spot_img
Home Blog Página 168

CIDADE DE SÃO PAULO GANHA NOVAS CICLOVIAS EM OUTUBRO

0

Cidade receberá 17 quilômetros de infraestrutura cicloviária no próximo mês

Dia 22, foi comemorado o Dia Mundial Sem Carro, data que tem como principal objetivo conscientizar as pessoas para o uso mais racional de veículos motorizados. São Paulo pode comemorar esse dia com uma boa notícia. Diversos pontos da capital estão na reta final de obras para ganhar novos trechos de ciclovia. A partir de outubro, a cidade passará a contar com 716,2 quilômetros de infraestrutura cicloviária.

A Habitem, empreiteira que venceu as duas concorrências realizadas em junho de 2021, começou a executar as obras em março deste ano e prometeu entregar 17 quilômetros de um total de 48 km até o fim do próximo mês — no início do ano, a cidade recebeu mais 4km de outra companhia. O restante deve ficar pronto até março de 2023. O contrato assinado com a Prefeitura de São Paulo para as obras é de aproximadamente R$ 17 milhões.

Essa primeira leva envolve as Avenidas República do Líbano, Indianópolis, Engenheiro Alberto de Zagottis e Nações Unidas, todas na zona sul. Também há obras na Avenida Jaguaré (oeste) e Viaduto Bresser (centro). Para serem liberadas ao tráfego, no entanto, elas precisariam receber a sinalização de solo pela Companhia de Engenharia de Tráfego, mas, na prática, elas já são usadas por ciclistas.

Novas conexões

A Avenida República do Líbano, por exemplo, já contava com um trecho de um quilômetro de ciclovia ligando o Parque do Ibirapuera até a Rua Inhambu. Outros setecentos metros foram construídos para serem conectados com a nova estrutura na Avenida Indianópolis. Essa ciclovia, que também está no canteiro central, tem comprimento de 3,5 quilômetros e se liga à ciclovia da Avenida Jabaquara, já na região do Planalto Paulista.

O fluxo de bicicletas por essas duas ciclovias é intenso, ainda que haja uma faixa pendurada pela CET no entroncamento com a Rua Inhambu, onde se lê: “Ciclovia em implantação. Aguarde liberação”.

O aposentado João Campos, de 62 anos, costuma pedalar por esse trecho. Ele vem desde o Parque Villa Lobos, na zona oeste, a mais de dez quilômetros de distância, e está no meio do caminho para chegar aonde mora, na Vila Mariana. O percurso de 15 quilômetros, segundo ele, é realizado “totalmente por ciclovias”.

João diz, ainda, que a implantação dos novos trechos o motiva ainda mais a sair de bicicleta, hábito que incorporou há 12 anos. “Eu vendi o carro e, diariamente, uso as ciclovias. Agora, com esse novo trecho, nos finais de semana posso seguir até o Parque Bruno Covas e pedalar até Jurubatuba (zona sul), pois ficou muito bom” , comemora.

Outro beneficiário do aumento da infraestrutura cicloviária da cidade é o cabeleireiro Fábio Fujimoto, de 48 anos. Ele veio pedalando um triciclo desde o Alto do Ipiranga, com destino ao Parque do Ibirapuera. Fábio usa esse tipo de veículo desde que precisou fazer fisioterapia para combater a paralisia que o corpo enfrenta devido a um acidente vascular cerebral sofrido há cerca de três anos.

“Como eu já pedalava, eu tive a ideia de montar esse triciclo para fazer exercícios para fortalecer a mão, perna e braço direitos”, explica. Para deixar o deslocamento confortável, ele relata que precisou fazer algumas adaptações no triciclo, como colocar rodas maiores, de aro 29.

Ele elogia a expansão cicloviária. “Eu fiz todo o trajeto em ciclovias. Está muito bom”, agradece.

Fonte: Mobilidade Estadão

GESTÃO DA SAÚDE PÚBLICA: CONHEÇA VOTUPORANGA, A PRIMEIRA CIDADE BRASILEIRA 100% CONECTADA

0

Como o município do interior de São Paulo tem reduzido desperdícios e aumentando a escala de atendimentos a partir da implantação de um sistema único de gestão de saúde pública. Santa Casa, um dos principais hospitais da região já utilizam tecnologia para ampliar o acesso ao SUS

A Saúde Digital já é uma realidade para a gestão da Saúde Pública no Brasil e a cidade de Votuporanga, no interior de São Paulo, é o mais recente exemplo de como é possível adotar a tecnologia para ampliar o acesso ao SUS de forma mais humanizada.

Votuporanga adotou duas soluções importantes para a integração dos dados pela gestão da Saúde Pública: o Global Health e o Personal Health, ambas da MV, multinacional focada na Transformação Digital da Saúde no Brasil e América Latina. E juntas, elas oferecem aos cidadãos e profissionais de Saúde toda a informação necessária para um cuidado médico seguro e de qualidade em qualquer unidade de Saúde do município.

Por que Votuporanga?

“A ideia é permitir que todo paciente atendido no sistema de Saúde Pública da cidade tenha acesso aos dados, na palma da mão. E, para isso, foi preciso desenvolver um novo padrão de visualização do prontuário em todos os diferentes sistemas, com uma interface que fosse de conhecimento de qualquer médico, independentemente do local onde ele estivesse atendendo, seja na unidade de atendimento como a Santa Casa ou no Ambulatório Médico de Especialidades (AME), que também fica em Votuporanga.”, informa Emerson Zarour, diretor de inovação da MV.

A escolha da cidade para um projeto como esse foi igualmente importante. Votuporanga tem 96 mil habitantes e pertence a uma regional de Saúde formada por 17 municípios próximos a São José do Rio Preto que, juntos, acolhem cerca de 200 mil pessoas. Tem sido, portanto, um projeto robusto e desafiador planejar a transição da gestão para a Saúde Digital.

“A cidade possui uma atenção primária já bem consolidada, embora a gente permaneça buscando mais acesso e oportunidades”, diz Ivonete Félix do Nascimento, secretária de Saúde do município, contando que são 22 equipes de Estratégia de Saúde de Família já atuantes, com outras dez sendo registradas, além de três equipes no formato de Atenção Primária. Além disso, a cidade possui uma unidade do Samu, uma UPA, um Centro de Especialidade Odontológica (CEO), um Serviço de Atenção às doenças Infectocontagiosas (SAI), dois Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), um ambulatório de saúde mental e um banco de leite humano. E tudo agora está conectado em um único sistema de gestão da saúde pública.

A tecnologia na prática

Em Votuporanga, qualquer profissional de Saúde que acessar o prontuário de um paciente, entrará no mesmo sistema. E nessa folha de rosto única do PEP, tem sido possível incluir dados relevantes ao histórico de Saúde, como as características físicas do paciente, suas comorbidades, uma lista de medicamentos que estão em uso, bem como alergias e sinais vitais. A ideia é que tanto o paciente quanto o médico possam acompanhar de perto qualquer progressão.

Mas, além de todos esses novos inputs no sistema, outro desafio foi necessário à tecnologia: trazer todo o legado dos últimos anos para ser consultado no sistema atual. “Com isso, chegamos a marca de 2,6 milhões de documentos clínicos; 1,6 milhão de exames homologados em sistema, além de 211 mil usuários únicos do Personal Health, reunindo informações que certamente vão se refletir em maior acesso”, explica Zarour.

O Personal Health, aliás, é o aplicativo que todo morador da cidade pode baixar para ter acesso a seu histórico e certamente é o maior benefício de um projeto como este: “Nele, dá para acompanhar graficamente os exames laboratoriais, além do histórico de consultas”, conta Zarour.

Com tanta informação útil acessível, a cidade já pode até pensar em criar linhas de cuidado a pacientes e distribuir mensagens através do aplicativo, facilitando a comunicação com o cidadão e trabalhando em seu comportamento de saúde. “Dessa forma, o tratamento não se encerra quando o paciente cruza a porta de saída do hospital, ele continua”, comemora Zarour.

Histórias de quem usa

Para o Dr. Roberto Biazi, diretor da Santa Casa de Votuporanga, o pioneirismo na iniciativa de ter um sistema de gestão de saúde pública 100% integrado é motivo de orgulho e garante a oportunidade de já praticar aquilo que se vislumbra como a Saúde do futuro: uma assistência apoiada em evidências e dados. O app da instituição ganhou o nome de “Santa Casa — Votu”. “A Santa Casa é um hospital filantrópico e que utiliza recursos do SUS. Saber que já estamos praticando uma Saúde Digital nos faz imaginar em todos os resultados em desfechos clínicos que vamos poder oferecer a população”, diz Biazi.

Segundo Daniel Martinez, gerente de TI da Santa Casa, os eventuais desafios relacionados a interoperabilidade entre os sistemas foram superados. “As dificuldades de conectar sistemas distintos eram gigantes e hoje estamos com o projeto concluído e com os aplicativos disponíveis aos cidadãos na Apple Stores e na PlayStore. Quem baixar, verá todos os dados da saúde um único lugar”, comemora ele.

Embora o acesso facilitado aos dados seja um ganho imensurável, o risco de vazamento dos dados existe, e medidas protetivas precisam ser tomadas a contento, especialmente pela LGPD e sua classificação de dados sensíveis. “Nesse sentido, o Global Health oferece uma segurança à privacidade pois está hospedado em um data center onde os dados são criptografados”, conta o gerente de TI. Além disso, o município adotou um programa de compliance à proteção de dados baseado nas ISOs da família 27.000 e todos os cidadãos assinaram consentimentos para o uso da informação.

Com informações da Assessoria de Imprensa

CLIQUE AQUI E ACESSE OUTRAS MATÉRIAS SOBRE SAÚDE

DICAS PARA UMA VIAGEM TRANQUILA COM VEÍCULO ELÉTRICO

0

Planejador de rotas facilitará percursos considerando modelo do automóvel, destino, número de ocupantes, temperatura e até relevo

Apesar de ter uma vocação fortemente urbana, o transporte eletrificado não pode se restringir ao perímetro das cidades. Não à toa, cada vez mais empresas vêm trabalhando para aumentar a oferta de pontos de recarga nas rodovias estaduais e federais. No final de agosto, por exemplo, MovidaNissan, rede de postos SIM e Zletric anunciaram uma parceria que viabilizará nove carregadores rápidos para interligar capitais e cidades na Região Sul do País.

A Rota Sul promete ser a primeira rede privada de eletropostos naquela região, somando-se à Eletrovia Paranaense, que liga o Porto de Paranaguá à Foz de Iguaçu; ao Corredor Elétrico Catarinense; e à futura Rota Elétrica Mercosul, que interligará o litoral norte do Rio Grande do Sul até a divisa com o Uruguai, totalizando 905 quilômetros (veja reportagem aqui).

A Região Sudeste também conta com uma série de iniciativas. Recentemente, a Vibra Energia anunciou um novo ponto de recarga para veículos elétricos na Rodovia Presidente Dutra, que liga São Paulo ao Rio de Janeiro. A empresa afirmou, na época, que até 2023 implementará outras 50 unidades em estradas brasileiras.

Rota Sul promete a instalação de nove carregadores rápidos para interligar as capitais da região. Foto: Rota Sul e Voltbras

Planejamento é essencial

Mesmo com o sistema de recarga em plena expansão, ainda existem vários gargalos e, diferentemente do que ocorre nas viagens em veículos a combustão, uma jornada com veículo elétrico exige uma cuidadosa preparação prévia.

Isso porque, apesar do amadurecimento tecnológico e operacional das redes de recarga, que já podem ser encontradas, em tempo real, nos aplicativos das principais operadoras (veja abaixo), ainda existem eletropostos desconectados da internet e fora dos mapas dos apps.

De acordo com Bernardo Durieux, CEO da Voltbras, startup de desenvolvimento de sistemas para eletromobilidade, esse cenário será simplificado até o final do ano, quando a empresa disponibilizará uma funcionalidade inédita no mercado nacional, o planejador de rotas que, em primeiro momento, estará disponível para os aplicativos da EDP e Wecharge. A tecnologia utiliza um algoritmo validado na Europa, configurado para o Brasil, e leva em consideração modelo do veículo, destino, número de ocupantes, temperatura do dia e relevo da estrada. Dessa forma, conseguirá indicar se o carro chegará ou não ao destino e ainda estimará o tempo parado para recargas.

Falta integração

Outro desafio para quem viaja de carro elétrico é a falta de unificação das informações em apenas um aplicativo. “O roaming está sendo o maior desafio das redes de recarga, atualmente. Estamos promovendo encontros para que as empresas possam discuti-lo e colocar em prática a interoperabilidade. Quem ganha é o usuário, pois terá maior previsibilidade e comodidade para se deslocar”, complementa Durieux.

Dicas para organizar sua viagem partindo de São Paulo

  • Conheça a autonomia do seu veículo e atenção ao relevo

Certifique-se da autonomia disponível e lembre-se que, ao contrário de modelos a combustão, os elétricos consomem mais em estradas devido a menor regeneração das baterias.  Leve em consideração o relevo da região. Quem trafega entre Rio e São Paulo, por exemplo, passará pela Serra das Araras, o que deve aumentar o consumo do seu carro. Já na descida, a frenagem regenera as baterias em todos os modelos híbridos e elétricos.

  • Tenha em mente alternativas de carregamento

Antes de sair de casa, dê uma olhada nos pontos de recarga disponíveis ao longo do caminho e tenha um plano B caso o carregador esteja ocupado ou com problemas. Uma dica valiosa é não atingir o limite da autonomia: sempre deixe uma margem de segurança para não ficar na estrada.

  • Encontre os eletropostos

Há diversas opções de aplicativos e sites que fazem essa busca, como os genéricos Waze e Google Maps, e os apps específicos para eletromobilidade, como WechargeNeochargeCorredor Verde, ZletricEDP EV ChargeTupinambáEzvolt e Plugshare.

  • Tempo de recarga

Pode variar entre 8 e 40 minutos, dependendo do tamanho da bateria do veículo e da potência do carregador disponível nas rodovias. Nas cidades, com pontos de recarga menores, o tempo de recarga pode chegar a 8 horas. Por isso, o planejamento é essencial.

  • Destinos seguros para ir com seu carro elétrico

Saindo da capital paulista, com qualquer modelo de autonomia mínima de 200 quilômetros, é possível chegar até a capital fluminense, as cidades mineiras de Uberaba e Poços de Caldas (via Anhanguera), São José do Rio Preto, no interior de São Paulo (via Ribeirão Preto), Curitiba (PR), dentre outras.

Fonte: Mobilidade Estadão 

MANIFESTO DA SOCIEDADE PEDE A CRIAÇÃO DO SISTEMA ÚNICO DE MOBILIDADE

0

Documento é assinado por 145 organizações, movimentos sociais e pesquisadores e propõe soluções para enfrentar o caos no transporte público do país

Um manifesto pela criação do Sistema Único de Mobilidade – SUM foi lançado hoje, 22 de setembro, marcando o Dia Mundial Sem Carro. Ao todo, 145 organizações da sociedade civil, movimentos sociais e pesquisadores do assunto assinam o documento, incluindo o Idec. A proposta surge diante da situação calamitosa da mobilidade urbana no Brasil, aprofundada pela pandemia, e traz soluções para combater as desigualdades, a crise climática e garantir o direito à cidade. Vem, ainda, como uma contribuição para a iniciativa do Governo Federal de criar um novo marco regulatório para o transporte público coletivo no país, que está em debate desde o início de 2022.

Entre os problemas apontados pelo manifesto estão a má qualidade dos serviços de transporte público coletivo e os aumentos constantes de tarifa, o que tem gerado uma diminuição progressiva no número de usuários. Além disso, cita a falta de financiamento para infraestrutura adequada e predominância de políticas públicas que priorizam carros e motos, bem como a falta de transparência sobre os custos das empresas concessionárias e a ausência de controle público e social sobre os sistemas.

O que é o SUM – Sistema Único de Mobilidade?

Para resolver o problema, os signatários propõem a criação de um Sistema Único de Mobilidade nos moldes do SUS – Sistema Único de Saúde e do SUAS – Sistema Único de Assistência Social. A ideia é a construção de um sistema integrado nas esferas federal, estadual e municipal. De acordo com o documento, o SUM – Sistema Único de Mobilidade deve ser um instrumento de:

  • Equidade: combatendo as desigualdades.
  • Universalidade: garantindo acesso universal das pessoas aos espaços e oportunidades das cidades, sem discriminação de qualquer natureza.
  • Acessibilidade: incluindo socialmente e garantindo o acesso à mobilidade especialmente para pessoas com deficiência, baixa mobilidade ou restrição de mobilidade.
  • Integralidade: promovendo acesso a todas as esferas de serviço da mobilidade urbana, de forma integrada, em uma lógica porta-a-porta, privilegiando a intermodalidade e a integração completa (física, tarifária e operacional), sem restrição de horários.
  • Sustentabilidade: combatendo a crise climática e melhorando a qualidade do ar.

Entre as diretrizes orientadoras do SUM – Sistema Único de Mobilidade estão:

  1. Participação e controle social deliberativos.
  2. Promoção da gestão metropolitana e de consórcios entre municípios.
  3. Linhas de financiamento para infraestruturas voltadas ao transporte público e à mobilidade ativa
  4. Financiamento, distribuição de recursos e responsabilidades de forma integrada entre as três esferas de governo: municipal, federal e estadual.
  5. Integração entre o planejamento urbano e o planejamento da mobilidade urbana; estratégias para a redução do tráfego e uso de veículos particulares.
  6. Transparência na composição de custos para a correta aplicação de subsídios.
  7. Transparência e canais de comunicação com a sociedade.
  8. Produção de dados que norteiem as políticas públicas.
  9. Frota limpa e fiscalização da emissão de poluentes.

Veja aqui o manifesto completo.

Qual a participação do Idec no SUM?

O Idec está envolvido com o debate do SUM – Sistema Único de Mobilidade desde final de 2021, quando chamou organizações da sociedade civil e pesquisadores sobre o tema para debater uma proposta de marco regulatório do transporte que atendesse aos interesses dos usuários do serviço. A ideia partiu inicialmente do Instituto Movimento pelo Direito ao Transporte Público de Qualidade – MDT em 2017, e o Idec a encampou.

Ao longo desse período, como único representante da sociedade civil no Fórum Nacional de Mobilidade Urbana, realizou uma série de conversas com o Ministério do Desenvolvimento Regional – MDR para trocar ideias e informações e aperfeiçoar o manifesto que estava em desenvolvimento.

A proposta do SUM faz contraponto ao projeto de lei (PL) 3278/2021 articulado pelos donos de empresas de ônibus de transporte público coletivo. Esse texto, que está em tramitação no Senado/Câmara foca apenas o equilíbrio financeiro das companhias, com repasses de dinheiro público sem transparência e participação social.

Fonte: Idec

MOBILIDADE URBANA NAS ELEIÇÕES: O QUE PROPÕEM OS CANDIDATOS EM SP

0

Planos de governo trazem propostas para o setor, considerando diversos modais

A mobilidade urbana está sendo um dos temas presentes nos planos dos candidatos ao Governo do Estado de São Paulo. Em geral, as propostas consideram diversos modais. Sobretudo o transporte coletivo.

Veja abaixo o que propõem os candidatos ao Governo do Estado de São Paulo sobre mobilidade urbana. Foram considerados aqueles mais bem colocados nas pesquisas de intenção de voto do Datafolha, que integram os debates: Fernando Haddad (PT), Tarcísio de Freitas (Republicanos), Rodrigo Garcia (PSDB), Vinicius Poit (Novo) e Elvis Cezar (PDT).

Fernando Haddad

O plano do candidato em mobilidade urbana cita a intenção de investir na infraestrutura de transporte, prioritariamente em projetos de baixo carbono. Além disso, há menção de investimento nas estruturas metropolitanas de metrôs e trens, para expandir o transporte sobre trilhos pelo estado.

Outro ponto é que o candidato pretende aumentar de forma gradual a integração entre os modais de transporte estadualmente, assim como melhorar as estradas vicinais, que não possuem revestimento asfáltico. Com isso, o objetivo é aumentar a eficiência e qualidade dos trajetos entre cidades, com impacto na retomada do crescimento e na geração de empregos.

Com relação ao transporte coletivo, Haddad propõe criar o Bilhete Único Metropolitano, integrando os sistemas tarifários municipais e intermunicipais nas regiões metropolitanas e aglomerações urbanas (que consideram áreas suburbanas), com um único meio de pagamento.

O candidato também quer revisar o sistema TOP. Segundo Haddad, o funcionamento teria sido concedido a uma empresa privada sem licitação.

Além disso, Haddad fala em Passe Livre do Idoso a partir de 60 anos no transporte metropolitano. Outra proposta é implementar novas fontes de recursos para superar o atual modelo de financiamento para viabilizar gratuidades como o Vale Transporte Social e o Passe Livre para estudantes e idosos.

Outros pontos abordados pelo candidato são criar uma autoridade metropolitana de transporte em todas as Regiões Metropolitanas; revogar a extinção da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) e torná-la uma agência de regulação dos transportes metropolitanos, inclusive da fiscalização dos contratos de concessão; requalificar o corpo técnico do Metrô, CPTM e EMTU; expandir o metrô, modernizar e ampliar as linhas da CPTM; qualificar as estações do Metrô e CPTM e terminais de ônibus; criar faixas livres para os ônibus; atualizar e implementar o Plano Cicloviário do Estado de São Paulo (Lei 10.095/98). Confira o plano na íntegra de Fernando Haddad aqui.

Tarcísio de Freitas

O candidato propõe criar um Plano Estadual de Logística e Investimentos. O objetivo é estabelecer uma política setorial de transportes de longo prazo. Assim, teria como foco a ampliação da participação dos modais ferroviário e aquaviário na matriz estadual de transportes.

Já com relação à aviação regional, Tarcísio de Freitas pretende fomentar os aeroportos e voos regionais, para ampliação da capilaridade e frequência aérea com o interior de São Paulo. Além disso, outra proposta é melhorar o aproveitamento do Porto de São Sebastião para escoamento do Polo Industrial do Vale do Paraíba.

Em seguida, Freitas também pretende apoiar as ações do Governo Federal ou coordenar a concessão e privatização de ativos importantes. Por exemplo, os aeroportos de Congonhas, Campo de Marte e os Portos de Santos e São Sebastião. Em relação às travessias litorâneas, pretende trabalhar em concessões individuais considerando a especificidade de cada travessia.

O candidato também propõe priorizar a conclusão de obras inacabadas. E promete ainda um novo Marco das Ferrovias, parcerias com a iniciativa privada, ampliar o uso da Hidrovia do Tietê e implantar rotas de trem e metrô para atender a população mais carente.

Implementar o Trem Intercidades, modernizar frotas de ônibus com acessibilidade e apoiar ampliação da oferta de táxis acessíveis também estão na proposta. Por fim, Tarcísio de Freitas quer ampliar o programa de revitalização e manutenção de rodovias vicinais. Portanto, quer implantar nas rodovias um sistema de monitoramento para ampliar a segurança e implantar Wi-Fi nas rodovias.

Confira o plano na íntegra de Tarcísio de Freitas aqui

Rodrigo Garcia

O candidato também fala em criar o Trem Intercidades, por meio de Parceria Público-Privada. Além disso, propõe expandir as linhas 2-Verde, 4-Amarela, 5-Lilás, 15-Prata e 17-Ouro. Embora fale em expansão, o plano também inclui criar outras linhas de trem e metrô.

Rodrigo Garcia também fala na conclusão do VLT da Baixada Santista e dos Corredores Itapevi e Guarulhos. Outra proposta é criar novos corredores em Arujá e Itaquaquecetuba.

Por fim, Garcia fala em concluir o processo de concessão dos serviços de transporte coletivo intermunicipal de passageiros. Neste caso, a proposta é válida para as Regiões Metropolitanas de Sorocaba e Vale do Paraíba. Além disso, o candidato propõe ampliar o sistema de vans LIGADO, da EMTU.

Confira o plano na íntegra de Rodrigo Garcia aqui

Vinicius Poit

Em seu plano de governo, Poit fala em buscar soluções para conclusão de obras prometidas mas não realizadas. Por exemplo, a finalização do Rodoanel, a extensão da rodovia Carvalho Pinto até Aparecida, os VLTs de mobilidade urbana, o trem de passageiros SP-Campinas-Vale Paraíba.

Também fala em um plano logístico para ampliar a malha ferroviária paulista, interligado com modais de transporte de cargas (Trem Paulista). Além disso, visa estabelecer marcos regulatórios para favorecer e atrair investimentos em infraestrutura e logística (Investe Aqui).

Confira o plano na íntegra de Vinicius Poit aqui

O candidato quer integrar as ações e o planejamento das Secretarias de Transportes e Logística, do estado e municípios. Isso inclui o Metrô, da CPTM, da EMTU e da ARTESP.

Também fala em promover junto aos municípios a elaboração e implantação de redes integradas e/ou consórcios de mobilidade. Além disso, quer instalar um Conselho Estadual de Mobilidade Urbana.

Elvis Cezar

Outra proposta é ampliar os recursos de infraestrutura de transporte e logística. Além de reforçar o papel da ARTESP (Agência de Transporte do Estado de São Paulo) na fiscalização. O candidato fala ainda em retomar a rede de trens intercidades.

Além disso, sobre a EMTU, Elvis Cezar propõe o fortalecimento da empresa. Já com relação a bicicletas, o candidato quer implantar uma Rede Cicloviária Estadual.

Ainda no que diz respeito à mobilidade urbana, o candidato quer modernizar a segurança no trânsito. Também propõe reformar e ampliar calçadas, reduzir emissões de poluentes, integrar modais de transporte e revisar contratos de concessões rodoviários.

Por fim, Elvis Cezar tem como proposta concluir a integração dos aeroportos de Guarulhos e Congonhas ao sistema metro-ferroviário da Grande São Paulo.

Confira o plano na íntegra de Elvis Cezar aqui

Fonte: Mobilidade Estadão 

RETRATO DO TRANSPORTE PÚBLICO BRASILEIRO: O CAOS DO DIA A DIA E AS PROMESSAS PARA O FUTURO

0

Ônibus elétrico pode baratear o custo das passagens além de melhorar a qualidade de vida nas grandes cidades.

Uma das grandes discussões no país, sempre foi a falta de recursos e investimentos para transporte público, resultando em frotas ultrapassadas, veículos poluentes e uma tarifa considerada a mais alta da América Latina. O cenário tornou- se ainda mais agravante com a pandemia Covid-19, onde mais de 10,8 milhões viagens realizadas por passageiros pagantes deixaram de ser realizadas. Os dados são da NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (2021/2022).

O Brasil nunca teve uma frota de ônibus urbano tão velha quanto atualmente. O cenário foi dado pela crise histórica da pandemia e a ausência de fontes de financiamento social que impactaram o setor. A frota de coletivos urbanos que respondem por mais de 50% do transporte da população nas cidades é a mais velha nos últimos 27 anos. As informações do anuário 2021-2022 foram levantadas em nove capitais: Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.

Os ônibus estão, atualmente, com uma idade média de seis anos, considerada a mais alta desde 2012, aponta o levantamento realizado pela NTU.

Mas o que vemos nas ruas são veículos desregulados e emitindo uma quantidade maior de dióxido de carbono (CO2), óxidos de nitrogênio (NOx) e material particulado (MPP), ônibus com assentos quebrados e até portas com problemas. Com a redução da frota de veículos e o aumento de passageiros (Pós Pandemia), as filas quilométricas são as protagonistas de quem precisa utilizar dos serviços.

Para Ricardo David, sócio-diretor da Elev, empresa que apresenta soluções para o ecossistema de mobilidade elétrica, os eletrificados, por meio do transporte público, podem ter impacto social e ambiental. “Quando falamos da sigla ESG, pensamos muito em questões relacionadas ao meio ambiente e a sustentabilidade, algo que claramente o carro elétrico está englobado, porém há muito mais que isso, como o impacto urbano e social que esses automóveis podem ter”, declarou o executivo, que explicou que em cidades onde os ônibus elétricos estão disponíveis, a população da preferência a estes automóveis.

Atualmente a Junta Orçamentária da Prefeitura de São Paulo, negou recursos para que a SPTrans coloque mais 220 ônibus em circulação na cidade em 2022, após pedido realizado em janeiro pela Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito (SMT).

O transporte público coletivo do Brasil chegou a ocupar em 2022 o segundo lugar no ranking de transporte mais caro da América do Sul, perdendo apenas para o Chile, os dados são da Cuponation – plataformas de cupons on-line. O país saltou em dois anos, da 55° posição para 36ª entre os países que têm os ônibus e metrôs mais caros do mundo.

“O Brasil também não pode perder a oportunidade. Estamos observando um movimento mundial, onde empresas e governos estão se comprometendo com o fim dos automóveis a combustão até 2035, na América Latina, observamos o avanço das empresas chinesas em mercados que eram dominados por empresas brasileiras uma década atrás”, afirma o executivo.

Os brasileiros que utilizam o transporte público coletivo diariamente estão gastando, em média, R$214 mensalmente para ir e vir. Aqueles que recebem em média um salário-mínimo de R$1.212, por exemplo, perdem 17,66% da renda com o transporte coletivo, sem retorno de investimento do governo em tecnologia e melhoria no transporte público elétrico, ou seja, além de pagar uma das tarifas mais altas da América Latina, o brasileiro tem de se contentar com as estruturas precárias oferecidas pelas empresas ou concessionárias. Em algumas cidades, porém, a situação é ainda pior. Em Brasília, o ticket de ônibus custa R$ R$ 5,50. A segunda capital mais cara do país é Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, onde a tarifa chega a R$ 4,80. Belo Horizonte, Curitiba e Florianópolis, empatam em R$4,50 cada.

O Brasil enfrenta três tipos de desafios para eletrificar suas frotas de ônibus, são eles: tecnológicos, financeiros e institucionais. E traz exemplos de novos negócios desenvolvidos pelas cidades para abandonar, ou reduzir ao máximo, a dependência de diesel no transporte público.

Em São Paulo (SP), apenas 18 ônibus elétricos dos 219 que compõem a frota da capital atualmente, são de modelos modernos, alimentados por baterias recarregáveis, os demais são troleos, que se utilizam de linhas aéreas para obter energia. Esse número representa somente 1,6% do total da frota, que possui cerca de 14 mil coletivos, número muito abaixo das metas estabelecidas inicialmente pela gestão municipal.

Salvador (BA) inaugura na próxima sexta-feira (23) os primeiros trechos de seu sistema BRT, que já nasce 30% elétrico – ao menos oito veículos elétricos a bateria, estão previstos para entrar em operação. Curitiba (PR) estuda a eletrificação dos corredores Inter 2 e BRT Leste-Oeste, com previsão de 150 veículos com bateria operando até 2024, enquanto o Rio de Janeiro (RJ) separou a operação da provisão de frota no novo edital do BRT, para aquisição de 550 veículos, sendo 65 elétricos, a serem entregues até 2023.

Uma das soluções previstas pelos governantes para melhorar a qualidade de mobilidade e de vida dos brasileiros, é o investimento em frotas elétricas. De acordo com a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), o custo por quilômetro, na comparação entre diesel e energia elétrica, cairia 73%, de R$3,10 para R$0,84. O combustível corresponde atualmente a um terço dos custos operacionais totais das empresas de ônibus. Além disso, o custo da manutenção das frotas elétricas apresenta um investimento 70% menor em comparação ao transporte convencional, o que se torna um incentivo para empresas do setor e também, o que causaria a diminuição do valor da passagem.

“Quando falamos dos automóveis elétricos nós estamos falando em dois pontos de economia. O primeiro é relacionado a tração, onde a energia elétrica pode ser muito mais econômica que a gasolina e o diesel e outro ponto é na manutenção, muito mais barata que a dos veículos movidos à combustão, principalmente pela quantidade menor de componentes necessários em um veículo elétrico. Isso reflete diretamente no preço das passagens para o consumidor final”, explica Ricardo David.

O especialista explica que, no total, os elétricos possuem cerca de 20% das peças de um carro à combustão e que a manutenção mensal e a troca e reposição de peças é significativamente menor. Já no quesito combustíveis, a economia é de 84% em um carro elétrico. A cobrança é feita a partir do preço do kWh que, em São Paulo, por exemplo, o preço se mantém em R$0,86, bem abaixo do nível nacional da gasolina ou do etanol.

Com informações da Assessoria de Imprensa

CLIQUE AQUI E ACESSE OUTRAS MATÉRIAS SOBRE MEIO AMBIENTE

LEILÃO PARA PRIVATIZAÇÃO DA CBTU-MG E CONCESSÃO DOS SERVIÇOS DO METRÔ-BH SERÁ REALIZADO EM 22 DE DEZEMBRO

0

Edital foi publicado no Diário Oficial da União dia 23. Investimento projetado é de cerca de R$ 4 bilhões ao longo de 30 anos de contrato

Brasília (DF) – Foi publicado, nesta sexta-feira (23), o edital para privatização da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) em Minas Gerais e para a concessão dos serviços prestados no metrô da Região Metropolitana de Belo Horizonte (MG). A empresa vencedora do leilão será a controladora da CBTU-BH e será responsável pela gestão, operação e manutenção da rede, incluindo a Linha 1 (Novo Eldorado–Vilarinho) e a Linha 2 (Nova Suíça-Barreiro). O leilão ocorrerá no dia 22 de dezembro, na B3, em São Paulo (SP).

A CBTU é uma empresa federal vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR). Por meio da Secretaria de Fomento e Parcerias com o Setor Privado (SFPP), a Pasta vem acompanhando todo o processo de desestatização e foi responsável por articular, junto ao Ministério da Infraestrutura e o Governo de Minas Gerais, investimentos de cerca de R$ 4 bilhões que serão utilizados para a conclusão de todo o projeto.

Atualmente, a rede de transporte metroferroviário em Minas Gerais tem apenas uma linha (Linha 1), que atende aos municípios de Belo Horizonte e de Contagem, compreendendo 19 estações e 28,1 km de extensão. Com a concessão, será feita a requalificação e a ampliação da linha existente em mais uma estação (Novo Eldorado, no município de Contagem), assim como a construção da Linha 2, cuja obra havia começado em 2004, mas depois foi paralisada, e que terá sete novas estações e 10,5 km de extensão.

A previsão é que as novas estações comecem a ser inauguradas a partir do quarto ano da concessão e que todas estejam operacionais no sexto ano. Ao todo, o investimento projetado é de R$ 4 bilhões ao longo de 30 anos do contrato.

Além disso, caberá ao futuro operador fazer a renovação da frota de trens e a modernização dos sistemas e da infraestrutura do Metrô-BH, resultando em uma operação mais eficiente e segura. O edital também prevê outros benefícios aos passageiros, como a disponibilização de sanitários gratuitos nas estações, a melhoria na conexão com as linhas de ônibus municipais e intermunicipais e a redução do intervalo entre as viagens, resultando em menor tempo de espera pelos usuários.

Para monitorar a qualidade dos serviços ofertados, o edital estabelece indicadores e metas de desempenho, bem como penalidades e multas em caso de descumprimento. Os estudos indicam que, após os investimentos, o sistema deve beneficiar aproximadamente 270 mil passageiros diariamente, dos quais 50 mil devem utilizar a nova Linha 2. É importante destacar que a privatização não implicará aumento do preço da passagem.

“Esta concessão vai permitir a modernização dos serviços. A linha 1 será ampliada, com mais uma estação, e também será construída a linha 2, que é um sonho de todos na capital mineira. Isso só é possível porque é uma ação entre dois governos que valorizam a iniciativa privada como forma de fomentar investimentos e dar mais eficiência ao serviço público”, destacou o secretário de Fomento e Parcerias com o Setor Privado do MDR, Fernando Diniz.

O secretário especial do Programa de Parcerias de Investimentos do Ministério da Economia, Bruno Westin, destacou que o projeto de concessão foi feito com diálogo entre todos os envolvidos, inclusive os colaboradores da CBTU. “O que tem previsto na privatização é levar em consideração que já existe uma empresa operando o sistema metroviário em Belo Horizonte, com pessoas trabalhando. Os atuais colaboradores terão estabilidade de 12 meses e também ofereceremos 10% das ações a eles”, informou.

Estruturação e Modelagem

A concessão do Metrô-BH é uma das frentes da desestatização da CBTU, qualificada no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) e incluída no Programa Nacional de Desestatização (PND). A CBTU é uma empresa pública criada em 1984, atualmente vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), sendo a União proprietária de 100% de suas ações. Entretanto, a Constituição Federal de 1988 atribuiu aos governos estaduais a gestão dessas redes de transporte e, desde então, as operações têm sido transferidas para os estados. A modelagem é fruto de uma a parceria do Ministério da Economia, Ministério do Desenvolvimento Regional, BNDES e o Governo do Estado de Minas Gerais.

No caso da CBTU, para fazer a transferência do Governo Federal para os estados, chamada de descentralização, é necessário segregar as operações do restante da empresa, por meio de cisões que criam filiais regionais. Em Minas Gerais, foram criadas as subsidiárias CBTU-MG e Veículo de Desestatização MG Investimentos S/A (VDMG), como braços regionais da CBTU, que serão transferidas ao futuro concessionário.

Assim, sairá vencedora do leilão a proponente que oferecer o maior valor para a aquisição das ações da VDMG, cujo valor mínimo é de R$ 19.324.304,67 (dezenove milhões, trezentos e vinte e quatro mil, trezentos e quatro reais e sessenta e sete centavos).

A estruturação da parceria foi conduzida conjuntamente pelos Governos Federal e de Minas Gerais, tendo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) como coordenador dos estudos de viabilidade técnica, econômica, ambiental e jurídica, que resultaram em relatórios e minutas de edital e contratos. Todo esse conjunto de documentos foi submetido à consulta e audiência pública, a fim de dar publicidade ao projeto e colher sugestões da sociedade e, após isso, foram analisados e aprovados pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

O edital e seus anexos, bem como todas as informações sobre a desestatização, podem ser obtidos no site e no Hub de Projetos do BNDES.

Fonte: Gov.br

EVENTO REVELA AS CIDADES MAIS INTELIGENTES E CONECTADAS DO PAÍS

0

 Connected Smart Cities & Mobility acontece em outubro de 2022 para propor o debate de ideias e projetos para dar eficiência à relação entre os municípios e seus habitantes

 Falta pouco menos de uma semana para a realização da 8ª edição do Connected Smart Cities & Mobility, o principal encontro nacional entre sociedade civil, academia, iniciativa privada e poder público para o debate e apresentação de projetos sobre cidades inteligentes e mobilidade urbana. 

Realizado de 4 a 5 de outubro de 2022, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, e também no dia 6 de outubro, mas apenas na versão digital, o evento é esperado com muita expectativa pela iniciativa privada e pelas gestões públicas em todo o país, porque é durante o Connected Smart Cities & Mobility que é revelada qual a cidade mais inteligente e conectada do país. 

Trata-se da edição 2022 do Ranking Connected Smart Cities, elaborado em parceria com a Urban Systems. O ranking CSC é um minucioso levantamento que identifica as cidades que melhor se posicionaram na avaliação de critérios por eixos de mobilidade, urbanismo, meio ambiente, tecnologia e inovação, economia, educação, saúde, segurança, empreendedorismo, governança e energia. A edição 2022 do Ranking Connected Smart Cities coletou dados e informações de todos os municípios brasileiros com mais de 50 mil habitantes, totalizando 680 cidades.

 No ano passado, São Paulo (SP) se manteve no primeiro lugar geral do ranking. Florianópolis (SC) foi a segunda colocada, seguida de Curitiba (PR), Brasília (DF), São Caetano do Sul (SP), Rio de Janeiro (RJ), Campinas (SP), Niterói (RJ) e Salvador (BA). Também foram premiadas as cidades de Balneário Camboriú (SC), Belo Horizonte (MG), Barueri (SP), Palmas (TO), e Jaguariúna (SP). Prefeitos e secretários municipais receberam o troféu de cidade mais inteligente e conectada do Brasil.

 Soluções inteligentes para cidades inteligentes

 A transformação da pirâmide demográfica, os fluxos migratórios acelerados pela pandemia, a recessão econômica mundial que pressiona e transforma as relações de trabalho e as formas de consumo, entre tantas outras “novas” realidades deflagradas nos últimos dois anos evidenciaram a necessidade de propor o debate em torno das transformações necessárias nas relações entre os centros urbanos e seus habitantes. 

 É nesse contexto que o Connected Smart Cities & Mobility acontece. Como explica Paula Faria, CEO da Necta – Conexões com Propósito, idealizadora do evento: “Temos como propósito aproximar os stakeholders e promover as boas práticas e os projetos que viabilizem melhorias concretas na experiência cotidiana de cada indivíduo. O objetivo do Connected Smart Cities & Mobility é trazer soluções para tornar as cidades brasileiras mais inteligentes, humanas e sustentáveis e, por isso, reunimos empresas de diversos segmentos de atuação e o poder público para que juntos viabilizem sinergias que promovam desenvolvimento”. 

O evento tem 12 palcos simultâneos nas quais as seguintes temáticas serão abordadas por especialistas: cidades prósperas, cidades empreendedoras, cidades participativas engajadas urbanismo sustentável nas cidades, cidades conectadas, cidades resilientes e inclusivas, mobilidade para as pessoas, mobilidade ativa, mobilidade compartilhada, veículos elétricos, data analytics e tendências, conectividade e integração.

Além de rodadas de negócios e workstations, o Connected Smart Cities & Mobility conta com a participação de empresas líderes em soluções inteligentes para mobilidade, urbanismo, meio ambiente, energia, tecnologia e inovação, educação, saúde, segurança e empreendedorismo. 

Prêmio

Ainda durante o Connected Smart Cities & Mobility acontece também a premiação dos melhores projetos inovadores, orientados para a resolução de problemas das cidades e elaborados por pessoas jurídicas de direito público ou privado, com sede no Brasil. 

Este ano, o prêmio está dividido em duas categorias: Negócios Pré-Operacionais, referindo-se a iniciativas que ainda não atingiram o break even e que estão sendo financiadas por investimentos e não pelo resultado das receitas e lucros gerados. A segunda categoria são Negócios em Operação, ou seja, produtos ou serviços que já tenham gerado receita para suas empresas e que estão plenamente disponíveis no mercado.

Na oitava edição, o prêmio é uma iniciativa da plataforma Connected Smart Cities & Mobility, da Necta, em parceria com a Neurônio Ativação de Negócios e Causas.

AirConnected

Simultaneamente ao Connected Smart Cities, a Necta organiza o AirConnected – Transporte Aéreo Resiliente, Flexível e Tecnológico, evento dedicado à cadeia do transporte aéreo para debater a colaboração entre os diferentes atores, com a finalidade de encontrar alternativas sustentáveis, considerando a necessidade de flexibilidade e adequação de todos os envolvidos. 

Em 2022 o evento traz uma novidade: o lançamento do Connected Urban Air Mobility (CUAM), conectando as novas soluções de mobilidade aérea, como eVTOLs e aeronaves regionais elétricas, com a discussão da cadeia de transporte aéreo, de cidades e mobilidade urbana, eventos simultâneos e complementares ao CUAM.

“Organizamos os eventos simultaneamente para potencializar as sinergias. A mobilidade urbana precisa ser compreendida de forma sistêmica e integrada”, acrescenta Paula. 

 Em 2021, o Connected Smart Cities & Mobility e o AirConnected reuniram mais de 300 palestrantes e, aproximadamente, 600 pessoas no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, além de 2.400 acessos que foram registrados na plataforma de transmissão online.  

 8ª Connected Smart Cities & Mobility e Airconnected -Transporte Aéreo Resiliente, Flexível e Tecnológico

Quando: 4 a 5 de outubro de 2022 (presencial) e 6 de outubro (digital).

Onde: Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo.

Inscrições: clique aqui.

STELLANTIS E ECOVAGAS AMPLIAM PARCERIA PARA RECARGA DE VEÍCULOS ELÉTRICOS

0

Até o fim do ano, 500 vagas com estações de recargas estarão disponíveis em várias cidades do Brasil

A fabricante de automóveis Stellantis renovou por mais três anos o contrato das Ecovagas, uma parceria entre a Estapar, maior rede de estacionamentos do país, e a Enel X Way, linha de negócios do Grupo Enel dedicada à mobilidade elétrica, que inclui a extensão da parceria e a ampliação do número de vagas com pontos de recargas para veículos híbridos plug-in e elétricos no Brasil. A previsão é que até o fim do ano, cerca de 500 vagas com estações de recargas estejam disponíveis em várias cidades brasileiras e potencial expansão gradativa para mil pontos a partir de 2023.

Atualmente, os clientes Stellantis têm acesso a mais de 200 pontos de recarga instalados em 29 cidades, em 13 estados brasileiros. Esta é a primeira rede de recarga semipública para veículos híbridos plug-in e elétricos do país. De acordo com Breno Kamei, Diretor dos Programas e Planejamento de Produtos da Stellantis para a América do Sul, a ampliação das Ecovagas chega para dar suporte aos mais recentes lançamentos de veículos híbridos plug-in e elétricos de passeio da fornecedora. Atualmente, estão à venda no Brasil o Fiat 500e, o Peugeot e-208 GT, além do novo Jeep Compass 4xe híbrido plug-in. A previsão é que até 2025, a Stellantis tenha mais sete elétricos e híbridos comercializados no país.

Os donos de veículos podem estacionar nas vagas designadas pela parceira pagando apenas a taxa relativa ao estacionamento, sem custo adicional pela utilização do serviço de recarga. O benefício também se estende aos novos pontos de recarga implantados, que estarão potencialmente disponíveis até o fim de 2023 e se localizarão em pontos estratégicos, como restaurantes, rodovias, condomínios, centros empresariais, aeroportos, estádios e hospitais, além dos estacionamentos da Estapar. As vagas da Ecovagas contam com equipamentos com a tecnologia da Enel X Way, capazes de carregar 80% da bateria de um veículo elétrico em três horas.

Para André Iasi, CEO da Estapar, está sendo oferecido aos clientes e parceiros o que há de mais moderno e inovador dentro do setor. Já segundo o responsável pela Enel X Way Brasil, Paulo Roberto Maisonnave, a ampliação da parceria se insere no contexto de uma demanda crescente por carros elétricos no país e está alinhada ao foco da empresa, que é desenvolver soluções para infraestrutura de recarga com inteligência e conectividade.

As novas vagas serão disponibilizadas aos clientes Stellantis (Fiat, Peugeot e Jeep) ao longo dos próximos meses e estarão à disposição à medida em que forem concluídas. Não há previsão de término desta parceria e novas parcerias e associações já estão mapeadas e em desenvolvimento pelo time da unidade de negócio de e-Mobility da Stellantis presente no Brasil. A perspectiva é aumentar e fomentar a oferta de pontos de recarga disponíveis no país, com benefícios especiais aos clientes do grupo.

Com informações da Assessoria de Imprensa

CLIQUE AQUI E ACESSE OUTRAS MATÉRIAS SOBRE MOBILIDADE

MOBILIDADE URBANA X CONGESTIONAMENTOS NO TRÂNSITO: QUAIS SÃO AS SOLUÇÕES

0

O que podemos esperar da mobilidade urbana e congestionamentos no trânsito

Em setembro, comemora-se o mês da Mobilidade Urbana no Brasil. Ao longo dos anos, a temática principal dos debates recorrentes que acontecem no período gira em torno de “o que já mudou”, e “o que ainda vai mudar”, em especial no que se diz aos congestionamentos no trânsito.

Conforme Guilherme Cavalcante * – CEO e fundador do app UCorp – neste ano, com certeza, temos de ter um debate parecido, até para exaltarmos as transformações que o setor já alcançou, bem como, as novidades que estão sendo desenvolvidas para o futuro.  Veja a seguir o que fala o especialista para o Garagem360.

O que podemos esperar da mobilidade urbana e congestionamentos no trânsito

“Acredito, que neste ano devemos dar um passo a mais em nossas discussões, e ter como tema principal, qual deve ser a postura a ser adotada por toda a sociedade, principalmente, por agentes que diretamente lidam com o avanço de pautas ligadas a descarbonização de operações e cidades inteligentes”, avalia Cavalcante, para o Garagem360.

“Até porque, vemos que as mudanças já estão acontecendo, e o que poderia ser tratado como novidade, hoje, já é uma realidade, e isso quem revela são as próprias pesquisas”, completa o executivo.

O CEO ainda ressalta que, recentemente, a McKinsey & Company divulgou um levantamento em que os brasileiros manifestaram maior interesse por carros elétricos, micromobilidade e tecnologia em níveis superiores ao de consumidores de outros países.

De acordo com Cavalcanti, a empresa revelou que há um grande interesse por soluções como assinatura de veículos eletrificados e micromobilidade.

“O número de vendas de carros elétricos no país também é crescente. De acordo com a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), a comercialização de veículos híbridos e 100% elétricos aumentou 78% no primeiro quadrimestre de 2022, na comparação com o mesmo período do ano passado”, exemplifica o especialista.

Cavalcanti também enfatiza que já caiu nas graças do brasileiro o sistema de carsharing, ou nano locação, serviço de compartilhamento de veículos em que o usuário só paga pelo período que usa e pode devolver em uma base próxima.

“Empresas brasileiras estão investindo em frotas corporativas nos principais centros do país, além de, condomínios já oferecerem como serviço para seus moradores, casos da Osten, Housi, VEC Itaú, entre outros”, diz o CEO.

Ele completa que, apesar de grandes dificuldades sentidas em qualquer setor do nosso país, ainda mais quando falamos em um setor que exige mudanças estruturais, estamos bem encaminhados nas novidades do mercado de mobilidade, e, de certa forma, já se adaptando.

Para Cavalcanti, neste mês em que aproveitamos a temática para colocar o setor em foco, devemos apostar em novas tecnologias e exigir quais os investimentos e projetos foram implementados e quais indicadores que devemos ter para que essas mudanças avancem e cheguem o quanto antes ao alcance de todos.

“Não dá mais para ficar somente na teoria”

“Não dá mais para ficar somente na teoria, nós já validamos muitas frentes que agora precisam ter foco em execução, em parcerias que viabilizem escala e impacto real”, afirma o CEO.

“Em destaque teremos o Blockchain e as novas metodologias para redução de CO2 e em como podemos avançar para alcançar uma “infraestrutura real” que atenda aos veículos elétricos e híbridos da frota atual e futura, para que isso não seja um impeditivo ao adquirir um veículo elétrico, ou então, quais podem ser os incentivos públicos e privados para que a sociedade como um todo tenha acesso a esse novo modelo de mobilidade, mais eficiente, conectada, elétrica e sustentável”, fala o especialista para o Garagem360.

Por fim, Cavalcanti acredita que está claro que o Brasil é um país cheio de dores quando falamos em novas formas de se locomover nas cidades, porém não estamos parados, o mercado está se conectando, criando soluções e abrindo muitas oportunidades para empreendedores e empresas trabalharem pelo mesmo propósito.

Fonte: Garagem360