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ESPECIALISTAS ANALISAM A TRAJETÓRIA RECENTE DE INSERÇÃO INTERNACIONAL DO BRASIL

Quatro especialistas em assuntos internacionais são os expositores do webinar A Inserção do Brasil no Sistema Internacional – Econômica, Política e Climático Ambiental, programado para 25 de junho, 9h30, com transmissão ao vivo pela internet.

O evento faz parte do projeto “Brasil como uma Variedade de Democracia de Mercado Emergente – Entre a Agenda Democrática e a Agenda da Globalização, liderado pelos cientistas políticos Lourdes Sola e Eduardo Viola no Núcleo de Pesquisa de Políticas Públicas (NUPPs), sediado no IEA.

Os expositores serão: Celso Lafer, professor emérito da USP, conselheiro do IEA, ex-presidente da Fapesp e ex-ministro das Relações Exteriores; Rubens Ricupero, ex-embaixador do Brasil nos EUA e ex-ministro da Fazenda e do Meio Ambiente; Otaviano Canuto, membro sênior do Centro de Políticas para o Novo Sul, Marrocos, e ex-diretor executivo do Bando Mundial e do FMI; e Laurence Whitehead, professor sênior da Universidade de Oxford, Reino Unido, e coordenador do Comitê de Pesquisa em Economia Política Internacional da Associação Internacional de Ciência Política (Ipsa, na sigla em inglês). Whitehead falará em inglês, sem tradução.

O encontro debaterá a trajetória de inserção do Brasil no sistema internacional nos últimos anos, em resposta à reconfiguração da agenda da globalização e das assimetrias de poder no sistema internacional. Segundo os coordenadores do projeto, serão abordadas as dimensões econômica, política e climático ambiental, à luz das seguintes questões de fundo:

  • A estagnação da economia brasileira no período 2014-2021 é parte de um processo de decadência secular, que data da década de 1980 (com o intervalo do superboom de commodities) ou é apenas uma conjuntura adversa prolongada?
  • Como explicar o crescente protagonismo político do Brasil no sistema internacional no início do século 21?  Respondia a causas profundas, multidimensionais, associadas à democratização, à defesa incisiva do multilateralismo e às reformas econômicas pró-mercado –  e ao ativismo da diplomacia presidencial – ou seria resultante do fortalecimento temporário da economia, induzido pelo boom das commodities?
  • Em que medida a complementariedade entre as economias brasileira e chinesa deverá assumir contornos de dependência política?
  • Na literatura acadêmica internacional e nacional sobre o papel do Brasil na arena da mudança climática existem basicamente quatro caraterizações: ator irresponsável, ator errático, protagonista importante e líder. Qual dessas caracterizações seria a mais apropriada? Em que medida a dramática queda do preço da energia solar poderá produzir um crescimento sustentado dessa fonte na matriz energética, de modo a prevalecer sobre as forças inerciais ligadas a combustíveis fosseis e hidroelétricas?

ABES CRIA GRUPO DE TRABALHO PARA DISCUTIR CYBERSECURITY

Além de discutir as melhores práticas, associação pretende aumentar interlocução com governo sobre o tema

A ABES – Associação Brasileira de Empresas de Software – para atingir seu propósito de construir um Brasil Mais Digital e Menos Desigual, criou um novo Grupo de Trabalho com seus associados para debater o tema Cybersecurity. O primeiro encontro aconteceu no dia 9 de junho, e trouxe como coordenadores os executivos Márcio Gonçalves, diretor de assuntos corporativos da Microsoft; e Afonso Lamounier, vice-presidente para assuntos corporativos e relações governamentais para Brasil e América Latina da SAP.

“Cybersecurity é um tema que está ganhando uma grande atenção e a ABES está sendo um terreno fértil para contribuir e colocar todos os associados na mesma página. Esse debate tem uma importância grande para o setor, e não só para as empresas individualmente, porque a ABES representa mais de 2 mil empresas, tanto no Brasil quanto fora. Esse é um canal aberto para gente discutir ideias e trazer temas e acho que o objetivo é aumentar o entendimento, a nossa segurança em termo de cyber e a nossa interlocução com o governo num tema que ainda é complexo”, explica Lamounier.



“Na Microsoft, nós temos essa preocupação já faz uns anos e acreditamos que essa iniciativa da ABES é de extrema importância porque quanto mais parceiros tivermos será melhor para as nossas discussões e no fomento de ideias. Nós queremos debater e levar as melhores práticas para o mercado”, afirma Márcio Gonçalves.

O encontro faz parte das iniciativas da ABES para discutir temas de relevância nacional com os seus associados e tem como objetivo estabelecer um importante espaço para discussões internas e acompanhamento de regulamentações específicas, engajamento com stakeholders, além de fomentar a troca e difusão de informações entre associados e os mais diversos segmentos da sociedade.

Sobre a ABES

ABES, Associação Brasileira das Empresas de Software, tem como propósito contribuir para a construção de um Brasil mais digital e menos desigual, no qual a tecnologia da informação desempenha um papel fundamental para a democratização do conhecimento e a criação de novas oportunidades para todos. Nesse sentido, tem como objetivo assegurar um ambiente de negócios propício à inovação, ético, dinâmico, sustentável e competitivo globalmente, sempre alinhado a sua missão de conectar, orientar, proteger e desenvolver o mercado brasileiro da tecnologia da informação.

Desde sua fundação, em setembro de 1986, a ABES busca ser relevante para seus associados e referência nacional e internacional do setor de tecnologia. Recentemente, a entidade lançou em parceria com a EY, o diagnóstico LGPD, ferramenta on-line gratuita e o índice LGPD/ABES, com o objetivo de ajudar as empresas a analisarem seu nível de adequação perante a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados). Com a base nos mais de 3 mil diagnósticos realizados, o índice LGPD ABES, apontam que cerca apenas 40% estão em conformidade com a LGPD, mais detalhes acesse: https://diagnosticolgpd.abes.org.br/.

Atualmente, a ABES representa aproximadamente 2 mil empresas, que totalizam cerca de 85% do faturamento do segmento de software e serviços no Brasil, distribuídas em 22 Estados brasileiros e no Distrito Federal, responsáveis pela geração de mais de 208 mil empregos diretos e um faturamento anual da ordem de 63,7 bilhões em 2019.

NOVO MARCO LEGAL DAS STARTUPS E O IMPULSO AO “SANDBOX REGULATÓRIO” NO BRASIL

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Inspirado em modelo britânico, instrumento já é realidade no Brasil e promete contribuir à construção de um Estado cada vez mais amigável à inovação

O ecossistema brasileiro de inovação comemorou, no dia 1.º de Junho, a sanção da Lei Complementar n.º 182/21, que instituiu o novo Marco Legal das Startups e do Empreendedorismo Inovador, após intensos e longos debates na Câmara e no Senado, que acabaram por desidratar determinados aspectos do texto original – especialmente quanto às “stock options” e questões fiscais que geraram certa polêmica na tramitação do PL.

Dentre os pontos que passaram ilesos, julgo relevante destacar – e tenho visto, por enquanto, poucos holofotes sobre isso, em que pese seu alto grau de disrupção sobre inúmeros setores, inclusive das Cidades Inteligentes – a institucionalização, em Lei, do instrumento do “Sandbox Regulatório” – ou “ambiente regulatório experimental” –, definido como “conjunto de condições especiais simplificadas para que as pessoas jurídicas participantes possam receber autorização temporária dos órgãos ou das entidades com competência de regulamentação setorial para desenvolver modelos de negócios inovadores e testar técnicas e tecnologias experimentais, mediante o cumprimento de critérios e de limites previamente estabelecidos pelo órgão ou entidade reguladora e por meio de procedimento facilitado”.



A ideia de criar “caixas de areia” para isolar modelos inovadores da “regulação tradicional” (que, muitas vezes, não dialoga com a ideia inovadora, e pode exterminá-la antes mesmo de seu amadurecimento) surgiu em 2016, no Reino Unido, por iniciativa do FCA – Financial Conduct Authority –, órgão regulador do sistema financeiro britânico. Desde então, mais de trinta países, incluindo o Brasil, seguiram o exemplo e disciplinaram as condições para enquadramento de empreendimentos inovadores em Sandbox Regulatório.

No Brasil, em que pese o tratamento legal do tema somente ter vindo com o Marco Legal das Startups, publicado na semana passada, diversos entes reguladores já vêm operando seus ambientes experimentais desde o início de 2020. É o caso do próprio Banco Central (BACEN), que disciplinou no ano passado seu primeiro Sandbox (Resolução BCB n.º 50/2020); a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), com regulamentação pela Instrução CVM 626/2020; e a Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), que foi a primeira a instituir oficialmente um programa de Sandbox Regulatório no Brasil e já está com o primeiro ciclo em pleno desenvolvimento.

Mas não é somente para os típicos “setores regulados” que o instrumento do Sandbox tem se mostrado de grande utilidade. Diversos Municípios brasileiros já vêm trabalhando o conceito de “Sandbox para Cidade Inteligente”, por meio do qual uma ou mais áreas (ruas, bairros etc.) são enquadradas como áreas de testes para receberem soluções inovadoras ainda não disciplinadas pela regulação/regulamentação municipal, ou mesmo que estejam em colisão com tais normas.

Sandbox e Cidades Inteligentes

Quando transportado o conceito de Sandbox ao universo das Cidades Inteligentes, tem-se uma sensível ampliação no espectro das experimentações, por uma razão bastante simples: as condutas e serviços que caracterizam uma Smart City são absolutamente multidisciplinares, passando por mobilidade urbana, iluminação pública, segurança, gestão de resíduos, abastecimento de água, esgoto etc. E em todas estas “verticais” de uma Cidade Inteligente, é bastante comum que determinadas soluções (a exemplo dos polêmicos patinetes elétricos, recentemente, ou lixeiras públicas baseadas em IoT) “esbarrem” em normas antigas, algumas até obsoletas, quando de sua oferta à população.

Isso porque a velocidade da Quarta Revolução Industrial se mostrou, nos últimos anos, infinitamente superior à do Estado regulador, a ponto de, em algumas Cidades, modais “dockless” estarem submetidos a normas das décadas de 70, 80, absolutamente incompatíveis com tais modelos de negócio, e com potencial de exterminá-los, tamanha a insegurança jurídica proporcionada.

Afinal, qual investidor se sentirá motivado a arriscar seu capital em uma mobitech que, de uma hora para outra, pode ter seus patinetes elétricos recolhidos das ruas, sob o argumento de incompatibilidade com a regulamentação vigente?

Vale dizer que o problema que o Marco Legal das Startups buscou resolver não está somente na desatualização ou obsolescência das normas (ou seja, na “velocidade” com que o Estado responde à evolução tecnológica), mas à sua habilidade de interpretar essa (r)evolução e proporcionar adequada atualização das normas legais e infralegais. Nesse sentido, é fato que a superação das barreiras legislativas e regulatórias para tornar as cidades brasileiras verdadeiramente inteligentes passa, necessariamente, pela redução da assimetria de conhecimento entre o Poder Público e o ecossistema da Quarta Revolução Industrial, e não há outro caminho para isso, senão a experimentação de soluções em nível local.

Ambientes Sandbox para Cidades Inteligentes surgiram exatamente neste contexto. Buscam ressignificar a relação entre regulador e regulado, entre público e privado, mediante o consenso de que as decisões e políticas públicas em torno de temas urbanos inéditos só serão acertadas se atingido certo nível comum de conhecimento, por parte de todos os atores que participam do processo de inovação na cidade.

Contribuição à inovação

Proporciona-se no Sandbox, assim, as condições técnicas e jurídicas para que soluções “smart” de interesse municipal sejam de fato experimentadas em ambiente urbano real, e tenham seus impactos – positivos e negativos – avaliados e sopesados antes da tomada de decisão estatal, seja ela legislativa, regulatória ou de contratação pública em larga escala.

As vantagens não se restringem somente ao Poder Público. Desenvolvedores e fornecedores das soluções disruptivas encontram nos Ambientes Sandbox oportunidade única para o aprimoramento de seu produto e seu modelo de negócio, a partir das interações junto ao gestor do ambiente – e potencial contratante –, ao longo do ciclo de experimentações.

Cinco Municípios brasileiros já possuem Sandbox para Cidade Inteligente instituído (Foz do Iguaçu/PR, Petrolina/PE, Distrito Federal, Londrina/PR e Francisco Morato/SP), e outras duas capitais (Curitiba/PR e Macapá/AP) encontram-se em processo de instituição.

Sem dúvidas, o tratamento legal do Sandbox pelo Novo Marco Legal das Startups impulsionará cada vez mais entes reguladores, em todos os níveis – federal, estadual ou municipal –, ao estabelecimento de modelos amigáveis à inovação, que reconheçam a necessidade de mudança de postura do Estado regulador num cenário em que a disrupção se tornou rotina – e não pede licença.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities  

PUBLICADA LEI QUE DETERMINA REPASSE DE R$ 3,5 BI PARA ENTES APLICAREM EM INTERNET PARA ALUNOS DA REDE PÚBLICA

Lei 14.172/2021, que destina repasse de R$ 3,5 bilhões para investimentos no acesso à internet de alunos e professores da rede pública de ensino, foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira, 11 de junho. A medida só foi possível após os parlamentares derrubarem o veto do presidente Jair Bolsonaro ao projeto que originou a nova legislação.

