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PROJETO AEROCLUBE: BAIRRO DO PINA DEVE GANHAR MAIOR PARQUE URBANO DO RECIFE

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Para além dos habitacionais destinados aos moradores das palafitas da Comunidade do Bode, projeto prevê construção de parque de 12 hectares, creche e Upinha 24h

O bairro do Pina, na Zona Sul do Recife, deve ganhar o maior parque urbano da cidade. O anúncio foi feito pela Prefeitura do Recife (PCR), nesta quarta-feira (2), durante apresentação do projeto de ocupação para a área do antigo Aeroclube de Pernambuco. Além do parque e dos dois habitacionais já divulgados, o espaço terá creche municipal, Upinha 24h e memorial em homenagem ao Aeroclube. Toda a obra está orçada em R$ 99,5 milhões.

O parque terá 12 hectares e será equipado com duas pistas de cooper, circuito de bicicleta, campo de areia, quadra, parcão, econúcleo, academia inclusiva e pistas de skate, bicicross, patins e patinete. Um anfiteatro também será construído no local, além de um memorial em alusão ao Aeroclube, com a preservação da pista de pouso. Margeando a Via Mangue, o equipamento terá duas passarelas acessíveis, que possibilitarão o acesso aos dois lados do espaço. A construção do Parque Aeroclube está estimada em R$ 72,5 milhões, e a creche e a Upinha, orçadas em R$ 6 milhões cada. 

O projeto ainda prevê a urbanização, no valor de R$ 15 milhões, da Comunidade do Bode, de onde sairão as famílias beneficiadas pelos conjuntos habitacionais. Na área, segundo a PCR, serão implementados sistemas de abastecimento de água e de saneamento e ciclovia, bem como será feita a requalificação das margens do Rio Pina, visando a evitar a reocupação por construções irregulares. De acordo com o projeto, os Habitacionais Encanta Moça I e II terão, ao todo, 600 apartamentos, destinados a pessoas que viviam nas palafitas às margens do mangue. No último dia 20, foram iniciadas as obras dos 12 blocos de apartamentos. O valor dessa parte do projeto, executada pelo Programa Minha Casa Minha Vida, está em R$ 49,2 milhões.

A previsão, segundo Roberto Gusmão, secretário de Infraestrutura da Prefeitura do Recife, é de que os apartamentos fiquem prontos dentro de um ano. “A gente já tem os cadastros dessas palafitas feitos há mais de dois anos; estamos com isso absolutamente atualizado. A gente espera que, daqui a um ano, que é o prazo contratual estabelecido entre a empresa e a Caixa Economia Federal, a gente tenha o empreendimento do habitacional feito e, com certeza, a próxima administração licitando para que a gente possa ter todos esses investimentos envolvidos”, explica.

A licitação citada pelo secretário diz respeito ao leilão ou concorrência pública de 13,1% (38 mil m²) da área total do Aeroclube, que tem 290.720 m². Apesar da modalidade não ter sido definida ainda, foi apresentada como alternativa para custeio de todo o projeto. “O valor de R$ 99,5 milhões é orçamento. Para pagar esse valor, será feito um leilão ou concorrência pública de uma parte do terreno”, explicou Teógenes Leitão, diretor-executivo de Engenharia da Secretaria de Infraestrutura do Recife. Essa etapa, no entanto, deve ser deixada para a próxima gestão. “Nós vamos deixar para a cidade um grande projeto. Todos os projetos executivos serão finalizados até o final de setembro, mas, por responsabilidade, nós não vamos fazer o leilão nem vamos fazer a concorrência, uma vez que estamos finalizando nossa gestão dentro de poucos meses”, afirmou. Também não há previsão para a entrega do parque urbano, que ainda não teve obras iniciadas. 

Fonte: Folha PE

ANPTRILHOS PARTICIPARÁ DE WEBINAR DA OAB-SP E DO CONNECTED SMART MOBILITY

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O Presidente da Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos), Joubert Flores, participará na próxima semana do Webinar “O Futuro da Mobilidade no pós-pandemia”, promovido pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SP), e do Connected Smart Cities & Mobility 2020, promovido pela Necta.

