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SIEMENS LANÇA DOIS NOVOS CARREGADORES DE VEÍCULOS ELÉTRICOS NO BRASIL

Novos produtos prometem carregamento mais rápido e recurso de monitoramento

A Siemens anunciou o lançamento de dois novos modelos de carregadores para veículos elétricos no mercado brasileiro.

O primeiro é o Sicharge-D, carregador ultrarrápido para espaços públicos com potências entre 160 kW e 300 kW. Segundo a empresa, o diferencial é o cabo de carregamento, que suporta 400 amperes de pico. Isso significa um carregamento real em 150 kW para diversos modelos de veículos elétricos disponíveis no Brasil.

“O principal benefício é a possibilidade de realizar a recarga de 20% a 80% da bateria em cerca de 20 minutos, tornando a conveniência de uso muito próxima a de um veículo a combustão, que faz o abastecimento em poucos minutos”, diz a marca em comunicado.

O Sicharge-D também pode ser expandido com mais dois pontos de carregamento rápidos (DC) para carregar até cinco veículos elétricos simultaneamente.

Já o segundo carregador é o VersiCharge de 7kW e 22kW, modelo disponível desde 2022 nas unidades da Siemens em São Paulo e Jundiaí (SP) para carregamento de veículos elétricos da frota da companhia. E que agora chega ao mercado de residências, empresas e estacionamentos.

O usuário desse modelo dispõe de controle para monitoramento e relatórios, gestão integrada de cabos e indicadores LED. A solução pode ser instalada em colunas ou na parede e a potência pode ser ajustada de acordo com necessidades regionais.

Os usuários do produto poderão realizar o download do aplicativo móvel Sifinity Go, disponível para plataformas Android e iOS. Com esse software, a fabricante afirma ser possível monitorar completamente até 10 carregadores.

Investimento em Megacharge

A Siemens tem trabalhado em projetos para desenvolvimento do conceito de Megacharge, carregamento em até 3.2MW de potência para veículos elétricos pesados. A tecnologia promete habilitar o uso em aplicações de longa distância.

A companhia também desenvolve, em conjunto com a Witricity, soluções de carregamento sem fio, de maneira a aumentar consideravelmente a conveniência do processo de carregamento dos carros elétricos.

Fonte: Automotive Business

ACORDO ENTRE EMPRESAS FAVORECE 100 MIL PROPRIETÁRIOS DE ELÉTRICOS

Na Europa, donos de veículos da BYD poderão recarregar com mais vantagens na rede Shell Recharge

Enquanto no Brasil a infraestrutura de recarga para veículos elétricos cresce lentamente, na Europa o ritmo é mais acelerado. A montadora chinesa BYD e a Shell EV Charging Solutions anunciaram parceria que deverá beneficiar aproximadamente 100 mil clientes com o uso da rede exclusiva da Shell Recharge, com descontos nos locais de carga rápida e ultrarrápida da petrolífera.

Serão mais de 300 mil pontos de recarga em toda a Europa, instalados nos postos da companhia, nos hubs de mobilidade e nas ruas. As empresas que compram modelos da BYD para eletrificar suas frotas também terão acesso à infraestrutura pelo Cartão Shell híbrido, sistema de pagamento no abastecimento de carros movidos a combustíveis tradicionais e elétricos.

“Atuamos, ao lado da BYD, em muitas áreas da mobilidade elétrica, com parcerias na China, Índia e Europa”, diz István Kapitány, vice-presidente da Shell Mobility. “Queremos ajudar os clientes da BYD a dirigir a maior quilometragem possível com o suporte da nossa extensa rede Shell Recharge.”

Para Michael Shu, diretor-geral da BYD Europa, o acordo permite aos proprietários de automóveis da marca acesso às principais soluções de tarifação pública. “Os clientes podem usar a imensa rede de prestação de serviços da Europa, desembolsando valores bastante vantajosos”, garante. “A parceria, acima de tudo, ajuda a reduzir os custos de um carro elétrico.”

Foco no país

Em março de 2022, Shell e BYD selaram cooperação estratégica para acelerar a transição energética e melhorar as experiências de tarifação aos clientes. Na China, as duas criaram uma joint venture de cobrança para carregamento elétrico, que atualmente opera mais de 10 mil pontos.

