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Jovens lançam carta compromisso por educação e justiça climática

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Documento exige igualdade, inclusão e respeito à diversidade

A 6ª Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente foi marcada, na manhã desta quarta-feira (8), pela leitura da Carta Compromisso das Crianças e Jovens pela Educação e Justiça Climática por dois estudantes a autoridades do governo federal, entre eles, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros de Estado, em Luziânia (GO).

O documento consolida as conclusões e os compromissos assumidos pelos próprios participantes desde as etapas escolar, municipal e estadual da conferência.

A carta com compromissos construídos coletivamente defende que a justiça climática não é só sobre o meio ambiente, mas exige igualdade, inclusão e respeito à diversidade.

O objetivo da carta é apoiar as discussões da 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas 2025 (COP30), que será realizada em Belém, de 10 a 21 de novembro, para reafirmar o chamado para que esta seja a “COP da Verdade.”

“Nós não somos o futuro do Brasil. Nós somos o presente e a transformação há de ser agora. O futuro é agora”, reivindicou um dos oradores, o estudante Diogo Henrique Antunes, de Santa Catarina.

Pelo futuro do planeta, a jovem estudante Ana Evangelista da Silva, do Ceará, defende a justiça climática e que os grupos que mais sofrem com as consequências das mudanças do clima sejam ouvidos. “Temos o compromisso de] ampliar a nossa capacidade de prevenção de riscos, assumindo que a consciência das diferentes vulnerabilidades nos torna mais humanos, verdadeiros e potentes para lidar com os impactos dos desastres climáticos.”

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Marina Silva, agradeceu aos jovens pela elaboração da carta compromisso. “O que foi lido aqui foram os princípios, os valores que norteiam a carta compromisso e que vocês fazem diferente: em vez de dizer para o presidente o que ele deve fazer, vocês sempre dizem o que vocês estão fazendo e o que vocês estão comprometidos em fazer.”

Escuta social

Para uma plateia de cerca de 800 participantes da conferência, o ministro da Educação, Camilo Santana, disse que a retomada da mobilização social enfatiza o papel central da escuta social, da equidade e da educação na construção de uma política ambiental justa no Brasil.

“A importância de um governante é a escuta, ouvir o que as pessoas pensam, ouvir o que as pessoas sentem, no dia-a-dia. Porque são vocês que estão nas suas cidades, que estão nas suas escolas. Uma política governamental precisa ser construída a partir da escuta da sociedade. Por isso, a importância desta conferência, afirmou o ministro Camilo Santana.

Ele ainda explicou que a conferência que envolve estudantes infantojuvenis faz parte do ciclo preparatório para 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas 2025 (COP30), que será realizada em Belém, de 10 a 21 de novembro.

O ministro da Educação defendeu, ainda que tema do meio ambiente não pode ser apenas uma discussão de um ano letivo nas escolas brasileiras; mas deve ser permanente em todos os níveis de ensino e envolver além dos estudantes, os pais deles, os conselhos escolares, a comunidade do bairro e da cidade e, sobretudo, a formação dos professores. “Vocês fazem parte desse processo transformador e de cuidar da nossa terra, do planeta e do meio ambiente”, define Camilo.

Educação ambiental

Também na conferência, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, apontou a importância da educação ambiental a longo prazo.

“É fundamental que a escola trate dos temas ambientais para poder formar cidadãos que vão agir no presente e para preparar uma geração para que, daqui a 10 ou 15 anos, nós não tenhamos mais os problemas ambientais que nós temos nos dias atuais.”

Márcio Macêdo vê a conferência como uma oportunidade para que os jovens aprendam e conversem, ao voltarem para casa, para terem a consciência de que é preciso preservar a natureza e possam intervir no combate à mudança climática.

Carta compromisso

Leia abaixo os compromissos listados na carta lida na 6ª Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente:

• assumimos que não existem problemas ambientais, mas sim apenas sintomas ambientais dos problemas causados pelos seres humanos Nós não somos o futuro do Brasil nós somos o presente e a transformação há de ser agora. O futuro é agora.

• por isso, nos comprometemos a apoiar a luta e a resistência de povos indígenas, comunidades quilombolas, agricultores familiares, pois é essencial para qualquer transformação social e ambiental, por meio de suas tecnologias ancestrais;

• proteger as pessoas e toda a vida do planeta com equidade, igualdade e inclusão. Justiça climática não é só sobre o meio ambiente ou sobre o clima;

• ampliar a nossa capacidade de prevenção de riscos, assumindo que a consciência das diferentes vulnerabilidades nos torna mais humanos verdadeiros e potentes para lidar com os impactos dos desastres climáticos;

• respeitar, profundamente, a diversidade de gênero, sexualidade LGBTQIAP+ e as pessoas com deficiência, surdos, com foco na equidade. Essa atitude é vital para lutar contra qualquer forma de desigualdade e construir uma sociedade justa e de paz;

• regenerar a vida na Terra, com base no diálogo entre os saberes ancestrais e os conhecimentos científicos;

• ouvir cada comunidade ribeirinhas, periféricas, de aldeia, favela, assentamento que são aquelas que menos contribuem para as causas e as que mais sofrem com as consequências do clima;

• resistir a um sistema que força as pessoas a competirem por poder e dinheiro, gerando desigualdades e preconceitos, como o racismo, a homofobia, a exclusão, a intolerância religiosa, o racismo ambiental, entre outras diversas formas de discriminação;

• biodiversidade como um direito fundamental à vida, valorizando a educação ambiental nas escolas, como ferramenta de transformação.

Transformar o Brasil com educação e justiça climática é responsabilidade de todos e todas nós.

Fonte: Agência Brasil

Cidade CSC 2026 já tem data marcada: evento acontece de 28 a 30 de setembro no Expo Center Norte, em São Paulo

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Após edição histórica de 10 anos, Cidade CSC retorna em 2026 para fortalecer o desenvolvimento de cidades inteligentes no país

Após uma edição histórica em 2025, o Cidade CSC já tem data confirmada para o próximo encontro: 28, 29 e 30 de setembro de 2026, novamente no Expo Center Norte, em São Paulo. O evento, considerado o principal hub de inovação urbana da América Latina, seguirá reunindo governos, empresas, investidores e especialistas para debater e construir o futuro das cidades brasileiras.

A edição de 2025 marcou o aniversário de dez anos da plataforma e consolidou o Cidade CSC como um ecossistema de transformação urbana. Durante três dias, mais de 7.400 participantes, entre gestores públicos, representantes de empresas, urbanistas, acadêmicos e organizações da sociedade civil, se reuniram para discutir soluções que tornem as cidades mais inclusivas, sustentáveis e conectadas.

Leia mais: Cidade CSC consolida novo formato e aponta tendências para o futuro das cidades inteligentes no Brasil

Com 650 palestrantes, 27 palcos de conteúdo, 106 expositores e patrocinadores e 271 horas de programação, o evento proporcionou um espaço inédito de trocas e conexões. Representantes de 135 municípios foram reconhecidos em diferentes premiações, como o Ranking Connected Smart Cities, os Selos CSC Cidades Inteligentes e Ecossistemas de Inovação, o Prêmio PMU e o Prêmio CSC.

De acordo com a CEO da Necta e idealizadora do evento, Paula Faria, a edição de 2025 impulsionou um novo ciclo de investimentos e cooperação entre setores: “Nosso papel é ser o ponto de partida para que oportunidades se transformem em projetos reais, capazes de gerar impacto positivo nas cidades brasileiras.” Estima-se que as conexões formadas no evento possam movimentar até R$ 1,2 bilhão em novos investimentos voltados à inovação urbana.

Leia mais: Edição 2025 do Cidade CSC evidencia a construção coletiva de cidades mais inteligentes

Em 2025, o Cidade CSC consolidou-se em quatro pilares integrados: Connected Smart Cities, AirConnected, Parque da Mobilidade Urbana (PMU) e CSC GovTech. O novo formato ampliou o alcance do evento e fortaleceu o diálogo entre o setor público, privado e a sociedade civil.

Para Willian Rigon, diretor de novos negócios e sócio da Necta, “o sucesso da edição de 2025 mostra que estamos construindo pontes reais entre setores e fomentando ideias que terão impacto direto na vida dos cidadãos”.

Ranking Connected Smart Cities 2025

Um dos destaques da edição foi a 11ª edição do Ranking Connected Smart Cities, que alcançou todos os 5.570 municípios brasileiros pela primeira vez. Desenvolvido em parceria com a SPIn – Soluções Públicas Inteligentes e a Scipopulis, o estudo adota indicadores internacionais e mede o desempenho das cidades em 13 áreas temáticas, incluindo Meio Ambiente, Mobilidade, Educação, Inovação e Governança.

Em 2025, Vitória (ES) liderou o ranking, seguida por Florianópolis (SC) e Niterói (RJ). A capital capixaba foi reconhecida por seus investimentos consistentes em sustentabilidade, governança digital e modernização urbana.

Leia mais: Vitória lidera o Ranking Connected Smart Cities 2025 como a cidade mais inteligente e conectada do país

Com o sucesso da edição comemorativa, o Cidade CSC 2026 promete expandir ainda mais o diálogo sobre o futuro das cidades, reunindo os principais atores do ecossistema urbano em um ambiente dedicado à inovação, cooperação e impacto positivo.

Clique aqui para saber mais. 

O futuro do municipalismo é em rede

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O municipalismo brasileiro atravessa uma mudança de época. Prefeituras que antes operavam de forma isolada agora entendem que não é possível avançar sem construir alianças sólidas.

Esse ponto ficou evidente durante o Connected Smart Cities (CSC), quando duas agendas convergiram: o lançamento do BB Governo Digital e a apresentação do Ranking CSC 2025.
De um lado, um banco centenário se posicionando como protagonista da inovação no setor público. De outro, a comprovação, em números, de que cidades que priorizam ecossistemas de inovação alcançam resultados concretos em competitividade, qualidade de vida e eficiência administrativa.

Força ao municipalismo digital

Foto: Enviada por Marco Zanatta

O Banco do Brasil é parte da história do país há mais de dois séculos. Sua presença nos municípios vai além do sistema financeiro; trata-se de uma instituição que acompanha o dia a dia da vida pública brasileira.

O anúncio do BB Governo Digital durante o CSC evidencia outro papel desse banco centenário: o de parceiro direto das cidades na transformação de seus serviços.

O BB Governo Digital é uma solução tecnológica que permite automatizar atividades administrativas, reduzir o uso de papel e oferecer um atendimento mais ágil à população.

Com o uso de agentes de inteligência artificial, contribui para a condução das demandas do setor público — internas e externas — de forma automatizada e online.

Entre os principais benefícios estão:

  • Atendimento mais ágil ao cidadão por meio de processos digitais.
  • Otimização do tempo de trabalho dos servidores públicos.
  • Redução de processos físicos, contribuindo para a sustentabilidade e a economia.

Não é só uma ferramenta, é um gesto com significado simbólico: é o maior banco público do país que soma forças para dar escala ao municipalismo digital.

Inovar e protagonizar

O Ranking Connected Smart Cities reforça o que já observamos em campo: municípios que apostam em inovação e constroem parcerias sólidas se destacam em competitividade.

Florianópolis, que ocupa a vice-liderança nacional, é exemplo claro dessa trajetória — resultado de uma combinação de fatores, entre eles a capacidade de inovar de forma consistente.

O mesmo vale para São Paulo, 4ª colocada no ranking, que confirma como grandes centros também precisam da inovação para sustentar protagonismo.

Ambas são cidades que utilizam soluções da Aprova, o que reforça como parcerias estratégicas podem potencializar agendas de modernização já consolidadas.

O que a experiência ensina

Depois de acompanhar a evolução de dezenas de municípios nos últimos anos, tenho a certeza: quem busca parceiros sólidos acelera resultados; quem tenta resolver sozinho tende a atrasar entregas.

Parcerias estratégicas oferecem escala, reduzem custos e encurtam prazos. Foi assim que várias cidades do ranking conseguiram transformar serviços que antes eram lentos, caros e burocráticos em referências de eficiência.

Não apenas pela tecnologia em si, mas porque souberam articular com atores fundamentais. Essa é a diferença entre inovação como discurso e inovação como prática.

O futuro do municipalismo

O lançamento do BB Governo Digital, ao lado dos resultados do Ranking CSC, sinaliza uma virada de chave: a transformação digital deixou de ser um tema restrito a secretarias de tecnologia e passou a integrar a agenda estratégica das cidades.

O futuro do municipalismo será definido pela capacidade de construir em rede.

Cidades que entendem esse movimento já colhem resultados em competitividade, atraem investimentos e fortalecem sua imagem perante cidadãos e investidores.

As demais correm o risco de ficar na arquibancada, assistindo à mudança acontecer.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities

Aprovada transferência da capital do país para Belém durante a COP 30

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O projeto de lei que transfere simbolicamente a capital do Brasil para Belém durante a realização da COP 30, entre 11 e 21 de novembro, foi aprovado pelo Plenário do Senado nesta terça-feira (7). O projeto (PL 358/2025), que contou com o parecer favorável do Jader Barbalho (MDB-PA), segue para a sanção do presidente da República.

A COP 30 é a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que ocorrerá em Belém. O evento reúne líderes de vários países para discutir a crise climática global, tratando de temas como a redução das emissões dos gases do efeitos estufa e a proteção da Amazônia. Será a primeira vez que o Brasil sediará a conferência.

De acordo com o projeto, da deputada federal Duda Salabert (PDT-MG), a capital do Brasil — papel que cabe a Brasília desde 1960 — será transferida, simbolicamente, para a cidade de Belém durante a COP 30.

O texto prevê que, nesse período, os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário poderão se instalar nessa cidade. Também prevê que os atos e despachos do presidente da República e dos ministros de Estado, assinados no período, terão o registro da cidade de Belém.

O Poder Executivo terá de regulamentar as medidas administrativas, operacionais e logísticas necessárias à transferência temporária da sede do governo federal.

Para Jader Barbalho, o projeto “homenageia não apenas o grande evento internacional sediado no Brasil, como a Amazônia e a cidade de Belém, bem como permite que o Congresso Nacional destaque a importância dos temas que lá serão debatidos”.

O senador Zequinha Marinho (Podemos-PA) manifestou apoio ao projeto, que considera um chamado à responsabilidade diante dos “desafios históricos e estruturais” da Amazônia.

— Que esse gesto não se limite ao campo do simbolismo. Que essa mudança momentânea da sede dos três Poderes represente, de fato, uma guinada no olhar do Brasil para a região Norte, para o Pará, para as populações amazônicas.

Por sua vez, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) propôs a criação da Comissão da Amazônia no Senado.

— Está na hora de o Senado dar um aceno à COP — declarou ela.

Apesar de destacar o simbolismo da iniciativa, o senador Eduardo Girão (Novo-CE) votou contra o projeto. Ele criticou o custo da mudança temporária e previu que o Legislativo será esvaziado ao participar de um “palco de eventos”.

— A proposta não tem efeito prático. Serve apenas para uma encenação política (…) sem retorno efetivo para a população.

Outro parlamentar que se declarou contrário à proposta foi o senador Cleitinho (Republicanos-MG).

Fonte: Agência Senado

Cidade CSC reforça papel da inovação e da colaboração na transformação das cidades

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Evento reuniu milhares de gestores públicos, especialistas e empresas, com destaque para as contribuições de Betha Sistemas, Tvex e Motiva

O Cidade CSC 2025 encerrou a edição 2025 na semana passada com a projeção de novos horizontes para a agenda urbana e as políticas públicas nas cidades brasileiras. Em sua edição comemorativa de 10 anos, o Cidade CSC reuniu, em três dias de evento, mais de 7.400 gestores públicos, representantes de empresas, consultores, urbanistas, acadêmicos, ONGs e especialistas em planejamento urbano.

Foram mais de 650 palestrantes, distribuídos em 27 palcos de conteúdo, 106 expositores e patrocinadores, 103 apoiadores e 271 horas de conteúdo. Além disso, representantes de 135 cidades brasileiras foram reconhecidos nas premiações do Cidade CSC, que incluíram a 11ª edição do Ranking CSC, os Selos CSC Cidades Inteligentes e Ecossistemas de Inovação, o Prêmio PMU e o Prêmio CSC.

“Nesta edição, a participação dos patrocinadores foi de especial importância pela colaboração estratégica na curadoria da programação”, diz a CEO da NECTA e idealizadora do Cidade CSC, Paula Faria. “São empresas que participam diretamente da construção de cidades cada vez mais inteligentes e conectadas”, continua. Paula se refere à Betha Sistemas, à Tvex e à Motiva, que este ano foram as patrocinadoras do evento.

A Betha Sistemas, patrocinadora do Cidade CSC 2025, levou ao evento uma ampla programação voltada à transformação digital da gestão pública. Sob o lema “O futuro das cidades é agora”, a empresa reforçou que a digitalização do governo só se consolida quando o cidadão percebe melhorias concretas na cidade. Na conferência, o CEO Aldo Garcia apresentou o mapa da transformação digital já em andamento nos municípios, destacando o impacto bilionário da burocracia e a necessidade de integrar serviços sob o conceito de governo como plataforma.

O BETHACON25, realizado dentro do evento, mostrou como a inteligência artificial já está presente nas soluções da companhia, aplicada a áreas como saúde, educação e gestão municipal. Prefeituras parceiras compartilharam cases de sucesso em Atibaia (SP), Resende (RJ), Criciúma (SC) e Lucas do Rio Verde (MT), evidenciando como o uso de dados e ferramentas digitais melhora a eficiência e apoia decisões estratégicas. A programação incluiu ainda debates sobre liderança feminina no setor público e apresentações de especialistas da Betha sobre temas como planejamento estratégico e gestão de processos (BPM). O encerramento ficou a cargo de Aldo Garcia e do diretor comercial Luciano Torres, que reforçaram o compromisso da empresa em aproximar governos e cidadãos por meio da inovação tecnológica.

Já a Tvex, contribuiu com os debates que envolveram o tema da eletromobilidade e da inovação sustentável, reforçando seu papel como parceira na construção de cidades mais inteligentes e verdes. No painel “Experiências de Sucesso em Eletromobilidade no Brasil”, a prefeita de Aracaju, Emília Corrêa, e Fabrício Pietrobelli, especialista em mobilidade sustentável, compartilharam cases reais da adoção de veículos elétricos no país, apontando caminhos para superar os desafios da transição. A sessão foi moderada pelo CEO da Tvex, Cadu Souza, que destacou o papel da empresa no avanço da mobilidade elétrica.

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Outro momento de destaque foi o debate “Inovação Sustentável: Soluções Concretas para Melhorar a Vida nas Cidades”, que reuniu Dominic Schmal (EDP), Claudia Pires (So+ma) e o próprio Cadu Souza, com moderação de Andiara Druzian (Cidade Center Norte). O painel discutiu iniciativas em logística verde, gestão de resíduos, mobilidade e energia limpa, evidenciando como parcerias entre empresas e governos podem ampliar o impacto positivo dessas soluções no dia a dia urbano.

Outra empresa que se destacou no Cidade CSC em 2025 foi a Motiva, que participou de diversos painéis da programação com relevantes contribuições relacionadas à transformação da mobilidade urbana e ao fortalecimento de parcerias público-privadas como motor de inovação nas cidades brasileiras.

Entre os destaques, o painel “Conectando modos: integração entre transporte público e mobilidade ativa” reuniu representantes de prefeituras e contou com a participação de Marcela Costa, consultora de desenvolvimento de negócios da Motiva, que reforçou a importância da intermodalidade entre bicicletas, patinetes, pedestres e transporte coletivo. Outro destaque foi a apresentação do Estudo Nacional de Mobilidade Urbana, conduzido pelo BNDES e Ministério das Cidades, em que Marcela Costa novamente representou a Motiva, destacando o papel da empresa no apoio à mobilidade sustentável.

Leia também: Connected Smart Cities anuncia vencedores do Prêmio Parque da Mobilidade Urbana 2025

Na sessão sobre transporte coletivo e transição energética, o debate teve como um dos protagonistas Francisco Pierrini, diretor de Operações, Engenharia e QSSMA da Motiva, que apresentou a experiência da empresa no avanço da descarbonização com ônibus elétricos e tecnologias limpas. Outro ponto alto foi o painel “Planejar para transformar: mobilidade e desenvolvimento urbano”, no qual Antônio Márcio, diretor da Unidade de Negócios da Motiva, discutiu como integrar planos diretores e políticas de mobilidade para cidades mais acessíveis e sustentáveis.

A discussão sobre qualidade no transporte coletivo contou com a participação de João Pita, diretor comercial de mobilidade da Motiva, que defendeu inovação, conforto e pontualidade como prioridades para melhorar a experiência do usuário. No painel “Mobilidade inteligente: tecnologia para um trânsito mais seguro”, Neucélia Cevalhos Messias, gerente do Centro de Controle e Operação da Motiva, apresentou como ferramentas de IoT, semáforos inteligentes e analytics estão apoiando a gestão de tráfego.

Já na mesa sobre drones em serviços públicos, Marcius Faria Moreno, diretor de operações aeroportos da Motiva, mostrou aplicações reais da tecnologia em logística, vigilância e emergências. Na temática das PPPs e concessões municipais, Tiago Terra, gerente executivo de desenvolvimento de negócio da Motiva, explicou os benefícios dos modelos de parceria para o desenvolvimento urbano. O debate sobre estruturação de projetos teve ainda a contribuição de Marcus Rosa, diretor financeiro e de desenvolvimento de negócios da Motiva, ressaltando aspectos técnicos e regulatórios para dar segurança e atratividade aos investimentos.

Por fim, no painel sobre o papel da B3 na governança das concessões, Juliana Criscuolo, diretora jurídica de mobilidade da Motiva, destacou como a transparência e a segurança jurídica fortalecem a relação entre municípios e investidores. Já no debate sobre governança e controle, Gabriel Jacondino, gerente executivo de contratos e concessões da Motiva, tratou dos desafios de monitoramento, inovação contratual e fiscalização ao longo da vida útil dos contratos.

Com a presença ativa de seus executivos e executivas, a Motiva consolidou sua atuação como agente estratégico na construção de soluções de mobilidade e infraestrutura urbana, conectando inovação tecnológica, sustentabilidade e novos modelos de governança.

Marco Legal do Transporte Público é tema de debate na TV Câmara

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Programa “Expressão Nacional” abordou diversos tópicos do projeto de lei

O Marco Legal do Transporte Público Coletivo foi tema do programa “Expressão Nacional”, da TV Câmara, exibido nesta quarta-feira (8). A proposta, aprovada no Senado Federal e que segue em tramitação na Câmara dos Deputados, busca modernizar o setor e transformar o papel do Governo Federal, dos estados e dos municípios na oferta do transporte coletivo no país.

Representando o Ministério das Cidades, o coordenador-geral de Regulação da Mobilidade Urbana, Antonio Espósito, destacou que a construção de políticas públicas efetivas depende da integração entre os diferentes níveis de governo.

“A mobilidade urbana exige um nível de coordenação muito grande. E o passageiro não quer saber se ele está saindo de um ônibus municipal e entrando em um estadual ou em um federal. Ele quer ter um transporte confortável, eficiente e rápido e que seja integrado, a ponto de garantir que ele vai chegar ao terminal. O nosso desafio é esse”, afirmou.

Durante o debate, Espósito também abordou temas como a redução tarifária, reforçando que o Governo Federal pode contribuir para apoiar os municípios dentro de suas respectivas realidades.

“O Brasil é muito diverso, mais de mil municípios têm transporte coletivo, com características diferentes. O Marco Legal é uma proposta que deixa bem definido para o prefeito as fontes de recurso que ele terá e o que poderá fazer com isso”, explicou.

O representante do Ministério das Cidades ressaltou ainda que o país enfrenta gargalos estruturais no transporte público, que passam pela qualificação de projetos e pelo melhor aproveitamento dos recursos disponíveis. Ele lembrou que a pasta está desenvolvendo o Estudo Nacional de Mobilidade Urbana (ENMU), em parceria com o BNDES, com o objetivo de identificar e estruturar uma carteira de projetos prioritários, voltada à formação de uma rede de transporte integrada e otimizada.

“Na maioria das capitais e centros urbanos do país, houve um crescimento desordenado de linhas de transporte e, hoje, vemos uma competição entre o ônibus e o trilho quando, na verdade, um deveria alimentar o outro. Então, antes da redução de tarifa, é preciso racionalizar a rede que temos. O ENMU estuda isso nas 21 maiores regiões metropolitanas do Brasil”, completou Espósito.

Também participaram do programa os deputados federais Jilmar Tatto e Julio Lopes, além do diretor executivo da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), Marcos Bicalho, que contribuíram com visões complementares sobre o papel do setor privado e o desafio de garantir transporte público de qualidade em todo o país.

Fonte: Ministério das Cidades

Maior investimento em infraestrutura favorece aumento na produção de 1,5% a 3,5%, calcula FMI

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O Fundo Monetário Internacional (FMI) afirma que redirecionar os gastos públicos pode gerar ganhos significativos na produção, no capítulo do Monitor Fiscal publicado nesta terça-feira, intitulado “Gastos mais inteligentes: como gastos públicos eficientes e bem alocados podem impulsionar o crescimento econômico”.

No texto, o FMI exemplifica que aumentar o investimento em infraestrutura em 1% do Produto Interno Bruto (PIB) está associado a um aumento na produção de cerca de 1,5% nas economias avançadas e de 3,5% nos mercados emergentes e economias em desenvolvimento a longo prazo. A organização pondera que, da mesma forma, os gastos públicos com educação podem ter benefícios substanciais a longo prazo.

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“Realocar 1% do PIB do consumo governamental para o capital humano público pode elevar a produção em 3% nas economias avançadas e 6% nos mercados emergentes e economias em desenvolvimento”, explica.

Ainda, de acordo com o FMI, fechar “lacunas na eficiência dos gastos públicos” amplifica ganhos na produção em mais 1,5% nas economias avançadas e de 2,5% a 7,5% nos mercados emergentes e economias em desenvolvimento a longo prazo.

Fonte: UOL

Ações em benefícios das cidades são destaque no Senado

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Ministro Jader Filho detalhou atuação da pasta durante debate na Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo

Os grandes avanços do Ministério das Cidades desde sua recriação, em 2023, foram apresentados nesta terça-feira (7), na Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) do Senado Federal. Durante a participação na audiência pública sobre políticas de desenvolvimento urbano sustentável, o ministro Jader Filho detalhou a atuação das cinco secretarias que compõem o órgão, de habitação, mobilidade, saneamento ambiental, periferias e desenvolvimento urbano e metropolitano, e valorizou a importância do trabalho.

“O Brasil é um dos poucos países do mundo que tem um ministério das cidades e 70% da população brasileira vive nas cidades. Então, como queremos que essas pessoas vivam bem se a gente não levar infraestrutura para onde elas estão? Se nós queremos cuidar do país, nós precisamos iniciar a partir das cidades. As pessoas não vivem no Brasil ou nos estados, elas vivem nas cidades, e é lá que a infraestrutura tem que chegar”, evidenciou o ministro.

Jader Filho tratou sobre conquistas, desafios, diretrizes e oportunidades no âmbito do Ministério das Cidades, bem como os resultados concretos para promover cidades melhores pelo país. Os investimentos da pasta beneficiaram 3.617 municípios pelo Brasil e movimentaram R$ 78,3 bilhões em recursos.

Habitação

Dentro do Ministério das Cidades, o Minha Casa, Minha Vida, conduzido pela Secretaria Nacional de Habitação, segue como o maior programa habitacional da história do Brasil. A política soma 9 milhões de moradias contratadas desde 2009, mas foi retomada com novas melhorias e benefícios em 2023, com 1,8 milhão de casas contratadas desde então e R$ 285,1 bilhões investidos.

“O presidente Lula estabeleceu como meta no início do mandato um total de 2 milhões de casas contratadas em quatro anos. Nós vamos chegar ao número estabelecido no final de 2025, com um ano de antecedência. Nós já aumentamos essa meta para 3 milhões, então queremos chegar em dezembro de 2026 com esse número”, ressaltou o ministro.

O ministro também detalhou as linhas de atendimento do Minha Casa, Minha Vida, explicando os subsídios do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR), Entidades, Rural, Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS), além dos recursos do FGTS, o Minha Casa, Minha Vida Cidades, o Classe Média e o Pró-Moradia.

Mobilidade

No âmbito da Secretaria Nacional de Mobilidade, o ministro destacou os R$ 45,5 bilhões selecionados em propostas de mobilidade urbana e renovação de transporte público no Novo PAC, que irão promover obras de vias exclusivas, VLT, metrô, corredores, ciclovias, terminais e abrigos, além da compra de ônibus elétricos, a gás e veículos sobre trilhos.

Existem grandes obras em andamento pelo Brasil, como a expansão da Linha 2 em São Paulo (SP), com investimento de R$ 7,2 bilhões, e a implantação da Linha Leste do metrô de Fortaleza (CE), com R$ 1,66 bilhões em recursos do OGU e R$ 2,15 bilhões do FIN. Entre as obras entregues, o ministro citou como exemplo o BRT TransBrasil, no Rio de Janeiro (RJ), o BRT Lapa Iguatemi, em Salvador (BA), e o BRT Campinas (SP), que promoveram melhorias significativas nos municípios.

“Muitas dessas obras estavam paralisadas, mas foram retomadas e entregues no mandato do presidente Lula. Não são obras contratadas recentemente, são do PAC 1 e PAC 2, há mais de uma década travadas por falta de recursos ou problemas que aconteceram ao longo do tempo”, disse o ministro.

Saneamento

Na Secretaria Nacional de Saneamento, o orçamento em projetos de saneamento básico no Novo PAC chega a R$ 50,5 bilhões, com programas de drenagem, manejo de águas, esgoto e resíduos que beneficiaram mais de 800 municípios. São ao todo 1.092 contratos ativos desde 2023, com R$ 24 bilhões em investimentos ativos e R$ 60 bilhões na carteira de debêntures incentivadas.

“Para que o Marco Legal do Saneamento de fato aconteça, nós temos que incentivar as debêntures para que as concessionárias públicas e privadas vão até ao mercado e façam a captação de recursos para poder fazer os investimentos que são necessários”, salientou.

As principais obras entregues foram de esgotamento sanitário no Rio de Janeiro (RJ), reservatórios de amortecimento de cheias em Belo Horizonte (MG) e estação de tratamento de esgoto em Belém (PA), enquanto seguem em andamento a implantação do sistema de esgotamento sanitário da Zona Norte de Natal (RN), manejo de águas pluviais em Lauro de Freitas (BA) e obras de saneamento integrado e urbanização em Fortaleza/Maracanaú (CE).

Periferias

Inovação do atual governo federal, a Secretaria Nacional de Periferias coloca as periferias no centro das prioridades e tem destaque com R$ 12,9 bilhões selecionados para urbanização de favelas e contenção de encostas no Novo PAC, com programas de urbanização de favelas, regularização fundiária urbana e prevenção e mitigação de riscos. Atualmente estão ativos 47 projetos de ação de favelas, 365 de regularização fundiária e melhorias e 86 de contenção de encostas.

“O orçamento para prevenção encaminhado antes da PEC da Transição tinha R$ 7 milhões de reais para todas as obras do Brasil, novas ou velhas. Isso não dava nem para manter uma obra do Ministério das Cidades em ação. Hoje uma só obra de contenção de encostas em Manaus tem orçamento de R$ 60 milhões. Depois da PEC da Transição, esse valor total passou de R$ 7 milhões para R$ 264 milhões, e, no primeiro orçamento do presidente Lula, o número cresceu para R$ 536 milhões. É preciso dar prioridade para um tema tão urgente”, refletiu o ministro.

A secretaria de Periferias também promove programas como o CEP para Todos, a Caravana das Periferias, o Prêmio Periferia Viva, o geoportal Mapa das Periferias, a plataforma Nós Periféricos e o programa de Regularização Fundiária Urbana.

Desenvolvimento urbano e metropolitano

Voltada para o desenvolvimento urbano integrado, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano conta com R$ 1,2 bilhão para o desenvolvimento das cidades, 368 obras em andamento pelo país e 19 contratos do Pró-Cidades em curso. A pasta também coordena o programa Capacidades, com cursos gratuitos em desenvolvimento urbano, habitação, mobilidade, periferias e saneamento, somando mais de 98 mil inscritos e 36,8 mil certificados em 2025.

“Precisamos divulgar as linhas de financiamento para os municípios. Temos prefeitos que vão até os deputados desesperados atrás de emendas parlamentares, mas temos aqui a oportunidade para os municípios que estão com as contas em dia poderem pegar financiamento para fazer o projeto que eles quiserem. Se o município tiver capacidade de tomar o financiamento, ele terá quatro anos de carência para começar a pagar a primeira parcela, 8% ao ano e 20 anos para pagar”, detalhou Jader Filho.

Fonte: Ministério da Cidades

Eletrificação das frotas: um caminho estratégico para cidades mais inteligentes e sustentáveis

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Do pioneirismo hidrelétrico à mobilidade elétrica: o Brasil na liderança da transição energética

O Brasil tem uma trajetória única no uso de energias limpas para geração de eletricidade. Ao longo de sua história, ao invés da queima de carvão e de outras fontes poluentes, optou pela força de seus rios para construir usinas hidrelétricas que suportaram, durante muito tempo, as necessidades de sua população. Desde sua inauguração, Itaipú, agora com 40 anos, foi reconhecida mundialmente como a maior usina do mundo, mostrando a força da engenharia e a capacidade de inovação da sociedade brasileira. 

Em um momento no qual os desafios ambientais estão estimulando a transição energética em larga escala, essa opção pela energia limpa coloca o país em vantagem. Mais de 80% da eletricidade gerada no país vem de fontes renováveis, contra pouco mais de 25% da média global. As hidrelétricas respondem pela maior parte dessa matriz, mas, nos últimos anos, houve um crescimento expressivo das fontes solar e eólica, diversificando a base energética nacional. Além dos rios, o Brasil também tem uma posição geográfica privilegiada em relação aos ventos e à incidência da luz do sol.

Esse potencial e a experiência acumulada mostram que o país tem capacidade de integrar diferentes soluções e de aproveitar seus recursos naturais e sua infraestrutura existente. Trata-se de uma posição estratégica com excelente potencial de contribuir com o desenvolvimento, em um momento em que a transição energética se tornou prioridade e, ao mesmo tempo, um diferencial competitivo em todo o mundo.

Esse diferencial começa a tomar forma nos diferentes projetos de transformação energética e digital que surgem pelo país. Recentemente, a Prefeitura de São Paulo deu um passo importante ao anunciar um programa de mobilidade elétrica que visa substituir sua imensa frota de ônibus movida a combustíveis fósseis. O projeto reforça a posição da cidade como referência em políticas de descarbonização e mostra que há condições para expandir esse movimento, alcançando mais municípios e beneficiando milhões de pessoas.

A transição energética no transporte é o processo de substituição de combustíveis fósseis por fontes de energia mais limpas, em consonância com as diretrizes globais de descarbonização e os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Mas eletrificar frotas em larga escala não é apenas uma questão de substituir motores a combustão por baterias. Envolve uma transformação estrutural que requer planejamento urbano, integração com a matriz elétrica e investimentos robustos em infraestrutura. 

Por isso, Sistemas de Armazenamento de Energia em Baterias (BESS, na sigla em inglês), integrados a carregadores ultrarrápidos e redes inteligentes, são parte fundamental dessa equação. Esse modelo permite superar gargalos técnicos e energéticos, como a necessidade de grandes obras de adequação da rede da concessionária de energia. Uma única unidade BESS, por exemplo, pode multiplicar em até seis vezes a capacidade de recarga de uma garagem.

Essas soluções, já testadas em metrópoles globais como Shenzhen, na China, conhecida por sua frota de ônibus 100% elétrica, são plenamente adaptáveis à realidade brasileira. A inteligência artificial, embarcada nessas tecnologias, permite a gestão da distribuição de energia, a programação de carregamento e a manutenção preditiva das baterias, além de monitorar a frota como um todo, maximizar a eficiência, prolongar a vida útil dos equipamentos e racionalizar a operação pela cidade.

Para além da sustentabilidade, a mobilidade elétrica é um fator de competitividade econômica. Cidades que investem em infraestrutura inteligente e verde se tornam mais atrativas para investimentos e aumentam sua produtividade ao reduzir o tempo gasto em congestionamentos e melhorar a logística. A competição saudável entre as cidades do mundo, pautada pela inovação e eficiência, fomenta a eletrificação e digitalização do transporte coletivo.

Nesse contexto, a adoção da nova mobilidade elétrica está intimamente ligada a decisões políticas, visão estratégica, planejamento de longo prazo e coordenação intersetorial entre órgãos públicos. Algumas ações práticas podem incluir a integração da eletrificação da frota e da infraestrutura de recarga nos planos diretores; a criação de mecanismos de incentivo, como isenções fiscais ou subsídios, para facilitar a transição das frotas e o estabelecimento de parcerias público-privadas que compartilhem investimentos e riscos. 

O Brasil, que já demonstrou ao mundo sua capacidade de inovar em energia limpa, tem agora a oportunidade de liderar a transformação da mobilidade elétrica entre as cidades latino-americanas. Para isso, será fundamental fortalecer parcerias entre governos, empresas de tecnologia e operadores de transporte, criando modelos sustentáveis que possam ser replicados em diferentes regiões. O momento é de agir. Ao adotar soluções de ponta em armazenamento, carregamento e digitalização, nossas cidades poderão oferecer transporte público mais limpo, eficiente e conectado — um legado tão transformador quanto o das hidrelétricas que marcam a história energética brasileira.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities. 

Como o turismo pode ajudar a preservar áreas naturais?

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De safáris no Pantanal a recifes no Nordeste e roteiros de observação de aves, exemplos mostram como o turismo planejado pode gerar renda, empregos e conservação ambiental.

Muita gente associa o turismo apenas ao lazer, mas a realidade mostra que quando planejado com critérios, ele também pode funcionar como política de conservação.

No Brasil, parques nacionais e iniciativas privadas oferecem pistas desse potencial.

No Pantanal, o Onçafari se tornou referência ao transformar a onça-pintada em ativo econômico e símbolo de conservação. A iniciativa estruturou safáris fotográficos e pesquisa de campo, aproximando fazendeiros e comunidades do maior felino das Américas.

“O Onçafari demonstrou que as onças valem mais vivas do que mortas, através do ecoturismo”, afirma ao g1 Mario Haberfeld, fundador e CEO.

Ele explica que o processo de habituação faz com que os animais deixem de ver os veículos como ameaça e que isso atrai visitantes do mundo todo, gerando renda e novas oportunidades.

“A comunidade se beneficia ao perceber que a onça-pintada viva tem mais valor do que morta.”

E a mudança é percebida também na renda local. Segundo Haberfeld, ex-peões de gado foram treinados como guias e viram a remuneração crescer, enquanto proprietários passaram a diversificar o negócio com o ecoturismo, sem abandonar a pecuária.

O fundador da iniciativa ressalta, no entanto, a importância de regras claras para evitar interferências no comportamento dos animais e preservar a qualidade da experiência.

Para ele, o modelo é replicável em outros biomas, com adaptações de acordo com espécie e ambiente, e já avança com lobos-guará no Cerrado.

Outros modelos

Em Bonito, no Mato Grosso do Sul, o limite diário de visitantes e a cobrança de taxa de conservação ajudam a manter rios, trilhas e cavernas preservados.

Já em Maragogi, em Alagoas, turistas participam do plantio de “bebês-corais” nos recifes, contribuindo para a recuperação marinha.

Em Santa Catarina, o Instituto Alouatta soma mais de 25 mil participantes em trilhas e ações de educação ambiental.

E em comunidades quilombolas como Alto do Santana, em Goiás, e Laranjituba, no Pará, o turismo valoriza cultura, culinária e o território tradicional, com impacto direto na renda.

Outro exemplo é o chamado aviturismo, que amplia esse leque ao se apoiar na ciência-cidadã e na capilaridade de observadores pelo país.

“O Brasil tem um elevado número de espécies de aves (cerca de 1971) e um grande número de endemismos – Aves que ocorrem somente no brasil (293)”, diz Guto Carvalho, criador e organizador do AvistarBrasil, maior feira de aves da América Latina.

Ele vê uma base estruturante na rede de observadores e em uma rede de operadores de qualidade internacional, além da infraestrutura aérea que conecta destinos de Norte a Sul.

“Esse conjunto de fatores são estratégicos para o desenvolvimento do turismo de observação de aves.”

Por isso, Carvalho compara o potencial econômico do modelo ao de safáris africanos, com diferenças de escala e contexto. Para ele, o birdwatching pode ir além por ocorrer em áreas naturais e também urbanas, alcançar diversos habitats e mobilizar um hobby global.

“Há pesquisas que citam até 90 milhões de observadores. Além disso, há que considerar o público brasileiro, o turismo doméstico que é crescente. O WikiAves, portal brasileiro de aves, já registra mais de 6 milhões de fotografias em seus arquivos, o que dá uma boa dimensão do potencial doméstico.”

Agora para transformar todo esse potencial em desenvolvimento local, especialistas enfatizam a necessidade de regras de visitação, monitoramento de fauna, participação das comunidades e reinvestimento em manejo e infraestrutura.

Carvalho, por exemplo, defende políticas públicas que qualifiquem guias, lodges e serviços, fomentem abrigos de observação, aproximem unidades de conservação das comunidades do entorno e derrubem barreiras como a taxação de binóculos, apontada como entrave ao crescimento do setor.

Fonte: G1