O Webinar “O Futuro da Mobilidade no pós-pandemia” será realizado na 3ª feira (08/09), das 18h às 20h. Joubert Flores será expositor do 1º Painel “Sustentabilidade econômica e operacional do transporte público pós-covid 19”. O painel contará também com a participação de Sérgio Avelleda, Diretor de Mobilidade da World Resources Institute (WRI); de Ana Beatriz Monteiro, Especialista Líder de Transportes do Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID; e de Lilian Regina Gabriel Moreira Pires, Professora de Direito Administrativo da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Já no dia 09 de setembro, o Presidente da ANPTrilhos ministrará palestra e será moderador do painel “Conectividade & Integração – Inovação e Resiliência: Mobilidade Inteligente sobre Trilhos”, das 16h às 18h, no Connected Smart Cities & Mobility 2020. O painel contará ainda com a participação de Marcus Coester, CEO da Aeromovel Brasil, e de Petras Amaral Santos, Head de Inovação da Marcopolo.

A ANPTrilhos apoia institucionalmente o Connected Smart Cities & Mobility 2020, evento que será realizado de 08 a 10 de setembro, pela internet, e terá uma programação focada no transporte de passageiros sobre trilhos.

Webinar “O Futuro da Mobilidade no pós-pandemia”
Informações: https://bit.ly/2QKJUeq
Inscrições: https://bit.ly/3hSTTu1

Connected Smart Cities & Mobility 2020
Informações e Inscrição: https://bit.ly/3hU6m0K

Fonte: ANPTrilhos

#CONECTATALKS COM JOÃO OCTAVIANO MACHADO NETO | O SECRETÁRIO DE LOGÍSTICA E TRANSPORTES DO ESTADO DE SP PARTICIPA DO CSCM DX 2020

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O secretário de Logística e Transportes do Governo do Estado de São Paulo, João Octaviano Machado Neto, participa do Connected Smart Cities e Mobility Digital Xperience 2020 e irá palestrar sobre rodovias inteligentes

Paula Faria, CEO da Necta e idealizadora do Connected Smart Cities & Mobility, é especialista no mercado de cidades inteligentes, mobilidade, aeroportos, segurança pública, PPPs e inovação social. A executiva se destaca, principalmente, por fomentar as iniciativas voltadas para o desenvolvimento das cidades e conduz o Conecta Talks.

Recentemente a especialista entrevistou o secretário de Logística e Transportes do Governo do Estado de São Paulo, João Octaviano Machado Neto. Na ocasião, o secretário enfatizou o tema da sua palestra no na edição 2020 do Connected Smart Cities e Mobility Digital Xperience, que acontece nos dias 08, 09 e 10 de setembro, que será sobre rodovias inteligentes, destacando a segurança dos usuários, no contexto do transporte coletivo, com foco na conectividade e integração.

O secretário detalhou o projeto da maior concessão de rodovias do país, que começou a operar no início de junho: a nova concessão do corredor rodoviário Piracicaba-Panorama (PiPa), trecho que vai da região de Campinas (SP) até o extremo oeste do estado.

Para saber mais sobre o evento nacional, CLIQUE AQUI e acesse a programação.

DESTAQUES DA ENTREVISTA

1. O secretário de Logística e Transportes do Governo do Estado de São Paulo detalhou, no contexto da participação na 6ª edição do CSCM DX 20, as iniciativas do Governo do Estado de São Paulo para a mobilidade, como o projeto rodovias inteligentes, pontuando como foi implementada a maior concessão de rodovias do país, do corredor rodoviário Piracicaba-Panorama (PiPa) e o que representa para o Estado de SP e o país.

2. O secretário abordou também a segurança dos usuários e como as novas Concessões rodoviárias agregam novidades, como carbono zero e o que representam para a economia e o meio ambiente, além d a relação com a pauta smart cities.

3. Também foi tema da pauta o projeto de matriz de logística para integrar modais e aumentar o escoamento da produção, inovações que estão sendo implementadas nesses novos projetos e os benefícios.

4. João Octaviano Machado Neto enfatizou, ainda, a sua participação no Connected Smart Cities e Mobility Digital Xperience e como iniciativas assim podem contribuir com o desenvolvimento das cidades brasileiras.

5. E conclui destacando como devemos pensar e planejar a cidade dos sonhos, entre outras abordagens.

MERCADO IMOBILIÁRIO

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O terceiro painel da agenda estratégica da Urban Systems trará como tema as soluções inteligentes para o Mercado Imobiliário em grandes cidades

O terceiro painel da agenda estratégica da Urban Systems contará com a moderação de Paulo Takito, sócio e diretor da Urban Systems e um time de empresários do setor e urbanistas para falar sobre as novas tendências do mercado imobiliário nas cidades brasileiras.

Considerando que há diferentes aspectos e oportunidades de acordo com a regionalização, porte e perfil comportamental das cidades, o painel terá foco nas grandes cidades, porém sempre trazendo reflexões sobre as possibilidades de implementá-las nas cidades médias e grandes.

Serão discutidos neste painel os impactos da pandemia nos imóveis compactos (tendência das grandes cidades) e quais as perspectivas para esse perfil de imóvel, em diferentes perfis econômicos, no cenário futuro pós-pandemia. Também serão abordados temas como a modularidade dos imóveis residenciais, a possibilidade de implantação de micro bairros planejados nas grandes cidades, os novos modelos de negócios (locação e renda) para atender novos tipos de demanda, os impactos da incorporação imobiliária no desenvolvimento e na mobilidade das cidades e as novas regras de planejamento urbano oriundo dos novos planos diretor das cidades brasileiras.

Além da moderação do Paulo Takito, o painel contará com a participação do Alan Cury, Diretor da COMURB SPU; de Diego Dias, CEO da Ekko Group Incorporações; de Lourenço Gimens, Diretor da FGMF Arquitetos; e de Alexandre Lafer Frankel, CEO da Vitacon e Housi.

*Matéria feita por Willian Rigon, Sócio e Diretor Comercial e Marketing na Urban Systems 

#CONECTATALKS COM BRUNO ASP | SÓCIO-DIRETOR DA NEURÔNIO FALOU DOS DESTAQUES DO PRÊMIO CSC 2020

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Bruno Asp, sócio-diretor da Neurônio, empresa realizadora do Prêmio  Connected Smart Cities, em parceria com a Necta, destacou a 6ª edição do Prêmio e de como a iniciativa tem contribuído de forma efetiva para a promoção das cidades

Paula Faria, CEO da Necta e idealizadora do Connected Smart Cities & Mobility, é especialista no mercado de cidades inteligentes, mobilidade, aeroportos, segurança pública, PPPs e inovação social. A executiva se destaca, principalmente, por fomentar as iniciativas voltadas para o desenvolvimento das cidades e conduz o Conecta Talks.

Para falar sobre a 6ª edição do Prêmio  Connected Smart Cities, Paula entrevistou Bruno Asp, sócio-diretor da Neurônio, empresa realizadora do Prêmio, em parceria com a Necta. Parceiro na iniciativa desde a primeira edição, Asp enfatizou como o Prêmio tem contribuído de forma efetiva para a promoção das cidades, por meio da participação de pessoas jurídicas, com sede no Brasil, e que apresentem um negócio inovador.

O executivo frisou que o objetivo da iniciativa é reconhecer e destacar projetos que contribuam com a resolução de problemas e que torne as cidades mais inteligentes, conectadas e humanas. Outro ponto apontado foi sobre como será a Agenda do Prêmio no Connected Smart Cities e Mobility Digital Xperience 2020.

CLIQUE AQUI E ACOMPANHE OS DETALHES DO PRÊMIO.

DESTAQUES DA ENTREVISTA

1. Bruno Asp iniciou contando a história do Prêmio Connected Smart Cities e destacou a motivação para a construção dessa iniciativa tão importante.

2. A pauta também abordou as características do Prêmio, como a finalidade, a quem se destina e como tem sido a receptividade nesses 6 anos.

3. Asp enfatizou as contribuições da iniciativa para o desenvolvimento dos municípios brasileiros, bem como os setores das organizações participantes.

4. A abrangência da premiação também abordada, visto que vem aumentando a pluralidade dos negócios participantes, conferindo que as iniciativas não estão apenas nos grandes centros, além do balanço das 6 edições.

5. o sócio-diretor da Neurônio compartilhou, ainda, as novidades da edição 2020, como foram as inscrições e o processo para chegar aos finalistas.

6. E para concluir,  compartilhou como será a Agenda do Prêmio nesta edição histórica do Connected Smart Cities e Mobility Digital Xperience 2020, que acontece nos dias 08, 09 e 10 de setembro.

 

INOVAÇÃO E DADOS ABERTOS

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Como serviços públicos podem utilizar inovações como dados abertos, crowdsourcing e blockchain para melhorar a gestão de serviços público, atendimento e engajamento cidadão

Em um mundo em que cada vez mais dispositivos são essenciais no cotidiano das pessoas, existe a tendência de migração para o mundo online, sendo que as transações econômicas passam progressivamente a tomar espaço nesse meio. Com isso, surge a necessidade de criar plataformas de maior transparência e conectividade, permitindo a interconexão de serviços de maneira acessível e segura.

Blockchain é então, basicamente, uma combinação de tecnologias que permite o suporte à transação de criptomoedas, sendo que as propriedades deste sistema permitem mais segurança e inviolabilidade dos dados- sendo que com a evolução dessa tecnologia, cada vez mais transações mais complexas podem acontecer. Com a criação de Blockchain, surgiu a possibilidade de realizar não apenas transações monetárias, mas também transações de valor, como por exemplo o comércio de energia renovável. 

Com alta capacidade de transparência e segurança, blockchain virou o foco do desenvolvimento de smart cities: iniciativas como Blockchain4Cities, realizada pela Organização das Nações Unidas (ONU), tem como objetivo estudar e viabilizar aplicações dessa tecnologia no planejamento de cidades inteligentes. 

Já o conceito de crowdsourcing está ligado à agregação de conhecimentos para a solução de problemas de maneira colaborativa: é um modelo de produção que utiliza conhecimentos coletivos para solucionar os problemas cotidianos das cidades, desenvolver novas tecnologias, prover serviços e até mesmo criar conteúdos.

O Connected Smart Cities Digital Xperience irá realizar um painel que tem como objetivo discutir o tema de Inovação e Dados Abertos, a partir dos conceitos de Blockchain e Crowdsourcing. O painel acontecerá no dia 09 de Setembro, às 14 horas, de maneira 100% digital- Para mais informações sobre o evento, clique aqui.  

IBGE ESTIMA POPULAÇÃO DO PAÍS EM 211,8 MILHÕES DE HABITANTES

Regiões Metropolitanas, como a do Rio de Janeiro, têm taxas de crescimento inferiores à média do país

O país chegou a 211,8 milhões de habitantes em 2020, crescendo 0,77% em relação ao ano passado, de acordo com as Estimativas da População divulgadas hoje (27) pelo IBGE para os 5.570 municípios. O estudo, com data de referência em 1º de julho, mostra que 21,9% da população está concentrada em 17 municípios, todos com mais de um milhão de habitantes, sendo que 14 são capitais estaduais.

As estimativas populacionais municipais são um dos parâmetros utilizados pelo Tribunal de Contas da União para o cálculo do Fundo de Participação de Estados e Municípios e são referência para indicadores sociais, econômicos e demográficos.

O município de São Paulo continua sendo o mais populoso, com 12,3 milhões de habitantes, seguido pelo Rio de Janeiro (6,75 milhões), Brasília (3,05 milhões) e Salvador (2,88 milhões). Com apenas 776 habitantes, Serra da Saudade (MG) é a cidade brasileira com menor população.

Na última década, as estimativas indicam aumento gradativo da quantidade de grandes municípios no país. No Censo de 2010, somente 38 cidades tinham população superior a 500 mil habitantes, e 15 delas tinham mais de um milhão de moradores. Já em 2020, eram 49 os municípios brasileiros com mais de 500 mil habitantes, sendo 17 os que superavam a marca de um milhão de habitantes.

“Os números acompanham uma tendência já percebida nos últimos anos, evidenciando a emergência de polos regionais, que apresentam crescimento populacional acima de 1% ao ano”, explica o gerente de Estimativas e Projeções de População do IBGE, Márcio Mitsuo Minamiguchi.

Em 28,1% dos municípios (ou 1.565 cidades), as taxas de crescimento foram negativas, ou seja, houve redução populacional. Pouco mais da metade dos municípios brasileiros (52,1%) apresentou crescimento populacional entre zero e 1%. Apenas 205 municípios (3,7% do total) indicaram crescimento igual ou superior a 2%.

As regiões Norte e Centro-Oeste tinham as maiores proporções de municípios com crescimento acima de 1%. Já na região Sul, 45,6% dos municípios tiveram redução de população.

POLOS REGIONAIS TÊM MAIOR PROPORÇÃO DE MUNICÍPIOS COM CRESCIMENTO POPULACIONAL ACIMA DE 1%

O grupo de municípios com até 20 mil habitantes é aquele que, proporcionalmente, apresentou maior número de municípios com redução populacional, com 1.410 (37,3%). Por outro lado, o grupo entre 100 mil e um milhão de habitantes é o que possui o maior percentual de municípios com crescimento superior a 1%, totalizando 142 (46,0%). Já as cidades com mais de um milhão de habitantes mostraram crescimento entre 0 e 1% ao ano (14 dos 17 municípios).

Os dados reforçam a percepção de que os municípios pequenos estão perdendo moradores, enquanto os médios crescem – ao mesmo tempo em que as maiores cidades estão estabilizadas em termos de crescimento populacional. “Na incapacidade dos grandes centros se expandirem e proverem habitação para todos, é natural que as novas famílias procurem áreas periféricas, fazendo com que os polos regionais tenham cada vez mais atratividade”, ressalta Minamiguchi.

O fenômeno se reflete também nas estimativas relacionadas às Regiões Metropolitanas. As taxas de crescimento das maiores regiões metropolitanas do país (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Fortaleza, Recife e Salvador) são ligeiramente inferiores à média do país. E nessas metrópoles, o crescimento do município sede é, na maioria dos casos, mais baixo do que o verificado nos municípios restantes.

No ranking dos estados, São Paulo segue como o mais populoso, com 46,3 milhões de habitantes, concentrando 21,9% da população total do país, seguido de Minas Gerais (21,3 milhões de habitantes), e do Rio de Janeiro (17,4 milhões). Os cinco estados menos populosos, que somam cerca de 5,7 milhões de pessoas, estão todos na Região Norte: Roraima, Amapá, Acre, Tocantins e Rondônia.

Fonte: Agência IBGE Notícias

ARTIGO: A OPORTUNIDADE DE TRANSFORMAR A PARTIR DAS MUDANÇAS

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Certamente, os desafios que o mundo enfrenta agora são sem precedentes, especialmente pela velocidade com que se impuseram

Por Sergio Jacobsen, CEO da área de Smart Infrastructure da Siemens

Em 2021, completo duas décadas de carreira, vivida dentro da Siemens ou em projetos da empresa. E, desde que entrei, como estagiário, tenho lidado de perto com mudanças rápidas e transformadoras. A primeira foi assim que cheguei para trabalhar na nova área de automação de energia, com relés de proteção digitais, que entravam no país naquele momento. Eu nem havia concluído a minha graduação com uma formação voltada para a eletromecânica e tive de aprender rapidamente sobre algo muito novo.

Depois disso, minha trajetória seguiu em constante intercâmbio com a Siemens da Alemanha não só para trazer ao Brasil soluções, mas adequá-las à nossa realidade. Participei, assim, de perto, dos primeiros negócios de redes inteligentes, vi-os evoluir para o conceito de cidades inteligentes. Pouco mais de um ano à frente de Smart Infrastructure, tenho agora o desafio de, junto aos nossos colaboradores, dar continuidade ao pioneirismo da empresa e oferecer soluções inovadoras e completas para digitalização em energia.

Você deve estar se perguntando por que estou falando disso e eu explico – não é só nostalgia. Atuar tão de perto com tecnologia de ponta e as constantes renovações que a envolvem me trouxe aprendizados que acho válidos neste momento que vivemos uma pandemia de Covid-19. O principal deles é que tudo muda o tempo todo, e isso não é só para o nosso mercado. Mudam os concorrentes, os produtos, os clientes, a forma de vender, o perfil dos profissionais. E ser incansável e estar aberto a se adaptar aos novos cenários, até ao inesperado, são, cada vez mais, requisitos tão fundamentais a executivos e empresas quanto ter uma estratégia consolidada de negócios.

Certamente, os desafios que o mundo enfrenta agora são sem precedentes, especialmente pela velocidade com que se impuseram. Mas, ao olhar para trás e lembrar das diversas vezes que tive de vender não apenas um produto, mas um conceito que a maioria das pessoas não conhecia ou das situações complexas que enfrentamos e estavam além de nós, eram conjunturais, reconheço a urgência de fortalecer nas culturas corporativas a mentalidade de que as mudanças e até mesmo as crises vão acontecer e que devemos estar atentos às oportunidades que há nelas.

Como toda empresa, a Siemens tem tido de repensar como atuar e se relacionar com seus públicos internos e externos. De ganhos gerais, já vejo, por exemplo, a aceleração de tendências como o teletrabalho e, por consequência, a consolidação das reuniões virtuais e a redução dos tempos de deslocamento – embora, gosto de frisar, a interação presencial não deve ser deixada de lado, pois é fundamental às pessoas e às companhias. As estratégias de negócios também foram revisitadas para que pudéssemos apostar em novos usos das nossas tecnologias e em segmentos com maior demanda durante a crise.

Além das chances de encontrar ganhos nessas adaptações em busca do reequilíbrio, vejo que o momento é propício às empresas para outros tipos de mudanças, sobretudo as que envolvem, além da sustentabilidade financeira, o que querem construir para o futuro. Ou seja, ao ter de reavaliar as estratégias e os custos operacionais, tem-se também a oportunidade de otimizar a gestão dos recursos e agregar impacto positivo às atividades. E, neste aspecto, nós, da Siemens, queremos ser parceiros, com as nossas soluções de eletrificação, automação e digitalização centradas no uso mais eficiente e na integração de fontes de energia limpa. Com isso, almejamos, a partir deste difícil momento, alavancar o desejo de construir juntos melhores lugares para se viver e economias e cidades mais resilientes. 

A TECNOLOGIA NA GESTÃO DE RISCO DOS EVENTOS CLIMÁTICOS

Como o IoC (Intelligent Operation Center), também conhecido como Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), atua na convergência de esforços, tornando-se ferramenta essencial no gerenciamento de desastres naturais — antes, durante e depois que eles aconteçam.

O mais recente relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM) — “Declaração da OMM sobre o estado do clima em 2019” —, publicado em março de 2020, coloca luz sobre como as mudanças climáticas vividas atualmente pelo planeta vão redesenhar o modo de vida do ser humano nas próximas décadas. O documento indica que o aumento do calor do solo e dos oceanos, a elevação mais acelerada do nível do mar e o derretimento das geleiras causarão impactos notáveis no desenvolvimento socioeconômico das nações, com reflexos na saúde humana e na segurança alimentar.

O relatório repercutiu em todo o mundo e gerou debates entre cientistas e autoridades. Mas não é de hoje que as inquietações com o clima frequentam a agenda de governos e entidades internacionais.

Em 2015, por exemplo, duas importantes conferências mundiais promovidas pela Organização das Nações Unidas (ONU) buscaram alertar os países a respeito do tema e suas consequências. Em novembro daquele ano, a 21ª Conferência das Partes (COP21), na França, produziu o Acordo de Paris: um compromisso assumido por 195 países para a redução das emissões de gases do efeito estufa, visando controlar o aquecimento global.

Nove meses antes, no Japão, a 3ª Conferência Mundial da ONU para a Redução de Riscos de Desastres, em Sendai, focava nos impactos que o efeito estufa pode causar na estabilidade climática do planeta. Segundo os cientistas, eventos críticos como tempestades, ciclones e secas se tornariam mais intensos e frequentes a partir de então, o que reforçaria a importância de se antecipar, planejar e reduzir o risco de desastres naturais para a proteção das pessoas, comunidades e países – além de seus meios de vida, saúde, patrimônio cultural, patrimônio socioeconômico e ecossistemas.

O documento gerado no encontro asiático – a Declaração e Marco de Sendai para a Redução de Riscos de Desastres 2015-2030 – foi assinado por 187 nações incluindo o Brasil, destacando dentre as suas metas, a necessidade de se elevar substancialmente a disponibilidade e o acesso a sistemas de alerta precoce para vários perigos, bem como as informações e avaliações sobre o risco de desastres até 2030.

Em comum, Sendai e Paris deixam uma mensagem direta quanto a relevância do debate. Nunca foi tão fundamental se compreender, analisar e agir na prevenção, combate e na mitigação do impacto gerado por desastres naturais resultantes das mudanças climáticas.

CENÁRIO NACIONAL

No mesmo sentido, o governo federal do Brasil criou, em 2012, o Programa de Gestão de Risco e de Resposta a Desastres. O objetivo era fortalecer o Sistema Nacional de Defesa Civil (SINDEC), por meio de um conjunto articulado de ações que incluíam o desenvolvimento institucional e intervenções estruturais, corretivas e preventivas.

Segundo dados do Ministério do Meio Ambiente, o Brasil tem verificado um aumento importante no registro de portarias de reconhecimento de situações de emergência ou estado de calamidade pública em municípios brasileiros. Estes atos administrativos ganharam maior volume na última década e estão relacionados, majoritariamente, à ocorrências de secas extremas ou ao excesso de chuvas e seus impactos resultantes.

O primeiro semestre de 2020 confirma este cenário. No mês de janeiro, enquanto 364 cidades do Rio Grande do Sul decretavam estado de emergência por conta da pior seca no estado em oito anos, outros 70 municípios de Minas Gerais assumiam igual condição, mas por motivo oposto: enchentes causadas pelas fortes chuvas que atingiram o estado.

Mais recentemente, em junho, cerca de 200 municípios de Santa Catarina foram varridos por um ciclone bomba cujos ventos acima dos 160 km/h causaram forte destruição da infraestrutura das cidades, além de tirar vidas.

Por fim, em meados de julho, foi a vez do estado do Mato Grosso viver o drama dos incêndios florestais no Pantanal, com a destruição de uma área equivalente a seis vezes o tamanho da cidade de São Paulo em apenas duas semanas.

O IMPACTO NAS GRANDES CIDADES

No Brasil, conforme análise do IBGE e de órgãos governamentais, os danos materiais e imateriais causados por desastres naturais como ciclones, dilúvios, deslizamentos de terra, erosões, incêndios florestais, inundações, tornados e tempestades se concentram nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul. Não por acaso, são as áreas mais urbanizadas do País, com localidades ambientalmente instáveis por conta do desequilíbrio do ecossistema promovido pela ocupação humana.

Em 2010, um estudo liderado pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE), denominado “Vulnerabilidade das Megacidades Brasileiras às Mudanças Climáticas: Região Metropolitana de São Paulo”, previa um aumento da frequência de tempestades nesta área em 20 anos. Este fenômeno levaria a uma maior ocorrência de enchentes, enxurradas, alagamentos e escorregamentos de terra, afetando principalmente aqueles residentes em zonas urbanas carentes de infraestrutura — comunidades, cortiços e habitações precárias —, o que representava, à época do relatório, cerca de 30% da população metropolitana do estado.

Estes dados da pesquisa do INPE reforçam a necessidade de se aumentar a resiliência das cidades no sentido de antever cenários críticos e permitir a realização de ações pré e pós desastre em tempo hábil.

Com este foco, é fundamental o acompanhamento de dados meteorológicos, hidrológicos, geológicos e pluviométricos. Estes, uma vez reunidos, sequenciados e analisados corretamente, se tornam instrumento essencial para ações preditivas, de preparação, resposta e de recuperação de catástrofes.

O Japão é um case mundial quando se trata de eventos naturais de grande magnitude, e investe quantias significativas no aprimoramento do seu sistema de alerta. Em 1956, o governo local criou a Japan Meteorological Agency (JMA), um grande IoC (Intelligent Operation Center) que trabalha com dados coletados de observatórios que medem atividades sísmicas, vulcânicas, oceânicas e meteorológicas, além de contar com um satélite dedicado a monitorar alterações na atmosfera terrestre. Toda essa carga de dados é processada e transformada em conhecimento, servindo como base para a criação de níveis de alerta distintos, cada qual indicando um protocolo de ações. O objetivo é antecipar os desastres como o devastador tsunami de 2011, e orientar a população japonesa a se proteger de forma adequada e no menor tempo possível.

O contexto evidencia a tecnologia como um meio para a prevenção e gestão de risco. Essa vantagem é consolidada através dos Centros de Operações Inteligentes – IoC — conhecidos também como Centros Integrados de Comando e Controle (CICC) —, que são ferramentas importantes para capturar, transmitir, processar, consolidar, sequenciar e analisar os dados que serão transformados em insights valiosos aos gestores públicos.

Os IoCs atendem a dois aspectos-chave na gestão da crise: a integração e o tempo. A integração nasce da necessidade de se conectar diferentes fontes de dados (agências científicas, centros de pesquisas, serviços de monitoramento) e múltiplas forças de enfrentamento — sejam elas militares (Polícia Militar, Civil, Rodoviária, Corpo de Bombeiros) e/ou civis (Defesa Civil, serviços de resgate e de saúde, autoridades de trânsito). Já o fator tempo é determinante, pois toda a situação que envolve um desastre natural é fluída e evolui com muita rapidez. As variáveis e condições mudam em questões de segundos, exigindo de todo o sistema uma extrema capacidade de adaptação ao momento e a consequente alteração no rumo das estratégias.

