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“FÁBRICAS DA BYD ELEVAM O PATAMAR DA ELETROMOBILIDADE NO BRASIL”

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Para Henrique Antunes, diretor de vendas da BYD Brasil, as três unidades que serão construídas em Camaçari (BA) mudarão o cenário da transição energética no País

No começo de julho, a BYD Brasil fez um anúncio que poderá ser o divisor de águas da eletromobilidade no País. A marca chinesa construirá três fábricas para a produção de automóveis eletrificados, caminhões e ônibus elétricos e baterias no município de Camaçari (BA). O investimento de R$ 3 bilhões deverá gerar 5 mil empregos diretos e indiretos.

Segundo o diretor de vendas da BYD Brasil, Henrique Antunes, as unidades serão instaladas no complexo que antes pertencia à Ford. “As operações devem começar entre o fim de 2024 e o primeiro semestre de 2025”, revela Antunes.

Para o executivo, o pioneirismo da BYD de fabricar veículos eletrificados mudará patamar da transição energética no Brasil e será um fator de encorajamento para outras montadoras seguirem o mesmo caminho. “A eletromobilidade vive uma curva ascendente no País e estamos empolgados com a perspectiva para os próximos anos”, diz Antunes em entrevista ao canal Top Eletrificados. Confira.

Na sua opinião, o anúncio da BYD de construir três fábricas na Bahia muda o nível da eletromobilidade brasileira?

Henrique Antunes: Não tenho dúvida de que esse movimento é um marco para o avanço da transição energética no País. O anúncio de fabricar veículos eletrificados e baterias na Bahia credibiliza o negócio a médio e longo prazos e encoraja outras montadoras que, daqui a dez anos, também estarão instaladas no Brasil para produzir automóveis.

Mas o que muda efetivamente com a fabricação de veículos elétricos no País?

Antunes: A oferta de produtos de ponta deixa o consumidor ansioso e as concorrentes não aceitarão ficar de fora desse jogo. Será criado um circulo virtuoso em torno do carro elétrico.

Quando surgiu o motor flex, todo mundo queria ter um automóvel com essa tecnologia, porque era uma novidade interessante. Agora, as pessoas querem saber mais sobre o motor híbrido e, no melhor dos mundos, já sonha saltar direto para o elétrico. Cada vez mais, esse mercado ganha maturidade.

Naturalmente, o mercado está sendo empurrado para esse momento e o segmento de elétricos vem ocupando espaço.

Por falar em motor flex, o sr. acha que, com o tempo, ele perderá espaço em favor do sistema elétrico?

Antunes: Motores elétricos e etanol são tecnologias que se complementam, andam juntas. A questão não é etanol ou elétrico, mas sim etanol e elétrico. Por que um deve excluir o outro? Cabe a cada fabricante apostar naquilo que faz mais sentido para ela. O Brasil investe em etanol há quase 50 anos e não podemos desconsiderar essa alternativa do dia para a noite.

Recentemente, a BYD lançou o Dolphin com muita tecnologia e custando R$ 150 mil. Com a fabricação nacional, os preços tendem a cair?

Antunes: Nosso exercício é o de sempre tentar baratear os preços, e fabricar automóveis e baterias localmente será uma grande oportunidade nesse sentido. Já temos uma linha de montagem de baterias para ônibus em Manaus (AM), mas as células vêm da China.

Agora, tudo será feito aqui. É claro que os preços elevados ainda estão ligados à pequena demanda por carros elétricos no Brasil. Nossa intenção, porém, é fabricar carros com tecnologia e design com preços que caibam no poder de compra do consumidor.

O Dolphin tem o valor semelhante ao de um hatch e SUV de porte semelhante com motor a combustão e que oferecem menos equipamentos. Algumas concessionárias formaram filas de espera para fazer test-drive. O Brasil é um dos dez mercados automotivos mais importantes do mundo e, por isso, planejamos desenvolver muita coisa no País.

A rede de concessionárias está preparada para vender a linha de produtos em crescimento da BYD?

Antunes: O maior inimigo de uma concessionária é o tempo de construção da loja. Hoje, temos 25 concessionárias completas e mais 40 grupos nomeados e que já estão construindo suas estruturas. Temos, também, pontos de venda em shoppings centers, que é um conceito novo muito comum na China e nos Estados Unidos.

Até o fim do ano, teremos 100 concessionárias em atividade. Todas estarão bem organizadas e treinadas e logo receberão mais novidades: o Seal, que será lançado brevemente, e um modelo híbrido, em 2024.

Outro modelo da BYD, o Seal, será lançado brevemente. Foto: Divulgação BYD

Quais são as perspectivas de BYD para a mobilidade elétrica no Brasil nos próximos anos?

Antunes: Vivemos uma curva de crescimento impressionante, com oferta de produtos com preços comparados aos automóveis dotados de motor a combustão – e o consumidor quer isso.

Penso que, em 2024, a aceleração será maior, com os desafios de aumentar os volumes de carros eletrificados disponíveis e reduzir os custos. Em breve, o comprador vai desejar um veículo 100% elétrico. Com esse cenário em mente, a BYD está se preparando para ter um line-up robusto, visando os próximos dez ou 15 anos.

Fonte: Mobilidade Estadão

QUATRO EXEMPLOS DE COMO A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL PODE SER USADA A SERVIÇO DAS CIDADES INTELIGENTES

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Combinando tecnologias como telemática e automação de processos, é possível melhorar mobilidade, segurança e condições ambientais nos centros urbanos

Cidades inteligentes, também conhecidas como smart cities, são aquelas que utilizam tecnologia para melhorar a qualidade de vida de seus habitantes. Devido ao seu impacto na coleta de informações, no processamento eficiente de dados e na tomada de decisões proativas e preventivas, a inteligência artificial (IA) está se tornando uma tecnologia cada vez mais recorrente em diferentes projetos de otimização urbana.

Com isso, diversos países ao redor do mundo têm ampliado, de forma progressiva, a adoção de programas e estratégias para tornar a gestão mais inteligente, levando em consideração as particularidades locais. No Brasil, por exemplo, o conceito de smart city é mais focado em sustentabilidade, e integra tecnologia, inclusão social e desenvolvimento sustentável para superar desafios e atender necessidades específicas em relação à biodiversidade e a complexidade das cidades no país.

O setor de mobilidade, decisivo para classificar uma cidade como inteligente ou não, tem recorrido a sensores de mobilidade, soluções telemáticas ou automação de processos para obter uma infraestrutura conectada, o que permite a solução oportuna de problemas relacionados à movimentação de veículos em vias urbanas. Veja algumas aplicações:

1- Gerenciamento de tráfego. De acordo com o Global Traffic Scorecard, elaborado pela INRIX, o Brasil tem duas cidades entre as 50 com o pior tráfego da América do Sul. Em São Paulo, os motoristas perdem, em média, 65 horas no trânsito por ano, em Belo Horizonte esse tempo chega a 56 horas.

“A captação e avaliação de dados inteligentes, juntamente com uma boa gestão de frotas, pode contribuir para aprimorar a situação de tráfego intenso nas metrópoles. Ao identificar os momentos de maior movimento no trânsito, por meio da tecnologia, é possível determinar novos trajetos para desafogar vias congestionadas”, comenta Eduardo Canicoba, vice-presidente da Geotab, líder global em soluções de transporte conectado, para o Brasil.

2- Redução de acidentes. Além do tráfego mais fluido, projetos de cidades inteligentes buscam garantir a segurança das pessoas enquanto elas se deslocam. Nesse aspecto, a IA e a telemática desempenham um papel importante, pois podem detectar áreas particularmente conflituosas, com acidentes recorrentes, ou aquelas em que, por exemplo, os sistemas de suspensão estão mais ativos (o que pode significar que o asfalto está em más condições).

Portanto, com essas tecnologias, as situações são tratadas de forma proativa, permitindo a definição de políticas preventivas, como o treinamento dos condutores, a manutenção preventiva dos veículos e a escolha de rotas mais seguras, diminuindo as chances de acidentes.

3 – Cidades limpas. As tecnologias emergentes contribuem para a redução da poluição ambiental. Por meio das soluções de telemática, por exemplo, é possível criar mapas de qualidade do ar com base nas emissões dos veículos e, dessa forma, implementar medidas para mitigar esses fatores poluentes.

4- Planejamento. Um dos fatores mais importantes ao se considerar uma frota inteligente é o planejamento, porque é a partir dele que é possível otimizar processos e contribuir para a formação de cidades inteligentes. Ao utilizar ferramentas de telemática e monitoramento, é possível criar um banco de dados personalizado para examinar, analisar e realizar testes de modificações ou integrações antes de serem implementadas, garantindo mais segurança e eficiência nos processos.

Esses exemplos mostram como o setor de mobilidade pode aproveitar recursos de inteligência artificial para tornar as cidades inteligentes uma realidade próxima. O potencial revolucionário da telemática e da automação é um fator importante nesse processo. “Em muitos anos de atuação no mercado de transporte e logística, pudemos identificar o importante papel IA na construção de cidades inteligentes. Por isso, atualizamos constantemente nosso portfólio para oferecer uma solução ainda mais completa. A versão MyGeotab 11 da nossa ferramenta de telemática endereça os principais desafios de mobilidade urbana, e deve se tornar peça-chave para transformar a rotina de gestores e outros profissionais da área”, conclui Canicoba.

Fonte: Segs

OPEN SOURCE: CÓDIGO ABERTO É ESSENCIAL PARA CIDADES INTELIGENTES

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Monitoramento de ruas e avenidas, alertas para condições climáticas, economia de energia, alternativas de escoamento de veículos em horários de pico. Esses são apenas alguns exemplos do que cidades inteligentes têm a oferecer.

Apoiadas em tecnologia de ponta alimentada por dados, as smart cities já provaram que são a melhor alternativa para um futuro sustentável. Por conta disso, em meio ao desenho de uma nova economia global, o desenvolvimento de modelos escaláveis de cidades inteligentes têm voltado ao centro das discussões em todo o mundo.

De acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), uma cidade inteligente pode ser definida como um espaço que potencializa a digitalização para aumentar o bem-estar dos cidadãos e fornecer serviços e ambientes urbanos mais eficientes, sustentáveis e inclusivos, como parte de um processo colaborativo. O modelo tem potencial de criar cerca de US$ 1,6 trilhão de valor adicional em todo mundo até 2025, segundo estimativas da McKinsey.

Especialmente na América Latina, onde cerca de 80% da população vive em centros urbanos, de acordo com dados da CEPAL, as smart cities parecem ser caminho mandatório. Não à toa, diversos países da região vêm investindo no desenvolvimento desses projetos, com bons exemplos de cidades inteligentes, como é o caso de Santiago, no Chile; Bogotá, na Colômbia; Curitiba, no Brasil; e Cidade do México, no México. O desafio, agora, é buscar formas de acelerar e escalar esse modelo.

Cidades inteligentes e abertas

Se os primeiros projetos de cidades inteligentes foram limitados pela tecnologia da época, hoje as iniciativas atuais contam com uma ampla gama de opções. Tecnologias emergentes como Internet das Coisas (IoT), inteligência artificial e aprendizado de máquina (IA/ML), processadas com o auxílio do 5G, da computação em nuvem e da edge computing, têm contribuído para identificar e remediar rapidamente problemas que impactam a satisfação do cidadão e a sustentabilidade.

Antes de uma cidade se tornar inteligente, ela precisa estar conectada. A infraestrutura digital subjacente deve estar em vigor, incluindo uma rede de sensores e dispositivos de coleta de dados, redes abrangentes de banda larga e sem fio e plataformas nas quais os dados podem ser armazenados e compartilhados. Para coordenar tudo isso de maneira simplificada e efetiva, as soluções de código aberto são fundamentais”, explica Thiago Araki, diretor de Tecnologia e GTM da Red Hat para a América Latina.

Aproveitar o software open source, implementar padrões abertos e usar uma estratégia de dados também abertos oferece aos municípios a flexibilidade de que precisam para construir infraestruturas de tecnologia prontas para o futuro.

“Uma estratégia de código aberto permite que você mantenha suas iniciativas de cidade inteligente a longo prazo porque, ao invés de comprar uma solução de ‘cidade inteligente na caixa’, oferecida por um único fornecedor, você pode conectar diferentes sensores e componentes de padrões abertos e protocolos de comunicação. E vai funcionar”, afirma Paulo Ceschin, diretor de vendas da Red Hat Brasil.

Tecnologia ao alcance de todos

Na prática, o que torna uma cidade inteligente é a interconectividade entre dispositivos IoT e sensores edge que permite que tudo funcione com base em dados e em tempo real, de forma a melhorar a qualidade de vida dos cidadãos e a eficiência dos serviços.

Na construção das smart cities, o 5G é uma tecnologia que impulsiona muitos casos de uso e, principalmente, serviços de missão crítica, que exigem altas velocidades e baixa latência. Toda essa conectividade é viabilizada por software, integrando diferentes ambientes, nuvens e aplicações.

“Com uma infraestrutura de código aberto estável, flexível e escalável, as cidades podem criar plataformas de IA e edge que possibilitam processar os dados de forma rápida e eficiente em diferentes ambientes”, diz Alejandro Raffaele, head de TME (Telecommunication, Media and Entertainment) da Red Hat para a América Latina.

Neste contexto, a nuvem híbrida aparece como uma importante opção para alimentar a cidade inteligente. “A nuvem híbrida pode abranger uma ou mais nuvens públicas, nuvens privadas, datacenters e dispositivos de edge instalados perto de rodovias, prédios da cidade e centros de transporte. Isso vai permitir um gerenciamento mais eficiente dos dados e, por consequência, entregas mais ágeis e seguras”, pontua Germán Soracco, VP de Vendas e Cloud para a América Latina na Red Hat.

Por ser uma solução aberta, diversas pessoas estão atentas a ela, fazendo constantes melhorias, o que auxilia na segurança.

“Essa vantagem pode beneficiar muito os projetos de smart cities. A adição de diversos dispositivos conectados aumenta a superfície de ataque de TI de uma cidade”, complementa Paulo Ceschin. O código aberto anda de mãos dadas com metodologias ágeis e DevSecOps. Esse alinhamento significa que, não somente a segurança é mais alta, como os ciclos de desenvolvimento de aplicativos tendem a ser mais curtos e os lançamentos mais frequentes, melhorando a experiência dos cidadãos.

Além disso, dados os orçamentos limitados dos municípios, o open source oferece uma proposta de alto valor agregado por um excelente custo-benefício.

“Sua maior contribuição está em uma arquitetura modular, robusta e reutilizável. Em vez de cada cidade reinventar a roda, uma abordagem aberta incentiva os participantes a reutilizar as inovações desenvolvidas em outros lugares, economizando tempo e esforço”, indica Paulo Bonucci, SVP e General Manager da Red Hat para a América Latina.

Recentemente, a companhia trabalhou em conjunto com outras empresas para desenvolver uma plataforma orientada por propósito, para criar um ambiente de nuvem fácil de implantar, altamente escalável, pronto para produção e nativo, focada em smart cities.

Implementada em diversas cidades da Espanha, a plataforma está disponível para que outros municípios ou organizações façam contribuições. “É uma maneira inteligente, colaborativa e eficiente de acelerar a criação de cidades inteligentes e impactar positivamente a sociedade”, finaliza Bonucci.

Fonte: Diário do Grande ABC

CENTRO DE OPERAÇÕES RIO APRESENTA AVANÇOS EM TECNOLOGIA E INOVAÇÃO EM PROGRAMA DO CONNECTED SMART CITIES

O Programa Cidades, Café e Prosa apresenta cenários e perspectivas de transformação das cidades brasileiras em cidades mais inteligentes, conectadas e sustentáveis.

Inaugurado em 2010, o COR é o maior centro de monitoramento urbano da América Latina e é responsável pelo lançamento de ações, projetos e tecnologias de ponta que fortalecem o potencial em smart city da cidade carioca.

O que vem tornando o Rio de Janeiro uma cidade cada vez mais inteligente e sustentável? Considerada uma das 10 cidades mais inteligentes do Brasil, segundo o último levantamento do Ranking Connected Smart Cities, e reconhecida com o Selo Ouro na promoção de boas práticas em cidades inteligentes, pelo mais recente estudo do Selo CSC, a cidade carioca vem protagonizando um conjunto de ações que a tornam cada vez mais inteligente, resiliente e sustentável.

Para apresentar esse cenário de avanços, Willian Rigon, sócio-diretor de Novos Negócios da Plataforma Connected Smart Cities, conversou com Willington Feitosa, Coordenador de Cidades Inteligentes da Prefeitura do Rio de Janeiro, na manhã desta segunda-feira, 7 de agosto, em nova edição do Programa Cidades, Café e Prosa.

Centro de Operações acelera expansão de iniciativas em smart cities

Idealizado pela Prefeitura do Rio de Janeiro, o Centro de Operações Rio (COR) é um centro de inteligência e monitoramento urbano criado para atuar como um instrumento de coordenação e gestão da cidade para atendimento rápido de demandas do dia a dia em prol da qualidade de vida e do bem-estar da população. 

O COR atua de forma colaborativa com demais órgãos públicos e apoia projetos de melhoria de diversos setores da vida social, que abrangem os ecossistemas de uma cidade inteligente – mobilidade urbana e monitoramento do trânsito; conectividade e transformação digital; segurança cibernética; educação; descarbonização e eficiência energética; entre outros.

“O COR é um orgulho para o Rio e vem se expandindo cada vez mais. É uma forma de trabalho integrado e transversal que olha para o todo para facilitar a entrega de soluções e melhorar a qualidade de vida à população”, destaca o Coordenador de Cidades Inteligentes, que ainda ressalta o cenário de investimentos para expansão do órgão e incremento da segurança urbana. 

“Atualmente, temos em torno de 3 mil câmeras e vamos chegar logo ao número de 10 mil. Há muitas oportunidades e queremos explorar muita tecnologia e inteligência artificial”, revela. 

Programas de incentivo ao desenvolvimento inteligente e sustentável da cidade

Willington Feitosa ressalta ainda a atuação e o apoio do COR  frente à diversas outras ações de Secretarias da Prefeitura, que focam em projetos de cidades inteligentes e fomentam a valorização e conexão de cidadãos com o trabalho do poder público.

Dentre as iniciativas em foco, destacam-se: Territórios Sociais, Programa Rio+, Desafio COR e o Plano de Desenvolvimento Sustentável e Ação Climática da Cidade do Rio de Janeiro, hub tecnológico Porto Maravalley, que contribuem para o desenvolvimento social, econômico e sustentável da cidade do Rio de Janeiro.

Assista o programa na íntegra aqui.

O IMPACTO DA ECONOMIA COMPARTILHADA PARA A MOBILIDADE URBANA

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Para as cidades, o principal benefício é a diminuição na frota de veículos rodando nas vias, o que ajuda a reduzir o fluxo de trânsito

Quando falamos sobre economia compartilhada com foco em mobilidade, 4 tópicos me vem à mente: benefícios econômicos, sustentabilidade, lazer e percepção social. De todos os pontos, o primeiro a ser considerado em um processo de decisão na escolha por um serviço de mobilidade compartilhada é  o benefício econômico que, certamente,  ainda é o mais forte ou o que tem mais apelo. 

Para as cidades, o principal benefício é a diminuição na frota de veículos rodando nas vias, o que ajuda a reduzir o fluxo de trânsito. Um carro compartilhado retira, em média, de nove a 13 automóveis das ruas, segundo o estudo Shared Mobility, da Universidade da Califórnia. A pesquisa também apurou que 25% dos usuários de carsharing venderam um veículo e outros 25% adiaram a compra de um novo carro.

Para facilitar ainda mais a vida dos usuários, hoje temos o serviço de nanolocação, onde podemos visualizar uma economia muito mais real. Essa é uma modalidade crescente, que preenche todos os benefícios que elenquei no início deste artigo. É mais barato, tira veículos de circulação, pode ser usado para momentos de lazer e também oferece o atrativo da percepção social, já que o usuário pode usar um tipo de veículo que, no dia a dia, não teria acesso, como um Jaguar, por exemplo, que tem carros à disposição para a nanolocação.  

O Flou, app de nanolocação, oferece a chamada ‘Tarifa Especial’, uma tarifa amigável para períodos nos quais o veículo está desligado. O valor praticado para cobrança é de somente 10% do valor do minuto, o que torna o serviço ainda mais atrativo para o usuário. 

Para ilustrar isso tudo, imagine usar a nanolocação para ir com a família ao shopping ou para fazer compras num supermercado, neste cenário, enquanto estiver no lazer ou nas compras a tarifa a ser cobrada será muito menor e não haverá a preocupação de “fazer tudo correndo” para a redução de custos.

Claro que não tem como falar em economia compartilhada, na diminuição de carros nas ruas da zona urbana e até no campo, sem tocar na emissões de gases poluentes que naturalmente são reduzidas. 

Os automóveis são responsáveis por mais da metade da emissão de gases do efeito estufa. Sobre isso, um relatório do IEMA (Instituto de Energia e Meio Ambiente) apontou que os veículos correspondem por 72,6% desses lançamentos de poluentes, gerando um grande impacto no aquecimento global.

Quais os próximos passos?  Certamente essa questão passa pela adesão de empresas e da população. O uso de um mesmo veículo por várias pessoas, sem a propriedade desse carro, que é a essência da mobilidade compartilhada, traz benefícios para o indivíduo, para as empresas e para o planeta. 

É um caminho só de apontamentos positivos, precisa apenas de um engajamento maior. Estudo do World Resources Institute (WRI), aponta que anualmente, pelo menos, 5 milhões de pessoas utilizam o carsharing em todo o mundo como forma de deslocamento urbano. Este número pode e deve ser multiplicado várias vezes para o benefício de todos. 

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autora, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities

CENTRO DE OPERAÇÕES RIO APRESENTA AVANÇOS EM TECNOLOGIA E INOVAÇÃO EM PROGRAMA DO CONNECTED SMART CITIES

O Programa Cidades, Café e Prosa apresenta cenários e perspectivas de transformação das cidades brasileiras em cidades mais inteligentes, conectadas e sustentáveis.

Inaugurado em 2010, o COR é o maior centro de monitoramento urbano da América Latina e é responsável pelo lançamento de ações, projetos e tecnologias de ponta que fortalecem o potencial em smart city da cidade carioca.

O que vem tornando o Rio de Janeiro uma cidade cada vez mais inteligente e sustentável? Considerada uma das 10 cidades mais inteligentes do Brasil, segundo o último levantamento do Ranking Connected Smart Cities, e reconhecida com o Selo Ouro na promoção de boas práticas em cidades inteligentes, pelo mais recente estudo do Selo CSC, a cidade carioca vem protagonizando um conjunto de ações que a tornam cada vez mais inteligente, resiliente e sustentável.

Para apresentar esse cenário de avanços, Willian Rigon, sócio-diretor de Novos Negócios da Plataforma Connected Smart Cities, conversou com Willington Feitosa, Coordenador de Cidades Inteligentes da Prefeitura do Rio de Janeiro, na manhã desta segunda-feira, 7 de agosto, em nova edição do Programa Cidades, Café e Prosa.

LIVE DE LANÇAMENTO DA 2ª EDIÇÃO DO CSC GOV TECH EM SÃO PAULO

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Uma realização da Plataforma Connected Smart Cities, o evento é o maior encontro de soluções digitais para o setor público e será divulgado oficialmente nesta terça-feira, dia 8 de agosto, a partir das 15 horas, no Canal YouTube CSC.
Neste ano, a iniciativa contará com a parceria do Estadão, veículo referência no papel de difundir conteúdos sobre tecnologia, economia e mercado financeiro.

Para a construção de cidades do futuro, mais inteligentes e conectadas, o desenvolvimento de uma cultura de inovação é fundamental. Neste âmbito, a transformação digital do setor público é o principal desafio contemporâneo para os gestores brasileiros. Para debater esta realidade e buscar soluções tecnológicas para acelerar esse processo de transição digital de organizações, visando uma melhor prestação de serviços à população, a Plataforma Connected Smart Cities criou o CSC GovTech.

Lançado neste ano, o CSC GovTech é um evento presencial cujo objetivo é proporcionar espaços para integração e estimular a inovação no setor público. “A iniciativa foi pensada justamente para incentivar prefeituras, secretarias, poder público em geral, a reformularem, transformarem suas políticas e ações focadas no cidadão, a partir de uma prestação de serviços mais prática e ágil em prol da construção de cidades mais inteligentes, conectadas e humanas ”, explica a CEO e idealizadora da Plataforma Connected Smart Cities e do CSC GovTech, Paula Faria.

Nesta edição, o evento contará com a parceria do Estadão, veículo tradicional de jornalismo e com notória credibilidade no mercado de comunicação. “Em um cenário em que o incentivo do crescimento de govtechs no Brasil é essencial para a construção de cidades mais conectadas, resilientes e inclusivas, participar da realização deste grande encontro é uma experiência única e de grande aprendizado também”, Daniel Canello, Diretor do Estadão Blue Studio.

Para saber mais sobre o CSC GovTech, ler notícias sobre o ecossistema, visualizar vídeos exclusivos e acessar conteúdos sobre a última edição do evento, confira o portal oficial e o Canal do YouTube da Plataforma Connected Smart Cities.

Live contará com convidados especiais

A transmissão da live terá a participação da Paula Faria, idealizadora da Plataforma Connected Smart Cities e do CSC GovTech; representantes de organizações parceiras da Plataforma CSC, que também são apoiadoras do evento: Jamile Sabatini Marques, Diretora do Think Tank e Diretora de Inovação e Fomento da Think Tank da ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software); Guilherme Dominguez, CEO e Cofundador da BrazilLAB; Johann Dantas, Presidente da ANCITI (Associação Nacional das Cidades Inteligentes, Tecnológicas e Inovadoras) e Antonio Carvalho, Secretário-Presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Presidente da Prefeitura de Maceió e Fórum Inova Cidades.

Acompanhe a transmissão ao vivo nesta terça-feira, dia 8 de agosto, a partir das 15 horas, no Canal da Plataforma Connected Smart Cities.

1ª edição recebe presença de grande público
Na estreia do CSC GovTech, em abril deste ano, foi recebida a presença de grande público, totalizando mais de 800 participantes, incluindo palestrantes, reunindo assim atores estratégicos da comunidade GovTech no Brasil. 

A programação abrangeu uma abertura oficial, 17 painéis temáticos, apresentados em 6 palcos interativos, totalizando uma produção de mais de 25 horas de conteúdo exclusivo envolvendo aspectos, soluções e estratégias de conectividade, integração e transformação digital para o aperfeiçoamento de gestões públicas, tornando-as mais inovadoras e de qualidade. 

Save the date 2024


2ª edição do CSC GovTech
Data: 29 de abril de 2024
Local: Centro de Convenções Frei Caneca (27).

Aguarde mais informações!

PEDALA MACAÉ OFERECE OFICINA DE ELABORAÇÃO DE PROJETOS

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Escrever projetos para concorrer a editais requer técnicas e habilidades, essas que muitas vezes podem ser desclassificatórias.

Pensando em deixar o assunto mais claro e aprimorar ideias de escrita, o Instituto Aromeiazero em parceria com a Coordenadoria das Juventudes de Macaé, irá promover no próximo dia 10, às 19h, uma oficina de escrita de projetos para editais. O papo irá acontecer no Bicibase, localizado na Rua Cento e Sete, 39, no Parque Aeroporto. A ação faz parte da programação do Bicibase Convida, feito pelo Aro com o patrocínio da Foresea.

O edital da Bikeatona, maratona de inovação social do Instituto é um dos projetos que estão com inscrições abertas. Esse e tantos outros precisam que os interessados consigam expor, de maneira clara, objetiva e organizada, suas ideias. Inclusive, para tornar a jornada ainda mais acessível, não é obrigatório ser formalizado ou ter CNPJ para se inscrever na Bikeatona. Os grupos inscritos deverão ser representados por um de seus integrantes (maior de 18 anos), que terá a inscrição registrada no seu CPF e o recurso do prêmio depositado na sua conta, caso a proposta seja selecionada. Terão prioridade proponentes que tenham residência/sede em Macaé, atuação ou conhecimento do município.

O edital está disponível no site e as inscrições poderão ser feitas até 13 de agosto. Em caso de dúvida, entre em contato pelo email: pedalamacae@aromeiazero.org.br ou pelo Whatsapp: (22) 99835-4985.

Sobre o Aromeiazero 

O Instituto Aromeiazero é uma organização sem fins lucrativos que utiliza a bicicleta para reduzir as desigualdades sociais e contribuir para tornar as cidades mais resilientes. O Aromeiazero conta com o patrocínio institucional do Itaú Unibanco, além de leis de incentivo, sendo grande parte das ações em periferias e comunidades vulneráveis. Desde 2011, as iniciativas do Aro promovem uma visão integral da bicicleta, potencializando expressões culturais e artísticas, geração de renda e hábitos de vida saudáveis.

Para maiores informações: https://www.aromeiazero.org.br/.

Fonte: Imprensa Aromeiazero

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BORDEAUX APOSTA NA MOBILIDADE E É ELEITA CIDADE MAIS ‘VERDE’ DA FRANÇA

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Pesquisa do Le Parisien avaliou 450 cidades francesas quanto a transportes, emissão de poluentes e outros pontos. Com alta no número de ciclistas, Bordeaux sai à frente

Vitrine internacional do vinho francês, a cidade portuária de Bordeaux acaba de colher outro fruto de prestígio: foi eleita a cidade da França onde se vive de maneira mais sustentável.

Transporte por VLT e incentivo à bicicleta: critérios considerados para o 1º lugar de Bordeaux. Foto: Cidade de Bordeaux

O levantamento foi feito pelo jornal Le Parisien em cerca de 450 cidades francesas com mais de 20 mil habitantes, e foram adotados na avaliação critérios como habitação, transportes e emissão de gases de efeito estufa. Destes, foram os avanços em mobilidade o que mais contou para que a cidade com a população equivalente à de Macaé, no norte fluminense, ganhasse o título de mais verde da França.

Nos últimos dois anos, a cidade ampliou a rede de ciclovias e viu o número de ciclistas acelerar. Crianças recebem aulas de educação no trânsito e os habitantes têm um sistema de empréstimo de bicicletas, além de uma oferta considerável de transporte coletivo limpo. O engajamento em torno de um estilo de vida mais ecológico parte de moradores, assim como de empresários e do poder público.

Bordeaux viu o número de ciclistas avançar 20%, enquanto que a circulação de carros caiu 4% nos últimos dois anos. Hoje é a segunda cidade com maior número de ciclistas da França (atrás de Paris) e a 12ª no mundo. A rede de ciclovias na Grande Bordeaux chega a 1.400 km.

Mas engana-se quem imagina que o ciclista está livre de obstáculos na cidade. A professora de ginástica Myriam Bée, que trocou o carro pela bicicleta elétrica, reclama dos buracos e das tampas de esgoto das quais tem de desviar no caminho para o trabalho. “As pistas ainda não foram inteiramente desenvolvidas para quem anda de bicicleta (…) E a cidade também precisa de mais árvores”, reivindica. Ela leva a filha Anaïs, de 11 anos, na garupa da sua bike até a escola que a menina frequenta, e onde tem aulas de educação no trânsito para ciclistas.

BlueCub, serviço de compartilhamento de carros elétricos de Bordeaux. Foto: Visite Bordeaux

Transporte não poluente

Com transporte coletivo majoritariamente limpo, Bordeaux tem ainda uma rede de quatro linhas de bonde elétrico. Atualmente, 80% da frota de ônibus funciona à eletricidade e a gás e a previsão é de que, nos próximos dois anos, o restante deixe completamente o diesel.

Para estimular a circulação por veículos menos poluentes, a prefeitura reduziu a velocidade em 89% das vias da cidade para 30 km/h, universalizou o estacionamento pago para carros e começou obras para ampliar calçadas e parkings para duas rodas. Além disso, desde 2014 mantém um serviço de compartilhamento de carros elétricos, o BlueCub.

“Bordeaux se construiu em torno do carro e estamos mudando essa lógica, tentando dividir de forma mais justa o espaço entre ciclistas, pedestres e motoristas”, defende o adjunto do prefeito para Natureza e Cidades Pacificadas, Didier Jeanjean.

A prefeitura publicou ainda um plano de Transição Ecológica e Social, que relaciona as suas ações aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), definidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). Nele, diz contribuir, em especial, para o uso de energias renováveis e para a luta contra às mudanças climáticas.

Cidade sustentável

Segundo o levantamento do Le Parisien, Bordeaux é também a cidade francesa com menor emissão de gases de efeito estufa. Na lista de qualidades urbanas feita pelo jornal, estão citados, entre outros, os novos bairros ecológicos, organizados segundo o conceito de desenvolvimento sustentável – que inclui transporte coletivo, triagem de lixo, tratamento da água da chuva e construções que seguem normas para limitar as emissões.

Fonte: Mobilize