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CONSÓRCIO LUZ DE ANGRA DESENVOLVIDO PELA HOUER CONCESSÕES VENCE LEILÃO PARA ILUMINAÇÃO PÚBLICA DO MUNICÍPIO FLUMINENSE

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Com deságio de 31%, a parceria público privada é uma das maiores já assinadas para o munícipio até hoje, sendo o 1º leilão realizado no país após a pandemia da Covid-19

No dia 08 de maio último, foi conhecida a vencedora do Leilão PPP de Iluminação Pública de Angra dos Reis. O consórcio Luz de Angra vai gerir pelos próximos 15 anos todo o parque de iluminação pública do município, modernizando em 100% a rede. O consórcio vencedor foi formado pelas empresas Enel X, Mobit e Selt. Este foi o primeiro leilão realizado desde que a pandemia do coronavírus se agravou no país.

O leilão foi às avessas (em deságio, no jargão técnico), e se baseou no valor mensal máximo que a prefeitura estava disposta a pagar mensalmente para que o consórcio gerenciasse a iluminação da cidade ao longo das próximas décadas: partiu de R$ 474 mil mensais. Ao final do pregão, que não contou com lances em viva-voz, o consórcio vencedor ofereceu seus serviços por R$ 327.060,00 mensais, um deságio de 31% em relação ao valor inicial.

“É fundamental neste momento termos ferramentas para movimentar a economia, gerar emprego e renda na região. As Parcerias Público Privadas são um excelente caminho para a retomada econômica do Brasil. Temos certeza de que foi uma decisão acertada da prefeitura”, avalia Thiago Grego, sócio-diretor da Houer Concessões, empresa responsável pelo desenvolvimento dos estudos de modelagem do projeto. 

Segundo Grego, a prefeitura vai conseguir antecipar investimentos na rede de iluminação, que talvez só acontecessem no longo prazo. Angra dos Reis possui 20.564 pontos de luz, entre postes de ruas, parques, monumentos e prédios públicos e o contrato prevê sua modernização em três anos. “Os munícipes terão uma cidade mais bem iluminada, mas segura e mais convidativa ao turista, o que será um incentivo ao desenvolvimento turístico e econômico de Angra”, disse.

“Esse é um ato importante em um momento difícil. Não podemos deixar de pensar na infraestrutura de Angra dos Reis, um dos locais que mais recebe turistas no Rio de Janeiro e, claro, em nossos cidadãos. Sem dúvidas, vão economizar 31% em um serviço melhor, gerando empregos e fomentando a economia local”, pontua o prefeito do município, Fernando Jordão.

Fonte: Houer Concessões

INSTITUTO NÃO ACEITO CORRUPÇÃO LANÇA FERRAMENTA NACIONAL DE DENÚNCIAS SOBRE CRIMES COMETIDOS NA PANDEMIA

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Com livre acesso a todos os cidadãos e fazendo a ponte com o Ministério Público, o Corruptovírus aceita denúncias de desvios, fraudes em licitações, crimes contra a saúde, ordem pública, entre outros ilícitos

O Instituto Não Aceito Corrupção lançuo em 28 de maio uma nova ferramenta de denúncias: o Corruptovírus. A plataforma, que está disponível no site do Instituto, recebe queixas dos cidadãos brasileiros relativas à pandemia do novo coronavírus. Apoiam a iniciativa mais de dez entidades, entre associações de classe, organizações da sociedade civil e movimentos sociais, como por exemplo a Transparência Brasil, Contas Abertas, Transparência Partidária, Ministério Público Democrático e outras.

“A ideia do Corruptovírus é empoderar as pessoas que, nesse momento de isolamento social, se sentem incapazes de agir quando veem desvios, crimes contra a saúde ou ao patrimônio público”, conta Roberto Livianu, Procurador de Justiça no Estado de São Paulo e Presidente do Instituto.

As denúncias apresentadas no Corruptovírus serão enviadas para o Ministério Público, para abertura de inquérito civil ou policial. Antes, porém, passarão por uma triagem técnica interna. Trata-se de uma tríade de membros do MP, que por meio de uma parceria com o INAC fará uma primeira análise sobre a consistência mínima das denúncias.

“O Corruptovírus nasce a partir do momento que observamos a quantidade de casos de desvios, fraudes e suspeitas de crimes durante essa, que é a maior crise sanitária, econômica e social dos últimos cem anos”, conta Livianu. “Entendemos que, como Instituto que combate a corrupção há pelo menos cinco anos, neste país, precisávamos fazer algo pela sociedade civil”, complementa o Procurador.  

Mais informações e como fazer denúncias no site da iniciativa.

Fonte: Assessoira de Imprensa Instituto Não Aceito Corrupção

RANKING CONNECTED SMART CITIES: O DESENVOLVIMENTO DE CT&I NA CIDADE DE CAMPINAS

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A importância da presença de universidades, parques científicos e tecnológicos e institutos de pesquisa para que Campinas pudesse se tornar a cidade mais inteligente do Brasil, em 2019, de acordo com o Ranking Connected Smart Cities.

Cada vez mais aumenta a preocupação em relação a capacidade de instituições acadêmicas quanto geração de novos empreendimentos que possam converter o conhecimento acadêmico produzido em negócios, com o objetivo de acelerar o desenvolvimento socioeconômico. Nesse contexto, a Universidade tem um papel estratégico na consolidação da produção do conhecimento voltada às necessidades e oportunidades do mercado.

Foi principalmente a partir da década de 1990 que teve início a uma tática em que a universidade passava a ser um agente ativo no processo de inovação. Com a região de Silicon Valley se transformando em referência na criação de novas tecnologias, um crescente número de estudantes universitários no mundo inteiro tem buscado capital, por meio de acordos com empresas, se tornando gestores de seus planos de negócios. A Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) também não ficou atrás, nessa mesma década e nas seguintes várias empresas na área de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) foram criadas a partir de iniciativas de seus estudantes, se transformando hoje em empresas de sucesso, como por exemplo a Movile, a CI&T, a Matera, a Dextra e várias outras.

A  UNICAMP sempre buscou o desenvolvimento de cursos que cooperassem para o desenvolvimento de CT&I (Ciência, Tecnologia e Inovação). Inspirada no Parque de Stanford no Silicon Valley, a Universidade criou um Parque Científico e Tecnológico, localizado no seu campus universitário e, como consequência, concentra cada vez mais o conhecimento voltado para o benefício da Região Metropolitana de Campinas.

O desenvolvimento desse parque foi feito a partir da Inova-Unicamp, a Agência de Inovação da Universidade, que facilitou o diálogo entre universidades e empresas. Como resultado da iniciativa, a Região Metropolitana de Campinas se tornou referência para a indústria de tecnologia de ponta, desenvolvida em centros de P&D, que estão constantemente se beneficiando desses centros universitários e de pesquisa.

Com a crise do coronavírus, Campinas passou a ter uma das menores taxas de letalidade, tendo um índice menor que o do Estado de São Paulo e do Brasil. Parte do sucesso da cidade em combater o vírus está no desenvolvimento de novas tecnologias por esses centros universitários e de pesquisa, que desenvolveram mecanismos como o “Mapeamento das Populações mais Vulneráveis ao Coronavírus e das Áreas de Risco de Campinas”.  O mapeamento foi realizado por Pesquisadores do Núcleo de Estudos de População (Nepo) e pela Universidade Estadual de Campinas, possibilitando o auxílio para gestores públicos e empresas a auxiliarem o combate do vírus na área social. 

O Senado aprovou no início da pandemia a produção de equipamentos e materiais como máscaras, álcool gel e até respiradores, pelas instituições públicas de ensino. Com isso, cidades como Campinas, em que existe uma maior infraestrutura para essas instituições, acabam tendo menores taxas de letalidade e uma maior resiliência para lidar com a crise.

Além de se beneficiar de polos universitários, como a Unicamp e a Pontifícia Universidade Católica, Campinas também se beneficia de uma localização favorável. O seu espaço metropolitano oferece economias de aglomeração e sua região industrial gera uma facilidade logística e de distribuição. Além dessas inciativas Campinas abriga mais de duas dezenas de instituições de pesquisa em várias áreas do conhecimento. Uma que se destaca é o Centro Nacional de Pesquisa de Materiais (CMPEM), onde se localiza o SIRIUS, o mais avançado laboratório de pesquisa de sua área no mundo, colocando Campinas e o Brasil na vanguarda da pesquisa de ponta em novos materiais.

Em 2019, a cidade de Campinas foi a primeira colocada no Ranking Connected Smart Cities, que tem como objetivo mapear as cidades brasileiras com o maior potencial de desenvolvimento. A cidade foi destaque no eixo de Economia, Tecnologia e Inovação (1° lugar) e Empreendedorismo (2° lugar), o que evidencia os esforços dos últimos anos na implantação de políticas públicas, planos e projetos que fomentem a busca de conhecimento e inovação.

Nesse cenário, as universidades, os parques científicos e tecnológicos e os institutos de pesquisa na Cidade de Campinas têm se provado empreendimentos que possibilitam o maior desenvolvimento econômico e tem consolidado a região como modelo de polo de CT&I no mundo.

CONHEÇA O RANKING CONNECTED SMART CITIES

O Ranking Connected Smart Cities, foi elaborado em 2015 pela Urban Systems em parceria com a Necta, com o objetivo de reconhecer as cidades do Brasil com grande potencial de desenvolvimento, com mais de 50 mil habitantes, em diversas categorias e que podem se tornar uma cidade inteligente, de acordo com a sua classificação. 

Essa qualificação é feita a partir de 11 eixos temáticos: tecnologia e inovação, mobilidade, empreendedorismo, governança, segurança, urbanismo, meio ambiente, economia, energia, saúde e educação. E 70 indicadores, entre alguns deles estão: automóveis por habitantes, monitoramento de áreas de riscos, despesas com educação, empregabilidade e etc.

A cidade de Campinas se destaca na primeira posição do recorte de Tecnologia e Inovação por possuir 45,7% das conexões de fibra ótica com velocidade superior a 34mbs, ter um quarto dos empregos ocupados por profissionais com ensino médio, possuir 29 ligações de internet para cada 100 habitantes, apresentar 21,9 depósitos de patentes por 100 mil habitantes, além de contar com ambientes de inovação (5 parques tecnológicos e 5 incubadoras de empresa) e apresentar 4,9 de crescimento do número de empresas de tecnologia, mesmo em período de crise econômica.

O Ranking Connected Smart Cities já teve 5 edições e, constantemente passa por adaptações, sempre acompanhando o desenvolvimento do país em questões como urbanização e economia. O Ranking está transformando o modo como as cidades funcionam no Brasil, incentivando a serem mais inteligentes e conectadas umas com as outras. Entenda mais sobre o Ranking Connected Smart Cities e confira mais resultados aqui.

CURIOSIDADE SOBRE CAMPINAS

Você sabia que Campinas é muito maior que vários países pelo mundo? Com 794 km², ela ultrapassa Singapura, que possui 618 km²; Malta, com 316 km²; Maldivas, com 298 km²; Barbados, com 430 km² e cerca de mais 16 países, que ficam no Oriente Médio, na Europa, na Ásia, na Oceania e na América do Norte.

Além disso, você sabia que 9,4% dos empregos formais de Campinas estão nos setores de educação e pesquisa e desenvolvimento? Isso demonstra que a cidade está focada no desenvolvimento de conhecimento, inovação e tecnologias para melhorar a cidade e inovar em muitos mercados.

RADAR CSC

Quer conhecer algumas das iniciativas da cidade de Campinas que vai impulsionar o desenvolvimento de cidades inteligentes?

“A Informática de Municípios Associados (IMA) vai construir a sua nova sede no Polo de Alta de Tecnologia de Campinas, conhecido como POLO I da antiga CIATEC, que foi incorporado recentemente pela IMA. O projeto prevê a construção da sede própria da empresa até o final de 2020 e incentivos fiscais para atrair startups e multinacionais que, juntamente com algumas secretarias públicas e a Central Integrada de Monitoramento de Campinas (CIMCamp), devem ocupar uma área de aproximadamente 300 mil metros quadrados”. (CORREIO, 2019).

Outra ação de destaque é a criação do Hub Internacional de Desenvolvimento Sustentável (HIDS). Uma inciativa que será desenvolvida em uma área adquirida pela UNICAMP anexa ao seu campus. O HIDS faz parte do POLO II de alta Tecnologia de Campinas, vizinho à Unicamp e a PUC Campinas, onde se localizam o CNPEM, CPqD, Instituto Venturus, Data Center do Santander, uma unidade da Cargill e outros atores relevantes. A criação do HIDS impactará também no desenvolvimento do POLO II, que poderá atingir no futuro uma área total de mais 20 quilômetros quadrados, concentrando em um mesmo local empresas, universidades, centros de P&D, moradias, serviços e lazer.

A IMA também irá expandir a rede de wi-fi para mais 20 locais, a fibra óptica irá aumentar de velocidade e serão instalados equipamentos mais modernos. Ou seja, Campinas, além de ser referência na economia, governança, empreendedorismo, também é referência em tecnologia, buscando sempre trazer benefícios e inclusão para todas os cidadãos campineiros.

Bloco #09 | O Novo Marco Legal e a Necessidade de Aperfeiçoamento das Regras Contratuais

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Entrevistados: Guilherme da Rocha Albuquerque, Chefe de departamento da Área de Estruturação de Parcerias de Investimento – BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social / Marcelo Rangel Lennertz, Sócio – Portugal Ribeiro Advogados / Vanessa Tafla, Diretora Jurídica – GS Inima Brasil

Entrevistadores: Mauricio Portugal Ribeiro, Sócio – Portugal Ribeiro Advogados / Luiz Felipe Graziano, Sócio – Giamundo Neto Advogados / Sebastián Butto, Sócio – Siglasul

Questões abordadas:
– Efeitos da distribuição inadequada de riscos dos contratos de concessão. Por que precisamos nos preocupar com isso?
– Aperfeiçoamentos necessários na distribuição de riscos dos contratos de concessão de saneamento e sua contribuição para atingirmos a universalização mais rapidamente

Este bloco é parte da SÉRIE ONLINE – Investimentos no setor de saneamento – O novo marco do setor da plataforma Connected Smart Cities.

Conheça a plataforma: https://www.connectedsmartcities.com.br/
Conheça nossas séries e eventos: https://evento.connectedsmartcities.com.br/
Conheça o Ranking das cidades inteligentes: https://www.connectedsmartcities.com.br/ranking-o-que-e/

PANDEMIA PÕE EM XEQUE MODELO DE GESTÃO E URBANIZAÇÃO DAS CIDADES BRASILEIRAS

O avanço da COVID-19 nas cidades brasileiras escancara problemas estruturais e a necessidade da retomada do planejamento urbano focado em novas centralidades

O modelo de ocupação rápida e desordenada das cidades que provocou um adensamento maior nas áreas centrais em detrimento das áreas periféricas já se mostrou ineficaz a muito tempo. A pandemia provocada pelo novo coronavírus (COVID-19) deixou ainda mais evidente a necessidade de as cidades brasileiras partirem para um novo modelo de gestão e planejamento urbano, focado em diversas centralidades. Desenvolver novas centralidades focadas na oferta de serviços essenciais aos cidadãos, se torna uma necessidade que impacta diretamente na qualidade de vida e saúde pública.

Segundo o CEO da Urban Systems, Thomaz Assumpção, a maneira como as cidades foram planejadas ao longo do tempo sempre foi reflexo das mudanças no comportamento humano, tendências culturais, necessidades básicas, além dos efeitos de grandes crises. “Faz parte do legado que será deixado pela COVID-19, um reflexo muito significativo na maneira de pensar o desenvolvimento urbano. As pessoas vivem um momento de aprendizado enorme no que se refere à redução da mobilidade, a trabalhar em casa, evitar aglomerações e transporte lotado. Isso tudo tem obrigado as pessoas a buscarem soluções próximas à moradia, o que fortalece o conceito de cidades descentralizadas”, comenta.

Essa lógica de que a cidade deve se descentralizar diminuindo a mobilidade urbana já provoca uma aceleração no processo de repensar o desenvolvimento. “O conceito de cidades policêntricas se tornou mais claro agora. É preciso que as cidades possuam vários centros conectados com produtos estruturantes, como a saúde, educação, varejo e lazer. O resultado disso será um novo ciclo de vida que vem após a pandemia, onde essa maneira diferente de viver, morar, a digitalização, o trabalho a distância e as novas centralidades, estarão incorporados à realidade das pessoas”, diz.

PROBLEMAS EXPOSTOS

É fato que nenhum país no mundo estava preparado para lidar com uma pandemia de proporções globais causada por um vírus que tem uma velocidade única de contaminação. No entanto, no Brasil, fica muito evidente a falta de capacidade dos órgãos de saúde pública atenderem a essa demanda intensa. “Agora fica ainda mais óbvio que a infraestrutura urbana não contemplou corretamente a oferta de cuidados com a saúde e a acessibilidade aos serviços não disponíveis próximos às casas das pessoas”.

Outro efeito da falta de oferta de serviços de saúde, é a velocidade com que a COVID-19 está chegando também às pequenas cidades, depois de se disseminar pelas metrópoles e grandes centros urbanos do País. Segundo o Monitora Covid-19, um sistema criado, em 30 de março, por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)*, na última semana de abril e primeira semana de maio, houve um aumento muito grande, em torno de 50% de novos casos, nos municípios que têm até 20 mil habitantes. De acordo com os pesquisadores, o avanço do vírus em direção às cidades menores está ligado à busca por serviços de saúde não disponíveis em suas cidades de origem.

NOVO MODELO DE GESTÃO

O CEO da Urban Systems destaca que todos esses dados aos quais a população está tendo acesso irão obrigar o poder público a repensar seu modelo de desenvolvimento e de gestão. “As pessoas estão entendendo ainda mais as suas dificuldades na prática e irão buscar consistência nos discursos políticos e no que esse gestor fará na prática, o que ele irá deixar para a população após o seu mandato. Por isso os gestores precisarão de uma nova postura que atenda o legado que a COVID-19 irá deixar nas populações”.

Uma das mudanças relativas à gestão irá atingir diretamente a legislação que rege a ocupação e uso do solo das cidades. “As revisões de Plano Diretor deverão ser feitas com mais urgência, não será mais possível esperar 10 anos para cada revisão. Para que o desenvolvimento da cidade atenda de maneira mais eficaz os munícipes, as revisões devem acontecer em um intervalo bem menor de tempo” comenta.

Segundo Assumpção, surgirão novas necessidades de produtos imobiliários que atendam essa expectativa e novo modelo de viver imposto pela passagem do coronavírus. “Os prefeitos precisarão entender que o ciclo de desenvolvimento das cidades que não é político, mas sim de planejamento estratégico para o desenvolvimento sustentável, focado na qualidade de vida, equilíbrio entre moradia, trabalho, saúde, educação e segurança”.

O novo modelo de gestão das cidades também evidencia o protagonismo dos prefeitos e dos governadores na tomada de decisões que atinjam diretamente seus cidadãos. “Os prefeitos e governadores deverão manter a autonomia, para lidar com os seus recursos de forma que atendam especificamente as necessidades de cada cidade ou região. Também serão fundamentais parcerias com o setor privado para preencher a falta de investimento em necessidades básicas evidenciadas pela pandemia”, finaliza.

*Fonte: MonitoraCovid – Fundação Oswaldo Cruz

Fonte: Urban Systems


BYD BRASIL LANÇA DOIS NOVOS MÓDULOS FOTOVOLTAICOS

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Mercado aposta na energia solar com um dos propulsores da economia após a pandemia da COVID-19

A BYD, a maior fabricante mundial de baterias de fosfato de ferro-lítio e de veículos 100% elétricos e gigante do mercado fotovoltaico, investe significativamente na produção de painéis solares no Brasil. Mesmo em meio à pandemia da COVID-19, a empresa aposta na ampliação do mercado e acaba de lançar dois novos painéis: Monocristalino M7K e o Monocristalino Half-Cell MIK.

O módulo Monocristalino M7K 36 passa a ser fabricado e comercializado no Brasil e já está enquadrado no Finame. Este painel possui até 20,2% de eficiência, um diferencial em relação à concorrência. O produto tem potência nominal que vai de 380 a 400w, leve e compacto, facilitando o processo de instalação. Este painel tem aplicações tanto em sistemas residenciais, quanto comerciais, industriais e geração remota. O módulo se aplica em operações on grid e off grid.

Por último, o lançamento que chega da China é o módulo Monocristalino Half Cell MIK- 36 também com potência nominal de 380 a 400W e eficiência de 19,95%. Como no módulo brasileiro monocristalino, as suas aplicações também se adaptam a diversos sistemas residenciais, comerciais, industriais, geração remota, on grid e off grid, ambos com garantia de 10 anos.

A comercialização dos novos módulos no Brasil vai de encontro a uma necessidade real da humanidade: mudar a dependência humana de energias não renováveis para energia limpa.  A missão da BYD é ajudar países e pessoas a superarem a crise energética e reduzirem a poluição ambiental por meio da utilização de fontes renováveis de energia.

“A energia fotovoltaica é a grande aposta global de desenvolvimento econômico social integrado. Hoje, a energia solar é a que mais gera emprego entre as mais diversas fontes de energia do planeta. Não é surpresa que o novo pacto europeu – o European Green Deal – coloca a energia limpa no centro da reconstrução das nações”, afirmou o Diretor de Marketing e Sustentabilidade da BYD no Brasil, Adalberto Maluf.

“Já que investiremos muitos recursos para a reconstrução da economia nacional, é importante que possamos promover uma economia limpa e renovável, e que coloque o Brasil nos rumos da inovação e do desenvolvimento de novas tecnologias visando a economia de baixo carbono. Após a crise da saúde pública, teremos que lidar com a crise econômica, e a energia solar fotovoltaica é a fonte que mais gera empregos entre todas as fontes de energia, além de ser a mais barata ao consumidor”, ponderou Maluf.

No Brasil, uma das grandes apostas para alavancar o mercado solar é o agronegócio. A energia solar fotovoltaica está cada vez mais presente no agronegócio e nas propriedades rurais do País. Segundo dados da Aneel, apenas no primeiro semestre de 2019, foram instalados 32.963kWp, o que representa cerca de 86% do total gerado durante o ano todo em 2018 no setor.

Neste sentido, os painéis e sistemas de armazenamento off-grid da BYD ganham destaque neste mercado graças à qualidade de seus produtos e a sua fábrica instalada em campinas, que garante todo o suporte e manutenção no pós-vendas.  “O setor do agronegócio, por exemplo, tem sido muito beneficiado pelo sistema off-grid, que pode ser instalado onde a concessionária de energia não chega. Além disso, o retorno do investimento é pleno no médio e longo prazo.

“Os produtos comercializados pela BYD no Brasil foram selecionados para atender com qualidade todo o nosso mercado consumidor, com uma gama de painéis que abrangem as mais diversas especificidades de solo e incidência solar no País, de norte a sul”, afirma Adalberto Maluf, diretor de marketing e sustentabilidade da BYD.


Fonte: BYD

TECNOLOGIAS MILITARES AJUDARÃO A DETECTAR PESSOAS COM SUSPEITA DE COVID-19

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Sistema inovador tem apoio da Fapesp e poderá ser usado na identificação de cidadãos com febre em pontos de aglomeração

Um monóculo portátil com visor térmico desenvolvido para as Forças Armadas do Brasil e um sistema que capta diversos comprimentos de onda, usado normalmente por motoristas de veículos blindados do Exército, estão sendo transformados em uma ferramenta para o combate da COVID-19, doença causada pelo novo coronavírus.

Comercializadas atualmente para fins militares pela empresa Opto Space & Defense, as tecnologias são integradas e aprimoradas por meio de um projeto apoiado pelo Programa Fapesp Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (Pipe), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, para ajudar na identificação de pessoas com febre que estejam circulando em locais com grande aglomeração.

O projeto foi um dos seis primeiros selecionados em um edital lançado pelo Pipe-Fapesp em parceria com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), para apoiar o desenvolvimento de produtos, serviços ou processos criados por startups e pequenas empresas de base tecnológica no estado, voltados ao combate da COVID-19.

DISPONIBILIDADE

Segundo estimativas da empresa, o protótipo do sistema deve estar pronto até junho e a tecnologia final deve estar disponível em mais alguns meses.

“A proposta é desenvolver um sistema inteligente de imageamento nos espectros visível e termal que processe dados relativos à identificação de pessoas com febre [um dos principais sintomas da COVID-19] em locais onde há aglomeração, como empresas, escolas, academias e shoppings”, diz Raphael Pereira Moreno, pesquisador responsável pelo projeto, ao boletim Pesquisa para Inovação.

De acordo com Moreno, o sistema de medição de febre será composto por uma câmera termal, responsável pela varredura das pessoas a uma distância de até 12 metros. Ao localizar os pontos corretos de medição da temperatura corporal, como a região dos olhos e das bochechas, um programa embarcado processará, de forma instantânea, as informações.

Ao identificar uma pessoa em estado febril, o sistema emitirá um alerta para os operadores de segurança – que poderá ser sonoro, luminoso ou outro –, para abordagem. Os rostos das pessoas em estado febril identificadas pelo sistema poderão ser consultados pelos operadores de segurança em um monitor convencional.

“Dependendo das necessidades dos clientes, a identificação do estado febril dos frequentadores de um determinado local poderá ser atrelada a algum mecanismo de segurança, como o travamento da catraca de acesso”, afirma Moreno.

Os sensores que serão embarcados no sistema poderão ser ajustados para um intervalo de temperatura entre 35 e 44º C, por exemplo.

DESENVOLVIMENTO INCREMENTAL

Segundo o pesquisador, o desenvolvimento do sistema de detecção de pessoas em estado febril será incremental às tecnologias militares que a empresa sediada em São Carlos, no interior de São Paulo, desenvolve há mais de uma década, baseadas em sensores e câmeras multiespectrais.

Fundada em 1985, como divisão da Opto Eletrônica S/A, desde 2017 a Opto Space & Defense pertence ao Akaer Group. Há mais de 30 anos no mercado nacional e internacional e com uma equipe de especialistas composta por 40 pessoas, a Opto acumulou ao longo dos anos experiência na concepção e fabricação de sistemas optrônicos de alta complexidade, incluindo componentes ópticos de precisão, sistemas eletrônicos de alta confiabilidade, mecânica fina e engenharia de sistemas.

Alguns desses projetos também foram desenvolvidos com apoio do Pipe-Fapesp. A empresa atua ainda em projetos na área espacial, com o desenvolvimento de câmeras de alta resolução para satélites e sistemas de imageamento multiespectral.

“Vamos agora calibrar os sistemas que já temos, desenvolver um gabinete portátil para a instalação das câmeras e otimizar os algoritmos que vão fazer todas as leituras”, diz Moreno.

Além da adaptação tecnológica, que por ser militar também precisa ser simplificada para o uso civil, outros objetivos do projeto são apresentar ao mercado um produto portátil, com fonte de alimentação dedicada e de fácil operação.

Fonte: Governo do Estado de São Paulo


ARTIGO: UMA ESTRATÉGIA PARA O BRASIL DIGITAL

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Avanço para um país mais simples e mais eficiente

Por Paulo Uebel e Luis Felipe Salim Monteiro

Há uma transformação irreversível em andamento que contempla os avanços do mundo atual e as peculiaridades do Estado brasileiro: a transformação digital do governo. Esse é um dos alicerces do projeto governamental que vai revolucionar a forma como o cidadão interage com o governo, gerar economia significativa de recursos públicos e, principalmente, oferecer serviços cada vez melhores a todos os cidadãos brasileiros.

O presidente Bolsonaro lançou uma ousada Estratégia de Governo Digital para o período 2020-2022. As diretrizes seguem os princípios de um governo centrado no cidadão, integrado, confiável, inteligente, transparente e aberto, além de eficiente. A nova Estratégia poderá economizar R$ 38 bilhõesem cinco anos com a eliminação do papel e da burocracia, locação de estruturas e manutenção dessa logística, contratação de pessoal para atendimento presencial, e ainda a redução de perdas com erros e fraudes em serviços públicos.

Somos um país contemporâneo  — a quarta população mais conectada do mundo. O poder público precisa poupar recursos e revertê-los para onde o cidadão mais precisa: saúde, educação, assistência social, previdência, segurança, entre tantos outros prioritários ao bem comum.Cada serviço digitalrepresenta economia de 97% em média em relação ao mesmo serviço presencial. Não fosse toda a comodidade e simplicidade para o contribuinte, essa redução de custo por si já seria razoável argumento para mantermos nosso foco na transformação digital.

A digitalização total dos mais de 3,3 mil serviços públicos até o final de 2022 é imprescindível diante do cenário que se avizinha. Em cinco anos, 40% de todos os funcionários públicos federais poderão estar aposentados. A reposição simples é onerosa e ineficaz.

É urgente que a operação do Estado deixe de ser intensiva em mão de obra para se tornar intensiva em tecnologia. Ao mesmo tempo em que faltam profissionais qualificados, há servidores públicos tratando manualmente os pedidos que poderiam ser inteiramente on-line. A experiência que tivemos em 2019, e agora com a pandemia do coronavírus, potencializa a decisão de não realizarmos mera substituição do quadro funcional. Em vez disso, nos impulsiona a adotar a tecnologia para apoiar a melhoria dos serviços prestados. Os servidores públicos deverão estar,assim, cada vez mais presentes nas funções altamente complexas, onde seu conhecimento possa ser aproveitado e reconhecido ao máximo.

A pandemia e as consequências do isolamento social de parte da população acelerou ainda mais a digitalização de serviços públicos. Dos 676 serviços do governo federal transformados em digitais desde janeiro do ano passado, 161 foram entregues ao público em 2020, com destaque para a o auxílio emergencial de R$ 600. Neste caso, as tecnologias digitais permitiram  — em menos de 30 dias  — o cadastro, o cruzamento de dados e o pagamento deste necessário apoio aos trabalhadores informais e demais vulneráveis neste momento de crise.

A Estratégia foi debatida com 150 especialistas de 32 organizações públicas e privadas. Houve, ainda, 320 contribuições recebidas em consulta pública para que pudéssemos esboçar um documento abrangente em suas metas. Um dos objetivos mais arrojados é o lançamento de uma Identidade Digital, plataforma segura e abrangente, que reduzirá o risco das transações on-line, economizando R$ 360 bilhões em fraudes, e permitirá a inclusão financeira de 40 milhões de brasileiros.

As pessoas Brasil afora precisamacessar serviços e informações confiáveis, seguros e de qualidade em qualquer lugar e a qualquer hora. Ao integrarmos as plataformas e dados em âmbito federal, estadual e municipal, conseguiremos oferecer uma experiência única de governo para cidadão.

A transformação digital dos serviçospúblicos é o caminho para uma sociedade moderna, desburocratizada, que foca na simplicidade, agilidade e facilidade nas relações com o Estado.

Confira os avanços e a estratégia digital em gov.br/governodigital.

Paulo Uebel é secretário Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, e Luis Felipe Salim Monteiro é secretário de Governo Digital do Ministério da Economia

Fonte: O Globo

PROJETO DE SANEAMENTO DEVE SER PRIORITÁRIO APÓS A CRISE

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Pesquisa realizada pelas consultorias CG/LA Infrastructure e GO Associados indica que segmento tem forte potencial para atrair investimentos neste ano

O saneamento básico deve ser a prioridade neste ano para que a economia brasileira volte a crescer, segundo executivos e analistas do setor de infraestrutura ouvidos pelas consultorias CG/LA Infrastructure e GO Associados.

O levantamento, realizado ao longo do mês de abril, ouviu 116 agentes do setor no país, entre concessionárias, fornecedores, bancos, fundos, órgãos públicos, advogados e consultores.

Questionados sobre as iniciativas mais importantes para sair do papel ainda em 2020, os projetos de água e esgoto apareceram em 41 das respostas no primeiro lugar da lista de prioridades, bem à frente dos projetos rodoviários, que foram apontados como os mais relevantes por 11 dos consultados.

Entre as justificativas apresentadas, estão a forte carência do país em saneamento, e o potencial de gerar empregos e renda de forma descentralizada no país, em escala municipal.

Uma das vantagens das concessões de água e esgoto é que os projetos podem ser viabilizados sem necessariamente atrair grandes grupos internacionais, avalia Anand Hemnani, sócio da CG/LA. “Há muitas empresas menores, nacionais, capazes de realizar os projetos, que em geral são menos intensivos em capital do que os de outros setores, como energia elétrica”, afirma.

Para ele, esse fator é relevante diante de um novo cenário global, de maior aversão ao risco e dificuldade de atrair capital estrangeiro. “Muitas empresas internacionais que avaliam investir no Brasil agora vão ter mais projetos em seus mercados internos. Vários países vão lançar pacotes de estímulo à infraestrutura para impulsionar a economia”, diz.

O fato de o novo marco legal do saneamento básico estar travado no Congresso Nacional não necessariamente impedirá os investimentos no curto prazo, segundo Fernando Marcato, sócio da GO Associados.

As novas regras em discussão buscam dar mais segurança jurídica e ampliar a privatização no mercado, hoje dominado por estatais. No entanto, com a pandemia e a proximidade das eleições municipais, a perspectiva de uma aprovação do projeto de lei se tornou mais distante.

“O novo marco é importante, mas não é a única medida para estimular investimentos”, diz. Para ele, a questão regulatória não é tão relevante porque seu impacto prático já se daria no longo prazo de qualquer forma.

Isso porque 65% dos contratos públicos de saneamento têm vigência de dez anos ou mais, segundo pesquisa da GO Associados. Ou seja, só depois desse prazo poderia haver uma nova licitação. Além disso, a lei prevê a possibilidade de renovação dos acordos por mais 30 anos, o que pode prolongar o domínio estatal por ainda mais tempo.

A solução, avalia Marcato, são as concessões que permitem a parceria de operadores privados com as estatais. É essa a linha que têm seguido os projetos de desestatização estruturados pelo BNDES, como os de Alagoas, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Neles, a companhia estadual delega ao parceiro privado uma parte de sua operação por um prazo determinado, viabilizando os investimentos sem perder total controle.

Fora os projetos estaduais que estão na carteira do BNDES, há dezenas de projetos de menor porte em curso nas cidades e Estados. Em 2019, foram iniciados 51 projetos do setor, e, até o fim do ano, havia dez licitações em curso, segundo dados da Radar PPP.

Além do saneamento, o levantamento feito pelas consultorias também trouxe diversos projetos de rodovias e ferrovias como prioritários pelos consultados. Nas justificativas, há diversos pedidos pela melhoria na logística de transportes do país.

Perguntados sobre a fonte dos recursos para os projetos de infraestrutura, a maior parte (65,5%) dos consultados defendeu uma combinação entre investimentos públicos e privados. Para 28,5%, a retomada deve vir por meio do setor privado, com concessões e privatizações. Apenas 6% apontaram apenas o setor público como fonte para os recursos.

Fonte: Valor

PANDEMIA EXPÕE INVISIBILIDADE DAS COMUNIDADES CARENTES BRASILEIRAS E EXIGE MAIOR ATUAÇÃO DO PODER PÚBLICO

Com dificuldade de acesso aos serviços básicos providos pelo Estado, moradores das mais de 13 mil comunidades carentes no Brasil buscam suas próprias soluções para conter o vírus e ajudar sua população

O mundo passa por uma crise sem precedentes que tem exposto problemas estruturais e exigido soluções imediatas dos gestores públicos, do setor privado, além da colaboração da população. No Brasil, a pandemia causada pelo novo coronavírus (COVID-19) trouxe à tona a desigualdade social e levantou uma questão ainda mais importante para a vida nas cidades: como conter o avanço do vírus e oferecer soluções à população das comunidades carentes?

Segundo levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)* divulgado no último dia 19 de maio, o Brasil possui 5.127.747 domicílios em aglomerados subnormais, conhecidos por várias denominações, de acordo com a região, como: favela, invasão, grota, baixada, comunidade, mocambo, palafita entre outros. A pesquisa apresenta também, as distâncias entre as comunidades e unidades de saúde.

Dos 13.151 aglomerados subnormais do País, somente 827 (6,29%) estavam a mais de cinco quilômetros de unidades de saúde com suporte de observação e internação. No entanto, a pesquisa não investigou se as unidades de saúde próximas de aglomerados possuem estrutura para atendimentos relacionados ao coronavírus.

AUSÊNCIA DO PODER PÚBLICO

Para o enfrentamento da COVID-19, é preciso considerar as características socioeconômicas e geográficas dessas áreas, como a falta ou o acesso limitado ao saneamento e à coleta de lixo, o custo dos produtos de higiene pessoal, o tipo de emprego (trabalho informal, subempregos, empregos com impossibilidade de se trabalhar de casa e vínculos empregatícios mais frágeis etc.).

Outro elemento a ser considerado é a natureza densa e/ou desordenada de boa parte dessas ocupações, o que limita a efetividade da recomendação de isolamento social para enfretamento à pandemia além de ser um limitador de acesso de ambulâncias para casos de maior gravidade. “Os problemas expostos pela pandemia são sistêmicos e integrados. A falta de saneamento impacta diretamente no aumento da mortalidade e as comunidades só existem pela falta de moradia. Estamos lidando com muitos problemas simultâneos em comunidades onde já existe uma ausência muito grande do poder público” comenta o CEO da Urban SystemsThomaz Assumpção.

Segundo Assumpção, a pandemia deverá acelerar o processo de urbanização e auxílio do poder público à população das comunidades carentes. “Precisamos lembrar também que a escassez de moradia se alastra pelo País e já inicia a criação de comunidades não apenas nas grandes metrópoles. Essas, precisam ser integradas ao desenvolvimento urbano e o poder público precisa, em vez de negar, oferecer um plano de ajuda e urbanização delas para atender esses problemas”, explica.

BUSCANDO AS PRÓPRIAS SOLUÇÕES

Enquanto o auxílio mais efetivo do Estado não vem, os próprios moradores das comunidades se mobilizam na busca de soluções. No último dia 24 de abril, o portal de notícias Ecoa, do grupo UOL * reuniu quatro lideranças comunitárias para o debate ao vivo: “Enfrentamento do coronavírus nas favelas brasileiras”, mediado pela escritora e pesquisadora Bianca Santana, colunista do canal. Os entrevistados deram exemplos de como a população de favelas e periferias está se organizando, se informando e criando soluções para poder se alimentar, higienizar e se isolar do coronavírus.

Participaram da conversa, Anna Karla Pereira, cofundadora da Frente Favela Brasil; Christiane Teixeira, líder comunitária de Coroadinho (MA); Gilson Rodrigues, líder comunitário de Paraisópolis (SP) e Isabela Souza, diretora do Observatório das Favelas, que destacaram o fortalecimento de processos comunitários. “Se álcool gel não é uma realidade aqui, então a gente distribui garrafas pet com água e sabão para as pessoas”, disse Anna Karla Pereira, cofundadora da Frente Favela Brasil, organização com atuação a partir das favelas do Coque e Ibura, na capital no Recife (PE).

Outro exemplo vem de Paraisópolis, em São Paulo (SP), onde três ambulâncias foram alugadas (a um custo diário de R$ 5.000) para poder dar conta da demanda não atendida pelo setor público. Já Isabela Souza, nascida e criada na favela da Maré no Rio de Janeiro (RJ) e atualmente diretora do Observatório de Favelas, explica que a organização mantém conversas diárias com especialistas para buscar soluções pensando na perspectiva da periferia. “Na medida em que uma favela chega a ser uma cidade, por mais que as comunidades busquem e se empenhem em soluções importantes, não só em tempos de pandemia, mas com projetos voltados à arte e ao esporte, sem uma intervenção externa não é possível resolver todos esses problemas. Portanto é necessário um esforço conjunto do poder público, com auxílio do privado, para acelerar a urbanização e inclusão dessas comunidades na vida das cidades”, finaliza Assumpção.

Fontes: IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ; “Enfrentamento do coronavírus nas favelas brasileiras” – Ecoa/UOL

Fonte: Urban Systems