Com resultados, a parceria já existente na Europa e na Ásia tem potencial para se expandir em outros mercados. O Brasil, por exemplo, está no radar. “A iniciativa pode ser aplicada no País, porque se trata de um investimento fundamental para o crescimento da infraestrutura de recarga”, diz Henrique Antunes, diretor de vendas da BYD Brasil.

Ele destaca que a BYD mantém conversas não só com a Shell mas com outros players de olho no cenário da eletromobilidade nacional. “Esse trabalho, visando o aumento da infraestrutura, é um negócio próspero, que gera muita receita para as empresas envolvidas. Como a maior fabricante de veículos elétricos do mundo, a BYD não quer ficar de fora do jogo”, encerra.

Fonte: Mobilidade Estadão

INTELIGÊNCIA DE DADOS É CHAVE PARA AVANÇO DA DESCARBONIZAÇÃO E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DO TRANSPORTE PÚBLICO

PAÍSES EUROPEUS PAGAM PARA QUE AS PESSOAS USEM BICICLETA

Estratégia inclui bônus no salário para quem decide pedalar para ir ao trabalho

Em prol da mobilidade urbana, países europeus estão pagando para que as pessoas utilizem a bicicleta nos deslocamentos. A estratégia inclui o pagamento de um bônus no salário para quem decidir pedalar para ir do trabalho para casa e vice-versa.

Além disso, outra solução é oferecer subsídios para a compra de bicicletas. Portanto, as vantagens se direcionam a quem opta pela bike como prioridade nos deslocamentos e abre mão do carro.

Pelo menos dois países europeus pagam para quem prefere pedalar: a Holanda e a Bélgica. Nestes casos, as estratégias são semelhantes, com diferença de valores.

A Holanda tem um programa que paga 0,21 euro por quilômetro para quem decide pedalar de casa para o trabalho e vice-versa. O objetivo é aumentar esse valor para 0,23 euro em 2024.

Na prática, o valor cai direto na conta do trabalhador por meio da folha de pagamento. Portanto, ele recebe um “salário” para pedalar.

Com isso, os holandeses aproveitam a oportunidade. Afinal, em média, as pessoas do país pedalam 2,6 quilômetros por dia.

O subsídio por quilometragem existe desde 2006. Na prática, o benefício pode trazer até 500 euros por ano para quem pedala 10 km por dia nos dias úteis.

Um estudo aponta que se o padrão holandês fosse adotado em todo o mundo, as emissões de carbono cairiam 686 milhões de toneladas por ano. Além disso, a prática traz benefícios para a saúde, por meio do estímulo de exercícios físicos.

Por sua vez, a Bélgica oferece um valor ainda maior para quem opta pela bicicleta. A compensação é de 0,24 euro por quilômetro que a pessoa pedalar.

Trocar o carro pela bicicleta

Existem países europeus que oferecem outros tipos de incentivo para a população andar de bicicleta. Por exemplo, a França subsidia a compra de bicicletas elétricas.

Entretanto, é preciso que a pessoa venda o carro para comprar uma e-bike. Quem fizer esse movimento pode ganhar até 4 mil euros em subsídios.

Além disso, quem possui baixa renda e mora em áreas mais afastadas tem chance de receber um subsídio maior. Com isso, o objetivo do governo é de que 9% da população use a bike como meio de transporte até 2025.

Por fim, as capitais de alguns países europeus, como Roma, Madri e Londres, também estão restringindo a circulação de veículos. Existem áreas em que a pessoa deve pagar para entrar de carro.

Assim, além de trazerem incentivos para que a população deixe de usar o carro e passe a pedalar mais, os países também optam por tornar o uso dos veículos mais caro. Assim, as pessoas têm motivos financeiros para mudar os hábitos de deslocamento.

De acordo com um estudo de autoria do pesquisador Sebastian Kraus, as medidas já estão dando resultado. Afinal, as cidades europeias que investiram em ciclofaixas e trouxeram outras estratégias semelhantes tiveram um aumento de até 48% no número de ciclistas.

PLANO PREVÊ IMPLANTAÇÃO DE 670 KM DE CICLOVIAS INTERLIGANDO A BAIXADA SANTISTA

Segundo o projeto, custo seria de R$ 179 milhões, mas valor representaria apenas 5% dos investimentos em mobilidade na região

Um plano que tem como objetivo interligar as cidades da Baixada Santista prevê a implantação de 670 km de ciclovias na região. O projeto inclui os nove municípios: Santos, Cubatão, Guarujá, São Vicente, Praia Grande, Peruíbe, Mongaguá, Itanhaém e Bertioga, no litoral paulista.

Com o nome de Ciclovia Metropolitana da Baixada Santista, o plano integra ações de mobilidade na região. A apresentação do projeto foi durante o 2º Fórum Metropolitano de Mobilidade.

O fórum integra um programa de ações que visa reduzir impactos ambientais dos deslocamentos na região. Além disso, outro objetivo é reduzir as desigualdades sociais neste contexto.

Deste modo, a proposta prevê a construção de 406,6 km de ciclovias, além da requalificação de 263,4 km já existentes. Portanto, o total seria 670 km de malha cicloviária.

O projeto também inclui a implantação de 12 bicicletários e 2.600 paraciclos, com 50 vagas cada. Outro item que o plano traz é a instalação de 10 postos de monitoramento.

Assim, todo o projeto teria um custo de R$ 179 milhões, considerando toda a estrutura necessária. Contudo, o valor seria apenas 5% do total do plano de mobilidade. Afinal, o planejamento inclui um investimento de R$ 2,2 bilhões no transporte coletivo e R$ 1 bilhão em viário para automóveis.

Plano Regional de Mobilidade Sustentável

O Plano Regional de Mobilidade Sustentável, que engloba o planejamento de ciclovias, tem financiamento do programa Euroclima+. Trata-se do principal programa de cooperação da União Europeia sobre sustentabilidade ambiental e mudanças climáticas com a região latino-americana.

Neste caso, o programa financia o plano por meio da Agência Francesa de Desenvolvimento. Entretanto, para sair do papel, o plano depende da ação do Governo do Estado de São Paulo, assim como dos municípios da Baixada Santista.

Afinal, a iniciativa exigiria investimentos tanto do poder público estadual quanto municipal. Assim, ao final do 2º Fórum Metropolitano de Mobilidade, o Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista (Condesb) assinou um pacto com os municípios da região para levar o plano adiante.

O Plano de Mobilidade Urbana Sustentável da região conta com o apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação, com coordenação da Agência Metropolitana da Baixada Santista (AGEM).

Embora a assinatura demonstra vontade política, o projeto ainda não tem data para sair do papel. Afinal, o Plano de Mobilidade Urbana Sustentável é composto por etapas: planejamento, diagnóstico, prognóstico, plano de ação e financiamento, participação e implementação.

Em primeiro lugar, é feita a coleta e análise de dados. Em seguida, a definição da visão e dos objetivos estratégicos. Na sequência, é definido o plano de ação, com a elaboração das medidas para a melhoria da mobilidade e acessibilidade.

O 2º Fórum Metropolitano de Mobilidade faz parte da etapa de implementação do plano, que é a fase final, com participação da sociedade civil, incluindo também audiências públicas e outras estratégias.

 

MOBILIDADE URBANA SUSTENTÁVEL: UCORP E CRYPTUM JUNTAS NA LUTA CONTRA AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS

A empresa Cryptum e a startup de mobilidade urbana elétrica UCorp firmaram uma parceria para tokenizar deslocamentos de mobilidade elétrica.

A Cryptum forneceu a plataforma BaaS (Blockchain-as-a-Service) para a integração e representação das soluções da UCorp no universo Web3.

Com a ajuda da Cryptum, a UCorp conseguiu retirar 213 toneladas de CO2 da atmosfera em 15 dias, a partir da geração de créditos de carbono registrados em blockchain.

A UCorp utiliza o protocolo CELO para realizar a tokenização e distribuir tokens de CO2 para seus usuários.

Os créditos de carbono são calculados com base nos quilômetros percorridos pelos usuários na plataforma UCorp e transformados em tokens.

