SARS-CoV-2. Os resultados da pesquisa impactarão a saúde pública na população brasileira.

No âmbito global, a Oracle disponibilizou de forma gratuita para todos seus clientes da sua plataforma de Gestão de Capital Humano (HCM – Human Capital Managment), o módulo de Segurança e Saúde para Força de Trabalho (Workforce Health and Safety), para que as organizações possam gerenciar o risco de exposição dos seus funcionários ao vírus bem como reportar eventuais incidentes e acompanhamento de ações corretivas.

Com o aperfeiçoamento de tecnologias, como IoT e Big Data, existe também um debate acerca do direito à privacidade e como implementar medidas que garantam essa dentro desse setor. Como garantir a implementação dessas novas tecnologias em smart cities ao mesmo tempo garantindo a privacidade dos cidadãos?

Um exemplo bem comum do uso dessas tecnologias nas smart cities é a utilização do big data e o IOT pela segurança pública. Por meio deles, é possível mapear ocorrências de criminalidade por área, dia e horário, acompanhar em tempo real vias e espaços públicos por meio de câmeras e buscar informações sobre indivíduos e veículos recorrendo à bancos de dados de diferentes locais. O serviço pode ser extremamente eficiente no combate ao crime, entretanto, ainda há ressalvas. A tecnologia de reconhecimento facial, que acabou ficando mais em pauta agora, em decorrência dos protestos antirracistas que estão acontecendo em todo o mundo, mas principalmente nos EUA, já identificou cidadãos por engano. Deste modo, acredito que a privacidade da população é um trabalho feito em conjunto pelo setor público e as empresas de tecnologia..

Quando o assunto é armazenamento de dados, “o Poder Público deve assegurar a segurança daquele dado, bem como deverá se ater à finalidade específica para a qual o dado foi obtido”, ou seja, não basta coletar de forma responsável, é necessário se preocupar com a segurança dos dados armazenados, quem terá acesso a esses dados e para qual finalidade a informação será utilizado. Vale lembrar que em muitos casos há uma anonimização dos dados, ou seja, não existe o uso personificado do dado. Eles são utilizados sem que haja um identificação do cidadão, como por exemplo, no índice de isolamento social. Não se identifica o usuário, mas sim o comportamento do aparelho celular com base nos sinais do GPS. Por isso, políticas de classificação de dados são importantes para que se possa fazer o uso correto do dado para o fim que ele será empregado. Já no que diz respeito às empresas que criam essas tecnologias, é necessário cada vez mais buscar por ferramentas ainda mais seguras, que evitem a invasão de criminosos. Contudo, por mais que existam tecnologia que mitiguem o risco da quebra de privacidade, não podemos esquecer que a maior vulnerabilidade ainda está no ser humano. A engenharia social para obtenção de dados sigilosos ainda é muito utilizada e por muitas vezes é muito mais fácil do que a quebra de um sistema eletrônico de segurança. Nesse sentido, tecnologias autônomas que reduzem a interação humana na manipulação de informações se mostram as mais adequadas. Atenta a essa necessidade, a Oracle vem investindo fortemente no desenvolvimento de produtos autônomos como Banco de Dados e Sistema Operacional Autônomos, reduzindo o risco relacionado a falhas humanos e uso indevido na manipulação de dados.