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PARA NACIONALIZAR CARROS ELÉTRICOS, GOVERNO ELEVARÁ TARIFA DE IMPORTAÇÃO E CRIARÁ COTAS COM ALÍQUOTA ZERO

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Governo calcula que deixou de arrecadar R$ 1,2 bilhão em tarifas de importação somente entre janeiro e agosto deste ano

Em uma tentativa de estímulo à produção nacional, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende elevar a tarifa de importação sobre veículos elétricos ou híbridos e criar cotas para que um volume reduzido de carros com essa nova tecnologia possa continuar entrando no país com alíquota zero.

A medida deverá ser tomada pela Câmara de Comércio Exterior (Camex), nos próximos dias, e reverter uma política de tarifa de importação zero adotada para os elétricos importados desde 2015. O governo trabalha com a perspectiva de que a nova alíquota tenha vigência a partir de 1° de dezembro.

De acordo com fontes do setor privado consultadas pela CNN, os ministérios que têm assento na Camex já chegaram a um consenso sobre aumentar gradualmente – ano após ano – a tarifa até o limite de 35% em 2026.

Enquanto isso, cotas para a entrada com alíquota zero de veículos elétricos ou híbridos fabricados no exterior começarão maiores e vão cair progressivamente, até serem eliminadas em 2026. As informações foram confirmadas pela CNN com integrantes da equipe econômica.

O governo calcula que deixou de arrecadar R$ 1,2 bilhão em tarifas de importação – caso fosse aplicada a alíquota máxima de 35% permitida pelas regras do Mercosul – somente entre janeiro e agosto deste ano.

Subsídios

Na avaliação de fontes oficiais, isso acabou funcionando como uma espécie de “subsídio” para consumidores de alta renda, que hoje compram veículos elétricos.

A lista dos dez carros elétricos ou híbridos importados mais vendidos no mercado brasileiro inclui modelos como o Porsche Cayenne (preço final de venda na faixa de R$ 630 mil), o Volvo XC60 (R$ 420 mil), o Great Wall H6 (R$ 270 mil) e o BYD Song (R$ 230 mil).

Nesses casos, segundo fontes do governo, deixa-se de cobrar até R$ 138 mil em tarifas de importação sobre esses modelos. Na prática, é muito mais do que países ricos têm distribuído em isenções tributárias para a compra de veículos do tipo.

Pensando em descarbonizar sua frota, os Estados Unidos dão um bônus de US$ 7 mil para quem compra um carro elétrico e a União Europeia aplica subvenção média de € 6 mil — dependendo do país.

No entanto, para que esses descontos sejam efetivamente aplicados, é preciso escolher um modelo produzido localmente.

Conforme diagnóstico feito pela área econômica do governo, a China – que enfrenta desaceleração do mercado interno – tem despejado uma parte relevante dos carros elétricos ou híbridos produzidos por lá em outros países, como o Brasil.

Aqui, no entanto, não há recursos orçamentos disponíveis para um incentivo à produção nacional. O jeito de induzir a fabricação local pelas montadoras já instaladas no país passa então, afirmam funcionários do governo, por um aumento das tarifas de importação.

Gradualismo

O aumento de alíquotas não vai ocorrer de uma tacada só, mas de forma escalonada – ano a ano. O governo argumenta que, assim, dá uma chance às montadoras de nacionalizarem progressivamente a produção de elétricos e híbridos.

As cotas para entrada de carros importados com tarifa zero não serão divididas de modo igualitário. Empresas com modelos mais baratos terão direito a um volume maior de unidades sem cobrança de tarifa.

Programa Mover

Segundo autoridades ouvidas pela CNN, o aumento das tarifas de importação e a criação de cotas com alíquota zero estão “completamente alinhados” com o novo regime automotivo, que substituirá o Rota 2030 e está prestes a ser lançado.

Batizado de Programa de Mobilidade Verde (Mover), ele terá descontos do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) conforme a eficiência energética dos veículos, a reciclabilidade dos produtos e a densidade produtiva local.

O governo também vai aumentar a exigência de investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) das montadoras, na comparação com o Rota 2030, para que eles tenham incentivos tributários.

O escopo do regime automotivo será ampliado. Agora ele se estenderá para ônibus, caminhões, motocicletas e até para veículos elétricos de decolagem e pouso vertical (eVTOLs), os chamados “carros voadores” — que estão sendo desenvolvidos pela Embraer.

Fonte: CNN Brasil

FOZ DO IGUAÇU RECEBE SELO OURO DE BOAS PRÁTICAS EM GESTÃO DE CIDADES INTELIGENTES

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Prefeito Chico Brasileiro recebeu a selo da plataforma Connected Smart Cities e consultoria SPIn Soluções Públicas Inteligentes, nesta quarta-feira (01)

Além de ser destaque na transformação como Destino Turístico Inteligente (DIT), Foz do Iguaçu recebeu mais uma importante honraria com a conquista do selo ouro de ‘Boas Práticas em Cidades Inteligentes’, da plataforma Connected Smart Cities e consultoria SPIn Soluções Públicas Inteligentes, e pela 19ª posição no ranking da área Connected Smart Cities entre as cidades da região Sul, e 15º lugar no eixo Urbanismo, entre as mais de 650 cidades com mais de 50.000 habitantes, de todo o país.
A iniciativa do selo avalia a maturidade das cidades em diversos temas estruturantes da Cidade Inteligente, como governança, controles internos, planejamento de tecnologias da informação e comunicação, estratégia de smart city, fomento ao ecossistema de inovação e ao estabelecimento de parcerias, entre outros.

A certificação foi entregue ao prefeito Chico Brasileiro na manhã desta quarta-feira (01) pelo diretor de Projetos da SPIn, Vitor Amuri Antunes. O encontro também contou com a participação do secretário de Tecnologia da Informação, Evandro Ferreira, do diretor de Negócios do Parque Tecnológico Itaipu, Eduardo Miranda, e da presidente do Conselho Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação, Karina Zavilenski Custodio.

“Foz do Iguaçu tem sido protagonista nos temas de inovação e tecnologia aplicadas à gestão urbana. Criamos o primeiro sandbox (ambiente experimental) para cidade inteligente do Brasil, em 2020, antes mesmo de o tema ser regulado em lei federal. A Vila A foi um sucesso, e hoje diversas capitais, como Recife (PE) e Rio de Janeiro (RJ), seguem o modelo pioneiro de Foz com os seus ambientes experimentais de tecnologias para cidades inteligentes”, enfatizou o prefeito Chico Brasileiro.

O secretário de Tecnologia da Informação, Evandro Ferreira, destacou o legado que as práticas de smart city deixam para a cidade, fazendo referência às estações inteligentes de hidratação que foram testadas no sandbox e recentemente adquiridas pela Prefeitura. “A população demandou e, em parceria com o Parque Tecnológico Itaipu, promovemos a aquisição e a instalação de duas novas estações inteligentes de hidratação, que foram experimentadas ao longo do ano passado e deste ano no programa Vila A Inteligente, e tiveram uma adesão impressionante pela população”, reforçou.

Selo

A certificação concedida pela SPIn e pela plataforma CSC é a segunda maior entre os quatro níveis, e fica atrás apenas do selo platina (que nenhuma cidade brasileira atingiu ainda). Com a conquista, Foz do Iguaçu se soma a Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Goiânia (GO), Pato Branco (PR), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), Campinas (SP), Pindamonhangaba (SP) e São Paulo (SP), também classificadas no nível ouro na última edição do selo.

O reconhecimento aos municípios é feito após a avaliação de critérios definidos pela Plataforma Connected Smart Cities que analisam ações e níveis de envolvimento dos municípios em seis diferentes dimensões: Planejamento da Cidade Inteligente, Governança da Cidade Inteligente, Tendência de evolução no Ranking Connected Smart Cities, Planejamento de Infraestruturas e Serviços de TIC, Maturidade para Parcerias e Ecossistema de Inovação.

O diretor de projetos da SPIn, Vitor Amuri Antunes, ressaltou a maturidade do ecossistema de inovação de Foz do Iguaçu, um dos eixos de análise do selo, e sua importância para o desenvolvimento da cidade inteligente.

“Desde 2017, com a aprovação do marco legal de inovação no Município e criação do ecossistema, Foz do Iguaçu tem avançado muito e se destacado nas pautas da smart city, e sem dúvidas há uma contribuição enorme das entidades que compõem esse ecossistema, como as Universidades, o Parque Tecnológico Itaipu, as govtechs, a própria prefeitura, entre outras entidades que retroalimentam ocírculo virtuoso da inovação aplicada à resolução dos problemas públicos urbanos”, afirmou Antunes.

Fonte: Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu 

REGULAÇÃO POR INCENTIVO: O CASO DO NOVO FUNDEB

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A educação ensina mais uma vez como a criação de incentivos pode ser uma estratégia importante para a mudança de comportamentos, inclusive pensando em políticas envolvendo diversos entes federativos.

A educação sempre foi um excelente campo de estudo da regulação; com o novo Fundeb não é diferente. A Emenda Constitucional nº108/2020 e a Lei 14.113/2020 trouxeram novas regras ao Fundeb, entre elas a complementação-VAAR. Essa complementação é recurso público federal destinado às redes públicas que cumprirem algumas condicionantes e apresentarem melhorias em indicadores de resultados de aprendizagem, atendimento e equidade.

Ainda em 2007, com o intuito de o Brasil atingir o patamar educacional da média dos países da OCDE, foi criado o Ideb, Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, que concentra os resultados do fluxo escolar e as médias de desempenho nas avaliações oficiais de ensino. À época, foi estipulada uma meta de desempenho nos anos iniciais do ensino médio: o país deixaria a média nacional de 3,8 registrada em 2005 para atingir 6,0, em 2021. Contudo, no ano passado o Ideb nacional dos municípios foi de 5,5 para os anos iniciais do ensino fundamental e dificilmente atingirá a meta estipulada em 2022 e 2023 (Inep, 2021).

A simples estipulação de metas, embora necessária para direcionar a qualidade do ensino, não é suficiente para a proporcionar a mudança na aprendizagem e desempenho dos estudantes das escolas públicas brasileiras e, em especial, dos municípios. Ciente disso, mais uma vez a política pública de educação renunciou a uma estratégia de comando e controle, segundo a qual prescreve comportamentos, para utilizar a estratégia de incentivar decisões públicas à adoção de medidas que entende serem mais eficazes para a melhoria do ensino. Assim, o novo Fundeb condicionou o repasse da complementação-VAAR ao atendimento de aspectos que a literatura especializada já reuniu evidências de que resulta em melhor desempenho escolar dos estudantes.

Esse é o caso da condicionante da Complementação-VAAR relacionada ao provimento do cargo ou função de gestor escolar de acordo com critérios técnicos de mérito e desempenho ou a partir de escolha realizada com a participação da comunidade escolar dentre candidatos aprovados previamente em avaliação de mérito e desempenho (art. 14, §1º, I, da Lei 14.113/2020).

Para o cumprimento dessa condicionante em 2022, bastava que o Município apresentasse, via sistema, o ato normativo legal ou infralegal regulamentando a designação de diretores(as) escolares. Em 2023, será preciso indicar (i) a realização de processo seletivo que viabilize a escolha do cargo ou função escolar de toda a rede pública de acordo com critérios técnicos de mérito e desempenho; ou (ii) a partir de escolha realizada com a participação da comunidade escolar dentre candidatos aprovados previamente em avaliação de mérito e desempenho. (Nota nº 3/2022/CONSELHOSFUNDEB/CGINF/GAB/SEB/SEB-MEC e Guia para os Entes Federados do Ministério da Educação)

Vale notar que há muito a legislação já havia reconhecido e sinalizado para a importância da gestão democrática nas escolas (art. 14 e 15 da Lei nº 9.394/1996 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação) e o protagonismo do(a) dirigente escolar, pela valorização da experiência docente como pré-requisito para o exercício profissional como diretor(a) (art. 67 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação). Mesmo assim, poucos Municípios adotavam processos seletivos com essa orientação. O Plano Nacional de Educação para o decênio 2014/2024 também já havia sinalizado o desejo de assegurar condições para a efetivação da gestão democrática da educação, associada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à consulta pública à comunidade escolar no âmbito das escolas públicas (meta 19).

Fato é que os normativos anteriores não foram capazes de alterar o comportamento das Secretarias de Educação Municipais espalhadas país afora, mas certamente o novo Fundeb terá melhores chances de atingir as metas estipuladas – criou incentivos reais para que os Municípios (Estados e Distrito Federal também) realizem as condicionantes para fazerem jus a mais recursos públicos federais a serem investidos em educação. Assim, a educação ensina mais uma vez como a criação de incentivos pode ser uma estratégia importante para a mudança de comportamentos, inclusive pensando em políticas envolvendo diversos entes federativos.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities  

CARRO VOADOR ALEMÃO COMEÇA A SER COMERCIALIZADO NOS EUA; CONHEÇA O MODELO

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Vendas acontecem em mercado particular e modelo pode custar até US$ 10 milhões

Um modelo de ‘carro voador’ criado pela alemã Lilium já está disponível para vendas nos Estados Unidos. O anúncio aconteceu na quarta-feira, 18. Desde então, o Lilium Jet, categorizada como uma aeronave elétrica de decolagem e pouso vertical (eVTOL), está disponível em vendas privadas no mercado estadunidense.

As vendas no País acontecem em parceria com a EMCJET, empresa do setor de corretagem e gerenciamento de aeronaves, com contrato para ser a revendedora oficial até 2030. O carro voador alemão vendido é o Lilium Pioneer Edition Jet, versão planejada da primeira edição do Lilium Jet.

Por enquanto, os veículos da alemã estarão disponíveis para compra em quatro cidades do Texas: Austin, Houston, San Antonio e Dallas. De acordo com o site de tecnologia The Verge, a empresa tem cobrado US$ 10 milhões pela aeronave (cerca de R$ 51 milhões, na cotação atual).

A sigla eVTOL, em inglês, representa electrical vertical takeoff and landing, ou veículo elétrico de pouso e decolagem verticais. O nome ‘carro voador’ é um apelido popular que essa nova indústria quer evitar. Aqui no Brasil, a EVE, empresa da Embraer que produz aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical, afirma que já tem 2.800 pedidos e trabalha com data de entrega para 2026.

Ao mesmo tempo, a companhia aérea brasileira Azul também assinou um contrato com a Lilium. Segundo o acordo, a empresa poderá operar o carro voador alemão por aqui. Até o momento, estão previstas 220 aeronaves elétricas com operação a partir de 2025.

Fonte: Mobilidade Estadão

LIXO E BIOGÁS: COMO PROBLEMA AMBIENTAL SE TORNA ALTERNATIVA EM GERAÇÃO DE ENERGIA SUSTENTÁVEL

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Fonte: G1

COMBUSTÍVEIS VERDES. SIM OU NÃO?

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A Europa está a avançar para uma estratégia única de mobilidade elétrica. Mas será essa a melhor solução a curto prazo? Há quem pense que não e que se deveria dar espaço a combustíveis de transição e, simultaneamente, dar tempo para capacitar a infraestrutura de produção de energia.

O futuro passa pela mobilidade elétrica. Esta é a convicção da Comissão Europeia que avança para uma solução única – embora contestada por países como a Alemanha e Itália. Mas será essa estratégia a melhor solução? Para a Associação Portuguesa De Empresas Petrolíferas (Apetro), a resposta é negativa.

Segundo fonte oficial da Apetro, “pela primeira vez na história da Humanidade, não são a ciência e a investigação a conduzirem a sociedade quanto às soluções tecnológicas a utilizar no futuro, mas a vontade política, assente em dogmas ideológicos, isenta de neutralidade e consubstanciada em legislação que inevitavelmente empurra para uma única opção”.

Para a associação que representa as petrolíferas, a questão não tem tanto a ver com a utilização da eletricidade, que reconhece ser uma realidade e ter inúmeras vantagens, mas sim o facto de esta não ser, pelo menos nos tempos mais próximos, “a solução”.

Em respostas ao Negócios, fonte oficial da Apetro afirma que “uma estratégia verdadeiramente sustentável, em qualquer domínio, tem de ter em consideração os seus três pilares: ambiental, económico e social”. No entender da Apetro, sob o ponto de vista ambiental não é verdade que a mobilidade elétrica seja “zero emissões”. A forma como a eletricidade é produzida, as emissões resultantes da fabricação dos veículos elétricos (substancialmente superiores ao dos veículos com motores térmicos) e as emissões resultantes da extração e processamento dos minerais necessários à fabricação das baterias e a sua própria fabricação, têm de ser tidas em consideração.

Um veículo elétrico novo, chega a ter uma pegada carbónica superior a 100.000 km de utilização de um veículo com motor térmico. Face a isto, fonte oficial da Apetro frisa que “é absurdo e falacioso considerar que o CO2 no tubo de escape é igual a zero emissões, quando o problema das emissões, que todos queremos resolver, é global”.

Por outro lado, e do ponto de vista económico, “também não parece muito sustentável a utilização exclusiva da eletricidade na mobilidade, pois não só levaria à necessidade de investimentos brutais em novas infraestruturas, como implicaria milhares de ativos afundados”, enfatiza a associação.

Na mesma linha, Nuno Afonso Moreira, CEO do Grupo Dourogás, acredita que a mobilidade elétrica é uma oportunidade, mas não deve ser um modelo único, principalmente se considerarmos que apenas 60% da eletricidade é produzida a partir de energia renovável, os restantes 40% tem origem em energia fóssil.

O gestor considera que a redução das emissões deve considerar diversos modelos energéticos, incluindo a mobilidade elétrica, mas também a mobilidade a gás, em particular a mobilidade a biometano, um gás 100% renovável e que está disponível hoje, para participar na descarbonização necessária. Nuno Afonso vai mesmo mais longe e refere que só um “mix” energético neutro, mas diverso em função dos segmentos, é que poderá garantir que o trilema da energia se resolve de modo sustentável: energia sem emissões, energia a um custo comportável e energia resiliente sem disrupções de fornecimento.

Petrolíferas não acreditam que a eletricidade seja “a solução” para a mobilidade

A associação ambientalista Zero tem uma visão completamente oposta e considera que os combustíveis sintéticos só serão viáveis para o transporte aéreo e marítimo que dificilmente poderão ser eletrificados. Para a Zero, a opção de enveredar pela mobilidade elétrica como via única é uma estratégia certeira, em termos de sustentabilidade. “Sobretudo se for complementada com a alteração do atual modelo de mobilidade, assente em serviços fragmentados ou no transporte individual, para um outro, baseado nos serviços de mobilidade elétrica vertebrados pelo transporte ferroviário”.

A capacidade atual é um os desafios que se coloca

Mais do que saber se devem existir alternativas, a grande questão que se coloca é se a infraestrutura atual está capacitada para abastecer todos os dispositivos que irão requerer eletricidade. E neste campo a Zero tem uma visão otimista. A associação considera que a infraestrutura começa a estar capaz, apesar de ser necessário dar maior segurança aos operadores logísticos, investindo numa rede de plataformas logísticas que constituam em simultâneo interface com o transporte ferroviário e sistemas exclusivos de carregamento rápido e abastecimento de hidrogénio (sobretudo quando próximos de parques industriais que usarão este gás no futuro).

E é aqui que entra o hidrogénio verde que “deve ser usado de forma mais eficiente em pilhas de combustível (veículos elétricos) sempre que faça sentido em termos de custos de investimento e de operação. Os biocombustíveis devem ser uma solução de muito curto prazo, já que a sua utilização induz fortes pressões diretas e/ou indiretas sobre diferentes ecossistemas a nível global”, refere a Zero.

“Pelo que tem sido dito por fontes credíveis, temos um sério problema, não só quanto à capacidade de produção, como de distribuição”. Esta é a avaliação que a Apetro faz da infraestrutura atual, acreditando que é impossível atingir o objetivo definido em seis anos.

Já Nuno Afonso Moreira é menos pessimista. O CEO do Grupo Dourogás refere que “o abandono dos combustíveis fósseis é uma obrigatoriedade, já não é uma possibilidade”. Prova disso é a desaceleração do consumo dos combustíveis fósseis, principalmente na indústria e na mobilidade estão a fazer com que os países concretizem projetos no âmbito das energias renováveis, nomeadamente ao nível dos gases renováveis, como o hidrogénio e o biometano. E aqui, como consta do Alternative Fuels Infrastrucure Diretive (AFID), regulamento recentemente aprovado pela Comissão Europeia e que determina a criação de uma infraestrutura para combustíveis alternativos, o gás surge como o combustível de transição no médio e longo curso do transporte pesado e no transporte marítimo.

Convém referir, lembra Nuno Afonso Moreira, que a mobilidade verde não se esgota na eletricidade de fontes renováveis. Há espaço para os gases renováveis, para os “e-fuels” e para os Renewable fuels of non-biological origin (RFNBO).

“No caso dos gases renováveis, e considerando que o gás continuará a ser a energia de transição das próximas duas décadas, as infraestruturas são ativos muito relevantes que devem ser valorizados e ampliados, com vista a contribuir para a produção de gases renováveis no contexto da economia circular, como é o caso do biometano, valorizando recursos, até agora entendidos como resíduos, sejam estes industriais, agropecuários ou domésticos”, acrescenta o gestor.

Fonte: Jornal de Negócios

APÓS UM ANO DE BRT, MOBILIDADE URBANA EM SALVADOR AINDA DEPENDE DO SISTEMA RODOVIÁRIO TRADICIONAL

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Dos 30 milhões de usuários por mês do sistema rodoviário tradicional, 600 mil foram de ônibus de transporte rápido

Em junho, o projeto da BRT de Salvador recebeu uma menção honrosa durante o Prêmio Parque da Mobilidade Urbana, reconhecimento nacional que destaca iniciativas de mobilidade urbana inovadoras no País.

No caso da BRT (Bus Rapid Transit, sigla em inglês, ou ônibus de transporte rápido) da capital baiana, a homenagem reconheceu as práticas sustentáveis do plano de implementação do modal desde o início da operação.

O BRT de Salvador começou a funcionar, ainda como uma fase de teste, no dia 30 de setembro do ano passado. Desde então, o projeto opera com 26 ônibus, sendo oito deles elétricos, em duas linhas de serviço. O trajeto inclui as estações Rodoviária, Hiper, Cidadela, Parque da Cidade, Itaigara e Pituba.

Diversificando a oferta

De acordo com a Secretaria de Mobilidade (Semob), o BRT surgiu como uma alternativa ao ônibus convencional e ao metrô da cidade. A frota de Salvador conta, atualmente, com cerca de 1.780 ônibus, além de um sistema de transporte complementar, com mais 150 micro-ônibus.

“A ideia foi exatamente atender a uma área que não é assistida pelo metrô e trazer um transporte de média e alta capacidade, com conforto e qualidade”, afirma Fabrizzio Muller, secretário de Mobilidade da cidade.

Apesar da instalação do metrô na cidade, em 2014, ter oferecido mais um serviço de locomoção pública, o transporte rodoviário sobre rodas ainda é o principal meio utilizado na capital baiana. Assim, a principal demanda vem das regiões que o serviço sobre trilho não alcança.

Em contrapartida, a estrutura do BRT ainda é uma exclusividade dessas regiões que já são providas de outras alternativas de transporte público. Segundo o professor Pablo Forentino, do Instituto Federal da Bahia (IFBA), a baixa demanda do local não impacta a população geral. “A área em que a BRT opera é uma região de urbanismo consolidado, onde a população tem maior poder aquisitivo”, explica.

Sistema rodoviário de Salvador

O serviço comum de ônibus funciona em duas grandes bacias espaciais na capital. Antes da pandemia da covid-19, entretanto, a região toda era dividida em três grandes áreas, atendidas, também, por outra empresa prestadora do serviço de transporte.

Em agosto, mais de 30 milhões de pessoas utilizaram os serviços de ônibus na cidade. Apenas no serviço exclusivo do BRT, foram 600 mil transportadas.

A população de Salvador chegou a 2.418.005 pessoas no último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2022. O número marcou uma queda de -9,63% em comparação com o resultado de 2010. A capital também perdeu o posto de mais populosa da região Nordeste, agora representada por Fortaleza, no Ceará.

Para Florentino, o serviço rodoviário da cidade é precário. “Os ônibus têm demorado mais, as pessoas têm esperado mais [e ainda é] uma das passagens mais caras, considerando a renda per capita média de Salvador”, comenta o também membro do Observatório da Mobilidade Urbana de Salvador.

De acordo com um estudo realizado pelo Observatório, com dados do Anuário de Transporte Público da Prefeitura, a quantidade de veículos que transita por hora nos principais corredores da cidade vem diminuindo a cada ano.

No corredor 1, por exemplo, entre os anos de 2020 e 2021, o número de ônibus por hora caiu de 364 para 316. A frota operante também caiu no mesmo período, de 1853 para 1776 de um ano para o outro.

Desde a pandemia e o aumento do uso de viagens por aplicativo, a demanda por transporte público tem diminuído em todo país. Em Salvador, essa queda acarretou, inclusive, na falência de uma das três empresas que ofereciam serviços de ônibus na capital.

“Todo financiamento é em razão da tarifa. Na pandemia, a gente utilizou instrumentos contratuais para manter o serviço sem nenhuma penalidade para a população, mas ainda persiste uma dificuldade de demanda”, explica Fabrício, o secretário de Mobilidade da cidade.

Segurança na mobilidade

Salvador foi uma das cidades brasileiras a alcançar a meta da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. O objetivo era reduzir pela metade, até 2020, o número de mortos e feridos por acidentes de trânsito. No ano limite, a capital já havia reduzido a 54%, em comparação com 2010.

“Embora os dados da prefeitura sejam de redução no número de mortes, a população não se vê convidada a caminhar ou andar de bicicleta pela cidade”, afirma Pablo Florentino.

Para o professor, apesar da meta, Salvador ainda tem medidas de trânsito que não beneficiam os pedestres. “[Em Salvador], faz-se uso de velocidades altíssimas que penalizam os idosos, as crianças, as pessoas com dificuldades de mobilidade. Só geram dificuldade de acessibilidade”, comenta.

Segundo Juan Delgado, o fluxo nos meios de transporte também sofre por isso. “Como que o passageiros vão acessar esses serviços sem calçadas? [Cerca de] 40% das viagens de Salvador são feitas a pé”, explica o professor do Departamento de Engenharia de Transportes e Geodésia na Universidade Federal da Bahia.

Esse percentual representa em torno de 1,2 milhão de viagens. E, como referência, todo trajeto acima de 500 metros são consideradas viagens a pé.

Fonte: Mobilidade Estadão

JOGOS DIGITAIS: INOVAÇÃO, TECNOLOGIA E IMPACTO SOCIAL

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O dinamismo da indústria de jogos digitais, desde o mercado brasileiro em ascensão até o papel transformador do setor público e avanços tecnológicos que estão moldando o futuro dos jogos eletrônicos.

Você sabia que a indústria de jogos digitais é uma das mais inovadoras e dinâmicas do mundo? 

Em 2022, a indústria global de jogos eletrônicos faturou US$196,8 bilhões e, segundo a consultoria PwC, deverá faturar US$321 bilhões até 2026.

Mercado de jogos brasileiro

O Brasil é o maior consumidor de jogos digitais na América Latina. São 101 milhões de jogadores, o que posiciona o país em 5° lugar do ranking mundial de gamers, de acordo com a NewZoo. Além disso, de janeiro a julho de 2022, o país movimentou US$2,7 bilhões, ocupando o 10° lugar no mercado de jogos eletrônicos.

Crescimento contínuo e ao lado da tecnologia

A tecnologia impulsionou o crescimento do mercado de jogos. A inteligência artificial, a realidade virtual e aumentada têm permitido a criação de jogos cada vez mais imersivos e envolventes. 

Desde o pioneiro “Spacewar” (1962) até o icônico “Pokémon Go” — um jogo de realidade aumentada que já faturou quase R$25 bilhões desde o lançamento — e jogos com suporte a realidade virtual, como “Beat Saber” e “Among Us”, a experiência dos jogadores alcançou novos patamares de interatividade e diversão.

Campanha de financiamento coletivo para o jogo “Ordem Paranormal: Enigma do Medo”

Essa indústria também presenciou um aumento na participação e valor arrecadado em campanhas de financiamento coletivo que visam apoiar o desenvolvimento de novos jogos. Essa prática, também conhecida como vaquinha virtual ou crowdfunding, está fazendo história no Brasil.

A campanha de crowdfunding de “Ordem Paranormal: Enigma do Medo” arrecadou R$4.230.481 em 2020 na plataforma Catarse. O jogo, que está sendo desenvolvido pela Dumativa Game Studio, foi apoiado por 32.124 pessoas.

A atuação do setor público na indústria dos jogos digitais 

A inovação no mundo dos jogos não está limitada somente ao entretenimento. O setor público também tem um papel na consolidação da indústria de jogos eletrônicos. 

Com incentivos fiscais e regulamentações claras, o setor público tem apoiado o desenvolvimento de projetos inovadores, como jogos educativos e terapêuticos, que têm impacto positivo na sociedade.

Por exemplo, o jogo Sea Hero Quest, uma colaboração entre a empresa de jogos Glitchers e a Universidade de Oxford, não é apenas uma forma de entretenimento, mas também uma ferramenta de pesquisa utilizada para entender a demência, contribuindo para o desenvolvimento de novos tratamentos.

Outro exemplo é o jogo Foldit, desenvolvido pela Universidade de Washington, que permite que jogadores comuns resolvam problemas complexos de bioquímica. Este jogo já contribuiu para a pesquisa científica, incluindo a descoberta da estrutura de uma proteína-chave no vírus da AIDS.

Programa GameRS no Rio Grande do Sul

Em 2020, o Governo do Rio Grande do Sul lançou o programa GameRS que busca contribuir para o desenvolvimento do setor de jogos digitais no Estado, impulsionando o crescimento econômico e social por meio de ações que estimulem a cadeia de valor, a capacidade competitiva e a inovação das empresas. 

Dois anos depois, também foi lançado um edital no programa com aporte de R$934 mil. O edital 01/2022 da SICT (Secretária de Inovação, Ciência e Tecnologia) propõe apoiar projetos que contribuam para o desenvolvimento do setor no estado.

Para refletir: E aí, você já tinha em mente o tamanho e importância do mercado de jogos digitais ou da atuação do setor público nesta indústria? 

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities

PROGRAMA CIDADE INTELIGENTE DE PINDAMONHANGABA AVANÇA NO DESENVOLVIMENTO DE NOVAS SOLUÇÕES EM TECNOLOGIA E TRANSFORMAÇÃO DIGITAL

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O município paulista é o segundo a obter a certificação ISO e possui o maior número de indicadores certificados. Dentre os projetos lançados neste ano, destacam-se: sensores IoT, o super app Pindamonhangaba App e o veículo com inteligência artificial para monitoramento e zeladoria.

O município paulista também recebeu o Selo Ouro Connected Smart Cities em Boas Práticas de Cidades Inteligentes, durante a 9ª edição do Connected Smart Cities & Mobility Nacional, realizada em setembro deste ano, em São Paulo.

Considerado um município de médio porte, com cerca de 165 mil habitantes (Censo IBGE de 2022), localizado na Região do Vale do Paraíba e Litoral Norte do Estado de São Paulo, Pindamonhangaba vem se tornando referência em cidade inteligente, conectada e inclusiva no Brasil. 

Desde a implantação do Programa Cidade Inteligente, em 2020, pela Prefeitura da cidade, houve o desenvolvimento de ações em inovação e tecnologia que resultaram em impactos positivos em diversas dimensões da sociedade, como economia, educação, saúde, acessibilidade e segurança. 

Para Danilo Velloso, Secretário de Tecnologia, Inovação e Projetos da Prefeitura de Pindamonhangaba, a realização de investimentos dirigidos à construção de smart cities é prioridade no plano de políticas municipais voltado à melhoria da gestão da cidade. “Para o nosso município, buscamos aplicar esse conceito de smart city de modo eficiente e ampliado, no qual o cidadão precisa ser inteligente e evoluir junto com a cidade. Com isso, a verdadeira cidade inteligente deve ser construída por pessoas para pessoas”, destaca.

Selo Ouro Connected Smart Cities

Neste ano, Pindamonhangaba recebeu o Selo Ouro de Boas Práticas em Cidades Inteligentes, durante a 9ª edição do Connected Smart Cities & Mobility (CSCM) 2023, realizada em setembro, no Centro de Convenções Frei Caneca. A iniciativa é da Plataforma Connected Smart Cities, em parceria com a Spin – Soluções Públicas Inteligentes, e tem a missão de incentivar o desenvolvimento e reconhecimento de ações concluídas ou em tramitação que priorizam a transformação de espaços urbanos em diferentes dimensões avaliadas, que são:

Planejamento e Governança da cidade inteligente; Ecossistema de Inovação; Planejamento de Infraestruturas e Serviços de TIC (Tecnologia da Informação e da Comunicação; Maturidade para Parcerias e Tendência de evolução no Ranking Connected Smart Cities, identificando o reflexo de boas práticas nos indicadores da cidade.

“Para o desenvolvimento e transformação das cidades em espaços mais inteligentes, prósperos e justos para os cidadãos, o gestor público precisa planejar e aplicar ações estratégicas que resultam em conquistas sociais, econômicas e sustentáveis. Neste processo, realizar investimentos em soluções tecnológicas inovadoras e inclusivas que, ao mesmo tempo, pautem o cidadão como prioridade, garantindo, por exemplo, uma melhor prestação de serviços. Temos muito orgulho desse reconhecimento e significa que temos mérito para continuar investindo em caminhos cada vez mais promissores para a nossa cidade”, ressalta o Dr. Isael Domingues, Prefeito de Pindamonhangaba.

Pindamonhangaba como cidade participativa e engajada

Durante o CSCM 2023, a cidade também participou do palco de discussão “Cidades Participativas e Engajadas”, representada por Danilo Velloso, Secretário de Tecnologia, Inovação e Projetos da Prefeitura de Pindamonhangaba. No painel, foi debatida a temática referente à geração de indicadores para a certificação ISO com enfoque no case de Pindamonhangaba.

Premiações e soluções em T&I 2023

Todos os trabalhos realizados pela gestão pública do município paulista de Pindamonhangaba, no âmbito do Programa Cidade Inteligente, têm repercutido positivamente no cenário nacional. Neste ano, a cidade conquistou a Certificação  ISO 37120 – Indicadores de Serviços Municipais e Qualidade de vida para Cidades Comunidades Sustentáveis – no nível Platina.

“A certificação concedida pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é um reconhecimento do alto nível de desenvolvimento e inovação alcançado pela cidade que se consolidou como uma referência em gestão urbana inteligente comprometida em proporcionar qualidade de vida aos munícipes”, pontua um trecho de notícia publicada pela Geopixel, empresas de serviços e consultoria em geointeligência. 

Desde o início de 2023 a prefeitura vem implantando sensores IoT para monitoramento de temperatura, pressão, umidade, qualidade do ar, níveis de água, lixeiras e etc. O objetivo é reduzir o tempo e prestar melhores serviços à comunidade, alocando os servidores públicos em entrega de valor.

No final de setembro, a cidade também lançou um veículo inovador, munido de tecnologia de inteligência artificial, confeccionado pela startup Mapzer, que colabora no monitoramento e na gestão de vias urbanas, identificando problemas recorrentes, como a existência de buracos, calçadas irregulares e falta de sinalização nas ruas.

No mesmo mês, a Prefeitura também divulgou uma nova plataforma, o Pindamonhangaba App, que integra e facilita o acesso a diversos serviços essenciais para a qualidade de vida dos cidadãos da cidade, como balcão de empregos, sala do empreendedor digital, ouvidoria, entre outros.

“Todas estas ações focadas em tecnologia e inovação refletem o trabalho da Secretaria, amparado pelo Programa Cidade Inteligente, incluindo a busca da aceleração da implantação da tecnologia 5G, focando na consolidação de uma governança cada vez mais desburocratizada e comprometida com as boas práticas digitais, humanas e sustentáveis em favor do crescimento de uma cidade próspera e inteligente”, destaca Julia Rossato, Diretora de Tecnologia, Inovação e Projeto da Prefeitura de Pindamonhangaba.

CSMS 2024 já tem data marcada

O próximo Evento Nacional Connected Smart Cities & Mobility Nacional o principal evento de conexões e negócios de cidades inteligentes e mobilidade urbana do Brasil – já tem data marcada para acontecer no próximo ano. Entre os dias 3 e 4 de setembro, o evento será realizado no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo. A Prefeitura de Pindamonhangaba é patrocinadora da iniciativa e será representada na programação dos painéis temáticos.

Acompanhe as notícias, novidades e informações sobre inscrições no CSCM 2024 no nosso portal exclusivo e nas redes sociais da Plataforma Connected Smart Cities Instagram e Linkedin.

FALTAM 15 DIAS PARA O CURSO MOBILIDADE AÉREA URBANA NO CREA-SP

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O curso é uma iniciativa da Plataforma Connected Urban Air Mobility e vai ensinar conceitos, discutir os principais aspectos, oportunidades e desafios para o avanço da conectividade do modal aéreo urbano. 

A iniciativa terá a participação de profissionais experientes e com credibilidade no mercado, e será realizada entre os dias 8 e 9 de novembro no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de São Paulo. Não perca essa oportunidade de troca de experiências e aprendizados. Inscreva-se!

Cidades inteligentes investem em projetos e soluções para o desenvolvimento urbano. Dentre as prioridades no cenário contemporâneo, integram-se a busca de melhorias nas condições de mobilidade e transporte da população. 

Com o objetivo de refletir e discutir a importância da integração do segmento de mobilidade aérea urbana neste ecossistema para a transformação de uma mobilidade mais inteligente, conectada e inclusiva, a Plataforma Connected Urban Air Mobility, em parceria com o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de São Paulo (CREA-SP), promoverá, daqui a 15 dias,  entre os dias 8 e 9 de novembro, o curso Mobilidade Aérea Urbana.

“O curso tem a proposta de compartilhar conhecimentos sobre o ecossistema de mobilidade aérea urbana, incluindo questões relacionadas à segurança e sustentabilidade de negócios, e ensinar estratégias fundamentais para o crescimento de cidades mais inteligentes, integradas e humanas”, ressalta Paula Faria,  CEO e idealizadora da Plataforma Connected Urban Air Mobility.

“Ou seja, a iniciativa foi desenhada para oferecer um conteúdo multidisciplinar, que vai além de uma ótica meramente técnica e mercadológica, cujo foco é proporcionar conhecimentos teóricos e práticos essenciais para profissionais, empreendedores e público interessado em contribuir para o desenvolvimento deste nicho temático da sociedade”, conclui.

Por que participar do curso?

Com formato presencial, e transmissão online ao vivo, o curso abrange uma metodologia de ensino e aprendizagem com enfoque em ambientes ou cenários atuais cotidianos – concepções, desafios e perspectivas – do ecossistema geral de mobilidade aérea urbana. Neste âmbito, a programação envolve aulas expositivas, atividades pedagógicas, estudos de casos, sessões de debates e mesas-redondas com os professores convidados.

Objetivos do curso

O curso é focado na capacitação de profissionais para o tema de Mobilidade Aérea Urbana e responderá à algumas questões que estão nas pautas de discussão do assunto, dentre elas:

  • Quais as características do eVTOL?
  • Quais os desafios e oportunidades do eVTOL no Brasil?
  • Quais os desafios regulatórios para a UAM e os caminhos para a solução?
  • Quais os caminhos para a construção de soluções para a integração do modo aéreo no ecossistema da mobilidade urbana?
  • Quais as diferenças entre vertiportos, vertipontos e vertihubs?
  • Como mensurar a demanda para serviços de UAM?
  • E, muito mais…

Conheça a equipe docente

  • Dario Rais Lopes

O curso será realizado por profissionais capacitados e experientes do ecossistema de cidades inteligentes e mobilidade urbana. Com mais de 40 anos de experiência no segmento de transportes,  Dario Rais Lopes, Engenheiro e  CEO da Aeroportos Paulistas SPE, concessionária responsável pela administração de 11 aeroportos no interior de São Paulo, será o professor responsável em coordenar a atuação do corpo docente. 

O professor da Escola de Engenharia da Universidade Mackenzie também é autor do capítulo “Aeroportos e trilhos: tudo a ver” do livro “Mobilidade Urbana sobre Trilhos na Ótica dos Grandes Formadores de Opinião” (2018) e dos livros “Mobilidade Urbana: conceito e planejamento no ambiente brasileiro” (2020) e “Aeroportos: tópicos em planejamento e projeto” (2021).

Na programação do curso, Dario Lopes abordará as seguintes temáticas: UAM: Conceito e contexto; Demanda e aceitação social; e  Implementando UAM no ambiente urbano.

  • Roberto José Silveira Honorato

O Superintendente de Aeronavegabilidade da Agência Nacional de Aviação Civil, Roberto Honorato, começou a sua trajetória profissional no setor de aviação em 1998 e, desde 2008, é responsável em gerenciar, na ANAC, atividades referentes ao registro brasileiro de aeronaves, acordos internacionais de aeronavegabilidade, certificação de aeronaves e aprovações de produção.

No curso, Honorato abordará o tópico Visão e atribuições do regulador Autoridade aeronáutica e mobilidade urbana aérea, integrando discussões acerca dos desafios regulatórios; operação e gestão de tráfego; normatização, certificação e fiscalização, entre outros pontos. Além de debater o tema UAM sob a perspectiva do fabricante, abrangendo todos os aspectos relacionados à tecnologia eVTOL (aeronave elétrica de decolagem e pouso vertical). 

  • Sergio Avelleda

Coordenador do Núcleo de Mobilidade Urbana no Laboratório de Cidades Arq.Futuro do Insper e Sócio-fundador da Urucuia – Inteligência em Mobilidade Urbana, Sergio Avelleda possui uma longa carreira trilhada na área de mobilidade urbana. Já foi secretário de Mobilidade e Transportes da cidade de São Paulo, período em que a cidade aderiu ao Programa Visão Zero, de redução para zero de mortes no trânsito.

Também foi Presidente do Metrô de São Paulo e da CPTM; Diretor de Mobilidade Urbana do WRI Ross Center for Sustainable Cities, em Washington e, Membro do Conselho de Administração da Partnership on Sustainable, Low Carbon Transport (SLOCAT)

No curso, Avelleda abordará a questão: UAM e o planejamento da mobilidade, que inclui discussões  sobre; Trânsito, transporte e uso do solo; Multimodalidade e integração modal; Política Nacional de Mobilidade Urbana – PNMU; Planos de Mobilidade – PlanMob; Desafios da inserção do modo aéreo nos Planos de Mobilidade; Operação e gestão integrada do modo aéreo no espaço urbano: desafios e oportunidades.

  • Roberta Andreoli

Sócia fundadora do Escritório Leal Andreoli Advogados, Roberta Andreoli atua há mais de 15 anos nos segmentos de Direito Aeronáutico, Regulatório e Infraestrutura Aeroportuária. Também contribui com produções em portais e revistas jurídicas especializadas do setor aéreo, além de participar de grandes eventos do universo da aviação nacional e internacional. 

No curso, a executiva abordará os Aspectos jurídicos da mobilidade aérea urbana, enfatizando, dentre os tópicos, a construção de soluções para a integração do modo aéreo no ecossistema da mobilidade urbana.

  • Capitão Márcio André da Silva

Especialista em Tráfego Aéreo, o Capitão Márcio André da Silva, do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), já ministrou palestras sobre os Veículos Elétricos de Pouso e Decolagem Vertical (eVTOL), entre outros temas de UAM, que destacam a importância de investimentos na infraestrutura e gestão de sistemas de transporte aéreo seguro e eficiente.

No curso, o Capitão abordará o recorte temático Gestão do tráfego aéreo para a UAM, que integra os seguintes tópicos de discussão: A reorganização do espaço aéreo; Os ambientes de gerenciamento de tráfego aéreo (ATM); Mobilidade aérea urbana (UAM) e Gerenciamento de tráfego não tripulado a baixa altura (UTM); Demanda associada às aeronaves eVTOL no país – visão do gestor do tráfego aéreo.

  • Eng. MSc. Giovano Palma

Engenheiro e Chefe do Departamento de Infraestrutura Aeroportuária da ANACGiovano Palma atua, desde 2008, na área de Aviação civil, e já participou de projetos e programas relacionados à segurança, proteção e concessões aeroportuárias. No curso, o profissional irá ministrar uma aula sobre Infraestrutura para UAM, esclarecendo os conceitos e propósitos de elementos da infraestrutura para mobilidade urbana aérea: vertiportos, vertipontos e vertihubs; Características físico-operacionais; Alternativas de operação e exploração comercial da infraestrutura; entre outros pontos.

Serviço

Mobilidade Aérea Urbana
Datas: 8 e 9 de novembro

Local: CREA-SP – Av. Angélica, 2364 – Consolação, São Paulo – SP
Para mais informações e inscrições, acesse o portal da plataforma.

Assessoria de Imprensa:

Karolina von Sydow – Necta       
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+55 11 95368-8829