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COMISSÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS APROVA PROJETO PARA INTEGRAÇÃO DE BICICLETAS AO TRANSPORTE PÚBLICO

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Proposta ainda será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania para seguir em tramitação

A integração de bicicletas ao transporte público está mais perto de ser uma realidade no Brasil. A Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara dos Deputados aprovou um projeto que incentiva a prática do ciclismo.

Além disso, a proposta promove a integração de modais do transporte público. Assim, o Projeto de Lei 3598/19, do Senado, cria políticas públicas voltadas ao uso de bicicletas como meio de locomoção.

Para isso, o texto visa a alteração do Estatuto da Cidade e da Lei 13.724/18, que institui o Programa Bicicleta Brasil (PBB). O objetivo é proporcionar um sistema de transporte eficiente.

Contudo, o projeto tramita em caráter conclusivo. Assim, para seguir tramitando, ainda será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Visão dos parlamentares sobre o tema

Os deputados da comissão apreciaram o tema em 29 de novembro. Assim, apresentaram suas opiniões sobre a proposta e sobre as mudanças que o projeto traria.

Na ocasião, o relator, deputado Gustavo Fruet, recomendou a aprovação. “Cada modo de transporte possui características que os tornam adequados para tipos diferentes de deslocamento e somente a integração desses modos poderá proporcionar um sistema realmente eficiente para o cidadão”, disse o relator.

Além disso, uma emenda apresentada por Fruet manteve nas diretrizes do PBB “a conscientização da sociedade quanto aos efeitos da utilização do automóvel nas locomoções urbanas, em detrimento do transporte público e de alternativas não motorizadas”.

Segundo o deputado, a eventual revogação desta diretriz seria um erro. Por esse motivo, decidiu apresentar a emenda ao projeto, mas recomendou que ele fosse aprovado pela comissão.

A proposta é de autoria da senadora Leila Barros. Na ocasião, a parlamentar também apresentou argumentos para defender o projeto.

“A ideia é promover o desenvolvimento do ciclismo como forma de transporte individual e a integração dos modais de transporte urbano para garantir efetiva mobilidade na cidade”, disse a senadora.

Programa Bicicleta Brasil

Programa Bicicleta Brasil é um projeto nacional. O objetivo principal é inserir a bicicleta como meio de transporte na sociedade.

Além disso, o programa também visa criar uma cultura favorável aos deslocamentos cicloviários.

Assim, a Lei 13.724/2018 foi uma tentativa de melhorar as condições da mobilidade no país. Por meio das diretrizes, a legislação visa aumentar o número de ciclovias, ciclofaixas e faixas compartilhadas.

O texto da lei também inclui campanhas educativas e estratégias para promover o uso da bicicleta como meio de transporte.

Por exemplo, visa a implantação de sistemas de aluguel de bikes por um valor acessível. Também prevê que estas bicicletas estejam em terminais de transporte coletivo.

Por fim, a legislação também destaca a instalação de banheiros, bebedouros e bicicletários em pontos estratégicos. Criando, portanto, uma condição mais favorável para ciclistas que têm a bicicleta como principal meio de locomoção.

Fonte: Mobilidade Estadão

PRIMEIRO POSTO 100% ELÉTRICO É INAUGURADO EM SÃO PAULO

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Projeto da Vibra Energia e EZ Volt abre local para recarregar exclusivamente veículos eletrificados

Um novo modelo de negócio está surgindo no mundo da eletrificação. A Vibra Energia e a EZ Volt inauguraram, na quarta-feira (7), o primeiro posto totalmente elétrico do Brasil. Ou seja, o local é dedicado exclusivamente para recarregar as baterias de automóveis de passeio e veículos comerciais híbridos e 100% elétricos.

O posto ocupa uma área de 400 metros quadrados no bairro Jardim Anália Franco, na zona leste de São Paulo, e tem quatro carregadores (um de 200 kW, dois de 60 kW e um de corrente alternada) para recarga ultrarrápida, com plugs CCS 2, Chademo e Tipo 2, podendo atender qualquer veículo eletrificado. Cada aparelho é capaz de carregar dois carros ao mesmo tempo.

A EZ Volt ficará responsável pela operação do posto, que cobrará R$ 1,97/kWh pela recarga durante seu horário de funcionamento, das 7 às 22 horas.

Enquanto aguarda cerca de meia hora até a recarga de seu veículo ser finalizada, o cliente tem à disposição uma sala com ar-condicionado, sofás, TV e wifi. Os motoristas de frotas e aplicativos também poderão usar uma área externa para descanso e refeições, além de banheiros.

“O primeiro posto 100% elétrico é um marco para a transição energética do País”, afirma Alexandre Tavares, diretor de gás, energia e novos negócios B2B da Vibra. “A eletromobilidade vem ganhando espaço nas atividades logísticas das empresas e o fortalecimento da infraestrutura de recarga tornou-se uma necessidade urgente.”

A escolha do local para a implantação do posto aconteceu depois de um estudo minucioso sobre o deslocamento de veículos de transportadores e de motoristas de aplicativos, que estão ampliando sua frota de veículos eletrificados.

“Fizemos um mapa de calor para analisar onde está exatamente a demanda desses profissionais e traçamos um raio de ação para atender esse movimento todo”, explica Tannure. “Avaliamos, também, se a disponibilidade energética da região seria capaz de suportar o fornecimento do posto.”

Investimento em carregadores

Curiosamente, o posto elétrico fica grudado a um posto de combustível convencional da BR. Longe de ser uma provocação. Na verdade, o posto BR pertence à Vibra, empresa licenciada pela Petrobras. “Um posto ao lado do outro é sintomático. Trata-se de uma aposta de que as diferentes formas de energia vão conviver por muito tempo no Brasil”, revela Alexandre Tavares.

Bernardo Kos Winik (diretor comercial B2B da Vibra) e Gustavo Tannure (CEO da EZ Volt): empresas parceiras pretendem abrir novos “hubs de recarga” em locais estratégicos da cidade nos próximos meses. Foto: Divulgação 

Depois da inauguração, as empresas parceiras já se preparam para voos mais altos. O projeto de implementar os chamados “hubs de recarga” em locais estratégicos das cidades prevê a abertura de mais unidades nos bairros paulistanos Canindé (ainda neste ano), Vila Olímpia e Lapa (em 2023), com toda estrutura e espaço de conveniência para os motoristas.

“Nossa ideia é se antecipar às dores dos clientes, entregando um posto elétrico com serviços agregados que, talvez, ainda levasse alguns anos para ser feito pela concorrência”, afirma Tannure. “Seremos líderes em infraestrutura de recarga, com uma rede de serviços muito robusta”, acrescenta Bernardo Kos Winik, vice-presidente executivo de comercial B2B da Vibra.

As empresas parceiras evitam falar de investimentos. Mas um carregador de 200 kW custa, aproximadamente, R$ 420 mil e o de 60 kW sai por R$ 210 mil. O valor da instalação de cada um é o equivalente a 50% do preço do equipamento. Assim, foi gasto cerca de R$ 1,57 milhão só na aquisição e instalação dos quatro carregadores.

Além de espaços exclusivos para veículos eletrificados, a Vibra planeja oferecer o serviço de recarga elétrica em 25% da sua rede de postos até 2030. Sempre com a parceria da EZ Volt, o projeto abrange, igualmente, soluções de recarga em estacionamentos, shoppings e condomínios.

No entanto, ainda há obstáculos, como a falta de estrutura das edificações. “Nos prédios em que o morador tem a vaga de garagem demarcada e escriturada, já é viável instalar um relógio de luz próprio e o carregador. Mas isso ainda não é possível em boa parte das construções”, lamenta Tannure. “É um tipo de preocupação que, a partir de agora, precisa existir para viabilizar ainda mais a infraestrutura de recarga da frota de carros elétricos.”

Fonte: Mobilidade Estadão

CNT LANÇA PUBLICAÇÃO INÉDITA QUE ABORDA SOLUÇÕES E DESAFIOS DA MOBILIDADE URBANA

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Mobility as a Service (MaaS) é o tema do informe Transporte em Foco , que apresenta para o transportador uma nova proposta para facilitar o deslocamento de pessoas, especialmente nos centros urbanos

Novos formatos e soluções tecnológicas para a mobilidade urbana têm sido desenvolvidos nos últimos tempos, com o objetivo de proporcionar cada vez mais ganhos em eficiência e agilidade para os usuários e operadores. Para difundir o conhecimento e ampliar o debate a esse respeito, a Confederação Nacional do Transporte lançou, nesta terça-feira, 06, a publicação Mobility as a Service (MaaS). O documento apresenta ao transportador esse conceito – que significa “mobilidade como um serviço” –, os benefícios esperados da sua adoção e os desafios enfrentados para sua implementação no cenário brasileiro.

O informe da CNT aborda ainda a atual situação dos deslocamentos em meio urbano, sobretudo nos grandes centros. A ausência de priorização do transporte público quanto a investimentos e gestão do tráfego tem impactado negativamente a sua atratividade, fato que gera perda de passageiros ao longo dos anos e afeta a viabilidade do setor. Tal situação se agravou com o advento da pandemia da covid-19. Nesse contexto, as discussões a respeito do MaaS foram ampliadas, ganhando relevância.

Mobility as a Service destina-se a facilitar a integração entre os modos de transporte disponíveis na cidade, sejam eles públicos ou privados, individuais ou coletivos, não motorizados ou motorizados. Essa integração se dá de três formas: física, quando diferentes modalidades estão próximas ou integradas em uma estação; tarifária, por meio de tarifa e bilhete únicos; e de informações, como no caso dos aplicativos que informam os horários de diferentes modos de transporte.

Assim, importa que as linhas e serviços dos diferentes modos sejam pensados como partes de um mesmo sistema. Por outro lado, o planejamento e a realização da viagem, desde a origem até o destino, devem ser percebidos pelos passageiros como uma experiência integrada e única, considerando os pontos de embarque/desembarque, a tarifa, o bilhete e a informação disponível – mesmo que utilizem diferentes modos.

O conceito de MaaS foi registrado pela primeira vez em grande escala na Finlândia, em 2016. O modelo alinha-se ao conceito de mobilidade compartilhada e sua tendência de crescimento exige maior atenção dos gestores. Para o transportador, é uma alternativa tecnológica a ser pensada como investimento, uma vez que ela possibilita a atração de mais passageiros e, consequentemente, receita.

Apesar de representar um desafio para as políticas públicas, acredita-se que sua aplicação proporcione diversos benefícios sociais, econômicos e até mesmo ambientais, a exemplo do incremento da acessibilidade das pessoas e da redução dos níveis de congestionamento e da emissão de gases do efeito estufa.

Fonte: CNT

ESTACIONAMENTOS PUXAM PROTAGONISMO PARA AÇÕES SOCIOAMBIENTAIS

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Conhecer bem as oportunidades do seu espaço de atuação e o público que se relaciona com o serviço favorece o planejamento de ações diversas, que possibilitam explorar os muitos potenciais de um estacionamento

Projetos sociais, ações de preservação ao meio ambiente, uso da tecnologia em prol de uma sociedade mais sustentável. Estas medidas devem estar na pauta de todas as empresas atuantes no século XXI. E os estacionamentos não fogem à regra e já deixaram de ser um espaço apenas para guardar carros e se tornaram agentes motivadores para cidades mais sustentáveis. A Indigo Brasil vem desenvolvendo projetos sociais e de cunho ambiental que funcionam como exemplos positivos que merecem ser divulgados e replicados. Os estacionamentos do Aeroporto Internacional de Curitiba e do Aeroporto Internacional de Guarulhos, administrados pela empresa, contam com uma gama de ações nesse sentido.    

Conhecer bem as oportunidades do seu espaço de atuação e o público que se relaciona com o serviço favorece o planejamento de ações diversas, que possibilitam explorar os muitos potenciais de um estacionamento. É o caso da atuação em aeroportos. A Indigo Brasil faz a gestão de estacionamentos de cinco importantes aeroportos, ambientes que concentram grande circulação de público. Por conta disso, esses espaços têm grande potencial para dar visibilidade a ações sustentáveis, que podem ser propagadas para muito além de sua área de atuação.  

O estacionamento do Aeroporto Internacional de Curitiba conta com mais de quatro mil vagas e tem capacidade para receber cerca de oito milhões de passageiros por ano. Pensando na redução das emissões de carbono, conta, desde 2019, com pontos de recarga para carros elétricos e híbridos plug-in. Já é sabido que o atual modelo automotivo depende de uma fonte finita: o petróleo. Como os veículos movidos a energias alternativas despontam como um futuro promissor para o mercado automotivo, entendemos que essa medida colabora para gerar a infraestrutura necessária para o uso de veículos menos poluentes.

A ação ganha, ainda, maior impacto, já que a recarga é gratuita para os clientes. São oito carregadores em funcionamento e, para possibilitar a gratuidade, eles utilizam a energia advinda de painéis solares, instalados desde 2019. Além do estímulo ao uso de meios de locomoção de menor impacto ao meio ambiente, temos a tecnologia sendo utilizada para a produção de energia limpa para consumo próprio. O resultado é o que poderíamos chamar de estacionamento verde!

Outro espaço que também conta com um projeto relevante é o estacionamento do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. Por lá, aproveitamos o espaço de parqueamento para o estímulo a ações solidárias, em prol de uma sociedade mais igualitária. O projeto Manobra Solidária, programa permanente de doação de roupas, que completou 18 anos em 2022, aportou em Guarulhos neste segundo semestre. Os coletores de doações foram instalados nos terminais de passageiros e de carga. O intuito do projeto é ajudar pessoas que estão em situação de vulnerabilidade social. As peças arrecadadas são destinadas aos moradores das comunidades localizadas no entorno do aeroporto e, também, a outras instituições e projetos sociais. Ao mesmo tempo, o Manobra Solidária contribui para a diminuição do desperdício de matéria prima, proporcionando a circulação de produtos e o aumento de sua vida útil.

A escolha do local é estratégica. O Aeroporto de Guarulhos é o maior da América Latina e recebe, anualmente, mais de 40 milhões de visitantes e muitos chegam até o local de carro, já que há nove mil vagas destinadas ao estacionamento.

O segmento de parking, assim como qualquer setor do mercado, precisa trazer para si a responsabilidade de não apenas oferecer um serviço de qualidade excepcional, mas de trazer um impacto positivo para toda a região do entorno em que se está atuando. Os estacionamentos podem, e devem, viabilizar em seus projetos ações que colaborem para essa nova realidade social.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities

GOOGLE MOSTRA COMO A ACESSIBILIDADE PROTEGE A PRIVACIDADE DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

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Usuários com deficiência confirmam em estudo inédito a importância de completarem suas atividades sem revelar dados pessoais para outras pessoas.

Um estudo inédito do Google, divulgado nesta quarta-feira, 30, mostra como a acessibilidade é fundamental para a proteção da privacidade das pessoas com deficiência na internet e no uso da tecnologia. O blog Vencer Limites teve acesso antecipado ao conteúdo.

A pesquisa ‘Projeto Autonomia’ avaliou a relação dos usuários que têm deficiência com o Google Assistente, aquele acionado pela frase ‘OK Google’. “Os participantes relataram a importância de completarem suas atividades sem revelar dados pessoais para outras pessoas”, diz Maia Mau, diretora de marketing para pagamentos, Android e Google Assistente na América Latina.

O trabalho feito entre abril e junho deste ano pela consultoria WGSN Mindset, por meio de entrevistas, diários de uso, consultoria de especialistas e sessões de criação, mapeou três áreas: mobilidade, entregras e compras online, bem-estar e autocuidado. E verificou a autonomia das pessoas com deficiência no uso de um produto ou serviço.

Na mobilidade, foi analisada a navegação em espaços internos e externos a partir do uso de aplicativos de mapas e transportes. Nas entregas e compras online, a avaliação ficou centralizada na integração dos assistentes de voz com aplicativos para pedir comida ou adquirir produtos pela internet. No que diz respeito ao bem-estar e ao autocuidado, o estudo examinou de que maneira o uso da tecnologia de voz melhora a qualidade de vida dos usuários com deficiência.

“A acessibilidade para o usuário com deficiência está totalmente relacionada ao desenvolvimento de ferramentas úteis para sua independência e autonomia, seja para ouvir uma música, fazer um pagamento ou para completar uma compra online”, destaca Maia Mau.

Acessibilidade no Maps – Outra novidade é um recurso no Google Maps que destaca estabelecimentos acessíveis, identificados pelo já conhecido (e um tanto ultrapassado) ícone de cadeira de rodas no perfil da empresa.

A ferramenta mostra quais recursos são oferecidos e, se o local não for considerado acessível, terá um traço por cima do ícone. Para acionar, basta habilitar ‘lugares acessíveis’ no aplicativo. Essa função foi lançada em 2020 para usuários de Austrália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos. De acordo com o Google, o recurso foi criado com a participação de mais de 120 milhões de guias locais em todo o planeta, que já fizeram mais de 1 bilhão de atualizações.

Mais em breve – O Google prevê mais acessibilidade para o Android, com o aplicativo de acesso por voz em português a partir de dezembro para todos os usuários no Brasil. O acionamento é feito pela frase ‘Ok Google, Acesso por voz’, o que irá permitir abrir aplicativos, navegar entre telas, digitar mensagens e editar texto usando a voz.

Equipe brasileira cresceu – O Google também anunciou que, em julho deste ano, o time global de Produto, Equidade e Acessibilidade expandiu sua atuação para o Brasil, com a contratação de integrantes locais, todos profissionais com deficiência, para aprimorar os recursos de acessibilidade, se aproximar da comunidade regional e atrair engajamento, além de estudar a experiência dos usuários, analisar e testar produtos.

Segundo a empresa, esse grupo é responsável pela coordenação de programas e produtos de acessibilidade no Brasil, com atuação em São Paulo e Belo Horizonte, presecialmente e online, em três áreas: ‘ACT (Analysis, Compliance and Testing)’ constrói produtos, ferramentas, programas e parcerias para pessoas com deficiência; ‘Engajamento com a Comunidade’ desenvolve iniciativas com organizações e grupos de pesquisa de tecnologia que atuem em apoio às pessoas com deficiência. E ‘UX Research’ discute a experiência dos usuários com deficiência.

Fonte: Terra

JUNTO A ESTUDANTES, ONU-HABITAT, GOVERNO DE AL E UNIVERSIDADE COLUMBIA PLANEJAM CIDADES MAIS SEGURAS PARA MULHERES

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Oficinas realizadas pelas instituições reuniram informações para a construção de diagnósticos que apoiem o desenvolvimento de políticas públicas para meninas e mulheres nas cidades

A busca pela promoção de cidades mais acolhedoras, sustentáveis e inclusivas para meninas e mulheres motivou o Governo de Alagoas a levar o Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat) a um diálogo com estudantes da rede pública de ensino do estado sobre as suas experiências de vida na cidade. Realizados durante o mês de novembro, os encontros consistiram numa adaptação da metodologia de Auditoria de Segurança das Mulheres, ou Cidade Mulher, e vão contribuir para a construção de diagnósticos participativos que apoiem a elaboração de políticas públicas relacionadas ao tema.

Resultado de uma parceria com a rede Columbia Women’s Leadership Network in Brazil, as oficinas ocorreram nas Escolas Estaduais Maria das Graças de Sá Teixeira e Doutora Eunice Lemos, que ficam localizadas nos bairros do Feitosa e do Benedito Bentes, respectivamente.

As experiências de vida nas cidades são sempre diversas, mas para alguns públicos, como meninas e mulheres, existem barreiras em comum que tornam o caminho mais perigoso, desigual e às vezes inacessível. Promover o direito à cidade para elas é uma das missões do ONU-Habitat.

“Essa metodologia já foi aplicada em Pernambuco pelo ONU-Habitat e é, também, uma estratégia de localização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. O intuito é trazer o olhar das mulheres e meninas para o urbanismo, para que a gente possa entender os espaços públicos a partir das percepções, das necessidades e das experiências que elas têm na cidade”, explica a assistente de Programas do ONU-Habitat, Bethânia Boaventura.

cidades
Iniciativa buscou compreender as necessidades locais, desejos, soluções e ideias voltadas para a projeção de uma cidade melhor para meninas e mulheres (Foto: Minne Santos / ONU-Habitat)

Cartografia coletiva

Por meio de uma roda de conversa com as jovens, foi possível compreender as suas necessidades, desejos, soluções e ideias voltadas para a projeção de uma cidade melhor para todas e todos.

“Conta muito quando uma pessoa é ouvida. As mulheres precisam de mais atenção, precisam ser mais ouvidas. Eu acho que toda conversa sempre resolve muito. Se o povo parasse para conversar com as mulheres e perguntar como elas se sentem, o mundo, as nossas cidades e as mulheres seriam mais valorizadas”, afirma a estudante Esther Araújo.

Após a troca, as estudantes construíram uma cartografia coletiva, mapeando os fatores ambientais, sociais e urbanos que colaboram para a sensação de insegurança em seus territórios e que, muitas vezes, fazem com que elas não se apropriem de espaços públicos como praças, parques, ruas, ou que precisem estar duas vezes mais atentas em seus deslocamentos pela cidade. Além disso, também foram mapeados espaços em que elas se sentem seguras, rotas de fuga e pontos de refúgio, além de melhorias e desejos para espaços públicos das comunidades.

“Com esse compartilhamento, o ONU-Habitat espera que a gente tenha os anseios de meninas e mulheres respondidos no planejamento urbano e que essa dimensão de gênero seja incluída na forma como pensamos a cidade”, complementa Boaventura.

Depois de sistematizadas e analisadas, as informações vão servir para apoiar políticas públicas que contribuam para que as cidades alagoanas sejam melhores experienciadas, com cada vez menos privações e inseguranças nas vivências das meninas e mulheres.

“A segurança e o bem-estar das mulheres alagoanas são pautas prioritárias para o Governo de Alagoas. Estamos atentos às principais questões que as afligem no seu dia a dia, por isso pensamos neste projeto, que busca ouvir e entender a percepção das meninas que estão terminando o ensino médio e entrando no mercado de trabalho. Esta é uma maneira de ampliar a voz desse público e enxergar as suas necessidades e principais dificuldades, para assim desenvolver políticas públicas que melhorem a qualidade de vida das meninas e mulheres do nosso estado”, pontua a secretária de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio de Alagoas, Renata dos Santos.

A iniciativa integra o Visão Alagoas 2030, projeto do Governo de Alagoas, em parceria com o Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat), voltado ao desenvolvimento de estratégias e soluções integradas para uma prosperidade urbana sustentável e inclusiva no estado.

 

MOBILIDADE URBANA BRASILEIRA: UMA ANÁLISE SOBRE OS DESAFIOS E NECESSIDADES DO DESLOCAMENTO DIÁRIO

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Cento e quarenta e oito horas são perdidas por ano no trânsito das 20 cidades mais congestionadas do mundo.1 No Brasil, a situação é ainda pior. Em média, os brasileiros que residem nas capitais gastam quase duas horas diárias no trânsito, o equivalente a 21 dias no ano.2 É quase um mês (se contarmos apenas os dias úteis) que perdemos indo de um lugar a outro.

Um problema dessa magnitude se explica pela falta de infraestrutura do país, e traz impactos severos no âmbito social. Para se ter uma ideia, a despesa com transporte perde apenas para o gasto com habitação no orçamento familiar, comprometendo, em média, 18% da renda.3 E, além do estresse econômico, a escassez de mobilidade limita o acesso a oportunidades de emprego e a serviços essenciais, agravando a exclusão social de uma parcela da população.

“Compreender a mobilidade sob a ótica da realidade do Brasil nos permite propor soluções e abordagens que atendam a diferentes comportamentos e necessidades de deslocamento da população”, fala de Natalia Souza, Market Insights Lead no Google.

Para entender os desafios do setor hoje, o Google realizou a pesquisa “Os novos rumos da mobilidade: uma análise da realidade brasileira”. O estudo consultou pessoas de diferentes classes sociais, de todo o país, para mapear os perfis dos usuários em relação aos meios de transporte, quais são as principais demandas nesse setor e o papel da tecnologia para facilitar o acesso a produtos e serviços.

O que o brasileiro entende por mobilidade

No mundo todo, utilizam-se dois conceitos ao discutir mobilidade. Quando se trata de deslocamentos que não impactam o meio ambiente e contribuem para a saúde, como aqueles feitos a pé, em patinetes não motorizados, skate, bicicleta e patins, estamos falando de mobilidade ativa. Já os deslocamentos motorizados, que possuem maiores impactos ambientais, feitos em carros, motos, patinetes motorizados e ônibus, podem ser incluídos na categoria da mobilidade passiva.

A mobilidade ativa pressupõe acessibilidade, calçadas adequadas e segurança do usuário, pontos que não costumam estar presentes na maioria das cidades brasileiras. E a mobilidade passiva tem um custo — financeiro, para aqueles que adquirem um veículo, ou de tempo, para os que precisam usar meios de transporte coletivos.

Quais são os veículos de transporte dos brasileiros? 64% dos brasileiros possuem carros. 64% dos que não possuem querem ter um carro em 3 anos. 51% dos brasileiros possuem bicicleta. 42% dos que não possuem querem ter uma bicicleta em 3 anos.
Think with Google Fonte: Google e Provokers. “Os novos rumos da mobilidade: uma análise da realidade brasileira”, 2022.

Essas definições são importantes, mas no dia a dia a população percebe mobilidade a partir de outras premissas, como independência, conforto e custo. Por isso, falar em mobilidade no Brasil é falar em praticidade e flexibilidade. Entre os entrevistados da pesquisa, 64% levam até 30 minutos para fazer deslocamentos em situações de rotina, sendo que as pessoas que não possuem carro gastam um tempo ainda maior.4

O papel da tecnologia hoje e no futuro

É inegável que a tecnologia pode ser uma facilitadora para a mobilidade. A revolução digital no setor, inclusive, tem nome: mobility as a service (mobilidade como serviço), ou MaaS. Essa ideia é mais centrada no usuário e leva em conta um planejamento de ponta a ponta, que inclua reservas, emissões de bilhetes eletrônicos e serviços de pagamento em todos os modos de transporte, sejam eles públicos ou privados.

Moedas empilhadas com cifrão. US$ 230 bilhões é a estimativa do tamanho do mercado MaaS no mundo até o ano de 2025.
Think with Google Fonte: Statista. Mobility-as-a-service (MaaS) market size worldwide between 2017 and 2025.

Ou seja, com uma abordagem que privilegia o serviço em vez do produto, o MaaS considera todos os modais possíveis e, com ajuda da tecnologia, oferece soluções práticas de acordo com as preferências do usuário. Um exemplo que já existe hoje são os carros por assinatura, ideais para aqueles que não querem lidar com a manutenção de um veículo, mas não abrem mão de ter um carro particular.

Para o futuro podemos esperar a criação de super apps, que congreguem todas as nossas necessidades em relação à mobilidade. Já imaginou um único aplicativo que mostrasse opções de rotas mais rápidas e mais baratas em vários meios de transporte, permitisse locação, estacionamento, gerenciamento de pedágios e venda de seguros, tivesse mapeamento de locais perigosos e áreas de risco de enchentes com comunicação real-time e ainda oferecesse pagamento centralizado? Um primeiro passo nessa direção já pode ser observado na Finlândia, onde o aplicativo Whim oferece, por meio de uma assinatura mensal, diversas opções de rotas utilizando transporte público, bicicletas, scooters, aluguel de carros e carros compartilhados.

Pilares de um super app: oferecimento de serviços, informação sobre tráfego, multimodal, customer centric, informações sobre a infraestrutura e segurança, e pagamento centralizado.

Os perfis em relação à mobilidade

Um insight interessante que a pesquisa mostrou é que as necessidades dos brasileiros em relação à mobilidade são flexíveis e podem mudar de hora em hora. Isso quer dizer que você pode, por exemplo, ter um carro e no dia do rodízio optar por usar um veículo de aplicativo, ou mesmo alugar uma bicicleta. As possibilidades são muitas, afinal, diferentes contextos pedem diferentes soluções.

Mas mesmo com essa fluidez, é possível dividir os brasileiros em cinco comportamentos relacionados à mobilidade:

Mobilidade urbana brasileira: Menu suspenso com perfis dos consumidores em relação a mobilidade: desapegados, pragmáticos, conectados, conscientes e contemplativos.Mobilidade urbana brasileira: Menu suspenso com perfis dos consumidores em relação a mobilidade: desapegados, pragmáticos, conectados, conscientes e contemplativos.Menu suspenso com perfis dos consumidores em relação a mobilidade: desapegados, pragmáticos, conectados, conscientes e contemplativos.Menu suspenso com perfis dos consumidores em relação a mobilidade: desapegados, pragmáticos, conectados, conscientes e contemplativos.
Mobilidade urbana brasileira: Menu suspenso com perfis dos consumidores em relação a mobilidade: desapegados, pragmáticos, conectados, conscientes e contemplativos.
Think with Google Fonte: Google e Provokers. “Os novos rumos da mobilidade: uma análise da realidade brasileira”, 2022

Uma indústria em disrupção

Hoje, a mobilidade passa por um momento de disrupção. De um lado, vemos discussões cada vez mais profundas sobre tecnologia, sustentabilidade, conectividade e estilos de vida mais saudáveis. Por outro, há um abismo entre o peso do custo do transporte na renda das famílias, a disponibilidade de infraestrutura nas cidades de todos os tamanhos e o tempo gasto pelas pessoas para se locomover.

O conceito de se deslocar do ponto A ao ponto B tem sido constantemente modificado por avanços tecnológicos cada vez mais presentes no nosso dia a dia. A transformação acontece tanto nos modelos de negócios — como, por exemplo, os carros por assinatura, que podem ser uma alternativa às compras tradicionais —, mas também nos produtos, com a utilização de opções mais sustentáveis, como o etanol e os carros eletrificados. Mas, para que essa mudança possa acontecer, é importante que os consumidores entendam os fundamentos desses avanços tecnológicos e os benefícios que eles podem trazer.

Nesse sentido, sairá na frente quem for capaz de diminuir o gap existente entre as necessidades dos consumidores e a infraestrutura oferecida nas cidades. E para fazer isso, a tecnologia é peça-chave e tem a capacidade de remodelar a experiência das pessoas em busca de locomoção. Ao entender quem são os usuários e o que buscam é possível traçar abordagens mais relevantes e mostrar os caminhos possíveis em uma mobilidade que faça sentido para eles.

Fonte: Think with Google

CIDADES INTELIGENTES: CIDADE FUTURÍSTICA OU CONECTADA COM O CIDADÃO?

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Por: Aline Bittencourt No dia 18/11 durante minha palestra no 5 ° Congresso Catarinense de Cidades Digitais e Inteligentes, compartilhei um pouco da nossa trajetória para tornar o município de Palhoça uma cidade inteligente.

Durante a conversa, foi muito importante compartilhar nossos desafios, pois na época que iniciamos as tratativas de cidade inteligente, tínhamos muitas dúvidas. Entre elas, o que é uma cidade inteligente! E durante as análises sobre os conceitos de cidade inteligente, chegamos em dois caminhos a seguir:

Uma cidade futurística e cheia de tecnologias ou uma cidade integrada e conectada com cidadão?

Você, gestor público, já deve ter passado por esse desafio também?

Em Palhoça, definimos nosso foco:

Nosso foco está além das cidades tecnológicas, estamos buscando simplificação dos processos, humanização do atendimento, eficiência dos serviços e recursos e transparência das informações. Desta forma acreditamos que só seremos inteligentes se conseguirmos promover o bem estar para os cidadãos.

Então foi neste pensamento que definimos nossos conceitos de cidade inteligente e nossos objetivos! E a partir desta definição, fomos construindo nossos projetos voltados a cidade inteligente.

Hoje quero compartilhar dois grandes projetos com vocês!

Primeiro e que temos muito orgulho é a PPP de iluminação Pública!

A PPP foi a nossa primeira grande conquista e também um enorme desafio. Contudo, após 3 anos de execução de projetos, temos muito orgulho dos resultados, principalmente porque tem rendido muito reconhecimento de outros municípios e do TCE-SC.

Mas o que é a PPP de iluminação na prática? O que isso impacta para torna-se uma cidade inteligente?

Entre as principais ações do projeto é trocar 24 mil luminárias por lâmpadas led em 14 meses e implantar um sistema de telegestão.

E agora você deve estar se perguntando, porque o projeto de PPP de iluminação pode promover o bem estar para os cidadãos?

Diante dos resultados, digo que o retorno é imediato!

Tivemos uma economia de 60% consumo de energia, promovendo uma economia aos cofres públicos e principalmente ao meio ambiente.

Com a modernização, passamos a ter mais segurança nas ruas, visto que % de luminosidade nas ruas aumentou. E consequentemente, o cidadão passou a conviver mais nos espaços públicos, praças, parques …

E com os resultados, vieram mais eficiência dos serviços e novos desafios como gestor público.

Pois amadurecemos sobre o tema de iluminação e passamos a pensar na conexão e integração dos sistemas, visando sempre ampliar e melhor os serviços tais como semáforo inteligente, coleta de resíduos sólidos inteligente, Wi-Fi nas praças.

E também descobrimos novos desafios, pois percebemos que para tornar inteligente era preciso repensar nossos processos, realizar mudanças nas nossas rotinas administrativas. Pois, promover o bem estar para o cidadão, o município tem que estar conectado e promovendo serviços públicos eficientes e funcionando.

Sabe como chegamos nesse novo projeto? Com uma pergunta, você como cidadão, quer sair de casa para resolver algo que poderia ser feito de casa?

Pensando em serviços privados, o cidadão resolve tudo com poucos cliques: Pago contas, emito boletos, contrato serviços, faço compras…

E porque nos serviços públicos, ele precisa sair de casa? Hoje o cidadão quer falar com a prefeitura digitalmente, ele não quer ter que ir na prefeitura fisicamente para pegar um boleto ou buscar informações. Ele quer facilidade e praticidade.

Então começamos a repensar nosso atendimento, criamos canal inteligente no WhatsApp da prefeitura para diversos assuntos, melhoramos nossos canais ouvidoria e estamos tornando 100% digital.

Nossa meta é que cidadão resolva tudo de forma simples, rápida e prática. Nossos atendimentos precisam ser digitais e humanizados.

Neste momento você gestor público já imaginou uma variedade de obstáculos certo?

Pois bem, os desafios são muitos, mas com as lições aprendidas, temos iniciar os projetos e ir evoluindo e trilhando um caminho para tornar-se um município inteligente.

Nas minhas próximas publicações vou comentar outros desafios resolvidos.

E você, quer compartilhar os seus desafios? Tem uma visão que queira compartilhar? Deixe seu comentário, quem sabe não pode ser o tema de uma nova publicação.

COMO FALAR DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS SEM CITAR A BICICLETA?

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Em novembro de 2022, no Egito, ocorreu a COP-27, Conferência das Partes (Conference of the Parties), organizada pela Organização das Nações Unidas (ONU), onde lideranças de todo o mundo se reúnem para discutir ações de enfrentamento ao desafio global das mudanças climáticas e alcançar a neutralidade de carbono.

A COP-27 ocorre desde 1985 e é considerado um dos eventos mais importantes do mundo. Sua expectativa sempre é enorme. Neste ano, uma das principais metas foi a busca de soluções para reduzir a emissão dos gases do efeito estufa.

A participação do Brasil é considerada fundamental nas discussões, principalmente por causa dos desmatamentos dos biomas brasileiros, com destaque para a Amazônia.

A grande esperança é limitar a temperatura global para os próximos anos para 1,5°C, a principal meta estabelecida no Acordo de Paris, de 2015. 

Vários países já anunciaram seus compromissos para reduzir as emissões de carbono, as chamadas NDCs (Contribuição Nacionalmente Determinada) com previsão para alcançá-las em 2030.

A NDC brasileira de 2015 estabelece que o Brasil deve reduzir as suas emissões em 37% até 2025 e 43% até 2030, em relação às emissões de 2005.

E qual seria a solução mais rápida e eficaz para alcançar as metas climáticas e de quebra, juntar bem-estar e combate a “praga do sedentarismo pós-pandemia”? O uso maior da bicicleta.

Ela é uma das maiores esperanças para um futuro zero carbono. Durante a COP-27, a sociedade civil de todo o mundo, inclusive o Brasil, assinaram e encaminharam, através do PATH (Partnership for Active Travel and Health), uma carta aberta aos líderes de governo e cidades para que assumam um compromisso de ação em seus Países ao permitir que cresça o uso da bicicleta com segurança de forma mais efetiva nos próximos anos. 

Além da Carta, houve eventos paralelos discutindo a necessidade de se pensar a bicicleta como solução para a crise climática. Muitos ainda associam este meio de transporte somente para o esporte e lazer.

No relatório apresentado pela PATH, cita que “63% das viagens urbanas no mundo são inferiores a 5km. Caminhar e andar de bicicleta podem cobrir até 75% das viagens urbanas no mundo”. 

A solução está dada! É um caminho longo, porque o automóvel está muito enraizado nas cidades, na cultural mundial, na economia, na vida das pessoas. 

Um dos poucos discursos dessa COP-27 sobre reduzir o uso de automóveis nas cidades e estimular as caminhadas e o uso da bicicleta, veio através do discurso da ministra do Meio Ambiente da Holanda, Vivianne Heijnen, que em um dos seus momentos diz: “…a Holanda é conhecida por ser uma nação ciclística. Dizem que as crianças holandesas estão entre as mais felizes do mundo. Imagino que uma das razões é que eles podem andar de bicicleta em quase qualquer lugar… Isso lhes dá a liberdade de crescer como indivíduos e viver uma vida saudável e feliz.”

O futuro nos espera, se não for para nós, será para os que virão. As mudanças climáticas têm impacto na vida de toda a comunidade mundial. Vamos deixar uma cidade amigável e um planeta saudável para nossas crianças. Vamos pedalar!

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities 

2023: UM ANO NOVO DE FATO

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O próximo ano será de grandes mudanças, e especialistas apostam na necessidade de diversificação de investimentos, flexibilidade e adaptação

O ano de 2022 está terminando, e agora chega o momento do alinhamento de expectativas e planejamento para o próximo ano. A perspectiva é de que 2023 seja um ano novo de fato, com profundas mudanças políticas e econômicas, que devem afetar todos os mercados. O Brasil tem muitos desafios pela frente e, diante disso, especialistas projetam um cenário otimista, mas que exige cautela e planejamento.

“Será um ano de mudanças, que exigirá flexibilidade e adaptação das empresas e investidores, além da necessidade de trabalhar com diversos mercados. O mercado imobiliário é um resultante de outras cadeias produtivas, e a Urban Systems vem se posicionando como uma empresa de soluções, preparada para trazer uma diversidade de propostas planejadas minuciosamente para atender às muitas demandas que irão surgir”, pontua Thomaz AssumpçãoCEO da Urban Systems.

Para Assumpção, o Brasil obrigatoriamente irá passar por uma reformulação do desenvolvimento interno, o que trará a necessidade da revisão da infraestrutura e das suas conexões. “A área de infraestrutura de aeroportos e rodovias deve receber uma atenção especial no próximo ano. É preciso focar no mercado interno, enquanto o Brasil retoma seu protagonismo no exterior, o que deve ser impulsionado por acordos internacionais nas áreas do agronegócio e meio ambiente”, explica.

Atualmente, o Brasil investe cerca de 1,7% ao ano do seu PIB em infraestrutura. O nível considerado adequado para o setor é de pelo menos 4% do PIB. De acordo com a Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib)*, os projetos brasileiros de infraestrutura ligados aos segmentos de transporte e logística devem atrair investimentos totais de cerca de R$ 137 bilhões (US$ 25,9 bilhões) entre 2023 e 2027.

Dos investimentos previstos no segmento, as rodovias devem receber a maior parcela entre 2023 e 2027, cerca de R$ 61,8 bilhões. Enquanto isso, os projetos ferroviários devem receber investimentos de cerca de R$ 37,9 bilhões até 2027. Já para o setor portuário, a previsão é de R$ 12,3 bilhões em investimentos no período. No entanto, a Abdib explica que, para que esses investimentos ocorram, o nível de segurança jurídica dos investidores será extremamente importante.

Economia

Sem dúvida, a economia é uma das maiores preocupações dos brasileiros em períodos de grandes mudanças. “Para a economia internacional os desafios são grandes com a alta da inflação tanto nos Estados Unidos quanto em países da Europa. A guerra entre a Rússia e Ucrânia na Europa continua sem sinais de solução, o que provoca muita instabilidade. Já no Brasil, o novo governo também enfrentará algumas questões complicadas, como as contas públicas, além de reformas estruturais que são de grande urgência, como a tributária e a administrativa, que devem ser debatidas em breve”, explica Paulo Takitosócio-diretor da Urban Systems.

O mercado financeiro elevou sua projeção tanto de inflação como para o PIB (Produto Interno Bruto), conforme mostram dados do Boletim Focus* divulgados no último dia 28 de novembro, pelo Banco Central. Segundo as instituições financeiras consultadas, a expectativa para o IPCA para 2023, subiu de 5,01% para 5,02% e, para 2024, seguiu em 3,50%. A projeção de alta do PIB de 2022 foi novamente elevada, de 2,80% para 2,81% e mantida em 0,70% para 2023.

Investimentos privados

Segundo Takito, as parcerias público-privadas (PPP) continuam sendo importantíssimas para atrair investimentos para o País e devem ganhar ainda mais destaque nos municípios, que precisarão buscar caminhos para se desenvolver sem depender, exclusivamente, de recursos estaduais e federais: “As PPPs tendem à continuar com grandes projetos tanto a nível federal quanto municipal. Esse movimento é independente do novo governo, pois já está caminhando, e deverá auxiliar os municípios a desafogarem suas contas”.

Além dos parques públicos, grande tendência de 2022, os leilões e concessões das áreas de saneamento básico, iluminação e aeroportos regionais deverão ser destaque em 2023, de acordo com Takito. A Caixa Econômica Federal* prevê a realização de 28 leilões de projetos de concessões e PPPs em 2023. A expectativa é gerar R$ 12 bilhões de investimentos privados em infraestrutura, principalmente nos setores de iluminação pública e de saneamento básico.

Para atrair mais municípios e impulsionar a estruturação de projetos para PPPs, no setor de iluminação pública, a Caixa promoveu mudanças no edital lançado em setembro de 2022, aprimorando requisitos da chamada pública anterior. Os municípios interessados em ter projetos desenvolvidos pelo banco não precisam mais pagar os 10% do custo de estruturação, que recairá integralmente sobre o FEP (Fundo de Apoio à Estruturação de Projetos de Concessão e PPPs). “O protagonismo dos municípios no desenvolvimento de parcerias com o setor privado deve seguir crescendo em 2023”, completou.

Atualmente, a Caixa tem 57 projetos de estruturação de concessões em carteira, sendo 37 em iluminação pública e 15 em saneamento básico, com R$ 21,1 bilhões em investimentos privados. As propostas impactam 21,2 milhões de habitantes de 205 municípios.

Cidades

A necessidade de o município ser protagonista do seu próprio desenvolvimento já foi citada nesse texto e por diversas vezes no blog. Além disso, os municípios precisarão focar em um planejamento mais assertivo para o desenvolvimento sustentável.

“No que tange ao planejamento urbano e desenvolvimento econômico de cidades, hoje notamos uma maior profissionalização e seriedade em planos estratégicos duradouros. A Urban Systems tem atuado diretamente com o poder público e privado no traçado de planos estratégicos, sejam eles com foco no desenvolvimento de cidades inteligentes, como o consórcio São Luís Smart City, em parceria com a SPIn – Serviços Públicos Inteligentes, seja com foco no desenvolvimento econômico e urbano das cidades como em Cascavel (PR), junto ao CODESC (Conselho de Desenvolvimento Econômico Sustentável de Cascavel) e Ponta Grossa (PR) em parceria com o CDEPG (Conselho de Desenvolvimento Econômico de Ponta Grossa) e ADIPG (Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa)”, explica Willian Rigondiretor comercial e marketing da Urban Systems.

Rigon destaca que em 2023 começa a segunda metade dos governos municipais eleitos em 2020 e os atuais prefeitos e secretários estão com foco em resultados. “Para mostrar efetividade em suas ações, muitos deles estão criando seus indicadores ou acompanhando seu desenvolvimento em estudos e pesquisas sérias, como o Ranking Connected Smart Cities, que avalia o nível de desenvolvimento das cidades inteligentes, e a pesquisa das Melhores Cidades para Fazer Negócios, publicado na revista Exame, ambos estudos da Urban Systems”.

Outra tendência para o próximo ano segundo Rigon, é a aproximação de empresários e do poder público municipal com os novos governos estaduais e federal eleitos, com o intuito de somar esforços para o desenvolvimento de cidades mais sustentáveis econômica, social e ambientalmente. “A responsabilidade de melhorar nossas cidades brasileiras deve ser compartilhada”, completa.

Mercado imobiliário

mercado imobiliário é um forte impulsionador da economia brasileira e, depois da efetiva retomada do setor em 2022, a expectativa para 2023 deve ter o foco, principalmente, nos empreendimentos econômicos. “Será um ano de grandes desafios para o mercado imobiliário, com juros provavelmente ainda altos e preços de materiais para construção bastante sobrevalorizados. Por outro lado, o novo governo traz uma perspectiva positiva de retomada de subsídios para os segmentos popular e econômico, indo ao encontro do ainda estrondoso déficit habitacional no país”, pontua Leandro Bergaradiretor de inteligência de mercado da Urban Systems.

Bergara destaca ainda que é fundamental a participação da sociedade civil nesse processo, por meio de associações empresariais e agências de desenvolvimento e fomento.

diretor de patrimônio da Urban SystemsJoão Bosco, endossa essa expectativa. Para ele, o incremento dos programas de habitação popular no Brasil será importante para movimentar o setor imobiliário. O que não significa que o segmento de alto padrão irá, necessariamente sofrer retração. “O segmento de alto padrão foi o protagonista do mercado imobiliário durante os últimos anos. Mesmo com o possível aumento nos segmentos econômicos com programas do governo e facilidade para financiamentos, os empreendimentos de alto padrão e de luxo são muito resilientes e deverão continuar indo bem”, comentou.

O mercado de nicho, com empreendimentos cada vez mais específicos e com novas facilidades, deve dar o tom nos próximos meses. “O mercado de nicho está crescendo bastante no segmento de alto padrão. No entanto, é preciso lembrar que os investimentos nesses produtos são muito grandes, portanto, exigem planejamento e estudo de mercado bastante completos para mitigar os riscos dos incorporadores e investidores”.

Fonte: Urban Systems