spot_img
Home Blog Página 383

O DESAFIO DO SANEAMENTO BÁSICO PARA O DESENVOLVIMENTO DE SMART CITIES NO BRASIL

0

O país vive uma dicotomia entre parques tecnológicos, incubadoras e centros de pesquisa entre os melhores do mundo, ao mesmo tempo que deve lidar com questões básicas para o desenvolvimento humano

 

Em pleno século XXI, com tecnologia suficiente para transformar as cidades brasileiras em smart cities, dados do Sistema Nacional de Informações de Saneamento (SNIS) de 2017 mostram que a realidade é a de que apenas 52% da população tem acesso à rede de esgoto e só 46% do esgoto gerado no país é tratado.

Apesar de ser o melhor investimento em benefício da saúde pública, poucas ações governamentais estão sendo desenvolvidas para ampliar os serviços de saneamento. Mais de 30 milhões de brasileiros não possuem água tratada e em quantidades necessárias e mais de 100 milhões não têm acesso ao esgoto. Além disso, doenças como dengue, diarreias e helmintoses fazem parte do grupo de Doenças Relativas ao Saneamento Ambiental Inadequado (DRSAI), podendo afetar não só indivíduos que não tem acesso ao saneamento, como toda uma comunidade.

Em 2017, a Organização Mundial de Saúde (OMS) advertiu que 1,7 milhão de crianças morrem devido a ambientes poluídos e insalubres todos os anos. De acordo com o Censo Escolar 2018, 16% dos institutos de educação básica não possuem banheiro dentro da escola. Nesse cenário, a cada quatro estabelecimentos de ensino, um não possui acesso a água encanada e metade não tem rede de esgoto.

É possível atribuir o problema a ausência de políticas públicas voltadas à promoção do setor. A atribuição aos municípios da titularidade do serviço – que implica em criar estruturas no âmbito municipal para planejamento e gestão direta ou contratação da iniciativa privada, regulação e acompanhamento do serviço – embutiu o risco de, nos municípios menores, simplesmente não ser possível haver capacidade de desenvolver um planejamento adequado.

Dentro desse cenário, é cada vez mais importante que o conceito de smart cities aplicado no Brasil esteja atrelado não apenas à tecnologia e inovação, como também na resolução eficiente, inteligente e integrada de problemas como a falta de acesso ao saneamento básico. O contexto social é essencial para o desenvolvimento do planejamento urbano, levando em consideração que cidades inteligentes atuam, principalmente, para o bem-estar de seus cidadãos.

COMO SOLUÇÕES INOVADORAS DE UNIVERSIDADES CHEGAM NAS CIDADES

0

Qual é o processo necessário para que o conhecimento produzido em Universidades e Centros de Pesquisa chegue na sociedade e possa trazer soluções inovadoras para problemas urbanos:

A produção acadêmica produzida em Universidades e Centros de Pesquisa é essencial para a construção de cidades inteligentes. Mas, antes de chegar nas cidades, a produção científica deve, antes de tudo, ser transformada em tecnologias e em produtos aplicáveis para a melhoria de processos.

Esse processo é feito através da aquisição de patentes, marcas, direitos autorais de livros, desenvolvimento de softwares, etc. Cada vez mais, Universidades contam com Centros de Inovação, que permitem com que a pesquisa possa sair dos artigos e consiga se transformar em uma solução prática.

A promoção do empreendedorismo é essencial para que as Universidades consigam promover essas soluções. A Universidade de São Paulo (USP), a melhor Universidade do país, conta com dois parques tecnológicos, um em São Paulo (Cietec) e outro em Ribeirão Preto (Supera), além de possuir incubadoras e aceleradoras de empresas. 

Uma cidade inteligente envolve recursos tecnológicos, institucionais e humanos. O ‘cidadão inteligente’ é aquele que auxilia na gestão urbana gerando informações, mapeando e discutindo questões que permeiam a vida urbana- entendendo que esses podem ser autores de soluções criativas e transformadoras para suas cidades.

Nesse sentido, é preciso garantir que o espaço universitário faça parte desse contexto amplo que permeia uma cidade inteligente e seus cidadãos: é preciso englobar as pesquisas e artigos acadêmicos como parte da solução para os problemas urbanos e promover o empreendedorismo afim de tornar essas produções em soluções viáveis para a construção de cidades inteligentes.

CIDADES INTELIGENTES: UMA VISÃO SISTÊMICA E INTEGRADA

0

A construção de uma cidade inteligente deve ser feita entendendo os diversos atores que constituem uma sociedade, utilizando a tecnologia e sustentabilidade como meio e não como fim

 

A cidade inteligente é aquela que consegue alcançar melhores resultados reduzindo custos e esforços. Uma das principais aliadas das cidades para diminuir o tempo e custo das operações é a tecnologia que viabiliza um melhor gerenciamento dos serviços. É fundamental que as cidades utilizem novas tecnologias de maneira a estar constantemente encontrando modos mais eficientes e baratos de realizar uma gestão inteligente e sustentável.

Apesar disso, é preciso ter cuidado: a ideia de que cidades inteligentes devem se tornar tecnológicas como um fim é equivocada. A tecnologia sozinha não irá resolver os problemas urbanos em suas totalidades, ainda mais em países como o Brasil, em que muitos desafios ainda estão atrelados à superação da disparidades sociais.

De acordo com Alex Abiko, professor titular da Escola Politécnica da USP e coordenador da CEE-268 da ABNT, Comissão de Estudos Especial 268, Cidades e Comunidades Sustentáveis, a busca por uma cidade sustentável, ou resiliente, ou inteligente não deveria ser um objetivo por si só, sendo cada um desses aspectos trabalhados de maneira isolada, mas sim a busca por uma cidade que tenha atributos que a tornem de forma integrada cada vez mais sustentável, mais resiliente e mais inteligente.

Uma cidade inteligente envolve recursos tecnológicos, institucionais e humanos. Pensando nisso, não basta apenas investir em tecnologia: o engajamento dos cidadãos é essencial para a construção de uma cidade. O ‘cidadão inteligente’ é aquele que auxilia na gestão urbana gerando informações, mapeando e discutindo questões que permeiam a vida urbana- entendendo que esses podem ser autores de soluções criativas e transformadoras para suas cidades.

Smart Cities são aquelas que utilizam de ferramentas tecnológicas para se tornarem mais acessíveis com seus idosos, deficientes, mulheres, crianças, trabalhadores e trabalhadoras, negros e indígenas e etc. É preciso gostar e cuidar das cidades, entendendo que os cidadãos devem se tornar agentes a fim de impactar cada vez mais as decisões sobre o futuro desses espaços.

As cidades, como organismos complexos, devem desenvolver na sua gestão urbana princípios que se aliem a sustentabilidade, que promovam o desenvolvimento de cidades mais inteligentes e acessíveis. As soluções urbanas só podem ser realizadas através de consensos entre todos os atores que participam ativamente da tomada de decisão das cidades, ou seja, é preciso viabilizar o diálogo entre o setor mobiliário e financeiro, empresas públicas e privadas, governo e população e até mesmo entre vizinhos do mesmo bairro.

EXPERIÊNCIA FRANCESA EM MOBILIDADE MARCA PARTICIPAÇÃO DO “CLUBE CIDADES SUSTENTÁVEIS” NO CSCM DIGITAL DX 20

0

A eficiência da mobilidade urbana: big data, segurança dos dados e respeito da privacidade do usuário-cidadão em tempos de “novo normal” esteve no foco do debate

 

Um dos principais gargalos do desenvolvimento das cidades brasileiras sem dúvida é a mobilidade urbana. E o tema recebeu destaque especial na 6ª edição do evento mais importante de cidades e mobilidade do país, o Connected Smart Cities e Mobility Digital Xperience 2020. O evento abordou de forma ampla a experiência francesa em mobilidade, cibersegurança e cidadania, por meio da participação do Clube Cidades Sustentáveis, parceiro do CSCM.  

A íntegra da participação especial do Clube na iniciativa está disponível e pode ser acessado na íntegra Aqui.

A abordagem considera a mobilidade, cada vez mais compartilhada e conectada e que, em breve, será autônoma, sendo construída em torno da cooperação de sistemas de informação díspares operados por múltiplos atores, graças à hiperconectividade de seus componentes (desde smartphones até os próprios meios de transporte).

Também se destacam três eixos complementares em uma abordagem global e interdisciplinar da segurança cibernética: a proteção dos atores (fabricantes e usuários finais), a segurança dos produtos e serviços e o respeito pela privacidade do usuário.

O painel abordou os temas de forma didática, com base em casos concretos que ilustram o know-how francês no assunto, desde a gestão multimodal na época da Covid-19 (Alstom, no Panamá) até o veículo autônomo de transporte público (Toulouse Métropole), tendo o agora “usuário-cidadão” como cerne central (Systra, em Teresina, e Citelum na cidade de Dijon – França).

 

PALESTRANTES E CASES

Valentin Rodriguez Lopez, diretor de Soluções para a América Latina da Alstom ministrou a palestra: “MASTRIA: solução de inteligência artificial da ALSTOM para mobilidade – case do Panamá durante a pandemia”;

Marcus Cerqueira Pimenta da Cunha, diretor Comercial e Operações da Citelum Brasil, abordou com profundidade o tema: “A iluminação pública como ferramenta de integração para mobilidade urbana”;

Mariana Verônica de Moura coordenadora da Systra Brasil e Cíntia Bartz da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito da Prefeitura de Teresina (PI) palestraram sobre: “Tecnologia blockchain para melhorar o gerenciamento de dados e o engajamento civil para o transporte público em Teresina”;

Dominique Faure e Caroline Lapelerie, primeira vice-presidente de Toulouse Métropole para a Economia, Inovação e Emprego e o Desenvolvimento das Zonas de Atividade Econômica e Diretora de Inovação, Toulouse Métropole, participaram da Palestra: “Toulouse Métropole está inovando em termos de novos serviços de mobilidade e acelerando o desenvolvimento de sistemas de transporte inteligente: a experimentação de um Serviço de transporte público autônomo”. Especial destaque foi dado à experimentação da solução de veículo autônomo urbano proporcionada pela empesa francesa Easy Mile.

O painel contou com moderação da conselheira para o Desenvolvimento Sustentável da Embaixada da França, Françoise Méteyer-Zeldine.

 

 

MOBILIDADE INTELIGENTE

0

É preciso repensar no conceito de mobilidade urbana para alcançar o patamar de cidade inteligente

De acordo com dados da Associação Nacional dos DETRANS, o Brasil possui uma circulação média de 45 milhões de veículos- cerca de um automóvel para cada 4,4 habitantes. Apesar disso, uma pesquisa realizada pela Grow, empresa resultante da fusão entre a brasileira Yellow e a mexicana Grin, aponta que 47% das pessoas preferem utilizar bicicletas para fazer o trajeto até o trabalho ou para se deslocar pela cidade. Além da bicicleta, o patinete elétrico passou a fazer parte do cotidiano da população: 40% dos entrevistados utilizam o veículo, sendo que seu principal uso ainda é o recreativo.

Com a tendência da entrada de novos modelos de mobilidade urbana cada dia mais forte, é preciso preparar um sistema de transporte que seja capaz de integrar diferentes modais. A smart mobility é justamente aquela que consegue englobar meios tradicionais de transporte ao mesmo tempo que proporcionar abertura para que novos modelos se integrem.

A maneira como se entende a mobilidade urbana mudou muito com a chegada de novas tecnologias: cada vez mais o número de aplicativos voltados para a mobilidade aumentam, assim como novas maneiras de se realizar o mapeamento e gestão do transporte público. Com soluções inovadoras, a mobilidade inteligente passa a ser essencial para garantir o cotidiano das cidades e promover um futuro sem congestionamentos.  O monitoramento de fluxo em tempo real nas vias através de câmeras e sensores, sistemas de controle semafóricos e os próprios aplicativos de mobilidade que indicam rotas alternativas são exemplos de como a tecnologia pode favorecer a otimização do tráfego em uma cidade.

A mobilidade é um indicador diário que aponta para as desigualdades do espaço urbano: o acesso ao transporte é o acesso ao trabalho, lazer, saúde, educação e outros diversos direitos do cidadão. O acesso que não é feito de maneira justa, entendendo as limitações que diferentes indivíduos têm para se locomover, contribui para as desigualdades sociais, raciais e de gênero. Discutir mobilidade e acessibilidade não significa apenas trazer as pessoas para mais perto de seus trabalhos, mas prover também acesso à cultura e lazer, estando diretamente relacionada com a inclusão social de uma cidade.

 

 

RIBEIRÃO PRETO: SÓ TESTAGEM EM MASSA OU VACINA GARANTEM REABERTURA TRANQUILA DAS ESCOLAS, REVELA DOCUMENTO APROVADO POR COMITÊ DA SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO

0

O documento elaborado por pesquisadores da USP alerta que os números oficiais mostram que Ribeirão Preto está em um patamar elevado de transmissão comunitária por um número grande de semanas consecutivas e esse não é um cenário que permita a simples reabertura da rede escolar 

Pesquisadores da USP em Ribeirão Preto elaboraram documento para o Comitê Intersetorial da Secretaria Municipal de Educação com recomendações para a reabertura da rede escolar da cidade no contexto da pandemia da covid-19. O documento, que é parte das atividades do Comitê Intersetorial, estabelece protocolos para o retorno às atividades presenciais na Rede Escolar Municipal no cenário da pandemia do novo coronavírus na cidade. Nele os pesquisadores estabelecem três alternativas para a reabertura da rede escolar, o que inclui indistintamente as escolas públicas, as escolas privadas e as escolas conveniadas:

– Aguardar a redução para menos de 10 novo casos/dia por 100 mil habitantes (já incluindo a estimativa de assintomáticos). Em 22 de setembro esse porcentual era de 25,1,  com algum nível de testagem que dimensione minimamente os assintomáticos; ou testagem em massa antes da reabertura e semanalmente, depois da reabertura, de toda a rede escolar, realizando pooling de amostras de saliva, com rastreamento de casos e isolamento com suporte; ou  reabertura das escolas quando toda a população escolar estiver vacinada.

Os pesquisadores lembram que o Harvard Global Health Institute cita quatro fases para gerenciamento e ações em resposta à pandemia da covid-19: Fase Verde: < 1 novo caso/dia por 100 mil habitantes; Fase Amarela: 1<10 novos casos/dia por 100 mil habitantes; Fase Laranja: 10<25 novos casos/dia por 100 mil habitantes; e Fase Vermelha: >25 novos casos/dia/100 mil habitantes, mas que o Plano São Paulo, elaborado pelo governo do Estado, utilizou esses mesmos nomes com definições e implicações muito distintas. “Isso cria um conflito de acepções para os mesmos termos, com equívoco de compreensão do público sobre o significado dessas fases e sobre a segurança epidemiológica correspondente no contexto da pandemia da covid-19 no Estado de São Paulo”, alertam.

Nas recomendações, enfatizam que a análise da situação de uma cidade pelo Plano SP pode resultar em uma classificação de Fase Amarela por haver melhora em relação à semana precedente, ainda que estritamente a cidade possa ter indicadores piores, por exemplo, que os da Fase Vermelha da mesma cidade em meses anteriores. “Isso é logicamente inconsistente e grave do ponto de vista epidemiológico.”

Ao avaliar os parâmetros utilizados pelo Plano São Paulo, apontam que os pesos atribuídos geram um modelo preditivo muito ruim do estado da pandemia. “Eles basicamente dimensionam a capacidade de internação e resposta clínica (e mensuração de letalidade) à covid-19, irrespectivamente da gravidade de disseminação do vírus na sociedade.”

Já nas recomendações do grupo, para avaliar a segurança para a reabertura da rede escolar municipal de Ribeirão Preto e sugerir qual são as pré-condições para uma reabertura segura da rede escolar, são considerados os seguinte parâmetros:  Novos casos oficiais/dia/100.000 habitantes;  Novos óbitos/dia; Imunidade populacional; Curvas de ocupação hospitalar; Taxa de transmissão do vírus (Rt); Testes.

REABERTURA DAS ESCOLAS PELO MUNDO

Os pesquisadores ainda exemplificam que a reabertura de escolas em vários países, sem medidas reais de combate à pandemia, fez com que em quase todos tivesse que ser revertida em nível nacional ou regional, com um grande número de pessoas infectadas. “Talvez o único caso bem-sucedido a ser listado é o da Nova Zelândia. Não por acaso, talvez seja o único país em que se aplicou estritamente o protocolo TRIS (Teste, Rastreamento e Isolamento com Suporte).  O exemplo da Nova Zelândia mostra que a reabertura da rede escolar não pode ser vista como um evento separado do combate eficaz à pandemia como um todo através de um plano consistente. A abertura das redes escolares não pode ser feita como algo separado de um plano ou sem um plano geral. Ela é parte e consequência desse plano”, avaliam.

Ainda sobre as recomendações, o grupo cita o artigo Reopening Primary Schools during the Pandemic, publicado no New England Journal of Medicine, que traz a importância do ambiente escolar para o desenvolvimento não apenas acadêmico, mas também físico e socioemocional e se referindo às escolas como atividade essencial. “Não há contestação aqui dessa perspectiva, mas eles consideram condições de transmissão moderada, quando menos de 10 novos casos por dia a cada 100 mil habitantes, em países que efetivamente testam sua população — como o valor máximo aceitável para abrir a rede escolar.

Sobre isso, alertam que o volume de testes para Ribeirão Preto é pífio, de 8,1% da população da cidade no dia 22 de setembro. Já quanto à positividade dos testes o ideal é que esteja em torno de 5%, com a busca de casos assintomáticos, mas em Ribeirão Preto a positividade acumulada é de 44,2%. “E por protocolo, a cidade não faz rastreamento a partir dos que testam positivo e não identifica os positivos assintomáticos e sintomáticos leves na população, que continua circulando livremente. Isso significa que o volume real de vírus circulando na cidade é muito superior ao que é medido através dos testes dos casos sintomáticos mais graves.” Já a média móvel para sete dias em 22 de setembro foi de 178,7 novos casos/dia, o que corresponde a mais de 25,1 novos casos/dia por 100 mil habitantes, apenas com os resultados de sintomáticos testados.

E concluem, “o Plano SP foi construído com critérios que utilizam dados ligados à oferta de leitos para pacientes de UTI e indicadores comparados com os dados da semana anterior—ao invés de utilizar números absolutos que indiquem propriamente o estado da pandemia na cidade. Não há, de fato, avaliação da situação da pandemia para classificar cidades e regiões”.  Portanto, uma cidade em uma fase “melhor” pode estar em um patamar profundamente mais grave do que a cidade que estava uma fase “pior”. Isso leva a medidas administrativas que agravam ainda mais a epidemia.

Os números oficiais mostram que Ribeirão Preto está em um patamar elevado de transmissão comunitária por um número grande se semanas consecutivas, o que explica a mortalidade excepcionalmente alta na cidade. Isso foi demonstrado no porcentual da população que apresenta anticorpos, a pior cidade no Estado de São Paulo, com um valor que é o dobro da média nacional, em um estudo financiado pela Fapesp divulgado em 17 de setembro.  “Esse não é um cenário que permita a simples reabertura da rede escolar, a despeito de quaisquer protocolos de distanciamento no funcionamento das escolas quando abertas. Apenas a testagem é capaz de detectar em tempo crianças e profissionais com transmissibilidade na rede escolar, evitando que haja uma enorme disseminação que afete as crianças, mas também os profissionais e os familiares das crianças, aumentando a taxa de óbitos na cidade.”

O documento é assinado pelos professores Dalton de Souza Amorim, do Departamento de Biologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCLRP), e Domingos Alves, do Departamento de Medicina Social da Faculdade de Medicina (FMRP), ambos da USP em Ribeirão Preto, e ainda pela doutora Adriana Santos Moreno, pesquisadora da área de Alergia e Imunologia Clínica e professora do programa de pós-graduação da FMRP, e foi aprovado pelo Comitê Intersetorial da Secretaria Municipal de Educação.

Fonte: Jornal da USP

Maranhão: UEMA É FINALISTA DO PRÊMIO MELHORES PRÁTICAS DE SUSTENTABILIDADE DO MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE

A Universidade concorre com o projeto: Aproveitamento de resíduos sólidos orgânicos do Restaurante Universitário

A Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) está participando do 8° Prêmio Melhores Práticas de Sustentabilidade – Prêmio A3P, do Ministério do Meio Ambiente, na categoria Gestão de Resíduos, com o projeto: Aproveitamento de resíduos sólidos orgânicos do Restaurante Universitário – RU/UEMA em compostagem na Fazenda Escola de São Luís – FESL.

A instituição concorre ao lado de grandes instituições como o Instituto Butantan com o projeto: Valorização de Tyvek® oriundos de plantas industriais do Instituto Butantan; e a Prefeitura Municipal de Cubatão/SP, com o projeto Minhoca Amiga – Compostagem.

O 8° Prêmio A3P reconhecerá as 15 instituições finalistas e divulgará a classificação dos premiados em solenidade a ocorrer no evento. Nesta edição, o Prêmio A3P conta com cinco categorias, sendo três finalistas para cada categoria: Uso Sustentável dos Recursos Naturais, Inovação na Gestão Pública, Gestão de Resíduos, Destaque da Rede A3P e a Categoria Especial: Combate ao Lixo no Mar.

Mais informações sobre o prêmio estão disponíveis pelo site: http://a3p.mma.gov.br/finalistas-8o-premio-a3p/

SOBRE A3P

A Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P) é um programa do Ministério do Meio Ambiente que objetiva estimular os órgãos públicos do país a implementarem práticas de sustentabilidade. A adoção da A3P demonstra a preocupação do órgão em obter eficiência na atividade pública enquanto promove a preservação do meio ambiente. Ao seguir as diretrizes estabelecidas pela Agenda, o órgão público protege a natureza e, em consequência, consegue reduzir seus gastos.

Fonte: Agência de Notícias Maranhão de todos nós 

CONTROLE DE TRÁFEGO DE SALVADOR TERÁ INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

ABDI instalará sistema em cooperação com a Prefeitura

A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) iniciou em 14/09 parceria com a prefeitura de Salvador (BA) para o desenvolvimento de um projeto de Cidades Inteligentes na capital baiana. A prioridade será a adoção de tecnologias para mobilidade, como o controle de tráfego a partir do uso de inteligência artificial na gestão dos semáforos e a instalação de câmeras especiais para reconhecimento de placas dos veículos.

Por meio de um memorando de entendimentos assinado pelo prefeito de Salvador, ACM Neto, e o presidente da ABDI, Igor Calvet, a Agência trabalhará em cooperação com o município para detalhar prazos e locais de implantação do projeto. Estão previstos investimentos de R$ 5 milhões da ABDI em tecnologia a ser instalada ainda esse ano.

“Cidades Inteligentes é um movimento que ocorre de norte a sul do país. Quando decidimos alocar recursos em Salvador, vimos um trabalho já em andamento. Com esses projetos, queremos que o município seja um local de demonstração para o Brasil e outras prefeituras. Salvador já tem naturalmente a sua projeção, e essa iniciativa, além do aparato tecnológico na área de mobilidade, será um motor de atração de investimentos muito grande. Queremos, no fim, o benefício para o cidadão”, explica Igor Calvet.

O sistema de monitoramento e controle de tráfego inclui câmeras especiais e um software que aponta as ocorrências usando inteligência artificial. A proposta é que a tecnologia ajude a dar mais fluidez e segurança ao trânsito, ao fornecer dados precisos e em tempo real à central de controle operacional, que funcionará junto ao Núcleo de Operações Assistidas (NOA). A previsão é que equipamentos sejam inicialmente instalados nos semáforos que ficam na região do Largo do Tanque e da Av. General San Martin.

“Na nossa visão de futuro, a médio e longo prazo, existem dois pilares fundamentais de impulsionamento econômico para a cidade e um deles é exatamente o setor tecnológico. A prefeitura tem que estar preparada, nós trabalhamos com planejamento. Já fizemos várias intervenções na região da San Martin. Mas em função do volume enorme de veículos que passam por lá está será uma solução extremamente adequada”, avalia o prefeito ACM Neto.

CIDADES DO FUTURO

Os projetos de Cidades Inteligentes da ABDI envolvem a integração de tecnologias como Internet das Coisas (IoT), Big Data, Inteligência Artificial e Conectividade.

“Aumentar a produtividade da nossa economia passa pela inovação nas empresas, nas cidades e nos estados. A ABDI tem esse foco e busca nesses projetos a difusão do setor de tecnologia nas cidades para proporcionar mais qualidade de vida para o cidadão e sobretudo um ambiente para as empresas produzirem mais e melhor”, acrescentou Calvet.

Com soluções já aplicadas em outros municípios, como Foz do Iguaçu (PR), Curitiba (PR) e Petrolina (PE), e outras em desenvolvimento, como em Macapá (AM), a ABDI investe em inovação e estimula o aumento da competitividade da indústria por meio do aumento da demanda por tecnologias provocada pela demonstração dos efeitos e potenciais dessas soluções em ambiente real.

O conceito Cidades Inteligentes vem sendo amplamente discutido e estudado no mundo todo e tem como foco a melhoria da qualidade de vida do cidadão. As cidades inteligentes utilizam sistemas interligados e interoperáveis para o uso estratégico de infraestrutura, serviços e comunicação. Essas tecnologias reduzem custos de infraestrutura, operação e manutenção dos municípios e capacitam a gestão pública para o atendimento às demandas sociais e econômicas da sociedade.

A ABDI atua na área com três projetos: o Living Lab, Eletromobilidade e Segurança Pública para Cidades Inteligentes.

Fonte: ABDI 

GARTNER PREVÊ QUE 65% DA POPULAÇÃO MUNDIAL TERÁ SEUS DADOS PESSOAIS PROTEGIDOS POR REGULAMENTAÇÕES DE PRIVACIDADE ATÉ 2023

0

Segundo analistas, companhias deveriam incorporar na estratégia de dados de seus negócios as demandas de um cenário de privacidade em rápida evolução

Em 2023, 65% da população mundial terá seus dados pessoais protegidos por algum tipo de regulamentação de privacidade digital, como a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), que está entrando em vigor no Brasil. Esta é a projeção da mais recente pesquisa do Gartner, Inc., líder mundial em pesquisa e aconselhamento para empresas, que indica um crescimento exponencial comparando com os dados atuais, uma vez que, em 2020, apenas 10% da população está protegida digitalmente por algum tipo de norma ou lei.

“Com mais países implementando leis de privacidade baseadas no regulamento da GDPR (General Protection Data Regulation, em inglês), é fato que o mundo caminha para adotar a linha europeia como o padrão global para lidar com informações pessoais”, diz Nader Henein, Vice-Presidente de Pesquisas do Gartner. “Os órgãos de controle estão instituindo normas de privacidade que buscam paridade com o GDPR. Esses regulamentos permitem que países inteiros estejam mais próximos de alcançar a adequação com a União Europeia, onde suas empresas podem se beneficiar de um mercado maior e com o novo status de ‘confiável’.”

Segundo o Gartner, ainda que algumas organizações ainda se mantenham concentradas na otimização de custos por conta da pandemia global COVID-19, 3 é fundamental que as companhias incorporem o quanto antes as novas necessidades de um cenário de privacidade em rápida evolução na estratégia de dados de seus negócios. “Os líderes de gerenciamento de segurança e risco (SEM – de Security and Risk Management, em inglês) precisam ajudar suas empresas a adaptarem as práticas de tratamento de dados pessoais sem expor os negócios a perdas por meio de multas ou danos à reputação”.

Os analistas do Gartner alertam que os líderes de Segurança e Gestão de Risco precisam implementar o quanto recursos que suportem o aumento do volume de dados, assim como maior variedade e velocidade para os controles, implementando um programa completo de privacidade que seja capaz de gerenciar três estágios na gestão de informações: Estabelecimento, Manutenção e Evolução.

1) Estabelecimento – Segundo o analista Henein, o primeiro estágio para a implementação de programas de privacidade nas empresas é o Estabelecimento, no qual são mapeados recursos básicos e tecnologias para a condução de um programa de gerenciamento de dados. Esse mapeamento é necessário para qualquer companhia voltada para os clientes e que processe informações pessoais. Isso inclui a descoberta e o enriquecimento que permitem que as empresas estabeleçam e mantenham registros de riscos à privacidade.

2) Manutenção – O estágio seguinte, o de Manutenção, no qual as organizações dimensionam seus programas de gerenciamento de privacidade. Esse passo se concentra na administração contínua e no gerenciamento de recursos necessários para a realização das análises. Isso inclui melhorar o tempo de respostas a incidentes que violem dados pessoais, bem como trazer automação para avaliações de impacto de privacidade.

3) Evolução – A etapa de Evolução inclui ferramentas especializadas, buscando recursos que que se concentram na redução do risco de privacidade com pouco ou nenhum impacto no uso de dados. Um dos recursos mais populares permite que as organizações extraiam insights sobre seus consumidores de grandes bases de dados sem expô-los a riscos excessivos de privacidade. Esse tem sido um recurso crítico para as equipes de marketing.

Fonte: ABES

TECNOLOGIA NA GESTÃO PÚBLICA

0

O avanço tecnológico permite com que gestores públicos utilizem meios mais eficientes para suportar as demandas sociais e desburocratizar as cidades

A gestão eficiente é aquela que consegue alcançar melhores resultados reduzindo custos e esforços. Uma das principais aliadas dos gestores para diminuir o tempo e custo das operações é a tecnologia que viabiliza um melhor gerenciamento dos serviços. Algo simples como a assinatura de documentos por meio digital, já permite com que as informações alcancem os órgãos de controle no prazo adequado e economiza tempo e dinheiro das cidades.

A tecnologia auxilia também na elaboração do planejamento estratégico, na desburocratização das cidades, no acompanhamento de cumprimento de contratos e para garantir maior transparência no manejo de recursos financeiros. Ainda, as novas plataformas tecnológicas permitem uma padronização dos processos, garantindo maior fluidez no atendimento.

O software Cheff Escolar, por exemplo, é uma ferramenta utilizada pelo governo do Mato Grosso do Sul para ajudar o gerenciamento da merenda das escolas estaduais. Com o auxílio da plataforma, é possível acompanhar a execução dos contratos e prestação de contas, além de agilizar o tempo para verificar as notas fiscais, diminuir o volume de documentos e mais rapidez na elaboração do cardápio.

Outro exemplo é o município de Sobral (CE), que adotou diversas medidas para melhorar o ensino básico, sendo que a principal consiste em um conjunto de avaliações mensais padronizadas que possibilitam que os educadores identifiquem as dificuldades dos estudantes de maneira mais eficiente. A gestão das escolas passou a ser feita de maneira padronizada também, uma vez que os diretores devem receber um treinamento para ocupar o cargo. Isso possibilitou com que Sobral alcançasse 7,3 de nota no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), sendo esse um dos melhores resultados do país.

É fundamental que as cidades utilizem novas tecnologias de maneira a estar constantemente encontrando modos mais eficientes e baratos de realizar uma gestão inteligente e sustentável. No Brasil, o tema  da desburocratização ainda é um desafio para gestores públicos e é uma constante frustração entre os cidadãos- a boa notícia é que muitos sistemas já estão sendo automatizados e é questão de tempo até a gestão pública de tornar inteligente e conectada.