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RECARGA DE ÔNIBUS ELÉTRICOS: MAIS OPORTUNIDADES DO QUE DESAFIOS

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Também nesse tema, o mais sábio é apostar em diferentes rotas tecnológicas

Com o início de operação de ônibus elétricos em várias cidades do Brasil, voltou à pauta um tema recorrente nos primeiros debates sobre eletromobilidade: a infraestrutura de recarga e a disponibilidade de energia.

Haverá energia suficiente? Como abastecer centenas de veículos ao mesmo tempo na mesma garagem, numa única noite? Qual o porte da instalação elétrica necessária?

As recargas de oportunidade são viáveis? Se sim, onde elas deveriam ocorrer? Nos terminais, nas paradas ou durante os trajetos? Os trólebus estão mesmo superados? 

Defendo uma abordagem ampla e sem preconceitos para responder a todas essas perguntas. 

O Brasil é um país com diferentes características urbanas e variada matriz de fornecimento de eletricidade.

Não há motivo para pensar numa única estratégia de recarga de ônibus elétricos, mesmo numa única cidade ou num único trajeto.

Há espaço para diferentes tecnologias. Estas, aliás, têm evoluído e se mostrado cada vez mais acessíveis. 

O tema voltou a ser levantado no final de agosto pelo Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba (Setransp), a propósito do anúncio do prefeito Rafael Greca de compra de 70 ônibus elétricos.

“A questão é abastecer uma escala muito grande de veículos; talvez seja necessário construir uma subestação no pátio de manobras devido à exigência de 6,5 MW de energia elétrica para abastecer 70 ônibus”, disse o presidente do Setransp.

A preocupação é justificada, e a última palavra, em cada caso específico, sempre caberá aos engenheiros e especialistas em instalações elétricas.

Mas a abordagem geral do tema não deveria ser apenas técnica. 

A descentralização da estrutura de recarga pode ser um fator de segurança do sistema de transporte elétrico – e, ao longo do tempo, a opção mais econômica. 

Em julho, o engenheiro Pedro Szasz, um especialista em transporte público de renome mundial, apresentou um relatório muito interessante à Associação Brasileira do Veículo Elétrico.

Num estudo de caso sobre os fluxos de trânsito em linhas da Zona Sul de São Paulo, ele calculou que recargas de oportunidade nos poucos minutos de parada dos ônibus elétricos no Terminal Campo Limpo e ao longo dos trajetos resultariam em grandes benefícios para a autonomia dos veículos e para a longevidade das baterias.

Estações de recarga rápida nos terminais – demonstrou Pedro Szasz –  reduziriam ao mínimo, ou dispensariam a necessidade de estruturas centralizadas de recarga noturna nas garagens.

Essa estratégia levaria a bancos de baterias menores, ônibus mais leves, custo unitário dos veículos mais baixo e menos pressão sobre a rede elétrica. Esse é um exemplo. 

Há outros. Prefeituras de vários países da Europa já concluíram que trólebus com bancos de baterias são a opção mais econômica para a eletrificação das frotas.

Nesse modelo –  que está sendo cada vez mais adotado, e não menos – os trólebus podem reabastecer as baterias pela rede externa durante a operação normal e, em outras partes do trajeto, dispensar a fiação aérea e trafegar como ônibus elétricos comuns. Com zero necessidade de dispendiosas estruturas de recarga nas garagens.

Também nesse tema o Brasil comporta diversas rotas tecnológicas. O mais sábio é poder aproveitar as vantagens de cada uma delas, sem depender de nenhuma em particular.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade da autora, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities

INOVAÇÃO DO THINK TANK É ATRAÇÃO NO CONNECTED SMART CITIES & MOBILITY NACIONAL 2023

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Idealizada pela ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software), em parceria com o Instituto de Estudos Avançados da USP, a novidade caracteriza-se como um Centro de Inteligência, Políticas Públicas e Inovação e  tem a missão de contribuir para a evolução das políticas públicas brasileiras.

O CSCM foi realizado entre os dias 4 e 5 de setembro, no Centro de Convenções Frei Caneca, e é considerado o maior e mais importante evento de negócios e conexões de cidades inteligentes e mobilidade urbana do Brasil.

A expansão de cidades inteligentes e conectadas demanda investimentos em ações e soluções tecnológicas eficientes para otimização dos serviços públicos que possibilitem melhorias na qualidade de vida dos cidadãos. Com a missão de incentivar a construção de uma agenda de políticas públicas para acelerar o processo de transformação digital e de inovação no Brasil, a Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES) criou o Think Tank ABES – Centro de Inteligência, Políticas Públicas e Inovação.

O projeto é resultado de uma parceria entre a ABES e o Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (USP) e caracteriza-se como um centro de inteligência, políticas públicas e inovação, cujo propósito é contribuir para o alcance de melhorias de políticas públicas do Brasil, através de um trabalho colaborativo e de integração entre atores relevantes desses ecossistemas – academia, empresas, pesquisadores.

“O Think Tank atrai pesquisadores de todo o país e do exterior. A integração universidade-empresa se dá por meio da participação em comitês e grupos de trabalho da Associação, ambientes onde há uma participação efetiva das empresas de tecnologia nos temas propostos e buscamos também comunicar as pesquisas para a sociedade como um todo por meio de artigos publicados em fóruns”, ressalta Jamile Sabatini Marques, Diretora do Think Tank e Diretora de Inovação e Fomento da ABES.

Think Tank: conceito e importância para o avanço de smart cities

O Think Tank ABES tem o compromisso de realizar pesquisas, analisar cenários, discutir tendências, promover debates para geração de conhecimento e busca de soluções e propostas capazes de enfrentar os principais desafios do país, além de oferecer condições favoráveis para o crescimento de cidades mais inteligentes, conectadas e inclusivas. Neste percurso, a exploração de novas tecnologias e recursos de infraestrutura é o caminho para a conquista de transformações multidimensionais na sociedade.

“O Think Tank é multidisciplinar e busca trazer a divulgação científica em várias áreas do conhecimento. Os temas que estão sendo tratados são:  Inteligência Artificial, Plataformas Digitais, Governo Aberto, Governo Digital, Futuro do Trabalho, Segurança Cibernética, Segurança Jurídica e Tributária, Reforma Tributária no Setor de Tecnologia, Privacidade e Proteção de Dados, Identidade Digital, Dados Abertos, Cidades Inteligentes e Compras Públicas”, destaca Jamile Sabatini Marques.

Conheça a proposta do Think Tank Abes aqui.

Solução do Think Tank foi apresentada no CSCM 2023

Para divulgação da Agenda ABES – Think Thank, a  9ª edição do Connected Smart Cities & Mobility Nacional, uma realização da Plataforma Connected Smart Cities, dedicou um palco presencial exclusivo para a realização de 6 palestras temáticas, que abordaram as seguintes questões:

Políticas públicas de apoio ao desenvolvimento da inteligência artificial e lições para o Brasil; Inteligência Artificial no Governo Brasileiro – diagnóstico e perspectivas futuras; O debate internacional acerca de marcos regulatórios e as implicações éticas, sociotécnicas e geopolíticas da IA para o Sul Global.

Também foram realizados outros debates, envolvendo os seguintes aspectos: O avanço de uma agenda de políticas públicas e inovação: segurança, análise de dados e difusão de conhecimentos; Políticas Públicas para Transformação Digital do Trabalho e Gestão e Inovação em Cidades Inteligentes: como a educação suporta o desenvolvimento da cidade de acordo com a sua vocação para este novo cenário.

“Para a ABES, as Políticas Públicas para Inovação devem ser montadas com base em propostas prioritárias que tenham sido examinadas cientificamente, ou seja, derivadas de conhecimento fundamentado em pesquisa, de forma que a priorização das políticas públicas tenha a menor probabilidade possível de produzir erros ou efeitos inócuos”, pontua Jamile, moderadora dos painéis de debates.

“Todo esse processo almeja a conquista de um Brasil mais digital e menos desigual, que contribua para o desenvolvimento do setor tecnológico e da sociedade como um todo”, conclui ela.

ABES participa de outros painéis estratégicos de discussão

Além da Agenda Think Tank, a Associação Brasileira das Empresas de Software apresentou cases de sucesso e tecnologias, considerando os seguintes temas: O poder da nuvem para acelerar cidades inteligentes!; Uso de microssimulação de tráfego em cidades com projetos BIM; Plataforma de Inovação em Serviços Digitais de Cidades – Caso: Tasmu Smart Qatar.

Além de ter ministrado os estudos de caso; Tecnologia do Digital Twin (Gêmeos Digitais) em Cidades Inteligentes e Jornada da transformação digital: do papel zero a hiper automação de processos.

A ABES ainda promoveu um amplo debate sobre Compras Públicas. Neste contexto, foram discutidos: o contexto atual das tecnologias emergentes, o olhar atento acerca das novas formas de contratação para o atendimento eficiente das demandas da sociedade, o panorama legislativo, os pilares da Lei 14.133/21 e os tipos de aquisições TIC.

A abertura da mesa temática contou com a participação do João Augusto Nardes, Ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) e nas discussões estiveram presentes as palestrantes Camila Murta – Líder GT de Compras Públicas da ABES (que também foi moderadora) e Tatiana Camarão, do Tribunal de Justiça do estado de Minas Gerais (TJ/MG).

Sobre o CSCM 

O  Connected Smart Cities & Mobility Nacional é considerado o maior evento de cidades inteligentes e mobilidade urbana do Brasil. Realizado desde 2015, o CSCM tem um formato de múltiplos palcos e promove a integração entre conteúdo de alta qualidade, promoção de negócios e networking de impacto.

Assessoria de Imprensa:

Karolina von Sydow – Necta       
imprensa@nectainova.com.br
+55 11 95368-8829

9ª EDIÇÃO CONNECTED SMART CITIES & MOBILITY NACIONAL APRESENTA INOVAÇÕES PARA UMA MOBILIDADE SEGURA E INTELIGENTE

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O CSCM é uma oportunidade única para discussão de questões prioritárias dentro do universo de cidades inteligentes e mobilidade urbana e promove conexões de negócios e espaços para imersão em experiências interativas, com o lançamento de soluções inéditas para o avanço de smart cities.

O CSCM foi realizado, no início de setembro, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo.



Como transformar uma cidade em uma cidade inteligente, humana e sustentável? A plataforma Connected Smart Cities tem o propósito de promover uma agenda de ações com o objetivo de acelerar o processo de desenvolvimento das cidades inteligentes. Dentre as atividades, integra-se o Connected Smart Cities & Mobility Nacional – o maior e mais importante evento de negócios e conexões de cidades inteligentes e mobilidade urbana do Brasil.

Em sua 9ª edição, neste ano, o evento abrangeu uma programação transversal com a discussão de mais de 90 horas de conteúdo de alta qualidade, distribuídas ao longo de 12 palcos simultâneos, com a participação de mais de 300 palestrantes. Além de contar com espaços de integração para promoção de negócios e networking de impacto, com troca de experiências, informações e estímulos ao alinhamento de propostas inovadoras nos setores público e privado, relacionadas aos ecossistemas de cidades inteligentes.

No evento, também foram apresentadas premiações de iniciativas e profissionais, que fomentam a aceleração da expansão de cidades mais inteligentes, humanas e sustentáveis no Brasil – Prêmio CSC, Ranking CSC e Selo de Boas Práticas CSC.  O CSCM 2023 contou ainda com arenas exclusivas para as empresas do setor apresentarem suas soluções em inovação e tecnologia em prol do desenvolvimento das cidades brasileiras e melhorias na qualidade de vida da população.

Para o aprimoramento do mapeamento e monitoramento da segurança pública nas cidades, a empresa Fiskall oferece soluções e presta serviços de fiscalização, coleta e processamento de dados em operações  de diversos segmentos da gestão urbana das cidades, incluindo a segurança do mobiliário de metrópoles.

Mobilidade Segura e Inteligente

Para uma cidade tornar-se inteligente e promissora, dentre as medidas necessárias, esta precisa disponibilizar segurança para os seus habitantes. Para a conquista desta finalidade, a empresa Fiskall oferece uma gama de soluções para fiscalização e proteção do mobiliário urbano de metrópoles.

Durante o evento, a empresa realizou demonstrações práticas de pilotagem de drone, equipamento que, a partir da realização da coleta e do processamento de dados em tempo real, consegue efetuar com eficiência e qualidade a vistoria de ruas das cidades, possibilitando o acionamento de alertas e chamados de emergência para o poder público, colaborando para a agilidade na resolução de problemas de interesse social.

Sobre o CSCM 

O  Connected Smart Cities & Mobility Nacional é considerado o maior evento de cidades inteligentes e mobilidade urbana do Brasil. Realizado desde 2015, o CSCM tem um formato de múltiplos palcos e promove a integração entre conteúdo de alta qualidade, promoção de negócios e networking de impacto.

Assessoria de Imprensa:

Karolina von Sydow – Necta       
imprensa@nectainova.com.br
+55 11 95368-8829

LIDERANÇA ESTRATÉGICA NA ERA DIGITAL: RUMO A UM IMPACTO TRANSFORMADOR

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Embora haja obstáculos no caminho, alguns líderes têm se proposto a encarar o desafio da transformação digital, se destacando na viabilização de projetos complexos de digitalização

Nos últimos anos, estamos percebendo uma mudança na gestão pública, tanto em decorrência da evolução tecnológica, que impulsionou a transformação digital em diversos setores, como em função de uma nova onda de gestores que tem ingressado na política e na administração pública, motivados por um desejo de renovação nas lideranças governamentais.

Embora haja obstáculos no caminho, alguns líderes têm se proposto a encarar o desafio da transformação digital, se destacando na viabilização de projetos complexos de digitalização, cujos resultados possuem impacto direto e percebido na sociedade. No entanto, por outro lado, ainda enfrentamos dificuldades nas cidades para a concretização das metas estabelecidas, tanto em relação à velocidade como na aderência das novas implementações. Mas, quais são os fatores determinantes para o sucesso?

Atualmente, com as novas legislações, como a do governo digital e das assinaturas eletrônicas, o receio dos gestores em relação à transparência e legalidade dos novos processos digitais fica resguardado, garantindo que possam implementar os projetos com mais segurança. Além disso, os gestores podem contar com instrumentos como o plano diretor, os decretos municipais, a procuradoria, as rotinas administrativas, enfim, recursos que facilitam e normatizam a implementação dos projetos. Ainda assim, estes mecanismos não bastam para alcançar êxito na resolutividade e eficiência de projetos que envolvem a transformação digital das prefeituras.

Diversos gestores afirmam com frequência que um dos principais desafios na implementação de projetos desta natureza é superar a dificuldade da cultura organizacional, que há anos está enraizada no setor público.

Durante os últimos anos em que tenho atuado em projetos de governança digital na esfera pública, fui inspirada por gestores que com coragem empenharam seus papéis na luta para vencerem a burocracia, revisando processos, questionando fluxos e estabelecendo novos processos de gestão, mais otimizados e ágeis através da digitalização.

É comum nos depararmos com gestores de diversos perfis na coordenação de projetos, tanto na área pública como na área privada. Entretanto, a fim de ultrapassar as amarras da administração pública e obter sucesso nestes projetos, há de haver uma decisão de governo e muita vontade política para, de fato, fazer acontecer.

Ao analisarmos os conceitos de liderança e chefia, percebe-se que a principal diferença entre eles é que na liderança há uma preocupação com a influência sobre as pessoas. Evidentemente, em ambos os casos, as metas e resultados são importantes. Porém, visando maximizar os resultados, as lideranças percebem o papel fundamental das pessoas e buscam inspirar, envolver e motivar os indivíduos a seguirem um objetivo comum.

Embora já seja perceptível uma nova abordagem no que se refere aos papéis de poder exercidos na esfera pública, percebe-se que muitos gestores continuam atuando apenas como chefias na gestão de projetos, acarretando resultados abaixo do esperado devido ao baixo engajamento dos servidores e a falta de qualificação e formação de líderes em outros escalões da gestão.

Percebo que, além de uma conscientização dos líderes da alta gestão, há uma urgência por uma formação mais abrangente de lideranças em todos os níveis. Precisamos avançar consideravelmente nesse quesito, que é crucial para conquistarmos uma modernização na gestão pública municipal.

Os projetos de transformação digital envolvem inúmeros fatores, com alto grau de complexidade e dinamismo que afetam todos os setores da organização. Portanto, é primordial garantir que haja uma mobilização em torno do objetivo comum e, nesse sentido, as lideranças de todos os níveis ocupam um papel chave para o triunfo dos projetos.

Considerando isso, as lideranças devem estar preparadas para exercerem o seu papel no intuito de comandar as ações necessárias, conscientizar e educar as pessoas envolvidas e, principalmente, demonstrar os resultados que serão colhidos para que haja um compromisso dos servidores em torno da agenda governamental.

As lideranças devem garantir não apenas o resultado a curto prazo, mas também a mudança de mindset, a perpetuidade das ações, o legado e, principalmente, o impacto na sociedade, na otimização dos recursos públicos e na melhoria da qualidade do serviço público prestado ao cidadão.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities

9ª EDIÇÃO DO CONNECTED SMART CITIES & MOBILITY NACIONAL RECEBE GRANDE PÚBLICO E DEBATE PAUTAS ESTRATÉGICAS PARA O AVANÇO DE CIDADES INTELIGENTES

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No total, o maior evento de conexões e negócios de cidades inteligentes e mobilidade urbana do Brasil recebeu 5.118 mil participantes, contou com mais de 300 palestrantes e mais de 50 marcas expositoras. Também houve o lançamento de diversas soluções, tecnologias e ações em inovação para o desenvolvimento de smart cities.

O CSCM aconteceu no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, e recebeu os principais atores dos ecossistemas de cidades inteligentes e mobilidade urbana do país, incluindo a participação de autoridades e representações de mais de 115 cidades do Brasil.

Na última semana, entre os dias 4 e 5 de setembro, o Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, foi sede do maior evento de conexões e negócios de cidades inteligentes e mobilidade urbana do Brasil –  o Connected Smart Cities & Mobility Nacional (CSCM). 

Realizado pela Plataforma Connected Smart Cities, o Evento Nacional tem o objetivo de promover debates e apresentar propostas para a aceleração do desenvolvimento de cidades mais inteligentes, humanas e sustentáveis e garantia de mais qualidade de vida para a população.

A 9ª edição do CSCM promoveu uma programação transversal, dinâmica e completa com mais de 90 horas de conteúdo de alta qualidade e relevância para o contexto atual das cidades brasileiras. No total foram realizados mais de 60 painéis temáticos, que contaram com a participação de mais de 300 palestrantes, ao longo de 12 palcos simultâneos. Além da realização de networking qualificado e rodada de conexões e negócios. 

Neste ano, o CSCM também integrou quatro eventos simultâneos em um único espaço, já que incluiu a 4ª edição do AirConnected & Connected Urban Air Mobility (AIRC), que trouxe uma nova proposta de discussão: a importância da conexão das cidades inteligentes com o transporte aéreo e a mobilidade aérea urbana. Com isso, os participantes tiveram a oportunidade de se conectar, em um mesmo evento, com os principais atores de cidades inteligentes, mobilidade urbana, transporte aéreo e mobilidade aérea urbana do país.

Participantes acompanham os debates temáticos simultâneos por meio de fones de ouvido. Crédito: Diego Leão.

“Neste ano, apresentamos mais novidades para o nosso público, além da realização de discussões essenciais que fomentam a abertura de novas perspectivas para o crescimento das cidades e melhorias no planejamento e gestão dos espaços urbanos, promovemos entrevistas ao vivo e exclusivas, com representantes das principais prefeituras atuais responsáveis pela transformação das cidades em cidades mais inteligentes, em espaço denominado Conecta Talks, com transmissão ao vivo e gratuita”, destaca Paula Faria, CEO e idealizadora do Connected Smart Cities & Mobility Nacional (CSCM). 

O evento também estreou um stand para venda de artigos personalizados do Connected Smart Cities, distribuiu prêmios e sorteou brindes exclusivos para os presentes, com destaque para uma bicicleta elétrica.

Eixos temáticos abordados

Na 9ª edição do Evento Nacional, foram discutidas questões associadas aos seguintes eixos temáticos: Cidades Participativas e Engajadas; Cidades Conectadas; Cidades Empreendedoras; Cidades Prósperas; Urbanismo Sustentável nas Cidades; Cidades Humanas, Resilientes e Inclusivas; Conectividade & Integração; Data Analytics; Tendências; Mobilidade Compartilhada; Mobilidade Ativa; Veículos Elétricos e Mobilidade Para as Pessoas.

Além de profissionais de empresas, startups, entidades de classe, agentes financeiros, organismos internacionais, pesquisadores e demais atores atuantes nos ecossistemas de cidades inteligentes e mobilidade urbana, o CSCM 2023 contou com a presença de diversas autoridades e representatividades do setor público interligadas a mais de 100 prefeituras do Brasil

1º dia – Abertura oficial apresenta premiados do Ranking CSC e inicia painéis de debates simultâneos

No dia 4 de setembro, o CSCM iniciou oficialmente a 9ª edição do evento com as boas-vindas dos organizadores e divulgação dos resultados da  9ª edição do Ranking Connected Smart Cities, que avaliou dados de 100 cidades brasileiras e selecionou os municípios, com mais de 50 mil habitantes, que são referência na prestação de serviços inteligentes e possuem o maior potencial de desenvolvimento do Brasil.

Troféus do Ranking CSC 2023. Crédito: Diego Leão.

Neste ano, a cidade de Florianópolis (SC) conquistou a liderança no Ranking Geral CSC 2023. ” É uma premiação que nos orgulha muito e que vínhamos perseguindo há alguns anos. Sem dúvida, o resultado nos motiva a continuar melhorando os indicadores e tornando Florianópolis cada vez mais uma cidade inteligente”, ressalta o Prefeito de Florianópolis, Topázio Neto.

Em seguida, as cidades de Curitiba (PR) e São Paulo (SP) ocuparam a 2º e 3º colocações, respectivamente, no Ranking. Para conferir todos os resultados do estudo, da edição 2023, clique aqui.

Prefeitos e representantes das cidades premiadas no Ranking CSC 2023. Crédito: Diego Leão.

Durante a tarde, foram promovidos mais de 20 painéis de debates envolvendo questões centrais e relevantes dos ecossistemas de cidades inteligentes e mobilidade urbana com ampla participação do público.

2º dia – Apresentação dos premiados do Selo e Prêmio CSC e novas rodadas de painéis temáticos

O segundo dia de evento iniciou-se com a cerimônia de apresentação das cidades premiadas na  2ª edição do Selo Connected Smart Cities. A iniciativa é da Plataforma Connected Smart Cities, em parceria com a Spin – Soluções Públicas Inteligentes, e reconhece boas práticas em cidades inteligentes, a partir do estudo de seis dimensões de análise: planejamento; governança;  infraestrutura e serviços Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC); maturidade de parcerias; ecossistema de inovação e tendências de evolução.

Idealizadores do estudo, Willian Rigon, sócio-diretor de Novos Negócios do CSC, e Vitor Amuri, Sócio e Diretor de Projetos da SPIn, conduzem a apresentação de resultados da 2ª edição do Selo CSC. Crédito: Diego Leão.

Neste ano, foram avaliados dados de cerca de 40 cidades inscritas no estudo. Os municípios são premiados, conforme os seguintes níveis de avaliação: Diamante (ainda não atingido) Ouro, Prata, Bronze e Aspiracional. Confira todos os resultados neste link

No mesmo dia, foram anunciados os vencedores do Prêmio CSC 2023, uma realização da Plataforma CSC, em conjunto com a Neurônio – Ativação de Negócios e Causas. O instrumento reconhece e premia negócios inovadores que colaboram para o desenvolvimento de uma cidade inteligente. Os premiados são divididos em duas categorias: Negócios Pré-Operacionais e Negócios Operacionais. Conheça os vencedores e respectivas colocações aqui.

Finalistas e vencedores do Prêmio CSC 2023. Crédito: Diego Leão.

Dando continuidade aos painéis temáticos, foram realizadas na ocasião mais de 30 conferências ao longo do dia.

Lançamento de soluções inéditas em smart cities

Durante os dois dias do evento, foram apresentadas diversas soluções em tecnologia e inovação que colaboram para a expansão de smart cities no Brasil, como sistemas de monitoramento terrestre e aéreo, plataformas de mapeamento de demandas urbanas essenciais; soluções para descarbonização e aumento de eficiência energética; ferramentas de GovTech – governança digital; soluções para a transformação e inclusão digital; propostas de sistemas de transporte público mais integrados, sustentáveis e inclusivos; produtos e serviços inovadores em cibersegurança e iluminação pública; e muito mais.

Dentre as novidades, foram apresentados o Óculos OrCam, de tecnologia artificial assistida para utilização de estudantes da cidade de Pato Branco (PR);  drone de monitoramento e proteção do mobiliário urbano da empresa Fiskall; nova plataforma da Bus2 de geração de GTFS (General Transit Feed Specification ou Especificação Geral de Feeds de Transporte Público) para o gerenciamento inteligente de dados pelas cidades. 

Além do lançamento de Certificação ISO de Cidades, pela Bright Cities, como solução de inovação em T&I e de transformação digital, para o aperfeiçoamento da gestão de cidades inteligentes. E com o objetivo de acelerar o processo de transformação digital e de inovação no Brasil,  a Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES) criou o Think Tank ABES – Centro de Inteligência, Políticas Públicas e Inovação. 

Para o combate de ciberataques, a Exxas Smart City Bureau elaborou o City Shield, que ajuda a proteger dados e interesses do poder público e do cidadão. Para o fomento de cidades inteligentes, seguras e sustentáveis, a Enel X apresentou soluções para a construção de cidades circulares inteligentes, que integram ferramentas, como a Câmera de reconhecimento facial e a Estação Climática.

Sobre o CSCM 

O  Connected Smart Cities & Mobility Nacional é o maior e mais importante evento de negócios e conexões de cidades inteligentes e mobilidade urbana do Brasil. Realizado desde 2015, o CSCM tem um formato de múltiplos palcos e promove a integração entre conteúdo de alta qualidade, promoção de negócios e networking de impacto.

Assessoria de Imprensa:

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A IMPORTÂNCIA DE UM MARCO REGULATÓRIO PARA O HIDROGÊNIO VERDE

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O hidrogênio verde se destaca como uma opção sustentável obtida por meio da eletrólise da água, utilizando energia de fontes renováveis, como solar, eólica ou hídrica

Por Ana Claudia La Plata de Mello Franco, João Victor Basilio de Barros, Marina Sheppard Juvenal, Lígia Maria de Lima e Fonseca Vicente*

hidrogênio é o elemento mais abundante no universo, e tem desempenhado um papel crucial na busca por fontes de energia mais limpas e sustentáveis.

Não é facilmente encontrado na forma pura na natureza. Sua produção, em regra, envolve processos químicos, resultando em diferentes tipos de hidrogênio, classificados de acordo com a fonte de obtenção (“taxonomia do hidrogênio”).

hidrogênio verde se destaca como uma opção sustentável obtida por meio da eletrólise da água, utilizando energia de fontes renováveis, como solar, eólica ou hídrica. Esse processo libera oxigênio como subproduto, sendo isento de emissões poluentes. Em contraste, outras formas de hidrogênio, como o cinza, são obtidas a partir de combustíveis fósseis, gerando emissões de CO2.

Atualmente, embora exista uma produção crescente de hidrogênio verde e um mercado propício para sua comercialização no Brasil, ainda não há  um marco regulatório específico para tratar do tema. A regulação em perspectiva tem como grande objetivo reforçar as políticas nacionais já existentes que contribuem para a transição energética, como foi reconhecida, aliás, entre as prioridades do Programa Nacional do Hidrogênio (PNH2).

De acordo com o Relatório Final do Plano Nacional de Energia 2050 da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), aprovado pela Portaria MME n° 451/2020, o atual processo de transição energética tem sido embasado em condicionantes como o desenvolvimento sustentável, as mudanças climáticas e as inovações tecnológicas.

Nesse cenário, o hidrogênio verde tem sido considerado um importante vetor para o processo de transformação em direção a uma economia de baixo carbono e menor pegada ambiental, o que encontra reflexo nas atuais iniciativas legislativas.

No âmbito do Senado Federal, estão em processo de tramitação dois Projetos de Lei. Um deles é o Projeto de Lei nº 725/2022, que visa regulamentar a incorporação do hidrogênio como uma fonte viável de energia no contexto brasileiro. Ele estabelece critérios e incentivos para a promoção do uso do hidrogênio sustentável, que é aquele obtido a partir de fontes renováveis como energia solar, eólica, biomassas, biogás e hidráulica.

O outro, é o Projeto de Lei nº 1.878/2022, que apresenta a definição específica de “Hidrogênio Verde”, que “corresponde ao Hidrogênio que permanece em estado gasoso em condições normais de temperatura e pressão, gerado a partir da eletrólise da água, a qual se utiliza, para sua produção, da energia elétrica gerada por fontes de energia renováveis, sem emissão direta de dióxido de carbono na atmosfera no seu ciclo de produção..

Na Câmara dos Deputados, por sua vez, encontra-se em tramitação o Projeto de Lei nº 2.308/2023, que também traz uma definição para hidrogênio verde, considerado aquele utilizado como combustível obtido a partir de quaisquer processos ou rotas tecnológicas com uso de fontes renováveis de energia, tais como eletrólise da água, gaseificação de biomassa renovável, reforma de biogás ou de biometano, reforma de glicerina coproduto da fabricação de biodiesel, reforma de etanol, fotólise solar da água, entre outros processos dispostos em regulamento.

É evidente que as propostas legislativas têm como objetivo primordial favorecer o uso do hidrogênio gerado a partir de fontes renováveis. Essa abordagem está intrinsecamente ligada ao princípio fundamental do desenvolvimento sustentável delineado na Constituição Federal, que visa a garantir a utilização responsável dos recursos naturais, com a intenção de preservá-los para as gerações futuras.

A produção de hidrogênio verde em escala comercial ainda não se encontra estabelecida no Brasil. No entanto, já estão em operação plantas piloto, como a instalação da empresa EDP localizada no Complexo Termelétrico do Pecém, situado no estado do Ceará. Além disso, estão em fase de implementação diversos projetos, entre os quais se destaca a iniciativa da Unigel para a produção em larga escala de hidrogênio verde no Polo Petroquímico de Camaçari, localizado na Bahia.

Nesse sentido, o Plano Trienal  2023/2025 do PNH2, lançado recentemente, em 24 de agosto de 2023, afirma que são ambições do país, no contexto do PNH2, a instalação de plantas pilotos em todas as regiões do Brasil até 2025, assim como a consolidação do Brasil, até 2030, como a nação do mundo com o menor custo de produção de hidrogênio de baixa emissão.

Enfrentar os desafios da produção de hidrogênio verde requer a abordagem de diversas questões primordiais. Um desses desafios fundamentais é o do custo consideravelmente alto de produção, que demanda investimentos substanciais na instalação de unidades produtivas específicas. Um outro ponto crítico é a escassez de equipamentos produzidos localmente. A maioria dos eletrolisadores, peça-chave no processo de produção, precisa ser importada.

Adicionalmente, a logística envolvida no transporte do hidrogênio verde apresenta desafios substanciais, especialmente quando consideramos a exportação para países europeus, que se destacam como os principais potenciais compradores iniciais. A ausência de regulamentações tanto em âmbito nacional quanto internacional, aliada à falta de processos de certificação claramente definidos, pode facilmente evoluir para obstáculos consideráveis no planejamento e na implementação de novos projetos de produção de hidrogênio verde.

Estes desafios, sem dúvida, são de extrema importância, pois o país está empenhado em impulsionar o desenvolvimento e a consolidação desta indústria emergente.

As nações que atualmente lideram em termos de instalações de produção de hidrogênio são a Alemanha, a Austrália, a Holanda e a China, entre outros. No entanto, a escala global da produção de hidrogênio verde ainda permanece consideravelmente limitada. Prevê-se, contudo, uma expansão substancial neste setor nos anos vindouros. As projeções apontam para um aumento significativo na produção até 2030, com destaque para Austrália, Estados Unidos e Espanha como os principais protagonistas desse crescimento. Notavelmente, o Brasil também figura entre os dez maiores produtores, conforme indicado pela pesquisa “Hydrogen Insight” conduzida pela maior consultoria independente de energia da Noruega, e empresa líder mundial em análises para o setor de energia, a Rystad Energy.

Essa ascensão é influenciada por dois importantes fatores : a presença de incentivos e subsídios substanciais, e a concepção de megaprojetos planejados pelas nações expoentes para os próximos anos, que atuam como motores para o avanço da indústria de hidrogênio verde.

A urgência de estabelecer um marco legal é evidente, uma vez que o setor demanda uma estrutura regulatória para posicionar o país no cenário altamente competitivo da produção e exportação de hidrogênio verde. Ademais, é notório que diversos conceitos relacionados ao assunto carecem de definições precisas, ressaltando a necessidade de regulamentação que clareie e refine as diretrizes do hidrogênio na política energética nacional.

Além disso, esse tópico reveste-se de extrema relevância no contexto da transição energética global, especialmente em relação à economia de baixa emissão de carbono. Isso se deve ao fato de que o hidrogênio verde, devido à sua metodologia de produção, apresenta a capacidade de substituir os combustíveis fósseis como uma fonte energética versátil em diversos setores, como transporte, indústria e geração de eletricidade.

Diante do desafio de posicionar o Brasil no cenário global do hidrogênio verde, torna-se imperativa a formulação de um marco regulatório, como já fizeram alguns países líderes do campo. Por meio desse passo essencial, o país poderá desbloquear todo o seu potencial, catalisando investimentos em sua economia interna, e permitindo que se equipare, em  competitividade, às maiores potências dessa indústria.

É inegável que os setores categorizados como “carbono intensivos”, como os de transporte aéreo e marítimo, a indústria siderúrgica e química, têm muito a se beneficiar com a adoção do hidrogênio de baixo carbono. Isso se revela especialmente relevante para a redução da pegada de carbono dos produtos destinados à exportação, notadamente para a União Europeia, que já implementou o mecanismo de ajuste de carbono de fronteira conhecido como Carbon Adjustment Mechanism (CBAM).

Não há dúvida, portanto, que o investimento em  hidrogênio verde assume um papel central na moldagem de um futuro econômico mais sustentável e competitivo para o Brasil.

*Ana Claudia La Plata de Mello Franco sócia do Toledo Marchetti Advogados. Advogada com atuação em Direito Ambiental na área de infraestrutura. Tem especialização em Projetos Ambientais pelo CENED.

João Victor Basilio de Barros advogado do Toledo Marchetti Advogados, com atuação em projetos de infraestrutura e construção.

Marina Sheppard Juvenal acadêmica de Direito na Universidade Presbiteriana Mackenzie e estagiária no Toledo Marchetti Advogados

Lígia Maria de Lima e Fonseca Vicente acadêmica de Direito na Universidade Presbiteriana Mackenzie e estagiária no Toledo Marchetti Advogados

Fonte: Exame

CONCESSÃO DE ESPAÇOS PÚBLICOS À INICIATIVA PRIVADA: ONDE ESTÁ O PROBLEMA?

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O empreendedorismo urbano é a concepção segundo a qual o eleito assume o papel de CEO, seu objetivo maior é “vender a cidade” e atrair investimentos privados

Muitos gestores públicos acreditam fielmente na incapacidade pública em gerir uma cidade de maneira eficiente. Poxa! Aqui nos deparamos com uma constatação das mais contraditórias? Teórica e pragmaticamente, a resposta é não.

Paira, desde os anos 1980, na escala mundo, o entendimento de que cidades podem ser conduzidas como se fossem empresas privadas e que seus governantes seriam verdadeiramente hábeis à medida que promovessem o empreendedorismo urbano.

O empreendedorismo urbano é a concepção segundo a qual o eleito assume o papel de CEO, seu objetivo maior é “vender a cidade” e atrair investimentos privados. A arena política perde força em detrimento das metas econômicas da urbe. Nesse contexto, as cidades entram em guerra, “a guerra dos lugares”, sempre na intenção de mostrarem-se mais competitivas em relação às concorrentes.

É óbvia a necessidade de uma cidade colocar-se economicamente forte, capaz de apresentar-se com infraestruturas físicas e condições sociais suficientemente contemporâneas e básicas à realização dos negócios. O que ponho em discussão é o limite social e político de ações a aproximarem o público ao interesse econômico privado.

A recente concessão de dois espigões situados na orla marítima de Fortaleza são um bom estudo de caso. As matérias jornalísticas divulgaram o acordo feito entre a prefeitura municipal e um consórcio empresarial local que ganhou um edital público. O noticiário, marcado pelo otimismo da novidade, abdicou-se de estabelecer uma leitura crítica da situação.

O porém que lanço não se assenta no processo legal da operação, posto me parecer nas conformidades da legislação. A discussão caminha para a dimensão da supressão do gratuito aproveitamento dos espaços públicos urbanos.

Dado o seu tamanho territorial e demográfico, Fortaleza é carente de espaços públicos. Nesse contexto, é inquestionável dizer que a orla marítima é um dos poucos a oferecer diversidade de atrativos públicos e gratuitos à população. Essa inclusive é uma das justificativas aceitas para o uso de milhões de reais na sua constante remodelação.

Sendo os “espigões” dominados por projeto de remodelação privado, temos a certeza de que a condição pública do espaço tende a fragilizar-se frente às intenções comerciais dos investidores. Como qualquer plano de negócio, todas as novas infraestruturas cobrarão pelo usufruto. E os que não podem pagar? Ficarão alijados daqueles espaços? Serão segregados a outras áreas de menor qualidade?

Os otimistas até podem contra-argumentar: 1) é uma pequena área da orla, não faz diferença; 2) são espaços abandonados e mal cuidados; 3) a cidade deve se preocupar com saúde e educação; 4) vai atrair turistas e gerar emprego e renda.

Legenda: O problema das concessões dos espaços públicos com fins estritamente econômicos reside na consequente limitação do uso mediante a condição de renda dos usuários Foto: Thiago Gadelha

O problema das concessões dos espaços públicos com fins estritamente econômicos reside na consequente limitação do uso mediante a condição de renda dos usuários. Este custo nunca é calculado pelos economistas ou gestores públicos. Pensem comigo: se todos os espaços atrativos, via de regra, construídos por recursos municipais, forem oferecidos aos negócios comerciais, o que sobrará de qualidade para os habitantes mais pobres de Fortaleza?

Diante de tantas barreiras simbólicas e de mobilidade urbana, a privatização da orla é um retrocesso democrático. Na beira-mar existe número suficiente de empreendimentos privados pequenos e grandes. Em complementação, há muitas áreas privadas nas quais negócios e inovações podem ser constituídas para quem pode pagar.

Difícil é normalizar a inversão de prioridades e negar a essência dos espaços públicos. Parece-me que querem naturalizar a falsa máxima: “só é bom o que é particular e se paga caro!”

Fonte: Diário do Nordeste

VEÍCULO QUE MONITORA PROBLEMAS URBANOS COM INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL É APRESENTADO NO CONNECTED SMART CITIES

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Tecnologia de IA já está presente em todas as regiões do Brasil e é eficiente na gestão de grandes cidades

Um veículo com inteligência artificial,que usa sensores especiais para fazer o reconhecimento e mapeamento das necessidades de manutenção dos espaços urbanos foi apresentado na 9ª edição Connected Smart Cities & Mobility Nacional, em São Paulo. O evento, que aconteceu entre segunda e terça-feira (05/09), reconheceu as cidades mais inteligentes do Brasil.

A criação é da Mapzer, startup brasileira de tecnologia e inovação para cidades. De acordo com a empresa, o veículo consegue, em tempo real, identificar ocorrências como buracos em ruas e avenidas. Além disso, também registra a falta de sinalização vertical ou horizontal, lixo em locais irregulares, entulho nas calçadas, tampas de bueiro quebradas e demais necessidades das cidades.

Recentemente, a startup também apresentou o mapeamento noturno, que já está em operaçãono município baiano de Luis Eduardo Magalhães.

Exposição do veículo com IA

A exposição do automóvel ocorrerá durante os dois dias do evento. “Nossa solução coloca a gestão urbana na palma da mão por meio de um software de IA. O evento é uma oportunidade para aqueles que ainda não conhecem entenderem o potencial disso para o futuro que já começou”, explica Paulo Tumasz Junior, gerente comercial da Mapzer.

Além do veículo, no estande da startup os visitantes poderão entender como funciona o software de inteligência artificial para uso das cidades. De acordo com Junior, o sistema de gestão recebe informações a cada 15 ou 30 dias com as principais ocorrências identificadas pelas cidades.

“Por se tratar de uma inteligência artificial, aproximadamente a cada dois meses, uma nova habilidade surge a partir da análise e junção de estatísticas”, explica. O gerente ainda explica que os dados coletados podem variar de região em região, a depender das condições específicas de cada uma.

Connected Smart Cities & Mobility Nacional acontece entre os dias 4 e 5 de setembro. A edição deste ano é realizada no Centro de Convenções Frei Caneca, no bairro da Consolação, em São Paulo. Além da exposição, o evento conta com mais 67 palestras.

Fonte: Mobilidade Estadão

RANKING CONNECTED SMART CITIES: ESTUDO EXCLUSIVO REVELA AS 100 CIDADES MAIS INTELIGENTES DO PAÍS

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Edição deste ano do Ranking mapeou 656 municípios com população acima de 50 mil habitantes; entre eles, Florianópolis tornou-se líder do levantamento geral pela primeira vez

Nesta segunda-feira, 4 de setembro, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, foram apresentados os resultados do Ranking Connected Smart Cities 2023. Dessa vez, a cidade de Florianópolis (SC) conquistou, pela primeira vez, a liderança no ranking geral do estudo.

A segunda e terceira colocações ficaram com Curitiba (PR) e São Paulo (SP). Para completar o top 5, aparecem na lista os municípios de Belo Horizonte (BH) e Niterói (RJ).

A divulgação do ranking das cidades mais conectadas e inteligentes do País, estudo elaborado pela Urban Systems, em parceria com a Necta, foi feita durante a abertura da nona edição do Connected Smart Cities & Mobility (CSCM), cujo objetivo é definir as cidades com maior potencial de desenvolvimento do Brasil.

Indicadores e eixos temáticos

Na edição deste ano, foram mapeados 656 municípios com mais de 50 mil habitantes. Também foram considerados 74 indicadores, em 11 eixos temáticos referentes aos segmentos de Mobilidade; Urbanismo; Meio Ambiente; Tecnologia e Inovação; Economia; Educação; Saúde; Segurança; Empreendedorismo; Governança; e Energia.

Os resultados da premiação foram divididos de acordo com a posição geral, eixo temático, recorte regional e faixa populacional das cidades avaliadas. Confira, nas tabelas abaixo, alguns dos principais resultados do levantamento, publicados com exclusividade pelo Mobilidade Estadão

90 horas de conteúdo

O CSCM reuniu cerca de 5 mil visitantes,  entre eles representantes de mais de 100 municípios, de todos os portes e regiões do País, além de autoridades de Estados, ministérios e secretarias do governo federal, além de especialistas setoriais, pesquisadores, entre outros profissionais, em busca de soluções para vários assuntos relacionados à gestão das cidades. No total, foram mais de 300 palestrantes, que proporcionaram cerca de 90 horas de conteúdo.

O evento contou ainda com mais de 50 expositores, espaços interativos de test ride e arena drone, além de apresentação de diversas tecnologias com foco na transformação das cidades e qualidade de vida.

Os destaques foram os óculos que facilitam a leitura para crianças com deficiência visual, o software de inteligência artificial para mapeamento de espaços urbanos acoplados em veículos, o sistema inteligente de fiscalização e proteção do mobiliário urbano de metrópoles por meio de drones, os sistemas que modernizam e transformam os serviços públicos por meio de digitalização e redução de tempo, os processos de pagamento digitais em estacionamentos, transporte público e pedágios, os aplicativos de mobilidade e integração de transporte, as novas tecnologias em segurança digital, entre outras inovações.

Na ocasião, também foram reconhecidas 39 cidades com o Selo Connected Smart Cities, que avalia as boas práticas em smart cities que resultam em melhoria na qualidade de vida dos cidadãos.

 

Clique aqui para acessar os resultados completos.

* Dos 11 eixos temáticos que compõem o Ranking CSC, apenas energia, por conta da quantidade de indicadores, não conta com ranking específico.

Com 74 indicadores avaliados o Ranking CSC utiliza metodologia que pondera cada informação entre as cidades a fim de identificar as melhores em cada indicador. São três escalas de pesos.

Peso 0,5 para indicadores dicotômicos (sim ou não)

Peso 0,8 para indicadores que abrangem uma escala de nota ou avaliação

Peso 1 para os indicadores numéricos, de escala, crescimento ou percentual.

Dessa forma, o Ranking Connected Smart Cities, edição 2023, tem, no total, 69 pontos.C

Confira, a seguir, o que disseram alguns prefeitos de cidades que se destacaram no ranking

Somos, sim, uma cidade inteligente, conectada e empreendedora. Mas somos também uma cidade criativa, inclusiva, resiliente, sustentável, tecnológica e humana.” –Rafael Greca, prefeito de Curitiba (PR)

“É gratificante saber que estamos, mais uma vez, em destaque nessa importante premiação e realizando um trabalho que vem consolidando a capital mineira no cenário de cidades inteligentes e que, acima de tudo, essas entregas têm mudado a história dos belo-horizontinos.” – Fuad Noman, prefeito de Belo Horizonte (MG). 

Fonte: Mobilidade Estadão

CONHEÇA OS VENCEDORES DO PRÊMIO CONNECTED SMART CITIES 2023

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A divulgação dos premiados ocorreu durante a 9ª edição do Connected Smart Cities & Mobility Nacional (CSCM), no dia 5 de setembro, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo.

Entre os dias 4 e 5 de setembro, o Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo (SP), foi palco da 9ª edição do Connected Smart Cities & Mobility Nacional (CSCM). Realizado pela Plataforma Connected Smart Cities (CSC), o Evento Nacional tem o propósito de promover uma programação transversal com diversas palestras temáticas, demonstrações interativas e espaços para rodadas de negócios e networking, que incentive a expansão da conceito de cidades inteligentes e garanta mais qualidade de vida aos cidadãos.

Neste ano, o CSCM 2023 disponibilizou mais de 90 horas de conteúdo de alta qualidade, recebeu cerca de 5 mil participantes, mais de 300 palestrantes e mais de 50 marcas expositoras, entre patrocinadores e apoiadores, para lançamentos de soluções em inovação e tecnologia focadas no incremento de smart cities.

Prêmio CSC 2023

Como ferramenta para auxiliar no alcance dessa missão, a Plataforma CSC idealizou, em 2015, em conjunto com a Neurônio – Ativação de Negócios e Causas, o Prêmio Connected Smart Cities (CSC). O instrumento reconhece e premia negócios inovadores que colaboram para o desenvolvimento de uma cidade inteligente. Neste ano, a divulgação dos vencedores da 9ª edição do Prêmio foi realizada no segundo dia do CSCM, em 5 de setembro

Os finalistas do Prêmio CSC concorreram nas categorias Negócios Pré-Operacionais, que englobam negócios que ainda estão em fase de desenvolvimento e testes no mercado,  e Negócios em Operação, que integram produtos ou serviços que tenham gerado receitas para as empresas e já estão disponíveis para consumo no mercado.

Premiação 2023

A divulgação dos resultados foi dividida em duas ocasiões com a participação de determinadas personalidades dos ecossistemas de cidades inteligentes e mobilidade urbana:

Palco presencial 3 – 05/09 – 9h30 às 11h00
Categoria Negócios Pré-Operacionais

Fernando Piovesana, Founder – Bioreset

Breno Alencar, Diretor de Inovação Aberta e Governança de Dados – EMPREL

Kartine Scomparin, CMO – naPorta

Otávio Flaeschen, CEO – Octa City Soluções

Gabriela Veras, CEO – Cfit Healthtech Analyt

Palco presencial 3 – 05/09 – 11h30 às 13h00

Categoria Negócios em Operação

Marcelo Machado Leão, Sócio Diretor – Propark Paisagismo e Ambiente Ltda.

Emanuele Cassimiro, CPO – Cittamobi

Eduardo Prates, Founder & CEO – Eco Circuito

Saville Alves, Fundadora e Líder de Negócios – SOLOS

Eliakim Stutz, CMO – Primelan

Confira os vencedores do Prêmio Connected Smart Cities 2023

CATEGORIA NEGÓCIOS PRÉ-OPERACIONAIS

1º LUGAR > naPortal – Barueri (SP)
Uma logtech de impacto, com o propósito de viabilizar as entregas das compras online feitas pelos moradores das comunidades e regiões com restrição.
https://naporta.digital/

2º LUGAR >Bioreset -Jacareí (SP)
Uma startup de biotecnologia disposta a desenvolver um material substituto ao plástico comum, mas de composição 100% orgânica, produzido por fermentação microbiológica e totalmente aderente aos processos aplicados pela indústria plástica, com preço competitivo às resinas convencionais, e um diferencial principal: Totalmente seguro para o meio ambiente.
https://www.bioreset.com.br/

3º LUGAR> Octa.Rio – Monitor de Alagamentos – Niterói (RJ)
A Octa City é uma Startup de Niterói que utiliza Inteligência Artificial para criar soluções operacionais de alto impacto para desafios urbanos complexos.
https://storymaps.arcgis.com/stories/8a287b20ed374854810b20cbaede9bb3


CATEGORIA NEGÓCIOS EM OPERAÇÃO
1º LUGAR >Eco Circuito – Biodigestor ECO-PRO – São Paulo (SP)
O Biodigestor ECO-PRO da Eco Circuito realiza o descarte sustentável do resíduo orgânico de forma automatizada e inteligente, com controle de procedência personalizada para  reduzir o desperdício de alimentos em cozinhas profissionais, hotéis, hospitais, refeitórios industriais e outros.
https://ecocircuito.com.br/

2º LUGAR >Cittamobi – São Paulo (SP)
A Cittamobi tem a missão de criar formas mais simples e mais inteligentes de acessar a mobilidade das cidades, seja por meio de um aplicativo de transporte multimodal, seja por meio de serviços de uma plataforma de mobilidade.
https://www.cittamobi.com.br/home/

3º LUGAR >UpCities -Vitória (ES)
O UpCities é um serviço completo que facilita o acesso do cidadão aos serviços públicos e transforma a cidade através da inovação, praticidade e tecnologia.
https://upcities.app/

Sobre o Prêmio Connected Smart Cities

A Plataforma Connected Smart Cities em parceria com a Neurônio realiza desde 2015 o Prêmio Connected Smart Cities com o objetivo de contribuir com a missão da plataforma: promover a discussão, a troca de informações e a difusão de ideias entre governo, empresas e organizações da sociedade civil, focando no atendimento das necessidades do cidadão consciente, contribuindo para que as cidades brasileiras possam se tornar mais inteligentes e conectada.

Sobre a Plataforma Connected Smart Cities

O Connected Smart Cities é uma plataforma multidimensional que acelera o processo de desenvolvimento das cidades inteligentes. Criamos uma comunidade com os atores desse ecossistema com o propósito de proporcionar espaços para integração e estimular a inovação.

Assessoria de Imprensa:

Karolina von Sydow – Necta       
imprensa@nectainova.com.br
+55 11 95368-8829