Com as duas variáveis de tempo e integração constrói-se a consciência situacional. Trata-se de uma percepção unificada dos diversos fatores envolvidos na situação — problema, transmitida a todos os agentes simultaneamente — o que possibilitará o gerenciamento integrado das operações, sejam elas preventivas ou combativas. Sem esta visão única, a tomada de decisão por parte do comando incorrerá enormemente no risco de uma baixa efetividade, com evidente desperdício de esforços.

É sobre este conceito de consciência situacional que o IoC se apoia e assume o seu protagonismo. Graças à sua capacidade de integrar e analisar em tempo real dados de diferentes fontes — transformando-os posteriormente em inteligência —, ele cria o ambiente perfeito para a formação de uma consciência situacional que levará ao planejamento e execução de estratégias dentro de prazos de tempo adequados.

Assim, atuando como um ponto de convergência gerencial, o IoC consolida a ideia da gestão integrada, colaborativa e eficiente por sua agilidade, onde a tecnologia cumpre a sua função estratégica: a de promover a conexão de dados e informações, conectando agentes e unindo esforços em um plano de ações cujas metas prioritárias são a proteção do patrimônio, a redução do custo econômico de uma tragédia e, sobretudo, a preservação da vida.

Fonte: Green4T


ABNT REGULAMENTA NORMA SOBRE CIDADES INTELIGENTES COM PARTICIPAÇÃO DA POLI

Professor Alex Abiko diz que a regulamentação da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) vai auxiliar gestores, com o uso da tecnologia, para o bem-estar dos cidadãos

Normas técnicas são consideradas documentos de referência para muitas atividades do cotidiano, desde a construção civil até bens e serviços. Suas regulamentações acontecem para que seja criada cada vez mais um ambiente seguro em diferentes atividades, com regras e utilizações bem definidas. No Brasil, a responsável pela regulamentação é a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), que está lançando uma norma que regulamenta as Cidades Inteligentes.

“Pela primeira vez temos no País, pela ABNT, o desenvolvimento de normas técnicas relacionadas às questões das cidades. Nos engajamos nessa iniciativa para auxiliar gestores e planejadores urbanos a garantir cidades com mais qualidade”, explica Alex Abiko, professor do Departamento de Engenharia de Construção Civil da Escola Politécnica (Poli) da USP e coordenador da Comissão de Estudos Especial (CEE) de Cidades e Comunidades Sustentáveis da ABNT.

Em entrevista ao Jornal da USP no Ar, Abiko revela que, após buscar referências internacionais para as normas relacionadas ao meio urbano, seu Grupo de Pesquisas em Planejamento e Engenharia Urbanos na Poli passou a pensar na questão de Cidades Inteligentes. Oriunda do grupo, a mais recente norma publicada sobre o assunto é a ABNT NBR 37122 Cidades e Comunidades Sustentáveis – Indicadores para Cidades Inteligentes. Para além de traduzir norma semelhante presente na ISO (Organização Internacional de Normalização), a nova norma foi adaptada para as diferentes realidades encontradas no Brasil.

De acordo com o professor, a norma técnica Cidades Inteligentes busca entender o aporte tecnológico atual e verificar o que as cidades estão precisando, incorporando a tecnologia quando necessária e acessível para a realização de melhorias. “Na definição da norma técnica, a cidade inteligente é aquela que utiliza a tecnologia para o bem-estar dos cidadãos. O foco não é a tecnologia, é o cidadão, o morador da cidade”, destaca Alex Abiko. Organizada em 18 grupos de indicadores, estão presentes nessa nova norma tópicos sobre meio ambiente, segurança pública, saúde, dentre outros.

No geral, “a norma técnica vai contribuir para os gestores públicos, sociedade e políticos entenderem que a tecnologia está a serviço da cidade e não o contrário”, reforça o coordenador da CEE de Cidades e Comunidades Sustentáveis da ABNT. Nesta quinta-feira, às 16 horas, haverá o lançamento da norma ABNT NBR 37122, com a presença do presidente da ABNT, Mario William; do presidente da comissão técnica da ISO, Bernard Gindroz e demais autoridades. Acesse mais informações sobre o evento que será transmitido on-line no canal da ABNT no YouTube clicando aqui.

Fonte: Jornal da USP