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ABREE E PREFEITURA DE GUARUJÁ REALIZAM DRIVE THRU PARA RECICLAGEM DE ELETROELETRÔNICOS E ELETRODOMÉSTICOS

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Campanha será realizada no dia 26 de novembro com a missão de viabilizar a destinação ambientalmente correta para os produtos em fase final de vida útil

A ABREE – Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos, em parceria com a Prefeitura de Guarujá (SP), realiza campanha para arrecadação de eletroeletrônicos e eletrodomésticos pós-consumo. O ponto de recebimento estará disponível no dia 26 de novembro (sábado), das 9h às 16h, na Praça Quatorze Bis – Vicente de Carvalho. O intuito da ação é promover a logística reversa, por meio do descarte correto desses produtos, além de contribuir para a preservação do meio ambiente.

Para o consumidor que deseja participar da iniciativa, a orientação é que ele verifique quais aparelhos não estão mais funcionando ou estão obsoletos em casa e levar até o local de descarte. Os produtos que podem ser arrecadados são: celulares, fones de ouvido, televisores e até geladeiras, entre outros. A equipe da ABREE também estará presente durante o recebimento, para tirar dúvidas em relação a importância da destinação ambientalmente correta dos materiais.

“Estamos muito felizes em poder realizar essa ação em mais uma cidade. Queremos conscientizar cada vez mais pessoas sobre a importância da reciclagem dos eletroeletrônicos e eletrodomésticos, já que eles possuem muitos componentes altamente nocivos ao meio ambiente. Contamos com todos os guarujaenses na arrecadação desses equipamentos, para avançarmos ainda mais na logística reversa na região”, ressalta o presidente executivo da ABREE, Sergio de Carvalho Mauricio.

‘’É de suma importância essa aproximação do poder público e representantes da logística reversa com a população, buscando aprofundar o envolvimento das pessoas nesse processo de conscientização e educação ambiental na destinação adequada dos resíduos eletroeletrônicos e eletrodomésticos, diminuindo os impactos nos serviços de limpeza municipal e melhorando a qualidade ambiental do município’’, ressalta o Secretário Interino de Meio Ambiente, Antonio Lopes.

Além disso, a ABREE conta também com 78 pontos de recebimento espalhados pelo litoral sul de São Paulo, sendo 10 no Guarujá (SP). Esse conjunto de ações e serviços disponíveis para população, colabora diretamente para a qualidade da saúde humana e ambiental, visto que tem o potencial de reduzir a poluição e emissão de gases danosos nos mares, rios e vias.

Com o objetivo de atingir as metas estabelecidas no Decreto Federal 10.240/20, a ABREE, como entidade gestora, colabora no atendimento legal da destinação de 100% dos produtos eletroeletrônicos e eletrodomésticos descartados pelos consumidores. Junto aos seus parceiros contabiliza mais de 4,7 mil pontos de recebimento pelo Brasil, e está presente em mais de 1,3 mil municípios.

No site da associação, é possível encontrar os pontos de recebimento mais próximos, realizando uma busca por meio do CEP. Além disso, consta uma lista completa de quais produtos podem ser descartados, como: batedeira, ferro elétrico, fone de ouvido, liquidificador, máquina de costura, micro-ondas, purificador de água e televisão, entre outros. Para saber mais, acesse: https://abree.org.br/pontos-de-recebimento .

SERVIÇO

CAMPANHA DE ARRECADAÇÂO DE ELETROELETRÔNICOS E ELETRODOMÉSTICOS EM GUARUJÁ (SP)

  • Data: 26 de novembro
  • Horário:  09h às 16h
  • Local: Praça Quatorze Bis – Vicente de Carvalho (Avenida Thiago Ferreira com Guilherme Guinle, Guarujá – SP, CEP: 11450-280)

Exemplos de equipamentos pós-consumo que podem ser descartados:

  • Celulares
  • Fone de ouvidos
  • Geladeiras
  • Baterias
  • Televisores
  • Secadores
  • Batedeiras
  • Fogões
  • Micro-ondas
  • Entre outros

Com informações da Assessoria de Imprensa

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FÓRUM BRASIL ÁFRICA 2022 ACONTECE NA PRÓXIMA SEMANA COM A TEMÁTICA: “CIDADES SUSTENTÁVEIS: DESAFIOS GLOBAIS, SOLUÇÕES LOCAIS”

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Evento que possibilita boas práticas, boas experiências e facilita as parcerias entre o Brasil e o continente africano acontece no WTC Events, em São Paulo, nos dias 29 e 30 de novembro

Depois de dois anos sem edição presencial por conta da pandemia da Covid-19, o Fórum Brasil África (Brazil Africa Forum – BAF) retorna, nos dias 29 e 30 de novembro (terça e quarta) de 2022, ao WTC Events São Paulo.

Com o tema “Cidades Sustentáveis: Desafios globais, soluções locais”, o BAF 2022 chega para inspirar gestores brasileiros e africanos para uma agenda urbana mais justa, democrática e sustentável, com objetivo de repetir o sucesso dos anos anteriores, quando também reuniu vários Chefes de Estado, agentes governamentais, líderes de agências de fomento e instituições financeiras, além de representantes do setor privado e sociedade civil.

Segundo, explica o professor João Bosco Monte, fundador e presidente do IBRAF, na programação de 2022, haverá nove eixos com temas-chave: Infraestrutura, Saúde e Saneamento, Mobilidade Urbana, Energias Renováveis, Gestão de Resíduos, Agricultura Urbana, PPPs, Esportes e Indústria Criativa.

Ainda estão previstas na programação sessões plenárias com palestrantes convidados nas suas áreas de especialização, eventos paralelos e showcases sobre temas relacionados a políticas públicas e planejamento urbano. Isso tudo, claro, com transmissão ao vivo e com tradução simultânea (francês, inglês e português) por meio das redes sociais do IBRAF, que possibilitará a participação de pessoas onde quer que elas estejam.

Ao chegar em sua 10ª edição, o Fórum se consolida como o encontro gerador de oportunidades entre o Brasil e a África, ao buscar melhorias e aperfeiçoamento, tanto de instalações físicas, com infraestrutura, energia e saneamento – além de treinamentos educacional e técnico ligados à tecnologia – com presenças de lideranças africanas e brasileiras, assim como um time especializado de palestrantes que marcaram presença ao longo dos anos.

Conforme explica João Bosco Monte, Presidente do Instituto Brasil África, que é Doutor em Educação pela Universidade Federal do Ceará, “Das 10 economias que mais cresceram, sete estão no continente africano. Hoje, a população está em torno de 1,4 bilhão de habitantes. Em 2050, a expectativa é que tenhamos quase 3 bilhões de pessoas residindo lá. É preciso virarmos nossos olhos para a África. Lá há ótimos negócios em potencial”.

Com Pós-doutorado na Universidade de Brasília (UnB), com o foco da pesquisa na integração do continente africano, o professor João Bosco já esteve em 46 dos 54 países do continente africano, sendo que em muitos deles por mais de uma vez (em alguns várias vezes, já tendo ido para lá cinco vezes somente em 2022). Para ele, não só como um estudioso de lá, mas também consultor internacional para organizações brasileiras e estrangeiras, colunista e comentarista de veículos de comunicação relevantes no Brasil sobre o tema, o BAF 2022 destacará experiências locais bem-sucedidas com o objetivo de inspirar gestores brasileiros e africanos, além de europeus e americanos, para uma agenda urbana mais justa, democrática e sustentável.

Sendo assim, a necessidade de debater a questão das cidades sustentáveis no Brasil e na África, dentro de um cenário mundial cada vez mais ascendente na área socioambiental, faz do Fórum Brasil África 2022 uma oportunidade essencial de discussão de boas práticas, troca de experiências e formação de parcerias.

“O Brasil e a África abrigam várias das cidades mais importantes do mundo, algumas com dezenas de milhões de pessoas e outras com dotes naturais inigualáveis, dinâmica política única e desenvolvimento econômico proeminente. São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, Brasília e Porto Alegre, do lado brasileiro, Lagos, Kinshasa, Joanesburgo, Nairóbi e Cairo, do lado africano, para citar alguns, são grandes exemplos do que pode ser alcançado no nível de desenvolvimento sustentável. Essas cidades enfrentam barreiras comuns e estão prosperando com ideias inovadoras, precisando apenas de um brilho para abalar o status quo e transformar a vida de inúmeros cidadãos”, diz o Professor João Bosco Monte.

Serviço:

Fórum Brasil África 2022

Data: 29 e 30 de novembro (terça e quarta)

Horários:

29/11 – 10h-16h30 (seguido de coquetel, das 20h às 22h)

30/11 – 8h30 – 16h30

Local: WTC Events Center, São Paulo (SP)

Informações: https://forumbrazilafrica.com/pt/principal/

Com informações da Assessoria de Imprensa

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COP 27 – O QUE FAZER COM MAIS DE 82 MILHÕES DE TONELADAS DE LIXO PRODUZIDAS ANUALMENTE NO BRASIL?

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A relação entre a gestão de resíduos e a crise climática global foi um dos principais assuntos discutidos na COP 27

Assunto amplamente debatido na COP 27, a gestão de resíduos é essencial para redução dos impactos globais no clima. Como destaque mundial, países africanos lideram iniciativas e ações para redução de lixo, estimulando a economia circular. Mas, em contrapartida, outros locais ainda enfrentam desafios sobre o tema, como o Brasil, onde a produção de lixo corresponde a mais de 82 milhões de toneladas por ano e apenas 2% dela é reciclada, de acordo com dados do Plano Nacional de Resíduos Sólidos, divulgados em 2022. Como medida, o governo federal anunciou, a meta de zerar os aterros até 2024 e realizar o tratamento correto e reciclagem de resíduos até 2040, temas também apresentados e discutidos na conferência.

Porém, como fazer tudo isso em pouco tempo, conectando o meio ambiente e todos os seus impactos? Isso porque a decomposição do lixo aumenta a emissão de carbono, conforme estudo do Departamento de Economia do Sindicato Nacional das Empresas de Limpeza Urbana (Selurb) são 6 milhões de toneladas de dióxido de carbono que vão para a atmosfera com a gestão incorreta dos resíduos.

Além disso, em contato com o solo, o lixo contamina a terra, lençóis freáticos, nascentes e rios de água potável, podendo causar doenças ou mortes. Com o tratamento correto é possível minimizar esses impactos, além de gerar fonte de renda para as pessoas, contribuindo para o impacto social e a economia circular. No território brasileiro, atualmente, há o crescimento de startups e instituições com esse propósito: unir a redução de resíduos com a geração de empregos:

Assim como o Uber e o iFood concentraram os diferentes elos de suas cadeias produtivas em uma plataforma, a 4H está reunindo todos os agentes determinantes para tratar o lixo de forma sustentável. Todos ganham dinheiro: desde uma grande empresa que precisa ter controle na destinação de seus resíduos até os moradores da região que reciclam os materiais. Todos ganham valor: a meta é zerar a destinação de todos os tipos de resíduos para aterros sanitários até 2030. Neste momento, são 40 hubs em formação no país, 4 deles já implantados em uma das principais indústrias de bebidas do país.

“Somos um ecossistema que conecta aqueles que querem transformar o lixo em ouro. Os Centros de Distribuição de grandes empresas já estão instalados em locais estratégicos. Cada um, ao se juntar à 4H, dá o pontapé para iniciarmos a construção de um hub local, onde integramos todos os agentes necessários para o descarte e venda dos recicláveis. Fazemos uma gestão de ponta a ponta de forma inclusiva e com métricas reais. São práticas verdadeiras de ESG, alinhadas aos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU)”, afirma a CEO da 4H, a arquiteta e urbanista Ana Arsky.

A 4H (4 Hábitos para Mudar o Mundo) foi criada em 2019, no Distrito Federal. É a primeira empresa do DF certificada pelo Sistema B – uma comunidade global de líderes que usam os seus negócios para a construção de um sistema econômico mais inclusivo, equitativo e regenerativo para as pessoas e para o planeta. “O pensar, o sentir e o agir estão alinhados para colocarmos em prática as intenções das empresas de serem melhores para o planeta. E isso começa com 4 hábitos: separar, reduzir, recuperar e multiplicar”, diz Ana.

Além do Sistema B, a 4H é membro do Instituto Capitalismo Consciente Brasil (ICCB) e da Humanizadas. Está presente no CUBO Itaú, o maior hub de startups da América Latina. É ainda membro cofundador do ∞labs, uma catalisadora de ecossistemas voltados para a economia infinita, uma nova onda de modelos de negócios que chega após o boom das startups. Já passou por programas de aceleração de instituições como Sebrae, Bossanova, Deloitte Brasil e UK,  B2Mamy, Distrito, Seed MG, FiNEP, FAP DF, Planeta Startup da Microsoft e RedeTV!, Amcham e Inovativa de Impacto da Certi.

“O próprio lixo financia o tratamento dele: é auto sustentável”, destaca Ana Arsky

Como funciona – O lixo é autodeclaratório no mundo inteiro e fabricantes de quaisquer produtos, ou até mesmo serviços, descartam resíduos que sobram de seus processos. A 4 Hábitos para Mudar o Mundo, ou apenas 4H, avalia e metrifica o que as companhias têm feito com seu lixo, sendo capaz de colocar em prática um novo processo envolvendo colaboradores, gestores e equipes parceiras. Desta forma, ao final da execução de seu trabalho de alinhamento das ações necessárias, faz com que o volume de recicláveis aumente consideravelmente.

Para isso, a 4H age em uma jornada dividida em seis etapas. Durante a avaliação (1) é feito, em apenas dois dias, um diagnóstico do potencial de resíduos do estabelecimento. Com o diagnóstico (2) em mãos, tem-se o resultado comparativo com cruzamento de dados dos últimos três meses. Em seguida, é a vez de configurar (3), quando é feita a implantação do suporte, equipamentos e estratégia para descarte correto. Durante o treinamento (4) é realizada a estruturação a partir da comunicação e capacitação presencial dos operadores e educação para os colaboradores. A seguir, na etapa de logística (5), é feita a trilha de coleta de resíduos com rastreabilidade e, então, na plataforma (6), é construído o painel de controle digital e estoque de documentação.

“Durante cada fase, setores diversos da empresa, como inovação, logística, RH e financeiro, são envolvidos no processo, tornando-o linear, consistente e eficaz”, conta Ana Arsky, cofundadora e diretora executiva da empresa.

A 4H faz toda a gestão, de ponta a ponta, gerindo os fluxos de  materiais e financeiros, tendo catadores treinados atuando no controle de qualidade. Com isso, ela auxilia a empresa a fortalecer verdadeiramente sua cultura de sustentabilidade. “Esses profissionais possuem habilidades únicas, em qualidade e agilidade. Devidamente remunerados nesse trabalho, o círculo virtuoso se completa e todos saem ganhando”, afirma Ana.

Essas mudanças não impactam apenas quem está diretamente envolvido no processo daquela empresa, mas também ajuda a reverter as mudanças climáticas e a promover igualdade social“Hoje, a grande maioria das empresas pagam para o serviço de coleta levar para o aterro seu lixo e gerar mais poluição, enquanto é possível, por meio do trabalho da 4H, que elas recebam pagamento pelo seu lixo reciclável possibilitando, ainda, melhorias expressivas na qualidade de vida dos catadores e de suas famílias que têm suas rendas ampliadas a partir do serviço de controle, além do reflexo positivo nas comunidades moradoras das periferias que circundam os aterros sanitários”, explica Ana.

Com informações da Assessoria de Imprensa

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PROGRAMA COPICOLA É FINALISTA NO 26º CONCURSO DE INOVAÇÃO PÚBLICA DA ENAP

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O Concurso Inovação visa reconhecer e valorizar equipes de servidores públicos que se dedicam a repensar atividades cotidianas, trazendo melhorias para a gestão das organizações e políticas públicas.

O CopiCola, programa coordenado pelo (011).lab em parceria com Secretaria Municipal de Inovação e Tecnologia (SMIT), identifica e sistematiza práticas inovadoras da administração pública da Cidade de São Paulo. O Concurso de Inovação Pública da Escola Nacional de Administração Pública (ENAP), reconhece e valoriza as equipes de servidores públicos que se dedicam a repensar atividades cotidianas e visam melhorias para a gestão e políticas públicas, nomeou o programa como finalista da sua 26º edição.

O concurso, instituído pela ENAP em 1996, tem como objetivo incentivar a cultura da inovação nos serviços públicos, sejam eles federais, estaduais e municipais. As soluções conhecidas na competição são realizadas por gestores e possuem uma proposta significativa para a sociedade, de uma forma que sejam referência para outros projetos, fortalecendo a capacidade de governo.

O programa Copicola executou 18 ideias inovadoras, aplicadas entre as três categorias, que seguirão para a avaliação final e representará a cidade de São Paulo, que hoje através de seus vários programas, é símbolo de inovação em serviços ou políticas públicas, servindo de exemplo para outros estados. O concurso avaliou ainda 238 iniciativas.

Para levar o sucesso dessas práticas para gestões de outros estados, o CopiCola identifica e sistematiza práticas inovadoras com potencial de serem adotadas em diferentes contextos da administração pública. O conhecimento é passado de servidor para servidor, facilitando a conexão entre atores e potencializando o aprendizado a partir dos casos registrados.

A Avaliação Final ocorrerá em 30 de novembro de 2022 (quarta-feira), das 9h às 12h, de forma remota (online), e consistirá na apresentação oral das iniciativas finalistas seguida da seleção, pelos membros do Comitê Julgador, das iniciativas premiadas em cada categoria.

As iniciativas vencedoras da 26º edição do Concurso de Inovação Pública da Escola Nacional de Administração Pública (ENAP) serão anunciadas na Cerimônia de Premiação, ao longo do dia 12 de dezembro de 2022, na sede da ENAP em Brasília/DF com transmissão pelo YouTube. No evento haverá uma feira de exposição com as iniciativas vencedoras, onde a equipe de cada projeto irá tirar as dúvidas dos demais participantes do evento.

Fonte: Prefeitura de São Paulo

CIDADE PARA OS IDOSOS

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Espaços urbanos ainda não estão preparados para acompanhar o envelhecimento da população

A população do Brasil está envelhecendo rapidamente, dia após dia. Isso não significa, porém, que envelhecer no Brasil é algo simples ou fácil. Urbanistas, movimentos sociais e o Poder Público debatem iniciativas e propostas para melhorar a relação das pessoas com as cidades. A realidade, no entanto, mostra que a vida para os idosos ainda precisa melhorar bastante.

A estimativa da OMS é de que, até 2050, o número de pessoas com mais de 60 anos, no mundo, vai duplicar. No Brasil, um em cada três brasileiros deverá ser idoso. Se as prospecções estiverem corretas, a população brasileira será a sexta mais envelhecida do planeta. Esse cenário interfere em questões relacionadas à saúde, à previdência e a inúmeros outros aspectos, mas, também, à habitação e à mobilidade urbana.

Envelhecimento escancara desigualdades

As projeções do Seade para a população paulista em 2021 indicam que existem 83 pessoas de 60 anos ou mais para cada 100 jovens com menos de 15 anos. Os idosos, entretanto, não estão distribuídos de forma hegemônica pela capital. O levantamento de indicadores sociodemográficos da população idosa, divulgado pela prefeitura de São Paulo em 2020, mostra que 27,9% dos moradores do Alto de Pinheiros são idosos, enquanto a proporção corresponde a apenas 8,1% no distrito de Anhanguera.

Essa assimetria é reflexo da expectativa e da qualidade de vida das pessoas que vivem nessas regiões. Para ter ideia, o Mapa da Desigualdade 2021, realizado pela Rede Nossa São Paulo, mostra que a idade média ao morrer, em Alto de Pinheiros, é de 80,9 anos. Ao passo que, em Anhanguera, as pessoas morrem, em média, com 58,6 – à frente, apenas, do distrito de Cidade Tiradentes (58,3).

“A cidade é desigual e as questões relacionadas à mobilidade, infelizmente, ainda variam muito, a depender de onde a pessoa mora”, lamenta Renato Souza, coordenador de Políticas para Pessoas Idosas, da prefeitura de São Paulo. “Se o indivíduo mora na região central, a qualidade de acesso é bem melhor do que a de quem vive numa periferia”, exemplifica.

Ele explica que o mesmo acontece com tópicos, como a arborização das calçadas, os meios de cultura, de lazer, e a distribuição de serviços para essa população. Porém, para ele, essa transformação é um projeto em andamento. “São Paulo tem melhorado nos últimos anos. Pensando em segurança no trânsito, acessibilidade em esquinas e outras intervenções que podem melhorar a relação dos idosos com a cidade”, pontua.

Transformações urbanas para atender a população idosa

“A questão passa por entender melhor as necessidades dos vários tipos de cidadão. A cidade precisa estar mais preparada para os idosos e, dessa forma, estará também pronta para atender melhor a outros públicos, como crianças e deficientes físicos”, defende Karin Regina de Castro Marins, professora do Departamento de Construção Civil da Escola Politécnica, da Universidade de São Paulo (USP).

A professora desenvolveu uma cartilha que busca orientar o desenho urbano das cidades para melhorar a qualidade de vida da população idosa com base na caminhabilidade, ou seja, na concepção de espaços que possam ser acessados a pé. Na prática, isso significa reorganizar parâmetros que vão desde o alargamento e a implantação de corrimão nas calçadas até as mudanças nos projetos de pavimentação públicos.

Essas sugestões se estendem a bancos espalhados ao longo do trajeto para que os idosos possam descansar, aumento da arborização para incentivar as caminhadas, adaptações na iluminação pública, gerenciamento eficiente do tempo em que o semáforo fica aberto para atender à velocidade de caminhada desse público e espalhamento de comércios e serviços de lazer.

“Existe a necessidade de aprimoramento em diversas instalações, sistemas de serviços e da própria estrutura urbana”, aponta Marins. “É importante propiciar uma mobilidade mais autônoma aos idosos, criando percursos que eles possam fazer de forma segura. A população idosa precisa de facilitação, inclusão, aproximação social”, arremata.

EASY CARROS LEVANTA R$ 120 MILHÕES PARA AJUDAR PEQUENAS LOCADORAS A COMPETIR COM AS GRANDES

FIDC estruturado pela Milenio Capital deve ser empregado na aquisição de 3.000 veículos destinados a ampliar a frota dos 500 clientes da Easy Carros

Uma das empresas de tecnologias dedicadas a dar um empurrão aos negócios de locadoras de veículos, a startup Easy Carros levantou 120 milhões de reais num Fundo de Investimento em Direitos Creditórios, o FIDC, uma modalidade de investimento no qual titulares de cotas têm rendimentos atrelados a recursos advindos de uma empresa.

A emissão do FIDC foi estruturada pela Milenio Capital, gestora focada no mercado de crédito.

Os recursos vão financiar a aquisição de até 3.000 veículos por parte de pequenas e médias locadoras.

O que está por trás do FIDC

A aquisição de carros é, atualmente, um dos maiores gargalos para concorrentes de menor porte conseguirem competir com grandes como Localiza, Unidas e Movida.

Tradicionalmente, as locadoras de veículos permanecem com carros por entre 12 e 24 meses. Após esse período, os automóveis costumam ser vendidos para financiar a renovação da frota.

A falta de componentes, reflexo da desorganização das cadeias de suprimentos globais após a covid-19, e a consequente queda na produção de veículos e alta no preço, atrapalha planos de expansão das locadoras.

Para elas financiarem seus carros, por meio de uma modalidade de crédito antes restrita a grandes players, mas mantendo a sua operação (ou seja sem precisar vender seus seminovos para financiar a compra da nova frota), a ideia é a Easy Carros emitir Notas Comerciais em nome das locadoras — elas, por sua vez, viram devedoras do FIDC.

Os contratos de locação com os clientes finais — motoristas a passeio ou autônomos a serviço de aplicativos de mobilidade como Uber e 99 — serão cedidos em garantia a esses empréstimos. Assim, a ideia é cobrir as obrigações das Notas Comerciais pelos fluxos financeiros das locadoras.

“Nosso intuito é ajudar a impulsionar o mercado de aluguel de carros, aumentando o fôlego das pequenas e médias locadoras, trazendo maior previsibilidade de receitas e, potencialmente, fomentando um setor que gera emprego e renda para muitas pessoas, o de motoristas por aplicativos”, diz Gustavo Ahrends, sócio da Milenio Capital.

“O crédito sustentável é uma nova tendência e queremos levar este business a um outro patamar, ajudando-os a obter o funding necessário para impulsionar esse novo segmento.”

Como é o modelo de negócio da Easy Carros

Fundada em São Paulo, a Easy Carros tem à frente da operação Fernando Saddi, um dos pioneiros do venture capital no Brasil.

Antes de passar para o outro lado do balcão, o do empreendedor, Saddi foi uma das mentes da operação brasileira da incubadora e venture builder alemã Rocket Internet.

Por lá, foi um dos CEOs do marketplace de artigos de moda e design Airu.

Em paralelo à Easy Carros, Saddi também é um dos partners da MAR Ventures, fundo de VC focado em negócios com blockchain, computação quântica e inteligência artificial.

A Easy Carros nasceu em 2015 como uma plataforma para locadoras com dezenas ou poucas centenas de veículos pudessem mostrar sua frota a potenciais clientes online.

A ideia para o negócio veio da própria experiência de Saddi com a indústria auto — a família dele tem concessionárias de veículos na Grande São Paulo.

“A indústria automobilística passa por uma transformação profunda com o carro deixando de ser um bem e virando um serviço”, diz ele.

“Queremos ajudar as pequenas locadoras de veículos a conseguirem competir com as grandes e serem agentes de transformação do setor.”

Atualmente, apenas 1% da frota mundial é de veículos de serviço por assinatura — algo entre 450.000 e 500.000 veículos —, mas essa fatia pode chegar a 20% nos próximos anos.

Em sete anos, o software da Easy Carros agregou módulos online — a locadora pode comprar o pacote completo, num esquema one-stop-shop, ou consumir um ou outro produto.

Quais são os serviços da Easy Carros

Hoje, as frentes de negócio da Easy Carros com as locadoras de veículos são as seguintes:

  • Gestão de reservas de automóveis
  • Controle de contratos de locação
  • Serviço de manutenção dos veículos
  • Plataforma de gestão financeira

Atualmente são mais de 500 clientes com uma frota somada de 200.000 veículos cadastrados.

“Nosso objetivo é entregar às pequenas e médias locadoras melhores condições de negócio para que elas tenham mais competitividade e, assim, possam crescer. Nossa missão é democratizar o acesso às soluções antes restritas aos grandes players do segmento, oferecendo novas oportunidades de crédito e a expansão dos modelos de negócios das locadoras”, diz Saddi.

“Ajudá-las a atuar no mercado de assinatura com segurança e previsibilidade, atendendo demandas crescentes por veículos faz parte da nossa missão.”

Quanto a Easy Carros movimenta

O Brasil é um terreno fértil para o negócio da Easy Carros pela pulverização do mercado. Aqui, as três maiores do setor têm cerca de 40% do mercado. Na Europa, as cinco maiores têm 90%; nos Estados Unidos, as líderes têm 97%.

Ao contrário de países desenvolvidos, onde o turista em busca de liberdade de circulação nas férias domina o setor, no Brasil a demanda de motoristas de aplicativo costuma ter um peso relevante — 20% das vendas fechadas pelas locadoras cadastradas na Easy Carros são para esse mercado.

Em 2022, a plataforma da Easy Carros deve movimentar 1,5 bilhão de reais em GMV, indicador para o valor total de mercadorias vendidas em um e-commerce. É uma alta anual de 40%.

Antes do FDIC, a Easy Carros já havia levantado 35 milhões de reais em aportes semente, série A e B. Entre os fundos investidores estão Yellow Ventures, de Patrick Sigrist (fundador do iFood).

Fonte: Exame

PTI-BR ESTÁ PRESENTE NO SMART CITY EXPO WORLD CONGRESS 2022, EM BARCELONA

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O evento, realizado em novembro, é considerado um dos maiores congressos mundiais sobre Cidades Inteligentes.

O Parque Tecnológico Itaipu – Brasil (PTI-BR) está levando suas experiências e expertises em Cidade Inteligentes para o Smart City Expo World Congress 2022. O evento, considerado um dos maiores congressos mundiais sobre Cidades Inteligentes, foi realizado de 15 a 17 de novembro, em Barcelona (Espanha).

No estande Brasil, o PTI-BR está contribuindo, juntamente com a Apex, ABDI e Juganu, no posicionamento do Brasil no tema de Smart Cities no âmbito global, demonstrando potencial técnico, econômico, cultural e comercial. Além da atração de investimentos a partir de parcerias institucionais e comerciais, para fomentar negócios e transferência tecnológicas.

O propósito do PTI-BR é divulgar suas ações e iniciativas no intuito de prospectar oportunidades para o Parque Tecnológico e para Foz do Iguaçu por meio de networking, rodadas de negócios, encontros técnicos e exposições, nas suas temáticas de interesse: Cidades Inteligentes, 5G, hidrogênio verde e microrredes.

Segundo o diretor superintendente do PTI-BR, general Eduardo Garrido, estar presente no Congresso Internacional de Cidades Inteligentes é uma oportunidade para expor e posicionar o Parque Tecnológico como referência em inovação, tecnologia e negócios, no estado do Paraná e no Brasil. “Estamos trazendo para o mundo o nosso programa Vila A Inteligente, mostrando o que temos feito em parceria com a Itaipu Binacional e a cidade de Foz do Iguaçu. Ao mesmo tempo, verificando o que existe de mais moderno nessa temática de Cidades Inteligentes para que possamos desenvolver novas parcerias e negócios”, destacou.

“Também estamos divulgando as iniciativas do PTI-BR, demonstrando que o Brasil desenvolve ciência, empreendedorismo e inovação utilizando as tecnologias para proporcionar bem-estar e qualidade de vida para a população”, afirmou.

Ainda, entre os objetivos da participação da instituição no evento está conhecer soluções e produtos na temática de hidrogênio verde, com foco em networking para rede de hidrogênio; apresentar estratégia do Hub Iguassu e Foz do Iguaçu como modelo para desenvolvimento econômico sustentável por meio do empreendedorismo inovador e conectar empresas de base tecnológica e startups, com soluções em 5G.

Maior do mundo
O CEO Brasil da Juganu, empresa especializada em iluminação pública, Bruno Gemus, também falou sobre a importância da participação no evento. “Estamos em Barcelona apresentando as soluções brasileiras e demonstrando para o mundo, em parceria com a ABDI, Apex e PTI-BR, um exemplo do que poder ser feito de infraestrutura em Cidades Inteligentes a partir da iluminação pública como Hub de conectividade. Nada melhor que estar no Smart City Expo de Barcelona demonstrando isso, como referência no Brasil para o mundo inteiro”, explicou.

O diretor de negócios da Apex Brasil, Lucas Fiuza, representando a empresa disse que: “Estamos muitos felizes em contribuir e proporcionar para o Brasil a presença neste evento tão importante, que nós temos avanços nessa distribuição de tecnologia e desenvolvimento de inovação para o melhor funcionamento das nossas cidades. Contamos que essa presença e parceria se fortaleça nos próximos anos”, ressaltou.

O presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Igor Calvet, destacou a parceria já desenvolvida com o PTI-BR e agora com a Apex e a Juganu. “Viemos ver o que o mundo tem feito em termos de Cidades Inteligentes e mostrar o que nós temos feito no Brasil. É super importante estar aqui com o ecossistema tecnológico, academias e as pessoas que pensam Cidades Inteligentes. Isso tudo para levar para o Brasil de maneia coordenada o que nós temos de tecnologia e para formulação das próximas políticas públicas”, disse.

Fonte: Iguassu NewsTur

TEMBICI E HOUSI FECHAM PARCERIA PARA AMPLIAR A MOBILIDADE SUSTENTÁVEL NAS CIDADES

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Startups inauguram estação em um dos principais centros econômicos da capital paulista, na Av. Faria Lima, e prometem expansão do projeto

A Tembici, líder em tecnologia para micromobilidade na América Latina, e a Housi, pioneira no serviço de moradia flexível 100% digital, iniciam nesta quinta-feira, 17 de novembro, uma parceria que busca contribuir ainda mais com a mobilidade urbana e a sustentabilidade das cidades. Com isso, a Flagship de moradia flexível passará a ter estações de bikes compartilhadas na frente de seus prédios, a primeira unidade já está instalada em São Paulo, e nos próximos meses a parceria deve se estender para outras localidades na capital paulista e nas demais cidades onde a Tembici e Housi possuem seus projetos.

Em recente pesquisa com usuários da Tembici, 59% das pessoas que usam bikes compartilhadas afirmam levar em consideração a existência de estrutura cicloviária na escolha de uma possível moradia, o que comprova que soluções como essa parceria é resposta à demanda da população que buscam cada vez mais praticidade em seu dia a dia.

Todas as estações viabilizadas pela parceria farão parte dos projetos da Tembici, como o bike Itaú, sendo uma iniciativa que ampliará os sistemas de bicicletas compartilhadas nas cidades, viabilizando trajetos mais eficazes, econômicos e sustentáveis. Sendo assim, a iniciativa será um excelente benefício para moradores Housi, mas também contribuirá para todas as pessoas que pedalam.

“A proposta de valor da Tembici e da Housi se encontram na conveniência e na democratização das cidades, com soluções integradas que tornam o dia a dia das pessoas mais eficaz e confortável. As estações de bicicletas compartilhadas da Tembici seguem critérios como integração com outros meios de transporte, infraestrutura cicloviária e concentração de empregos e atividades na área. Este cenário se conecta totalmente com a proposta de serviço da Housi, que possui imóveis que privilegiam deslocamentos mais rápidos e que assim como a Tembici tem como um dos propósitos impedir que as pessoas passem longas horas no trânsito. Temos certeza que essa iniciativa tem grande potencial seja para deslocamentos gerais ou para o lazer” afirma Raquel Arruda, diretora de parcerias e novos negócios da Tembici.

“O objetivo da parceria entre a Housi e a Tembici é contribuir com a questão da mobilidade urbana, sustentabilidade e incentivo da qualidade de vida. O compartilhamento de bicicletas é uma opção que gera economia de tempo e incentivo à prática de atividades físicas. Como adepto do ciclismo há mais de 20 anos e autor do livro: “Como Viver em São Paulo Sem Carro”, é gratificante incentivar o uso da bike como uma alternativa viável para a mobilidade de maneira mais saudável e ainda ajudar a cuidar do meio ambiente e das cidades”, explica Alexandre Frankel – CEO da Housi.

Primeira estação da parceria chega a São Paulo

A primeira unidade a receber uma estação está em um dos principais centros econômico e financeiro da capital paulista, na Faria Lima, a primeira estação da iniciativa será cor de rosa, em alusão a cor das duas marcas e para celebrar a parceria que contribui para a revolução da mobilidade sustentável das cidades.

Como fará parte do bike Itaú, bicicletas retiradas em qualquer uma das 260 estações do sistema, em São Paulo, poderá ser devolvidas na estação Housi, assim como as bicicletas da estação também poderão ser retiradas por todos os usuários do sistema.A parceria também tem vantagem exclusiva para novos usuários do sistema de bici compartilhada, moradores Housi, que terão 15% de desconto no plano mensal.

Solução para a democratização do espaço público e meio ambiente

Em grandes capitais como São Paulo, as pessoas passam em média 2 horas por dia no trânsito e as soluções oferecidas por Housi e Tembici trazem soluções para esse desafio das metrópoles. A exemplo, das 260 estações na cidade, apenas 7 delas representam 15% do volume de viagens na capital, e elas ficam em pontos localizados próximos a polos com grande número de escritórios, como o Largo da Batata, a Praça do Ciclista e o Shopping Center 3, evidenciando a necessidade de mobilidade inteligente e iniciativas de moradia como a Housi nesses locais.

Além de cumprirem importante papel na democratização de espaços nas cidades, as bicicletas também são fundamentais para o meio ambiente, somente em 2022, mais de 2,7 mil toneladas de dióxido de carbono foram potencialmente evitadas com a utilização das bicicletas compartilhadas da Tembici em São Paulo e parcerias como essa são fundamentais para o crescimento dessas agendas sustentáveis.

Com informações da Assessoria de Imprensa

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COP27: O DILEMA ÉTICO DA JUSTIÇA CLIMÁTICA

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Como governos, empresas e instituições financeiras podem reorientar seus negócios para uma perspectiva econômica mais inclusiva socialmente e calibrada para não cruzar limites ecológicos planetários cruciais para a sobrevivência da espécie humana?

Por Maria Albuquerque, fundadora e CEO da Synergia Socioambiental, e José Alberto Gonçalves Pereira, consultor em sustentabilidade Synergia Socioambiental

A justiça climática vem ganhando cada vez mais espaço nos fóruns globais que discutem soluções para a mudança do clima. Embora até pouco tempo atrás fosse uma agenda circunscrita sobretudo a ambientalistas e movimentos sociais, hoje, o tema tornou-se item obrigatório até mesmo nas rodas sobre clima no mundo dos negócios, principalmente nos últimos três anos.

Não é mera coincidência que o período seja justamente o da pandemia de Covid-19. A mais devastadora crise sanitária enfrentada pela humanidade em cem anos contribuiu para despertar uma parcela influente do capital para a necessidade de revisão profunda do modelo econômico intensivo em carbono e predatório dos recursos naturais e promotor de desigualdades, sociais, raciais e de gênero.

Tornou-se, assim, inevitável que a justiça climática atraísse os holofotes na 27ª Conferência do Clima (COP27), realizada de 6 a 18 de novembro em Sharm el-Sheikh, no Egito. O movimento internacional por justiça climática levanta um sério dilema ético: regiões e países que menos emitiram gases de efeito estufa desde o início da Revolução Industrial, na segunda metade do século 18, são os que padecem dos impactos mais severos das mudanças climáticas, que também exacerbam as desigualdades.

Como governos, empresas e instituições financeiras podem reorientar seus negócios para uma perspectiva econômica mais inclusiva socialmente e calibrada para não cruzar limites ecológicos planetários cruciais para a sobrevivência da espécie humana? Qual o papel reservado ao setor privado na superação desta injustiça climática?

Nas negociações da COP27, a justiça climática está sendo contemplada particularmente nas discussões sobre financiamento à adaptação nos países em desenvolvimento e a criação de um fundo para compensar perdas e danos de nações pobres decorrentes de eventos climáticos extremos. A pauta do movimento de justiça climática, porém, é mais abrangente, incluindo direitos humanoslitigância (disputas judiciais) e migrações, entre outros tópicos.

O respeito aos direitos humanos e o enfrentamento das desigualdades são elementos imprescindíveis da agenda para uma transição justa rumo a uma economia de baixo carbono, associada à conservação e ao uso sustentável da biodiversidade. Inúmeros estudos já mostraram que a agenda da transição climática justa só tende a fazer bem aos negócios, visto que sua implementação reduz perdas financeiras e riscos legais e reputacionais para os investidores.

É salutar que o governo de Joe Biden, nos Estados Unidos, haja criado em setembro passado o Escritório para Justiça Ambiental e Direitos Civis Externos na Agência de Proteção Ambiental (EPA) com a finalidade de combater as desigualdades climáticas e raciais. Espera-se que o futuro governo do presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, também priorize o tema da transição climática com justiça socioambiental na sua estratégia de combate à mudança do clima.

A justiça climática chegou com muita força aos fóruns globais e nacionais sobre mudanças climáticas. Espera-se que a COP27 reconheça a justiça climática como parte imprescindível dos esforços diplomáticos para o mundo acelerar e aprofundar a transição para uma economia de baixo carbono associada à conservação e ao uso sustentável da biodiversidade e conferir maior relevância às agendas da adaptação e do mecanismo de perdas e danos.

Com informações da Assessoria de Imprensa

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CONECTIVIDADE DIGITAL: OS DESAFIOS DO NOVO GOVERNO PARA REDUÇÃO DAS DESIGUALDADES ATRAVÉS DO ACESSO À INTERNET DE QUALIDADE

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A inclusão da população brasileira em um mundo cada vez tecnológico é fundamental para a construção de cidades mais inteligentes e humanas

O Brasil lança um olhar de esperança para 2023, com o início do novo governo eleito pela população. Formada pela chapa Lula/Alckmin, a próxima presidência da República promete a retomada da democracia, com o pleno exercício das instituições previstas na nossa Constituição Federal. No entanto, grandes serão os desafios a serem enfrentados. E, entre as causas mais urgentes, como a continuidade dos programas de transferências de renda e de reinserção no mercado de trabalho, a inclusão digital – que inclui acesso à internet banda larga e aprendizado para navegação na web – permeia todas as áreas, da saúde à educação, passando pela cultura, moradia, lazer, mobilidade urbana e tudo o que abrange o conceito de cidades inteligentes para melhorar a qualidade de vida das pessoas.  

Ao contrário do que o senso comum possa indicar, a internet não está ao alcance de todos e todas no Brasil. De acordo com dados do Comitê Gestor da Internet no Brasil, em 2020, 83% dos domicílios brasileiros tinham acesso à internet. O número pode parecer alto, mas esconde atrás de si uma enorme desigualdade. Enquanto 100% dos domicílios da classe A contavam com acesso à internet, apenas 64% dos domicílios das classes D e E tinham internet. Os principais entraves revelados pelos moradores dos domicílios para a ausência de conexão em casa eram o preço (28%) e a ausência de conhecimentos sobre como utilizar a rede (20%).

Além disso, nem sempre a conexão existente era de qualidade: só 69% dos domicílios contavam com banda larga fixa. A desigualdade está não apenas em ter ou não internet em casa, mas também nos dispositivos utilizados para acessar a rede. Computadores, que proporcionam uma experiência mais completa no uso da internet, estão presentes em 100% dos domicílios da classe A, mas somente em 13% das casas das classes D e E. O celular segue sendo o dispositivo mais utilizado no acesso à internet, especialmente entre a população das classes D e E, o que dificulta muito a realização de tarefas como estudar ou elaborar um currículo, por exemplo.

Hoje, oportunidades de emprego, serviços básicos e políticas públicas dependem cada vez mais de tecnologias digitais. Com isso, uma enorme massa de cidadãos e cidadãs seguirá excluída de seus mais básicos direitos em razão da ausência de acesso à internet.

Além de garantir o acesso à bens e serviços básicos, a internet também é essencial para o acesso à informação e para a garantia de direitos políticos. Ela também pode ser uma grande aliada no combate à desinformação e à circulação de fake news, garantindo a preservação da nossa democracia. Uma das causas da desinformação é a ausência de competências para checar a veracidade das informações que recebemos. Daí a importância do letramento digital e da educação midiática.

É necessário não apenas que as pessoas tenham acesso à internet de qualidade e a dispositivos adequados para acessá-la, mas também que estejam aptas a consumir e disseminar informações de forma crítica, responsável e ética. Só assim a inclusão digital será realmente promovida. A chave para combater a desinformação não é a restrição da liberdade de expressão e aumento do controle e vigilância no ambiente digital, mas sim, a qualificação da interação da população com as informações e mídias.  

Mas ainda precisamos avançar, e muito. Recentemente, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) identificaram 20 milhões de brasileiros sem cobertura de internet. Ou seja, um a cada dez brasileiros simplesmente não acessa a internet. O estudo publicado pela Anatel em parceria com o BID é resultado de uma pesquisa feita com dados alimentados pelos próprios usuários sobre a cobertura e a qualidade da banda larga no país. O trabalho identificou que cerca de 20 milhões de brasileiros vivem em áreas onde não foram encontradas evidências de conectividade banda larga. 

Conforme estimou o levantamento, estender a cobertura do serviço de banda larga para os habitantes nessas áreas não cobertas geraria um crescimento de 2,4% do PIB nacional. Ainda segundo o estudo, o Brasil precisaria de cinco anos de investimento para promover a inclusão digital das cerca de 20 milhões de pessoas que atualmente não têm acesso à banda larga fixa ou móvel. 

Nesse contexto, é importante ressaltar que a inclusão digital pressupõe, antes de mais nada, a alfabetização digital. Esse letramento digital é fundamental para que as pessoas conheçam e entendam a transformação digital que acontece hoje. As pessoas precisam tanto aprender a mexer nos equipamentos, quanto a navegar pela internet. O Brasil precisa investir, mais do que nunca, em alfabetização digital, para que só então alcancemos a tão desejada inclusão digital, que é dever do Estado e um direito fundamental da população.

A inclusão digital precisa estar definitivamente na agenda do novo Governo. É emergencial adotarmos políticas públicas de inclusão digital que aliem expansão da conectividade, acesso à rede e equipamentos, e letramento digital de toda a população. Só assim a esperança vai entrar, de fato, na casa de todos os brasileiros e brasileiras.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities