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A cidade brasileira que está revolucionando a tecnologia

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Florianópolis se consolida como a cidade mais inovadora e tecnológica do Brasil, graças a polos de startups, programas sustentáveis e investimentos em tecnologia. O crescimento coloca a capital catarinense em destaque nacional e internacional.

Qual é a origem do destaque de Florianópolis em tecnologia?

A trajetória de Florianópolis como polo tecnológico começou com o Sapiens Parque, um ecossistema que conecta startups, universidades e empresas para fomentar inovação e empreendedorismo.

Além disso, a cidade investe em infraestrutura digital, como cobertura 5G, plataformas de serviços públicos e iniciativas de smart city que melhoram a mobilidade urbana e a gestão ambiental.

Por que Florianópolis chama tanta atenção?

A cidade se destaca por unir tecnologia, inovação e qualidade de vida:

  • Startups e empreendedorismo: ambiente propício para novos negócios.
  • Mobilidade inteligente: transporte público eficiente e soluções urbanas conectadas.
  • Sustentabilidade: programas de eficiência energética e gestão ambiental integrada.

Esses fatores consolidam Florianópolis como referência em cidades inteligentes na América Latina.

Quais elementos tornam Florianópolis única em inovação?

  • Sapiens Parque: hub de inovação com startups, universidades e empresas.
  • Projetos premiados de eficiência energética: reconhecimento nacional e internacional.
  • Iniciativas de smart city: integração de tecnologia para serviços urbanos.
  • Investimentos em conectividade: redes 5G, internet de alta velocidade e plataformas digitais para cidadãos.

Quem vai gostar de Florianópolis?

  • Empreendedores e startups: ambiente favorável para crescimento de negócios.
  • Cidadãos e famílias: serviços públicos mais eficientes e sustentáveis.
  • Visitantes e turistas: cidade moderna, tecnológica e conectada.

Curiosidades sobre a inovação em Florianópolis

  • Florianópolis é considerada a cidade mais inovadora do Brasil no Ranking Connected Smart Cities 2023.
  • O Sapiens Parque conecta centenas de startups e empresas de tecnologia na capital catarinense.
  • Projetos urbanos premiados internacionalmente colocam Florianópolis entre as referências de smart cities na América Latina.

O que esperar do futuro de Florianópolis?

Com a expansão de seu ecossistema de inovação, Florianópolis deve continuar crescendo como referência em tecnologia, sustentabilidade e qualidade de vida, consolidando-se como modelo de cidade inteligente no Brasil e na América Latina.

Fonte: Revista Ana Maria

Além do Planejamento: Explorar Futuros em Tempos Incertos

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Entre o previsível e o possível: repensando o planejamento urbano a partir dos futuros

O termo “planejamento urbano” parece carregar uma contradição de origem. Planejar vem de uma ideia de controle e previsibilidade, enquanto cidade, por definição, é organismo vivo, indisciplinado e incerto. Mais ainda: planejar, no uso institucional e técnico que fazemos hoje, carrega uma carga pesada do passado. Planeja-se para prevenir, corrigir, remediar. Planeja-se com base em modelos, diagnósticos e estatísticas. Mas raramente se planeja a partir de futuros.

O próprio termo ‘planejamento’ carrega em si uma armadilha conceitual. Derivado do latim ‘planus’, plano, nivelado, liso, planejar é, em sua origem, o ato de tornar algo plano, regular, previsível. É achatar, estandardizar. Aplicado às cidades, esse conceito herda o imaginário moderno de controle e racionalização do “território”. Planejar passa a ser sinônimo de ordenar, antecipar, estabilizar. No entanto, cidades não são homogêneas: são sistemas dinâmicos, contraditórios, conflituosos, indisciplinados. Ao tentar torná-las previsíveis, o planejamento frequentemente reduz sua potência emergente e ignora sua natureza rizomática (Deleuze & Guattari). Planejar, nesse sentido, acaba sendo mais um ato de contenção do que de criação. O futuro, afinal, não é algo a ser nivelado, mas a ser tensionado, imaginado, pluralizado, explorado.

Tem alguma coisa muito errada nisso. Seguimos usando o termo “planejamento urbano” como se o futuro fosse um destino a ser previsto e não múltiplas possibilidades a serem exploradas. Como se a cidade fosse estática, e não mutante, como se pudéssemos realmente prever o caminho de um lugar com base apenas no que ele já foi ou é.

Mais do que uma crítica semântica, trata-se de uma crítica epistemológica. O conceito de planejamento urbano como conhecemos deriva de uma lógica moderna de ordenamento, enraizada na crença de que o desenvolvimento é linear, progressivo e previsível. Mas o tempo das cidades não se encaixa nessa moldura. Vivemos tempos simultâneos, desiguais, acelerados e complexos. O tempo urbano é o tempo de Sasa e Zamani (Mbiti), de Kairos, e não apenas de Kronos (Barbour; Rovelli). Exige leituras que não apenas meçam o tempo, mas que compreendam seus ritmos, seus sentidos e suas intensidades (Lefebvre, Rosa).

Diante disso, o que proponho é um deslocamento de paradigma: do planejamento urbano para uma abordagem de futuros urbanos. Não se trata de trocar uma palavra por outra, mas de abrir o campo conceitual e prático da atuação sobre as cidades. Enquanto o planejamento busca controle, a abordagem de futuros reconhece a incerteza como elemento central de projeto. Enquanto o planejamento parte de dados pretéritos, a abordagem de futuros trabalha com sinais (fortes e fracos), tendências emergentes, cenários possíveis e imaginação estratégica (Voros).

Falar de futuros urbanos é incorporar o que chamo em meu último livro de Place Strategic Foresight©: a aplicação da exploração de futuros a cidades e lugares. Isso envolve métodos específicos, como mapeamento de drivers, análise de tendências, construção de cenários, backcasting, mas, principalmente, exige uma mudança de mentalidade. Cidades não devem ser moldadas apenas por projeções lineares, mas por visões desejadas e pluralidade de possibilidades. Isso não invalida os instrumentos tradicionais, mas os reposiciona como ferramentas dentro de uma estratégia mais ampla.

Ao adotar os futuros como lente, conseguimos superar o “planejamento para o presente”. Conseguimos escapar da futurofobia, o medo da incerteza, que nos paralisa, e evitar o delírio da futurotopia, a crença cega em um futuro redentor e homogêneo. Passamos a operar a partir do reconhecimento de que há futuros desejáveis, prováveis e possíveis, e também os indesejáveis. Cabe a nós, enquanto agentes urbanos, tensionar essa balança sempre para o lado da transformação e impacto positivos.

Cidades à prova de futuro não são aquelas que adivinham o que vem pela frente, mas aquelas que são capazes de responder, adaptar e transformar-se diante do que ainda não se manifestou. São cidades que combinam antifragilidade (Taleb), imaginação radical e governança distribuída. São lugares que cultivam singularidades e que se preparam não apenas para resistir às crises, mas para emergir melhores delas.

O futuro exige mais do que planejamento. Exige imaginação. Lugares não são apenas recortes espaciais no tempo presente, são também campos vivos de futuros possíveis. É hora de redesenhar a forma como pensamos a cidade, não como quem busca certezas, mas como quem se dispõe a explorar as incertezas e cultivar futuros.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities

Apagão no Brasil causado por incêndio no Paraná durou pelo menos duas horas, diz ministério

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Problema começou às 0h32 em Bateias, em Campo Largo, na Grande Curitiba, e afetou todas as regiões do país; energia foi restabelecida entre 1h30 e 2h30.

O fornecimento de energia elétrica em pelo menos 20 estados e no Distrito Federal levou cerca de duas horas para ser totalmente restabelecido após o incêndio registrado na Subestação de Bateias, em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC).

O caso aconteceu na madrugada desta terça-feira (14), segundo o Ministério de Minas e Energia. Ainda não se sabe o que causou o fogo.

A falha no Sistema Interligado Nacional (SIN) foi registrada às 0h32, segundo a nota. O incêndio desligou toda a subestação de 500 kV (quilovolts), interrompendo momentaneamente a interligação em todas as regiões do Brasil.

Segundo a Companhia Paranaense de Energia (Copel), 76 mil unidades consumidoras tiveram o fornecimento de energia interrompido em todas as regiões do estado. A maior parte delas, 42 mil, ficam na região Norte do Paraná. Disse ainda que o incêndio foi controlado pelos bombeiros e que nenhum equipamento da Copel ou de outra empresa que fica instalada na subestação foi danificado.

“Em razão da ocorrência, entrou em atuação o Esquema Regional de Alívio de Carga, um mecanismo de proteção que desliga automaticamente equipamentos do Sistema Interligado Nacional. A operação das instalações foi recomposta à medida que a situação foi controlada”, informou a Copel.

Ainda segundo o ministério, a recomposição das cargas se deu de maneira controlada e, até 1h30, todas as cargas das regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste foram restabelecidas. As cargas da região Sul foram restabelecidas às 2h30.

Quase todo o Brasil é coberto pelo SIN, responsável pela transmissão de energia entre as regiões do país. São usinas, subestações e redes de distribuição que formam um único sistema de linhas de transmissão. Funciona sob coordenação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Segundo apurou o g1, além do Distrito Federal, foram registradas falhas nos estados de: Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.

Leia a nota na íntegra

Ministério de Minas e Energia

“Às 00h32min ocorreu perturbação de grande porte no Sistema Interligado Nacional, com desligamento de cerca de 10.000 MW de cargas, de forma controlada (por atuação do Esquema Regional de Alívio de Carga – ERAC). A ocorrência teve início em incêndio em reator na Subestação de Bateias (Paraná) que desligou toda a subestação de 500 kV, desinterligando as regiões Sul e Sudeste/Centro – Oeste, ocasionando contingência severa. O retorno dos equipamentos e a recomposição das cargas se deu de maneira controlada, logo nos primeiros minutos, sendo que até 1h30min todas as cargas das Regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro – Oeste foram restabelecidas. As cargas da Região sul foram recompostas totalmente por volta de 2h30min. O tempo de recomposição total foi inferior às ocorrências deste porte já ocorridas no SIN. Está programada para hoje reunião preliminar com os principais agentes envolvidos para identificar as causas e o ONS deverá realizar reunião preliminar de Análise da Perturbação para início de elaboração do Relatório de Análise da Perturbação – RAP até sexta-feira, 17/10”.

Sistema Interligado Nacional (SIN)

“O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) confirma que nesta terça-feira, 14 de outubro, às 0h32, houve uma ocorrência no Sistema Interligado Nacional (SIN) que provocou a interrupção de cerca de 10.000 MW de carga, afetando os quatro subsistemas: Sul, Sudeste/Centro-Oeste, Nordeste e Norte. A ocorrência teve início com um incêndio em um reator na Subestação de Bateias, no Paraná, desligando toda a subestação de 500 kV e ocasionando a abertura da interligação entre as duas regiões. No momento, a região Sul exportava cerca de 5.000 MW para o Sudeste/Centro-Oeste. Na região Sul houve perda de aproximadamente 1.600 MW de carga. Nas demais regiões, houve atuação do ERAC- Esquema Regional de Alívio de Carga. No Nordeste a interrupção foi da ordem de 1.900 MW, no Norte, de 1.600 MW e no Sudeste, de 4.800 MW. Assim que identificou a situação, o ONS iniciou ação conjunta com os agentes para restabelecer a energia nas regiões. O retorno dos equipamentos e a recomposição das cargas se deu de maneira segura, logo nos primeiros minutos, sendo que em até 1h30min todas as cargas das Regiões Norte, Nordeste, Sudeste/Centro – Oeste foram restabelecidas. As cargas da Região Sul foram recompostas totalmente por volta de 2h30min após a ocorrência. Uma reunião com os principais agentes envolvidos na ocorrência está programada para ser realizada ainda hoje. O ONS deverá realizar ainda uma reunião preliminar de Análise da Perturbação para início de elaboração do Relatório de Análise da Perturbação – RAP até sexta-feira, 17/10”.

Copel:

“A Copel informa que foi registrado um incêndio no reator de uma linha de transmissão, de propriedade e operado por Furnas, que fica localizado na área da Subestação Bateias, no município de Campo Largo, como parte do Sistema Interligado Nacional. O corpo de Bombeiros do Paraná controlou o incêndio. Nenhum equipamento da Copel nem de nenhuma outra empresa que fica instalada na Subestação Bateias foi danificado no episódio. Em razão da ocorrência, entrou em atuação o Esquema Regional de Alívio de Carga, um mecanismo de proteção que desliga automaticamente equipamentos do Sistema Interligado Nacional. A operação das instalações foi recomposta à medida que a situação foi controlada. Desligamentos no Paraná – A Copel informa que, em função da atuação do Esquema Regional de Alívio de Carga, 76 mil unidades consumidoras tiveram o fornecimento de energia interrompido em todas as regiões do Estado às 0h32. A maior parte delas, 42 mil, ficam na região Norte do Paraná. O Operador Nacional do Sistema (ONS) autorizou o restabelecimento 1h01”.

Fonte: G1

Comissão debate mobilidade urbana na perspectiva da mulher

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A Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara dos Deputados realiza nesta terça-feira (14) audiência pública para discutir a mobilidade urbana na perspectiva das mulheres. A reunião será realizada às 16 horas, no plenário 2.

O debate atende a pedido da deputada Lêda Borges (PSDB-GO). Ela afirma que o objetivo é discutir as desigualdades de gênero no acesso aos sistemas de transporte e aos espaços urbanos, além de propor políticas que tornem as cidades mais seguras e inclusivas para as mulheres.

Lêda Borges acrescenta que as mulheres, para conciliar trabalho e vida familiar, precisam enfrentar barreiras como insegurança, horários inadequados e falta de infraestrutura acessível.

“A ausência de políticas urbanas sensíveis ao olhar da mulher perpetua desigualdades e compromete o pleno exercício da cidadania”, diz a deputada.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Ônibus elétrico superarticulado é testado para o futuro Corredor Verde da 9 de Julho

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Veículo de 22 metros integra fase de homologação e faz parte da expansão da frota não poluente

São Paulo começou a testar um novo modelo de ônibus superarticulado 100% elétrico que deve integrar o sistema de transporte municipal no futuro Corredor Verde da Avenida Nove de Julho. O veículo, do modelo Caio Millennium eBRT, com chassi BYD, passa por ensaios de homologação sob supervisão da SPTrans antes de ser incorporado à frota.

O ônibus tem 22,7 metros de comprimento, ar-condicionado, entradas USB, conexão Wi-Fi e estrutura silenciosa. Também conta com recursos ampliados de acessibilidade e segurança, como rampas automáticas e sinalização para pessoas com deficiência visual.

O novo modelo faz parte da política de renovação da frota com veículos não poluentes. São Paulo já conta com 961 ônibus elétricos em operação — 760 movidos a bateria e 201 trólebus — e prevê ampliar o número nos próximos anos.

Corredores Verdes

Os chamados Corredores Verdes de Transporte unem mobilidade elétrica, infraestrutura moderna e ações ambientais. O primeiro será implementado na Avenida Nove de Julho, com ônibus elétricos e pontos de parada equipados com placas fotovoltaicas para geração de energia solar.

O projeto inclui a modernização de 12 estações de embarque e desembarque do modelo Barbosa & Corbucci, distribuídas em quatro paradas: Getúlio Vargas, José Maria Lisboa, Estados Unidos e Guianas.

As novas estações terão geração de energia limpa com certificação I-REC, brises vegetados que reduzem o calor e filtram a luz solar, pintura cerâmica refletiva, coleta seletiva e painéis digitais com informações sobre clima e itinerários. Sensores medirão o microclima local e câmeras de segurança serão integradas ao programa Smart Sampa.

A requalificação também prevê a revitalização de 4.300 metros quadrados de canteiros centrais, com paisagismo e plantio de espécies nativas da Mata Atlântica, reforçando a proposta de sustentabilidade e melhoria do espaço urbano.

Fonte: Estadão

Cidades Conectadas e Cidadãos Seguros: Lições do Passado, Desafios do Presente e Possibilidades Futuras

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Entre o controle e a cidadania: como o uso responsável da tecnologia pode redefinir a segurança pública nas cidades brasileiras

Participei recentemente do Connected Smart Cities & Mobility 25, em uma mesa dedicada a uma reflexão sobre o papel das tecnologias no desenvolvimento de cidades inteligentes, onde eu tive a oportunidade de dialogar sobre seus usos na área de segurança pública. A experiência evidenciou um contraste marcante entre as perspectivas do setor privado e governamental em comparação àquelas que comumente circulam no ambiente universitário.

É fácil imaginar a reação crítica de muitos colegas acadêmicos diante de algumas soluções tecnológicas apresentadas como respostas aos desafios da segurança urbana — por exemplo, a ideia de proteger áreas habitadas a partir de uma lógica de delimitação e restrição, tentando conter riscos de fora para dentro. O discurso de “proteção” não poderia ocultar a intensificação da vigilância e da repressão? Não poderia criar zonas de controle social cercadas por tecnologias de monitoramento? Não poderia reduzir a política pública à gestão de riscos calculados, em que indicadores substituem direitos e a população se torna um conjunto de variáveis a serem administradas? Ainda que tais questões mereçam atenção, o objetivo deste texto não é enfatizar as divergências, mas sim destacar os pontos de convergência que emergem desse encontro entre diferentes olhares.

No decorrer do evento, dialoguei com diferentes especialistas, entre eles o Secretário Municipal de Ordem Pública de Niterói (Rio de Janeiro), Gilson Chagas e Silva Filho. A experiência da cidade, sintetizada no programa “Niterói Conectado”, ilustra como a combinação entre planejamento estratégico, investimento em tecnologias e integração de políticas públicas pode destacar um município no cenário nacional.

Esse conjunto de ações transformou Niterói em referência em segurança pública e inovação urbana, reconhecimento consolidado com a conquista do 1º lugar no Prêmio Connected 2025. A iniciativa alia gestão tecnológica à participação social, envolvendo especialistas e moradores na definição de metas até 2030. Os resultados são expressivos: redução consistente de homicídios e crimes patrimoniais.

O programa serve muito bem como exemplo de política pública municipal bem-sucedida, o que nos leva a algumas ponderações. A atenção parte do reconhecimento de que passado, presente e futuro estão intrinsecamente conectados e devem ser considerados de forma integrada em qualquer análise.

No campo da segurança pública, o presente configura um momento singular: nunca houve tantas ferramentas tecnológicas disponíveis, tamanha quantidade de dados gerados e, consequentemente, tanto potencial para compreender, avaliar e intervir sobre as dinâmicas criminais.

Esse cenário inaugura não apenas novas possibilidades de ação, mas também desafios éticos e políticos relacionados ao uso de informações sensíveis, à governança das tecnologias e ao equilíbrio entre eficiência operacional e respeito aos direitos fundamentais.

Para compreender esse presente, no entanto, é preciso olhar para os obstáculos históricos que marcaram o uso de tecnologias na segurança pública no Brasil. O passado mostra que a adoção de inovações enfrentou inúmeros entraves, como cultura burocrática arraigada, a resistência institucional às mudanças e a falta de infraestrutura adequada, que dificultavam a integração de dados e a modernização dos serviços.

A centralização das decisões, a pressão por metas numéricas e a rigidez dos procedimentos limitaram a autonomia operacional, enquanto a fragmentação de registros, a desorganização (até mesmo o desaparecimento) de arquivos e a subutilização dos sistemas informatizados comprometeram a eficácia das inovações. Além disso, a tradição autoritária e repressiva do regime militar, adiaram a adoção de práticas mais democráticas e preventivas – e adiam ainda hoje. Esses entraves, somados ao treinamento insuficiente e à eficiência irregular das novas tecnologias, resultaram em implementações parciais e desiguais.

Pensando no futuro mais próximo, destacam-se conflitos de escala e repercussão global, como a guerra na Ucrânia, o confronto em Gaza, a tensão entre Índia e Paquistão, além da guerra civil no Sudão e do avanço de grupos armados no leste da República Democrática do Congo. Esses cenários internacionais não estão desconectados da realidade brasileira: ao contrário, influenciam diretamente o ambiente de segurança no país.

A difusão de tecnologias e capacidades militares, intensificada pela circulação global de armas e pela facilidade de acesso a componentes de uso dual (com aplicações civis e militares), amplia a possibilidade de que grupos criminosos no Brasil tenham acesso a armamentos cada vez mais sofisticados. Devemos considerar a chegada de fuzis de alto calibre, miras eletrônicas, sistemas de comunicação criptografada e até drones armados ou adaptados para transporte de cargas ilícitas ou vigilância de territórios.

A crescente disponibilidade desses recursos aumenta o poder de fogo e a capacidade estratégica de facções criminosas, que passam a rivalizar não apenas entre si, mas também com o próprio Estado em determinadas regiões, colocando em risco a segurança pública e exigindo novas formas de regulação tecnológica. Mesmo que um município seja bem-sucedido em enfrentar essa realidade, outro pode não ter o mesmo sucesso, o que acaba por afetá-lo direta e/ou indiretamente.

Superar os obstáculos históricos no uso de tecnologia pela segurança pública exige mais do que investimentos em infraestrutura; requer mudanças culturais e institucionais profundas. Hoje, é fundamental promover uma governança baseada em transparência, regulação adequada e princípios de inteligência artificial responsável, garantindo que os algoritmos sejam auditáveis e livres de vieses.

A superação passa também pela integração de dados de fontes distintas, pelo fortalecimento da cooperação entre diferentes esferas de governo e pelo incentivo a parcerias equilibradas com o setor privado, sem comprometer o caráter público da segurança. Para o futuro, é necessário adotar uma estratégia integrada que combine fortalecimento do controle de fronteiras, aperfeiçoamento da legislação e da fiscalização e investimento tanto em inovação quanto em pesquisa e difusão.

Além disso, é fundamental ampliar a cooperação entre forças de segurança, instituições de defesa e órgãos de investigação financeira, de modo a enfraquecer as cadeias logísticas do tráfico de armas, ao mesmo tempo em que se promove uma agenda de prevenção social voltada à redução da demanda por esses arsenais nas dinâmicas criminais urbanas. Também é necessário investir na capacitação contínua de policiais, ampliar a participação social e fomentar uma cultura de alfabetização digital, permitindo que tanto agentes quanto cidadãos compreendam, questionem e legitimem o uso das tecnologias: Pessoas são fundamentais neste processo!

O desafio que se coloca diante das cidades brasileiras é, portanto, articular técnica, ética e compromisso democrático. A experiência de Niterói demonstra que é possível alinhar gestão pública eficiente, integração de políticas sociais e uso estratégico de tecnologias. Contudo, a sua repetição, mesmo em municípios com demografia e criminalidade semelhantes, não é garantia de sucesso. Mais do que replicar modelos ou erguer barreiras, trata-se de pensar cidades verdadeiramente conectadas, capazes de integrar territórios e cidadãos em torno de soluções compartilhadas e inclusivas. O futuro da segurança urbana dependerá da capacidade de superar entraves históricos, enfrentar riscos globais e, sobretudo, garantir que desde hoje a inovação seja guiada por demandas em múltiplas escalas — do regional ao local — e participação cidadã. Somente com esse conjunto de ações será possível alinhar avanços tecnológicos e direitos humanos, garantindo eficiência sem abrir mão da justiça social.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities

O papel da inteligência artificial e as barreiras para o uso de táxis-robôs no Brasil 

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Uso da inteligência artificial permite compartilhar as informações coletadas nas viagens com outros veículos da frota

A adoção de robotáxis ou táxis-robôs cresce na América do Norte, Europa e Ásia. A Waymo aumenta sua frota nos Estados Unidos, a Tesla usará o modelo Y para fazer o transporte de passageiros no Texas e lançará o Cybercab, veículo focado no transporte de passageiros, em 2026. No mesmo ano, a Uber Technologies, que firmou parceria com a Beijing Momenta Technology, que opera sistemas autônomos na China, implantará táxis-robôs em sua plataforma em vários mercados globais, começando pela Europa.

A disseminação dos veículos sem condutores foi possível pelo desenvolvimento da Inteligência Artificial (IA), capaz de analisar e processar as informações geradas pelo sensor lidar (light detection and ranging), radares, câmeras e receptores externos de áudio, que funcionam como se fossem olhos e ouvidos de um motorista humano. A Waymo, precursora dos robôs-táxis, usa os dados gerados pelos sistemas e analisados pela IA para fazer uma navegação capaz de “avistar” outros veículos, ciclistas, pedestres e entender semáforos e sinais de trânsito.

A IA é capaz de lidar com a complexidade e a diversidade de cenários que acontecem no trânsito de grandes cidades, incluindo o comportamento errático dos condutores de outros veículos e pedestres, se um animal cruza uma via e até mudanças do clima, como a ocorrência de diferentes volumes de chuva, que interferem na condução do veículo. A tecnologia ainda avalia a forma mais segura de o veículo fazer uma conversão em uma interseção movimentada ou o melhor momento para ingressar em uma faixa e, caso não seja possível realizar a ação por questões de segurança, a rota é refeita.

Aprendizado constante

Outro benefício proporcionado pela IA é a possibilidade de cada veículo compartilhar informações coletadas nas viagens com o restante da frota. As experiências e o conhecimento sobre o comportamento dos condutores humanos e pedestres coletados pela IA de um veículo são compartilhados, quando há uma conexão de internet disponível que possibilite a transferência de dados, com os demais veículos da frota. Dessa forma, todos os veículos mantêm um aprendizado constante e são capazes de saber, por exemplo, se há uma obra nova em alguma via e é necessário fazer um desvio.

Antes de começar a transportar pessoas, os veículos operados pela Waymo rodaram mais de 40 milhões de quilômetros no período de testes, e o tráfego ocorre em vias previamente mapeadas. Além da capacidade tecnológica, o foco principal no desenvolvimento dos sistemas e da IA é a segurança no transporte. Segundo uma pesquisa da seguradora Swiss Re, os veículos autônomos da empresa são mais seguros do que aqueles conduzidos por humanos, com 92% menos reivindicações de responsabilidade civil em casos de acidentes.

Saber como os robotaxis funcionam antes de termos esse tipo de veículo trafegando no país é essencial para legisladores, empresas, motoristas e pedestres brasileiros. É importante ressaltar que, além de toda a tecnologia disponível no veículo, o foco não foi a velocidade no transporte, mas a segurança de passageiros, condutores humanos e pedestres.

Táxis-robôs e a mobilidade segura

No Brasil, o Projeto de Lei 1.317 de 2023, que altera o Código de Trânsito Brasileiro, e o PL 3.641 de 2023, que dispõe sobre as diretrizes para a circulação, operação e uso de veículos autônomos no território nacional, ressaltam a importância de serem realizados testes para avaliar o funcionamento dos sistemas na realidade do país, sendo que, em caso de sinistros, esses testes devem ser paralisados, além da criação do cadastro nacional de acidentes com veículos autônomos, ações que também aconteceram nos EUA.

O Brasil pode caminhar em uma velocidade abaixo de outros mercados para a implantação dos táxis-robôs, mas, mais importante que a velocidade, são os cuidados de empresas e reguladores nos processos para que a implantação da tecnologia promova benefícios de mobilidade de forma segura à população. É importante que, além de conhecer as vias e as leis, a capacidade da IA de analisar o comportamento dos condutores humanos e pedestres seja usada para definir as rotas e as ações mais seguras no trânsito.

Fonte: Mobilidade Estadão

Jovens lançam carta compromisso por educação e justiça climática

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Documento exige igualdade, inclusão e respeito à diversidade

A 6ª Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente foi marcada, na manhã desta quarta-feira (8), pela leitura da Carta Compromisso das Crianças e Jovens pela Educação e Justiça Climática por dois estudantes a autoridades do governo federal, entre eles, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros de Estado, em Luziânia (GO).

O documento consolida as conclusões e os compromissos assumidos pelos próprios participantes desde as etapas escolar, municipal e estadual da conferência.

A carta com compromissos construídos coletivamente defende que a justiça climática não é só sobre o meio ambiente, mas exige igualdade, inclusão e respeito à diversidade.

O objetivo da carta é apoiar as discussões da 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas 2025 (COP30), que será realizada em Belém, de 10 a 21 de novembro, para reafirmar o chamado para que esta seja a “COP da Verdade.”

“Nós não somos o futuro do Brasil. Nós somos o presente e a transformação há de ser agora. O futuro é agora”, reivindicou um dos oradores, o estudante Diogo Henrique Antunes, de Santa Catarina.

Pelo futuro do planeta, a jovem estudante Ana Evangelista da Silva, do Ceará, defende a justiça climática e que os grupos que mais sofrem com as consequências das mudanças do clima sejam ouvidos. “Temos o compromisso de] ampliar a nossa capacidade de prevenção de riscos, assumindo que a consciência das diferentes vulnerabilidades nos torna mais humanos, verdadeiros e potentes para lidar com os impactos dos desastres climáticos.”

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Marina Silva, agradeceu aos jovens pela elaboração da carta compromisso. “O que foi lido aqui foram os princípios, os valores que norteiam a carta compromisso e que vocês fazem diferente: em vez de dizer para o presidente o que ele deve fazer, vocês sempre dizem o que vocês estão fazendo e o que vocês estão comprometidos em fazer.”

Escuta social

Para uma plateia de cerca de 800 participantes da conferência, o ministro da Educação, Camilo Santana, disse que a retomada da mobilização social enfatiza o papel central da escuta social, da equidade e da educação na construção de uma política ambiental justa no Brasil.

“A importância de um governante é a escuta, ouvir o que as pessoas pensam, ouvir o que as pessoas sentem, no dia-a-dia. Porque são vocês que estão nas suas cidades, que estão nas suas escolas. Uma política governamental precisa ser construída a partir da escuta da sociedade. Por isso, a importância desta conferência, afirmou o ministro Camilo Santana.

Ele ainda explicou que a conferência que envolve estudantes infantojuvenis faz parte do ciclo preparatório para 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas 2025 (COP30), que será realizada em Belém, de 10 a 21 de novembro.

O ministro da Educação defendeu, ainda que tema do meio ambiente não pode ser apenas uma discussão de um ano letivo nas escolas brasileiras; mas deve ser permanente em todos os níveis de ensino e envolver além dos estudantes, os pais deles, os conselhos escolares, a comunidade do bairro e da cidade e, sobretudo, a formação dos professores. “Vocês fazem parte desse processo transformador e de cuidar da nossa terra, do planeta e do meio ambiente”, define Camilo.

Educação ambiental

Também na conferência, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, apontou a importância da educação ambiental a longo prazo.

“É fundamental que a escola trate dos temas ambientais para poder formar cidadãos que vão agir no presente e para preparar uma geração para que, daqui a 10 ou 15 anos, nós não tenhamos mais os problemas ambientais que nós temos nos dias atuais.”

Márcio Macêdo vê a conferência como uma oportunidade para que os jovens aprendam e conversem, ao voltarem para casa, para terem a consciência de que é preciso preservar a natureza e possam intervir no combate à mudança climática.

Carta compromisso

Leia abaixo os compromissos listados na carta lida na 6ª Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente:

• assumimos que não existem problemas ambientais, mas sim apenas sintomas ambientais dos problemas causados pelos seres humanos Nós não somos o futuro do Brasil nós somos o presente e a transformação há de ser agora. O futuro é agora.

• por isso, nos comprometemos a apoiar a luta e a resistência de povos indígenas, comunidades quilombolas, agricultores familiares, pois é essencial para qualquer transformação social e ambiental, por meio de suas tecnologias ancestrais;

• proteger as pessoas e toda a vida do planeta com equidade, igualdade e inclusão. Justiça climática não é só sobre o meio ambiente ou sobre o clima;

• ampliar a nossa capacidade de prevenção de riscos, assumindo que a consciência das diferentes vulnerabilidades nos torna mais humanos verdadeiros e potentes para lidar com os impactos dos desastres climáticos;

• respeitar, profundamente, a diversidade de gênero, sexualidade LGBTQIAP+ e as pessoas com deficiência, surdos, com foco na equidade. Essa atitude é vital para lutar contra qualquer forma de desigualdade e construir uma sociedade justa e de paz;

• regenerar a vida na Terra, com base no diálogo entre os saberes ancestrais e os conhecimentos científicos;

• ouvir cada comunidade ribeirinhas, periféricas, de aldeia, favela, assentamento que são aquelas que menos contribuem para as causas e as que mais sofrem com as consequências do clima;

• resistir a um sistema que força as pessoas a competirem por poder e dinheiro, gerando desigualdades e preconceitos, como o racismo, a homofobia, a exclusão, a intolerância religiosa, o racismo ambiental, entre outras diversas formas de discriminação;

• biodiversidade como um direito fundamental à vida, valorizando a educação ambiental nas escolas, como ferramenta de transformação.

Transformar o Brasil com educação e justiça climática é responsabilidade de todos e todas nós.

Fonte: Agência Brasil

Cidade CSC 2026 já tem data marcada: evento acontece de 28 a 30 de setembro no Expo Center Norte, em São Paulo

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Após edição histórica de 10 anos, Cidade CSC retorna em 2026 para fortalecer o desenvolvimento de cidades inteligentes no país

Após uma edição histórica em 2025, o Cidade CSC já tem data confirmada para o próximo encontro: 28, 29 e 30 de setembro de 2026, novamente no Expo Center Norte, em São Paulo. O evento, considerado o principal hub de inovação urbana da América Latina, seguirá reunindo governos, empresas, investidores e especialistas para debater e construir o futuro das cidades brasileiras.

A edição de 2025 marcou o aniversário de dez anos da plataforma e consolidou o Cidade CSC como um ecossistema de transformação urbana. Durante três dias, mais de 7.400 participantes, entre gestores públicos, representantes de empresas, urbanistas, acadêmicos e organizações da sociedade civil, se reuniram para discutir soluções que tornem as cidades mais inclusivas, sustentáveis e conectadas.

Leia mais: Cidade CSC consolida novo formato e aponta tendências para o futuro das cidades inteligentes no Brasil

Com 650 palestrantes, 27 palcos de conteúdo, 106 expositores e patrocinadores e 271 horas de programação, o evento proporcionou um espaço inédito de trocas e conexões. Representantes de 135 municípios foram reconhecidos em diferentes premiações, como o Ranking Connected Smart Cities, os Selos CSC Cidades Inteligentes e Ecossistemas de Inovação, o Prêmio PMU e o Prêmio CSC.

De acordo com a CEO da Necta e idealizadora do evento, Paula Faria, a edição de 2025 impulsionou um novo ciclo de investimentos e cooperação entre setores: “Nosso papel é ser o ponto de partida para que oportunidades se transformem em projetos reais, capazes de gerar impacto positivo nas cidades brasileiras.” Estima-se que as conexões formadas no evento possam movimentar até R$ 1,2 bilhão em novos investimentos voltados à inovação urbana.

Leia mais: Edição 2025 do Cidade CSC evidencia a construção coletiva de cidades mais inteligentes

Em 2025, o Cidade CSC consolidou-se em quatro pilares integrados: Connected Smart Cities, AirConnected, Parque da Mobilidade Urbana (PMU) e CSC GovTech. O novo formato ampliou o alcance do evento e fortaleceu o diálogo entre o setor público, privado e a sociedade civil.

Para Willian Rigon, diretor de novos negócios e sócio da Necta, “o sucesso da edição de 2025 mostra que estamos construindo pontes reais entre setores e fomentando ideias que terão impacto direto na vida dos cidadãos”.

Ranking Connected Smart Cities 2025

Um dos destaques da edição foi a 11ª edição do Ranking Connected Smart Cities, que alcançou todos os 5.570 municípios brasileiros pela primeira vez. Desenvolvido em parceria com a SPIn – Soluções Públicas Inteligentes e a Scipopulis, o estudo adota indicadores internacionais e mede o desempenho das cidades em 13 áreas temáticas, incluindo Meio Ambiente, Mobilidade, Educação, Inovação e Governança.

Em 2025, Vitória (ES) liderou o ranking, seguida por Florianópolis (SC) e Niterói (RJ). A capital capixaba foi reconhecida por seus investimentos consistentes em sustentabilidade, governança digital e modernização urbana.

Leia mais: Vitória lidera o Ranking Connected Smart Cities 2025 como a cidade mais inteligente e conectada do país

Com o sucesso da edição comemorativa, o Cidade CSC 2026 promete expandir ainda mais o diálogo sobre o futuro das cidades, reunindo os principais atores do ecossistema urbano em um ambiente dedicado à inovação, cooperação e impacto positivo.

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O futuro do municipalismo é em rede

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O municipalismo brasileiro atravessa uma mudança de época. Prefeituras que antes operavam de forma isolada agora entendem que não é possível avançar sem construir alianças sólidas.

Esse ponto ficou evidente durante o Connected Smart Cities (CSC), quando duas agendas convergiram: o lançamento do BB Governo Digital e a apresentação do Ranking CSC 2025.
De um lado, um banco centenário se posicionando como protagonista da inovação no setor público. De outro, a comprovação, em números, de que cidades que priorizam ecossistemas de inovação alcançam resultados concretos em competitividade, qualidade de vida e eficiência administrativa.

Força ao municipalismo digital

Foto: Enviada por Marco Zanatta

O Banco do Brasil é parte da história do país há mais de dois séculos. Sua presença nos municípios vai além do sistema financeiro; trata-se de uma instituição que acompanha o dia a dia da vida pública brasileira.

O anúncio do BB Governo Digital durante o CSC evidencia outro papel desse banco centenário: o de parceiro direto das cidades na transformação de seus serviços.

O BB Governo Digital é uma solução tecnológica que permite automatizar atividades administrativas, reduzir o uso de papel e oferecer um atendimento mais ágil à população.

Com o uso de agentes de inteligência artificial, contribui para a condução das demandas do setor público — internas e externas — de forma automatizada e online.

Entre os principais benefícios estão:

  • Atendimento mais ágil ao cidadão por meio de processos digitais.
  • Otimização do tempo de trabalho dos servidores públicos.
  • Redução de processos físicos, contribuindo para a sustentabilidade e a economia.

Não é só uma ferramenta, é um gesto com significado simbólico: é o maior banco público do país que soma forças para dar escala ao municipalismo digital.

Inovar e protagonizar

O Ranking Connected Smart Cities reforça o que já observamos em campo: municípios que apostam em inovação e constroem parcerias sólidas se destacam em competitividade.

Florianópolis, que ocupa a vice-liderança nacional, é exemplo claro dessa trajetória — resultado de uma combinação de fatores, entre eles a capacidade de inovar de forma consistente.

O mesmo vale para São Paulo, 4ª colocada no ranking, que confirma como grandes centros também precisam da inovação para sustentar protagonismo.

Ambas são cidades que utilizam soluções da Aprova, o que reforça como parcerias estratégicas podem potencializar agendas de modernização já consolidadas.

O que a experiência ensina

Depois de acompanhar a evolução de dezenas de municípios nos últimos anos, tenho a certeza: quem busca parceiros sólidos acelera resultados; quem tenta resolver sozinho tende a atrasar entregas.

Parcerias estratégicas oferecem escala, reduzem custos e encurtam prazos. Foi assim que várias cidades do ranking conseguiram transformar serviços que antes eram lentos, caros e burocráticos em referências de eficiência.

Não apenas pela tecnologia em si, mas porque souberam articular com atores fundamentais. Essa é a diferença entre inovação como discurso e inovação como prática.

O futuro do municipalismo

O lançamento do BB Governo Digital, ao lado dos resultados do Ranking CSC, sinaliza uma virada de chave: a transformação digital deixou de ser um tema restrito a secretarias de tecnologia e passou a integrar a agenda estratégica das cidades.

O futuro do municipalismo será definido pela capacidade de construir em rede.

Cidades que entendem esse movimento já colhem resultados em competitividade, atraem investimentos e fortalecem sua imagem perante cidadãos e investidores.

As demais correm o risco de ficar na arquibancada, assistindo à mudança acontecer.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities