spot_img
Home Blog Página 8

Uso de inteligência artificial na administração pública já traz benefícios, diz especialista

0

Redução de fraudes no Bolsa Família e na evasão escolar são citados como exemplos de uso da IA

Uma entre dez prefeituras brasileiras usa inteligência artificial, e também um entre quatro órgãos públicos federais. A informação foi passada durante audiência pública da Comissão de Ciência, Tecnologia e Inovação da Câmara, que tratou nesta quarta-feira (13) dos desafios e oportunidades do uso da IA na administração pública. Participaram representantes de institutos de pesquisa e especialistas no assunto.

O presidente do Instituto Illuminante de Inovação Tecnológica e Impacto Social, Gilberto Lima Júnior, acha que o uso ainda é pequeno, mas já trouxe benefícios. E citou o exemplo do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), que acelerou o trâmite de marcas e patentes por meio de uma ferramenta de IA, a Fel INPI.

Já o Ministério da Ação Social, segundo ele, usa a inteligência artificial para detectar fraudes no programa Bolsa Família. Uma inovação mais perceptível é o chatbot, programa de computador que simula conversas para facilitar o acesso a serviços pelo cidadão, mas ajuda internamente, como ocorre no Ministério da Gestão, como explicou Gilberto Lima.

“Como há muita dificuldade de interação com esses sistemas e os sistemas de suporte às vezes não dão conta do tamanho da demanda, o próprio ministério utiliza-se hoje de uma inteligência artificial para facilitar a orientação de servidores públicos no uso dos sistemas de governança da máquina pública”, disse.

Cidades e estados

Entre as cidades, São Paulo, Vitória, Curitiba, Porto Alegre, Brasília e São Caetano do Sul se destacam no uso da inteligência artificial, que foi acelerada durante a pandemia, quando houve iniciativa da Associação Nacional das Cidades Inteligentes, Tecnológicas e Inovadoras (Ancite), que integrou 24 municípios com inteligência artificial colaborativa para tratar de controle de vacinação.

Em nível estadual, o Paraná usou a inteligência artificial na educação, para avaliação de fluência de leitura de 125 mil alunos (Fluência Paraná) e São Paulo aprimorou a cobrança do IPTU. O Piauí é o primeiro estado com Secretaria de Inteligência Artificial e já usa a IA na segurança pública e é ensinado nas escolas, aponta o presidente do Sindicato das Indústrias da Informação do Distrito Federal (Sinfor), Carlos Jacobino.

Já o estado de Goiás vai ter o primeiro computador de inteligência artificial com chip de última geração da Nvidia. Atualmente 77 projetos são desenvolvidos no estado, afirma o professor Anderson da Silva, coordenador Científico do Centro de Excelência em Inteligência Artificial da Universidade Federal de Goiás.

Segundo ele, Goiás foi pioneiro em curso universitário de IA, criado em 2019, que fez desabar a evasão na área de exatas, que era de 70% e agora é de apenas 3%. O curso de inteligência artificial foi mais concorrido do que o de medicina. Um projeto com o MEC ajuda a diminuir a evasão escolar.

“Uma IA analisa individualmente comportamentos dos alunos e a gente passa a agir proativamente, em vez de reativamente, como geralmente acontece, porque depois que foi tomada a decisão da evasão, é muito difícil reverter isso, então você tem que atuar antes e a IA traz exatamente essa perspectiva para que a universidade atue antes que esse quadro se concretize”, disse Silva.

Produtividade

A inteligência artificial promove redução de 30% nos custos de operação e aumenta 40% na produtividade, segundo a coordenadora-geral do Laboratório de Inovação em Inteligência Artificial da Escola Nacional de Administração Pública (Enap), Patrícia Baldez. Ela cita como ótimo exemplo o estado de Pernambuco, que trabalha em regime “no click”, em que o estado entra em contato com o cidadão quando sabe que há necessidade.

Ela citou um exemplo: a mãe recebe uma mensagem pela internet quando seu filho faz aniversário e se encaixa no calendário de vacinação e informa a ela o posto de saúde mais próximo. Patrícia Baldez também lembrou como a IA pode ajudar a evitar tragédias.

“O que aconteceu no Rio Grande do Sul era previsto e previsível. Poderíamos ter, como estado, ter nos preparado para isso. Tínhamos modelos de leitura por satélite que indicavam que aquilo ia acontecer e como é que o estado não se prepara, inclusive reduzindo investimento?”, observou.

Empregos

Para o diretor do Sindicato dos Trabalhadores do Seguro Social e Previdência Social no Estado de São Paulo, Leonardo Gomes Fonseca, a revolução está apenas começando, e citou dados do cientista taiwanês Kai-Fu Lee.

“Até 2030, 80% dos empregos vão ser impactados por inteligência artificial. Até 2040 ou 2044, 50% dos empregos serão substituídos por inteligência artificial, e, principalmente, os empregos que demandam mais intelecto. A questão braçal, mecânica, ainda vai demorar um pouco mais a chegar”, disse.

O debate foi pedido pela deputada Maria do Rosário (PT-RS). Ela afirmou que a audiência pública pode ajudar na elaboração de um marco normativo sólido e orientado à realidade brasileira sobre o uso da inteligência artificial na administração pública.

“Nós estamos aqui diante de questões que mostram que pode haver uma regulação positiva, uma regulação negativa, pode haver diferentes padrões de regulação. Regulação, portanto, é desenho de processo, anotei aqui como questão importante”, disse a deputada. Para ela, “não haverá um bom uso da IA sem a mediação humana”.

O Projeto de Lei 2338/23 trata do marco legal da inteligência artificial no Brasil. A proposta já foi aprovada no Senado em dezembro do ano passado e está em uma comissão especial da Câmara desde maio deste ano. O projeto prevê transparência algorítmica e permite regulamentação proporcional em cada nível de risco.

Até novembro haverá audiências públicas e seminários em cada região do país para discutir o projeto. O relatório deve ser apresentado pelo deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) em 25 de novembro de 2025 para que seja votado na comissão especial e no Plenário em dezembro. Existem mais de 250 projetos em tramitação no Legislativo que tratam de IA.

Reportagem – Luiz Cláudio Canuto
Edição – Roberto Seabra

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Ibama concede licença prévia para linha de transmissão de 1.600 km

0

Principal projeto do Novo PAC, empreendimento reforçará a integração energética entre as regiões Nordeste e Centro-Oeste

Brasília (13/08/2025) – O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) emitiu, nessa terça-feira (12), a licença prévia ao principal projeto do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC): a linha de transmissão que vai de Graça Aranha (MA) até Silvânia (GO), que reforçará a integração energética entre as Regiões Nordeste e Centro-Oeste. O empreendimento terá 1.600 quilômetros de extensão, passando por mais de 40 municípios, nos estados do Maranhão, do Tocantins, de Minas Gerais e de Goiás. O investimento será de R$ 18 bilhões.

Com aproximadamente 800 quilovolts (kV), a Linha de Transmissão Graça Aranha-Silvânia permitirá o escoamento da geração de energia eólica e solar das regiões Norte e Nordeste para a integração dessa energia ao Sistema Integrado Nacional (SIN). O empreendimento deverá contribuir para o equilíbrio energético nacional, na medida em que se tornará a principal estrutura de escoamento da energia excedente de fontes renováveis. A linha de transmissão será construída pela empresa chinesa State Grid.

O Ibama, responsável pela condução do licenciamento ambiental da obra, realizou cinco audiências públicas sobre o empreendimento em 2024, para debate sobre o projeto e seus impactos ambientais com a população afetada. No total, 1.132 moradores da região participaram dessas reuniões, nas quais foram discutidos os impactos à flora e à fauna, as possíveis implicações para propriedades rurais, além dos benefícios esperados, como a criação de 6 mil empregos diretos durante a construção e a operação da linha.

Em seguida, foram realizadas vistorias de campo pela equipe técnica do Ibama e elaborado um parecer técnico. “Após todas essas etapas do processo de licenciamento, a Linha de Transmissão Graça Aranha – Silvânia foi considerada ambientalmente viável”, declara a diretora de Licenciamento Ambiental do Ibama, Claudia Barros.

Agora, o empreendedor deverá atender às condicionantes da licença prévia emitida e solicitar, ao Ibama, a licença de instalação — etapa em que serão discutidos os detalhes do traçado do empreendimento e as medidas preventivas, mitigadoras e compensatórias, a fim de se autorizar o início das obras.

De acordo com o coordenador de Licenciamento Ambiental de Dutos e Sistemas de Transmissão de Energia, Felipe Ramos Nabuco, as análises técnicas conduzidas pelo Ibama para a obtenção das licenças visam ao alcance do que foi planejado com a melhor performance socioambiental. “Nessas etapas, a equipe tem se baseado nas informações obtidas no geoprocessamento e nas vistorias técnicas, nas contribuições recepcionadas nas audiências públicas e na análise dos estudos ambientais desenvolvidos pelo empreendedor”, explica.

“Quando concluída, a Linha de Transmissão Graça Aranha – Silvânia se tornará uma iniciativa estratégica para o escoamento de energia eólica e solar excedente do Nordeste, podendo contribuir significativamente para o equilíbrio energético nacional”, acrescenta a diretora Claudia Barros.

Assessoria de Comunicação Social do Ibama
imprensa@ibama.gov.br

Fonte: Ibama

Governadores se reúnem em Belém para alinhar posição do Brasil na COP 30

Fórum Nacional de Governadores ocorre nesta terça-feira (13) no Parque da Cidade. No evento, serão apresentados os eixos centrais do evento, como descarbonização, financiamento climático e transição energética.

Belém recebe nesta terça-feira (13) a XVII Fórum Nacional de Governadores, que vai definir a participação dos estados brasileiros na 30ª Conferência da ONU sobre Mudança do Clima (COP 30). O evento, que mobilizará mais de 190 países, será realizado na capital paraense de 10 a 21 de novembro.

O encontro começa às 10h, no Parque da Cidade — espaço que está em requalificação e será a principal sede da COP 30, abrigando tanto a Blue Zone (Zona Azul), dedicada às negociações oficiais, quanto a Green Zone (Zona Verde), voltada a debates com a sociedade civil, manifestações culturais e iniciativas de ciência, inovação e empreendedorismo sustentável.

A programação abre com a fala do governador do Pará, Helder Barbalho, anfitrião da conferência. Em seguida, o embaixador André Corrêa do Lago, presidente da Comissão Nacional da COP30 e negociador-chefe do Brasil nas conferências do clima, vai apresentar os eixos centrais do evento, como descarbonização, financiamento climático, justiça ambiental e transição energética.

Entre as presenças confirmadas estão governadores como Gladson Camelí (AC), Clécio Luís (AP), Wilson Lima (AM), Renato Casagrande (ES), Mauro Mendes (MT), Barbosinha (MS), Raquel Lyra (PE), Cláudio Castro (RJ), Fátima Bezerra (RN), Fábio Mitidieri (SE) e Wanderlei Barbosa (TO), além de vices que irão representar outros estados.

Para o coordenador do Fórum, Ibaneis Rocha (DF), a reunião é uma oportunidade de fortalecer a cooperação federativa. “Será uma edição especial, marcada por temas urgentes como mudanças climáticas, preservação da Amazônia e transição energética”, disse.

Fonte: G1

Cidades apresenta desafios para universalizar saneamento

0

Marco Legal estipula meta de 99% da população com água potável e 90% com coleta e tratamento de esgoto até 2033

Em celebração aos cinco anos das atualizações ao Marco Legal do Saneamento, com base na Lei Federal nº 14.026, de 2020, o Ministério das Cidades reforçou o compromisso do Governo Federal em regionalizar os investimentos públicos e ampliar a participação do capital privado para levar água de qualidade aos brasileiros. Durante o seminário “Marco Legal do Saneamento”, promovido pela Fundação Fernando Henrique Cardoso, nesta terça-feira (12), em São Paulo, o ministro Jader Filho apresentou um panorama de como a pasta atua para atingir as metas da legislação.

“Nosso objetivo é ter 99% da população com acesso a água e 90% com esgoto até o fim de 2033. No momento, nossa cobertura de água é próxima de 83% e de esgoto 60%, mas os números são ainda menores na região Norte, por exemplo. É inadmissível que um brasileiro viva sem água tratada, então estamos trabalhando e convergindo esforços para mudar esta realidade que ainda assola o país”, disse o ministro.

Jader Filho detalhou os investimentos da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental, que administra uma carteira ativa de 1.688 empreendimentos e R$ 60,7 bilhões em investimentos. No entanto, o valor ainda está longe do necessário para alcançar uma mudança efetiva dentro do prazo estipulado, mesmo com as debêntures, que somam R$ 64,8 bilhões, os R$ 362,11 milhões do Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura (REIDI) e os R$ 52,6 bilhões no âmbito do Novo PAC para os próximos quatro anos.

“O Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab), atualmente em revisão, estima que serão necessários R$ 882,4 bilhões para universalizar os serviços até 2033. Especificamente para água e esgoto, a necessidade é de R$ 366,5 bilhões, ou seja, mais que o dobro do que temos”, explicou o ministro.

Para o ministro, uma das alternativas é ampliar a entrada de capital privado para complementar os projetos e aumentar a cobertura nacional. Desde 2020, foram realizados 59 leilões no setor, que mobilizaram R$ 178 bilhões. Assim, os investimentos mais as outorgas chegaram a quase R$ 235 bilhões, valor mais próximo do necessário.

“A primeira coisa que aprendi quando comecei a estudar sobre saneamento foi que ninguém consegue sozinho, nem o setor público e nem o privado. Não dá para ter preconceito nesse jogo. Precisamos ampliar esse processo e buscar recursos de diversas fontes, porque se não será muito difícil enfrentar esse desafio”, compartilhou o ministro.

“Vamos precisar de todos os braços, de investimentos dos municípios, dos estados, da federação e da iniciativa privada. Vamos precisar de tranquilidade e transparência para atrair novos investimentos, com segurança jurídica que nos valorize para o mercado, que é algo que o Marco Legal do Saneamento contribui. Temos um grande problema nas nossas mãos, mas temos soluções se nós nos unirmos para sanar essa dívida histórica com o Brasil”, completou.

Com apoio da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), responsável por editar as normas de referência que padroniza regras para tarifas, metas, indicadores e condições da prestação de serviços, o país segue buscando superar os desafios e mantém o compromisso de prover atendimento de qualidade para a população.

Fonte: Ministério das Cidades

Por que está se vendendo tanta moto no Brasil? Entenda

0

Com mais de 1 milhão de unidades vendidas no primeiro semestre de 2025, o País vive um boom sobre duas rodas. A ascensão das motos como meio de transporte e ferramenta de trabalho, porém, traz desafios para toda a sociedade

No primeiro semestre de 2025, foram emplacadas mais de 1 milhão de motocicletas no País, de acordo com dados da Fenabrave, federação que reúne os distribuidores de veículos do Brasil. O volume representa crescimento de 10,33% na comparação com o mesmo período do ano passado. Os números mostram que nunca se vendeu tanto moto no Brasil. Além disso, confirma a projeção dos distribuidores de que o segmento deve bater recorde e superar os 2 milhões de unidades vendidas no ano.

A produção de motos acumulada entre janeiro e junho no Brasil também ultrapassou a barreira de 1 milhão de unidades produzidas. Segundo a Abraciclo, associação que reúne os fabricantes instalados no Polo Industrial de Manaus, houve alta de 15,3% sobre o mesmo período do ano passado e foi o melhor resultado da indústria nos últimos 14 anos.

Mas, afinal, por que está se vendendo tanta moto no Brasil? “Entre os diversos fatores, podemos destacar a economia de combustível, o baixo custo de manutenção, a agilidade nos deslocamentos e o constante crescimento da utilização profissional. Com isso, a motocicleta se torna uma solução mais econômica e acessível de transporte para as diferentes regiões e cidades brasileiras”, acredita o presidente da Abraciclo, Marcos Bento.

Troca de modal

Outro fator associado ao aumento das motocicletas nas cidades brasileiras é a queda da atratividade do transporte público coletivo, que, ao longo das últimas décadas, tem visto uma redução considerável dos usuários, como mostram estudos da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) e também a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD).

Desde os anos 2010 já se vem observando uma tendência de migração do modal do transporte coletivo para o individual em todas as faixas de renda. Entre as razões para a mudança estão a qualidade do serviço, o custo, o tempo das viagens e a cobertura dos sistemas, causando, assim, uma queda no número de passageiros, enquanto, por outro lado, a taxa de motorização cresce rapidamente: quase triplicou nos últimos 20 anos, explica a gerente da gestão da Mobilidade do Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento, Lorena Freitas.

“Nesse contexto, a aquisição de motocicletas se mostra como uma opção menos custosa (em comparação aos carros) de viabilizar o acesso às atividades de trabalho, saúde, lazer e acesso à cultura”, afirma Freitas. A pesquisadora cita o crescimento expressivo da frota de motocicletas como prova desse fenômeno.

Atualmente, a frota nacional ultrapassa as 35 milhões de motos, representando aumento de 42% ao longo da última década, segundo dados da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran). O aumento de motos nas ruas foi acompanhado por uma elevação de 38,4% no número de condutores habilitados na categoria A, específica para veículos motorizados de duas ou três rodas.

Novos motociclistas

Caso da fotógrafa Lais Cesare, 23 anos, que foi a primeira da sua família a tirar carta de moto. Em outubro do ano passado, Laís entrou para a estatística: hoje, mais de 40 milhões de brasileiros estão aptos a conduzir motocicletas ou similares. A jovem também faz parte de um grupo de motociclistas que não para de crescer: o público feminino. Segundo a Abraciclo, atualmente, 33% das motos são vendidas para mulheres.

“O carro está tão caro, hoje, no Brasil”, diz Laís, explicando porque decidiu tirar a carteira A/B, que a permite conduzir automóveis e motocicletas. Lais mora na zona leste da capital paulista e viu nas motos uma forma rápida e barata de se locomover. De acordo com a fotógrafa e estudante, o trajeto de sua casa até a faculdade leva duas horas de transporte público. Já, de moto, demora apenas 40 minutos.

Já com a carta em mãos, Laís diz que sonha com uma scooter Yamaha NMax 160. “A gasolina também está cara”, diz ela. Com consumo de cerca de 40 km/litro, câmbio automático e preço de R$ 23 mil a scooter da Yamaha representa a maioria das motos vendidas no Brasil.

Entre as mais de 1 milhão de motos produzidas, a grande maioria são de modelos de até 160 cc. Ou seja, motos de baixa cilindrada utilizadas nos deslocamentos diários e também na logística e delivery. “Embora o segmento de baixa cilindrada ainda represente 79% do mercado total, hoje percebemos um aumento pela procura de motocicletas de média cilindrada”, complementou Bento.

Moto como hobby

Segundo o executivo, trata-se de um movimento natural do consumidor, que opta por modelos com mais recursos tecnológicos e desempenho, passando a utilizar a motocicleta também para o lazer e as viagens. “No primeiro semestre, o segmento médio respondeu por 19% do volume total produzido, o que corresponde a uma alta de 19,2% na comparação com o mesmo período de 2024”, analisou o representante das fabricantes.

O propagandista Carlos Silveira, de 37 anos, faz parte desses novos motociclistas que vêm na moto um hobby. “Sempre tive vontade, mas sempre tive muito medo. Agora eu quero uma moto para fazer um passeio no fim de semana”, diz ele que ainda faz as aulas para prestar o exame prático.

Quando for habilitado, o plano de Silveira, que mora em São Bernardo (SP), é comprar uma moto para pegar a estrada com os amigos. “Estou olhando para esses modelos clássicos e mais estilosos, como as Royal Enfield de 350 cc. Vejo sempre a galera que tem moto combinando de se encontrar e viajar, quero uma moto com mais desempenho para passear”, diz ele.

Moto e geração de renda

Além da lacuna criada pelo transporte público, a moto se apresentou como uma possibilidade de geração de renda. Inicialmente, no transporte de passageiros, na figura dos mototaxistas, que vêm sendo incorporados às opções dos transportes por aplicativos. Entretanto, as motos também se mostram ainda mais importantes com o crescimento do delivery.

Um estudo desenvolvido pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) mostrou que o crescimento da frota de motocicletas no Brasil se tornou mais forte a partir de 2016, justamente quando o crescimento do serviço de entregas por aplicativos também foi observado.

“Essa atratividade é especialmente notada nos casos de jovens de áreas periféricas – que, por um lado, têm pior oferta de transportes públicos em seus territórios, e, por outro, passam a poder ganhar o próprio dinheiro, ainda que em condições de trabalho precarizadas”, alerta Lorena Freitas do ITDP. A pesquisadora critica a remuneração inadequada e os limites na fiscalização desse tipo de serviço.

Desafios para o futuro

O aumento do número de motos nas ruas seja para os deslocamentos diários, trabalho ou passeio, contudo, apresenta desafios para o poder público e a sociedade como um todo. A segurança viária pode ser considerada um dos principais desafios ao poder público, acredita Freitas. “O setor de transportes possui um impacto direto no sistema de saúde pública, com elevada taxa de sinistros que atingem mais a população jovem, masculina e negra. Essas ocorrências promovem a sobrecarga do sistema único de saúde (SUS). De acordo com matéria do Mobilidade Estadão, em 2024, o SUS atendeu mais de 220 mil pessoas em decorrência de sinistros, dos quais mais de 150 mil foram motociclistas”, relata a pesquisadora do ITDP.

Apesar da evolução das motos, dos equipamentos de segurança e da legislação, atualmente, os motociclistas representam quase 40% dos mortos no trânsito do País.

Educação e redução da velocidade

“Quando comecei a andar de moto, não existia a lei que obriga a usar o capacete e eram tão poucas motos nas ruas que quando você passava por um outro motociclista você até fazia um cumprimento. Se a gente via um motociclista parado, perguntava se estava precisando de ajuda. Não existia motoboy, era outro mundo. Este ano o Brasil deve passar de 2 milhões de motos produzidas e os desafios são enormes para educar e dar mais segurança a tanta gente”, afirma o jornalista João Mendes. Mendes acaba de lançar um livro que conta a criação do “Bike Show”, primeiro programa sobre motociclismo na TV brasileira, e traz histórias de cinco décadas do mundo das duas rodas no País.

Para ele o perfil dos motociclistas mudou bastante desde a década de 1970. Fundador da AMO-RJ (Associação dos Motociclistas do Estado do Rio de Janeiro), João Mendes diz que campanhas e cursos de segurança viárias podem ajudar. Contudo, o experiente jornalista especializado em motos aponta o comportamento dos motociclistas como um fator que também precisa mudar.

“Hoje, principalmente a turma que faz entrega, anda muito pela contramão, atravessa avenidas pela passarela de pedestres e andam com extrema velocidade causando acidentes”, analisa ele. O excesso de velocidade também é visto com preocupação por outros especialistas.

Para Lorena Freitas, investir em ações de acalmamento do tráfego e melhorar a fiscalização viária, porém, não será suficiente. “Entender como acomodar de forma segura a crescente frota de motos segue sendo um desafio para as cidades. Nesse contexto, medidas que reduzam a dependência de transportes individuais devem ser valorizadas, pois, uma vez que se estimule a redução de carros e motos em circulação cotidianamente, também se reduzirão os sinistros, os congestionamentos e as emissões de poluentes”, conclui.

Fonte: Mobilidade Estadão

Alerta de Inovação: computação quântica vem aí

0

A computação quântica está emergindo silenciosamente enquanto o mundo foca na inteligência artificial

Há uma revolução silenciosa na inovação acontecendo enquanto o mundo discute a Inteligência Artificial: a computação quântica. Esse debate ainda está longe dos holofotes, infelizmente, mas tem gente saindo na frente. Há alguns meses, a Microsoft anunciou um chip que pode inaugurar uma era completamente nova na tecnologia, um único chip “capaz de resolver problemas que nem todos os computadores da Terra poderiam solucionar”, como afirmou a própria Microsoft.

Durante décadas, a computação quântica foi um campo restrito à pesquisa teórica e a experimentos em laboratório. Agora, ela começa a se tornar uma tecnologia aplicável, com potencial para transformar setores inteiros da economia e redefinir o que entendemos como capacidade computacional.

O grande diferencial dos computadores quânticos está na forma como eles processam a informação. Enquanto a computação tradicional se baseia em bits que assumem valores de 0 ou 1, os qubits da computação quântica operam em superposição, podendo representar múltiplos estados simultaneamente. Isso significa que cálculos extremamente complexos, que levariam anos ou até séculos para serem realizados por supercomputadores convencionais, podem ser resolvidos em questão de minutos.

O desenvolvimento do chip da Microsoft representa um avanço significativo da computação quântica, tornando-a mais viável para aplicações reais. Na segurança cibernética, por exemplo, a computação quântica tem o potencial de quebrar os sistemas de criptografia atuais em questão de segundos. Na saúde, a capacidade de simular interações moleculares com precisão inédita pode acelerar a descoberta de novos medicamentos e tratamentos, revolucionando a indústria farmacêutica. Em logística e planejamento, problemas de otimização que hoje exigem bilhões de cálculos sequenciais poderão ser resolvidos de forma instantânea.

Seguindo a Microsoft, gigantes como Google, IBM e diversas startups especializadas estão investindo pesadamente na área quântica. Há projetos em empresas como Vodafone, Bosch, HSBC, Itaú, Bradesco, Boeing, Cleveland Clinic, LG, ExxonMobil, Hyndai, Wells Fargo, Mitsubishi, Toyota e Pfizer. A Amazon também entrou na disputa e lançou o Ocelot, focado em um dos maiores desafios da computação quântica: a correção de erros quânticos.

Assim, pela primeira vez, chips quânticos começam a ser anunciados como produtos viáveis, aproximando-se da comercialização em larga escala.

O Brasil, que já possui centros de pesquisa avançados em física quântica, precisa acompanhar esse movimento de perto, se não, vai ficar muito para trás.

O Exército Brasileiro tem uma iniciativa importante e interessante, com um projeto de computação quântica focado em cibersegurança.

O Governo do Paraná deu um grande passo, firmando parceria inédita com as Forças Armadas em Cibersegurança, Inteligência Artificial e Computação Quântica. Este é um passo estratégico para a criação do Centro Tecnológico de Defesa Integrada de Cibersegurança do Paraná. Ao lado do Itamir Viola, do Instituto Synapse, e Cid Vianna, da Quantika, tenho a honra de participar deste projeto.

Mas espero que mais iniciativas como essa aconteçam no País. O avanço da computação quântica pode representar uma oportunidade única para o Brasil posicionar-se como protagonista em áreas estratégicas, como inteligência artificial, segurança de dados e inovação na indústria.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade da autora, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities 

Ministro do Turismo fala em promover “preços justos” para COP30 em Belém

À CNN, Celso Sabino diz que “não prosperarão argumentos” contra a capital paraense e defende que mercado regule valores no setor hoteleiro

O ministro do Turismo e presidente do conselho executivo da ONU Turismo, Celso Sabino, afirmou nesta segunda-feira (11) que o governo busca promover “preços justos” em Belém, cidade que sediará a COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025).

“Pela primeira vez nós do Brasil vamos estar recebendo uma COP. Vamos fazer bonito, vamos dar essa oportunidade da comunidade global de discutir floresta na porta de entrada da Amazônia com conforto, com acomodação a preços justos, e proporcionando uma grande experiência”, afirmou o chefe da pasta durante o jornal CNN 360º.

A declaração acontece em meio aos preços exorbitantes registrados na rede hoteleira da capital paraense. Como mostrou a CNN, a ONU convocou o Brasil para uma reunião extraordinária para 14 de agosto. Diárias com valores acima do mercado resultaram em um pedido feito por mais de 20 países para que haja uma mudança na sede.

A pressão maior parte de um grupo de países africanos, que citam “falta de inclusão.”

Ainda em entrevista à CNN, Celso Sabino afirmou que “não prosperarão argumentos contra Belém” e citou que a cidade sedia o “maior evento diplomático do planeta.”

Sabino também acrescenta que hotéis com diárias a preços excessivos representam exceções e defende que o mercado seja responsável por regular o setor.

“Temos diárias que começam a 300 dólares. Faz parte de uma acordo que fizemos com a rede hoteleira que está garantindo de 10% a 20% da sua capacidade nessa tarifa de 300 dólares”, continua ele. “Os casos que são abusos não são a grande regra. E nós vamos deixar que o mercado dê conta desses grades abusos. Aquelas pessoas que querem cobrar R$ 6 mil, R$ 8 mil em um hotel sem grande conforto, o próprio mercado vai fazer com que esse preço recue.”

*Publicado por Maria Clara Matos

Fonte: CNN

Conta de luz deve subir mais que a inflação neste ano, diz Aneel

0

Dois fatores principais foram apontados: aumento na conta que banca subsídios nas tarifas e nível mais baixo das hidrelétricas.

A conta de luz deve ter um reajuste médio de 6,3% em 2025, segundo projeção atualizada da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O índice, divulgado no boletim InfoTarifa desta segunda-feira (11), indica que as tarifas de energia elétrica devem subir mais do que a inflação neste ano.

O aumento na estimativa é explicado, principalmente, pelo orçamento aprovado para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) — que ficou R$ 8,6 milhões acima do previsto anteriormente. Outro fator é o nível das hidrelétricas.

Em julho, a Aneel havia fixado o orçamento da CDE para 2025 em R$ 49,2 bilhões.

O que é a CDE

A CDE é um fundo setorial que financia políticas públicas no setor elétrico, como:

  • Tarifa social para famílias de baixa renda;
  • Programa Luz Para Todos;
  • Geração de energia em regiões isoladas;
  • Subsídios para fontes renováveis;
  • Compensações para consumidores que geram a própria energia, como os que usam painéis solares.

O fundo é abastecido, principalmente, por cobranças embutidas nas contas de luz de todos os consumidores, além de multas e aportes do Tesouro Nacional.

Clima e bandeiras tarifárias

De acordo com a Aneel, a revisão da projeção também foi influenciada por fatores hidrológicos.

“Com afluências abaixo da média em todo o país, observa-se redução na geração das hidrelétricas. Esse cenário eleva os custos de geração de energia, devido à necessidade de acionamento de fontes mais caras, como as usinas termelétricas”, diz o boletim.

Em agosto, a bandeira tarifária é a vermelha nível 2, que adiciona R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos. Segundo projeções da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), há possibilidade de retorno da bandeira verde em dezembro, com o início do período úmido e recuperação dos reservatórios, aumentando a participação das hidrelétricas na matriz energética.

Fonte: G1

Governo Federal lança consulta pública sobre sustentabilidade do jornalismo ambiental e na Amazônia

Iniciativa da Secretaria de Políticas Digitais busca escutar jornalistas, comunicadores e organizações da sociedade civil para a formulação de políticas públicas voltadas à proteção e ao fortalecimento do jornalismo socioambiental

A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom/PR), por meio da Secretaria de Políticas Digitais (SPDIGI), lança nesta segunda-feira, 11 de agosto, a Consulta Pública de Tomada de Subsídios sobre Sustentabilidade do Jornalismo Ambiental e sobre a Amazônia. A iniciativa tem como objetivo reunir contribuições para fortalecer o jornalismo voltado à cobertura ambiental e à região amazônica, especialmente em um contexto de recentes ameaças à liberdade de imprensa, à segurança de comunicadores e à integridade da informação.

Apesar de o Brasil ter avançado 47 posições no Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa da Repórteres Sem Fronteiras (RSF), a segurança de jornalistas e comunicadores, especialmente os que atuam na cobertura socioambiental, continua sendo um desafio.

A consulta pública ficará aberta até 7 de setembro de 2025, na Plataforma Participa + Brasil. Ela é direcionada a jornalistas, comunicadores(as), veículos de mídia, especialistas, representantes de instituições públicas e da sociedade civil. O objetivo é diagnosticar os desafios enfrentados por quem atua na cobertura ambiental e da Amazônia, identificar formas de apoio à sustentabilidade do setor e receber sugestões para políticas públicas que garantam condições seguras, plurais e democráticas para o exercício da comunicação. A Consulta Pública tem como objetivo o desenvolvimento de diagnóstico sobre a temática. Denúncias que precisam de ações do Estado devem ser enviadas ao Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, Comunicadores e Ambientalistas do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.

A consulta está dividida em quatro eixos principais:

  • Violências contra comunicadores ambientais e da Amazônia
  • Proteção e segurança no exercício do jornalismo
  • Promoção e acesso à informação sobre meio ambiente e Amazônia
  • Desafios e especificidades da cobertura na região amazônica

MESA DE TRABALHO CONJUNTAS – O questionário da consulta foi elaborado pela Mesa de Trabalho Conjunta sobre a implementação das medidas cautelares MC-449/22, concedidas pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) em favor de Bruno Pereira, Dom Phillips e de membros da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja). A mesa é resultado de um acordo entre o Estado brasileiro, beneficiários e representantes das vítimas, com o objetivo de fortalecer a proteção de comunicadores, defensores ambientais e lideranças indígenas na região.

Antes do lançamento oficial da consulta, representantes da Secom/PR integraram missão interinstitucional ao Vale do Javari (AM), coordenada pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), que reuniu diversos órgãos federais, familiares das vítimas e organizações da sociedade civil. Durante a missão, foi realizada uma reunião da Mesa de Trabalho Conjunta na sede da Univaja, com escuta ativa de comunicadores locais e articulação de ações imediatas de proteção coletiva.

Como parte da missão, foi promovido o primeiro momento de escuta pública, por meio do debate “Jornalismo, comunicação e desinformação na Amazônia”, com comunicadores locais. A atividade teve como foco a identificação de demandas regionais específicas e marca o início do processo participativo de construção de políticas públicas voltadas à sustentabilidade do jornalismo ambiental.

A escuta realizada por meio da Tomada de Subsídios articula-se também com os compromissos da Iniciativa Global para a Integridade da Informação sobre a Mudança do Clima, lançada pelo Brasil, Nações Unidas e Unesco em 2024. A iniciativa propõe uma abordagem ampla para garantir a integridade das informações relacionadas à crise climática e ao meio ambiente — pilar essencial para o fortalecimento do jornalismo socioambiental.

SUSTENTABILIDADE – Para a SPDIGI, garantir a sustentabilidade do jornalismo significa ir além da viabilidade econômica: trata-se de promover um ecossistema informativo livre, seguro, diverso e acessível. Isso envolve:

  • Condições dignas para o exercício da atividade jornalística;
  • Garantias legais e institucionais à liberdade de imprensa;
  • Ambientes digitais mais transparentes;
  • Proteção à integridade física e mental de comunicadores;
  • Políticas públicas que fomentem inovação, pluralismo e diversidade.

A consulta pública é uma ferramenta de escuta ativa da sociedade e parte fundamental do processo de formulação de políticas públicas orientadas pelos direitos humanos, pela justiça climática e pela democratização da comunicação.

Fonte: GOV | Secretaria de Comunicação Social

Azul vai deixar de atender 13 cidades no Brasil e cortará 53 rotas

0

Municípios que serão afetados não foram informados pela companhia aérea, que enfrenta um processo de recuperação judicial nos EUA

A Azul Linhas Aéreas anunciou o fim das operações em 13 cidades do Brasil e o corte de 53 rotas de menor rentabilidade, com desempenho 17% inferior à média da companhia aérea. As mudanças fazem parte de uma reestruturação da empresa, que está em processo de recuperação judicial nos Estados Unidos, sob o chamado Chapter 11.

As alterações foram divulgadas em uma apresentação institucional no início deste mês. O foco da Azul passará a ser os hubs – aeroportos que funcionam como pontos centrais para as operações.

O documento não detalha quais cidades ou rotas serão afetadas. Procurada, a Azul não respondeu às tentativas de contato da reportagem até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto.

A empresa fará cortes em mercados considerados não estratégicos ou fora de hubs na malha internacional. A expectativa é de que as mudanças ajudem a reduzir operações irregulares e custos jurídicos.

Na apresentação, a companhia justificou que a redução de capacidade permitirá concentrar esforços em rotas com maior rentabilidade, oferecendo mais oportunidades de precificação em dias de pico e reduzindo a dependência de promoções, com foco na demanda de última hora.

A Azul iniciou a recuperação judicial nos EUA em maio de 2025 e espera concluir o processo entre dezembro deste ano e fevereiro de 2026. A meta é eliminar mais de US$ 2 bilhões em dívidas existentes, levantar US$ 1,6 bilhão em financiamento e atraia até US$950 milhões em investimentos de capital na saída do Chapter 11.

“A Azul está divulgando essas informações exclusivamente para cumprir obrigações contratuais sob acordos de confidencialidade no âmbito do processo de Chapter 11″, diz o documento.

As outras duas maiores companhias aéreas do Brasil, Latam e Gol, também já recorreram ao Chapter 11, assim como empresas estrangeiras, entre elas a Delta e a American Airlines.

Fonte: Terra