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TRANSPORTES MOVIDOS A ENERGIA ELÉTRICA

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A pesquisa Environment Research, realizada pela Tetra Pak, analisou mais de 15 países

53% dos CEOs das grandes empresas se preocupam com as perdas da biodiversidade. Dados são da consultoria McKinsey. A preocupação com o meio ambiente, aliada à escassez dos recursos minerais, tem elevado a importância de discutir formas de implantar a mobilidade elétrica no Brasil.

A pesquisa Environment Research, realizada pela Tetra Pak, analisou mais de 15 países e constatou que globalmente mais de 80% da população acredita que as discussões relacionadas ao meio ambiente aumentarão nos próximos cinco anos. Já no Brasil, 93% dos consumidores consideram marcas com embalagens ambientalmente responsáveis no momento de decisão de compra e 73% acreditam que a mudança de hábito se dá pensando nas futuras gerações.

Transportes movidos à eletricidade, como motocicletas e bicicletas, já são comumente utilizados como um meio de transporte alternativo e mais econômico. A partir daí, a criação de uma infraestrutura específica para isso, suportando carros e outros veículos, parece ser uma consequência natural.

Mobilidade elétrica
“A mobilidade elétrica é um movimento progressivo. A cada ano, o número de automóveis comercializados sobe no mundo inteiro. Países como a China e o Reino Unido já têm projetos visando banir o comércio de veículos movidos a gasolina e a diesel. No Brasil, já existe um projeto de lei que objetiva a proibição da venda de automóveis movidos a combustíveis fósseis até 2030”, comenta Luiz Alberto Wagner, CEO da HCC Energia Solar.

Para Luiz, embora o processo seja mais lento em terras brasileiras, já é possível vislumbrar um futuro movido à eletricidade. “Não distante de hoje, poderemos ver um país menos movido à antiga combustão dos derivados de petróleo”, diz.

Conforme pesquisa realizada pela ABVE – Associação Brasileira do Veículo Elétrico, o país registrou um crescimento de 220% de vendas no primeiro semestre do ano retrasado (2020). Dessa forma, atualmente há mais de 30 mil veículos em circulação no país, podendo chegar a até 1 milhão até 2030, segundo a pesquisa.

Marcas no Brasil

Em ações recentes, uma startup de São Paulo disponibilizou um serviço inovador de compartilhamento de veículos elétricos, seguindo a mesma linha das bicicletas que estamos acostumados a ver, com a liberação do automóvel sendo liberada através de aplicativo.

Já a Renault, em conjunto com a Fundação Parque Tecnológico de Itaipu, forneceu mais de 10 unidades do Twizy para servidores públicos do Distrito Federal. Além disso, a promessa é que os ônibus elétricos possam reduzir o custo das passagens e integrar a frota nacional em pouco tempo.

“Apesar dos avanços no sentido de popularizar o uso dos veículos elétricos, ainda há um longo caminho a percorrer para que toda a tecnologia necessária seja implementada, a começar pelas tomadas. Para que seja possível fazer a recarga em casa, é necessário que as instalações elétricas sejam adaptadas de acordo com cada região.

Já nos postos especializados, é importante se atentar ao tipo de plugue. Atualmente existem 4 tipos diferentes.”, comenta Luiz.

Para o empresário, é necessário, além de multiplicar a quantidade de postos disponíveis, buscar formas baratas e sustentáveis de produzir energia. “Caso não seja assim, o sistema hídrico tradicional poderá entrar em colapso. Além disso, as empresas precisam buscar formas de gerar motores com mais autonomia e velocidade menor no carregamento”, afirma.

Com informações da Assessoria de Imprensa

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COM A CHEGADA DO 5G, CRESCE A IMPORTÂNCIA DE UMA GESTÃO PÚBLICA MAIS CONECTADA

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Os próximos anos serão críticos para o desenvolvimento do 5G no Brasil e representam uma enorme janela de oportunidades para a geração de riqueza e de crescimento econômico

Recentemente o jornal Valor Econômico entrevistou os principais fabricantes globais de equipamentos para fazer um balanço dos primeiros meses do 5G no Brasil.  Na data da publicação do texto, a tecnologia já estava presente em 12 cidades e vinha gerando uma alta demanda por smartphones compatíveis com a quinta geração da telefonia móvel. Segundo o jornal, mais de 5 milhões haviam sido vendidos desde julho. No entanto, muitos consumidores relataram instabilidades. Isso acontece porque as redes ainda estão sendo instaladas e testadas. Estima-se que são necessárias mais de um milhão de novas antenas para que tenhamos uma cobertura de alcance nacional.

Este cenário carrega ainda uma outra particularidade. Ele coincide com as eleições gerais, abrindo a oportunidade para uma importante discussão sobre políticas públicas voltadas à inclusão digital e à ampliação da oferta de serviços públicos conectados. Nesse contexto, o papel do governo federal e, especialmente, dos governadores é fundamental para a promoção de políticas e de projetos em parceria com os municípios. 

Os próximos quatro anos serão críticos para o desenvolvimento do 5G no Brasil e representam uma enorme janela de oportunidades para a geração de riqueza e de crescimento econômico. Segundo o jornal Valor, o Fórum Econômico Mundial prevê, até o ano que vem, a implantação das fábricas inteligentes e da realidade aumentada em saúde em inúmeros lugares ao redor do mundo. Em 2024, chegarão o carro autônomo e o banco em tempo real. Em 2025, a tecnologia nos dará a internet das coisas, as cidades e a agricultura inteligentes. Em um período de tempo muito curto, experimentaremos grandes transformações. Assim, os governadores que forem eleitos e assumirem seus cargos em janeiro de 2023 terão a tarefa crucial de não permitir que esse momento escape de suas mãos. 

No final do mês de agosto, o Ministério da Economia (ME), juntamente com o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), apresentou um estudo sobre a maturidade digital dos municípios brasileiros. A pesquisa foi aplicada de fevereiro a março de 2022, entre gestores de 52 cidades (sendo 16 capitais) com população acima de 200 mil habitantes, recorte de um universo de 155 municípios que produzem 59% do Produto Interno Bruto (PIB) e onde vivem 99 milhões de pessoas. O documento traz a análise de mais de 80 indicadores da Pesquisa de Informações Básicas Municipais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Munic/IBGE), que estão relacionados às dimensões de infraestrutura, governança, pessoas, serviços e processos TIC.

A pesquisa do ME revela que as infraestruturas em TIC foram aprimoradas nos municípios, mas ainda persistem os baixos níveis de integração de informações e sistemas, além da falta de transparência de dados. Foram identificadas, também, tendências claras de institucionalização do esforço de transformação digital, que é financiado, na maioria das vezes, por recursos próprios. Com relação às principais motivações para o aprimoramento digital, foram apontadas a necessidade de melhoria de serviços aos cidadãos e a redução dos custos de operação. O estudo constatou, ainda, que as prefeituras estão utilizando, cada vez mais, as redes sociais para promover os serviços e ouvir as pessoas.

Desses achados, o esforço das cidades com a transformação digital utilizando recursos próprios chama atenção, visto que já existem alguns canais de fomento na esfera federal. É nesse ponto que o papel dos governadores pode fazer a diferença, fazendo esta intermediação e lançando mecanismos estaduais de financiamento. Lembremos que um dos objetivos estratégicos da Carta Brasileira para Cidades Inteligentes é justamente o estímulo a modelos de financiamento para o desenvolvimento urbano sustentável no contexto da transformação digital. 

Em meu artigo Onde encontrar financiamento para tirar do papel projetos de cidades inteligentes, procurei elencar vários programas existentes, incluindo o Pró-Cidades, do governo federal, que destina recursos na ordem de R$ 2 bilhões por ano do FGTS, com operação da Caixa Econômica Federal, para diversas iniciativas, entre elas a implementação de soluções tecnológicas. Com a chegada do 5G, no entanto, as políticas de investimento, capacitação e fomento merecem um olhar ainda mais estratégico por parte dos novos governadores.

A tomada de decisões precisa estar em sintonia com a velocidade exponencial das demandas que surgirão. O momento é ideal justamente porque as redes estão sendo instaladas nos municípios. A geração de novos empregos e de novos negócios está ao alcance de nossas mãos. É importante que os governadores também tenham consciência da importância dos projetos de cidades inteligentes com o advento da tecnologia 5G e busquem priorizar a TIC na administração pública. Se assim for, daqui a quatro anos, certamente colheremos os resultados do bom caminho escolhido.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities  

APLICATIVO DA FORD MOSTRA OS NOVOS HÁBITOS DOS MOTORISTAS COM A CONECTIVIDADE

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· Lançado em 2018, o aplicativo FordPass vem ganhando acessos e tem hoje mais de 160.000 usuários no Brasil

· O app oferece histórico de serviços, alertas de revisões e recalls, manual do proprietário, informações de garantia, Guia 360, busca por concessionárias e agendamento 100% online — veja aqui

· O cliente também pode receber ofertas e promoções exclusivas, como lavagem gratuita e ingressos para jogos, e tirar dúvidas com os Guias Ford

A conectividade é uma tecnologia recente nos veículos, mas já começa a se incorporar aos hábitos de muitos motoristas. A Ford foi uma das pioneiras nessa área e o seu aplicativo FordPass, lançado em 2018, tem hoje mais de 160.000 usuários no Brasil — com um crescimento de 18% só no primeiro semestre deste ano.

Disponível gratuitamente nas lojas de aplicativos, o FordPass oferece uma série de funcionalidades para donos de veículos da Ford, como agendamento 100% online e histórico de serviços, recebimento de alertas de revisões e recalls, manual do proprietário, informações de garantia, tour interativo pelos veículos no Guia 360 e busca por concessionárias.

O cliente também pode receber ofertas e promoções exclusivas e personalizadas na seção Benefícios, como lavagem gratuita e ingressos para jogos, e tirar dúvidas com os Guias Ford por chat ou telefone.

Todos os carros novos da Ford hoje são conectados, com modem embarcado — incluindo Ranger, Maverick, Bronco Sport, Territory, Mustang e Transit. Para eles, o aplicativo traz ainda as funções de ligar, travar e destravar o veículo, receber alertas de funcionamento e de alarme, localizar o veículo e checar o estado do odômetro e do combustível remotamente.

Agendamento online

O agendamento de serviços online é uma das facilidades do FordPass que têm contribuído para a criação de novos hábitos — veja aqui. O cliente escolhe a concessionária, o dia, o horário e até o consultor da sua preferência, por processo totalmente digital, e fica sabendo na hora o valor do serviço, com transparência.

É possível também optar pela retirada e entrega do veículo, com o Serviço Sem Sair de Casa, e tudo fica registrado no histórico para ser acessado a qualquer momento pelo aplicativo. Este ano, até julho, já foram feitos mais de 15.000 agendamentos online pelo FordPass, superando o total registrado em 2021. E mais de 80% dos usuários dão nota máxima de satisfação ao avaliar a experiência.

“Os usuários do FordPass estão descobrindo as facilidades de ter todas as informações do carro na palma da mão”, diz Guillermo Ferrero, supervisor do FordPass na América do Sul. “Todos os proprietários de carros da Ford estão convidados a testar e usar o FordPass. Tenho certeza de que vão adorar a experiência.”

Com informações da Assessoria de Imprensa

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2º TORNEIO BRASILEIRO DE SUSTENTABILIDADE ABRE INSCRIÇÕES PARA QUE ESTUDANTES DESENVOLVAM PROJETOS SOBRE RECICLAGEM

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Iniciativa é da ONG Alpha Lumen e da Ball Corporation e envolve a Agenda 2030

O Instituto Alpha Lumen (IAL) abriu inscrições para o 2º Torneio Brasileiro de Sustentabilidade (TBS) até o dia 6 de outubro. Essa é uma iniciativa do Instituto Alpha Lumen, ONG de Impacto Social, e da Ball Corporation, líder mundial em embalagens sustentáveis de alumínio, e tem o objetivo de conscientizar os jovens, adolescentes e as crianças sobre a necessidade de se ter um planeta sustentável e em harmonia com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), das Nações Unidas.

O evento busca, por meio do jovem, sensibilizar as famílias e comunidades sobre a importância e urgência de aderirem aos conceitos de sustentabilidade, como o reaproveitamento dos resíduos sólidos para fonte de matéria prima e uma economia mais circular, com uma menor demanda por recursos ambientais.

Entre as funções do torneio está a abordagem do uso e esgotamento dos recursos naturais, a produção de resíduos, o consumo de energia, entre outros. O evento está dividido em três grandes grupos, nos quais poderão se inscrever escolas públicas e particulares. O grupo 1 abrange alunos do 3º ano ao 5º ano do Ensino Fundamental I.

Já o grupo 2 abrange estudantes do 6º ano ao 9º ano Fundamental II, com a obrigatoriedade do docente que ocupar o cargo de orientador ministrar aulas na escola de origem do aluno participante ou do grupo, acompanhando os aprendizes durante todo o projeto. O grupo 3 contemplará o Ensino Médio e Técnico Profissionalizante. Nestes dois casos o número de inscritos irá de um aluno até a formação de times com no máximo 3 estudantes.

Para cada grupo há especificações pré-determinadas para os projetos a serem desenvolvidos, inclusive com a orientação dos materiais a serem reciclados e usados. Os trabalhos devem ser submetidos para avaliação entre 13 de setembro e 13 de outubro, com a votação pública e avaliação dos projetos entre 18 e 26 de outubro. O resultado final será divulgado no dia 29 de outubro.

A edição passada, realizada em 2020, aconteceu durante a pandemia e, por isso, um dos problemas iniciais dos times participantes foi a dificuldade de encontros dos grupos para trabalhar em cima das propostas. Ao todo, foram 430 times inscritos oriundos de 60 escolas de 12 estados brasileiros na última edição.

“A Ball trabalha fortemente sob dois pilares no Brasil: educação e reciclagem. Por isso, o Torneio Brasileiro de Sustentabilidade é um dos nossos maiores orgulhos. Acreditamos que incentivando os jovens, que fazem parte dessa nova geração de consumidores, a pensarem de maneira sustentável e consciente sobre impactos ambientais e climáticos, estamos contribuindo ainda mais para o futuro que idealizamos quando pensamos nas nossas metas de sustentabilidade. O Torneio é a oportunidade perfeita para estudantes se engajarem no tema e atuarem conosco na caminhada em direção a uma economia cada vez mais circular”, diz Thaís Moraes, Diretora de Comunicação e Relacionamento com a Comunidade da Ball para América do Sul. A empresa contribui com o torneiro via Recurso Incentivado a partir de doação para o Fundo da Criança e do Adolescente.

A expectativa para este ano é a participação do dobro de alunos, times e escolas participando, em comparação à última edição. “Estamos consolidando o Instituto Alpha Lumen como uma grande referência em olimpíadas cientificas e a forma acolhedora e dedicada que damos aos participantes está tendo o retorno que é a participação dos inscritos em todas as nossas atividades, seja a OIMC, OBT e neste caso o TBS” comentou Nuricel Villalonga Aguilera, diretora fundadora do Alpha Lumen.

Para mais informações acesse o site: https://alphalumen.org.br/tbs-2022/

Com informações da Assessoria de Imprensa

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BRADESCO FECHA PARCERIA COM CLARO E EMBRATEL PARA EXPLORAR SOLUÇÕES 5G E TECNOLOGIAS IMERSIVAS

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Com caráter experimental, o projeto faz parte de um acordo de colaboração para cocriação e testes de casos de uso, que envolve ainda o hub de inovação da operadora, o beOn Claro, e o inovabra, ecossistema do Banco que fomenta a inovação

O uso do 5G, de tecnologias imersivas e de visão computacional tem sido uma das grandes apostas da sociedade para a modernização de atividades em diversos setores da economia. Com foco em aprimorar o atendimento e proporcionar uma melhor experiência para seus clientes, o Bradesco se uniu a Claro e a Embratel para cocriar, desenvolver e testar casos de uso que envolvam a tecnologia 5G. A parceria envolve ainda as empresas NTT DATA Brasil e a Tecnologia IBM, além do hub de inovação da operadora, o beOn Claro, e o inovabra, ecossistema do Bradesco que fomenta a inovação dentro e fora da Organização.

Um dos principais objetivos da iniciativa, centrada no aprimoramento da jornada do cliente, é avaliar o desempenho de aplicações 5G em serviços cuja alta velocidade, baixa latência e grande capacidade de processamento de dados em tempo real sejam diferenciais para criar novas experiências para o cliente.

AGILIDADE NA BUSCA POR IMÓVEIS

A primeira prova de conceito desenvolvida em conjunto pelas empresas para o banco tem como ponto de partida facilitar a busca por imóveis para serem financiados. A solução pretende agilizar a procura e a aquisição de imóveis, permitindo que o cliente faça buscas por filtros de interesses, navegue pelo modelo da propriedade em 3D e interaja com os ambientes em Realidade Aumentada e computação espacial por meio de aplicativo. O projeto-piloto já está em andamento em parceria com uma incorporadora. Nos testes, por meio de um aplicativo desenvolvido pela NTT DATA Brasil, o usuário poderá apontar a câmera de seu smartphone para o prédio e um anúncio em Realidade Aumentada aparecerá na tela, possibilitando acessar todas as informações do imóvel, além de enxergar os ambientes internos do apartamento. Simultaneamente à exploração detalhada do imóvel, a ferramenta possibilita a simulação das condições para contratação do financiamento imobiliário. “Trabalhamos com as tecnologias para o Metaverso há mais de dois anos no nosso laboratório de inovação”, diz Silvana Pioli Vallim, sócia da NTT DATA na área de banking. “Buscamos nos antecipar às necessidades das empresas por meio das tecnologias mais inovadoras e proporcionar uma experiência diferenciada aos clientes finais, tornando a jornada mais ágil e cômoda. ”

MAIS SEGURANÇA

Outro caso de uso que deve ser testado em breve é um protótipo que avalia o uso da tecnologia para ampliar a eficiência operacional e a segurança das agências. Para isso, em uma das unidades do banco, localizada na cidade de São Paulo, foi instalada uma rede 5G da Claro. Por meio de câmeras digitais conectadas à rede 5G de alta velocidade integrada ao IBM Maximo Visual Inspection, será viavel analisar e detectar possíveis situações de risco de segurança em tempo real, o que ajudará a reduzir o tempo de resposta das equipes a situações suspeitas ou comportamentos perigosos dentro das agências. O IBM Maximo Visual Inspection é uma plataforma de análise de vídeo e imagem que aproveita modelos de aprendizado profundo e IA para treinar modelos complexos de visão computacional para habilitar e dimensionar rapidamente inspeções visuais e detectar e classificar objetos, com base no treinamento recebido pelo sistema; e devido aos valores de latência extremamente baixos da tecnologia 5G, as respostas imediatas podem ser analisadas. Neste projeto, o IBM Maximo Visual Inspection foi implementado pelo Magna, IBM Business Partner.

Pioneiro no mercado brasileiro em tecnologia bancária, desde o lançamento dos primeiros cartões magnéticos até a implantação do Internet Banking, o Bradesco investe em soluções pensadas para melhoria da interação com o cliente. “O avanço do 5G representa uma série de oportunidades habilitando um maior volume de dados conectados à devices de IoT que possibilitarão uma maior compreensão das necessidades das pessoas. Com tudo conectado, sai na frente quem interpreta melhor os dados em prol de melhores experiências e ofertas 100% centradas no perfil e momento de vida do cliente” afirma Edilson Dias dos Reis, Diretor Executivo do Bradesco. O inovabra é um ecossistema de inovação que fomenta soluções transformadoras dentro e fora do Bradesco. “É um trabalho de colaboração entre nossas áreas de negócios, clientes, parceiros de tecnologia, investidores e mentores. Assim está acontecendo nas experimentações com 5G, conectamos as áreas de negócio do Bradesco com parceiros de tecnologia para testar processos operacionais mais eficientes e otimizados, além de melhores experiências para clientes e usuários, estreitando nosso relacionamento e gerando confiança”, completa o Executivo.

A Embratel exerce um papel fundamental para a customização de aplicações, de acordo com os desafios da empresa e área de atuação, fornecendo todo suporte para que o projeto possa acontecer com excelência. “A partir da instalação da rede 5G nos ambientes de testes do Bradesco, realizamos um projeto com soluções personalizadas, que atendem as necessidades e fomentam o desenvolvimento da inovação no setor. O 5G irá revolucionar o mercado corporativo, em diversos segmentos, e os testes realizados no Bradesco já demostram o potencial da tecnologia. A Embratel está muito feliz em trazer novas possibilidades ao mercado, integrando as tecnologias e infraestruturas digitais necessárias para a iniciativa. Como líderes no segmento empresarial e corporativo no Brasil, queremos construir e habilitar ainda mais oportunidades para as empresas usarem o 5G, indo muito além da conectividade”, afirma Antonio João Filho, Diretor-Executivo da Embratel para mercado financeiro.

Este projeto, com foco em inovação aberta, vem somar a uma série de iniciativas que estão sendo fomentadas pelo beOn Claro, visando o desenvolvimento de empreendimentos que permitam mapear e usufruir de todo o potencial que as redes 5G têm a oferecer em diversas verticais, incluindo a de Cidades Inteligentes. “O leque de possibilidades que o 5G oferece é extremamente vasto e as principais aplicações que devem revolucionar diversos setores provavelmente ainda não foram criadas. Entendemos que a aproximação com empresas, academia e empreendedores é fundamental para identificar oportunidades e cocriar soluções adequadas aos desafios do século 21, como estamos fazendo agora com o Bradesco”, explica Rodrigo Duclos, diretor de Inovação Digital da Claro e fundador do beOn Claro.

Com informações da Assessoria de Imprensa

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PEQUENAS INTERVENÇÕES PARA GRANDES MUDANÇAS

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Pesquisadora comprova que manutenções menos custosas nos traçados urbanos podem trazer mudanças significativas para a mobilidade

Com o aumento populacional, um dos maiores desafios do futuro da mobilidade é propor soluções que evitem o alastramento urbano, que traz como consequências congestionamentos, além de prejuízos para o meio ambiente e para os espaços de convivência. É preciso encontrar alternativas que promovam a mobilidade ativa, o incentivo ao uso do transporte coletivo e melhores soluções para pedestres e ciclistas, como a adequação de ruas, calçadas e outros equipamentos públicos.

O chamado (adaptação e reajuste de estruturas) não é novidade nas cidades para resolver essa complexa equação. “No entanto, os modelos existentes costumam ser orientados por soluções que passam pelo aumento da capacidade de fluxo e maior conforto para usuários de automóveis, sem prever os seus impactos”, explica a arquiteta Marcela Noronha, pós-doutoranda da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). “Essa tarefa complexa requer o acesso a dados muitas vezes caros e difíceis de ser obtidos. Principalmente, desestimula as pessoas a usar o transporte público e a bicicleta, formando um círculo vicioso. E não virtuoso.”

Aprimorar o que já temos

Marcela desenvolveu uma nova tecnologia a partir de um modelo computacional e matemático que permite mapear o desenho das ruas e fornecer informações que podem dar suporte a projetos privados ou políticas públicas de mobilidade urbana. A solução automatizada ajuda a aprimorar as estruturas viárias já existentes e se adapta a diferentes tipologias de ruas, fluxo de carros, número de faixas e largura da calçada.  Ainda, permite a simplificação da coleta de dados, por meio de software, e a capacidade de gerar múltiplas opções de intervenção para uma mesma rua, ampliando o diálogo desde as fases iniciais dos projetos de adequação.

Com esse estudo, a pesquisadora conseguiu comprovar que não é preciso grandes e dispendiosas alterações no traçado das ruas para promover e aprimorar o tráfego de pedestres na malha urbana. “É possível transportar mais pessoas sem expandir superfícies, mudando paradigmas para que projetos menores possibilitem mudanças mais significativas. Isso faz com que as pessoas optem mais por caminhar, usar a bicicleta e o transporte público. Consequentemente, reduzir essa dependência do veículo privado e estimular sua responsabilidade ambiental.”

Na prática

A metodologia foi testada na State College, no distrito de Centre County, na Pensilvânia, nos Estados Unidos. Nessa região, Marcela avaliou o nível de serviço de ruas e calçadas a partir de 11 padrões descritos na literatura urbanística, além de outros propostos por ela.

A pesquisa começa com uma análise ampla com estudo sobre os cruzamentos, faixas de estacionamento, o raio de giro das esquinas e a arborização das vias. Cumprida essa etapa, Marcela definiu as hierarquias viárias e as ruas com maior fluxo de pedestres. Aí então propôs alterações como nova instalação de faixas de estacionamento junto às guias, travessias de pedestre elevadas, parklets e até a transformação de uma das ruas em calçadão.

Aqui no Brasil, essa metodologia possui pedido de patente feito pela Inova Unicamp. O trabalho da pesquisadora deve fornecer informações valiosas para o projeto de urbanização da área do antigo Ciatec 2, no Polo de Alta Tecnologia de Campinas, que já nasce com a aplicação de diversos conceitos de cidade inteligente e sustentável, entre eles a mobilidade ativa.

Fonte: Mobilidade Estadão

CONFIRA OS HIGHLIGHTS DO PRIMEIRO BLOCO DA SÉRIE TEMÁTICA:OS DESAFIOS DA ELETRIFICAÇÃO DO TRANSPORTE NO BRASIL

A série, realizada em parceria entre a Enel X e a Plataforma Connected Smart Cities, promove imersão no tema eletrificação do transporte no Brasil, com o foco na discussão sobre o desenvolvimento da mobilidade elétrica no país, promovendo também a articulação entre o setor público e privado

No último dia 09 de setembro aconteceu o primeiro bloco da série temática sobre eletrificação do transporte no Brasil, que teve como tema “O papel da Enel X para apoiar o desenvolvimento da infraestrutura para a implantação da eletromobilidade no Brasil”. Abaixo é possível conferir os principais highlights apresentados neste bloco, que continuará no dia 23.

Carlos Eduardo Cardoso Souza (Cadu Souza), Responsável e-city da Enel X, abriu o primeiro bloco ressaltando que o objetivo do evento, “será complementar aos assuntos discutidos na semana passada, na série eletrificação, e ainda iremos abordar como a Enel X está contribuindo para a eletromobilidade urbana, os desafios da descarbonização, sustentabilidade e a otimização de custos”, completou. O executivo destacou ainda que “traremos o conceito de uma cidade cada vez mais eficiente, sustentável, circular e resiliente”.

Cadu continuou a apresentação com relevantes dados sobre a eletromobilidade no Brasil, que conta com cerca de sessenta veículos elétricos a bateria em operação ou com as operações em fase de iniciação. “Continuamos com uma grande oportunidade de expansão nesse mundo da eletromobilidade, temos cerca de 500 ônibus com essa oportunidade para ser feita uma modernização”, destacou.

Na sequência,Cadu Souza compartilhou mais informações, “esse modal gera 70% das emissões de carbono, então a transição para uma unidade cada vez mais sustentável é fundamental para um planeta cada vez mais habitável. O objetivo da Enel X é criar cada vez mais projetos para contribuir com essa nova realidade aqui no Brasil e em toda a América Latina”, concluiu. 

Cristina Albuquerque, gerente de mobilidade urbana do WRI Brasil, compartilhou alguns projetos para melhoria da mobilidade urbana.  Ela ressaltou a importância dos eventos do setor, os quais promovem a discussão do assunto. Albuquerque seguiu contando um pouco mais sobre a iniciativa da TUMI E-Bus Mission, que conta com a participação de diversas organizações do setor, para ajudar 20 cidades a estruturarem bons projetos de eletromobilidade, e estabelecer uma rede de cidades para replicar esses projetos, com o intuito de aumentar a rede de escala. “O grande objetivo é que até 2025 tenham 500 cidades em nível internacional prontas para licitarem cem mil ônibus elétricos”.     

Cristina enfatizou também que apesar das barreiras do modal, muitas já estão sendo quebradas, e o grande desafio do alto valor dos veículos elétricos pode ser solucionado ao entendermos cada cidade, para assim adaptar e viabilizar os modelos de negócio. A executiva reforçou ainda que essa transição pode trazer muitos benefícios para a saúde da população. 

Para Carmen Araujo, diretora geral Brasil do ICCT Brasil – The International Council on Clean Transportation, o significado dessa transição, na parte da energia, é muito mais previsível que o diesel, uma vez que essa contribuição fornece previsibilidade em função do preço do contrato de compra de energia e ajuda na solução do transporte das cidades. 

Araújo completa dizendo que “além de estarmos passando por uma perda de passageiros, a partir do momento em que qualificamos o transporte, seja pela redução de ruído ou mais oferta de ônibus elétrico, podemos atrair mais passageiros e começamos a resolver outras questões”.

Carmen detalhou também o Projeto Zebra, que tem alguns pilares em seu desenho original, sendo o primeiro a garantia dos compromissos das cidades nessa transição; o segundo, a disponibilização de produtos oferecidos pela indústria; o terceiro, a articulação com financiadores e investidores e por último, também a intensificação das trocas.

O terceiro convidado, Ilan Cuperstein, diretor regional interino para América Latina da C40 Cities, refletiu sobre o aprendizado que os eventos trazem: a partir deles é possível alcançar mais stakeholders, divulgar os desafios e soluções que envolvem a eletromobilidade, além de mobilizar o setor público e privado. De acordo com Ilan, “fizemos um levantamento com base em metas oficiais, e mais de três mil ônibus foram comprometidos pelas prefeituras a se tornarem parte da implementação dos elétricos, no prazo dos próximos anos”.   

Cuperstein afirmou que apesar do poder público entender a importância e a viabilidade da eletromobilidade, “o que falta no Brasil é a ausência de políticas nacionais de eletromobilidade, sem uma posição clara de como o país irá encarar a transição de uma frota zero emissão”

Os participantes encerraram o bloco reforçando sobre outras oportunidades no modal da eletrificação, não só a ampliação dos ônibus elétricos, mas também o desenvolvimento de outros segmentos importantes, no qual a aplicação de recursos e esforços por parte de investidores será bastante relevante. 

Participe do próximo bloco e acompanhe a discussão sobre eletrificação do transporte no Brasil. Inscreva-se gratuitamente aqui.

ELETRIFICAÇÃO DE MASSA

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Região metropolitana de Salvador recebe iniciativa de mobilidade elétrica

A mobilidade elétrica está crescendo no Brasil e no mundo, apesar de uma série de barreiras. Se o segmento de veículos elétricos leves já conta com números animadores, no transporte público eletrificado a situação é outra, bem mais delicada. A cidade de São Paulo, por exemplo, tem uma frota de mais de 13 mil ônibus urbanos, sendo apenas 219 eletrificados, 201 trólebus e 18 a bateria. São José dos Campos (SP), que tem se mostrado referência nas iniciativas de mobilidade elétrica de massa, possui apenas 12 unidades elétricas. Por outro lado, capitais como Curitiba (leia reportagem na edição de 15 de junho) e Salvador estão começando a implementar projetos relacionados à mobilidade elétrica de massa.

Desde 2017, o Estado da Bahia vem buscando soluções com matriz energética limpa para as linhas rodoviárias metropolitanas, sempre esbarrando na questão dos custos. Finalmente, em março deste ano, lançou uma licitação para comprar 20 unidades eletrificadas. Venceu a fabricante BYD com o modelo Padron, com piso baixo e carroceria Marcopolo. O modelo de negócios foi inspirado em Santiago do Chile, no qual o Poder Público adquire o ativo e contrata o operador para executar o serviço.

Inspiração chilena

“Em todo tipo de modelagem que fazíamos, o custo não fechava. O ônibus elétrico é quase três vezes mais caro que o a combustão. Não existem juros diferenciados, e os operadores não teriam condições de viabilizar o negócio”, afirma Marcus Cavalcanti, secretário de Infraestrutura do Estado da Bahia. “O primeiro ponto que avaliamos foi a modicidade tarifária. Ou seja, não poderíamos passar os custos ao passageiro – a tarifa deveria permanecer inalterada. A solução, então, foi comprar os ônibus e realizar um pregão para definir o operador. Dessa forma, a remuneração do prestador de serviços fica garantida e a nossa receita vem para a câmara de compensação, juntamente com o sistema metrô e ônibus metropolitano”, complementa.

O Projeto Piloto Ônibus Elétrico foi iniciado na última segunda-feira, dia 5, com 18 veículos em operação, e deve realizar cerca de 80 viagens diárias entre Salvador e Lauro de Freitas e Salvador e Simões Filhos, integrando boa parte da região metropolitana da capital baiana. De acordo com o secretário, foram realizados testes iniciais por quase um mês, e os resultados são bastante animadores. “Temos feito, em média, 170 quilômetros diários, sendo que os ônibus são recarregados à noite, na garagem do operador ou em cargas de oportunidade nos terminais próximos ao metrô”, informa Cavalcanti.

Influência do Estado

Segundo o secretário, nos primeiros meses, serão observados vários aspectos, como custo de manutenção (que deve ser muito reduzido), custo das revisões (como a do circuito elétrico) e a própria recarga. Sendo bem-sucedida, após o período de experiência, a ideia é expandir o projeto. Ele afirma que pretendem comprar mais unidades elétricas, mas também investir em outras opções, como hidrogênio verde e gás natural.

Questionado sobre o retorno do investimento, o secretário afirma que, no setor privado, o que conta é a viabilidade econômica, mas que, no setor público, é necessário outro tipo de análise, que não está nas planilhas de Excel. “O que vem primeiro? A infraestrutura ou a demanda? Se fossemos pensar em retorno financeiro pura e simplesmente, não existira metrô”, conclui.

BYD se firma no mercado de ônibus

Em um mercado ainda incipiente de ônibus elétricos, a BYD tem em circulação mais de 90 unidades, em cidades como Belém, Fortaleza, Bahia, Vitória, Brasília, São José dos Campos, São Paulo, Bauru, Santos, Campinas, Maringá e Rio de Janeiro, entre operações urbanas e privadas. Com fabricação local desde 2015, a empresa possui cerca de 20% de nacionalização das peças, incluindo a bateria, que é produzida em Manaus.

“A indústria nacional está capacitada para atender ao mercado de ônibus elétrico. Apesar de termos produção no exterior, somos totalmente a favor de estimular o mercado local. Trazer e desenvolver tecnologia e gerar empregos. Atualmente, temos uma capacidade instalada de 2 mil unidades, por ano, mas estamos prontos para investir se houver sinais de crescimento. O Brasil é um dos maiores países do mundo, e não pode ficar de fora desse cenário da eletrificação para transportes de massa, tanto para consumo local quanto para exportação”, decreta Marcello Von Schneider, diretor institucional e líder da unidade de ônibus da BYD Brasil.

Fonte: Mobilidade Estadão

A IMPORTÂNCIA DAS STARTUPS PARA AS SMART CITIES

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Empresas criam inovações para promover novas formas de viver em comunidade

A sociedade humana é uma obra em progresso. Fruto desse ambiente de constantes transformações e inovações tecnológicas, as cidades inteligentes são um caminho para espaços urbanos mais conectados, eficientes e sustentáveis. Impulsionadas pelo contexto, as startups se apresentam como atalhos para o tal futuro, mas o movimento ainda exige cautela.

O tema não é novo. Aliás, em meio a tantos debates em torno do conceito, é até difícil encontrar unanimidades e certezas. O mais próximo disso é o substantivo eficiência. “Cidades inteligentes são cidades que conseguem utilizar todos os recursos disponíveis, sejam eles técnicos, sejam humanos, sejam administrativos, para a construção de um lugar melhor”, contextualiza Renato Cymbalista, professor da FAU-USP.

Tanto quanto uma questão de política pública, as cidades inteligentes se tornaram, então, uma oportunidade de fazer negócios. Em uma espécie de corrida para surfar nesse oceano de possibilidades, nasceram startups de diversos formatos, segmentos e modelos de atuação. Desde mobilidade e infraestrutura urbana, passando por saneamento, até gestão governamental, os empreendimentos se propõem a descomplicar práticas atuais.

Esse é o caso da Stattus4, startup que utiliza inteligência artificial e ferramentas de IoT (internet das coisas) para identificar vazamentos de água em encanamentos. Enquanto o procedimento tradicional depende de denúncias de moradores de bairros sofrendo com vazamentos, a ferramenta criou um dispositivo, que é acoplado aos hidrômetros, para coletar os ruídos.

“Mapeamos a cidade para entender a distribuição de água e calcular consumo e pressão com base nos sons que os hidrômetros fazem. Nossa ferramenta compara esse barulho com outros para entender se tem algo errado”, exemplifica Juliana Lara, coordenadora de vendas da empresa. “Atendemos companhias privadas de distribuição e governos, acelerando um processo que manualmente demoraria muito mais”, alega.

Coleta e análise de dados

O levantamento Smart Cities Distrito Report, divulgado, em 2020, pelo hub de inovação Distrito, apontou 166 startups voltadas à mobilidade urbana no Brasil. Diante da velocidade de mudança do setor, é provável que o número seja bem maior atualmente, mas o estudo ajuda a ilustrar que o volume de investimentos nesse mercado tende a seguir uma linha progressiva de crescimento.

É isso que prevê Gustavo Araújo, CEO do Distrito. “Tudo o que impacta de maneira positiva a qualidade de vida das pessoas que vivem nas cidades deve ser destacado”, acredita. “O celular democratizou a conectividade. Pessoas, empresas e órgãos públicos estão constantemente conectados, e essas conexões geram dados que ajudam as startups a encontrar soluções. É um grande ecossistema para eliminar ineficiências”, acredita.

Os dados são importantes como ouro nesta era da hiperconectividade. Eles direcionam campanhas eleitorais, norteiam estratégias de empresas e, entre muitas outras coisas, definem políticas públicas. É dessa perspectiva que se alimenta a Bright Cities, uma startup especializada em consolidar dados para identificar melhorias de transformação nas cidades.

Na prática, a companhia reúne informações de diversas fontes oficiais e oferece diagnósticos consolidados às cidades. Tudo isso de forma automatizada. “Nosso objetivo é ajudar a direcionar os investimentos públicos em melhorias. Entendemos que a principal dor do gestor governamental é saber por onde começar”, afirma Raquel Cardamone, CEO da Bright Cities.

Apresentando-se como uma govtech, a companhia provém dados para que prefeituras, governos estaduais e federais possam definir gastos e melhorias nas cidades. “Nosso objetivo é melhorar a eficiência do setor público”, garante Raquel. “Por falta de cultura de inovação, ainda existem muitas burocracias e obstáculos para quem atua nesse segmento, mas estamos em um caminho de adaptação.”

Alguns problemas que startups buscam resolver para construir cidades inteligentes

  • Mobilidade
  • Infraestrutura
  • Meio ambiente
  • Operações municipais
  • Logística de transporte
  • Gestão de resíduos
  • Planejamento e gestão de políticas
  • Comunicação ineficiente com a população
  • Serviços urbanos

Fonte: Mobilidade Estadão 

O METRÔ DA REGIÃO METROPOLITANA DE BH E A EXPANSÃO DA MOBILIDADE URBANA ATRAVÉS DA CONCESSÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS

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um bom exemplo de como a mobilidade pode ser beneficiada por projetos de parcerias público-privadas 

Um dos projetos mais emblemáticos para Minas Gerais é a concessão e ampliação do metrô da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). O sistema, atualmente, atende dois municípios – Contagem e Belo Horizonte, por meio de uma rede de 28,1 km de extensão e 19 estações (Linha 1). Além dessa linha, foi iniciada a construção da Linha 2, mas as obras foram paralisadas e estão inacabadas.

Por diversas vezes, tentou-se realizar a ampliação desta rede metroferroviária, sempre com eventos supervenientes que dificultavam ou impediram sua conclusão

Uma série de fatores explica esse destino fatídico, com especial destaque para o contexto que enreda os atores que têm competência sobre o serviço e sobre a empresa que atualmente o presta. 

Como resultado de um processo histórico, os serviços de transporte público coletivo metroferroviário por trens na RMBH são atualmente prestados pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos, a despeito da alocação de competências entre os entes federativos introduzida pela Constituição Federal de 1988. A CBTU foi constituída em 1984, como subsidiária da Rede Ferroviária Federal S.A, a partir da alteração da denominação e do objeto social da Empresa de Engenharia Ferroviária S.A., autorizada por meio do Decreto Federal nº 89.396, de 22 de fevereiro de 1984.

Inicialmente, a CBTU ficou responsável por executar os serviços de transporte público metroferroviário nas Regiões Metropolitanas de Belo Horizonte, Recife, João Pessoa, Maceió, Natal, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. No entanto, a partir de 1993, com a edição da Lei Federal nº 8.693, de 3 de agosto de 1993, deu-se início à descentralização da prestação dos serviços que era realizada pela CBTU, com o objetivo de que fossem criadas sociedades específicas para a operação dos sistemas metroferroviários em cada uma destas regiões metropolitanas.

Com a Constituição Federal de 1988, o estabelecimento de competências entre os entes federativos limitou a atuação da União aos “serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que transponham os limites de Estado ou Território” (art. 21, XII, “d”). Lado outro, os serviços intermunicipais de transporte ferroviário foram elencados como de competência dos estados (art. 25, § 1º) e, em caso de interesse local, dos municípios (art. 30, I). Dessa forma, a atuação da CBTU passou a não encontrar amparo no ordenamento jurídico vigente.

A partir da nova ordem constitucional, a União não mais seria o Poder Concedente dos serviços de transportes terrestres de passageiros, mas sim os Estados ou os Municípios. Logo, por um lado, caberia ao novo ente competente a assunção direta do serviço ou a delegação ao setor privado. Por outro lado, não seria competência da União atuar na condição de concessionária desse serviço ou manter estatal destinada a tanto.

A situação, portanto, é de precariedade na prestação do serviço público: enquanto o Estado de Minas Gerais é, por superveniência da Constituição Federal de 1988, o ente competente no transporte de passageiros intermunicipal e metropolitano, quem atualmente presta o referido serviço, no caso metroferroviário, é uma empresa pública estatal da União, sem qualquer relação com o Estado mineiro. 

Assim, o Governo Federal e o Governo do Estado de Minas Gerais modelaram conjuntamente um projeto que, de um lado, envolveria a correção desta impropriedade da titularidade dos serviços, e, de outro, iniciaria o processo de desestatização da CBTU/MG. 

O projeto ainda prevê que, ao novo concessionário – e adquirente da CBTU/MG – caberá a requalificação da Linha 1 e sua operação, bem como a construção e operação da Linha 2 do metrô. 

Este é um bom exemplo de como a mobilidade pode ser beneficiada por projetos de parcerias público-privadas (aqui entendida a expressão em sentido amplo), tendo em vista a incapacidade de governos de realizarem investimentos públicos de alta monta. Embora o projeto do metrô da RMBH conte com recursos públicos que serão destinados à concessão, estes seriam insuficientes para fazer frente à gama de intervenções necessárias para ampliação da rede. 

Daí que a capacidade de investimento privado, associada à otimização e racionalização de custos, propiciará o montante restante para o projeto. É importante considerar ainda que, neste cenário, o valor da tarifa cobrada do usuário (tarifa pública) permanecerá a mesma – o que de fato demonstra que há, em suma, uma capacidade de se realizar mais com o mesmo, tendo em vista que o parceiro privado receberá uma tarifa de remuneração menor àquela arrecada dos usuários. 

Não se está a defender a todo e qualquer custo a realização de projetos que envolvam, necessariamente, a retirada do Estado da intervenção direta, com a prestação do serviço por meio de particulares. Mas é importante se considerar que, neste caso, não preenchidos os pressupostos dos art. 173 da Constituição Federal, o fomento à prestação privada, devidamente regulada, tem o condão de oferecer serviços mais adequados à população. 

O caso do metrô da RMBH é um entre tantos – com as peculiaridades que lhe são próprias – que exemplificam como a mobilidade pode se valer de grandes projetos público-privados para tornar o planejamento estatal políticas públicas efetivas e imediatas. 

¹ A última tentativa foi realizada em 2015, quando o modelo de Parceria Público-Privada, na modalidade concessão patrocinada, foi colocado em consulta pública pelo Estado de Minas Gerais. À época, contudo, não se discutia a privatização da Companhia Brasileira de Transporte Urbano neste arranjo.

² Nos termos da Lei nº 12.587/2012:
Art. 17. São atribuições dos Estados:

I - prestar, diretamente ou por delegação ou gestão associada, os serviços de transporte público coletivo intermunicipais de caráter urbano, em conformidade com o § 1º do art. 25 da Constituição Federal;

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities