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TECNOLOGIA DE ILUMINAÇÃO EM LED ATINGE 35% EM ÁREAS DE LIMEIRA

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O contrato prevê a substituição de lâmpadas comuns pela tecnologia de luminárias LED em toda a cidade

Os serviços de substituição e modernização da iluminação pública de Limeira atingiu um patamar de 35%, conforme balanço realizado pela Secretaria de Obras e Serviços Públicos, por meio da Divisão de Elétrica e Iluminação Pública.

Engenheiro e chefe da divisão, Antonioni Rosada afirma que os trabalhos de cobertura de todo o parque de iluminação serão concluídos até março de 2024, conforme estabelece contrato com a empresa responsável pelos serviços.

“Estamos avançando com mais esse amplo serviço e o resultado já é perceptível em várias regiões da cidade”, afirma o prefeito Mario Botion.

O contrato prevê a substituição de lâmpadas comuns pela tecnologia de luminárias LED em toda a cidade.

Para executar os serviços, a Prefeitura de Limeira, obteve uma linha de crédito junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES).

Benefícios

O sistema LED prevê inúmeras melhorias, tais como maior intensidade de luz (iluminação), sensação de segurança, qualidade da iluminação, durabilidade (vida útil), sustentabilidade, economia, visibilidade e nitidez/contraste das imagens.

“A iluminação pública está diretamente relacionada com segurança pública, com a mobilidade urbana na questão do tráfego de pessoas e veículos, além de reduzir os índices e prevenir a criminalidade”, relata Mario Botion.

Onde já chegou

Inúmeros bairros – não no seu total – já receberam a modernização: Nossa Senhora das Dores, Abílio Pedro, Geada, Águas da Serra, Village, Santa Adélia, Morro Azul, Jardim São Paulo, Nossa Senhora do Amparo, Nossa Senhora de Fátima, Limeirânea, Nova Itália, Cidade Universitária, Jardim Piratininga, Jardim Jequitibás, Jardim Antônio Simonetti, Jardim Residencial, Graminha, Jardim Colina Verde, Jardim Ouro Verde e Jardim Ipanema.

No Anel Viário, 35% do traçado já recebeu a tecnologia LED, sendo a Via Francisco D`Andréa e a Via Luiz Varga em seu percurso final.

Situação idêntica ocorreu nos entornos dos Hospitais Santa Casa e Humanitária, além de ruas da região central, como as ruas longitudinais e suas paralelas, por exemplo, a Carlos Gomes e a Santa Cruz.

Antonioni explica que o novo sistema de iluminação fica mais perceptível quando a troca ocorre nas ruas, avenidas e cruzamentos.

“O modelo LED é mais visível quando as ruas transversais e longitudinais apresentam a modernização concluída e ajustada com relação ao ângulo de projeção”, relata.

Fonte: Elimeira

POÇOS DE CALDAS (MG) INVESTE EM ESTRUTURAS PARA FOMENTAR MOBILIDADE ELÉTRICA

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Prefeitura instalou primeiro eletroposto da cidade em 2021, com recargas gratuitas para moradores e visitantes

A Prefeitura de Poços de Caldas (MG) está investindo em estruturas para fomentar a mobilidade elétrica. Com isso, a cidade pretende se tornar referência na região.

Exemplo disso é que, em 2021, a cidade recebeu o primeiro eletroposto de abastecimento. Até hoje, o local atrai visitantes e moradores para a recarga de veículos elétricos e híbridos.

Na Estação Mogiana/Fepasa, o eletroposto chama a atenção. Entre os veículos que param no local para uma recarga está um ônibus da Alcoa Poços de Caldas, atualmente em fase de testes.

Com 44 lugares, o ônibus elétrico não emite CO2, é silencioso e de baixo custo energético, tendo autonomia de 300 quilômetros. Atualmente, pode ser recarregado em outros dois pontos de Poços de Caldas: no campus da PUC Minas e na garagem da empresa Cattani, responsável pelo serviço de transporte de colaboradores.

Assim, Poços de Caldas caminha para se tornar referência em mobilidade elétrica. Afinal, o eletroposto foi um projeto de mobilidade elétrica pioneiro na região. Além disso, foi uma das 30 iniciativas de todo o país aprovadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Aumento da procura por recarga

O ponto de recarga integra o projeto Poços + Inteligente, uma parceria entre o Departamento Municipal de Eletricidade de Poços de Caldas (DME), a Prefeitura, a PUC Minas e o IF Sul de Minas.

Segundo o coordenador de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação do DME, Anderson Muniz, a procura tem sido relevante. “São recarregados de dois a três carros por dia. Em Poços, já temos 126 carros eletrificados e desses 23 são elétricos. O restante é híbrido. E, notamos ainda, que a maioria dos carros que vêm recarregar são de turistas”, afirma.

“Os carros elétricos têm sido a principal aposta mundial da indústria para oferecer para seus consumidores maior economia de energia e menor poluição. Muitos países estão aderindo pelo fato de ser sustentável, pois irá contribuir para um planeta mais limpo, com zero emissão e assim, será a solução contra a poluição nos grandes centros urbanos. Outra vantagem, é o seu baixo custo, pois não utiliza gasolina, diesel ou gás, mas sim a eletricidade. E Poços sai na frente com o nosso eletroposto”, avalia Muniz.

Carruagem Elétrica

Outro projeto em eletromobilidade na cidade é a circulação de carruagens elétricas para substituir o uso de charretes movidas por tração animal. A Prefeitura criou um protótipo, que está em desenvolvimento para a implantação. A proposta também integra o Poços + Inteligente.

“Queremos profissionalizar o serviço, com os condutores vestidos a caráter, e a tecnologia usada disponibilizando informações turísticas por meio de GPS, carregamento USB. A cidade merece crescer sempre e por isso que trabalhamos, um caminho de vanguarda e avanço para todos”, afirma o prefeito, Sérgio Azevedo.

TENDÊNCIAS FUTURAS DA MOBILIDADE URBANA

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Não é novidade que ano após ano, o número de pessoas que ocupam as metrópoles tem aumentado consideravelmente, exigindo adaptações em diversos setores como comércio, moradias, hospitais e também na mobilidade urbana, um agente fundamental para o funcionamento do cotidiano e na vida de milhões de trabalhadores brasileiros. Por sorte, a transformação digital tem trazido diversos benefícios e melhorias para as malhas rodoviárias, proporcionando uma experiência mais viável no dia a dia.

e acordo com um levantamento realizado pela Organização das Nações Unidas (ONU), até 2050, 70% da população viverá em áreas urbanas. Diante disso, a disponibilização de informações em tempo real para os usuários de ônibus por meio de aplicativos e plataformas digitais que fornecem dados atualizados sobre horários de ônibus, metrôs e trens, possibilita que as pessoas planejem suas viagens com maior precisão e não encontrem problemas ao utilizar o transporte.

Para se ter uma ideia do potencial da implementação da tecnologia no segmento, dados como redução de tempo de espera, emissão de poluentes, condição do trânsito, monitoramento do fluxo de passageiros, entre outros, são obtidos com objetivo de identificar padrões, otimizar rotas e aprimorar a gestão dos transportes públicos. Esse tipo de progresso é extremamente positivo porque auxilia em decisões mais assertivas para melhorar a mobilidade urbana no país.

O entendimento do fluxo, condições e ocupações dos veículos de transporte, principalmente os ônibus, é essencial para garantir um bom padrão de funcionamento, especialmente considerando que 85,7% dos usuários de transporte público, possuem o ônibus como única alternativa, de acordo com a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) em 2022.

É fundamental incentivarmos a comunicação direta entre os passageiros e os gestores do transporte público, permitindo que os usuários reportem problemas, forneçam feedback valioso e contribuam para o aprimoramento contínuo do serviço de ônibus em suas cidades. Além de reforçar os benefícios de investir em soluções tecnológicas para enfrentar os desafios das cidades modernas e proporcionar uma experiência de transporte mais eficiente, sustentável e agradável para os cidadãos.

É inegável que a tecnologia é o aliado principal quando falamos de evolução acessível e repasse de informações em tempo real, e podemos defini-la como fundamental tendo em vista todos os recursos que podem ser oferecidos ao exercermos uma boa utilidade para ela. A verdade é que há uma infinidade de possibilidades que podem ser implementadas na mobilidade urbana e no dia a dia dos cidadãos. Vale aos gestores colocarem a mão na massa e permitirem que essas inovações façam parte da rotina de suas cidades. Tenho certeza que abraçando essas tendências, poderemos aproveitar o máximo e o melhor da mobilidade urbana moderna.

*CEO da Cittamobi

Fonte: Diário do Comércio

REDUÇÃO DA TARIFA E DO TEMPO DE ESPERA INCENTIVARIAM USO DO TRANSPORTE PÚBLICO

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Pesquisa da CNI sobre mobilidade urbana mostra que essas medidas, assim como o aumento da segurança, são os principais estímulos para a população usar o transporte nas grandes cidades

Pesquisa inédita da Confederação Nacional da Indústria (CNI) revela que os brasileiros não usuários de transporte público passariam a usar os coletivos caso algumas melhorias fossem feitas. Questionados sobre os dois principais motivos para que passassem a utilizar esse transporte nas grandes cidades, os entrevistados apontaram a redução de preço da tarifa (25%), a diminuição do tempo de espera (24%), o aumento da segurança (20%), a maior disponibilidade de linhas e percursos (18%), a ampliação do conforto interno (14%), a melhoria da qualidade dos veículos (13%) e a maior brevidade dentro do transporte público (13%).

O levantamento evidencia também insatisfação da população no que diz respeito à governança e gestão pública da política de mobilidade urbana. Indagados sobre como avaliam a atuação do poder público local no planejamento da mobilidade urbana a longo prazo, 57% consideram pouco ou nada avançado; 24% responderam mais ou menos avançado; e apenas 16% julgam avançado ou muito avançado.

“É imprescindível que o poder público priorize a atualização da Política Nacional de Mobilidade Urbana para que as cidades tenham condições de elaborar bons projetos e acessar recursos para melhorar o transporte público e reduzir os gargalos do trânsito, que tanto têm impactado na qualidade de vida do brasileiro”, afirma o gerente-executivo de Infraestrutura da CNI, Wagner Cardoso.

Serviços de ônibus nas cidades

Os dados apontam também que a satisfação dos brasileiros com os pontos de ônibus é baixa. A maior queixa é em relação à segurança, que recebeu nota média de 3,1 numa escala de 0 a 10. Outros pontos de insatisfação são o conforto (nota 3,3), tempo de espera (3,6), informação sobre trajetos e horários (4,3), quantidade de paradas (5,2) e distância percorrida (5,5).

Em relação à satisfação com o serviço dentro do ônibus, a maior reclamação também diz respeito à falta de segurança, com nota 3,1. Na sequência, as maiores reclamações são relativas ao excesso de passageiros (3,6), conforto (3,6), quantidade de ônibus (3,8), pontualidade (4,2), limpeza (4,7), tempo de viagem (4,7) e comportamento do motorista (6,4).

Metrô é bem avaliado pela população

Entre usuários do metrô a percepção é de que esse é um transporte melhor que o ônibus. A nota atribuída na escala de 0 a 10 para o tempo de espera nas estações foi de 7,2. Na sequência aparecem como pontos mais bem avaliados das estações de metrô: informações sobre trajetos e horários (7,0); quantidade de estações (6,7); segurança (6,5); conforto da estação (6,4); distância percorrida até a estação (6,2).

A satisfação com a limpeza dos vagões de metrô é boa, com nota 7,5. Depois aparecem os itens tempo de viagem (7,4); pontualidade (7,2); quantidade de vagões (6,8); segurança (6,2); conforto (6,1); e quantidade de passageiros (5,0).

Melhoria da segurança nas vias faria população usar bicicleta

Questionados sobre os dois principais motivos para incentivar o uso da bicicleta, os entrevistados apontaram que usariam o transporte se houvesse melhoria da segurança para pedalar nas vias (39%); se os motoristas respeitassem os ciclistas (35%); se houvesse mais ciclovias e ciclofaixas (27%); se melhorasse a sinalização das ruas (21%); se a distância para o trabalho ou local de estudo não fosse tão grande (16%); e se o trajeto usado não tivesse tantas subidas ou ladeiras (11%). 11% responderam que nada nem nenhum motivo o faria usar a bicicleta como meio de transporte.

Carro de aplicativo é o meio de transporte mais bem avaliado nas cidades

Menos de 10 anos depois de chegar ao Brasil, os carros de aplicativo são o meio de transporte urbano mais bem avaliado do país. Segundo a pesquisa, 64% dos usuários consideram esses serviços bons ou ótimos. Essa parcela é mais do que o dobro daqueles que tem avaliação boa ou ótima dos táxis, de 30%.

O segundo serviço mais bem avaliado é o metrô, com 58% de ótimo ou bom. Na sequência, aparecem trem (38%), táxi (30%) e ônibus (29%). Já em relação ao custo-benefício dos transportes, 63% apontam o carro de aplicativo como ótimo ou bom, à frente de metrô (40%), trem (33%), ônibus (25%) e táxi (25%).

Brasil precisa investir em mobilidade urbana

Estudo da CNI sobre mobilidade urbana, divulgado em maio, revelou que o Brasil precisa investir R$ 295 bilhões até 2042 em infraestruturas de mobilidade urbana nas 15 principais regiões metropolitanas do país. Essa é a quantia necessária para equiparar a infraestrutura de transportes desses municípios ao padrão da Cidade do México e Santiago, cidades referência na oferta de transportes urbanos na América Latina.

Do total de R$ 295 bilhões, R$ 271 bilhões precisariam ser destinados para expansão de linhas de metrô. Conforme destaca o estudo, esse montante equivale ao necessário para mais do que dobrar a extensão da malha vigente. A pesquisa divulgada hoje aponta que 90% dos brasileiros concordam que mais investimentos na malha de transporte tornaria o deslocamento nas cidades mais ágil.

Metodologia

A pesquisa encomendada pela CNI foi realizada pelo Instituto Pesquisa de Reputação e Imagem (IPRI), nome novo do Instituto FSB Pesquisa, que entrevistou 2.019 pessoas da população economicamente ativa (PEA) com idade a partir de 16 anos em cidades com mais de 250 mil habitantes nas 27 unidades da Federação, entre 1o e 5 de abril. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%.

TRANSPORTE PÚBLICO RODOVIÁRIO URBANO: CNT E NTU REVELAM PERFIL DAS EMPRESAS DO PAÍS

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Estudo demonstrou que, em sua maioria, companhias são de origem familiar, estão há mais de 20 anos no mercado e possuem mais de 100 funcionários

O transporte rodoviário coletivo urbano é o principal responsável pelo deslocamento diário de passageiros no País. Os números do setor são grandiosos: 1.577 empresas de ônibus urbanos em operação no Brasil e, aproximadamente, 107 mil ônibus e cerca de 315 mil empregos diretos.

Para entender a fundo tanto a natureza do serviço prestado, quando seu desafios – como a crise do transporte público, com perda de passageiros – a Confederação Nacional do Transporte acaba de lançar, em evento em Brasília (DF), a Pesquisa CNT Perfil Empresarial 2023 – Transporte Rodoviário Urbano de Passageiros.

Inédito, o estudo contou com o apoio da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) e traz características das empresas em aspectos como frota, operação, mão de obra e investimentos.

São destacadas, também, questões relacionadas às gestões ambientais, de riscos e formas de pagamento, bem como os impasses relacionados à política tarifária vigente. A visão das empresas e os principais desafios do setor fecham o escopo da sondagem.

Sondagem

As informações foram fornecidas por empresários do segmento no primeiro semestre deste ano, com a realidade do transporte rodoviário urbano de passageiros de todas as regiões do Brasil. Os resultados revelam que as empresas de grande porte, ou seja, com mais de 100 funcionários, são maioria no segmento, e representam 82,2% do total.

Também predominam as companhias que têm mais de 20 anos de atuação no mercado, com 84,5% do total. A origem familiar do negócio é a motivação para operar no ramo para pouco mais da metade das empresas (59,8%).

Cerca de 2/3 da amostra (69%) atua exclusivamente no segmento rodoviário urbano de passageiros. Outros 19% dos entrevistados pela CNT atuam em outra modalidade e passaram, posteriormente, a trabalhar com o transporte rodoviário urbano de passageiros.

Entre os desafios apontados, a questão do custeio da atividade ganha destaque: 36,2% das empresas têm a tarifa paga pelo usuário como a principal remuneração, e 51,1% carecem de qualquer subsídio público.

Chama atenção também a questão da violência, que tem afetado a maioria das operadoras do setor: 59,2% foram vítimas de assalto e 40,2% sofreram ato de depredação no último ano, sendo que uma em cada cinco (20,1%) tiveram veículos incendiados no período.

Os dados contribuem para dar visibilidade à importância do transporte rodoviário urbano de passageiros. Servem também para auxiliar os transportadores nas tomadas de decisão e nos seus planejamentos de longo prazo, bem como a definição de suas estratégias comerciais.

Para governos locais, a pesquisa ajuda a definir a priorização de investimentos no setor e, consequentemente, a alocação de esforços. Os dados apresentados também podem apoiar na elaboração de planos e políticas de mobilidade urbana que atendam as reais necessidades da sociedade e do setor, impactando-os de forma assertiva.

Confira, a a seguir, alguns destaques da pesquisa, divididos em vários campos:

Tarifa

  • 36,2% têm a tarifa paga pelo passageiro como a única forma de remuneração definida em contrato
  • 51,1% não recebem qualquer subsídio do governo
  • 56,9% consideram a dificuldade em reajustar o valor das tarifas como principal problema
  • 18,5% dos passageiros recebem algum tipo de benefício tarifário

Pagamento

  • 91,4% utilizam o sistema de bilhetagem eletrônica
  • 75,8% implementaram pagamento com cartão de transporte como forma de substituição ao cobrador
  • 90,2% têm pelo menos uma linha da frota operando sem a função de cobrador

Violência

  • 59,2% foram vítimas de assalto no último ano
  • 40,2% sofreram ato de depredação no último ano
  • 20,1% tiveram veículos incendiados no último ano

Custos

  • 74,1% consideram preço do diesel a principal dificuldade enfrentada
  • 72,4% indicaram a manutenção do veículo como o fator que mais sobrecarrega os custos das empresas

Sustentabilidade

  • 74,7% monitoram o uso de combustível
  • 74,1% acompanham a geração de resíduos

Fonte: Mobilidade Estadão

ESTAÇÕES METEOROLÓGICAS AUTOMÁTICAS PARA OPERAÇÕES AÉREAS DE APOIO OFF-SHORE NAS BACIAS PETROLÍFERAS BRASILEIRAS

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Por: Cel Av R1 Luiz Paulo da Silva Costa MSc Estratégia e Geopolítica e Ciências Aeroespaciais

A navegação de apoio offshore fornece o apoio logístico às unidades de exploração e produção de petróleo nas Bacias Petrolíferas localizadas na Zona Econômica Exclusiva dos países. Esse apoio logístico é feito pelo ar, por helicópteros, para transportar pessoas ou pequenas cargas. A Estação Meteorológica Autônoma Automática, desenvolvida no Brasil, tem o intuito de atuar como auxílio meteorológico completo às operações de tráfego aéreo, efetuando observações meteorológicas à superfície para fins aeronáuticos e, quando previsto, para fins sinóticos, registrar os dados das observações para fins climatológicos para aeródromos de baixo movimento e, também, off-shore.

Segundo Marllon Reis em seu trabalho de conclusão de curso de ciências aeronáutica de 2020 (Marllon Rodrigues da Silva Reis Monografia Aviação Offshore VFB .pdf), o transporte de pessoas para unidades marítimas Offshore por meio de helicópteros impõe um grande desafio para a indústria petrolífera. Além do aspecto da segurança, a minimização dos custos, especialmente pela redução das horas voadas, se apresenta como um fator de sucesso. Isso se mostrou cada vez mais verdadeiro no estudo realizado na Bacia de Campos do Brasil, que movimentou mais de 500 mil passageiros por ano e que tem atraído cada vez mais empresas estrangeiras. Em março de 2018, segundo a Petrobras, doze bases movimentaram 71.754 passageiros, sendo 2.563 passageiros por dia, em 3.374 voos realizados. Ao todo foram 47,3 toneladas de carga transportada. Todo esse movimento aéreo carece de apoio de serviço de controle/vigilância/alarme/alerta/busca e salvamento/meteorologia prestados por órgão de Prestação de Serviço de Tráfego Aéreo.

O modelo de EMS-A foi desenvolvido pela HOBECO Sudamericana para atender a uma demanda da Secretaria de Aviação Civil para o Desenvolvimento da Aviação Regional do Brasil em aeroportos de baixo movimento que operem em condições de voo por instrumentos (IFR), sem a necessidade de estabelecimento de EPTA para a prestação do Serviço de Informações Aeronáuticas (AFIS). O sucesso desse projeto, que atualmente conta com 37 Estações instaladas pelo Brasil apoiando aeroportos regionais, permitiu o desenvolvimento do modelo Off- Shore por atender plenamente as características técnicas e operacionais estabelecidas nas normas do DECEA para a operação remota das informações meteorológicas e como radiodifusão para as tripulações em voo, sem a intervenção humana.

A SH10 conta com um Sistema AviMet, padronizado no DECEA, e um Software Network Manager (NM-10) que permite o monitoramento remoto das Estações, com o requisito de haver um serviço de internet na localidade. Esta solução emprega tecnologia de última geração cujos sensores instalados são os mesmos que atendem outras aplicações no DECEA (EMS-1, EMS-2, EMS-3), INFRAERO, Agências e Órgãos de Meteorologia Nacionais e Internacionais.

A EMS-A é dotada de sistema eletrônico de coleta, processamento e visualização de dados (sensores) fabricados na Indústria VAISALA (Finlândia) e integrados para sua operação pela HOBECO, no Brasil, com sua operação de monitoramento e fornecimento de informações aos interessados 24 horas por dia.

Para aplicação em Operações Off-Shore, a demanda das Bacias Petrolíferas em relação às Plataformas e FPSO distantes da costa poderá ser plenamente atendida, pois a EMS-A provê a segurança operacional necessária para a operação em condições IFR para os helidecks, desde que haja, além da Estação, um procedimento RNAV e balizamento noturno.

Neste tipo de aplicação, a EMS-A atende ao estabelecido no item 4 da ICA 63-10/2017 (Critérios de Implantação de Órgãos Operacionais, Auxílios à Navegação Aérea e Sistemas de Apoio aos Órgãos ATS) no que concerne à implantação sempre que for necessária a provisão das condições meteorológicas sem que haja a presença de um observador meteorológico, em locais de pousos e decolagens desprovidos de AFIS, incluindo um sintetizador de voz e um rádio VHF para provimento do serviço para tripulações em voo.

Referente à ICA 100-1, a operação de aeronaves off-shore poderá ser enquadrada segundo o item 4.1 no que se refere à Operação IFR de Não-Precisão Diurna/Noturna no caso do Helideck possuir carta de aproximação e/ou de saída por instrumentos RNAV (IAC/SID), publicada pelo DECEA.

A EMS-A foi desenvolvida para o emprego em aeródromos de baixa movimentação (< 10.000 movimentos/ano), a EMS-A atende ao previsto na ICA 105-/15/2018, relativo ao item 7 (Estação Meteorológica de Superfície Automática – EMS-A) considerando a Nota 2 quanto a possuir uma variável meteorológica a ser fornecida aos aeronavegantes denominada “Altitude Densidade”, por tratar-se de um procedimento opcional em EMS-A em aeródromos/Helidecks desprovidos de órgãos ATS.

No tocante ao item relativo à composição do subsistema, a EMS-A conta com todos os sensores previstos essenciais para a confecção e emissão dos METAR/SPECI AUTO, via REDEMET, segundo o item 7 da ICA:105-15/2021 (Estações Meteorológicas de Superfície):

a) anemômetro: fornece a direção e velocidade (média e máxima) do vento representativas das zonas de ponto de toque da(s) pista(s);

b) sensor de visibilidade: fornece os valores de visibilidade representativos, respectivamente, do aeródromo e da pista;

c) sensor de descargas elétricas atmosféricas: detecta e localiza (distância e radial) a ocorrência de descargas elétricas atmosféricas;

d) sensores integrados de tempo presente: identificam e classificam os diversos tipos de fenômenos meteorológicos de interesse operacional, tais como chuva, neve, nevoeiro, névoa úmida, névoa seca, trovoada etc.;

e) tetômetro: fornece a altura da base das nuvens;

f) sensores de temperatura do ar e de umidade relativa: fornecem a temperatura do ar e a umidade relativa, referentes ao sítio meteorológico principal;

g) barômetro: fornece a pressão atmosférica, informando valores de QNH, QFF e QFE; e

h) pluviômetro: fornece a quantidade e a intensidade de precipitação.

As recomendações da Organização de Aviação Civil Internacional (OACI), na Quarta Edição do Documento 9261 de 2020 (Manual de Heliportos), apontam para observações meteorológicas precisas, oportunas e completas são necessárias para apoiar às operações seguras e eficientes de helicópteros e que as instalações e embarcações tripuladas, fixas e flutuantes off-shore sejam dotadas de meios automatizados de sensoriamento permanente com as seguintes informações meteorológicas:

a) Velocidade e direção do vento (incluindo variações de direção);

b)Temperatura do ar e temperatura do ponto de orvalho;

c) QNH e, quando aplicável, QFE;

d) Quantidade de nuvens e altura da base das nuvens (acima do nível médio do mar);

e) Visibilidade; e

f) Tempo

As necessidades essenciais para a instalação das EMS-A/ERAA para operações Off-shore seriam apenas o serviço de internet ou um link satelital, já disponíveis nas Plataformas, com vistas a permitir o contato da EMS com a REDEMET do DECEA para o envio dos METAR/SPECI AUTO e o monitoramento remoto das condições da estação a partir de alguma organização de manutenção dos equipamentos (Centro de Controle das Plataformas em terra).

Em relação ao serviço de radiodifusão provido pela EMS-A/ERAA, as informações meteorológicas divulgadas pela ERAA são para que o piloto tenha a noção das variáveis meteorológicas de vento de superfície, pressão atmosférica, visibilidade, temperatura, quantidade de nuvens e altura da base de suas camadas representativas do aeródromo por intermédio de mensagem de voz sintetizada.

A inserção de informações que não sejam de caráter meteorológico na radiodifusão da ERAA não é automática. Quando necessário transmitir informações de caráter geral da Plataforma Off-shore, o operador do serviço de tráfego aéreo remoto poderá configurar a mensagem para informar as condições de operação.

Os dados transmitidos são arquivados em servidor local da estação para permitir investigações de ilícitos aeronáuticos por parte de investigações de acidentes/incidentes aéreos.

O Projeto de ERAA atualmente implantado no Brasil permite a transmissão de um ciclo de mensagem meteorológica em voz sintetizada em radiodifusão sendo necessário que o piloto aperte três vezes o PTT do rádio em um período de dois segundos. Todos os equipamentos rádio sintonizados na frequência da estação poderão receber a mensagem transmitida. O alcance operacional da radiodifusão da ERAA é de 27 NM, desde que se tenha linha de visada rádio. No caso da frequência da ERAA para sua operação, essa será divulgada nas informações da Plataforma no Sistema ROTAER do DECEA.

Considerando o link de internet ou satelital que permitem o monitoramento remoto, a manutenção preventiva ou corretiva poderá ser feita de forma planejada e direcionada, o que traz economicidade para a ampliação da vida útil dos sensores.

Considerando, também, que a EMS-A/ERAA já utilizadas no Projeto de Desenvolvimento da Aviação Regional da Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC), cuja quantidade de 41 estações instaladas em aeródromos espalhados pelo Brasil, vem apresentando sucesso na sua operação, monitoramento e homologação para a aviação civil, verifica-se a aplicabilidade dessa solução para operações off-shore.

Foto FPSO – Fonte: Marllon Rodrigues da Silva Reis Monografia Aviação Offshore VFB .pdf (animaeducacao.com.br)

O DECEA já reconhece a EMS-A/ERAA da Empresa HOBECO como solução para aeródromos de baixo movimento, considerando a atualização recente das normas MCA 101-1/2022, ICA 63-18/20, 63-10/2022, 105-2/2020, 105-15/2021, 100-1/2018 e AIC 16/19. Nestes termos, a inclusão dessa solução para as atividades off-shore nas Bacias Petrolíferas tende a ter facilitada a aprovação do DECEA e a consequente homologação operacional, pois preenche os rigorosos requisitos de segurança de voo estabelecidos e atende plenamente às normas daquele Departamento.

A informação meteorológica é reconhecidamente vital para a segurança das operações aéreas em atividades Off-Shore, além de contribuir para a segurança dos passageiros e tripulantes do Tráfego Aéreo sobre o espaço aéreo GOLF da superfície marítima do litoral brasileiro, facilitando o estabelecimento de rotas mais rápidas e econômicas nos voos regulares de apoio logístico e de Evacuação Aeromédica, 24 horas, quando necessário.

No aspecto logístico, a proposição justifica-se pela utilização da solução convencional nos principais aeroportos nacionais, para efeitos de preparação técnica de pessoal e integração da manutenção o que corrobora esta como uma solução para as operações off-shore nas bacias petrolíferas da Zona Econômica Exclusiva no litoral brasileiro.

Figura 1: Esquema de Funcionamento da EMS-A SH-10 Off-Shore

Com as capacidades desenvolvidas no Projeto da EMS-A/ERAA da Empresa HOBECO, poder-se-á incorporar as informações de meteorologia nas Plataforma no Sistema Integrado do Transporte Aéreo (SITAER), sistema de gestão dos processos de transporte de passageiros realizado por aeronaves. Nele, os profissionais responsáveis pelas operações aéreas cadastram todas as etapas para a realização de um voo, desde a sua confecção até o momento de sua finalização, com o desligamento dos motores da aeronave em solo. Com as informações meteorológicas incorporadas, os mínimos meteorológicos de pouso estabelecidos para cada helideck off-shore poderão ser visualizados e os voos reprogramados, permitindo uma economicidade no planejamento das atividades aéreas pelas prestadoras do serviço de transporte e apoio às plataformas.

Segundo os RMT.0409 & RMT.0410 (OPS.093(a)&(b)) de 06 de junho de 2013, do European Aviation Safety Agency para Operações de Helicópteros Off- Shore, considerando os fatores contribuintes mais importantes para a redução de riscos, no período 2010-2019, deveriam ser planejadas as seguintes melhorias:

  • continuação da introdução de helicópteros modernos com tecnologia embarcada que permita mais segurança dentro do ambiente ADS-B;
  • maior experiência técnica-operacional dos recurso humanos com os novos tipos de helicópteros e sua tecnologia embarcada;
  • desenvolvimento adicional, atualizações e aumento do uso do HUMS/VHM;
  • desenvolvimento adicional de monitoramento de dados de voo (FDM) e SMS;
  • aumento no desempenho do motor em comparação com o peso do helicóptero (introdução de Classe de desempenho 2 aprimorada (PC2e));
  • padrões de segurança aprimorados de helidecks (procedimentos, tamanho, equipamentos de iluminação, marcação, monitoramento de movimentos helideck, relatórios meteorológicos e turbulência conhecimento); e
  • melhores serviços meteorológicos.

As experiências obtidas no decorrer da operação das EMS-A no Brasil, a partir da primeira Estação Homologada pelo DECEA no mês de março de 2019 (Angra dos Reis-RJ), permite concluir pela eficiência a ser obtida por essa solução nas operações Off-Shore, pois também se adequam às recomendações estabelecidas no item 6.2 do Guia de Implementação de Padrões para Operações Off-Shore de Helicópteros, da Flight Safety Foundation (2016):

“As principais considerações de segurança de voo incluem garantir que dados e previsões meteorológicas relevantes sejam disponibilizados à tripulação para fins de planejamento de voo. Antes de iniciar um voo, a tripulação deve ter acesso e avaliar os boletins e previsões meteorológicas da rota a ser voada, destinos e alternativas.
O operador da aeronave deve manter os registros operacionais associados a qualquer voo por um período de 90 dias ou conforme exigido pelo regulamento.
Quando as operações de aviação são realizadas em áreas remotas fora da influência da cobertura meteorológica nacional confiável, deve ser feito um esforço pelo operador da aeronave, auxiliado pela empresa se necessário, para acessar dados meteorológicos previstos de fontes globais. (Tradução do autor).

Devido à complexidade, relevância e criticidade de informações meteorológicas automatizadas por meio de Estações Meteorológicas de Superfície para operações aéreas, sem a intervenção humana, faz-se necessário que o cumprimento dos requisitos da qualidade e da segurança dos sistemas e produtos do COMAER seja avaliado e reconhecido por Organismos Certificadores independentes, imparciais e capacitados para tal. No Brasil, somente a solução de EMS-A/ERAA desenvolvida para o Projeto de Incentivo à Aviação Regional da SAC atende aos parâmetros de Avaliação da Conformidade do Tipo Aceitação de Produto de Controle do Espaço Aéreo previstos no Manual MCA 800-10/2022 e reconhecidos pelo Instituto de Controle do Espaço Aéreo – ICEA (ICEA – Avaliação de Conformidade (decea.mil.br)).

Segundo Hermeto (2015) a Bacia de Campos é a segunda área mais intensiva de voos de helicóptero no Brasil e deverá ter um aumento significativo de tráfego nos próximos anos devido à próxima exploração do pré-sal. Essa assertiva estende-se para as demais bacias petrolíferas do Brasil que vierem a ter sua exploração intensificada. Portanto, exige-se que o Controle de Tráfego Aéreo preste um serviço seguro para garantir que os helicópteros estejam voando em vias aéreas e com separações seguras.

Aproximadamente 95% das plataformas ficam a distâncias maiores que 60 NM dos aeroportos em terra, onde não há visualização de radar; e, portanto, escassez de informações meteorológicas da superfície marítima para as tripulações em voo.

Considerando a produtividade e a expertise obtidas pela HOBECO no processo de instalação e homologação das EMS-A do Projeto SAC (34 Estações em 2 anos), estima-se que após a emissão do CAP (Certificado de Aprovação de Projeto), com dedicação exclusiva para o tema, seria possível a obtenção de APO (Autoriação Provisória de Operação) num prazo inferior a 3 anos, caso o número de Estações a ser implantadas seja inferior a 10 estações.

Atualmente, mais de 37 Estações Meteorológicas de Superfície Automáticas/ERAA homologadas pelo DECEA (órgão nacional certificador) já estão em operação no país, algumas delas em aeródromos relevantes para a segurança nacional e para a circulação aérea geral, trazendo economicidade, eficiência, qualidade da informação e segurança para os voos.

Com isso, o objetivo de apoiar a operação Off-shore 24 horas nas bacias petrolíferas nacionais, que não dispõem de Serviço de Tráfego Aéreo, poderá ser plenamente atendido de forma segura pelo Sistema EMS-A3/ERAA da HOBECO. Conforme constatado pelo próprio DECEA, apresenta-se como uma alternativa eficiente, já homologada e de conformidade aceita para efetuar observações meteorológicas de superfície e prover os dados meteorológicos por intermédio de radiodifusão em VHF e ainda confeccionar e transmitir ao Banco Internacional de Mensagens OPMET de Brasília (Banco OPMET) mensagens do tipo METAR AUTO e SPECI AUTO, sem a intervenção humana.

SABE O QUE É SUM? ENTENDA COMO ESSA SIGLA PODE MELHORAR A MOBILIDADE URBANA

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Coalizão de entidades propõe (e cobra) mudanças nos sistemas de transporte público

A exemplo do que acontece com a saúde no Brasil, que conta com o Sistema Único de Saúde (SUS) como direito universal e garantido pela Constituição, entidades e organizações propõem a criação de um modelo semelhante para o transporte, o Sistema Único de Mobilidade (SUM).

Os princípios dessa proposta (veja quadro abaixo) têm como objetivo resolver os muitos problemas enfrentados por quem utiliza transporte coletivo ou não tem acesso a ele. Se não todos de uma só vez, mas de maneira gradual até mesmo pela alta complexidade da questão.

O SUM promoveria e aceleraria ainda mais o acesso e a democratização aos serviços de qualidade (com menor ou zero custo de tarifa para o usuário, por exemplo), além de melhorias no trânsito, com a integração inteligente de modais, o que traria reflexos positivos à questão ambiental, especialmente nos grandes centros urbanos.

Várias soluções e mais transparência

A ideia não é nova, mas vem sendo discutida de forma mais organizada e diversa: desde 2022, o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) lidera uma coalizão de organizações da sociedade civil de todo o Brasil para tirar essas ações do papel, ouvindo diversos atores da mobilidade.

O órgão lançou um manifesto no Dia Mundial sem Carro (comemorado em 22 de setembro) e oficinas temáticas para reunir quem pesquisa e estuda o tema, reforçando seu papel junto ao governo federal, que também tem uma proposta de um marco legal para o transporte coletivo, com audiência pública marcada para este mês de agosto.

“O projeto de lei do governo federal será uma nova legislação para regulamentar o transporte coletivo nas cidades brasileiras e o Idec deve articular com deputados e deputadas para que eles acompanhem o tema”, explica Rafael Calabria, gerente de mobilidade do Idec.

O objetivo é evitar a pressão empresarial, fazer contrapontos e pautar soluções ideais para o usuário, por meio de operações mais organizadas, que garantam a qualidade do serviço. “Além de uma gestão mais ágil e eficiente dos recursos disponibilizados aos municípios, mapeamento preciso, com aumento de frota e de usuários, entre outras necessidades”, acrescenta.

Isso para não repetir os problemas já existentes, evitar oligopólios e trazer boas práticas de gestão para modificar esse cenário. “Com maior controle público dos subsídios e dos serviços, não necessariamente com a estatização”, esclarece Calabria. “Mas garantir mais transparência aos processos de concorrência, oferecer melhor oferta ao usuário, com a qualidade necessária.”

Aumento da frota de ônibus

Uma das propostas levadas ao governo federal é a aquisição de frotas, por ser uma parte cara nessa transformação, ainda mais se for elétrica. “Tem que estar no planejamento anual para exigir que essa frota seja nova, promovendo o fomento e a concorrência da indústria, permitindo que as cidades reduzam seus custos locais, uma vez que o transporte atualmente é de responsabilidade do município, e cada um tem uma realidade diferente”, explica o gerente do Idec. “É uma nova forma de gestão para romper modelos atuais, inclusive de contratos, do sistema de bilhetagem, entre outras mudanças.”

Programas para cada área

De acordo com Calabria, o marco regulatório do governo federal traz avanços e, mesmo com boa vontade política, é um processo muito complexo. “Depende de Proposta de Emenda Constitucional (PEC), e é preciso deixar claro, e de forma objetiva, como isso será operacionalizado, inclusive para um mapeamento preciso do setor para melhorar a qualidade dessas informações, que, em alguns casos, é inexistente”, ressalta.

Ele propõe que o SUM possa começar, senão de uma vez, mas por meio de programas específicos para as diferentes áreas, fazendo com que a estrutura federal exercite sua participação.

O modelo também prevê maior pressão aos municípios para que cumpram e tenham plano de mobilidade, com licitações e metas que obedeçam às regras dos programas de subsídios, com audiências públicas sobre formas de financiamento e de prestação de contas do uso do dinheiro.

Calabria ressalta ainda a importância do debate geral – não só para quem precisa do transporte coletivo mas de todos que se beneficiam com sua melhoria. “Inclusive quem usa carro, com base na redução do trânsito e da poluição. Por isso, é justo que a sociedade divida essa conta e não cobre apenas do usuário final”, defende. “Somente assim o SUM poderá repercutir, gerar impactos positivos e diversas práticas. Ainda que comece, de fato, por partes, em cidades menores e com base em bons exemplos”, analisa o especialista.

5 princípios do Sistema Único de Mobilidade (SUM)

1 – Integralidade: acesso a todas as esferas de serviço da mobilidade urbana, porta a porta, intermodalidade e integração completa (física, tarifária e operacional), sem restrição de horários.

2 – Sustentabilidade: combate à crise climática e de melhoria da qualidade do ar, com veículos que corroborem com a redução de poluentes, a ampliação da oferta de transporte coletivo, melhoria nas condições do caminhar e do pedalar e da ocupação e uso do solo urbano mais inteligente.

3 – Equidade: combate às desigualdades, às violências e às exclusões territoriais, sociais, de gênero e raciais, especialmente para as pessoas que se encontram em situação de imobilidade urbana.

4 – Universalidade: acesso das pessoas aos espaços e às oportunidades das cidades, sem discriminação de qualquer natureza.

5 – Acessibilidade: inclusão social, com garantia de acesso à mobilidade especialmente para pessoas com deficiência, baixa mobilidade ou restrição de mobilidade.

Fonte: Mobilidade Estadão

INOVAÇÃO EM ESTACIONAMENTOS: COMO SEGURANÇA E TECNOLOGIA REVOLUCIONAM A GESTÃO

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Nos dias de hoje, em que os consumidores estão cada vez mais exigentes e os empreendimentos cada vez maiores, o estacionamento automatizado, com uma boa estrutura, é uma necessidade

Uma gestão eficiente de um estacionamento gera bons resultados não só para quem o administra, mas sobretudo para o usuário que terá a sua disposição um serviço mais ágil e seguro. Investir em tecnologia, implementar soluções inovadoras e entender as demandas dos clientes são essenciais para garantir a excelência que tanto se busca.

Nos dias de hoje, em que os consumidores estão cada vez mais exigentes e os empreendimentos cada vez maiores, o estacionamento automatizado, com uma boa estrutura, é uma necessidade.

Na Indigo Brasil, a eficiência na gestão e na qualidade do serviço prestado são alcançadas graças ao ConnecPark, a maior central de atendimento remoto de estacionamentos do país que atua diretamente na prestação de serviços remotos para os usuários. O ConnecPark permite o controle automatizado de cancelas e outros equipamentos, e conta com mais de 3.500 câmeras inteligentes, de tecnologia Optical Character Recognition (OCR), além de uma equipe altamente especializada.

Por meio da central, é possível detectar situações irregulares, monitorar filas nas entradas e saídas dos estacionamentos e nos pontos de pagamento, além de gerar tickets perdidos, consultar placas e acessar online relatórios detalhados da gestão do estacionamento.

Mas as vantagens do ConnecPark vão além do básico. O sistema ainda auxilia no gerenciamento de ocorrências no pátio, possibilita testes remotos em equipamentos e controla a disponibilidade operacional dos recursos. Além disso, contribui na identificação e gerenciamento de sinistros, usando dados e informações de maneira responsável e em total conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e políticas de segurança.

Diferenciando-se do mercado, o ConnecPark é um sistema interno que integra perfeitamente câmeras, automação e voip. Essa sinergia tecnológica, somada à experiência global da Indigo, permite a coleta e análise de dados de maneira abrangente, gerando insights sobre os fluxos nos estacionamentos e o comportamento do cliente.

Investir em segurança e tecnologia para a gestão de estacionamentos traz uma série de vantagens inegáveis. Além de proporcionar uma experiência mais ágil e segura para os usuários, através de sistemas automatizados e câmeras inteligentes é possível monitorar de forma eficiente o fluxo de veículos, identificar possíveis ocorrências irregulares e gerenciar a disponibilidade dos equipamentos de forma remota. Essas informações preciosas, aliadas à análise de dados detalhada, possibilitam uma tomada de decisão mais assertiva por parte dos gestores, permitindo a otimização contínua dos serviços prestados e garantindo a satisfação dos clientes. Além disso, a adoção de tecnologias avançadas reforça a imagem de uma empresa moderna e preocupada com a segurança e bem-estar dos seus clientes, estabelecendo um diferencial competitivo cada vez mais importante no mercado atual.

E para os usuários, o benefício vai além da agilidade no atendimento. Conta a favor a diminuição de 50% no tempo de espera do cliente no estacionamento. Hoje, a Indigo Brasil tem mais de 800 pontos de atendimento em suas operações e faz 56 mil chamadas mensais. E o tempo médio de espera para que o cliente seja atendido é de até 9 segundos.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities

NTU APRESENTA UM RAIO-X DO TRANSPORTE PÚBLICO BRASILEIRO EM SEMINÁRIO NACIONAL

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Setor do transporte rodoviário de passageiros perdeu quase 8 milhões de viagens por dia em 3 anos, revela pesquisa apresentada em evento em Brasília

Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos – NTU, entidade que representa as empresas de transporte coletivo por ônibus urbano de todo o País, acaba de divulgar o Anuário NTU 2022-2023, com os dados da série histórica do desempenho do setor nos últimos 30 anos, além de investimentos em infraestrutura, cidades com subsídios e que adotam a Tarifa Zero.

A publicação faz, ainda, um balanço dos dez anos dos protestos de junho de 2013, por melhorias e redução das tarifas do transporte público.

O lançamento dos resultados acontece na abertura da 36º edição do Seminário Nacional NTU, em Brasília, na terça-feira (8), evento que discute a mudança das regras do setor, ou o novo marco legal, com foco na melhoraria a qualidade do transporte público e barateamento das tarifas.

Estudo inédito

No mesmo evento, a Confederação Nacional do Transporte – CNT lança a Pesquisa CNT Perfil Empresarial 2023 – Transporte Rodoviário Urbano de Passageiros. Inédito, o estudo realizado em parceria com a NTU, detalha características das empresas operadoras do transporte público por ônibus urbano no Brasil. Confira, a seguir, alguns dos números apresentados nos estudos.

  • Redução de 24,4% dos passageiros (2019-2022), com perda de quase 8 milhões de viagens por dia em 3 anos;
  • Perda de quase R$ 40 bilhões para o setor, intensificada no período da pandemia;
  • Aumento da idade média da frota em 4,2% (2021-2022);
  • Diminuição de mais de 90 mil empregos diretos durante a pandemia;
  • 63 sistemas, que atendem 163 cidades, hoje possuem subsídios definitivos (sendo 18 capitais e regiões metropolitanas);
  • 84 cidades brasileiras possuem Tarifa Zero atualmente;
  • 91,4% das empresas adotam a bilhetagem eletrônica;
  • 59,2% das empresas do setor do transporte rodoviário de passageiros foram vítimas de assaltos no último ano;
  • 20,1% das empresas tiveram um ônibus incendiado no último ano.

Fonte: Mobilidade Estadão

CÚPULA DA AMAZÔNIA: O QUE DIZEM OS PAÍSES FLORESTAIS EM DESENVOLVIMENTO

Comunicado assinado pelos Presidentes e Chefes das Delegações aponta expectativas, entendimentos e preocupações em relação à floresta e às mudanças climáticas; Lula cobra contribuição financeira dos países desenvolvidos

Nesta quarta-feira, 9, representantes de vários países se reuniram na Cúpula da Amazônia que acontece em Belém, no Pará, para discutirem caminhos sustentáveis para a floresta Amazônica. Durante a tarde, foi divulgado o Comunicado Conjunto dos Países Florestais em Desenvolvimento em Belém assinado por Presidentes e Chefes de Delegação da Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Indonésia, Peru, República Democrática do Congo, República do Congo, São Vicente e Granadinas, Suriname e Venezuela.

Depois de assinada a Declaração de Belém, o novo comunicado reitera que, de acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC AR6), as mudanças climáticas já impactam as florestas tropicais do mundo, ocasionando alterações em biomassa, doenças, pragas entre outros, como também no aumento dos incêncios florestais.

Ainda no documento, os representantes reconhecem a contribuição dos povos indígenas e das comunidades locais para a conservação da floresta. Ao mesmo tempo que reforçam o compromisso coletivo para a preservação florestal, a diminuição da degradação florestal e do desmatamento, a conversação da biodiversidade e a procura pela transição ecológica justa. Contudo, não se fala do fim do desmatamento de fato.

A sustentabilidade e as preocupações globais

Segundo o documento, os Presidentes e Chefes das Delegações afirmam estar convencidos de que as florestas podem ser os  “centros de desenvolvimento sustentável e produtoras de soluções para os desafios de sustentabilidade nacionais e globais, conciliando prosperidade econômica com proteção ambiental e bem-estar social, em especial para os povos indígenas e comunidades locais”.

Ainda de acordo com o registro, os países expuseram as preocupações com o não comprimento dos compromissos de financiamento adotados pelos países desenvolvidos. Um deles, é o financiamento climático de 100 bilhões de dólares por ano em recursos aos países em desenvolvimento e a contribuição de 200 bilhões de dólares por ano até 2030, que foi previsto pelo Marco Global para a Biodiversidade de Kunming-Montreal, baseado no Plano Estratégico para a Diversidade Biológica 2011-2020.

Os países envolvidos também esclareceram que existem preocupações de não-cumprimento com relação às metas de mitigação por parte dos países desenvolvidos. “relembramos a necessidade dos países desenvolvidos de liderar e acelerar a descarbonização de suas economias, atingindo a neutralidade de emissões de gases de efeito estufa o mais rápido possível e preferencialmente antes de 2050”, afirma o documento.

texto completo, tem dez tópicos e foi divulgado à imprensa pelo Governo Federal.

Lula discursa ao final do evento

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma declaração à imprensa presente durante o fechamento do evento. Na sua fala, o presidente Lula descreveu a reunião como “muito importante”. “Não é o Brasil, nem a Colômbia ou a Venezuela que precisam de dinheiro mas a natureza. A natureza esta precisando de dinheiro e financiamento”, afirmou o presidente.

A fala é uma cobrança dos países ricos que se comprometeram na Conferência das Partes, a COP, à destinar 100 milhões de dólares para os países em desenvolvimento. “Desde a COP 15, o compromisso dos países desenvolvidos de mobilizar US$ 100 bilhões  por ano em financiamento climático novo e adicional nunca foi implementado. Esse montante já não corresponde às necessidades atuais. A demanda por mitigação, adaptação e perdas e danos só cresce”, discursou o presidente”.

O presidente ainda disse que o encontro se difere dos anteriores — o último aconteceu em 2009. Lula descreveu que valorizar a floresta significa dar dignidade a 50 milhões de pessoas que moram na região amazônica. “Faremos isso oferencendo oportunidade sustentável de emprego e geração de renda por meio do aumento da ciência, tecnologia e inovação e pela valorização dos povos indígenas e comunidades tradicionais”.

De acordo com Lula, essa valorização dos povos e da região acontecerá pela certificação de produtos da floresta, afim de gerar emprego, renda com um mecanismo de remuneração justa e equitativa. Ele ainda trouxe a importância da participação da sociedade civil, afirmando que quase 30 mil pessoas participaram dos Diálogos da Amazônia, que aconteceram nos dias anteriores ao evento oficial.

Agora, a expectativa é em relação à COP30, estimada para acontecer em 2025, em Belém.”A Declaração de Belém e o Comunicado Conjunto que adotamos nesses dois dias da Cúpula são um passo na construção de uma agenda comum com os países em desenvolvimento com floresta tropicais e vão pavimentar o nosso caminho até a COP30″, disse o presidente. Em entrevista exclusiva à EXAME, Majid Al Suwaidi, diretor da COP28, falou sobre as cooperações do Brasil nas negociações climáticas mundiais. 

Fonte: Exame