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INSTALADA A FRENTE PARLAMENTAR MISTA PELA ELETROMOBILIDADE

Foi realizada no Senado Federal a primeira reunião da Frente Parlamentar Mista de Eletromobilidade, ocasião em que fora formalmente instalada e aprovado seu estatuto.

Autor do Projeto de Resolução do Senado n.° 64/2021, que propunha a instalação da Frente – aprovado e convertido na Resolução do Senado Federal n.° 2/2022, o senador Rodrigo Cunha presidiu a reunião e foi, também, eleito presidente do grupo parlamentar.

Introdutoriamente, o senador enfatizou a necessidade de se identificar gargalos e de se refletir sobre em que medida a Reforma Tributária atende ao setores envolvidos.

Além do presidente, fez uso da palavra o senador Fernando Dueire, que registrou sua adesão à Frente e avaliou positivamente a oportunidade de uma escuta, contemplando academia, mercado e consumidores.

Participaram da reunião, ainda, diversas partes interessadas, que representaram a sociedade civil, a indústria, bem como o setor público, e puderam compartilhar breves apontamentos, conforme ilustrado abaixo:

  • Rogerio Makiewicz, presidente da ABRAVEi – ressaltou a importância da instituição no que se refere à representação dos consumidores de veículos elétricos e a necessidade de se pensar a eletromobilidade enquanto meio para melhora da saúde pública nas cidades. Apontou que o Brasil é o único país do G20 que não conta com uma estratégia nacional relacionada e destacou a oportunidade que a Frente representa para contornar este hiato;
  • Marcelo Dourado, diretor do Departamento de Descarbonização e Finanças Verdes do MDIC – apresentou questionamento quanto a medidas que serão adotadas para descarte de materiais de baterias, como o lítio;
  • Ricardo Bastos, presidente da ABVE – ressaltou que entre as oportunidades de novos negócios representados pela eletrificação está também a própria reciclagem de baterias, que tem aplicações possíveis mesmo após a utilização nos veículos. Afirmou que este fator pode gerar riqueza, emprego e tecnologia. Apontou a necessidade de se fazer chegar aos consumidores informações sobre novas regulações, especialmente no tocante ao uso adequado dos meios de transporte;
  • Elcio Ferreira, diretor executivo da ABEIFA – destacou que a principal demanda do setor privado diz respeito a um arcabouço regulatório capaz de apresentar previsibilidade, sem a qual fica comprometida a definição de estratégias futuras por parte dos agentes de mercado;
  • André Fortes Chaves, presidente do Lemob, representante da PNME e da Associação Federal Alemã de Eletromobilidade (B.E.M.) – ao comentar cooperações técnicas que têm sido estabelecidas entre Lemob e PNME, apontou para a importância do anuário produzido por esta, em particular no tocante à existência de estudos já realizados quanto a modelos de estratégias nacionais disponíveis na América Latina. Destacou a importância de interlocução com a academia e colocou à disposição da Frente os ativos representados;
  • Celso Matos, presidente do SINDIREPA e vice-presidente da FIRJAN – subscreveu a necessidade de previsibilidade e segurança jurídica e ressaltou a necessidade de capacitação de novos profissionais para o ecossistema;
  • Ricardo Guggisberg, presidente do IBMS – destacou a existência de companhias que já fazem reciclagem de resíduos considerádos tóxicos para nova manufatura. Avaliou positivamente o avanço da regulação voltada para os modais levíssimos, que apresentam progressiva diversidade de produtos para uso nas cidades. Defendeu, por fim, a importância da academia como indutora de novos projetos e apontou que a eletromobilidade ainda está muito concentrada nos grandes centros e que são necessárias medidas de disseminação e capilarização no país;
  • Rodrigo de Almeida, vice-presidente da ABRAVEi – defendeu a importância de se priorizar a produção nacional de veículos elétricos. Destacou, também, a relevância da Frente como possível disseminadora de informação para o próprio governo e casas legislativas, tendo vista que figuras proeminentes ainda reverberam informações imprecisas ou enviesadas. Argumentou que uma rota tecnológica não deve ser apresentada em detrimento de outra; e
  • Margarete Gandini, diretora de desenvolvimento da indústria de alta e média complexidade tecnológica – apontou que a descarbonização tem exercido função norteadora para o futuro do setor automotivo, sem pré-conceitos sobre tecnologias específicas. Afirmou que o atual objetivo consiste em intensificar a fabricação nacional de produtos eletrificados. Ao mencionar a existência de medidas em curso, apontou grupo de especialistas denominado “Made in Brazil Integrado” – iniciativa que conta com fundos do Rota 2030 e é voltada para discutir e fomentar pesquisas estruturantes sobre reciclagem de baterias de lítio – bem como grupo para desenvolvimento de células de combustíveis para veículos, tecnologia especialmente promissora para modais pesados. Paralelamente, está sendo desenhado o próximo ciclo do Rota 2030, com foco em descarbonização e economia circular. Por fim, afirmou que, já como resultado da instalação da Frente, será retomado o GT7 do Rota 2030, o qual estava desenvolvendo plano nacional de eletromobilidade. A atual meta consiste em lançar o referido plano.

Até o momento, a Frente, que tem natureza suprapartidária, conta com a adesão de 23 senadores e 10 deputados, que deverão debater e apresentar medidas para aprimorar o quadro legislativo em favor da eletromobilidade.

Quanto aos próximos passos, será eleito o vice-presidente da Frente – que deverá ser um deputado federal, eleita a comissão executiva e apresentado um plano de trabalho para nortear as atividades do colegiado.

Fonte: Lemob

QUAIS SÃO OS IMPACTOS DO PROGRAMA DE INCENTIVO AO CARRO POPULAR NA MOBILIDADE URBANA?

Para esclarecer essa questão, conversamos com exclusividade com a especialista em trânsito, Mércia Gomes, Observadora Certificada e Conselheira do Cetran/SP.

No último mês de maio, o governo federal anunciou a redução de impostos para baixar o valor final de carros novos no Brasil. A medida sucede a queda das alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI e do Programa de Integração Social e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (PIS/Cofins) para a indústria automotiva.

Com a normativa, válida para carros até R$120 mil, os descontos incidirão sobre o valor dos veículos serão de 1,5% a 10,96%, de acordo com critérios de preço, eficiência energética e densidade no Brasil.

Para esclarecer essa questão, conversamos com exclusividade com a especialista em trânsito, Mércia Gomes, Observadora Certificada e Conselheira do Cetran/SP.

Acompanhe e boa leitura!

Portal do Trânsito – Qual é a sua opinião sobre o Programa para incentivar a compra de Carros Populares promovido pelo Governo?

Mércia Gomes – Programas governamentais para incentivar a compra de carros populares podem ter prós e contras, e sua eficácia depende de vários fatores, como o contexto econômico e as metas políticas subjacentes. Assim, seguem alguns apontamentos:

Benefícios potenciais:

  • Estímulo à indústria automobilística: programas desse tipo podem impulsionar a demanda por carros populares, o que pode beneficiar a indústria automobilística local e gerar empregos no setor.
  • Acesso à mobilidade: a redução do preço dos carros populares pode facilitar o acesso à mobilidade para pessoas de baixa renda, proporcionando uma oportunidade de melhorar sua qualidade de vida e ampliar suas opções de transporte.

Desafios potenciais:

  • Impacto ambiental: carros populares geralmente têm menor eficiência energética e produzem mais emissões de gases de efeito estufa em comparação com veículos mais avançados em termos de tecnologia. Incentivar a compra de carros populares pode aumentar a demanda por veículos menos sustentáveis e dificultar a transição para opções mais limpas.
  • Congestionamento e infraestrutura: o aumento da quantidade de carros populares pode resultar em maior congestionamento nas estradas e exigir mais investimentos em infraestrutura para lidar com o aumento do tráfego.

Logo, é importante analisar cuidadosamente os impactos e considerar abordagens equilibradas para incentivar a mobilidade, levando em conta questões ambientais, sociais e econômicas. Além disso, programas como esse podem ser complementados com medidas de incentivo à mobilidade sustentável, como transporte público eficiente, infraestrutura para veículos elétricos e políticas de compartilhamento de carros.

Portal do Trânsito – As cidades brasileiras estão prontas para suportar um maior número de carros?

Mércia Gomes – As cidades brasileiras, de forma geral, enfrentam desafios significativos em relação à infraestrutura e capacidade para suportar um maior número de carros.

Alguns dos principais motivos incluem:

  • Congestionamento: Muitas cidades brasileiras já enfrentam problemas de congestionamento, especialmente nas áreas urbanas densamente povoadas. O aumento do número de carros pode agravar ainda mais essa situação, causando atrasos no trânsito, aumento do tempo de deslocamento e diminuição da eficiência do transporte.
  • Infraestrutura inadequada: A maioria das cidades brasileiras não possui infraestrutura adequada para suportar um grande volume de veículos. As vias podem estar mal conservadas, com poucas faixas e falta de sinalização adequada. Além disso, a escassez de estacionamentos é um desafio comum.
  • Poluição do ar e impacto ambiental: Um aumento no número de carros pode levar a um aumento na poluição do ar, com impactos negativos na qualidade do ar e na saúde pública. Sem falar que o aumento das emissões de gases de efeito estufa contribui para as mudanças climáticas.
  • Espaço limitado: Muitas cidades brasileiras possuem espaços urbanos limitados, com ruas estreitas e áreas construídas próximas umas das outras, dificultando a expansão da infraestrutura viária para acomodar mais carros.

Diante desses desafios, é fundamental adotar medidas que tragam alternativas como veículos elétricos, as quais podem contribuir para reduzir a dependência de carros individuais e aliviar a pressão sobre a infraestrutura das cidades.

Portal do Trânsito – Neste sentido, quais são os desafios da mobilidade urbana diante da grande perspectiva de termos um aumento do número de carros circulando pelas cidades brasileiras?

Mércia Gomes – Diante da perspectiva de um aumento no número de carros circulando pelas cidades brasileiras, surgem vários desafios para a mobilidade urbana. A exemplo deles temos congestionamento; infraestrutura inadequada; poluição do ar e impacto ambiental, além do Espaço urbano limitado que muitas cidades brasileiras possuem áreas urbanas densas e espaço limitado para a expansão da infraestrutura viária. A falta de espaço disponível dificulta a construção de novas vias e a ampliação da infraestrutura para acomodar o aumento da demanda por transporte.

O aumento do número de veículos pode aumentar o risco de acidentes de trânsito, comprometendo a segurança viária, especialmente se as infraestruturas não forem adaptadas para garantir a segurança de todos os usuários, como pedestres e ciclistas.

O aumento do número de carros pode agravar a desigualdade social, pois nem todos têm condições de possuir um veículo particular. Isso pode criar disparidades no acesso à mobilidade e exacerbar as desigualdades existentes.

Vale destacar, ainda, a importância da divulgação de educação do trânsito através de projetos governamentais, os quais divulgará à sociedade quais e quando obter um veículo, além de educar as famílias quanto a utilização de modo essencial e não a utilização como por exemplo para ‘ir até padaria comprar um pão’, a mobilidade urbana com utilização de bicicletas e caminhada deve sobrepor a utilização do veículo sempre.

É fundamental adotar uma abordagem abrangente para a mobilidade urbana, além disso, a integração de diferentes modos de transporte e a promoção do planejamento urbano sustentável são fundamentais para enfrentar os desafios da mobilidade urbana.

Portal do Trânsito – Quais seriam as consequências desse aumento de circulação de veículos nas cidades?

Mércia Gomes – Reforço que o aumento da circulação de veículos nas cidades pode ter várias consequências, que são impulsionadas por diversos motivos.

Alguns dos principais efeitos desse aumento incluem:
  • Congestionamento do tráfego: O aumento do número de veículos nas vias urbanas pode levar a congestionamentos, especialmente em horários de pico. O tráfego lento e engarrafamentos resultam em maior tempo de viagem, atrasos e frustração para os motoristas.
  • Poluição do ar e ambiental: Um maior número de veículos em circulação contribui para o aumento da poluição do ar e do ruído nas cidades. Os gases de escape dos veículos, como dióxido de carbono (CO2), óxidos de nitrogênio (NOx) e partículas, são lançados na atmosfera, prejudicando a qualidade do ar e afetando a saúde das pessoas. Além disso, como já dito, o aumento das emissões de gases de efeito estufa agrava as mudanças climáticas.
  • Maior demanda por combustíveis fósseis: O aumento do número de veículos implica em uma maior demanda por combustíveis fósseis, como gasolina e diesel. Isso pode acarretar em um maior consumo de recursos naturais não renováveis. Além, é claro, de aumentar a dependência do petróleo importado, afetando a segurança energética do País.
  • Pressão sobre a infraestrutura: Um grande volume de veículos em circulação exerce pressão sobre a infraestrutura viária existente. Dessa forma, resultando em desgaste acelerado das estradas e necessidade de manutenção constante. Além disso, a demanda por estacionamentos também aumenta, o que, repito, pode ser um desafio para as áreas urbanas densamente povoadas.
  • Segurança viária: Com o aumento do tráfego, o risco de acidentes de trânsito também pode aumentar. Ou seja, mais veículos nas ruas significam mais interações e potenciais conflitos entre os usuários, aumentando a probabilidade de colisões e ferimentos.
  • Desigualdade no acesso à mobilidade: Reafirmo que o aumento do número de veículos pode agravar a desigualdade no acesso à mobilidade. Aqueles que não possuem um veículo particular podem enfrentar dificuldades para se deslocar, especialmente se o transporte público não for adequado ou disponível em determinadas áreas. Porém, o governo não poderá deixar de investir no transporte público e medidas como ciclovias e ciclofaixas como incentivo da sociedade.
Desse modo, as maiores consequências desse aumento de circulação de veículos nas cidades, inclui investir em transporte público de qualidade, desenvolver infraestrutura para modos de transporte alternativos como bicicletas e pedestres, incentivar o uso compartilhado de veículos, promover a mobilidade elétrica e implementar políticas de planejamento urbano que favoreçam a integração de diferentes modos de transporte.

Além disso, conscientizar a população sobre os impactos negativos do aumento do número de veículos e incentivar uma mudança de mentalidade em direção a modos de transporte mais sustentáveis são importantes para mitigar essas consequências.

Portal do Trânsito – E quanto às possibilidades em termos benefício do Programa de Carros Populares, ao mesmo tempo em que a mobilidade urbana não seja afetada nas cidades brasileiras?

Mércia Gomes – Promover benefícios do Programa de Carros Populares sem afetar negativamente o impacto na mobilidade urbana nas cidades brasileiras é um desafio. No entanto, existem algumas possibilidades a serem consideradas, como:

  • Incentivo a veículos mais eficientes e limpos: O programa pode direcionar os incentivos para a aquisição de carros populares que sejam energeticamente eficientes e ambientalmente mais sustentáveis. Como, por exemplo, veículos híbridos ou elétricos de baixo custo. Isso ajudaria a reduzir as emissões de poluentes e a dependência de combustíveis fósseis, minimizando o impacto ambiental.
  • Investimento em infraestrutura de transporte público: Para reduzir o aumento do tráfego causado pelo programa, é fundamental investir em infraestrutura de transporte público de qualidade. Ou seja, isso inclui a ampliação e melhoria dos sistemas de ônibus, metrôs, trens e outras opções de transporte coletivo. Ao oferecer alternativas viáveis ​​bem como atrativas ao uso de carros particulares, é possível reduzir a demanda por esses veículos.
  • Planejamento urbano inteligente: Um planejamento urbano adequado é essencial para garantir uma mobilidade eficiente. Isso envolve o desenvolvimento de bairros com uso misto, que integrem residências, comércios e serviços, reduzindo a necessidade de deslocamentos de longa distância. Além disso, a criação de ciclovias, calçadas acessíveis e incentivos ao compartilhamento de carros também são medidas que podem ser adotadas para melhorar a mobilidade.
  • Promoção de modos de transporte sustentáveis: O programa pode oferecer incentivos para a aquisição de bicicletas, patinetes elétricos ou outros meios de transporte sustentáveis. Isso encorajaria as pessoas a adotarem opções de deslocamento mais limpas e eficientes para viagens curtas. Reduzindo, assim, a demanda por carros particulares, inclusive programas com empresas privadas interessadas na qualidade de vida de seus funcionários.
  • Educação e conscientização: É importante promover a conscientização sobre os impactos da mobilidade urbana e os benefícios de escolhas de transporte sustentáveis. Campanhas educativas podem destacar os benefícios de compartilhar viagens, utilizar transporte público e adotar alternativas de mobilidade mais limpas. Dessa forma, encorajando mudanças de comportamento, também se destaca as aulas extra curriculares desde o primário, ou seja, crianças que serão adultos conscientes no trânsito.
É essencial, também, adotar uma abordagem equilibrada, considerando tanto os benefícios do Programa de Carros Populares quanto a necessidade de preservar a mobilidade urbana.

Ao combinar incentivos para a aquisição de veículos mais sustentáveis com melhorias no transporte público bem como no planejamento urbano, é possível buscar um equilíbrio entre mobilidade e sustentabilidade.

Portal do Trânsito – Por fim, de modo geral, quais seriam os impactos para a mobilidade urbana do Programa de Carros Populares, promovido pelo Governo?

Mércia Gomes – O impacto do Programa de Carros Populares do Governo na mobilidade urbana pode ter influência de vários fatores. Reforço alguns possíveis impactos que incluem, por exemplo:

  • Aumento do número de veículos nas ruas: O programa pode resultar em um aumento significativo no número de carros particulares circulando nas cidades. Isso pode levar a um aumento do tráfego, congestionamento assim como maior pressão sobre a infraestrutura viária existente.
  • Maior demanda por estacionamentos: Mais construções de obras bem como maior número de poluição. Além das grandes cidades sentirem efeito de demanda de prédios, devido à quantidade de estacionamento.
  • Redução da demanda por transporte público: Se o programa oferecer incentivos significativos para a compra de carros populares, pode haver uma redução na demanda por transporte público. Ou seja, isso pode impactar negativamente os sistemas de transporte coletivo. Diminuindo sua eficiência e sustentabilidade econômica, além desses, destaco a poluição e impacto ambiental bem como a desigualdade social novamente.

É importante destacar que o impacto na mobilidade urbana pode variar dependendo das políticas específicas do programa. Além das características urbanas de cada cidade e da abordagem integrada adotada para lidar com os desafios da mobilidade urbana. É necessário considerar cuidadosamente os possíveis efeitos colaterais e implementar medidas complementares para mitigar os impactos negativos e promover uma mobilidade sustentável e equitativa.

Por fim, pode ser observado o efeito positivo desde que o programa seja mitigado com efeito colateral que absorva os efeitos negativos, além da implantação de projetos que desenvolvam conhecimento da população, desde a saúde econômica da família até mesmo quanto à utilização do veículo. Isso se estabelece para que o programa governamental não traga prejuízo e nem aumento de acidentes, dívida ativa por multas e não recolhimento do IPVA, que seja obtido condições de manutenção deste veículo e que o governo conceda programa de benefícios para manter todas as taxas pagas por seus proprietários.

Fonte: Portal do Trânsito 

CHINESA BYD E 99 FECHAM ACORDO PARA MAIS 300 CARROS ELÉTRICOS EM SÃO PAULO

Veículos serão destinados a motoristas parceiros em São Paulo para locação entre julho e outubro deste ano

A chinesa BYD anunciou uma parceria com a empresa de transporte por aplicativo 99 para disponibilizar 300 automóveis elétricos a motoristas parceiros em São Paulo para locação entre julho e outubro deste ano.

O modelo BYD D1, que será usado na parceria, foi pensado em conjunto com a chinesa DiDi, proprietária da 99.

Parte do valor do aluguel será subsidiada pela plataforma. De acordo com o diretor de Inovação da 99, Thiago Hipólito, haverá um bônus mensal de R$ 2 mil por carro alugado, que começa em julho e não tem prazo para terminar.

“Qual a nossa visão de longo prazo? O motorista que dirige carro elétrico terá uma redução de custo operacional de 80% quando comparado a um carro à combustão”, disse à Reuters.

De acordo com Hipólito, há planos de expandir a ação para outras cidades e estados.

Também fazem parte do projeto a Dahruj Rent a Car, locadora responsável pela aquisição dos veículos; o banco Santander, que financiou a operação; e a Ituran, do setor de monitoramento e recuperação veicular, que fará a estruturação da gestão da frota.

A iniciativa é parte das ações da Aliança pela Mobilidade Sustentável, criada pela 99 em abril do ano passado. Segundo Hipólito, a parceria com mais de 12 empresas evitou desde então a emissão de cerca de 130 toneladas de CO2 na atmosfera em função dos carros elétricos na plataforma.

Alexandre Baldy, conselheiro da BYD, disse que a empresa está comprometida a contribuir de forma efetiva para a eletrificação da frota e a redução da emissão de poluentes, mas não informou os valores envolvidos no acordo.

A parceria representa mais uma aposta da BYD no Brasil. Na véspera, a companhia anunciou que investirá R$ 3 bilhões em um complexo industrial em Camaçari, na Bahia, previsto para começar a operar no segundo semestre de 2024.

Fonte: CNN

PARA EVITAR DERROTA, GOVERNO AVALIA NOVO TEXTO PARA ALTERAR MARCO DO SANEAMENTO

Projeto para derrubar vários trechos dos decretos de Lula foi aprovado pela Câmara no início de maio e, agora, está pronto para ser analisado no plenário do Senado

Para evitar uma derrota no plenário do Senado Federal, o governo federal avalia elaborar um novo texto para alterar pontos do marco legal do saneamento.

Dois decretos assinados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 5 de abril modificam o marco regulatório sancionado por Jair Bolsonaro em 2020. A lei do saneamento estabelecia a meta de universalização do tratamento de esgoto e do abastecimento de água potável até 2033.

As mudanças de Lula foram criticadas por parte do mercado e do Congresso Nacional. Um projeto de lei para derrubar vários trechos dos decretos de Lula foi aprovado pela Câmara no início de maio e, agora, está pronto para ser analisado no plenário do Senado.

Esse projeto constava na pauta de votações do plenário do Senado desta quarta-feira (5), mas foi retirado a pedido do líder do governo na Casa, Jaques Wagner (PT-BA).

Pelas falas do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a maioria dos senadores entende que o decreto do governo federal invadiu a competência do Legislativo sobre o assunto. Portanto, que o projeto que reverte as alterações feitas por Lula tem possibilidade de ser aprovado no plenário, o que representaria uma derrota para o Planalto.

Governistas buscam um acordo para evitar essa derrota no Senado. Uma possibilidade de é que o governo revogue os decretos e apresente um novo texto por meio de outro decreto ou projeto de lei até a semana que vem.

Se não houver um acordo, o projeto volta à pauta do plenário do Senado na terça-feira (11), avisou Pacheco.

O presidente do Senado defende que as mudanças que a gestão Lula quer sejam enviadas como projeto de lei e que a questão seja resolvida antes do recesso parlamentar.

“Se o governo revogar o decreto, fica prejudicado o projeto de decreto legislativo. Talvez seja um bom caminho. Essa negociação está sendo feita. Eventualmente, aquilo que o governo pretende modificar no marco legal do saneamento é bom que isso seja feito por projeto de lei. É mais adequado”, disse Pacheco nesta terça (4).

Nesta quarta, questionado pela CNN, Pacheco disse que um acordo segue em negociação. Ele deve se reunir de novo com Jaques Wagner e até com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), nesta quinta-feira (6).

“É essa controvérsia que estamos buscando dirimir, e ela vai ser dirimida o mais rapidamente possível”, disse Pacheco.

Entenda o caso

Os decretos de Lula flexibilizam pontos das atuais regras de concessão e exploração dos serviços de coleta de esgoto e tratamento de água nas cidades brasileiras.

Para viabilizar mais investimentos no setor, o marco legal exige que as prefeituras não contratem mais diretamente companhias estaduais de água e esgoto, fazendo licitação para os serviços de saneamento e abrindo caminho para o avanço de operadores privados.

Também exigia comprovação das estatais de saneamento de sua capacidade econômico-financeira para cumprir as metas de universalização dos serviços. Várias companhias, principalmente nas regiões Norte e Nordeste, não passariam pelas exigências – abrindo caminho novamente para empresas privadas.

As mudanças feitas pelo governo Lula, criticadas por boa parte do mercado, davam uma nova chance às estatais para a comprovação, agora até 2025, da capacidade de fazer esses investimentos. E ainda acabaram com o limite de 25% para a realização de parcerias público-privadas (PPP) pelos estados. Os decretos de Lula também prorrogavam para 2025 o prazo de estruturação da operação regionalizada.

Segundo o governo, as mudanças promovidas vão permitir investimentos de R$ 120 bilhões até 2033.

O projeto aprovado na Câmara prevê a possibilidade de que municípios possam voltar a contratar companhias estatais diretamente em casos específicos e a extensão do prazo para a comprovação citada, por exemplo.

Fonte: CNN Brasil

POLÍTICAS PÚBLICAS: MOBILIDADE URBANA MAIS INCLUSIVA PASSA PELO USO DA BICICLETA

Painel discute a importância das bikes em um cenário mais democrático na locomoção das pessoas nas grandes cidades

Se as cidades brasileiras quiserem entrar definitivamente na rota da inclusão social e da mobilidade urbana, eles devem, então, adotar a bicicleta como parte da solução do ir e vir das pessoas.

Essa foi a conclusão unânime dos participantes do painel “Quais são os caminhos para a construção de cidades diversas, inclusivas e democráticas”, realizado no segundo dia do Parque da Mobilidade Urbana (PMU).

“A bicicleta é alternativa eficiente, limpa e econômica, mas precisa de estrutura, como espaços amplos e estacionamentos seguros durante a jornada do usuário”, afirma Iuri Moura, gerente de desenvolvimento urbano do Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP), mediador do debate, que contou com as participações de Fábio Ney Damasceno, secretário de Mobilidade e Infraestrutura do Espírito Santo e presidente do Conselho Nacional dos Secretários do Transporte (Consetrans), Renata Falzoni, arquiteta cicloativista e criadora do canal Bike É Legal, e Cadu Ronca, diretor do Instituto Aromeiazero.

Durante sua apresentação inicial, Moura falou da importância de fomentar a integração entre os modais de transporte. “Hoje, de 70% a 90% dos espaços nas vias são destinados aos automóveis. É preciso pensar no pedestre e estimulá-lo a caminhar”, diz. “O transporte coletivo também assume papel fundamental. Se for rápido e acessível, torna-se opção atraente para evitar o transporte individual.”

Moura destaca que os padrões de mobilidade urbana são influenciados por aspectos sociodemográficos. O homem tem uma vida mais linear, basicamente dirigindo da casa ao trabalho. Já a mulher precisa se desdobrar, com paradas na creche dos filhos, no mercado e no banco, por exemplo. “Esses fatores devem ser considerados para que toda a população seja atendida”, defende.

Ações em favor da bike

A pandemia de covid-19 acarretou o agravamento da crise da mobilidade urbana e o consequente aumento nos congestionamentos e nas emissões de poluentes, que trouxeram perdas sérias para a economia mundial. “Baseadas nesse cenário, cerca de 100 cidades europeias implantaram ações para favorecer o uso de bike”, aponta Moura.

Ele dá alguns exemplos: a utilização de bicicleta cresceu 8% na Europa e 16% nos Estados Unidos. A Cidade do México, capital mexicana, aumentou as ciclovias em 350%, e Bogotá, capital da Colômbia, criou 84 quilômetros de ciclovias emergenciais – 34 deles tornaram-se permanentes.

O Brasil também vem adotando medidas importantes. Segundo Fábio Ney Damasceno, sete munícipios da região metropolitana de Vitória, capital do Espírito Santo, estão implementando políticas acessíveis de transporte, que impactam 2 milhões de moradores.

Uma das principais obras é a revitalização do Sistema Aquaviário, que liga as cidades de Vitória, Cariacica e Vila Velha. As embarcações são confortáveis, terão preço unificado e permitirão o embarque das bicicletas dos usuários, que, ao chegar ao destino, poderão seguir viagem pedalando nas ciclovias.

“Também transformamos uma via totalmente degradada em 7 quilômetros de ciclovia, toda iluminada e com pista bidirecional de 2,5 metros de largura”, salienta o secretário. Ele acrescenta que estacionamentos de carros deram lugar a duas praças, com espaço para bikes, pista de skate, academia para idosos e iluminação pública.

Política transversal

Para Cadu Ronca, os ciclistas vivem uma situação bastante vulnerável nas grandes cidades. “A infraestrutura não se resume às ciclovias e ciclofaixas. O uso da bike é uma política transversal, porque envolve diversas secretarias. Precisamos ter mais segurança viária e pública, pontos de recarga para as bikes elétricas, além de conforto e iluminação nas vias”, afirma.

Ronca acredita que ainda há muito por fazer em uma cidade como São Paulo, como a instalação de racks para transportar bicicletas nos ônibus e adaptação de rampas no lugar de escadarias, tão comuns em vários pontos do município. “Só assim conseguiremos atrair mais ciclistas”, diz.

Renata Falzoni, uma das maiores defensoras da bike em favor da mobilidade urbana mais democrática, vê dificuldades no panorama atual: “É mais fácil alterar a trajetória de um planeta do que mudar uma cultura enraizada nas pessoas. Quem está fora do automóvel é marginalizado”, revela.

Para ela, se os governos quiserem tratar os temas de inclusão nas cidades, mobilidade urbana e transporte público, terão, então, de colocar, necessariamente, a bike no centro da discussão. E dispara contra os automóveis: “Carro ocupa espaço, polui, mata e segrega”, salienta. “A bike é a única máquina inventada pelo ser humano que multiplica energia. Ela acalma o trânsito e cria um ambiente saudável.”

Falzoni defende que as crianças devem ser incentivadas a pedalar desde cedo. “Os pais precisam parar de falar que a rua é um lugar “perigoso”. Perigoso é quem está ao volante dos veículos, que desrespeita outras maneiras de locomoção. A solução da mobilidade urbana tem de partir, necessariamente, da inclusão de mulheres e crianças”, conclui.

“A infraestrutura não se resume às ciclovias e ciclofaixas. O uso da bike é uma política transversal, porque envolve diversas secretarias. Precisamos ter mais segurança viária e pública, pontos de recarga para as bikes elétricas, além de conforto e iluminação nas vias.”

Cadu Ronca, diretor do Instituto Aromeiazero

ALÉM DOS DEBATES, PMU OFERECEU AO PÚBLICO EXPERIÊNCIAS DIFERENCIADAS E INTERATIVAS

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Test drives com carros movidos a bateria, ônibus e triciclos elétricos… Confira outras atrações do Parque da Mobilidade Urbana (PMU), que aconteceu no Estádio do Pacaembu

PEUGEOT E-208 GT – Com motor elétrico de 100 kW e autonomia de 340 km, o Peugeot e-208 GT agrada pelo estilo da carroceria e conforto. Segunda a fabricante, em 30 minutos é possível atingir 80% da carga. O designer Luiz Pitta ficou empolgado: “É sensacional, muito confortável e silencioso. Tenho um 208 e acho um dos hatches mais bonitos do mercado. Gostaria de ter um elétrico.” O preço sugerido é de R$ 237.990.

FIAT 500e – O compacto Fiat 500e tem motor elétrico de 87 kW. A autonomia é de 320 km. Em 30 minutos, é possível carregar 80% da bateria. O médico David Lewi garante: “É um carro muito bom. Além de silencioso e econômico, não polui”. A esposa Suely, engenheira, sentiu falta de espaço, mas afirma: “Ele está doido pra comprar um”. O preço ainda assusta o casal: R$ 224.990.

O médico David Lewi garante: “É um carro muito bom. Além de silencioso e econômico, não polui”. Foto: Marco Ankosqui

CITROËN AMI – Com a aparência de um brinquedão e só 2,4 metros de comprimento, o Citroën Ami conta com motor elétrico de apenas 6 kW e autonomia de 75 km. A velocidade não passa de 45 km/h. A porta direita tem abertura normal, e a esquerda, invertida. Carros como este não passam despercebidos. “A carroceria é de plástico. Este é o futuro”, garante o mecânico João Batista Chagas. Pela dificuldade de homologar carros assim no Brasil, a Citroën não planeja vendê-lo aqui.

“Carroceria é de plástico. Este é o futuro”, garante o mecânico João Batista Chagas. Foto: Marco Ankosqui

Para saber mais sobre o evento, acesse o canal Parque da Mobilidade Urbana

ENEL X – A empresa Enel X desenvolve o modelo de negócios quando é preciso criar a estrutura de abastecimento numa garagem de ônibus, por exemplo. Este modelo é semelhante ao adotado no Chile e na Colômbia. “A Enel X tem a expertise necessária”, garante Daniel Gomes, especialista em ônibus elétricos da companhia. O veículo da foto leva 39 passageiros sentados e outros 54 em pé. Usa tecnologia Eletra e motor de 355 kW. As baterias de íons de lítio pesam 3.920 kg.

“A Enel X tem a expertise necessária”, garante Daniel Gomes, especialista em ônibus elétricos da empresa. Foto: Marco Ankosqui

RÁDIO ÔNIBUS – Estúdio móvel criado a partir de um veículo escolar usado, o Rádio Ônibus é a materialização de um sonho de infância do radialista Henrique Estrada. “Sempre gostei de ônibus por causa de viagens com a família. Quando menino, fiz muitos deles com caixinhas de pasta de dente.” Estrada cresceu e se tornou radialista. Juntou a profissão com a paixão e criou uma rádio móvel digital, com notícias do setor de transporte.

“Sempre gostei de ônibus por causa de viagens com a família”, diz o radialista Henrique Estrada. Foto: Marco Ankosqui

INDIGO – A Indigo está implantando serviços complementares em sua rede de estacionamentos, e mostra alguns produtos com motor elétrico como patinetes, bikes e cadeiras de mobilidade. “Os patinetes já são utilizados pelas equipes de apoio em estacionamentos de shopping, e a cadeira, em resorts e alguns eventos, conforme a necessidade”, afirma Eduardo Trindade, head da área de smart cities da Indigo.

“A cadeira tem bom desempenho e design moderno”, diz o programador Jhony Zuim. Fotos: Marco Ankosqui
Entre os serviços complementares que a rede pode oferecer nos estacionamentos está a cadeira de mobilidade, um produto exclusivo da empresa, com motorização elétrica e autonomia de 30 km. O programador Jhony Zuim é cadeirante e gostou do que viu. “Tem bom desempenho e design moderno”, afirma. A cadeira é confortável, possui braços basculantes e se movimenta em qualquer direção por um joystick.
“A cadeira tem bom desempenho e design moderno”, diz o programador Jhony Zuim. Fotos: Marco Ankosqui

BIKE FÁCIL – Além da oferta de bicicletas compartilhadas, a startup Bike Fácil tem experiência na instalação e no dimensionamento de bicicletários e infraestrutura para favorecer o uso desse transporte. “Estamos nas cinco regiões do País, em mais de 100 cidades. Além das bikes compartilhadas e dos diferentes bicicletários, também temos estações de ferramentas para ajustes e calibragem dos pneus”, afirma Sthefany Pontes, gerente de operações.

“Estamos nas cinco regiões do País, em mais de 100 cidades”, diz Sthefany Pontes, gerente de operações da Bike Fácil. Foto: Marco Ankosqui

SKAPE – As bicicletas elétricas Skape estão à venda em três opções, com aros de 16 ou 20 polegadas e potência entre 250 W e 350 W. Todas são dobráveis e têm freios a disco. À vista, custam entre R$ 7.600 e R$ 10.700, mas dá para parcelar em até dez vezes no cartão de crédito. A estudante Raquel Carbone testou a bike e gostou demais. “É tudo de bom. Anda bem, freia bem e é muito prática. Estou pensando em comprar uma dobrável”, diz.

“É tudo de bom. Anda bem, freia bem e é muito prática. Estou pensando em comprar uma dobrável”, diz a estudante Raquel Carbone. Foto: Marco Ankosqui

QUERO PEDALAR – A Quero Pedalar surgiu para conectar pessoas que queiram fazer passeios ou aprender a pedalar. Segundo Lilian Frazão, sócia-presidente da startup, 40% da população não sabe andar de bicicleta. A startup criou um simulador com base em uma bike, um pequeno ventilador e óculos 3D. “Gente, estou pedalando na Av. Paulista! Muito boa a experiência”, afirma a engenheira Gianina Massenlli, que costuma andar de bicicleta apenas quando vai ao litoral.

“Gente, estou pedalando na Av. Paulista! Muito boa a experiência”, afirma a engenheira Gianina Massenlli. Foto: Marco Ankosqui

TRICICLO ELÉTRICO – Com três rodas, espaço para o condutor e dois passageiros no banco de trás, o pequeno Grilo possui 2,7 metros de comprimento e motor elétrico. Atinge 50 km/h e  autonomia de 80 km. O casal Amauri de Souza e Gleise Rodrigues aprovou a novidade. “Traz sensação de segurança, tem potência e estabilidade”, diz ele. “A altura da cabine favorece o conforto e a visibilidade”, garante ela. O Grilo roda como carro de aplicativo em Porto Alegre (RS). Em São Paulo, está operando para empresas e aguarda liberação da prefeitura para operar também como carro de aplicativo.

“O carrinho traz sensação de segurança, tem potência e estabilidade”, diz Amauri de Souza. Foto: Marco Ankosqui

A IMPORTÂNCIA DA COMBINAÇÃO ENTRE ETANOL E ELETRIFICAÇÃO

Em painel no Parque da Mobilidade Urbana (PMU), vice-presidente de Assuntos Regulatórios da Stellantis dá detalhes sobre a plataforma BIO-ELECTRO que promove esse encontro voltado para descarbonização

Pelo segundo ano consecutivo, a Stellantis, líder do mercado automotivo no Brasil e na América do Sul, marcou presença como patrocinadora no Parque da Mobilidade Urbana (PMU), maior evento do segmento no País e que nesta edição foi realizado no Complexo do Pacaembu, na capital paulista, entre 22 e 23 de junho. João Irineu Medeiros, vice-presidente de Assuntos Regulatórios da Stellantis para a América do Sul, participou do painel “Como superar as barreiras da infraestrutura dos carros elétricos no Brasil?”, ao lado de Paulo Maisonnave, responsável pela Enel X Way Brasil, Diego Duarte, cofundador da EZVolt, e Guilherme Cavalcante, CEO e fundador da Ucorp.

De acordo com Medeiros, a Stellantis tem como meta de atingir a descarbonização completa de seu ciclo produtivo até 2038. “Temos o desafio de desenhar a rota tecnológica para essa transição, levando em conta os compromissos que anunciamos e ratificamos, como o Acordo de Paris”, disse. Mesmo com a maior frota atual de elétricos, com sete modelos (veja no destaque), a empresa acredita que o caminho para superar os gargalos atuais de infraestrutura passa por uma transição gradual, combinando etanol e a eletrificação, estratégia que no País foi batizada de BIO-ELECTRO. “Nosso objetivo estratégico é nacionalizar soluções, tecnologia e produção, impulsionando uma onda setorial de reindustrialização”, completa.

Segundo Medeiros, a Stellantis trabalha com o objetivo de desenvolver e fazer a produção no Brasil de veículos híbridos flex, baseados na combinação de etanol e eletrificação. “Mas é fundamental começar, o quanto antes, a preparar toda a cadeia, levando em conta que um automóvel possui 4 mil componentes e leva em torno de 3 anos para ‘sair do forno’. Esse é um trabalho muito criterioso, que envolve discussões com todos os envolvidos, mas que irá gerar inúmeras oportunidades”, finaliza.

Maior frota

Conheça os eletrificados da Stellantis

Citroën ë-Jumpy

Fiat 500e

Fiat e-Scudo

Jeep Compass Serie S 4xe Híbrido Plug-in

Peugeot e-208

Peugeot e-2008

Peugeot e-Expert

Fonte: Terra

RAIN BIRD E SUSTENTABILIDADE: UMA PARCERIA VERDE PARA O FUTURO

A sustentabilidade tem sido um dos principais pilares para as empresas que buscam inovação e responsabilidade ambiental. Nós, a Rain Bird, líder mundial em sistemas de irrigação, temos nos destacado pelo nosso compromisso em desenvolver soluções eficientes e eco-amigáveis para cuidar dos recursos naturais e promover uma relação harmônica entre a tecnologia e o meio ambiente.

Um dos principais aspectos da sustentabilidade da Rain Bird é a nossa ênfase na eficiência hídrica. Desenvolvemos produtos que promovem O Uso Inteligente da Água™, reduzindo o desperdício e promovendo a conservação desse recurso tão valioso. Através de sistemas de irrigação inteligentes, como os rotores e aspersores com tecnologia de distribuição uniforme e ajustável, garantimos que a água seja utilizada de maneira eficiente e responsável.

Investindo constantemente em pesquisa e desenvolvimento, criamos soluções inovadoras que atendem às demandas crescentes por sustentabilidade e eficiência. Nossos produtos incorporam tecnologias avançadas, como sensores de umidade e controle remoto via aplicativo, permitindo um gerenciamento preciso e automatizado da irrigação. 

Essa combinação de inovação e sustentabilidade resulta em economia de água, energia e tempo. Além disso, desempenhamos um papel ativo na promoção da conscientização sobre a importância da sustentabilidade e do uso responsável dos recursos naturais. Oferecemos treinamentos, workshops e materiais educativos para profissionais do setor e clientes, enfatizando a necessidade de implementar práticas de irrigação sustentáveis.

Fernando Haddad, General Manager da Rain Bird Brasil 

Buscando constantemente parcerias com organizações e iniciativas que compartilham de nossa visão sustentável, somos membros do U.S. Green Building Council e possuímos certificações que atestam nosso compromisso com a sustentabilidade, como a WaterSense, programa da Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) que identifica produtos e serviços que economizam água sem comprometer o desempenho. Além disso, somos membros do GBC Brasil, reforçando nosso compromisso com a sustentabilidade no cenário nacional.

Em conclusão, a Rain Bird exemplifica como é possível unir tecnologia, inovação e sustentabilidade na criação de soluções eficientes e sustentáveis, contribuindo para um futuro mais verde e próspero. Nosso compromisso com a eficiência hídrica, a educação e a conscientização ambiental, bem como as parcerias e certificações que endossam nossos valores, destacam nossa empresa como referência em responsabilidade ambiental e liderança no setor de irrigação.

Por: Fernando Haddad, General Manager da Rain Bird Brasil 

ENERGIA LIMPA E RECICLAGEM: O OLHAR ESTRATÉGICO PARA O LIXO

O Brasil precisa de um olhar mais estratégico para o lixo. Dados do SINIR (Sistema Nacional sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos) apontam que apenas 37% dos municípios brasileiros dão destinação ambientalmente adequada para seus resíduos.  Em paralelo a este desafio, há o aquecimento global provocado pelas emissões de carbono. Cerca de 79% das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) no planeta são de empresas de energia, indústria e transporte. A solução para os dois problemas está justamente no gerenciamento de resíduos sustentáveis, tanto nos centros urbanos quanto nos setores agropecuários.

Os números da Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (Abren) reforçam a necessidade deste olhar estratégico. Mais da metade do lixo produzido no país, levando em consideração apenas os grandes centros urbanos, poderia gerar energia elétrica para cerca de 100 milhões de pessoas, segundo pesquisa realizada pela associação. Mas o potencial do lixo não para na geração de eletricidade para o consumo das famílias.

Os aterros sanitários urbanos são a matéria-prima para a produção do biometano, um combustível 100% renovável, fabricado a partir de resíduos sólidos urbanos. Autoridades como a ONU o consideram a principal opção para as empresas avançarem em suas jornadas Net Zero e reduzirem suas emissões, principalmente nas operações de suas fábricas e no transporte logístico de seus empreendimentos.

No maior aterro sanitário da América Latina, localizado em Seropédica, município do estado Rio de Janeiro, o biometano já é realidade. A partir de 10 mil toneladas de lixo que chegam diariamente da Região Metropolitana do Rio, são produzidos cerca de 130 mil m³/dia do biocombustível. Além de evitar que o metano, gás 25 vezes mais poluente do que o dióxido de carbono (CO₂), chegue na atmosfera, o tratamento correto ao resíduo abastece carros e caminhões. E, também, fornece energia a parques industriais complexos, como os cervejeiros e metalúrgicos. Tudo isso sem emissão de gases de efeito estufa.

Estudos da Associação Brasileira do Biogás (ABiogás) apontam que o biometano tem potencial para substituir quase 40% da demanda nacional de energia elétrica. E vai além: poderia suprir até 70% do consumo de brasileiro de diesel, evitando novas emissões. Em um país movido basicamente pelo modal rodoviário, a substituição é o ponto de virada rumo à transição energética e à jornada Net Zero.

Falando em transição, os números oficiais sobre o potencial nacional deixam o Brasil em vantagem global. Atualmente, o país apresenta o maior potencial energético de biogás do mundo, ainda de acordo com a ABiogás. Levando em consideração os setores sucroenergético, proteína animal, produção agrícola e saneamento, a produção pode chegar a 43,2 bilhões Nm³/ano de biogás, que pode ser transformado em biometano ou utilizado para a geração de energia elétrica.

Em Mato Grosso, numa área de 430 km2, os dejetos de mais de 550 mil suínos por ano são transformados em cerca de 3MW de energia elétrica. Com a destinação correta dos resíduos, a propriedade rural chega a produzir quase a totalidade da energia que consome, evitando mais de 3.600 toneladas por ano de metano na atmosfera.

Vale ressaltar os benefícios da geração de energia elétrica a partir de dejetos da agropecuária. Quando transformados em energia limpa e renovável, o biogás promove a economia circular na propriedade e passa a ser a solução correta para tratar passivos ambientais e acelerar a transição da matriz energética.

Mas, para chegar no patamar dos 43,2 bilhões Nm³/ano de biogás que o Brasil tem condições de produzir, seja a partir de resíduos de propriedades rurais ou urbanas, é preciso adotar práticas de gerenciamento mais sustentáveis para esse “lixo”. São soluções simples e inovadoras, que podem nortear nossa política energética e de saneamento, como a triagem, a reciclagem, a compostagem e a própria valorização do potencial energético do lixo. Isso sem mencionar que a correta separação dos resíduos ajuda na reinserção de matéria-prima no ciclo produtivo, evitando a produção de novos plásticos e metais, e promovendo a economia circular. É preciso ter políticas públicas adequadas para o manejo dos resíduos e incentivo para o desenvolvimento de tecnologias ainda mais eficientes.

O mundo, e em especial o Brasil, precisam pensar de forma estratégica e responsável para o lixo. A recuperação energética de resíduos oferece solução imediata aos principais desafios do planeta: dar destinação eficiente e renovável ao lixo produzido por uma população mundial que não para de crescer e, ao mesmo tempo, criar uma fonte de energia limpa, considerada 100% renovável. Tudo em prol de um planeta mais limpo e sustentável. As futuras gerações agradecem.

Fonte: CNN Brasil

BYD VAI TRAZER AO BRASIL COMPACTO ELÉTRICO DE R$ 55 MIL

Para Stella Li, automóvel terá novas funções no cotidiano das pessoas, vão servir para fazer uma festa com churrasco ou virar escritório temporário

A chinesa BYD, líder mundial em vendas de carros elétricos, aposta na boa relação entre custo e benefício e na alta tecnologia para conquistar o mercado nacional. A empresa confirmou ao GLOBO que trará ao país, em 2024, o Seagull, modelo mais barato de seu portfólio, lançado em abril na China pelo equivalente a R$ 55 mil. A empresa anuncia nesta terça-feira a construção de uma nova fábrica no país, na Bahia.

Na semana passada, a empresa lançou no Brasil o Dolphin, hatch de entrada que vem com internet e karaokê e custa R$ 149 mil, e que vendeu nada menos do que 307 unidades em apenas dois dias.

Em entrevista durante sua passagem pelo Rio — antes de seguir para Salvador e após ter estado em Brasília com o presidente Lula — a vice-presidente global da BYD, Stella Li, disse que o mercado brasileiro tem vocação natural para eletrificar sua frota. A matriz elétrica renovável do país amplia a vantagem desses modelos aqui, avalia a executiva.

O movimento da BYD ocorre em meio a um cenário complicado para a indústria automobilística nacional, com uma série de férias coletivas e layoffs das montadoras para ajustar a produção à demanda moderada, mesmo após o pacote do governo para dar descontos a veículos com preço de até R$ 120 mil.

A BYD vai anunciar uma fábrica na Bahia nos próximos dias?

A Salvador, iremos na próxima terça-feira. Teremos muitas informações empolgantes para anunciar. Além disso, a BYD lançou o Dolphin no mercado dois dias atrás. E já se tornou um carro muito popular, vendemos muitos carros imediatamente (foram 307 unidades em dois dias).

O Dolphin tem recursos como karaokê, você pode jogar videogame, pode controlar por voz, mas ao mesmo tempo, é um carro elétrico acessível. O conceito geral é permitir que todas as pessoas aproveitem a eletrificação.

O otimismo da BYD contrasta com o momento do mercado brasileiro, com muitas fábricas em layoff ou férias coletivas. Como avalia o cenário?

Na verdade, se observarmos a matriz elétrica do Brasil, é composta por 75% de energia hidrelétrica e agora há uma parcela considerável de energia solar. No Brasil, a eletrificação é o destino, não há como voltar atrás, porque vocês já têm uma matriz elétrica muito limpa aqui naturalmente.

Os dados mostram que se você dirige um carro elétrico, você economiza muito dinheiro, é mais barato. Então, esse tipo de informação está sendo percebida pelo consumidor.

Assim que nós promovermos mais a eletrificação de frotas comerciais, todos os táxis, Uber, e até mesmo a indústria, o setor privado vai impulsionar a construção de pontos de recarga. Após dirigir por seis meses ou um ano, você vai perceber que vai economizar. Assim, o mercado vai aquecer.

O Dolphin chegou no Brasil por R$ 150 mil, isso é barato para o padrão brasileiro?

R$ 149 mil (risos). A cada cinco minutos, vendemos dois carros (foram 307 unidades desde o lançamento, na quarta-feira). Até o próximo ano podemos introduzir outro modelo, de preço mais baixo e também com um design bonito, e assim oferecer a oportunidade para que mais pessoas desfrutem do seu primeiro carro elétrico com uma sensação premium de inovação. (O modelo a ser lançado no Brasil será o Seagull).

No Brasil, como fica o papel do etanol na eletrificação?

Achamos que, no futuro, o mercado será talvez 50% de veículos elétricos puros e 50% de veículos híbridos plug-in (PHEV). Quando falamos de PHEV, na parte do combustível, podemos ter etanol. Então, um PHEV com bateria e etanol seria o destino final da tecnologia para o Brasil.

A BYD já tem veículos híbridos a etanol em outros países?

Lançamos aqui o nosso modelo Song Plus DM-I, que é o nosso modelo mais popular globalmente. Esse modelo é um PHEV, e, atualmente, já funciona com gasolina e a mistura de até 25% de etanol (conforme especificação do Brasil). Dentro de um ano e meio, vamos introduzir um motor flex-fuel, o que significa que você será livre para usar gasoline ou etanol.

Quanto tempo leva para o mercado ter 50% de carros elétricos no Brasil?

Na China, levou dez anos para sair de zero para 1% (de participação dos carros elétricos no total do mercado), mas levou apenas três anos de 1% para 5%. E, depois, de 5% para 10%, apenas um ano. Então, achamos que essa aceleração pode acontecer no Brasil.

O Brasil pode ser plataforma para vender para outros países latino-americanos?

Sim, esse é o nosso plano. No Brasil, estamos investindo com tudo, vamos construir um hub de produção. Construiremos capacidade para produzir carros elétricos e híbridos plug-in aqui, não apenas para o mercado brasileiro, mas também para fornecer para outros países da região.

A fábrica na Bahia é suficiente para esses planos?

Nossa estratégia é construir uma fábrica muito boa e de grande porte no Brasil. E então traremos toda a tecnologia para o Brasil. A BYD não é apenas uma empresa de carros de passageiros. Temos a sorte de ter todo o ecossistema.

Temos uma grande fábrica em Campinas para produzir painéis solares, e a fábrica pode ser expandida. Somos uma empresa de baterias de armazenamento de energia. E fornecedores de suprimentos para ônibus elétricos e caminhões elétricos.

Então, precisamos expandir nossa produção de chassis. Produziremos baterias, produziremos materiais brutos para baterias e todos os tipos de suprimentos. Toda essa tecnologia, essa indústria, existe uma chance para a BYD construir localmente, expandir e ajudar a desenvolver no Brasil.

Quanto a empresa planeja investir nos próximos anos?

Isso é o que vamos anunciar na terça-feira (na Bahia).

O Dolphin veio com karaokê. Há planos de adaptar as tecnologias dos carros da BYD ao perfil do brasileiro?

Acho que os modelos que já temos são adequados para o povo brasileiro, especialmente para os jovens apaixonados por essa tecnologia.

Queremos trazer esse espírito de inovação para o Brasil por meio dos nossos carros elétricos inteligentes.

Com esses carros, você pode ir para a praia ou a qualquer lugar, e você pode usar o V2G (vehicle-to-grid, o carro como fornecedor de energia), para ter uma caixa de som, usar a eletricidade para fazer uma festa e até usar sua eletricidade para cozinhar um churrasco. É uma visão legal do futuro.

Quando você pensa em carro, não se trata apenas do motor e dos assentos, certo? Pode ser o seu escritório móvel, sua conexão inteligente, você pode fazer uma reunião pelo Zoom e ter sua agenda do telefone automaticamente conectada ao seu carro.

Estamos trazendo toda a indústria de telefonia para dentro do carro. E, na BYD, somos uma plataforma aberta. Damos as boas-vindas a todos os jovens inovadores que queiram desenvolver aplicativos e nosso carro se torna uma espécie de rede.

E nosso carro tem uma característica única do V2G e poder conectar o carregador e abastecer a sua casa se faltar energia.

Algumas empresas pedem o fim dos benefícios tributários a importados elétricos. Qual é sua visão sobre os incentivos?

É preciso continuar com incentivos tributários para trazer novas tecnologias. Para as empresas que já estão produzindo aqui, é preciso dar a liberdade de continuar com taxa zero no imposto de importação.

A indústria automotiva, depois de cem anos, pela primeira vez, está se tornando um centro de inovação. Então, é muito importante, para o Brasil, oferecer um ambiente muito favorável, para atrair toda a inovação e para impulsionar a demanda local.

Novos ‘serviços’ pesam no preço da passagem aérea: Veja as novas taxas cobradas pelas empresas
Se você depender apenas da importação de carros, talvez não seja sustentável. Se você estiver fabricando aqui, talvez a fábrica permita produzir três ou cinco modelos, mas temos a chance de trazer 20 modelos para cá, com as mais diferentes tecnologias.

O Brasil deveria recebê-los de braços abertos, para impulsionar a indústria local e promover a inovação.

Fonte: O Rebate