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3 AÇÕES QUE EXPLICAM O URBANISMO FEMINISTA

Objetivo é tornar as cidades mais seguras para as mulheres

O medo de caminhar à noite em uma rua escura ou passar por um local sem movimento está presente na vida das mulheres. Entretanto, o urbanismo feminista tem como objetivo acabar com estes momentos de insegurança.

Em suma, o conceito significa desenvolver cidades seguras também para as mulheres. Afinal, os espaços urbanos nunca tiveram esse foco no momento da construção do projeto.

Assim, o urbanismo feminista tem como objetivo criar estruturas urbanas seguras e acessíveis para mulheres. Deste modo, a proposta vai muito além de apenas iluminar as ruas ou criar sistemas de vigilância. Inclui também criar espaços de convivência e áreas externas que não sejam “escondidos” e podem ser vistos de outras residências e comércios.

Relatório da ONU pede mudanças em áreas urbanas para mulheres

A importância deste movimento é evidenciada por uma iniciativa global da Organização das Nações Unidas (ONU): a Cidades Seguras. Desde 2011, a medida oferece apoio a governos, empresas privadas, organizações não governamentais (ONGs), entre outros parceiros, com o objetivo de criar espaços públicos seguros para mulheres e meninas em ambientes urbanos e rurais.

De acordo com um relatório de 2022, da Universidade de Liverpool em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), as cidades não foram projetadas considerando as mulheres. O documento pede ações para remover o preconceito de gênero das áreas urbanas, melhorar a segurança, a saúde, o acesso à educação e ao emprego para mulheres.

Segundo o estudo, cerca de 4,5 bilhões de pessoas, ou 55% da população mundial, vivem em metrópoles, e 50% da população mundial é composta por mulheres e meninas. O relatório propõe aos tomadores de decisão, designers e planejadores urbanos que “trabalhem para cidades mais inclusivas, seguras e equitativas para as mulheres”.

As principais questões incluem o assédio sexual em espaços públicos, refletido pelas experiências de 97% das mulheres de 18 a 24 anos no Reino Unido, e a falta de acesso a instalações adequadas, com um terço das mulheres em todo o mundo sem banheiros adequados.

Ainda segundo o estudo, o preconceito de gênero embutido nas cidades também inclui a representatividade. Afinal, se reflete na homenagem aos heróis do passado e do presente por meio de monumentos públicos, com apenas 2% ou 3% das estátuas representando mulheres em todo o mundo.

Confira 3 ações que exemplificam o urbanismo feminista:

Projeto habitacional em Viena

Na década de 1990, a cidade de Viena, capital da Áustria, desenvolveu o maior projeto habitacional da Europa construído por e para mulheres. O ambiente proporciona segurança para caminhar nas ruas, além de facilitar as tarefas domésticas e familiares do cotidiano. Afinal, as varandas e janelas permitem a observação da rua e as mulheres não têm que passar por pontos “escondidos”.

Ao todo, são 357 moradias que foram finalizadas em 1997 e viraram referência na área de Arquitetura. Entre os principais destaques do projeto está a vigilância passiva. Por exemplo, há ligações visuais entre o apartamento, a escada, o jardim, o pátio, as praças e as ruas.

Com isso, todos podem ver o que está acontecendo e não há pontos sem visibilidade. Além disso, o térreo é aberto e as garagens também possuem uma estrutura sem pontos escuros, com iluminação natural.

Caminhos Seguros no México

Em 2019, a Cidade do México criou o Caminhos Seguros. Trata-se de um programa que incentiva o uso do espaço público e previne crimes.

O Ministério de Obras e Serviços da Cidade do México, responsável pelo programa, realizou mudanças como o aumento da iluminação pública com LED, a instalação de câmeras de vigilância, botões de emergência, limpeza de áreas verdes, entre outros pontos.

Deste modo, foram criados mais de 500 km de caminhos seguros. Além disso, foram instalados mais de 11 mil botões de alerta e 65 mil câmeras de vigilância.

Lei na Espanha

Já a Espanha possui uma lei que garante igualdade entre homens e mulheres no planejamento urbano. Assim, todo projeto deve trazer um relatório de impacto de gênero.

Assim, cada mudança no espaço urbano deve levar em consideração a segurança das pessoas, tanto de dia quanto de noite. Portanto, o resultado é a ausência de áreas escuras, maior iluminação e manutenção de áreas verdes.

Fonte: Mobilidade Estadão

CONHEÇA O SELO VERDE, CERTIFICAÇÃO QUE ATESTA O COMPROMISSO DAS EMPRESAS DE TRANSPORTE COM O MEIO AMBIENTE.

Promover o uso do transporte coletivo de forma sustentável sempre foi um compromisso da Semove. Desde 1997, a entidade mantém o Programa Ambiental Semove, que possui diversas linhas de ação, incluindo a gestão ambiental empresarial e a educação ambiental do setor.

A entidade também foi pioneira ao criar o primeiro Centro de Serviços Ambientais – CSA – do setor de transportes do país. O Centro tem a missão de promover a melhoria do desempenho ambiental dos veículos, através da melhor gestão ambiental e do incentivo ao uso de combustíveis e tecnologias alternativas nos ônibus.

Uma importante iniciativa do Programa Ambiental é o Convênio Selo Verde, fruto de uma parceria entre a Semove, o Inea (Instituto Estadual do Ambiente) e o Despoluir – Programa Ambiental do Transporte da CNT e do SEST/SENAT. O Selo Verde tem como objetivo reduzir a emissão de gases poluentes no meio ambiente e o consumo de diesel pelas empresas de transporte coletivo.

O projeto consiste na medição e controle da emissão de poluentes pelos motores dos ônibus através de equipamento especializado. A medição é feita a cada quatro meses por técnicos do convênio, que percorrem as sedes das empresas com as cinco unidades móveis do Programa Despoluir, analisam a qualidade do combustível e medem a opacidade da fumaça preta dos veículos.

As avaliações são realizadas de acordo com critérios estabelecidos pela legislação ambiental estadual, segundo a Resolução Conema 58, que aprova a NOP-Inea 14 – Procon Fumaça Preta. Os veículos que estão em conformidade com os níveis aceitáveis de poluição recebem o adesivo do Selo Verde. O serviço inclui também a entrega de laudos e o acesso a um banco de dados que permite a consulta ao histórico de medições da frota.

Os resultados gerados pelo Convênio Selo Verde para a melhoria da eficiência energética do setor de transportes por ônibus no Rio de Janeiro são evidentes, conforme comprovam os números do projeto no último ano:

-Em 2022, foram aferidos 51.527 veículos e, desse total, 99,4% foram aprovados. Isso significa que 48.432,91 toneladas de CO2 deixaram de ser emitidas.

-No mesmo período, 1.087,97 toneladas de material particulado deixaram de ser emitidas e mais de 18 milhões de litros de diesel também deixaram de ser consumidos.

Diante desses resultados positivos, a expectativa da Semove para 2023 é ampliar o convênio, com a aquisição de novas unidades móveis para a aferição dos motores dos ônibus, e estimular a adoção de práticas ambientalmente responsáveis, diminuindo os impactos no meio ambiente e na saúde pública.

A entidade acredita que através do seu olhar atento para a questão ambiental está contribuindo também para a melhoria da qualidade de vida da população e assumindo, cada vez mais, um papel decisivo para a construção de um futuro melhor para toda a sociedade.

Fonte: SEMOVE

EQUIDADE DE GÊNERO NA MOBILIDADE URBANA

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Para fazer a transição justa para a economia de baixo carbono precisamos de sistemas de transporte feministas

O transporte público é um direito essencial, que viabiliza o acesso a outros direitos como saúde, educação, trabalho, lazer e descanso. As mulheres são a maioria entre as pessoas que utilizam o transporte público no Brasil, mas a minoria entre as pessoas que trabalham no setor de transportes, este que oferece uma ampla gama de oportunidades de emprego. Ciente da importância da pauta de gênero, o governo alemão se comprometeu com uma Política de Desenvolvimento Feminista, o que se reflete nos diferentes segmentos e projetos que implementa no mundo e no Brasil.

Buscando por equidade na representação feminina em espaços de tomada de decisão sobre as políticas públicas, a GIZ lançou no Brasil no ano passado a Rede de Lideranças Femininas Urbanas, cujo objetivo é fortalecer a gestão pública feita por mulheres por meio de encontros, networking, palestras e capacitações. Para que as mulheres se sintam acolhidas, reconhecidas e valorizadas, foram criados espaços para trocas, acolhimento, aprendizagem mútua e crescimento entre prefeitas, secretárias e líderes de equipes técnicas.

Neste ano de 2023, também a Iniciativa Transformadora de Mobilidade Urbana (TUMI) terá um foco ainda maior em trabalhar pela equidade de gênero no setor de transportes. Desde sua origem em 2016, a iniciativa TUMI é orientada a priorizar o acesso à mobilidade, em especial às mulheres, às pessoas negras, com mobilidade reduzida e de baixa renda.

Uma de suas principais frentes é a Women Mobilize Women, ação global que tem como objetivo incentivar que as mulheres sejam protagonistas do desenvolvimento das cidades. Como ressalta Eveline Trevisan, coordenadora de Sustentabilidade e Meio Ambiente da BHTrans – eleita uma das Vozes Feministas Notáveis ​​no Transporte em 2023 (premiação no âmbito do Women Mobilize Women) –, as cidades são historicamente planejadas por homens e o primeiro passo para um sistema de transporte feminista é compreender que a maioria das mulheres se desloca de forma muito diferente da maioria dos homens.

Nas palavras de Eveline, as mulheres fazem deslocamentos muito mais diagonais e entrecortados. Algo muito característico do deslocamento feminino é a mobilidade ativa, ou a pé, e precisamos de calçadas mais seguras. Mulheres negras que vivem nas periferias são as mais afetadas negativamente pela forma como as cidades foram construídas no passado. É muito comum que os deslocamentos das mulheres nas cidades sejam moldados pelo medo, lembra Kelly Fernandes, assessora técnica da GIZ pelo programa EUROCLIMA+ – o principal programa de cooperação da União Europeia com a América Latina sobre sustentabilidade e mudanças climáticas -, e ponto focal no tema de diversidade na mobilidade urbana. 

Pessoas do sexo feminino são as maiores vítimas de violência e importunação sexual no transporte público coletivo e ativo. Nos últimos anos, campanhas de algumas cidades, como São Paulo e Fortaleza, para divulgar canais de denúncias nos transportes, fizeram aumentar o registro de ocorrências, encorajando mulheres a denunciar e acuando importunadores. Ruas mais iluminadas, mobiliários urbanos que dificultem que os assediadores se escondam atrás deles, e calçadas em melhor estado são essenciais para tornar a mobilidade nas cidades mais segura para as mulheres. 

Kelly e Eveline também destacam que o deslocamento feminino está muito ligado ao papel de cuidado que culturalmente é atribuído às mulheres. Para além da sobrecarga por causa da não divisão ou divisão desigual do trabalho doméstico e de cuidado da família, elas também são as maiores prejudicadas pelo crescimento do número de veículos em circulação nas vias e consequente aumento do tempo de viagem total. Políticas públicas de transporte com foco na criança devem ser pensadas levando em consideração o impacto desigual no público feminino, porém de forma ainda a superar os estereótipos de gênero no exercício do cuidado familiar. A integração de modais com pagamento de bilhete único é importante para não afetar desigualmente a renda delas. 

Para trilhar uma transição justa é preciso aproveitar a mudança de matriz energética das frotas de ônibus, de diesel para elétrica, para também transformar a forma como as mulheres se deslocam. Analisando as questões de gênero nas pesquisas que antecedem as mudanças, bem como as questões raciais e de renda, com um olhar interseccional entre essas variáveis – e ampliando assim a coleta de dados no Brasil. Os novos empregos que surgem neste processo devem ser ocupados por motoristas mulheres e especialistas em transporte público. 

Ao longo dos últimos meses, a TUMI E-Bus Mission realizou juntamente com nosso parceiro UITP, treinamentos online com foco na diversidade e inclusão no transporte público, onde foram debatidos os benefícios do desenvolvimento de sistemas de transporte público inclusivos. A capacitação enfocou tanto as esferas da operação de transporte público quanto a implantação de projetos de ônibus elétricos, e proporcionou às pessoas participantes um espaço de aprendizado e intercâmbio. Estudos de caso bem-sucedidos e exemplos de boas práticas foram apresentados e as pessoas se envolveram em discussões sobre diversidade e equidade de gênero no setor de transporte. A capacitação foi uma ótima oportunidade para construir estratégias organizacionais em prol da inclusão. Os resultados vão beneficiar a todas as pessoas. 

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities 

SAVE THE DATE: ABDIB FÓRUM 2023

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Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base – ABDIB –, com 67 anos de atividade e com mais de 120 empresas associadas, tem a satisfação de convidá-los para participar do ABDIB Fórum 2023 – Avanços na Infraestrutura e Reindustrialização, a realizar-se no dia 12 de abril, no Centro de Convenções Brasil 21, em Brasília. O fórum pretende reunir mais de 600 participantes, dentre os quais executivos das principais companhias públicas e privadas do setor, além de lideranças e especialistas nos assuntos mais críticos para a realização de investimentos em infraestrutura e indústrias de base no Brasil.

Há consenso quanto aos efeitos multiplicadores positivos dos investimentos em infraestrutura sobre a demanda agregada, a renda e a geração de empregos. A reindustrialização por sua vez, é fundamental para o desenvolvimento e a difusão da inovação, e elevação da participação do Brasil no comércio internacional com bens de maior valor agregado. É nesse contexto que defendemos a formulação de uma estratégia de desenvolvimento capaz de romper com a inércia recessiva da última década, acelerando os investimentos em infraestrutura com maior apoio do setor público e retomando o processo de reindustrialização. Essa estratégia deve estar inserida no movimento de transição energética rumo à economia verde e à desglobalização regional das cadeias produtivas de valor, ambas pautadas pelas regras ESG.

Este é o momento para reunir todo o setor com os poderes da república, para debater os desafios que agora temos a frente, com várias palestras e discussões sobre os temas mais relevantes dos assuntos acima mencionados, para a retomada do desenvolvimento.

Confira a programação do evento. 

NOVO PADRÃO BRASILEIRO DE AUTONOMIA PARA VEÍCULOS ELÉTRICOS É SINAL DE EVOLUÇÃO DO MERCADO

Por Diogo Seixas*

Os brasileiros que pretendem ou pensam em adquirir um carro elétrico podem ficar tranquilos. A autonomia das baterias não vai diminuir, ao contrário do boato que se espalhou nas redes sociais no início de 2023.

O temor de que os veículos elétricos seriam capazes de rodar menos quilômetros (com a mesma bateria de antes) começou depois da revisão da autonomia de dois automóveis elétricos da Volvo, que “de um dia para o outro” tiveram suas autonomias reduzidas drasticamente.

A mudança foi explicada pela adoção do PBEV (Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular) do Inmetro, que visa padronizar a forma como se mede a autonomia de todos os BEVs (carros 100% elétricos) vendidos no Brasil — além de impactar PHEVs (híbridos plug-in) também, mas em menor medida.

O que vai mudar na autonomia dos carros elétricos?

A nova metodologia acabou reduzindo o número de autonomia média que se conhecia até então. Mas, calma, isso não significa que houve um recálculo e foi constatado algo negativo. Trata-se apenas de uma adaptação do mercado brasileiro, que, enfim, terá uma padronização — e isso pode ser positivo. De forma geral, anteriormente cada montadora divulgava o número que quisesse, com base em testes diferentes e sem padrão uniforme.

O grande problema era que cada carro elétrico vendido no Brasil tinha sua autonomia calculada por ciclos de testes diferentes: EPA (vigente no mercado norte-americano), WLTP (mercado europeu), e CLTC (mercado chinês) são três exemplos de padrões que variavam muito entre si.

Falando de forma simplificada: é como se um carro elétrico produzido na Europa tivesse um método de cálculo de autonomia, enquanto aqueles fabricados na China ou Estados Unidos utilizariam outros métodos de cálculo. Evidentemente, isso gerava distorções e era difícil comparar números baseados em regras que podiam ser mais rígidas ou mais brandas.

O novo padrão do PBEV visa simplificar isso e possibilitar comparações mais justas. De forma geral, as autonomias deverão ser mais baixas no cálculo brasileiro, ainda que a bateria do carro vendido aqui seja a mesma de outros países, pois optou-se por uma postura mais conservadora a fim de nivelar as expectativas.

Por que e quando a autonomia vai mudar?

Então, você pode se perguntar: por que o cálculo brasileiro considera autonomias inferiores em relação às testadas em laboratórios internacionalmente?

A explicação ainda é incerta e carece de esclarecimentos do próprio Inmetro, porém especulam-se diversas possibilidades: modos diferentes de condução, hábitos diversos do condutor, temperatura ambiente superior, entre outros fatores.

Mas a verdade é que a medida ainda é muito recente para tirarmos conclusões. Devemos aguardar que a portaria do Inmetro seja publicada para ter a noção exata de como será o novo cálculo e quais os motivos da redução na autonomia estimada.

Algumas montadoras também seguiram a Volvo e já estão atualizando as autonomias de seus veículos, mas é provável que alguns desses números estejam incorretos por erro na aplicação das novas fórmulas de cálculo, e ainda levará alguns meses para termos dados oficiais atualizados.

Até lá, o importante é manter a calma e ter a clareza de que, na prática, a autonomia não vai diminuir, e continua sendo dependente mais do seu modo de condução e uso do veículo.

A mudança de autonomia será positiva para o setor?

Inicialmente, parece positivo termos um padrão brasileiro de medição de consumo e autonomia dos veículos vendidos aqui. Até então, o sistema com cada montadora anunciando suas autonomias de veículos elétricos em padrões diferentes e não comparáveis gerava confusões.

O problema que estamos tendo neste momento, é que o PBEV não foi bem compreendido pelo mercado e nem aplicado corretamente por algumas montadoras, de forma que os números de autonomia divulgados a princípio estão bem abaixo da realidade.

A tendência é que isso se corrija nos próximos meses, à medida que os diversos agentes envolvidos aplicam as fórmulas de cálculo de forma correta e padronizada, para que os números reflitam a verdadeira autonomia média alcançada pelos veículos elétricos no Brasil. Caso atinjamos esse objetivo, será um forte sinal de maturidade da mobilidade elétrica no nosso país, trazendo dados claros e padronizados para os consumidores.

Com informações da Assessoria de Imprensa
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* Diogo Seixas é CEO da NeoCharge e um dos maiores especialistas do Brasil 
em Veículos Elétricos. É também diretor de duas das entidades mais 
importantes do setor: ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico) 
e ABRAVEI (Associação Brasileira dos Proprietários de Veículos 
Elétricos Inovadores), entre outras organizações.

PARA EXPANDIR 5G, GOVERNO FEDERAL ATUA PARA QUE CIDADES ATUALIZEM LEIS SOBRE ANTENAS

Juscelino Filho, ministro das comunicações, quer divulgar necessidade da atualização de leis para prefeitos; somente 271 cidades ampliaram regras para mais antenas

O leilão do 5G aconteceu em 2021, mas isso não significa que as operadoras estão prontas para oferecer o sinal em todos os lugares. Os novos padrões demandam mais antenas, e as teles esbarram em legislações municipais que dificultam ou até mesmo impedem a construção de novas torres. O governo federal tomou frente para intermediar a atualização dessas leis.

Antena de celular (imagem ilustrativa: Lucas Braga/Tecnoblog)
Antena de celular (imagem ilustrativa: Lucas Braga/Tecnoblog) Foto: Tecnoblog

Uma reunião foi feita entre Juscelino Filho, ministro das comunicações, e representantes de empresas de telefonia móvel. Atualmente, 66% da população brasileira reside em municípios que não atualizaram a regulamentação para permitir a ampliação de antenas de telefonia móvel com as especificações exigidas pela tecnologia 5G.

Além disso, pouco esforço foi feito por municípios para atualizar a legislação. Segundo a Associação Brasileira de Infraestrutura para as Telecomunicações (Abrintel), somente 271 cidades brasileiras aprovaram leis para permitir maior número de antenas, crucial para a ampliação do 4G e 5G.

Para funcionar bem, 5G exige mais antenas

Com a chegada do 5G, fica ainda maior a necessidade de novas antenas, tanto pelo menor alcance de sinal da faixa de 3,5 GHz como pela maior densidade de equipamentos conectados. Os municípios também podem se beneficiar da conectividade móvel graças à Internet das Coisas, especialmente para se transformarem em cidades inteligentes.

Para tentar solucionar o problema, o Ministério das Comunicações se comprometeu a debater com os gestores municipais sobre a necessidade de atualização das leis municipais. Em conjunto com a Anatel, o órgão disponibiliza um site que apoia gestores dos municípios com informações, incluindo uma minuta de projeto de lei para ser aprovada pelas câmaras.

Essa não é a primeira vez que o governo federal atua em favor de novas antenas. Em 2022, foi sancionada uma lei federal que regulamenta o “silêncio positivo”. Com isso, as operadoras ganham autorização automática para instalação de infraestrutura caso o órgão público municipal não se manifeste no prazo de 60 dias.

Fonte: Terra

CIDADES TEMPERADAS EM CLIMA TROPICAL

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Desenvolvimentos como iluminação elétrica, transporte motorizado e cadeias logísticas avançadas fortalecem ainda mais a falsa ideia de que o ambiente urbano pode funcionar de modo independente do ecossistema planetário.

Nossas cidades são, em geral, concebidas como isoladas do ecossistema planetário: imaginamos que o ambiente urbano possa funcionar de modo autônomo, como se não fizesse parte do ambiente natural em que se assenta. Explicando melhor: todos os seres vivos deste planeta, incluindo seres humanos, fazem parte de uma complexa rede de relações que se sustentam mutuamente. Como diriam os biólogos, vivemos em um “planeta simbiótico”: o subproduto do metabolismo de um ser vivo é a fonte de nutrientes para outro ser vivo. Sem participar dessas relações, nós morreríamos. No entanto, muito das práticas do urbanismo ignoram essa rede de relações, construindo uma infraestrutura nociva a ela.

Como são comuns estratégias construtivas como a casa isolada no terreno, nenhum diálogo com seu entorno, lacrando seus habitantes em uma couraça de concreto, ou ainda os projetos de desenvolvimento urbano denominados “green field”, em que a primeira ação é devastar o bioma para plantar grama, arrancando a primeira camada do solo, a flora e a fauna nativa! Desenvolvimentos como iluminação elétrica, transporte motorizado e cadeias logísticas avançadas fortalecem ainda mais a falsa ideia de que o ambiente humano pode funcionar de modo autônomo.

A simbiose é inevitável, senão, morremos sufocados, insolados, afogados, de sede ou inanição, etc. No entanto, ela não acontece a partir dos nossos esforços construtivos, mas quase que a despeito deles.

Especificamente no Brasil e em outros países coloniais, temos um problema adicional: países colonizados herdam uma imagem de cidade que não é compatível com seus biomas. Vivemos em cidades que funcionariam relativamente bem em um bioma temperado e seco, mas a maior parte da população brasileira vive em biomas tropicais e úmidos – as regiões florestais da Mata Atlântica, da Amazônia e da Zona da Mata Nordestina. Em resumo: cidades temperadas em clima tropical.

Mesmo estando imersos em uma das regiões mais úmidas e férteis do mundo – capaz de sustentar uma biodiversidade enorme –, boa parte desses biomas foi devastada, destruída em nome do desenvolvimento econômico e urbano, dando lugar a um “gramado verde” que é gradualmente loteado e convertido em tecido urbano. Muitos de nós acreditam que não é possível outro modelo de urbanidade. É como se fosse inimaginável uma estratégia de urbanismo que parta do bioma existente para estabelecer simbioses explícitas e intencionais.

Ainda, herdamos uma arquitetura que é uma versão degradada de práticas europeias, especialmente quanto à nossa relação com nossos bioclimas: casas frias no inverno, quentes no verão, apartamentos que ignoram a insolação, verdadeiros fornos ou geladeiras, edifícios envidraçados como estufas verticais e que exigem refrigeração o ano todo, uma arquitetura vernacular moderna que é úmida e convida espécies oportunistas, como fungos (quase toda casa brasileira cheira a mofo). Como nossos invernos não são tão rigorosos, as soluções de conforto ambiental para o frio foram perdidas durante os séculos da colonização.

Quando olhamos para a arquitetura vernacular dos países europeus colonizadores, vemos que as soluções construtivas que temos aqui funcionam relativamente bem por lá. Mas, em nosso clima tropical úmido, são desastrosas.

Por outro lado, quando olhamos para a arquitetura vernacular das regiões tropicais e/ou úmidas, como Japão, Sudeste Asiático, Filipinas, Tailândia, Índia, dentre outros lugares, vemos que a tradição local é bem mais atenciosa quanto à relação dos edifícios com o sol, a água, os ventos, a topografia, a flora e a fauna locais do que a arquitetura vernacular dos países coloniais tropicais latino-americanos, especialmente o Brasil. Mesmo sendo colonizados, esses países do extremo oriente com um bioclima relativamente parecido com o nosso tiveram suas tradições construtivas preservadas. Sua história colonial foi diferente da nossa também porque já havia ali meios urbanos relativamente desenvolvidos, contando com tradições construtivas dotadas de características compatíveis com a urbanização colonial, como perenidade, densidade e controle de acesso.

As tradições construtivas do extremo oriente prevaleceram naquelas regiões até o início da industrialização da construção civil e da hiper-urbanização, em meados do século XX. Mas, hoje, até mesmo esses países adotam abordagens construtivas que são francamente opostas a uma boa relação com seus biomas locais.

Isso é expressão de um problema maior e mais amplo: de modo geral, a humanidade ignora os imperativos da rede de simbioses entre os biomas e as cidades. A consequência disso é a construção de um ambiente urbano insustentável e que ameaça a biodiversidade. A prática globalizada é a “terceirização” de nossos problemas para o meio-ambiente. Um exemplo: emissários poluindo o oceano profundo para preservar as praias dos balneários litorâneos.

A revolta dos rios urbanos.

Mas, ocasionalmente, esse movimento se volta contra nós. Como é o caso das enchentes sazonais dos grandes rios urbanos de São Paulo: o conjunto Tietê-Pinheiros é um sistema fluvial de várzea, que conta com processos naturais de assoreamento que são acelerados pela ocupação irregular do território. Para maximizar a área ocupável no entorno desses rios, o planejamento urbano paulistano optou por canalizá-los, soterrar a zona de alagamento sazonal, instalar um conjunto de represas e lagos de controle. Imaginava-se que esse sistema daria conta de disciplinar os rios de São Paulo, e criar uma vasta zona de ocupação de média e alta densidade. Essa imagem se preservou relativamente bem até meados da década de 1980, quando enchentes cada vez mais desastrosas demonstraram o absurdo de uma visão incompatível com um bioclima de alta pluviosidade e topografia única de rios caudalosos em uma condição geográfica inusitada: esse sistema flui para o interior do continente.

Esse tratamento desastroso seria compreensível se as características desse quadro fluvial fossem desconhecidas, ou que não houvesse conhecimento científico a seu respeito, ou sequer projetos urbanos que consideravam esse quadro. No entanto, Saturnino de Brito considerou essas características abundantemente conhecidas e documentadas em sua proposta para o projeto de Melhoramentos do Rio Tietê, na década de 1920: esse projeto teria criado o maior parque urbano do mundo, dotado de uma configuração paisagística única. No entanto, foi ignorado em favor do plano de avenidas de Prestes Maia, com intervenção dos negócios imobiliários para maximizar a área de desenvolvimento urbano.

Essa situação – dramática em suas péssimas consequências para o bem-estar social, a economia urbana e o saneamento – é apenas o exemplo mais extremo e inadequado de uma prática amplamente adotada em rios urbanos em clima temperado, com relativo sucesso. Mas, mesmo naquele contexto, essa prática é altamente questionável. No contexto tropical, ela poderia ser considerada um crime ambiental.

Os modelos de urbanização mais amplamente aceitos no Brasil são, em sua maioria, importados de modo acrítico e com mínimas adaptações. Eles criam um meio urbano alienado de seu bioma, com graves consequências. Umas visíveis e reconhecidas, como as enchentes sazonais, outras ocultas e sutis, como a destruição da sociobiodiversidade no meio urbano: vivemos em uma monocultura de gente e seus simbiontes oportunistas (pragas e doenças crônicas). O que poderia parecer uma solução parcialmente bem sucedida no contexto das cidades temperadas revela-se um desastre nas cidades tropicais.

Colonização e decolonização do urbanismo

A tremenda dificuldade de propor-se um verdadeiro e legítimo “urbanismo tropical” tem origem em nosso hábito colonial de importar dos países colonizadores os modos de organizar a sociedade, a economia e o território, que são aqui implantados como sinônimo de “civilização”: crença extremamente problemática, quase nunca questionada.

O desastre ecológico do urbanismo brasileiro é fruto direto do processo colonial, e só vamos superá-lo quando desenvolvermos uma abordagem de desenvolvimento urbano que de fato dialogue de modo autônomo e original com as características de nosso bioma, em um contexto sócio-político decolonial ou pós-colonial.

Neste sentido, tenho defendido a tese de que precisamos abrir espaço nas cidades para que a natureza possa ocupar um lugar saudável e relevante no território urbano. Além disso, práticas de urbanização pautadas pela devastação de biomas – como a famigerada prática de “limpar o terreno”, que consiste na destruição do bioma local, plantando-se gramíneas ou pasto – precisam ser substituídas por práticas pautadas pelo desenho de parcerias entre construções (o “artificial”) e seres vivos do bioma pré-existente (o “natural”). Ainda mais quando precisamos reintroduzir espécies do bioma local que foram erradicadas pelas práticas de desenvolvimento territorial que precedem a urbanização de alta densidade, como na construção das paisagens produtivas da agricultura intensiva, das pastagens de pecuária, ou seja, pela gestão colonial do território.

Acredito que, em um futuro sustentável, a paisagem urbana será caracterizada pela presença de infraestrutura artificial complexa e de alto desempenho, entremeada por densas e saudáveis florestas – a “infraestrutura natural” – em uma parceria profunda e de longo prazo entre a humanidade e o ecossistema.

É provável que essa seja a maior contribuição brasileira ao urbanismo de uma cultura global que será sustentável e regenerativa. O Brasil tem a chance, hoje, de ser um líder mundial em desenvolvimento urbano sustentável. Mas não faremos isso importando métodos, métricas e sistemas de pensamento dos países ditos “desenvolvidos”: eles próprios têm uma história de devastação ambiental que criou a ideia de civilização urbana que é o maior obstáculo para a criação de um modelo verdadeiramente sustentável de urbanismo.

O futuro regenerativo das cidades

O urbanismo temperado, em sua origem, não é um estrondoso sucesso socioambiental. Inclusive, podemos resumir a história das desavenças entre humanidade e meio-ambiente como a história do urbanismo eurocêntrico: desde a literal insustentabilidade de Veneza que afunda em sua infraestrutura primitiva, até a devastação do bioma europeu pela mão do desenvolvimento econômico ocidental, passando pela escassez de água nas cidades do sul da Califórnia, pela extinção de espécies induzida pela deterioração de biomas na implantação de tecido urbano em todo o mundo. São abundantes e redundantes os exemplos da destruição do meio-ambiente causada pelo choque entre desenvolvimento urbano e biomas.

Um estudo recente apresenta um panorama da relação entre humanidade e meio-ambiente ao longo dos últimos 12 mil anos. Sua decisiva contribuição foi demonstrar que, durante a maior parte desse tempo, nossa relação com o ecossistema planetário foi mutuamente benéfica, em alguns casos contribuindo para o incremento da biodiversidade de determinadas regiões – como no caso da “Terra Preta” da Amazônia. Foi apenas a partir da Revolução Industrial que passamos a sistematicamente devastar o meio-ambiente.

A cidade se tornou um sistema de isolamento e segregação socioambiental: criamos compartimentos nos quais apenas algumas poucas pessoas e espécies de seres vivos podem entrar, e achamos que isso é “boa gestão territorial”. Sob a égide dos cânones do urbanismo europeu do século XIX – baseado na oferta de habitação, educação, saúde e entretenimento para uma massa de operários – criamos uma cidade que não apenas não dialoga com o bioma no qual está inserida, como promove a ilusão que a humanidade controla esse bioma, ditando seu futuro. Não apenas não somos capazes de controlar o meio-ambiente, como nossa relação contenciosa com ele que pode terminar em desastre.

A ecologia é uma ciência relativamente nova, e sua contribuição para o urbanismo é ainda mais incipiente: a compreensão dessa “rede simbiótica” que sustenta nossas próprias vidas é ainda muito rudimentar. No entanto, já sabemos o suficiente para ter certeza que muito do que consideramos “normal” na vida urbana atual é incompatível tanto com um futuro sustentável e com a necessária regeneração dos biomas devastados pela implantação da rede urbana global.

Acredito que o ponto fundamental dessa transformação é uma mudança de percepção quanto à essência do meio urbano: precisamos abandonar a absurda ideia de autossuficiência das construções humanas, e passar a projetar simbioses, compreender que todo e qualquer modo de vida é fundamentado em estabelecer relações de apoio mútuo entre diferentes espécies. A chamada “mínima intervenção” – abordagem recorrente em ecologia – só pode existir se for baseada em processos pré-existentes no ecossistema vivo do planeta.

Com exceção de minérios, todo ar que respiramos, toda comida, todo recurso material é provido por seres vivos, direta ou indiretamente. Uma cidade sustentável é uma cidade simbiótica, e não uma construção autossuficiente.

Não existe arquitetura que funcione por conta própria para nos sustentar nesse planeta. Sempre precisamos do bioma. Como um médico, que não cura um paciente, como num passe de mágica, mas sim faz intervenções decisivas para que o corpo do paciente possa curar a si mesmo, também a arquitetura e o urbanismo devem fazer intervenções sobre um bioma pré-existente, criando condições de habitabilidade: participar da rede de forças vitais que nos sustentam no ecossistema planetário.

Não é a cidade que nos sustenta, é a cidade em relação ao ecossistema que nos sustenta. Não é a arquitetura que é habitável, e sim é a arquitetura que media nossa relação com um bioma que nos fornece as condições de habitabilidade. Nada mais. Nossos artefatos habitáveis (a cidade, a arquitetura) são ferramentas de ajuste ambiental, e não espaçonaves capazes de sustentar a vida no vácuo interestelar. Como diria Buckminster Fuller, a espaçonave é o planeta inteiro.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities  

BRASOL CRIA NOVO MODELO DE NEGÓCIO PARA O MERCADO DE ELETROMOBILIDADE COM CARREGADORES SIEMENS PARA VEÍCULOS ELÉTRICOS

  • Serviço customizado de carregamento (Charging as a Service) isenta clientes comerciais e industriais de investimentos iniciais maciços e gerenciamento de equipamentos;
  • Carregadores Siemens para veículos elétricos têm capacidade para alimentar veículos leves, caminhões, frotas de ônibus e são abastecidos com energia limpa proveniente de placas fotovoltaicas;
  • Novos cenários trazem eficiência energética, baixa pegada de carbono e economia com a adoção de soluções digitais. 
A Siemens, líder em tecnologia, e a Brasol, empresa do grupo Siemens especializada em soluções de energia distribuída no modelo de serviço, criaram um modelo de negócio inovador para o mercado de eletromobilidade. Trata-se de um serviço customizado de carregamento para veículos elétricos e geração de energia solar limpa na modalidade “Charging as a Service” (CaaS). Com ele, o cliente do setor industrial ou comercial fica isento da compra e do gerenciamento dos equipamentos da Siemens, que ficam sob a responsabilidade da Brasol durante o período de contratação.
Os carregadores de alta potência têm a capacidade de alimentar veículos leves, caminhões e frotas de ônibus com potências de 30 kW a 300kW, de acordo com a sua configuração. Podem ainda recarregar múltiplos veículos sequencialmente com o fornecimento de equipamentos que se adaptam à estrutura, oferecendo inclusive todo o ajuste do sistema elétrico do local para permitir uma recarga segura e eficiente dos veículos.
Além dos carregadores, a Siemens oferece um software para que as garagens eletrificadas sejam eficientes, com uma boa gestão de funcionamento e custo. O pacote de software DepotFinity oferece carregamento inteligente, evitando picos de potência acima da capacidade máxima e faz parte da solução que integra o novo modelo de negócio lançado.
A modalidade “Charging as a Service” é uma solução que contempla infraestrutura, instalação dos carregadores, fornecimento de energia limpa, operação e manutenção dos equipamentos durante o prazo contratual. “Por se tratar de um mercado em expansão e atrelado a uma decisão estratégica de investimento, o modelo de negócio Charging as a Service se configura como uma excelente opção de investimento e o produto fica com o cliente ao final do contrato” diz Paulo Antunes, responsável pela área de Mobilidade Elétrica da Smart Infrastructure da Siemens.
Modelos de contrato
A Brasol disponibiliza a infraestrutura que irá receber os carregadores da Siemens em contratos que podem durar cinco, sete ou dez anos. “O cliente paga um aluguel para uso das soluções e provê a energia limpa de placas fotovoltaicas que alimentará os carregadores. Estamos viabilizando o tema da mobilidade elétrica favorecendo a transição energética com sustentabilidade”, diz Ty Eldrige, CEO e fundador da Brasol.
A inovação que a Siemens e a Brasol estão provocando no mercado chega em um momento de transformação e expansão do cenário da mobilidade, em que os clientes cada vez mais procuram gerar menos impacto, as energias renováveis estão sendo cada vez mais valorizadas, a demanda por melhor qualidade de energia cresce e busca-se diminuir as emissões de carbono. Segundo dados da ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico), as vendas deste tipo de veículo aumentaram 43% em 2022.
Fonte: Siemens

EM ABRIL, ACONTECE O CSC GOVTECH: O MAIOR ENCONTRO DE SOLUÇÕES DIGITAIS PARA O SETOR PÚBLICO

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Idealizado pela Plataforma Connected Smart Cities, o evento integra uma agenda estratégica de ações em prol da construção de cidades mais inteligentes.

No cenário contemporâneo, o avanço tecnológico global é cada vez mais evidente, aumentando a geração de dados e acelerando a troca de informações entre as pessoas. Para o poder público acompanhar esta realidade e conseguir oferecer serviços mais eficientes e de qualidade à população, são necessários investimentos em soluções digitais, de inovação e integração.

O caminho é desafiador e o Brasil ainda precisa avançar para se tornar uma nação amplamente digital. De acordo com trecho de um artigo do arquiteto, fundador e CEO da Aprova Digital, Marco Antonio Zanatta, publicado, em fevereiro deste ano, no Portal Connected Smart Cities, que cita dados recentes coletados pela ferramenta Mapa do Governo, no âmbito nacional, “apenas um de cada cinco municípios pesquisados possui uma estratégia de transformação digital.”

Para discutir a questão, analisar tendências e buscar alternativas para a construção de um ecossistema colaborativo capaz de criar uma comunidade GovTech no Brasil, a plataforma Connected Smart Cities (CSC) promoverá, no dia 19 abril, no Centro de Convenções Frei Caneca, na cidade de São Paulo, o CSC GovTech

O encontro reúne os principais atores do mercado privado de tecnologia e gestores públicos com o propósito de debater estratégias simples, eficientes e transparentes para o desenvolvimento de ferramentas, políticas e modelos de gestão mais produtivos e comprometidos com o bem-estar do cidadão.

A iniciativa conta com o patrocínio da plataforma 1 Doc, Dígitro Tecnologia, DATAPROM e Prefeitura de Jundiaí, somando-se aos parceiros estratégicos: Associação Nacional das Cidades Inteligentes, Tecnológicas e Inovadoras (ANCITI), BrasilLAB e Colab. Além do apoio da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Associação Brasileira de Internet das Coisas (ABINC) e empresas Business, France, Facens e KPTL.

“O CSC GovTech tem a missão de promover espaços de integração e intercâmbio de experiências, aprendizados e conhecimentos sobre recursos e técnicas de utilização de tecnologia no setor público. Além de fundamentar, a partir do compartilhamento de ações e resultados no mercado, os benefícios que soluções em modernização e inovação podem proporcionar para a configuração de uma sociedade mais digital, resiliente e inclusiva”, explica a CEO e idealizadora da Plataforma Connected Smart Cities, Paula Faria.   

Estrutura e relevância do evento

A primeira edição do CSC GovTech será presencial e deve contar a presença de mais de 1.000 participantes e 100 palestrantes, abrangendo 6 auditórios simultâneos e 30 painéis de discussão. Dentro de um espaço de 3 mil m², haverá ainda feiras de negócios, áreas exclusivas para a realização de reuniões, rodadas de conexões e calls. Os presentes também receberão certificados de participação das atividades do evento.

“A ocasião é uma oportunidade única para atores do governo e empresários debaterem caminhos viáveis para a busca de meios eficazes capazes de controlar e gerar maior produtividade, agilidade e transparência de operações governamentais no universo digital”, destaca Jeferson Castilhos, um dos fundadores da plataforma 1Doc. 

1ª edição CSC GovTech: abertura e programação inicial

O CSC GovTech começará a partir das 9h, com término previsto às 18h. Na abertura, serão abordados os temas: Prefeitura digital: eficiência, rastreabilidade, economia e agilidade; O papel do Governo Federal na transformação digital das cidades. Além da apresentação dos destaques do Ranking Connected Smart Cities 2022, na categoria Tecnologia e Inovação.

Serão abordados ainda temas como modelos de financiamento e de contratação pública nas cidades brasileiras; engajamento do governo e políticas ativas para apoio, divulgação e impulsionamento da contratação de serviços e soluções GovTechs; infraestrutura digital, técnicas de navegação seguras e proteção de dados pessoais na nuvem; Design thinking, desafios e liderança digital; dados Geoespaciais, gêmeos digitais e metaverso para a criação de cidades mais inteligentes; resiliência cibernética:como a colaboração entre o público e o privado pode promover a segurança na busca de um processo de digitalização transformadora; dentre outros.

Confira os primeiros palestrantes confirmados

Além da idealizadora do CSC GovTech, Paula Faria, estarão presentes no evento: O professor de GeoAnalytics, chefe do Departamento de Tecnologia e Data Science da FGV EAESP e fundador do GisBI, Eduardo de Rezende Francisco; CEO e cofundador da BrazilLAB, Guilherme Dominguez; presidente da Prodabel, Jean Mattos Duarte; coordenador de Transferência de Tecnologia e Head do Centro Colaborador da OPAS/OMS “BRA-61”, Marcelo Batista Nery; CEO da KPTL, Renato Ramalho e a docente e pesquisadora da Uninove e do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (USP), Tatiana Tucunduva P. Cortese.

Para mais notícias, informações sobre inscrições e acompanhar a atualização da programação do CSC GovTech 2023, acesse o portal aqui.

Serviço

CSC GovTech  

Data: 19 de abril de 2023

Horário: 9h às 18h

Local: Centro de Convenções Frei Caneca – São Paulo 

GERAÇÃO Z E MOBILIDADE ELÉTRICA: MUITO ALÉM DA TECNOLOGIA

Abertos à inovação e preocupados com causas e propósito, os integrantes da Geração Z veem nos carros elétricos uma possibilidade mais sustentável, segura e alinhada aos novos tempos

Geração Z, GenZ, Zoomers. Não faltam nomes curiosos para definir os jovens nascidos entre 1995 e 2010. Essa geração, conhecida por sua imersão digital e a capacidade de realizar múltiplas tarefas ao mesmo tempo, tem sido fundamental para ajudar as marcas a repensarem suas estratégias. Muito além dos games ou do TikTok, a Geração Z se preocupa com vários aspectos sociais e sustentáveis, e, segundo levantamento da HSR Specialist Researchers, busca cada vez mais experiências, em vez de apenas consumir.

A Geração Z também busca se associar a marcas com propósito e preocupação com a sustentabilidade em seus mais variados aspectos. Um relatório da Apex Fintech Solutions mostrou, por exemplo, a alta demanda de investidores da GenZ por empresas que apostam em mobilidade elétrica.

Para eles, o automóvel é sobretudo um mero meio de locomoção, e não de afirmação ou de ostentação como num passado não muito distante. Estão mais abertos a ressignificações e inovações, como conectividade e inteligência artificial. É por isso que buscam cada vez mais por carros elétricos.

Desde o ano passado, duas referências da Geração Z no Brasil são embaixadoras da Volvo Car Brasil e possuem um XC40 Pure Electric: a apresentadora Maisa, de 20 anos, e a ginasta e medalhista olímpica Rebeca Andrade, de 23 anos. “Gosto de fazer uma comparação com as minhas competições. Sempre me perguntam se eu vou trazer medalhas. Costumo dizer que consigo controlar o que eu posso fazer e que vou dar o meu melhor. Com a questão da sustentabilidade, também é assim, porque consigo ser responsável pelo que posso mudar. Escolhi andar com um carro 100% elétrico porque sei que ele contribui para um planeta melhor”, diz a ginasta.

Para Rafael Ugo, diretor de marketing da Volvo, a escolha de Rebeca e Maisa reflete a conexão cada vez maior da marca com essa geração, expressa por meio de atitudes claras no cuidado com as pessoas e com o planeta. Além do propósito, outros atributos aparecem como premissas para a escolha de um Volvo: a segurança para quem está dentro e fora do carro; os materiais reciclados utilizados nos revestimentos; um design minimalista e clean; e a tecnologia de ponta, como conectividade com comando de voz e toda a capacidade multimídia do veículo.

Fonte: Forbes