A Lei estipula entre as fontes de recursos o Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) e o saldo correspondente a metas não cumpridas dos planos gerais de universalização do serviço telefônico fixo. A medida foi criada para fins educacioanais e para atender alunos e professores com dificuldades de acesso à internet neste período de calamidade pública decorrente da Covid-19.



De acordo com o texto, as transferências da União devem ser feitas aos Estados e ao Distrito Federal em parcela única, até 30 dias após a publicação da Lei. Os recursos serão descentralizados para os Entes estaduais de acordo com o número de professores e de matrículas que cumpram os requisitos previstos. Os Estados poderão atuar em regime de colaboração com os Municípios.

Serão beneficiados com a proposta alunos da rede pública de ensino de Estados, de Municípios e do Distrito Federal que façam parte de famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). Além disso, valerá para os estudantes matriculados em escolas das comunidades indígenas e quilombolas e professores da educação básica da rede pública de ensino.

A Confederação Nacional de Municípios (CNM) destaca a importância da nova legislação e relembra que foi favorável à derrubada do veto. Para a entidade, dotar as escolas públicas de equipamentos e de internet em banda larga é estratégia fundamental de combate às desigualdades sociais e de acesso à educação, que foram agravadas durante a pandemia.

Compras

A Lei 14.172/2021 estabelece que, se não houver acesso à rede móvel na região ou a contratação de conexão fixa for mais barata, o acesso à banda larga poderá ser contratado. Os equipamentos poderão ser cedidos a professores e alunos de forma permanente ou temporária, a critério dos governos estaduais.

O valor das compras deverá considerar os critérios e os preços praticados em processos similares. A proposta prevê que empresas privadas possam doar celulares ou tablets por meio de chamamento público ou de manifestação de interesse.

Caberá às secretarias de educação dos Entes – Estados, DF e Municípios – fornecer, às empresas contratadas para o serviço, os dados pessoais de professores e dos pais dos alunos beneficiados. Caso as pastas justifiquem que a medida é essencial para a aprendizagem dos alunos, os Estados poderão contratar serviços de acesso à internet em banda larga para os estabelecimentos da rede pública de ensino.

Da Agência CNM de Notícias

CALOR DO ESGOTO PODE AJUDAR A COMBATER AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS

Denver, a capital do Colorado (EUA) planeja olhar para a recuperação do calor do esgoto como um aliado na luta contra as mudanças climáticas.

O Departamento de Energia dos Estados Unidos estimou em 2005 que os americanos desperdiçaram o equivalente a 350 bilhões de quilowatts-hora (kWh) de energia a cada ano com água quente não utilizada – cerca de 3.000 kWh por residência. Para colocar as coisas em perspectiva, as residências americanas (médias) consomem cerca de 11.000 kWh de eletricidade a cada ano.

Ao reunir o excesso de água quente que flui pelas linhas de esgoto e armazená-la em um poço com temperatura controlada, o calor armazenado pode servir como fonte de energia o ano todo.



 

Recuperação de calor de esgoto

A cidade de Denver planeja explorar essas reservas subterrâneas de calor construindo a maior instalação de recuperação de calor de esgoto da América do Norte – aumentando as opções de energia renovável para combater as mudanças climáticas.

Quando pensamos em energia limpa, geralmente pensamos em geradores eólicos ou painéis solares absorvendo a luz do sol. Mas a energia está ao nosso redor – grande parte dela desperdiçada porque não sabemos como capturá-la. O conceito, chamado de “recuperação de calor de esgoto”, está ganhando forças como uma solução de energia verde.

Ao coletar o excesso de água quente que flui pelas linhas de esgoto de chuveiros, lava-louças, etc. e armazená-la em um poço com temperatura controlada, o calor armazenado pode servir como uma fonte de energia durante todo o ano. Então, uma bomba de calor (que funciona como um ar condicionado reverso) pode aproveitar o calor da água residual para criar energia utilizável novamente.

“Com o advento de bombas de calor em grande escala, podemos usar de maneira econômica, digamos, águas residuais de 70 graus para aquecer nossos edifícios e nossos sistemas de água quente”, disse Shanti Pless, engenheiro do Laboratório Nacional de Energia Renovável, ao NPR.

 

O projeto

Embora os sistemas de recuperação de calor já existam há bastante tempo, Denver planeja levá-lo ao próximo nível, construindo o maior projeto de recuperação de calor de esgoto da América do Norte.

Nos próximos anos, um projeto de remodelação de US $ 1 bilhão transformará o National Western Centre em um local de arte e agricultura, aquecido e resfriado pela água do esgoto enterrado nas linhas de esgoto abaixo. Trocadores de calor irão transportar o calor das águas residuais para diferentes partes do campus através de um circuito ambiente, com uma planta central bombeando água para os prédios, relata o Energy News-Record.

“Estamos tomando decisões de longo prazo para este campus sobre como vamos aquecer e resfriar esses prédios, e há muitas maneiras de fazer isso”, disse o CEO Brad Buchanan, e completou: “Embora possa não parecer muito romântico olhar para as linhas de esgoto sanitário, na verdade, há uma tremenda energia térmica nelas.”

 

Os benefícios

O Centro pode economizar muito quando se trata de impacto ambiental. Mesmo se a água residual for limpa após ser processada por uma estação de tratamento de água, a água quente pode impactar os ecossistemas de rios e lagos quando sai das linhas de esgoto.

Mas com a recuperação do calor do esgoto, não só a água quente pode ser convertida de volta em energia utilizável, como também não altera a temperatura dos corpos d’água próximos.

Apesar de suas conotações sujas, a água de esgoto é na verdade uma fonte de energia limpa; ao contrário do carvão ou de outras formas de energia, não libera dióxido de carbono na atmosfera. O National Western Center estima que a iniciativa economizará toneladas de carbono, relata o NPR.

“Será interessante ver se as pessoas começarão a olhar não apenas onde as linhas de metrô ligeiro ou boas escolas estão localizadas, mas qual é a proximidade de uma grande linha de esgoto sanitário”, disse Buchanan. A proximidade de um grande esgoto pode não ter sido atraente antes, mas Buchanan acha que isso poderia mudar e se tornar atraente para a economia de custos de energia.

Fonte: Freethink – Move the world

Tradução e adaptação: Renata Mafra

MOOVIT PASSA A INFORMAR A LOTAÇÃO DE PONTOS E VEÍCULOS EM TEMPO REAL

Novo recurso usa informações fornecidas e atualizadas pelos próprios usuários

O Moovit, uma empresa Intel, apresenta um novo recurso no aplicativo para informar em tempo real a lotação de ônibus, metrôs e trens e seus pontos, terminais e estações. A funcionalidade usa como base alertas fornecidos e confirmados pelos próprios usuários de forma colaborativa, para que todos possam ter uma melhor experiência na viagem.

O recurso faz parte da versão 5.70 do aplicativo. A funcionalidade estará disponível em todas as cidades em que o Moovit está presente – ou seja, 3.400 em 112 países, incluindo todas as capitais e 400 cidades no Brasil. As informações sobre lotação estarão disponíveis em ônibus, trens, metrôs, VLTs, barcas e todos os modais de transporte público exibidos no aplicativo.



O reporte sobre a lotação é feito de maneira simples e intuitiva:

Em pontos, terminais e estações: Ao selecionar uma Estação no Moovit, o usuário deve clicar no botão Reportar no inferior da tela, depois em “Reportar Condições do Serviço”, depois então em “Lotação” para selecionar um nível. Estarão disponíveis quatro opções: Vazio/Não lotado, Um pouco lotado, Lotado ou Muito lotado. A informação será exibida para os demais usuários que visualizarem a Estação pelos próximos 10 minutos – ou até alguém atualizá-la.
Em ônibus, metrôs e trens: Ao selecionar uma Linha, o usuário deve clicar no botão Reportar e seguir as orientações na tela, em um processo bem semelhante com as Estações. Há três opções para indicar a lotação do veículo: Assentos disponíveis, Apenas em pé ou Muito lotado. A informação também será exibida para os demais usuários pelos próximos 10 minutos – ou até alguém atualizá-la – nas telas de Rotas Sugeridas, Direções, Estações Ao Redor e Informações da Estação.
Validando ou Atualizando informações: Para quem usa celulares Android será possível confirmar ou atualizar as informações publicadas por outros usuários. Quando um relatório for exibido junto à Estação, quem estiver próximo poderá confirmar (✓) ou rejeitar (X) a informação que está na tela. Ao clicar no X, o usuário será convidado a atualizar o status para que reflita a situação atual. Esta função estará disponível no iOS em algumas semanas.
“Já temos uma bem-sucedida experiência no uso de conhecimento colaborativo com a Comunidade Mooviter, uma rede de 720 mil editores voluntários que nos ajudam a mapear, atualizar e checar informações em todo o mundo. Mais uma vez, acreditamos neste senso de comunidade para que os milhões de usuários do Moovit ajudem uns aos outros a terem uma melhor experiência no transporte público”, aposta Yovav Meydad, Vice-Presidente de Marketing e Expansão do Moovit.

Sobre o Moovit

Moovit, uma empresa Intel, é o líder global de Mobilidade como Serviço (MaaS), e o aplicativo de mobilidade urbana mais utilizado do mundo. Mais de 1B de usuários usam o Moovit gratuitamente para circular em mais de 3,400 cidades de 112 países. Para empresas e governos, o Moovit oferece suas soluções MaaS voltadas para operações e análise de dados, com comprovada eficiência em reduzir congestionamentos, aumentar o número de passageiros, e ampliar a eficiência e utilização dos serviços.

ÁGUA E A NECESSIDADE EM ADOTAR SISTEMAS INTELIGENTES NAS CIDADES

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É urgente a implementação de soluções e serviços inteligentes voltados para otimizar o uso da água em todo o seu ciclo

O Brasil é o país mais privilegiado do mundo quando o assunto é água. Com rios espalhados por todo o território brasileiro e períodos de chuva que se prolongam por meses, nossa nação deveria liderar os índices em relação aos serviços relacionados a esse bem que é vital à vida e aos negócios. Mas na contramão das oportunidades que esse recurso oferece, o Brasil desperdiça altos volumes de água e poderia implementar sistemas inteligentes e usufruir das ferramentas disponíveis para otimizar sua distribuição e evitar desperdícios. 

Segundo dados publicados pelo Instituto Trata Brasil, são quase 35 milhões de brasileiros sem acesso à água tratada, ou seja, quase 20% da população não recebe este serviço básico. Outro dado alarmante é em relação às perdas na distribuição de água potável, cuja média nacional é de 38,4% e que chega a 55,5% na região Norte. E apenas 27 municípios entre as 100 maiores cidades brasileiras possuem 100% da população atendida com água potável. 



Soluções e serviços inteligentes

Para reverter esse quadro, é urgente a implementação de soluções e serviços inteligentes voltados para otimizar o uso da água em todo o seu ciclo. Um projeto que servirá de exemplo para o país será Aguaduna, cidade que será construída na região do município de Entre Rios, no litoral norte da Bahia. Tendo como objetivo ser um modelo na relação entre cidade e meio ambiente, o projeto prevê uma infraestrutura de abastecimento que abrange reuso, captação de águas da chuva, utilização de água para agricultura e redução de superfícies impermeáveis – o projeto prevê apenas 14% de superfícies construídas e 86% de área permeável. Com essas iniciativas, estima-se uma redução de 50% na demanda de água potável para a cidade. 

Outra iniciativa simples e muito benéfica que está prevista para o projeto na Bahia é a pavimentação das ruas feita com concreto permeável visando um melhor aproveitamento da água do solo. Essa drenagem do concreto pode chegar a um nível de permeabilidade de 70% das águas pluviais. Além disso, calçadas, jardins e praças serão pavimentados com blocos de concreto com junta aberta, aumentando assim a permeabilidade do solo.

Digitalização e o uso de dados 

Soma-se a essas iniciativas as soluções de digitalização, eletrificação, automação e controle que estabelecem as bases para processos eficientes, confiáveis e sustentáveis e ainda muito pouco utilizadas no mercado brasileiro. Ao digitalizar os sistemas de água e esgoto adotando o conceito de engenharia e operação integradas faz com que seja possível explorar de forma otimizada todo o potencial dos sistemas possibilitando ganhos durante todo o ciclo de vida das instalações, tais como a redução em tempo de projeto de até 20% e de comissionamento de até 15%, redução nos custos de manutenção em até 10%. Essa integração gera benefícios não apenas na execução como também na operação e manutenção de todo o sistema de água e esgoto. 

A digitalização e o uso de dados permitem também o uso de novas tecnologias que geram otimização e redução de custos em toda a operação. Um exemplo é o gêmeo digital, um modelo preciso das plantas que está sempre atualizado, que a partir da representação digital do sistema possibilita antever problemas e realizar atividades de treinamento a partir da simulação em plataformas de acordo com a demanda local e a utilização dos dados em tempo real. 

A tecnologia em benefício à água

O uso de tecnologia também facilita a gestão de todo o sistema, possibilitando a utilização sustentável dos recursos hídricos atuando principalmente na eficiência e otimização de todo o sistema de água e esgoto, reduzindo principalmente o consumo energético e as perdas de água. A digitalização do sistema permite ainda a realização de ações preditivas e gera insights para realizar uma gestão mais inteligente de todos os ativos. 

Projetos que sirvam de exemplo como Aguaduna e o uso de novas tecnologias visando otimizar o sistema de distribuição de água serão fundamentais para o Brasil resolver os problemas hídricos. A aprovação do Marco Regulatório do Saneamento, no ano passado, impõe metas robustas para serem atingidas até 2033, como levar água potável para 99% dos lares brasileiros. Para comemorarmos esse feito ao fim do prazo estipulado pela nova regulamentação, é urgente a adoção de sistemas inteligentes voltados ao uso da água.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities  

ENERGIAS RENOVÁVEIS: SOLAR OU EÓLICA?

Realizada nos dias 22 e 23 de abril e organizada pelo governo Joe Biden, dos Estados Unidos, a Cúpula do Clima ainda repercute no mundo todo devido às promessas ousadas para combater o aquecimento global. Entre os projetos, líderes de importantes Nações afirmaram estar investindo em energias alternativas e limpas, como a eólica e solar. E por aqui? Qual o atual cenário de produção e distribuição destes tipos de energias?

É consenso dos cientistas que a energia eólica é importante porque é renovável e tem baixo impacto ambiental para a sua geração. Essa fonte de energia também está crescendo muito no Brasil. Em 2020 o Brasil era o 8° país do mundo em termos de potência instalada de energia eólica. No início de 2021, haviam 695 parques eólicos e mais de 8.300 aerogeradores. “Temos uma participação de 10.9% da nossa matriz energética, isso em potência instalada. Há uma previsão para 2025 de aumentar de 10.9 para 12.9’%, ou seja, 2% em 4 anos, passando de 18.482 megawatts para 23.651 megawatts”, explica Edval Delbone, coordenador do curso de Engenharia Elétrica do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT).



A energia eólica está bem na frente da energia solar, que também é renovável. Porém, a energia solar tem uma expectativa de crescimento com maior velocidade, mas ainda produz muito pouco, ou seja, enquanto a eólica está em 18.482 megawatts, a solar está em 3.958 megawatts.  Em 2020 o Brasil era o 14° país do mundo em termos de potência instalada de energia solar. Do total da matriz energética brasileira, 1,6% é produzido através de sistemas solares fotovoltaicos.

Qual a diferença entre eólica e solar?

A eólica é mais atrativa economicamente no nordeste e no sul, onde o vento tem uma velocidade bem maior comparado aos demais estados. No estado de São Paulo é possível investir, porém ainda não é atrativo economicamente. Em relação à energia solar, o sol bate no Brasil em qualquer lugar, em qualquer estado a irradiação solar é boa, sobretudo no nordeste.

Portanto, a energia eólica depende do vento, que é mais comum na parte da tarde e de madrugada. Já a solar depende do sol, principalmente do meio dia, onde a incidência é maior e gera mais energia solar. “Ambas são importantes e se complementam. No entanto, ainda não podemos abrir mão de outras fontes de energia firmes, como a usina hidrelétrica, no qual há reservatórios para armazenar água e energia a fim de garantir o abastecimento contínuo, até mesmo no período de estiagem, uma vez que os reservatórios estão cheios de água para produção de energia”, completa o engenheiro da Mauá.

SMARTACQUA OFERECE NOVA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE DIAGNÓSTICO E PROGNÓSTICO COM CONSULTORIA ESPECIALIZADA

A ideia é ajudar as empresas do setor de saneamento básico a combater as perdas de água de forma assertiva e eficiente, utilizando a solução baseada em Inteligência Artificial e Aprendizagem de Máquina.

A SmartAcqua passa a disponibilizar ao mercado brasileiro a Prestação de Serviços de Diagnóstico e Prognóstico das perdas de água, que incluem a Solução SmartAcqua e Consultoria Especializada, voltados para as empresas públicas e privadas de saneamento básico e inclusive para suas prestadoras de serviços. O objetivo pretendido é auxiliar essas empresas a definir processos e metodologias de trabalho para que realmente consigam mapear quais são e onde se encontram as perdas de água nas cidades, além de construir pontualmente justificativa técnica, econômica e financeira para viabilizar a execução de um projeto sustentável.

Hélio Samora, CEO da SmartAcqua, salienta que, especificamente na área de saneamento básico, apenas a implementação de uma tecnologia pode não garantir o sucesso esperado, pois visa somente a disponibilização da solução para o cliente, utilizando os dados adquiridos em condições operacionais. “Por meio da nossa consultoria especializada, essas companhias terão como definir processos e métodos para utilizar a solução SmartAcqua no dia a dia. Isso porque não adianta o sistema gerar os relatórios e ações de campo se o cliente não possui infraestrutura de pessoas e processos para executar as ordens propostas pelo sistema. Sem uma orientação adequada, nada vai acontecer e as perdas vão se perpetuar. É o que acontece na realidade”, explica o empresário.



Na avaliação de Enéas Ripoli, CTO da SmartAcqua, atualmente boa parte das empresas desse setor ainda não possui os recursos necessários para localizar e reduzir as perdas de água de forma eficiente. “A maioria delas sabe de cor e salteado que deve combater as perdas de água, mas não sabe por onde começar ou começa por caminhos equivocados que não levam a obter e maximizar os resultados esperados”. Com isso, segundo Ripoli, elas acabam por desistir ou manter o “status quo” e conviver drasticamente com a escassez de água, em consequência das ineficiências operacionais e comerciais que causam agravantes sociais (doenças) e ambientais. Prova disso são os indicadores do SNIS 2019 mostrando que as perdas totais de água no Brasil são da ordem de 39,2% (água produzida x água faturada – inclusão de políticas tarifárias) e 51,0% (água produzida e efetivamente consumida – exclusão de políticas tarifárias).

A contratação desses serviços pelas empresas privadas será feita de forma direta, e pelas públicas, através da lei de licitações. A SmartAcqua se encarrega de elaborar um orçamento técnico e comercial com base em cada cidade, a partir de dados comerciais, operacionais, de produção e de censo existentes, assim como pesquisas de campo. O prazo mínimo estabelecido de contratação é de seis meses para que o cliente tenha especificadamente toda a condição de executar ou terceirizar os serviços de combate a perdas de água de forma sistemática.

“Além de oferecer uma solução baseada em Inteligência Artificial e Aprendizagem de Máquina, e em constante atualização, o objetivo da SmartAcqua é diversificar a venda e o uso da sua ferramenta, oferecendo valores agregados de Consultoria Especializada para as empresas desse segmento. Esse é o nosso principal diferencial”, finaliza Ripoli.

ESTUDO REVELA AGRAVAMENTO DA CRISE DO TRANSPORTE PÚBLICO

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Prejuízo acumulado de R$ 14,2 bi e mais crescimento de paralisações e greves nos sistemas de transporte coletivo retratam o declínio contínuo desse serviço após 14 meses de pandemia

O agravamento da situação de crise enfrentada pelos sistemas de transporte público por ônibus no Brasil, nos últimos 14 meses, resultou num prejuízo de R$ 14,24 bilhões ao setor até o momento, sem que tenha sido adotada qualquer ajuda emergencial federal para o conjunto das empresas. O monitoramento, realizado pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), traz dados sobre o impacto da pandemia no período de 16 março 2020 a 30 de abril de 2021. Destacam-se a interrupção da prestação dos serviços de 25 operadoras e 1 consórcio operacional e demissões de 76.757 trabalhadores. Observa-se também a insatisfação da população com a redução ou interrupção da oferta de transporte público.

“Esses dados confirmam o cenário de colapso que a NTU vem alertando há alguns meses ao poder público, em vão”, desabafa Otávio Cunha, presidente-executivo da NTU. E reforça que esse contexto evidencia ainda mais a necessidade de ação imediata para que os serviços de transporte público por ônibus sejam preservados.



O estudo detalhado com os impactos da pandemia no setor de transporte público destaca também que, nesses 14 meses, 88 sistemas de transporte público por ônibus em todo o país foram atingidos por 238 movimentos grevistas, protestos e/ou manifestações que ocasionaram a interrupção da oferta de serviços em várias cidades. Na maioria dos casos, os protestos foram motivados pela falta de caixa nas empresas para o pagamento de salários e benefícios para os colaboradores, devido ao desequilíbrio econômico-financeiro causado pela forte queda na demanda de passageiros.

Quanto à suspensão da prestação do serviço, a pandemia também deixou um grave saldo negativo. No período avaliado, 13 operadoras e 1 consórcio suspenderam as atividades;  duas operadoras, 1 consórcio operacional e 1 sistema BRT (do Rio de Janeiro) sofreram intervenção na operação; cinco operadoras encerraram as atividades; e quatro tiveram seus contratos suspensos.

“É muito importante destacar que, lamentavelmente, esse cenário só tende a piorar, enquanto o Poder Público nas três esferas de governo – federal, estadual e municipal – não atentar para as necessidades desse sistema. Há uma necessidade emergencial, de ajuda financeira imediata, e uma necessidade de longo prazo, de reestruturação total da forma de contratação e operação dos serviços, como já foi proposto ao Governo Federal. Essas mudanças são consenso entre todas as entidades do setor, especialistas e organizações da sociedade civil ligadas ao transporte público”, complementa o presidente da NTU. Ele enfatiza que, se nada for feito, o transporte público, em especial o ônibus coletivo urbano, não se sustentará por muito tempo e não sobreviverá após a pandemia, especialmente se for mantido o atual modelo de remuneração do serviço.

Acesse aqui o estudo na íntegra!