O IMPACTO DA BICICLETA NO DESENVOLVIMENTO INTEGRAL DAS CRIANÇAS

Instituto Aromeiazero lança campanha de doação para fazer com que mais crianças pedalem e curtem a infância como ela deve ser

Segundo afirmou a pediatra Renata Waksman em uma entrevista realizada para a Revista Crescer, aprender a andar de bike durante a infância estimula a atenção, a disciplina, a concentração e ainda fomenta fazer novas amizades.

Por acreditar na ideia de que a bicicleta é uma potente ferramenta na geração de impactos sociais positivos. Além de ser um meio de transporte limpo e saudável, é também fonte de renda, empreendedorismo, arte, cultura e acesso à cidade, considerando um contexto urbano cada vez mais complexo e desigual, que o Instituto Aromeiazero realiza uma série de projetos de impacto, inclusive no que diz respeito aos pequenos.

Um exemplo disso, é o Rodinha Zero. Uma Iniciativa do Instituto que busca promover o uso da bicicleta como ferramenta de desenvolvimento integral para crianças de 4 a 11 anos, fomentando o seu uso por meio de atividades dentro e fora da escola. O projeto já ajudou mais de 5.000 crianças a pedalar sem rodinhas em ações realizadas em escolas municipais de São Paulo, outras ONG,  SESCs, Ruas Abertas e parques.

De acordo com a coordenadora pedagógica da Escola Municipal de Ensino Infantil Dona Ana Rosa de Araújo, Cristiane Teixeira Magen, o Rodinha Zero proporcionou a inclusão de crianças e jovens no espaço público de maneira sustentável. “A bike proporciona interações com o próprio corpo, com o coletivo, com o espaço e com a cidade”, comenta.

Para se manter ativo e seguir impactando a vida das pessoas, a ONG conta patrocínios de empresas, fundações e campanhas. E, além disso, com uma campanha de doação voltada a todos que queiram colaborar com as atividades do Instituto.

E como os interessados podem colaborar? 

O processo é simples e ocorre através do PagSeguro. Quem quiser apoiar o Instituto, precisa entrar no site www.aromeiazero.org.br/doe e escolher um dos planos. É possível cadastrar o cartão de crédito para que os próximos pagamentos sejam a cada mês, diretamente debitados.  Um jeito fácil e efetivo de fortalecer o Aro institucionalmente.

Com informações da Assessoria de Imprensa

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MOBILIDADE URBANA: MONITORAMENTO INTELIGENTE TORNA CIDADES MAIS SEGURAS E EFICIENTES

Solução tecnológica reduz em 63,59% valor gasto pela Prefeitura de Vila Velha (ES) em energia elétrica entre 2020 e 2022

A mobilidade é um desafio para a maior parte das cidades brasileiras. Promover fluidez e segurança aos cidadãos requer investimentos em tecnologias de ponta e inteligência. No Brasil, alguns municípios já contam com recursos capazes de auxiliar os órgãos públicos na gestão de vias públicas e segurança. São as chamadas cidades inteligentes (smart cities), tema debatido no Fórum Sorocaba 2050, realizado entre os dias 17 e 18 de maio no Parque Tecnológico de Sorocaba (SP).

Segundo levantamento divulgado este ano pela Câmara de Smart Cities da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) e pela Academia Fiesc de Negócio, a expectativa é de que o mercado global de tecnologias voltadas à modernização das cidades para torná-las inteligentes suba dos atuais US$ 511,6 bilhões para US$ 1 trilhão em 2027.

De acordo com Alex Sato, gerente de engenharia do Grupo Splice, conjunto de empresas desenvolvedoras de soluções tecnológicas para os segmentos de infraestrutura, real state, mobilidade urbana, telecomunicações e educação, esses dados mostram que, de fato, muitos gestores públicos estão investindo nessa frente a fim de tornar as cidades mais ágeis, eficientes e modernas, atendendo a população de forma mais humanizada, seja por cobrança da própria sociedade, cada vez mais atenta a isso, ou mesmo por iniciativa própria, visando a modernização de sistemas de gestão”, afirma.

Um desses meios oferecidos ao mercado é o Sistema Integrado Inteligente Splice (SIIS), plataforma multi-protocolos desenvolvida pela corporação que integra softwares e hardwares para os mais diversos segmentos de mercado, com inteligência artificial, dados e dashboards completos que tornam a gestão mais ágil e eficiente, seguindo diversas homologações e protocolos exigidos pelos órgãos regulamentadores. “O objetivo desse grande ecossistema tecnológico é promover qualidade de vida e bem-estar à população”, diz Sato.

Munícipios (e população) enxergam melhorias rapidamente com modernização de sistemas

No município de Vila Velha (ES), por meio de Parceria Público Privada (PPP), o Consórcio SRE-IP, que conta com o Grupo Splice, assumiu a operação e manutenção das unidades de iluminação pública, da implantação de iluminação de destaque nos principais patrimônios culturais da cidade, além da modernização e aumento da eficiência de todas as unidades de iluminação pública do município, que corresponde a mais de 37 mil luminárias de LED, sendo 50% delas gerenciadas pelo sistema de telegestão nas vias principais de tráfego intenso, através do Centro de Controle Operacional — CCO.

A iluminação pública tem sido reconhecida como a principal infraestrutura para a implementação do conceito de cidades inteligentes, haja visto que sua distribuição abrange grande área geográfica das cidades. Assim, cada ponto de iluminação poderá transformar-se em um ponto de conectividade.

Além disso, houve redução significativa do consumo da cidade com energia elétrica, chegando a 63,59% de queda no valor gasto pela Prefeitura. “Essas luminárias deixam a cidade muito mais iluminada durante a noite em relação às lâmpadas convencionais, o que aumenta a segurança das pessoas, permitindo à população usufruir ainda mais dos espaços públicos, como por exemplo as praças, parques e a orla, reforça Sato.

O engenheiro comenta ainda sobre o Consórcio Smart CPGI (Consórcio Público para Gestão Integrada), que contempla a gestão, operação, modernização, otimização, expansão e manutenção da rede de iluminação pública de oito municípios: Albertina, Andradas, Bandeira do Sul, Caldas, Divisa Nova, Ibitiúra de Minas, Ipuiuna e Santa Rita de Caldas.

“Em Albertina, por exemplo, implementamos inovações tecnológicas como muralha eletrônica (solução tecnológica de última geração para o monitoramento de tráfego e segurança pública, que oferece informações precisas e confiáveis sobre os veículos que circulam por uma determinada região por meio da leitura de placas de todos os veículos que passam pela área), câmeras de videomonitoramento 360 graus, estação meteorológica, internet livre para a população em diversos pontos das cidades, e dashboards para compilação e cruzamento de dados”. Houve melhorias significativas em relação à qualidade de vida e bem-estar dos munícipes, que passaram a ficar mais tempo nas praças por conta do acesso à internet, da maior luminosidade e dos recursos de monitoramento que afastam pessoas mal-intencionadas. Com isso, é possível manter o comércio em atividade por mais tempo e promover eventos públicos com mais segurança”, conta o especialista.

Ainda segundo ele, para tornar as cidades mais inteligentes, além dos recursos de monitoramento espalhados pelos municípios, a gestora Karina Fiuza — Smart CPGI têm à disposição o MOB2B, aplicativo que permite o gerenciamento eficiente das equipes através do estabelecimento e acompanhamento, em tempo real, de metas, jornada de trabalho, localização, entre outros pontos. “Para a população, disponibilizamos o APP Falaí, aplicativo que proporciona a interação entre os cidadãos e o poder público. Trata-se de uma ferramenta de ouvidoria que pode ser utilizada pelas pessoas para fazer ocorrências nas mais diversas secretarias e órgãos da Prefeitura, o que aprimora ainda mais a gestão das necessidades locais, pois conecta o poder público e a comunidade de forma prática e eficiente”, destaca.

Tecnologia a favor dos cidadãos

“Quando falamos em mobilidade urbana, entendemos que não se trata apenas de monitorar veículos por meio de radares eletrônicos, mas transformar as ferramentas de monitoramento em recursos inteligentes. Tudo isso para ajudar os órgãos públicos no atendimento às demandas dos munícipes, como controle de eventos / incidentes, prevenção e predição, informações aos motoristas e relatórios estatísticos gerados a partir do cruzamento dos dados e informações coletadas em todos os recursos que integram o sistema”, reforça.

“Vale ressaltar ainda que as cidades ou complexos inteligentes são uma tendência em todo o mundo e estão na Agenda 2030 das Nações Unidas e alinhadas aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS) da ONU”, finaliza.

Fonte: Folha Metropolitana

SAIBA QUAIS AS 3 CIDADES BRASILEIRAS MAIS INTELIGENTES DO MUNDO

São Paulo, Curitiba e Florianópolis foram as cidades brasileiras destacadas na última edição do ranking

Três cidades brasileiras estão entre as mais inteligentes do mundo, segundo o Ranking Connected Smart Cities, divulgado anualmente. A lista leva em consideração aspectos urbanos como sustentabilidade, criatividade, sensores eletrônicos e tecnologia para melhorar a qualidade de vida dos habitantes. São Paulo, Curitiba e Florianópolis foram as cidades brasileiras destacadas na última edição do ranking, divulgada em outubro do ano passado.

A cidade de São Paulo é referência em tecnologia de ponta e inovação. Com mais de 99% da população com acesso à tecnologia 4G, a capital paulista se destaca em serviços digitais e automatizados, como cadastros e agendamentos online, além de ser referência em acessibilidade e mobilidade, com bilhete eletrônico no transporte público.

Curitiba, capital do Paraná, é conhecida pela padronização de tecnologia disponível para a população e tecnologia em mobilidade e no trânsito, além da disponibilização de serviços digitais, como bibliotecas eletrônicas, aplicativos na área da saúde pública e escolas de robótica.

Já Florianópolis, localizada no estado de Santa Catarina, destaca-se na acessibilidade digital e na oferta de tecnologia aos estudantes, com destaque na economia e educação. A cidade busca crescer e se destacar cada vez mais no mercado tecnológico nacional e internacional.

Fonte: R7

MOBILIDADE BASEADA EM DADOS

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MaaS muito além de uma plataforma, um conceito…. 

O conceito de produto como serviço foi analisado pelos autores Lacy e Rutqvist em 2015, onde eles indagaram se as pessoas querem ter a posse de um bem que proporciona um objetivo, como um automóvel, ou querem o serviço, na conveniência do tempo e local que quiserem. Os autores, ainda, revelam que o modelo de produto como serviço poupa as pessoas de adquirirem um bem, que utilizarão em espaço limitado de tempo, além de não precisarem preocupar com manutenção e evolução tecnológica. 

O conceito é transposto para várias áreas, na mobilidade especificamente, tem-se utilizado o termo conhecido como MaaS (do inglês Mobility as a ServiceMaaS). Apesar do termo ter sido usado a primeira vez em 2012, foi em um artigo de 2014 que Hietanen et al apresentaram os primeiros trabalhos oriundos da “New Transport Policy”. Também em 2014, Heikkila et al apresentaram uma das primeiras definições do termo como um sistema compreendendo uma gama de serviços de mobilidade, para consumidores, por operadores. Apesar de apresentarem o conceito, os autores descrevem o modelo a partir de uma plataforma tecnológica. 

O conceito MaaS possui, então, duas linhas de abordagem: 

  1. conceito do atendimento da mobilidade por um serviço, medido e pago na proporção do seu consumo. Nesse conceito, o serviço adota o usuário como o centro da solução (Hietanen et al., 2014; Giesecke et al., 2016; Nikitas et al., 2017; García et al., 2020);
  2. plataforma que materializa o conceito com base em um planejador multimodal que promete integrar diferentes modos de transporte, pagamentos e operação em um único ecossistema tecnológico. A plataforma tecnológica denominada MaaS se torna a solução em si (Heikkila et al., 2014, Shaheen et al., 2017, Jittrapirom et al.,2017; Wong et al., 2020);

É no contexto de colocar o usuário como cliente, e por tanto, no centro da solução que a integração de serviços e plataformas tecnológicas também materializam a mobilidade como um serviço. 

O transporte convencional de ônibus segue um ciclo tradicional em que o poder público é responsável pela operação e, na maioria das vezes, concede a concessão do serviço. Para fornecer um serviço eficiente, é necessário planejar o atendimento, executá-lo, medir o desempenho e ajustar a oferta com base nos indicadores de performance e desempenho. Embora isso pareça simples, implementar esse ciclo e colocar o usuário como centro da solução é extremamente complexo, principalmente devido à desconexão entre os diferentes provedores de tecnologia e à dificuldade de priorizar todas as camadas simultaneamente em um modelo econômico complexo e desequilibrado. Para alcançar a plataforma MaaS do ponto de vista do ciclo operacional, é preciso superar esses desafios significativos.

Figura 1 – Camadas de integração – disponibilizado por Bus2.me

O primeiro passo do planejamento consiste na integração das informações fornecidas aos usuários e demais atores envolvidos para estabelecer uma visão clara do que está sendo oferecido. Para isso, existe uma estrutura padrão conhecida como GTFS (General Transit Feed Specification), que define como as informações sobre rotas, horários, estrutura e calendário devem ser apresentadas. Originalmente criado pela Google e hoje homologado pela Mobilitydata, o GTFS é fundamental para a utilização em softwares de modelagem e sistemas de otimização. Além disso, ele permite uma visão clara de cada camada do serviço planejado, o que ajuda a garantir que cada etapa seja executada corretamente pelo responsável da operação.

Na etapa de monitoramento, o foco é acompanhar a execução dos serviços e avaliar os indicadores operacionais. É essencial lembrar que o que não é medido não pode ser melhorado, por isso o monitoramento em tempo real ou a análise dos dados após a execução permitem uma visão clara do desempenho do sistema, seus custos e pontos de atenção. Por exemplo, é possível capturar informações precisas como a velocidade média operacional, áreas sem sinal para GPS, principais pontos de produção e de atração de passageiros do sistema ao cruzar as informações de diferentes provedores de tecnologia. Com a conexão do monitoramento, é possível corrigir falhas operacionais comuns, como erros de alocação de veículos, e avaliar com precisão a execução planejada versus a executada.

A camada de inteligência é fundamental para a melhoria contínua do sistema de transporte. Diversas subcamadas podem ser executadas para otimizar a alocação de recursos, como plataformas de otimização que cruzam dados de planejamento e execução, e permitem a melhoria na alocação da escala de motoristas e a otimização de horários e viagens. Além disso, a camada de inteligência permite ajustes operacionais baseados nas origens e destinos de cada passageiro, entendendo a ocupação e trechos críticos das linhas do sistema. A camada de inteligência não só otimiza e reespecifica o sistema, mas também permite enxergar deslocamentos que beneficiem a demanda e a operação conjuntamente. Isso permite que o sistema seja replanejado olhando para cada micro viagem e comportamento do passageiro, proporcionando um transporte conceitualmente sob demanda.

Por fim, a camada de inteligência permite otimizar e personalizar o transporte de acordo com a demanda, indo além de simplesmente atender a solicitações específicas. Através da indução ou sugestão de mudanças de comportamento por parte dos usuários, é possível alcançar o tão desejado achatamento da curva de demanda. Esses picos causam pressão sobre a quantidade de veículos, aumentando os custos operacionais, enquanto fora do pico, muitos veículos ficam ociosos. Embora alguns lugares tenham tentado resolver isso com variação de preços, a renúncia de receita dos passageiros do fora-pico geralmente não compensa a pequena quantidade dos que mudam de comportamento. No entanto, compreendendo o padrão de cada usuário e oferecendo cashback apenas para aqueles que mudam seu comportamento, é possível beneficiar tanto o sistema quanto os usuários financeiramente. Essa mesma estratégia pode ser aplicada em linhas similares com níveis de serviço superiores ou com incentivos para mudanças de comportamento que melhorem a operação e aumentem a receita tarifária.

Em resumo, a chave principal para desbloquear uma das portas necessárias para transformar a mobilidade em um serviço é a integração de todas as camadas de dados. No final, fornecer um serviço que seja visto como um meio para alcançar um objetivo, e não um fim em si mesmo, requer a identificação clara dos padrões e propósitos, visando atender às necessidades do cliente.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities