SOLUÇÃO DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL DA PIXEON VENCE EDITAL DO PROGRAMA IDEIAGOV
BUSUP RECEBE INVESTIMENTO DE Є5 MILHÕES PARA EXPANSÃO DE NEGÓCIOS
Com DNA brasileiro, empresa tecnológica líder de mercado de gestão de fretamento na Europa reforça modelo de negócio no Brasil
A rodada para o aporte de Є5 milhões – liderada pela Proeza Ventures, o maior fundo de investimento em mobilidade da América Latina, apoiada pela americana Autotech Ventures, fundo de investimento líder em mobilidade nos Estados Unidos, que investiu na Lyft , além da escola de negócios IESE, entre outros – destinará grande parte do valor na expansão do negócio no Brasil, o maior mercado hoje em dia da empresa e o país de um dos seus fundadores, Danilo Tamelini, Presidente LATAM da BusUp.
A BusUp, empresa espanhola com DNA brasileiro, faz parte do Grupo BusUp Technologies, que possui sede em Barcelona e está presente no Brasil, Espanha, Portugal, Estados Unidos e Peru, sendo o Brasil o seu maior mercado e com maior potencial de crescimento. Fundada em 2016 na Espanha, iniciou sua operação no País há quase três anos e, atualmente, tem em seu portfólio empresas como Grupo BIG, DHL, Dupont, Ober e LUFT, em estados como São Paulo, Goiás, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba.
O grande sucesso da solução de gestão otimizada de fretamento da startup no Brasil se reflete na credibilidade conquistada, em pouco tempo, de grandes empresas como o Grupo BIG, DHL, Dupont, Ober e LUFT, que estão confiando a terceirização da gestão de suas operações na BusUp, conseguindo não só uma redução de custos de até um 40%, como uma maior flexibilidade e controle das operações graças à sua avançada tecnologia,
Desde quando a empresa foi fundada,registra média de crescimento em cinco vezes ao ano, e passa por sua quarta captação de investimento. Até o momento, a marca já recebeu em média 8,5 milhões de euros em investimentos e o objetivo para 2021 é aumentar ainda mais o faturamento e portfólio de clientes. No Brasil, a ideia é também chegar a novos estados.
A BusUp não possui ônibus próprios, mas trabalha com mais de 150 operadores de mobilidade ao redor do mundo, com as quais estabelece parcerias de longa duração onde o operador consegue fidelizar seus melhores clientes, com melhor tecnologia e serviço, transformando assim digitalmente o setor do fretamento no Brasil que tem sido fortemente impactado pela pandemia.
“Não estamos no mercado para concorrer com as empresas de fretamento e sim para criar parcerias, trazendo vantagens e modernização para as operadoras e fidelização do cliente final. É algo que todos têm benefício”, conta Tamelini. Desde sua criação em 2016, a empresa já trabalhou com mais de 100 empresas e atendeu mais de 500 mil passageiros em seus países de operação.
Enrique Zambrano, Diretor da Proeza Ventures, destaca que o compartilhamento de rotas e veículos é uma solução para desafogar o trânsito em grandes cidades e reitera sobre a preocupação com a poluição gerada pelo tráfego intenso nessas regiões: “Estamos convencidos de que o modelo de transporte compartilhado da BusUp oferece uma das soluções mais sustentáveis e que ajudará a mudar o mundo que conhecemos para as gerações futuras”.
Segundo os investidores, esse era o momento ideal para a rodada.”Não ter que dirigir para o trabalho é uma proposta de valor muito atraente. O transporte compartilhado traduz-se em benefícios claros e relevantes em termos de eficiência e flexibilidade para os utilizadores, bem como para as empresas que souberam ver que esta proposta aumenta a produtividade e satisfação dos seus colaboradores e contribui para a retenção de talentos, conta Dan Hoffer, CEO da Autotech Ventures. “Nesse sentido, acreditamos que a solução compartilhada da BusUp mudará as regras do jogo do transporte corporativo, pois se enquadra perfeitamente na ‘nova normalidade’ do trabalho híbrido, proporcionando uma solução segura e flexível para as empresas, independente do seu porte”, finaliza.
Com informações da Assessoria de Imprensa da BusUp
MISSÃO 5G CHEGA AO FIM APÓS INTENSA AGENDA DE VISITA A FABRICANTES DA TECNOLOGIA NA EUROPA E ÁSIA
Comitiva brasileira chefiada pelo ministro das Comunicações, Fábio Faria, assistiu a demonstrações de uso do 5G e até da tecnologia 6G, ainda em desenvolvimento
LEILÃO 5G
Com informações da Assessoria de Imprensa do Ministério das Comunicações
COVID-19: UBER ANUNCIA MEDIDAS PARA APOIAR VACINAÇÃO NO BRASIL
Iniciativas em parceria com governos e ONG visam promover informações sobre a vacinação e o deslocamento até postos de atendimento
A Uber está atuando em três frentes para promover a vacinação no Brasil: com doação de códigos promocionais para pessoas nos grupos prioritários poderem se deslocar aos locais de vacinação; apoio às autoridades de saúde para promover informações corretas e úteis sobre as vacinas e os programas de vacinação; e parceria com o terceiro setor para custear o deslocamento de quem mais precisa até os centros de vacinação.
Para materializar esse apoio, a Uber já fechou acordos para doar viagens à Prefeitura Municipal de Belo Horizonte e ao Governo do Estado de Pernambuco e segue em conversas com outras capitais, como Rio de Janeiro, Porto Alegre e Salvador, entre outras, a fim de apoiar a vacinação de profissionais de saúde e outros grupos prioritários contra a Covid-19.
A empresa vai fornecer códigos promocionais para apoiar o deslocamento dos grupos prioritários, de acordo com o cronograma estabelecido por cada governo. Cada código promocional dará viagens gratuitas de ida e volta aos locais de vacinação, no valor máximo de R$ 30. O código precisa ser adicionado no aplicativo da Uber antes das viagens (instruções no final do texto).
“Queremos garantir que a mobilidade não seja mais um obstáculo para quem quer se vacinar”, diz a diretora-geral da Uber no Brasil, Claudia Woods. “Por isso, além de apoiar os governos, estamos também apoiando a Central Única das Favelas (Cufa) para permitir que as pessoas mais vulneráveis tenham uma opção de mobilidade para chegar aos locais de vacinação. Neste momento, nossa parceria com eles é para identificar idosos que estejam nos grupos prioritários para que possamos oferecer as viagens”.
Para Celso Athayde, fundador e coordenador geral da Cufa, “as favelas são um espaço que foi negligenciado, onde as pessoas estão por ali por falta de alternativa, e onde tudo já é mais difícil mesmo em tempos normais – que dirá em uma época desafiadora como a que vivemos. Por isso, são fundamentais iniciativas como essa da Uber, que buscam facilitar o acesso à vacina do morador da favela que está nos grupos de risco”.
A Uber também apoiará o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) para promover informação de qualidade sobre as vacinas e os programas de vacinação para toda a comunidade de mais de 22 milhões de usuários e 1 milhão de parceiros do aplicativo. Todos receberão, por meio do app da Uber, pílulas de informação e dicas produzidas pelo Conass sobre as vacinas.
“Esta é uma iniciativa socialmente relevante porque teremos a oportunidade de colocar em poucas palavras informações precisas sobre a segurança e eficácia das vacinas, bem como a importância da vacinação para interromper o contágio da Covid-19”, avaliou o presidente do Conass, Carlos Lula. Ele afirmou ainda que, as mensagens produzidas pelo Conselho estarão alinhadas à orientação e informação do Programa Nacional de Imunização (PNI). “O PNI é um patrimônio do povo brasileiro e um dos mais sólidos e sérios do mundo, sendo assim. entendemos que a nossa população deve ser contemplada com informações seguras e técnicas, tanto quanto o combate às fake news”, concluiu.
Esse pacote de medidas faz parte do compromisso anunciado pelo CEO da Uber, Dara Khosrowshahi, de fornecer em todo o mundo 10 milhões de viagens gratuitas ou com descontos para ajudar a assegurar que a mobilidade não seja uma barreira para se tomar a vacina.
Resposta à pandemia – A medida vem somar a uma série de anúncios que a Uber tem feito para enfrentamento à pandemia desde o ano passado, como:
• Uso obrigatório de máscaras;
• UberMedics: na cidade de São Paulo, em parceria com o Itaú Unibanco, com a oferta de 200 mil viagens para profissionais de saúde do município que estão atuando na linha de frente do combate à COVID-19. No Rio de Janeiro, foram oferecidas 12 mil viagens em parceria com o Movimento União Rio;
• Doação de sangue: custeio de viagens de doadores que queiram se deslocar para bancos de sangue, iniciativa que já atendeu mais de 20 municípios de todas as regiões do país.
• Cestas básicas: em parceria com a CUFA – Central Única das Favelas, a empresa lançou uma campanha para doação de cestas básicas e kits de higiene a comunidades vulneráveis afetadas pelo coronavírus usando o aplicativo Uber Eats.
• Pesquisa de plasma: no Rio de Janeiro, a parceria com o Hemorio, o hemocentro coordenador do Estado do Rio de Janeiro oferece viagens a pessoas curadas de coronavírus que queiram doar o plasma do sangue para pesquisa de combate ao vírus;
• Assistência financeira: o motorista ou entregador parceiro Uber diagnosticado com Covid-19 ou que fizer parte do grupo de risco pode solicitar assistência por até 14 dias mediante apresentação de atestado médico solicitando seu isolamento;
• Centro de Higienização: a companhia inaugurou Centros de Higienização da Uber voltado a motoristas e entregadores parceiros em dez capitais;
Suprimentos de limpeza: parceiros podem solicitar reembolso para itens como álcool em gel e máscaras.
• Vale Saúde: uma parceria com o Vale Saúde Sempre oferece para todos os parceiros da empresa descontos em consultas médicas em rede de atendimento privada e mais de 3.000 tipos de exames laboratoriais e de imagens;
• Telemedicina: os mais de 1 milhão de motoristas e entregadores parceiros da Uber no Brasil têm a opção de utilizar o serviço de orientação médica online do Hospital Israelita Albert Einstein. Chamado de Einstein Conecta, o serviço funciona 24 horas por dia, sete dias por semana, com orientações por videoconferência, permitindo conforto e agilidade no atendimento com acesso à excelência médica proporcionada por um dos principais hospitais do País – uma conveniência que ganha ainda mais relevância em tempos de coronavírus.
• Suporte a restaurantes: apoio ao setor de restaurantes, oferecendo gratuidade na taxa de entrega para pedidos feitos a milhares de pequenos e médios restaurantes parceiros independentes do Brasil.
Com informações da Assessoria de Imprensa da Uber
ABES E CCBC PROMOVEM SÉRIE DE ENCONTROS VIRTUAIS PARA DESENVOLVER OPORTUNIDADE DE NEGÓCIOS ENTRE BRASIL E CANADÁ
Primeiro encontro acontece no próximo dia 24, às 17h, e cobrirá políticas de incentivos do Canadá e cases de sucesso
A ABES – Associação Brasileira de Empresas de Software e a Câmara de Comércio Brasil-Canadá (CCBC), organização independente mantida pelo setor privado e sem fins lucrativos, prepararam o primeiro encontro virtual da série Café com Canadá, que vai apresentar e analisar as iniciativas que visam aproximar empresas e startups brasileiras e canadenses. O evento acontece dia 24 de fevereiro, às 17h, e contará com a participação de Paulo Perrotti, Presidente da CCBC, advogado da LGPDSolution e Professor de Cybersecurity na pós-graduação da Faculdade de Engenharia de Sorocaba (FACENS); Evandro Barros, Fundador e CEO do DATA H Artificial Intelligence e co-fundador do Institute of Applied Intelligence, e Rodolfo Fücher, presidente da associação. As inscrições devem ser feitas aqui e a participação é gratuita.
“Estamos desenvolvendo encontros virtuais com diversos países. No caso específico do Canadá, existem inúmeras oportunidades de negócios que podem ser desenvolvidas, entre empresas brasileiras e canadenses. Em alguns casos, com o apoio e incentivo do próprio governo canadense. Nessa série Café com o Canadá, o objetivo é mostrar as oportunidades, mas principalmente como melhor explorá-las, unindo a experiência da CCBC e da ABES. “, expõe Rodolfo Fücher.
O encontro virtual Café com Canadá está alinhado com o propósito de contribuir para a construção de um Brasil mais digital e menos desigual, no qual a tecnologia da informação desempenha um papel fundamental para a democratização do conhecimento e a criação de novas oportunidades, visando melhor qualidade de vida para todos, de forma inclusiva e igualitária.
Com informações da Assessoria de Imprensa da ABES
CIDADES DE 15 MINUTOS
Entenda o novo conceito desenvolvido pelo urbanista Carlos Moreno em resposta à pandemia do coronavírus:
Uma política inicialmente desenvolvida por Paris durante a pandemia de coronavírus, em conjunto com a expansão da micromobilidade e maior disponibilidade de bicicletas na cidade, as Cidades de 15 minutos se tornaram tendência em governos ao redor do mundo e a expectativa é que grande parte das cidades adotem esse plano a longo prazo.
O impacto que a pandemia trouxe para o funcionamento das cidades é irreversível: a maneira com que os cidadãos utilizam o espaço urbano, trabalham, estudam e socializam foi drasticamente alterada graças às medidas de isolamento social. Pensando nisso, com soluções online para quase todos os serviços, a necessidade de deslocamento nunca foi tão baixa.
O conceito da Cidade de 15 minutos surge como uma alternativa à forma que a população estava habituada a ocupar a cidade: o projeto propõe que tudo o que os moradores da cidade precisam deve estar a disposição a uma distância de no máximo 15 minutos de caminhada. Isso faria com que os deslocamentos precisassem ser mínimos: entre a residência, o trabalho, escola, restaurantes, espaços de lazer, hospitais, parques e praças e etc.
O urbanista Carlos Moreno, professor da Universidade de Sorbonne na França, foi o pioneiro no conceito de Cidade de 15 minutos. A ideia surgiu a partir de uma teoria desenvolvida pelo urbanista de ‘crono-urbanismo’, isso é, uma mudança da ideia da relação que temos com o tempo de deslocamento dentro das cidades. Carlos Moreno defende que vivemos em cidades fragmentadas e que, por não conhecermos nossos vizinhos, não ocuparmos o espaço urbano dos nossos bairros, estamos sozinhos e sofremos.
Dito isso, é importante ressaltar que o movimento de Cidades de 15 minutos é diferente de outros movimentos relacionados à mobilidade urbana em smart cities: o projeto desempenhado pelo urbanista é uma resposta direta ao coronavírus, mudanças climáticas e à globalização. Paris adotou essa estratégia durante o período de isolamento social com o objetivo de repensar em como incluir as atividades cotidianas promovendo maior conexão social, além de trazer uma perspectiva mais ecológica.
De acordo com Richard Bentall, professor de psicologia da Universidade de Sheffield, a mudança promovida pelas Cidades de 15 minutos trariam maior resiliência para os cidadãos lidarem com a adversidade. O sentimento de pertencimento que uma cidade promove para os seus cidadãos é, de acordo com o professor, essencial para deixar os cidadãos mais felizes.
Cada vez mais, cidades inteligentes estão se voltando para o bem-estar dos cidadãos. A pandemia mostrou a necessidade de resiliência, como também apontou que as cidades devem desenvolver políticas que garantam que seus cidadãos sejam felizes e possam ocupar o espaço urbano de maneira saudável e ecológica.
CONFIRA MAIS MATÉRIAS SOBRE MOBILIDADE EM SMART CITIES:
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SÃO PAULO É A PRIMEIRA COLOCADA NO EIXO DE MOBILIDADE DO RANKING CONNECTED SMART CITIES
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PARQUE DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA GUAMÁ APRESENTA PROPOSTAS INOVADORAS À PREFEITURA DE BELÉM
O objetivo foi conhecer produtos desenvolvidos no PCT que podem ajudar projetos da gestão municipal
Identificar pontos de interesse entre as diretrizes do Parque de Ciência e Tecnologia (PCT) Guamá e a Prefeitura de Belém foi o objetivo da visita, nesta quarta-feira (10), do prefeito Edmilson Rodrigues, do vice-prefeito Edilson Moura e de outros gestores municipais ao polo científico-tecnológico, uma iniciativa do governo do Estado em parceria com a Universidade Federal do Pará (UFPA) e Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra).
No encontro, o diretor-presidente da organização gestora do PCT, Rodrigo Quites, apresentou a estrutura e o modelo de governança do primeiro parque tecnológico da Amazônia.
A programação seguiu com a exposição de algumas soluções inovadoras nos campos da tecnologia da informação, educação, sustentabilidade e mobilidade urbana, feita por representantes das empresas Amazônia Conectividade, EcoSet Engenharia, Execute TI, e dos Núcleos de Controle Ambiental (NCA) e de P&D em Telecomunicações, Automação e Eletrônica (LASSE), iniciativas residentes no PCT Guamá.
Gestor do parque tecnológico, Rodrigo Quites pontuou que a visita abre portas para uma cooperação inédita entre a gestão municipal e a instituição. “A gente quer ter essa oportunidade de parceria com a Prefeitura, para que essas pesquisas e produtos desenvolvidos nos nossos laboratórios e nas nossas empresas contribuam de fato à cidade de Belém, a nossa metrópole da Amazônia”, ressaltou.
“No contexto nacional, os parques têm uma inserção maior nos municípios. Cidades como Fortaleza (CE), Natal (RN), Belo Horizonte (MG) e Recife (PE), por exemplo, contam com facilidades para empresas instaladas nos parques tecnológicos. Elas têm concessão de benefícios, como redução ou mesmo isenção do ISS (Imposto Sobre Serviços), recolhido à medida que a empresa vai prestando serviço. Esse tipo de sinergia entre os governos municipais e os parques tecnológicos ajuda a atrair negócios para as cidades. Essa janela de diálogo proporcionada pelo Edmilson possibilita que a gente comece a pautar esse tipo de conversa”, complementou Rodrigo Quites.
Inovação – Após as apresentações, Edmilson Rodrigues destacou a importância da inovação para a resolução de problemas pautados em seu plano de governo. “Trabalhamos muito a Belém das novas ideias, portanto a inovação assume um papel importante com transversalidade a todas as políticas”, declarou o gestor da capital paraense.
Edmilson Rodrigues disse ainda que recebeu um resumo de ideias sobre possibilidades de uma relação próxima com o PCT Guamá. “É claro que ele tem uma característica importante para quem governa, porque, para além de uma produção com conhecimento científico, e a Universidade tem um papel imprescindível. O conhecimento científico aplicado a soluções de problemas urbanos se faz cada vez mais necessário”, acrescentou.
Há expectativa de outros encontros para afinar as parcerias entre as instituições. Segundo o prefeito, as secretarias vão avaliar o que pode ser feito em parceria com o PCT Guamá, para que um termo de cooperação seja firmado. “São grandes os desafios, e eu creio que a relação com o Parque de Ciência e Tecnologia como este pode nos ajudar muito”, enfatizou Edmilson Rodrigues. (Com informações de Juliana Brito / Comus).
Com informações da Agência Pará
CIDADES INTELIGENTES: ENTRE O ‘SOLUCIONISMO’ E O DEBATE ETERNO
Ou: a importância de políticas públicas para a transformação digital nas cidades
Estou segura que a maioria de nós já vivenciou a seguinte cena: sentado em um dos inúmeros eventos sobre Cidades Inteligentes, alguém levanta a mão e pergunta: “como definimos uma Cidade Inteligente? Precisamos esclarecer isso antes de discutir qualquer outro assunto.” Aí começa um debate longo sobre os diferentes aspectos e posições, cada um tem importantes pensamentos para contribuir.
Mesmo que todas as colocações sejam interessantes, não escapamos do sentimento que de novo criamos um debate cujo resultado agrega pouco ao nosso entendimento dessa questão fundamental. Entramos no próximo evento onde escutamos apresentações sobre soluções concretas de Cidades Inteligentes como projetos de iluminação pública smart ou um novo aplicativo para registrar queixas dos cidadãos.
E, apesar de estarmos felizes de finalmente ver projetos concretos implementados nas nossas cidades, ficamos com a dúvida sobre quais os problemas que foram resolvidos e quanta relevância esses projetos têm para lidar com os desafios fundamentais nas áreas urbanas do Brasil.
A mensagem dessa pequena história não é que debates e soluções não sejam necessários para a transformação para Cidades Inteligentes. As duas coisas são elementos cruciais.
POLÍTICAS PÚBLICAS
Para facilitar debates que efetivamente ajudam o nosso entendimento e a nossa atuação e para desenvolver soluções relevantes para problemáticas urbanas concretas e reais, é preciso levar em consideração o momento de conhecimento sobre a transformação digital em que estamos e o potencial de políticas públicas nesse contexto.
A transformação digital com os seus impactos e possibilidades para as nossas cidades é um tema novo e inédito. Ao mesmo tempo é também um fenômeno histórico que inclui todos os aspectos da nossa vida – as nossas relações de trabalho e de produção, a nossa forma de morar, de nos mover, consumir e até as nossas relações íntimas.
Nos setores ‘tradicionais’ do desenvolvimento urbano – mobilidade, saneamento, habitação – tivemos décadas para criar definições e uma linguagem conjunta, um sistema de conhecimento e uma coleção de experiências compartilhadas. Na transformação digital e no tema de Cidades Inteligentes estamos só no começo de criar a base para um debate democrático e bem-informado.
DESAFIOS E POLÍTICAS PÚBLICAS
Ao mesmo tempo, os desafios das nossas cidades são imensos. Sentimos a falta de serviços urbanos de qualidade, participação pública bem estruturada e nos deparamos com a desigualdade socioespacial gritante de todos os dias. Soluções digitais parecem nos oferecer uma luz no fim desse túnel. E como soluções para Cidades Inteligentes constituem um mercado enorme, há suficientes fornecedores que exploram essa necessidade oferecendo soluções prontas sem necessariamente entender as problemáticas reais.
Políticas e estratégias públicas, como a Carta Brasileira para Cidades Inteligente (uma iniciativa do Ministério do Desenvolvimento Regional, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, do Ministério das Comunicações e da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH), podem assumir um papel crucial.
Idealmente tais estratégias facilitam um debate bem estruturado da nossa sociedade sobre as transformações que estamos passando. Nos levam a um entendimento mais profundo das realidades das nossas cidades para priorizar as intervenções e criar uma demanda crítica e bem informada para soluções digitais.
Para que as políticas públicas realizem esse potencial, tudo depende do desenho do processo de suas formulações. Precisamos de uma abordagem colaborativa, pois temas complexos requerem uma diversidade de atores para desenvolver respostas adequadas. Precisamos de ferramentas que nos ajudem a criar uma linguagem em comum, estruturar e facilitar o nosso debate e saber quando é o momento para uma discussão ampla (divergência) e quando é o momento para negociar, consolidar e priorizar (convergência).
E finalmente, precisamos criar identificação e apropriação dos resultados pelos atores envolvidos e pelos cidadãos em geral para fazer da implementação das Cidades Inteligentes uma responsabilidade coletiva.
As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities