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Lançamento do Evento P3C marca encontro decisivo para o futuro das PPPs e Concessões no Brasil

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Evento reúne especialistas, gestores públicos e investidores para debater soluções inovadoras em infraestrutura, mobilidade e saneamento por meio de parcerias público-privadas

O Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, será palco nos dias 23 e 24 de fevereiro de 2025 de um dos mais importantes encontros sobre infraestrutura do país: o P3C – PPPs e Concessões: Investimentos em Infraestrutura no Brasil. O evento, que se consolida como referência no setor, reunirá 2.000 participantes, 250 palestrantes, 56 painéis e 40 expositores em uma programação intensa voltada à qualificação do ambiente de negócios para parcerias público-privadas e concessões no Brasil.

A proposta do P3C é promover um ambiente mais previsível e seguro para investidores, com base em critérios ambientais, sociais e de governança (ESG). A iniciativa busca consolidar um espaço de debate e colaboração entre os principais atores envolvidos na estruturação, financiamento e execução de projetos de infraestrutura — do poder público às empresas privadas, passando por consultorias, investidores, startups, órgãos de controle, academia e sociedade civil.

O evento começa no dia 23 de fevereiro com a aguardada cerimônia do Prêmio P3C, em formato presencial, que chega à sua quinta edição reconhecendo iniciativas de destaque na infraestrutura econômica, social e ambiental do país. Serão homenageadas pessoas, empresas e órgãos públicos que demonstraram excelência e inovação na gestão de projetos e contratos de PPPs e concessões. A premiação será transmitida ao vivo, garantindo acesso ampliado ao público que acompanha o evento remotamente.

Já no dia 24 de fevereiro, o P3C abre as portas para sua conferência e exposição, com debates de alto nível conduzidos por especialistas nacionais e internacionais. Os painéis tratarão de temas urgentes e inovadores dos setores de infraestrutura, como mobilidade urbana, saneamento, energia, habitação, turismo, meio ambiente, descarbonização, finanças sustentáveis, gestão de riscos e governança contratual. O objetivo é fomentar soluções sustentáveis e viáveis para o desenvolvimento das cidades e regiões brasileiras.

O P3C tem se mostrado um espaço estratégico para a transformação da infraestrutura no país. Na última edição, em 2024, o evento contou com 1.630 participantes e mais de 63 horas de conteúdo, com 44 painéis realizados e 208 palestrantes. Mais de 180 iniciativas foram inscritas no Prêmio, sendo reconhecidas em seis categorias distintas, incluindo melhor estruturação de projetos, gestão pública e privada e carreiras de impacto.

Este ano, o alcance promete ser ainda maior. A edição de 2025 inova ao integrar experiência presencial com transmissão ao vivo da abertura, premiação e entrevistas exclusivas, promovendo maior democratização do conteúdo e ampliando sua visibilidade.

O público do P3C é altamente qualificado e diverso: executivos de empresas concessionárias, operadores de infraestrutura, representantes de governos em todas as esferas, consultores, seguradoras, investidores, startups, pesquisadores e órgãos de controle. Na edição passada, 41,4% das organizações participantes vieram do setor público e 31% eram empresas privadas, o que revela o caráter plural e colaborativo do encontro.

Organizado em setores verticais — como transporte, mobilidade urbana, energia, meio ambiente, turismo e políticas sociais — e horizontais — como descarbonização, inovação, setor financeiro, riscos contratuais e contencioso —, o evento cria oportunidades únicas de networking, parcerias e desenvolvimento de soluções aplicáveis à realidade brasileira.

Mais do que uma conferência, o P3C é um espaço de articulação entre setores e de construção coletiva de um Brasil mais eficiente, sustentável e atrativo para investimentos em infraestrutura. Com uma programação robusta e participativa, o evento reafirma seu compromisso em transformar o cenário das PPPs e concessões e convida todos os protagonistas desse ecossistema a fazerem parte desse movimento.

A conferência, o prêmio e a exposição do P3C acontecerão de forma presencial no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, com momentos-chave transmitidos ao vivo. As inscrições estão abertas, e os bastidores da preparação já mostram que esta será a maior edição da história do evento.O Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, será palco nos dias 23 e 24 de fevereiro de 2025 de um dos mais importantes encontros sobre infraestrutura do país, saiba mais!

Plano Municipal Chapecó Cidade Inteligente é apresentado na Conferência das Cidades

O Plano Municipal Chapecó Cidade Inteligente e Sustentável foi apresentado nesta sexta-feira, no auditório da Prefeitura, durante a 4ª Conferência Municipal das Cidades. Durante o painel Inovação na Gestão Pública, a diretora de Cidade Inteligente, Kátia Eloisa Bertol, falou sobre a construção do plano, envolvendo todas as secretarias.

Foram três meses de visitas e entrevistas para levantar os projetos e programas desenvolvidos pela Administração Municipal. O plano pode ser consultado no site da Prefeitura.

“Chapecó tem muitos projetos e iniciativas que atendem os critérios de cidades inteligentes e que também estão relacionados com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Nós mapeamos esses projetos e montamos o plano, que é algo vivo e que vai sendo atualizado. O plano também prevê a integração das ações com o objetivo de atender melhor o cidadão e promover seu bem-estar”, disse Kátia.

Ela citou com uma das ações inovadoras a Cidade do Idoso, que tem diversas atividades para esse público e recentemente iniciou uma capacitação no melhor uso de celulares, através do projeto Mentes Digitais 60+. Destacou ações como os Centros Multiuso, com oficinas no contraturno escolar, o projeto de eficiência energética com a troca de lâmpadas convencionais por LED, o telessaúde, o APP Chapecó Digital, o Desbrave Chapecó, a Escola Cívica de Inovação e Tecnologia, o programa Mão Amiga, o Programa Atleta do Futuro, o GPS Rural, o Plano de Mobilidade Urbana, o Geo Mais, entre outros. Também citou outros projetos em andamento, como a implantação de semáforos inteligentes e o wifi público, que já está disponível na praça Coronel Bertaso.

O diretor de Inovação e Modernização, Giovani de Marco, também falou sobre as ações de modernização da gestão pública. Uma das ferramentas novas é o CHAPE, que é um assistente de Inteligência Artificial que auxilia com informações para os cidadãos.
O Secretário de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Inovação, Márcio da Paixão Rodrigues, falou sobre o Programa Chapecó Inovadora, que estabelece conexão com as universidades e todo o ecossistema de inovação, com o objetivo de buscar soluções para melhorar o atendimento ao público.

De acordo com o coordenador da Conferência, Nemésio Carlos da Silva, o encontro buscou sugestões que possam melhorar a cidade, seja no aspecto de mobilidade, macrodrenagem, desenvolvimento sustentável, saneamento, espaços verdes ou outros aspectos. As sugestões serão encaminhadas para as três esferas: Municipal, Estadual e Federal.

O vice-prefeito, Valmor Scolari, participou da abertura da Conferência e citou a importância da participação da sociedade na elaboração das políticas públicas. O presidente da Câmara de Vereadores, Claimar de Conto, também participou da abertura e o vereador Wilson Cidrão acompanhou a conferência.

Também foram eleitos dez delegados para a conferência estadual, que será realizada de 19 a 21 de agosto próximo.

Fonte: Chapeco Online

Connected Smart Cities 2025 estreia palco exclusivo sobre PPPs e Concessões em parceria com a B3 e o FDIRS

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Evento lança espaço inédito para impulsionar parcerias e concessões municipais com foco em eficiência, inovação e impacto social

O Connected Smart Cities 2025 chega com uma grande novidade que promete transformar o debate sobre infraestrutura urbana no Brasil: a ampliação do debate sobre o tema, com dois palcos exclusivos dedicados às Parcerias Público-Privadas (PPPs) e Concessões para cidades. Fruto de uma parceria com a B3 – a bolsa do Brasil – e o FDIRS (Fundo de Desenvolvimento da Infraestrutura Regional Sustentável), a iniciativa tem como objetivo principal apoiar os municípios na estruturação e viabilização de projetos que melhorem os serviços públicos e, consequentemente, a qualidade de vida da população.

Com patrimônio líquido de R$ 1 bilhão, o FDIRS se destaca por ser o primeiro fundo de capital da União com gestão privada e discricionária. Sua criação visa justamente impulsionar a estruturação de projetos de PPPs e concessões municipais, oferecendo um instrumento estratégico de financiamento aos governos locais que buscam soluções sustentáveis e eficazes para os desafios urbanos.

Leia mais: Recife Sedia Encontro de Municípos do FDIRS para Impulsionar Projetos de PPPs no Brasil 

Durante o CSC 2025, estes palcos serão espaços de destaque para a apresentação de soluções práticas, estudos de caso e oportunidades de investimento em sete setores considerados estratégicos para o desenvolvimento urbano. São eles: iluminação pública e smart cities, saneamento básico, resíduos sólidos, perímetros irrigados, PPPs sociais (educação e saúde) e mobilidade urbana. A proposta é reunir especialistas, gestores públicos e representantes do setor privado para discutir como transformar ideias em projetos concretos e bem estruturados.

Para empresas que atuam na estruturação de projetos, concessões, engenharia, operação de serviços públicos, tecnologias urbanas ou financiamento de infraestrutura, essa é uma oportunidade única de se conectar diretamente com os principais tomadores de decisão do setor público. O Connected Smart Cities 2025 se consolida, assim, como o ambiente ideal para geração de negócios, apresentação de soluções inovadoras e consolidação de parcerias de longo prazo, sempre com foco em impacto social e aumento da eficiência nas cidades brasileiras.

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Transporte Sustentável na COP 30: O que as cidades vão entregar?

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Ampliar a eletrificação das frotas de ônibus exige mais esclarecimento e informação aos prefeitos

A COP 30 – Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas – será o evento diplomático do ano, ou talvez da década, no Brasil. 

Ela reunirá em Belém do Pará, a partir de 10 de novembro, chefes de Estado e lideranças internacionais de dezenas de países, além de alguns milhares de pesquisadores, ativistas do meio ambiente, autoridades públicas e empresários.

Todos estarão preocupados em ter o que “entregar”. Quais serão as contribuições que esses líderes políticos, empresariais e acadêmicos oferecerão ao Brasil e ao planeta para reduzir as emissões de gases do efeito estufa (GEE) e atingir a meta de carbono zero em 2050, conforme estabeleceu o Acordo de Paris em 2015?

Esse tipo de preocupação deveria estar no centro das prioridades dos dirigentes políticos brasileiros em todos os níveis. 

Mas, a sete meses da COP 3-0, o engajamento dos diversos entes governamentais com a agenda climática ainda é muito irregular e, no geral, frágil. 

O Governo Federal deverá apresentar o Plano Clima, e trabalha para entregar uma meta nacional de redução de poluentes de até 67% até 2035. Se conseguir, será um grande avanço. 

Tudo depende de o país conseguir de fato controlar o desmatamento na Amazônia e nos principais biomas, principal causa das emissões de GEE no Brasil, e melhorar o manejo das atividades agropecuárias para reduzir as emissões de metano decorrentes da digestão do gado, a segunda causa. 

O governo federal e alguns estados estão muito envolvidos com esses objetivos, mas não será nada fácil atingi-los.

O elo mais fraco dessa cadeia de esforços para descarbonizar o Brasil até 2050 talvez esteja nas cidades. Poucos prefeitos eleitos em 2024 conseguiram avançar em políticas sólidas para combater as mudanças climáticas.

O transporte em geral e o transporte público em particular são os principais fatores de emissão de poluentes nas grandes cidades. 

Com um agravante: os ônibus a diesel e os carros a combustível fóssil emitem não apenas gás carbônico (CO²), mas também óxidos de nitrogênio (NOx), material particulado (MP) e outros gases nocivos à saúde humana, contribuindo diretamente para o aumento de internações e mortes por problemas respiratórios, cardiovasculares e câncer.

No entanto, segundo dados da ABVE Data, apenas 21 municípios brasileiros emplacaram ônibus elétricos entre 2022 de abril de 2025, sendo 81% deles numa única cidade, São Paulo (ver quadro).

Emplacamento de ônibus elétricos por município – 2022 a Abr/2025

 EMPLACAMENTOS DE ÔNIBUS ELÉTRICOS POR MUNICÍPIO - 2022 a Abr/2025
Fonte: ABVE DATA/Abril25

Embora a gestão do transporte coletiva seja tipicamente de competência dos municípios, poucos prefeitos se animaram a apostar na eletrificação quando o governo federal lançou o PAC Seleções, em maio de 2024, com um programa de financiamento de R$ 10,6 bilhões para renovação de frotas.

Dos 5.350 veículos pleiteados pelos prefeitos para se candidatar ao financiamento, apenas 2.529 eram elétricos, contemplando apenas cerca de 20 municípios. As cidades ainda têm pouco a entregar na COP 30.

Não se pode culpar apenas a timidez dos prefeitos. Muitos deles provavelmente gostariam de eletrificar suas frotas, mas têm poucas informações sobre a viabilidade da nova tecnologia e se sentiram inseguros.

É preciso um trabalho integrado e didático de esclarecimento e circulação de informações para ampliar o interesse das cidades pelos ônibus elétricos e explicar como eletrificar as frotas municipais. 

Um trabalho que envolva as entidades empresariais do setor de transporte, governo federal (principalmente Ministério das Cidades), empresas de ônibus e de carregadores elétricos e a Frente Nacional dos Prefeitos.

Isso pode ser feito por meio de seminários e workshops, reunindo prefeitos, secretários de mobilidade urbana, operadores de transporte, agentes financeiros do governo e empresas do setor. Esse é um exemplo de iniciativa. Há muitas outras.

Com raras exceções, o fato é que a descarbonização do transporte público evolui a passos lentos nas cidades, mesmo nas capitais e grandes metrópoles.

Que essa constatação seja menos um lamento e mais um alerta para o setor recuperar o tempo perdido e dar uma decisiva contribuição às metas nacionais de descarbonização do transporte público. 

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade da autora, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities

Modelo digital de visão do céu permite compreender o comportamento das grandes cidades

O fator de visão do céu (FVC) é uma tentativa de redução da dimensão da complexidade da cidade, ao permitir a modelagem do ambiente urbano e da paisagem para estudos climáticos

O processo de radiação é um dos elementos centrais nos estudos de climatologia nas cidades. “Esse processo ocorre de maneira muito diferente do que se observa nos ambientes onde a natureza é mais preservada. Temos uma diversidade de materiais, formas e quantidade de edificações e construções que torna difícil calcular a radiação que incide e retorna ao ambiente”, explica Fernando Gomes.

O pesquisador do Centro de Estudos da Metrópole (CEM), que é doutorando em Engenharia de Transportes e Infraestruturas Espaciais pela Escola Politécnica (Poli) da USP, explica a importância e as aplicações do fator de visão do céu (FVC), índice que mede a quantidade de céu visível em um determinado ponto geográfico. Essa análise permite a modelagem do ambiente urbano e da paisagem — a representação de elementos construídos, sistemas de espaços abertos e o meio ambiente —, além de permitir a pesquisa da dispersão de energia térmica armazenada na atmosfera.

Em artigo publicado recentemente, Fernando Gomes propõe um novo método para calcular o FVC para grandes áreas urbanas, utilizando levantamentos a laser feitos pelas administrações públicas das cidades de São Paulo, no Brasil, e Nova York, nos Estados Unidos, como estudos de caso para o desenvolvimento do modelo.

Meio urbano

Segundo o especialista, os estudos sobre FVC surgiram a partir de dois pesquisadores, na década de 1980, que correlacionam o microclima (clima existente dentro de uma pequena área) à quantidade de céu observada. “Eles estavam estudando como a radiação solar acaba se dissipando em um ambiente urbano, porque, diferentemente do ambiente natural, o ambiente urbano apresenta outras características morfológicas”, afirma. Dessa forma, existe a influência desse aspecto nos fenômenos climáticos.

Assim, o fator de visão do céu permite entender o comportamento de grandes cidades, como São Paulo, no Brasil, e Baixa Manhattan, nos Estados Unidos, cuja urbanização é elevada e verticalizada. “Eles formam espaços onde existe uma grande região de sombreamento e onde a radiação solar, a partir do momento que entra, não consegue se dissipar mais da mesma maneira que ela faria quando não houvesse esses edifícios.” Gomes explica que o processo causa a formação dos chamados cânions urbanos, áreas urbanas com grande densidade de construções.

Para ele, a pesquisa considera a complexidade das cidades e os atores desse meio: ambiente, saúde, cenários e paisagens. “O FVC é uma maneira de simplificar, porque eventualmente a gente não consegue lidar com todos os dados ao mesmo tempo. Ele é uma tentativa de redução da dimensão da complexidade da cidade”, demonstra. O especialista cita o uso de aplicativos de navegação por GPS e a redução da acurácia dos sensores nos centros urbanos, a depender da área visível do céu.

“De baixo para cima”

Para o pesquisador, o modelo digital contínuo desenvolvido no Centro de Estudos da Metrópole e na Poli é uma inovação que possibilita a representação gráfica e cartográfica sob outra perspectiva: “Diferentemente dos mapas tradicionais, […] esse mapa é feito de baixo para cima, ou seja, a partir de um determinado ponto do observador, quanto de céu que ele pode observar”.

O dado primário que proporcionou o método foi o LiDAR (Light Detection and Ranging — Detecção e Alcance de Luz, em tradução livre), uma forma de sensoriamento a partir de ondas de laser, que são disparadas e retornam para o emissor. “É possível a gente ter um mapeamento 3D da cidade, ou seja, a gente consegue ver a altura, a gente consegue medir a altura dos objetos que estão sendo mapeados, assim como as edificações, a vegetação”, explica.

Gomes afirma que o produto final é uma nuvem de pontos 3D, que proporcionam a reconstituição e o cálculo do fator de visão do céu. Ele justifica que o trabalho sobre obstruções pode ser utilizado em outras áreas, como a saúde. “Uma pesquisa está correlacionando na China a prevalência de depressão em idosos ao baixo fator de visão do céu”, finaliza.

Com informações do CEM

Fonte: Jornal USP

Brasil impulsiona política ferroviária para passageiros com metas de integração e sustentabilidade

Workshop promovido pelo Ministério dos Transportes com a ANPTrilhos discute soluções estruturais, institucionais e financeiras para ampliar a oferta ferroviária no país

O transporte ferroviário de passageiros voltou ao centro das discussões estratégicas nesta quarta-feira (28), durante workshop promovido pelo Ministério dos Transportes em parceria com a Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos – ANPTrilhos. O evento, realizado em Brasília, reuniu autoridades, especialistas e representantes do setor para debater o desenvolvimento do transporte ferroviário regional de passageiros, a sinergia com a mobilidade urbana, modelos operacionais e o fortalecimento da indústria nacional.

Para o secretário nacional de Transporte Ferroviário, Leonardo Ribeiro, o debate marca um novo momento para o setor, conduzido com firmeza e visão estratégica pelo ministro Renan Filho. “O investimento em infraestrutura de transporte público é uma das medidas mais impactantes que instituições públicas e privadas podem adotar para reduzir a congestão e as emissões, aumentar a resiliência urbana e tornar as cidades mais inclusivas e produtivas economicamente”, disse.

O diretor-presidente da Infra S.A., Jorge Bastos, alertou para a falta de investimentos no transporte de passageiros nas últimas renovações de concessões ferroviárias. “O governo anterior renovou as principais ferrovias do país na gestão passada, mas sem destinar recursos para o transporte de passageiros. O atual governo — o ministro, quando chegou — começou a botar o dedo na ferida para revisar essas renovações e tentar viabilizar um retorno monetário, para que possamos investir em trem de passageiro”, reforçou.

Segundo Bastos, o esforço agora é recuperar o tempo perdido e garantir recursos que permitam avanços concretos no transporte ferroviário de passageiros. “Vamos ter certeza de que haverá licitações para trem de passageiros”, completou.

Representando o setor privado, a diretora-executiva da ANPTrilhos, Ana Patrizia Lira, destacou que os operadores de transporte ferroviário de passageiros no país já transportam cerca de 2,5 bilhões de pessoas por ano, dentro de um cenário estimado em R$ 65 bilhões em investimentos. “O transporte ferroviário, sem dúvidas, tem externalidades positivas que são amplamente conhecidas. Estamos falando de um transporte mais seguro, mais confortável e, sobretudo, mais sustentável”, afirmou.

Desenvolvimento sustentável

A agenda ferroviária também se destaca pelo potencial de promover uma mobilidade com benefícios diretos para o meio ambiente e para a qualidade de vida nas cidades. A adoção de soluções estruturantes no transporte de passageiros sobre trilhos está no centro das estratégias de descarbonização e resiliência urbana do país.
De acordo com dados da ANPTrilhos, o transporte ferroviário de passageiros de longa distância apresenta emissões de CO₂ até 3,5 vezes menores em comparação com outros modais. “Estamos falando de um modal que transporta mais pessoas por viagem, de forma semelhante ao que ocorre no transporte de carga. Isso evidencia a importância de construirmos medidas que viabilizem a evolução do transporte regional de passageiros”, afirmou Ana Patrizia Lira.

Integração

A programação contou com representantes do Ministério dos Transportes, de outros órgãos do Governo Federal — como os Ministérios das Cidades e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, e a Casa Civil da Presidência da República, além de autoridades estaduais, reguladores e líderes da indústria ferroviária. Com painéis ao longo de todo o dia, o evento abordou desde a integração com a mobilidade urbana até modelos de negócio, passando ainda por projetos de trens regionais e perspectivas para o fortalecimento da indústria nacional.

Fonte: Assessoria Especial de Comunicação – Ministério dos Transportes

Brasil preparado para ser o grande líder global em sustentabilidade no turismo

A América Latina e o Caribe estão destinados a desempenhar um papel de protagonismo no turismo global, e o Brasil se destaca como um ator-chave

Gloria Guevara — candidata do Governo do México à Secretaria-Geral da ONU Turismo. Foi ministra do Turismo do México e CEO do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC)

Nesta quinta e sexta-feira, 29 e 30 de maio, em Segóvia, Espanha, acontecerão as eleições para renovar a Secretaria-Geral da ONU Turismo. Será uma oportunidade para traçar um novo rumo que leve o turismo global a outro patamar, gerando crescimento e desenvolvimento equitativo para todos os países.

Parque Tecnológico de Santos é importante agente de inovação para o setor portuário

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Parque conta, atualmente, com 44 startups incubadas, incluindo iniciativas que dinamizam as operações do maior porto da região

Quando se pensa em Santos, é impossível não lembrar do maior porto da América Latina, que, há 133 anos, impulsiona o desenvolvimento econômico do País e respondeu, em março, por 29,4% da sua corrente comercial (dado da Autoridade Portuária de Santos). Mais do que a movimentação de cargas, o Porto também é peça chave na geração de empregos e na arrecadação do município.

O tamanho da operação faz com que a receita de Santos seja atípica, com o ISS (Imposto Sobre Serviço) sendo o principal tributo, tendo arrecadação estimada em R$ 1,55 bilhão no próximo ano. Para o fomento, por parte da gestão pública, de políticas alinhadas ao dinamismo da atividade portuária, o Parque Tecnológico de Santos, inaugurado em 2020, tem papel central.

Apesar de a atividade econômica do Município não estar restrita ao Porto, a diversificação não ocorre em detrimento do setor. O Parque é espelho disso, sendo incubador de 44 startups de diversos segmentos.

Na área portuária, algumas iniciativas se destacam, como a HXtos, que já é responsável pela gestão do embarque de mais de 80% de toda celulose exportada, com soluções pensadas para o manejo de cargas soltas do começo ao fim do processo.

A inovação, porém, não vem só na área de logística. A Tidalwatt, por exemplo, desenvolveu uma turbina que funciona 24 horas por dia à base de correntes marítimas, com resultado até 60 vezes mais potente do que equipamentos que funcionam usando a força dos ventos, além de ser totalmente ecológica. A startup é uma das 100 startups to watch (100 startups para acompanhar, em tradução livre), destacadas pela revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios em 2024.

Outro símbolo, não só da integração, mas também de como iniciativas podem trazer benefícios em diversos segmentos, é a Data Overseas, com uma inteligência artificial usada para reduzir os resíduos no mar, o que impacta diretamente na sustentabilidade do Porto e Cidade como um todo.

 Chama a atenção que, além da inovação por si só, as iniciativas estão totalmente alinhadas com os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU, demonstrando a preocupação de avançar tendo em conta o fomento de um ecossistema saudável para as gerações futuras.

Ações como as citadas têm potencial de simplificar processos custosos do ponto de vista não só financeiro, mas também ambiental, em um momento em que não podemos mais ignorar os desafios climáticos pelos quais o mundo passa. Nesse sentido, quem ganha com a parceria não é apenas a Cidade e o Porto, mas o planeta.

Em suma, o Parque já é um dos grandes motores econômicos de Santos e contribui para que a Cidade seja, de fato, inteligente. O foco é não só na manutenção, mas também nos próximos passos, para que o Porto e a Cidade possam permanecer como exemplos internacionais do que dá certo.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities

Com R$ 10 bi, chamada pública vai apoiar planos de negócios no Nordeste

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Ação conjunta entre BNDES, Finep, Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Caixa, Sudene e Consórcio Nordeste vai financiar a realização de investimentos estratégicos na região

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou, nesta quarta-feira, 28, em Salgueiro (PE), a abertura de chamada pública com orçamento de R$ 10 bilhões para selecionar planos de negócios com investimentos estratégicos para o desenvolvimento econômico e social da Região Nordeste.

A ação acontece no âmbito da Nova Indústria Brasil, a política industrial do governo federal, e tem como finalidade apoiar projetos nas áreas de energia renovável (foco em soluções industriais para armazenamento), bioeconomia (foco em fármacos), descarbonização (foco em hidrogênio verde), data center verde, indústria automotiva, e tecnologias para integração da agricultura familiar, incluindo máquinas agrícolas.

O edital é uma ação conjunta do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), do Banco do Brasil, do Banco do Nordeste, da Caixa Econômica Federal e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), com apoio técnico da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste (CNE).

“É a maior disponibilidade de recursos para que se faça investimento na indústria do Nordeste. São R$ 10 bilhões para quem quiser fazer projeto de crédito na Região. Isso nunca tinha acontecido antes. Nunca houve uma disponibilidade de crédito para o Nordeste como estamos fazendo agora”, disse o presidente Lula, durante cerimônia de lançamento da chamada pública, em Salgueiro (PE), que contou com a presença do diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luis Gordon.

Podem participar empresas brasileiras e estrangeiras e cooperativas que realizam ou planejam realizar investimentos no Nordeste. Os planos de negócios deverão contemplar, para sua execução, um orçamento superior a R$ 10 milhões. E devem ser apresentados até o dia 15 de setembro de 2025.

As instituições financeiras parceiras da chamada vão apoiar os projetos com linhas de crédito, subvenção econômica (recursos não reembolsáveis) e participação societária. O Consórcio Nordeste e a Sudene farão participação técnica, com fomento aos projetos e conhecimento da região e dos setores.

“Com a Nova Indústria Brasil, o governo do presidente Lula tem buscado ações de fortalecimento e desenvolvimento regional. A industrialização regional fortalece a economia nacional e promove um desenvolvimento mais equilibrado, reduzindo as desigualdades. No BNDES, estamos fortalecendo os investimentos em inovação. Em 2024, aprovamos R$ 370,2 milhões em projetos de empresas da região Nordeste com essa finalidade, um aumento de 282,1% em relação a 2023 e de 579,1% em comparação com 2022”, explica o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

“A chamada para a seleção de projetos estratégicos no Nordeste é uma iniciativa única que, pela primeira vez, reúne as diversas instituições de fomento federais com o objetivo de apoiar projetos para promover o desenvolvimento e a inovação na região. Essa articulação de tantos atores representa um esforço importante do governo federal em prol da ampliação de recursos da Nova indústria Brasil para a redução de assimetrias regionais. Tenho muito orgulho de ver o esforço da Finep na elaboração e articulação dessa chamada, que terá papel fundamental para o desenvolvimento da região Nordeste e do Brasil”, disse o presidente da Finep, Celso Pansera.

Planos de negócios

Dentro das áreas temáticas listadas, as propostas poderão contemplar: instalação de infraestrutura física, de pesquisa ou industriais; aquisição de máquinas e equipamentos; instalação de plantas pilotos ou demonstrativas; contratação de recursos humanos; custeio das atividades de PD&I, incluindo a contratação de serviços técnicos especializados; custeio das atividades de PD&I realizadas em parceria com outras empresas (incluindo em sistema de inovação aberta), universidades e centros de pesquisa, públicos ou privados; projetos de engenharia; e capital de giro.

Fonte: Agência BNDES de Notícias

‘Não investir na expansão metroferroviária foi uma decisão política equivocada’, diz executivo da ANPTrilhos

Joubert Fortes Flores Filho, presidente do conselho administrativo da ANPtrilhos, participou do painel sobre expansão do modal ao lado de outros especialistas do setor no Summit Mobilidade

O transporte sobre trilhos no Brasil, modalidade que foi responsável pelo transporte de 2,57 bilhões de pessoas ao longo de 2024, foi tema do painel 4 do Summit Mobilidade 2025, evento realizado pelo oitavo ano consecutivo pelo Estadão e que, nesta edição, aconteceu no Espaço Bravos, na zona oeste da capital paulista.

A conversa reuniu especialistas do setor, como Federico Andrés, diretor de Implantação da TIC Trens; Jaime Juraszek, CEO da Concessionária Linha Universidade (Linha Uni); Joubert Fortes Flores Filho, presidente do Conselho Administrativo da ANPtrilhos; Sérgio Avelleda, coordenador do Observatório Nacional de Mobilidade Sustentável do Insper; e contou com a mediação de Victor Vieira, editor de Metrópole do Estadão.

Um segmento, muitos desafios

Atração de passageiros para o transporte público sobre trilhos, o modal sob a ótica do planejamento urbano, a integração tarifária, o crescimento do sistema, entre novidades – como o plano de expansão de trens urbanos como São Paulo-Campinas (TIC) e São Paulo-Jundiaí, e de linhas como a 6-Laranja, em construção pela Linha Uni -, foram alguns dos desafios desse segmento mencionados pelos painelistas.

Para Flores, o momento é positivo, principalmente no Estado de São Paulo. “O transporte sobre trilhos tem avançado, mas é um movimento aquém do que gostaríamos e do que a sociedade precisa. Em São Paulo temos um plano, mas em outras cidades do País não temos. E precisamos ter”, opina.

Para ele, um dos mitos que impede o avanço do modal é o de que se trata de um transporte muito caro. “Não investir nessa expansão foi uma decisão política equivocada, que precisa serr revertida. Em Londres, por exemplo, a Elisabeth Line custou em torno de 14 milhões de libras, mas lá o planejamento é tão bem feito que já sabe, pelo cálculo de valorização das áreas e outros, quando esse investimento dará retorno financeiro”, explica.

Planejamento: a solução para as cidades

A importância do planejamento em mobilidade também foi abordado por Sérgio Avelleda. Ele menciona como exemplos de iniciativas da capital paulista a integração do Bilhete Único ao transporte sobre trilho, em 2015, e o fomento ao uso da bicicleta com a expansão da infraestrutura cicloviária.

“No caso da integração, a demanda mais que dobrou em um ano. No caso das bikes, hoje temos trânsito nas ciclovias e o aumento no uso do modal foi constatado na última pesquisa Origem e Destino do Metrô. São ótimos exemplos de como a coordenação entre as instâncias do poder público nos transportes resultam em aumento da demanda. E estimulam as pessoas a usar o transporte público, que é o que as cidades precisam”, afirma Avelleda.

Para o CEO da Linha Uni, a falta de integração entre esferas do governo também é sentida em grandes obras. “Na Linha 6-Laranja, temos 15,3 km de escavação debaixo de São Paulo. Como exemplo, temos um caso de um atacadista que construiu, em 2018, na área onde iríamos escavar – só lembrando que nosso contrato foi assinado em 2015. E outros dois outros prédios seriam construídos, mas, felizmente, conseguimos evitar a tempo”, afirma Juraszek.

Em relação às oportunidades que a expansão do transporte sobre trilhos proporciona, o diretor de Implantação da TIC Trens menciona o aquecimento econômico das cidades contempladas. “O próprio trem acaba sendo catalisador para impulsionar a evolução dos municípios afetadas pelo TIC. E isso é avaliado numa etapa bem inicial do trabalho, quando analisamos os usuários e sua jornada”, analisa.

É preciso coletivar as soluções’

De acordo com Avelleda, as cidades são as maiores responsáveis pela emissão de gases contaminantes da atmosfera e, dentro delas, o setor de transportes se destaca negativamente. “Fico chocado em ver como a sociedade não está sensibilizada com esse tema. Precisamos coletivizar as soluções, e se optarmos pelo transporte sobre trilhos, marcaremos um golaço”, diz.

De acordo com ele, é preciso começar a criar incentivos para quem usa o transporte público e a mobilidade artiva e ‘desincentivos’ para quem opta por se deslocar de transporte individual motorizado. “A exemplo de outras cidades no mundo, isso criaria subsídios para o transporte público. E isso precisa estar diretamente diretamente ligado às mudanças climáticas”, opina Avelleda.

Nesse sentido, Juraszek afirma que em torno de 102 mil toneladas de CO2 por ano serão evitadas pela Linha 6-Laranja, que tem previsão de ser entregue no segundo semestre de 2026.

Fonte: Estadão Mobilidade