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CONCESSIONÁRIAS DO PROGRAMA DE PPP NO PIAUÍ CONTRIBUEM PARA O CUMPRIMENTO DE MEDIDAS RESTRITIVAS

Sinart, Águas de Teresina, Piauí Conectado e Nova Ceasa mantêm ações continuadas de combate à Covid-19, que são reforçadas diante das últimas medidas adotadas pelo estado

A luta contra o novo coronavírus é um esforço conjunto de todos os setores da sociedade. Com isso em vista, as concessionárias de serviços públicos do Piauí colaboram com o cumprimento das medidas restritivas adotadas pelo Governo do Estado para diminuir a disseminação da Covid-19. A Superintendência de Parcerias e Concessões (Suparc) tem acompanhado essas ações que reforçam o bem-estar da população, prioridade nos projetos de Parcerias Público Privadas do Piauí.

A Sinart, responsável pela operação dos Terminais Rodoviários de Teresina, Picos e Floriano, suspendeu os serviços de transporte intermunicipal de passageiros no período do dia 29 de março até 4 de abril de 2021. As rodoviárias permanecem funcionando apenas para viagens interestaduais, e todos os estabelecimentos que operam nas dependências prevalecem respeitando o decreto.



A concessionária também mantém intensa fiscalização quanto ao uso de máscaras e distanciamento social nos terminais. Para contribuir com a higienização, foram instaladas pias externas com sabão antisséptico, totens com álcool em gel e marcação no chão e assentos. Além disso, continuam os trabalhos da barreira sanitária com profissionais da Secretaria de Saúde do Piauí (Sesapi), realizando a aferição da temperatura, orientando passageiros e colaboradores sobre a importância dessas medidas de segurança.

“É visível que a administração do Terminal vem fazendo sua parte e colaborando com as medidas restritivas. O local está sempre bem limpo e possui várias placas informando que o uso da máscara é obrigatório, e falando dos sintomas da doença. Precisamos que todas as empresas, públicas e privadas, e todos aqueles que utilizam seus serviços, tenham esse mesmo respeito e conscientização”, relata Bruno Moreira, usuário do Terminal Rodoviário.

A Águas de Teresina também oferece alternativas para reforçar o isolamento social e seguir as medidas restritivas. A concessionária disponibilizou um sistema de pagamento da fatura de água e esgoto nos comércios dos bairros, contribuindo para evitar que as pessoas se aglomerem nas lotéricas e agências bancárias.

Além disso, a população pode solicitar serviços e pagar suas faturas também nos totens de autoatendimento instalados em oito pontos estratégicos de Teresina, como em alguns supermercados e na frente de algumas lojas de atendimento da concessionária. Nos totens de autoatendimento, tanto as faturas em atraso quanto a vencer podem ser quitadas. Também é possível pegar a 2ª via por meio do equipamento, que aceita cartões das bandeiras master, visa, hiper, elo, diners club, maestro e amex.

Com as aulas presenciais da rede estadual de ensino ainda suspensas, as escolas adotam o ensino remoto através da internet. Nesse contexto, os estudantes têm utilizado a estrutura disponibilizada pela Piauí Conectado para acessar os aplicativos e plataformas necessários para participar das aulas e baixar os materiais de estudo.

Os colaboradores do estado também têm acesso a ferramentas que permitem o trabalho remoto. É o caso da Cisco Webex, plataforma desenvolvida pela Piauí Conectado para reuniões virtuais, que é bastante utilizada pelos servidores do governo. Apenas em fevereiro deste ano, foram quase 800 horas de encontros virtuais, facilitando o home office e a continuidade do serviço público.

Na Nova Ceasa, já está em funcionamento o Banco de Saúde, que oferece atendimento médico e encaminhamento de exames atuando, principalmente, como reforço para atenção básica e monitorando sintomas da Covid-19 para permissionários e clientes. O espaço conta com ambulatório, enfermaria, consultório e recepção, e profissionais de saúde entre médicos, enfermeiros, nutricionistas e psicólogos que atuam no local.

A Nova Ceasa também conta com barreiras sanitárias que iniciam já às 3h da madrugada, com o objetivo de interceptar os caminhoneiros que chegam de outros estados para abastecer o comércio de alimentos da região.

Com informações da Assessoria de Comunicação da Superintendência de Parcerias e Concessões do Piauí

ANTENA É ESSENCIAL, CONECTIVIDADE DEPENDE!

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Ao tornar visível e escancarar o impacto da segregação digital, a pandemia deixou claro porque a  conectividade é um ativo estratégico e uma essencialidade no mundo atual

Aos menos avisados o título deste artigo enseja indagações do tipo: Há algo mais necessário do que conectividade? Como alguém pode duvidar e questionar a necessidade de estarmos permanentemente conectados. A provocação é proposital, a fim de chamar a atenção para as infraestruturas necessárias antes que os serviços, tão  essenciais na contemporaneidade, cheguem até os usuários.

Não estou questionando  a conectividade em si, um ativo estratégico para pessoas, empresas e para o país, mas  questiono o que é imprescindível que seja feito, a fim de que possamos desfrutar dos  benefícios advindos dessa modernidade e bem comum.



Nestes meses de distanciamento social, causado pela Covid-19, o acesso ao  trabalho, a interação social, as aulas, o comércio, foram propiciadas eletronicamente  pelas redes de comunicação, que integraram pessoas e “coisas”, mantendo o mínimo de  atividade possível em um momento tão difícil da humanidade. Entretanto, quando  friamente fazemos a análise dos números, identificamos que apenas uma parcela de  afortunados têm o privilégio de desfrutar das beneficies de uma conexão adequada, e  outros, mais de 70 milhões de cidadãos brasileiros ficaram à margem e não puderam  contar com essa alternativa. 

Segregação digital

Ao tornar visível e escancarar o impacto da segregação digital sobre a vida das pessoas comuns, a pandemia também deixou claro porque a conectividade é um ativo estratégico e uma essencialidade no mundo atual. Sem ela, o crescimento econômico e o desenvolvimento social ficam comprometidos e as desigualdades se acentuam.

Uma das alavancas para catapultar a nação a outros  patamares de desenvolvimento, desejado por todos, é a ampliação das redes e a  melhoria da qualidade da conexão, a outra é a disponibilidade energética. Sem esses  elementos nenhum país conseguirá se desenvolver adequadamente.

Infraestrutura necessária

Chegamos aos questionamentos aludidos no início do texto. O Brasil tem  aproximadamente 100 mil antenas de retransmissão instaladas e 4 mil pedidos estão  aguardando aprovação para serem instalados, e você deve estar se perguntando, mas  porque não liberam para instalação?

As autorizações para a instalação dessas infraestruturas necessárias a ampliação e melhoria da qualidade dos serviços é  atribuição dos municípios, que têm que aprovar legislações que permitam a  instalação das infraestruturas, antenas e rádio bases. Ocorre que além de não  autorizarem, muitas das legislações são restritivas e impedem a instalação das  infraestruturas. Esse é motivo primordial do não avanço da conexão no nosso país e  das consequências advindas desta falta de visão estratégica.

É óbvio e até fácil  identificarmos os benefícios gerados pelas novas tecnologias: telemedicina – redução nos atendimentos das unidades de emergência dos casos rotineiros; cidades inteligentes – melhoria da mobilidade urbana; gestão eficiente dos recursos; democracia  participativa; teletrabalho – melhor qualidade de vida aos trabalhadores; aumento da  produtividade; indústria 4.0 – melhoria da manufatura e eficiência dos processos, enfim,  possibilidades inúmeras e as quais a criatividade não encontra barreiras, porém, tudo  dependente de conexão e de sua qualidade.

É premente agirmos rápido e os motivos revelam essa urgência: autorizando a  instalação das infraestruturas, há a liberação investimentos e geração de empregos, tão  necessários em quaisquer momento; a partir da construção da infraestrutura se distribui  o fluxo, possibilitando àqueles que não tem acesso passarem a ter; com acesso dinamiza-se a cadeia de desenvolvimento de aplicações que poderão serem ofertadas  a mais pessoas, ou seja, é um ciclo virtuoso de desenvolvimento, inclusão digital, investimentos, empregos e ampliação da melhoria da qualidade de vida dos cidadãos, das cidades e do País.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities 

O DESENVOLVIMENTO DE UMA BELO HORIZONTE MAIS INTELIGENTE E SUSTENTÁVEL

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A capital concentra mais de 62 instituições de ensino superior e possui um dos maiores parques tecnológicos do país, com mais de 300 startups apenas na comunidade San Pedro Valley

elo Horizonte (MG) voltou a figurar entre as 10 mais inteligentes e conectadas do país no Ranking Connected Smart Cities, impulsionada pelo seu desempenho nos eixos de saúde, tecnologia e inovação, governança e empreendedorismo. Recebendo o terceiro lugar no eixo Saúde, a cidade merece destaques quanto a oferta de leitos hospitalares, sendo 4,26 por mil habitantes, o investimento em saúde por habitante sendo superior a R$1.300 e 433 médicos por cem mil habitantes. 

A cidade está investindo no programa Belo Horizonte – Cidade Inteligente, com o objetivo de investir em soluções inteligentes que busquem superar os desafios da gestão municipal. Entre os objetivos do programa, a cidade busca evoluir a infraestrutura tecnológica como base de uma gestão integrada entre as diversas áreas da administração, interagir com o ecossistema tecnológico da cidade para a construção de soluções conjuntas, fomentar empresas de base tecnológica para consolidar o setor de TIC como marca do município e favorecer o desenvolvimento econômico e a geração de empregos.

Belo Horizonte já conta com algumas soluções inteligentes como 711 km de fibra óptica, o aplicativo móvel PBH App que facilita na solicitação de serviços, uma Central Geradora de Energias Renováveis com painéis fotovoltaicos e biomassa oriunda de resíduos de poda e supressão de árvores e um Laboratório Aberto de IoT da Prodabel para prototipagem de soluções. 


 Além disso, a cidade está desenvolvendo ações a partir do Belo Horizonte Smart! que busca soluções voltadas para:

Sustentabilidade, meio ambiente e cidadania;
Mobilidade e Segurança;
Acessibilidade à governança e serviços ao cidadão;
Resiliência no desenvolvimento econômico e urbano;
Tecnologia, cultura e inclusão digital. 

A cidade está, cada vez mais, desenvolvendo um conjunto integrado de ações a partir de abordagens inovadoras para, além de aproximar a população da gestão pública, elaborar soluções inteligentes, sustentáveis e tecnológicas. Belo Horizonte é um exemplo para cidades que buscam implementar a tecnologia como maneira de melhorar a qualidade de vida e proporcionar melhor eficiência operacional. 

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SMART CITIES

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Nas Smart Cities, o planejamento e gestão urbana devem responder às necessidades sociais e econômicas da sociedade

Nos últimos anos o conceito de Smart City, ou cidade inteligente traduzido do inglês, tem sido bastante difundido no Brasil que tenta seguir exemplos bem sucedidos de outros países. Anteriormente associado à tecnologia, o conceito se expandiu e hoje o foco é na qualidade de vida. 

A cidade criativa e sustentável faz uso da tecnologia em seu processo de planejamento com a participação dos cidadãos, para a estratégia de infraestrutura, serviços e de informação e comunicação, ou seja, a tecnologia é o meio, não o fim. Nas Smart Cities, o planejamento e gestão urbana devem responder às necessidades sociais e econômicas da sociedade. 



Exemplos internacionais 

O mundo está repleto de exemplos de cidades inteligentes bem-sucedidas como Paris, na França, Barcelona, na Espanha, e Vancouver, no Canadá, que originou, inclusive, o termo vancouverismo, em referência a iniciativas de planejamento urbano pautadas por zoneamento sustentável. No entanto, precisamos lembrar que não basta ‘copiarmos’ soluções implantadas em outros países. É necessário conhecer as soluções internacionais e trazê-las para a nossa realidade. 

As cidades inteligentes são organismos vivos que se reinventam o tempo todo. Como as já citadas Paris, que está desenvolvendo novas centralidades para que o cidadão consiga resolver seus problemas em 15 minutos a pé, ou Barcelona, com a revisão do Bairro 22@, onde estão sendo implementados superquadras e inserindo produtos complementares como moradia e saúde, gerando assim uma elevação do patamar de coeficiente de aproveitamento para adensar a região. Essas cidades são exemplos a serem aprofundados, do qual voltarei a falar em próximos textos.

É interessante observar que o desenvolvimento de uma cidade inteligente, normalmente, se inicia a partir de um grande evento/momento, como por exemplo a realização de competições internacionais, como Copa do Mundo, Olimpíadas ou mesmo aniversário de fundação da cidade. Infelizmente, os últimos eventos desse porte realizados no Brasil não foram aproveitados como deveriam ter sido, porém, a pandemia da COVID-19 traz, além de crises, oportunidades para a definição de uma nova política de intervenções urbanas em nível mundial.

Lógicas atuais

O coronavírus impôs novas lógicas para o desenvolvimento das cidades e confirmou tendências já existentes de Smart Cities. Entre elas, uma das mais importantes, é a descentralização com a necessidade de bairros mais independentes. Não importa o tamanho da cidade, é preciso criar novas centralidades, diminuir as diferenças sociais, integrar e aproximar as pessoas da moradia e do trabalho. 

A segunda lógica que preciso citar é a econômica. O foco dessas mudanças todas é atender um programa de sustentabilidade econômica e ambiental, impactando na qualidade de vida com a inserção do ser humano na sociedade, por meio da geração de emprego e renda. 

É preciso que a cidade tenha uma diversidade de atrações que possibilitem a criação de diversos tipos de emprego. Posso citar como exemplo a criação de espaços destinados a uma atividade econômica, como uma alameda gastronômica, que, por reunirem muitas pessoas acabam atraindo outras atividades e serviços que imponham uma dinâmica que gere dinheiro.

Para que essas mudanças aconteçam, é necessário que o poder público pense além do ciclo político de quatro anos e planeje a cidade a longo prazo. Os novos prefeitos empossados em 2021 estão sendo chamados para participar dessa nova realidade e levar qualidade de vida para a população. 

É uma grande oportunidade, principalmente, para as pequenas e médias cidades que têm a vantagem de não apresentarem grandes problemas estruturais como as metrópoles. Ou seja, podemos olhar e aprender com as cidades grandes, adequando as necessidades e entendendo que, além de inteligência urbanística, é importante ser inteligente economicamente incentivando os talentos, vocações, a capacidade de formar pessoas e atrair empresas, buscando equilíbrio entre qualidade de vida, economia e sustentabilidade ambiental. 

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities 

INSTITUTO DE ENGENHARIA LANÇA ESTUDO INÉDITO SOBRE AMAZÔNIA E AS OPORTUNIDADES DA BIOECONOMIA NO BRASIL

Estudo Amazônia e Bioeconomia – Sustentada em ciência, tecnologia e inovação foi elaborado com a participação de nomes da academia, do mercado e da ciência

O Instituto de Engenharia, entidade centenária nacional, acaba de lançar um estudo inédito: Amazônia e Bioeconomia – Sustentada em ciência, tecnologia e inovação.
O material completo pode ser baixado no http://www.institutodeengenharia.org.br/site/amazonia-e-bioeconomia/ e mostra como a Amazônia e o investimento em
bioeconomia pode levar o Brasil para uma onda de desenvolvimento econômico. Nele são indicados caminhos e condições para que o País alcance protagonismo nesta nova bioeconomia circular que se baseia na descarbonização das atividades econômicas.

O caderno foi coordenador pelo cientista e engenheiro, Carlos Nobre e pelo conselheiro e engenheiro do IE, George Paulus e teve a participação do reitor da Universidade de São Paulo, Vahan Agopyan; Carlos Brito Cruz, VP sênior da Elsevier e ex- reitor da UNICAMP; Tatiana Schor, secretária-executiva de Ciência, Tecnologia e Inovação do Amazonas; Ana Euler, pesquisadora da Embrapa Amapá; Adalberto José Val, pesquisador do INPA e um dos integrantes do Conselho da Amazônia; Ary Plonski, diretor do IEA-USP; Ricardo Kenzo, VP de Relações Externas do IE e Victor Brecheret, conselheiro do IE.



“Esse projeto representa uma contribuição do Instituto de Engenharia à discussão sobre as oportunidades e desafios do Brasil na Bioeconomia. O nosso País precisa imaginar, discutir e escolher que desenvolvimento quer e pode fazer acontecer, principalmente usando de forma sustentável os recursos encontrados na Amazônia”, afirma Eduardo Lafraia, presidente do IE.

Durante a produção deste material ficou claro que o País precisa investir com qualidade em Educação, Ciência e Tecnologia para inovar e se apropriar de seu mais significativo diferencial para o século XXI, a Amazônia. “Manter o status quo de ocupação do território significa atrair um movimento migratório em que as pessoas mudam para Amazônia sem condições, e acabam numa situação de miséria”, comenta Tatiana Schor, secretária-executiva de CT&I do Amazonas.

Pautas para debate e ação no estudo

Para que o País de fato se torne uma potência mundial da Bioeconomia, transformações importantes precisarão ser enfrentadas por nossa sociedade. Essas mudanças podem levar anos ou até décadas e não há tempo a perder para iniciá-las. A velocidade de implementação é sem dúvida o fator mais importante. Com isso, o IE defende:

Centralidade Estratégica da Bioeconomia para o Brasil: essa estratégia deve assumir explicitamente uma relação de subordinação à biodiversidade, que precisa estar no comando das atividades econômicas e promover um processo de reindustrialização.

Governança: o Estado brasileiro deve assumir o papel de criar e implementar uma Política Nacional de Bioeconomia com a criação de um Conselho Nacional da Bioindústria. O conselho deve acelerar o avanço da bioeconomia nas seguintes questões:

• Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação
• Empreendedorismo competitivo globalmente
• Educação e capacitação profissional
• Obtenção de financiamento nacional e internacional
• Acesso aos mercados globais
• Comunicação com a sociedade

Desenvolvimento do sistema de CT&I: é necessária a implantação de um programa de atração e fixação de pesquisadores e empresas para atuarem na região. Ao mesmo tempo é necessário estruturar e apoiar as instituições e entidades de excelência, com foco em Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) junto a parques tecnológicos que transformem as inovações em produtos e serviços de alto valor agregado. Gargalos do sistema de CT&I a serem atacados:

i. Investimento em educação
ii. Investimento em infraestrutura básica
iii. Investimento privado em CT&I
iv. Recursos públicos para CT&I

Fortalecimento das instituições de ensino e pesquisa: retomada dos investimentos nas instituições de pesquisa e ensino e com foco nos seguintes pontos:
i. Atualização da Formação em Engenharia para sustentabilidade
ii. Desenvolvimento da Engenharia Biológica
iii. Rede de Ciência, Tecnologia e Inovação

Hub de excelência em CT&I da Amazônia: para que o Brasil alcance a autonomia na nova Bioeconomia é preciso que se desenvolva Capacidade e Conhecimento nacional. Assim como aconteceu nos casos das indústrias aeronáutica e do agronegócio, o País precisa agora de um agente de excelência em CT&I, que assuma tanto a responsabilidade pelo estímulo e coordenação das atividades de CT&I de ponta na Amazônia, como o desenvolvimento de polos tecnológicos que atraiam e capacitem empreendedores para levar as inovações ao mercado. E ainda articule os esforços das Universidade e Institutos de Pesquisa da região.

Evolução populacional: estima-se que hoje 29,3 milhões de pessoas vivam na Amazônia Legal brasileira, com parte significativa abaixo da linha da pobreza. Como será a região quando chegar aos 40 milhões, 50 milhões de habitantes? Replicaremos os movimentos de favelização de outras regiões? Qual desenvolvimento dos amazônidas querem para região?

“O modelo de desenvolvimento do País dos últimos 500 anos fatalmente comprometerá nossa biodiversidade. Precisamos encontrar um novo modelo que garanta o acesso a saúde, educação e habitação, sem comprometer as oportunidades das gerações futuras. A meu ver, isso pode ser alcançado com o desenvolvimento científico e tecnológico no campo da bioeconomia circular”, argumenta George Paulus, coordenador do caderno e conselheiro do IE.

Para Carlos Nobre, é possível conciliar desenvolvimento econômico, intelectual e social da Amazônia, com a simultânea conservação a floresta tropical. Durante pelo menos duas ou três décadas, apenas duas vertentes eram pensadas como possíveis, a primeira via, que afirma que há a necessidade de isolar completamente e garantir a preservação de grandes extensões da floresta, e a segunda via, baseada em uso intensivo de recursos naturais, por meio das atividades e serviços da pecuária, agricultura, mineração e geração de energia.

“A Terceira Via Amazônica representa uma oportunidade para desenvolver uma ‘economia verde’ que aproveite todo o valor de uma ‘floresta produtiva permanente’ para, com a ajuda de novas tecnologias físicas, digitais e biológicas já disponíveis ou em evolução, estabelecer um novo modelo de desenvolvimento econômico socialmente inclusivo”.

Com informações da Assessoria de Imprensa do Instituto de Engenharia

CONNECTED SMART CITIES REALIZA EVENTO NO AMAZONAS E APRESENTA PLANO DE CIDADES INTELIGENTES PARA MANAUS

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O encontro reunirá especialistas e  abordará, também, indicadores de desenvolvimento de Manaus, 2ª cidade mais bem posicionada, no recorte da Região Norte, e a 25ª com mais de 500 mil habitantes, de acordo com o  2020 

Na próxima terça (06/04), às 10h (horário local) e 09h (horário de Brasília), o Connected Smart Cities & Mobility, iniciativa da Necta, realiza o Encontro Regional Manaus para debater sobre as iniciativas de smart cities no contexto da capital amazonense. A edição faz parte da agenda de eventos regionais da plataforma, em 2021, em todas as capitais do país,  contemplando 27 ações entre fevereiro e agosto, semanalmente e sempre às terças-feiras.  O primeiro encontro foi realizado em Salvador; seguido por Vitória; Belém; Campo Grande; Curitiba; e Maceió, em 30/03. Inscrições gratuitas em: https://evento.connectedsmartcities.com.br/eventos-regionais/ 

O encontro acontece ao vivo, em formato virtual, e reunirá especialistas em smart cities. A programação abordará indicadores de desenvolvimento no contexto do Ranking Connected Smart Cities 2020, que aponta Manaus como a 2ª cidade mais bem posicionada, no recorte da Região Norte, e 25ª entre as cidades com mais de 500 mil habitantes.  Já em Governança, a capital está na 1ª colocação regional e, no Ranking Geral, entre as 25 melhores cidades do País. 



A iniciativa também contempla a apresentação do Plano de Cidades Inteligentes para a capital.

“Manaus é uma das cidades da Região Norte mais bem posicionadas no Ranking do Connected Smart Cities, destaque em empreendedorismo, crescimento empresarial, de empresas de tecnologia e em expansão para incubadoras de empresas. Nossa meta é ser cada vez mais uma capital incentivadora de negócios tecnológicos e de desenvolvimento, atuando em diversos segmentos relacionados, como e-commerce de produtos regionais, startups, institutos de pesquisa, dentre outros”, disse o prefeito da capital do Amazonas, David Almeida.

O evento de Manaus faz parte das ações da sétima edição do evento nacional Connected Smart Cities & Mobility, que acontece, em São Paulo, entre os dias 01 e 03 de setembro de 2021, e conta com várias iniciativas pré-evento.

“Somos a principal plataforma do ecossistema de cidades inteligentes e mobilidade urbana no Brasil e fomentar esse tema da forma mais abrangente possível faz todo o sentido para o nosso trabalho. Os encontros e outras atividades permitem que o debate e as boas práticas para a cidades e mobilidade urbana alcancem mais municípios. E, assim como nas demais capitais, teremos uma agenda importante em Manaus, com o envolvimento de vários atores com atuação no desenvolvimento mais sustentável das cidades”, disse Paula Faria, CEO da Necta e idealizadora do Connected Smart Cities & Mobility. 

Destaques de Manaus no Ranking Connected Smart Cities

A programação do Encontro Regional Manaus conta com apresentação dos destaques da cidade no Ranking Connected Smart Cities, que compreende 11 eixos analisados e 70 indicadores. A capital é a 2ª mais bem posicionada, no recorte da Região Norte, e a 25ª entre as cidades com mais de 500 mil habitantes, conforme o Ranking. 

O Ranking CSC, além dos resultados gerais, análises segmentadas pelos eixos temáticos, traz uma visão Regional, que contempla as cinco regiões brasileiras, destacando o porte de municípios. Nesse contexto, Manaus está no recorte das cidades com mais de 500 mil habitantes. 

A capital é destaque em Empreendedorismo, eixo que subiu duas posições e alcançou a 6ª colocação. E, contrariando tendência à época da coleta dos dados da última pesquisa, a cidade registrou crescimento empresarial entre as empresas de tecnologia de 3,2% , seguido também de um crescimento de 3,4% no ano anterior.  

Tecnologia é um segmento em expansão na cidade. De acordo com a Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), o município conta com 2 polos tecnológicos e mais de 10 incubadoras de empresas. Em Economia, Manaus subiu 68 posições e, em 2020, ocupou a 11ª posição.

Willian Rigon, sócio e diretor comercial e marketing da Urban Systems, responsável pelo Ranking, chama a atenção para Tecnologia e Inovação, principal eixo normalmente atrelado às smart cities, onde a cidade subiu 18 posições, no recorte do Ranking Connected Smart Cities 2020, atingindo a 12ª colocação. “Manaus é o município da região norte mais bem posicionado neste recorte. É Importante pontuar que Empreendedorismo e Tecnologia e Inovação são conectados, em relação aos seus indicadores e aos benefícios gerados para a cidade”.

Rigon também avalia os pontos de atenção: “Manaus precisa voltar a figurar entre as 100 melhores em Meio Ambiente, pautado em infraestrutura, e também em Educação e Saúde. Os estudos internacionais de cidades inteligentes não avaliam a infraestrutura de distribuição de água e coleta e tratamento de esgoto. Entretanto, no Brasil, ainda estamos atrasados em relação a essas questões, que também fazem parte da Agenda de Desenvolvimento Sustentável. E as cidades brasileiras possuem carência nessa infraestrutura”, completou. 

Participantes Encontro Regional Manaus

Estão confirmados: o diretor do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), Pedro Paulo Cordeiro; o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti) do Amazonas, Jório de Albuquerque Veiga Filho; o diretor-presidente do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU), Paulo Henrique do Nascimento Martins; a chefe da Representação da superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) em Brasília, Érika de Almeida Leite; o coordenador do Pedala Manaus, Paulo Aguiar.

Além do subsecretário operacional da Secretaria Municipal do Trabalho, Empreendedorismo e Inovação (Semtepi) de Manaus, Gustavo Igrejas; o professor da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Augusto Rocha; o CEO da Lemobs, Sérgio Rodrigues; o co-founder da Meryt, Lucas Ribeiro Prado; a CEO da Necta e idealizadora do Connected Smart Cities & Mobility, Paula Faria; o diretor comercial e marketing e sócio da Urban Systems e Connected Smart Cities, Willian Rigon; entre outros especialistas.

A programação completa está disponível em: https://evento.connectedsmartcities.com.br/eventos-regionais/

AGENDA

A Agenda proposta para os eventos regionais pós-eleição municipal 2020 acontece entre 23 de fevereiro e 24 de agosto de 2021 e contempla os estados/regiões:

Estados Região Nordeste/Cidades: Maceió (AL); Salvador (BA); Fortaleza (CE); São Luís (MA); João Pessoa (PB); Recife (PE); Teresina (PI); Natal (RN); Aracaju (SE);
Estados Região Sul/Cidades: Florianópolis (SC); Curitiba (PR); Porto Alegre (RS);
Estados Região Norte/Cidades: Rio Branco (AC); Macapá (AP); Manaus (AM);  Belém (PA); Palmas (TO); Porto Velho (RO); Boa Vista (RR);
Estados Região Sudeste/Cidades: Vitória (ES); Belo Horizonte (MG); Rio de Janeiro (RJ); São Paulo (SP);
Estados Região Centro-Oeste/Cidades: Brasília (DF); Campo Grande (MS); Cuiabá (MT); Goiânia (GO). 

Patrocinadores Eventos Regionais: Bosch, Enel X, Signify e Sonner

Sobre o Connected Smart Cities

O Connected Smart Cities funciona como uma plataforma completa de conteúdo com múltiplos canais e formatos que permitem aos profissionais do ecossistema de cidades inteligentes acesso aos conteúdos: analítico e relevante, por meio do: Ranking, evento, Prêmio, Learn e o portal, além do Connected Smart Mobility, que conta com site e conteúdo dedicado às discussões relacionadas a mobilidade urbana no Brasil.

O Connected Smart Cities & Mobility conta com um alcance de mais de 15 mil pessoas mensalmente, 19 mil participantes, 1.200 reuniões nas Rodadas de Conexões e Negócios, 550 marcas participantes, 300 painéis de discussão, 1.100 palestrantes, além de mais de 250 apoiadores. O evento se destaca, ainda, pela ampla participação de prefeituras que, apenas em 2019 (formato presencial), contou com a presença de aproximadamente 300 municípios.

O credenciamento para os profissionais de imprensa está disponível em: https://evento.connectedsmartcities.com.br/credenciamento-imprensa/

CONFIRA OUTRAS MATÉRIAS SOBRE OS ENCONTROS REGIONAIS E CIDADES:
CONNECTED SMART CITIES & MOBILITY CONFIRMA AGENDA 2021 E TRAZ AÇÃO INÉDITA DE EVENTOS REGIONAIS

CONNECTED SMART CITIES APRESENTA PLANO DE CIDADES INTELIGENTES PARA SALVADOR E INDICADORES

ENCONTRO DE SMART CITIES EM ALAGOAS APRESENTA PLANO DE CIDADES INTELIGENTES PARA MACEIÓ E REÚNE ESPECIALISTAS

ESPECIAL COVID-19: MOBILIDADE DISRUPTIVA, SUSTENTÁVEL E INCLUSIVA

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Como a pandemia evidenciou as desigualdades sociais presentes na mobilidade urbana e quais são os próximos passos para a volta à normalidade

Com a pandemia causada pelo coronavírus ocorreram mudanças significativas na maneira como se ocupa o espaço urbano. Com as medidas de isolamento social, o deslocamento para o trabalho, estudo e lazer de uma parcela da população foram substituídos pelo home office, chamadas de vídeo e lives nas redes sociais. Apesar disso, existe a outra parcela que continua tendo a necessidade do deslocamento, sendo que, aqueles que dependem do transporte coletivo, passaram a enfrentar o risco de contaminação iminente e evidenciaram problemas estruturais que já existiam, mas que agora estão escancarados.

O Brasil exportou da América do Norte a valorização dos transportes individuais. A partir do momento em que os carros passaram a representar um status social, sendo objetos de consumo da parcela mais rica da população,  as cidades passaram a se moldar a eles. A universalização do automóvel se deu portanto no contexto da individualização, sendo que esses passaram a ser objetos de desejo já que, além de representarem esse status de desejo, passaram a ser também a melhor forma de deslocamento em grandes centros urbanos. 




Além disso, a construção de obras rodoviárias intensificaram o processo histórico de gentrificação, obrigando indivíduos das classes mais pobres a se deslocarem para as regiões periféricas da cidade para abrir espaço para viadutos e avenidas. Assim, a classe trabalhadora passou a enfrentar longos deslocamentos para ter acesso ao trabalho, educação e lazer que continuaram concentrados nas partes mais centrais da cidade. 

As condições de deslocamento sempre foram objetos de debate aos críticos do sistema de mobilidade urbana presente no país. Contudo, durante a pandemia do coronavírus, essas condições passaram a não apenas representar a falta de bem-estar dessa parcela economicamente mais pobre da população, mas passaram a apresentar um risco letal para aqueles que se encontravam na obrigação de vivenciar jornadas longas em transportes públicos lotados, se expondo ao vírus e as suas consequências.

Nesse sentido, a decisão da diminuição da frota de veículos no início da pandemia mostra como a logística de licitação do país, que parte da remuneração por passageiro, já foi planejada pressupondo a lotação. A partir do momento em que existe a diminuição da frota em um contexto em que o distanciamento social é necessário, a classe trabalhadora se vê em um contexto que potencializa a disseminação do vírus, levando este para regiões da cidade em que as residências já são precárias, com ruas estreitas, falta de condições sanitárias, ventilação e alta aglomeração. 

Existe também a questão ambiental que permeia o uso de automóveis: veículos particulares são altamente poluentes, emitindo oito vezes mais poluentes do que os ônibus por passageiro transportado. Prova disso é que,  durante a quarentena, a quantidade dos níveis de poluentes atmosféricos em grandes centros urbanos reduziu pela metade, sendo que estima-se que cerca de 77 mil vidas tenham sido poupadas pela redução da poluição do ar apenas pela quarentena na China. 

A grande questão da pandemia é que, as autoridades ao contrário de se preocuparem em aumentar a circulação de veículos para evitar aglomerações, pela falta de receita, reduziram as frotas, demitiram funcionários e precarizaram ainda mais esse serviço. Paralelo a isso, serviços como Uber, Lift e 99 cresceram com a promessa de serem a melhor forma de deslocamento no contexto atual, promovendo o distanciamento, ao mesmo tempo que oferecendo conforto para os passageiros, aumentando ainda mais a frota de veículos em circulação nos centros urbanos. 

Aí é que está o grande X da questão da mobilidade: não adianta promover apenas o enfrentamento dos veículos individuais, sem que existam alternativas viáveis. Enquanto a qualidade do transporte público for precária e não existir iniciativas que promovam a mobilidade ativa, a população continuará almejando possuir veículos individuais que tragam benefícios individuais, mesmo que isso gere prejuízos coletivos.  

MOBILIDADE PARA TODOS:

O planejamento urbano deve traçar novos olhares para a cidade, garantindo não exista apenas a promoção da mobilidade ativa nos centros urbanos, como também entenda os deslocamentos necessários para a classe trabalhadora e garanta que esses possam ser realizados em menos tempo e com mais conforto. Não basta dizer que é preciso incentivar o uso do transporte coletivo para pessoas cujo trajeto trabalho/casa é de mais de duas horas divididas entre mais de duas conduções, muitas vezes lotadas, em pontos de ônibus que as expõem ao frio, à chuva e ao calor extremo. É preciso fazer o processo contrário à gentrificação, garantindo que as pessoas possam morar perto do trabalho, da escola e dos centros de lazer. 

Ainda, é preciso entender que o transporte público causa desconforto em uma parcela considerável da população. Além de serem inacessíveis para pessoas portadoras de deficiência, é local de violência para as mulheres que necessitam desse serviço para o deslocamento e circulação no espaço urbano. De acordo com a pesquisa Chega de Fiufiu, realizada pela ONG Think Olga, 64% das mulheres relataram ter sofrido algum tipo de assédio no transporte público. Ainda, dados que completam a pesquisa levantados pela Agência Énois – Inteligência Jovem, em parceria com os institutos Vladimir Herzog e Patrícia Galvão, a maior parte das mulheres entendem que o espaço público não há segurança, sendo que 94% das entrevistadas foram assediadas verbalmente e 77% fisicamente. 

Nesse sentido, é preciso entender a necessidade de promover uma mobilidade que ande lado a lado com o planejamento urbano, tendo como principal prioridade promover o conforto e bem-estar da população que realmente necessita do serviço para se locomover no espaço urbano. Não adianta apenas colocar Wi-Fi nos ônibus na esperança que modernizar o serviço fará com que esse seja mais atrativo: é preciso entender como as demandas reais e históricas que os processos de gentrificação e violência sistemica contra mulheres, negros, deficiêntes e trabalhadores afetam a acessibilidade na cidade. 

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O objetivo é conectar os setores, ampliar os debates dos ecossistemas e promover projetos que possam amenizar os impactos da pandemia  

A partir da Covid-19 o conceito “ninguém faz nada sozinho” ganhou ainda mais relevância nos negócios da Necta. Com uma estrutura desenhada para promover a sinergia entre os segmentos do setor público e privado, a empresa tem viabilizado conexões entre os atores dos ecossistemas em que atua. Nesse contexto, a companhia reunirá, entre os dias 01 e 03 de setembro de 2021, os setores de cidades, mobilidade urbana e transporte aéreo, por meio do Connected Smart Cities & Mobility e do AirConnected, que acontecem em formato independente e simultâneo.

“A partir da nossa interação com o mercado e os nossos parceiros e clientes, principalmente os que atuam nas três frentes, entendemos que o formato amplia o alcance da pauta e gera um ambiente colaborativo e de troca de experiências. E isso é bem importante nesse momento tão desafiador”, comenta Paula Faria, CEO da Necta e idealizadora do Connected Smart Cities & Mobility, e embaixadora da Mobilidade no Estadão.



“Também levamos em consideração as iniciativas a partir da pandemia e que, inevitavelmente, teremos que repensar o desenho das cidades, considerando a mobilidade corporativa, principalmente. A nossa proposta é envolver os setores na busca de soluções efetivas e sustentáveis”, disse. 

Temas compartilhados

No contexto das cidades, as tendências na mobilidade serão amplamente debatidas.

O diretor comercial e marketing e sócio da Urban Systems e do Connected Smart Cities, Willian Rigon, ressalta: “Um destaque do Connected Smart Cities foi ter gerado o Connected Smart Mobility, que apesar de fazer parte do ecossistema das cidades, tem uma infinidade de desdobramentos que merecem atenção e planejamento inteligente”.

Rigon também pontua que pensar esses ecossistemas de forma compartilhada permite mais integração e assertividade. 

“O Aeroporto, por exemplo, deve ser integrado ao desenvolvimento urbano inteligente, considerando as restrições e oportunidades que gera, evitando problemas como o de Congonhas (SP), em que a cidade cresceu sem atenção para este importante ativo, e que impacta na operação. É necessário criar um planejamento conectado entre os operadores ou concessionários, poder público e sociedade civil”.

Repensando os ecossistemas

Dados da Organização das Nações Unidas (ONU), de antes da pandemia, estimam que a população urbana mundial deve atingir cerca de 70% em 2050. Mas o Brasil destoa deste cenário e hoje já concentra mais de 82%, com previsão de, em 2030, atingir 90% da população nas cidades.

Focando na Mobilidade, o sócio da Deloitte no Brasil, Elias de Souza, chama a atenção para a mobilidade multimodal e as necessidades das pessoas nas cidades.

“A pandemia tem provocado uma tendência da migração de pessoas para regiões menos adensadas. Essa mudança não diminui a população urbana, mas exige que o projeto de mobilidade seja repensado a partir dessas novas necessidades”.

Souza acredita que a integração do transporte aéreo à mobilidade ainda está distante. “O setor é importante e pode ser integrado, mas merece uma reflexão a partir das mudanças que estão acontecendo”.

O futuro

No contexto do transporte aéreo conectado à mobilidade, O AirConnected abordará: eVETOL (veículo elétrico de pouso e decolagem vertical), táxi aéreo, drones, MaaS – Mobilidade como um serviço e integrada ao transporte multimodal, entre outros temas.

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Veículo de decolagem e pouso vertical da Embraer será destinado a passageiros. O protótipo de carro voador elétrico (eVTOL) é em tamanho reduzido

A Embraer apresentou pela primeira vez em voo o seu novo carro voador elétrico. O protótipo em tamanho reduzido decolou da sede da Embraer em Gavião Peixoto (SP), no dia 24 de março. O projeto faz parte da Eve Urban Air Mobility Solutions, dedicada a desenvolver o ecossistema de mobilidade aérea urbana.



A empresa vem desenvolvendo um portfólio de soluções para preparar o mercado, incluindo a certificação do veículo elétrico de decolagem e pouso vertical (eVTOL) e a criação de soluções de gestão de tráfego aéreo urbano.

Detalhamento

O projeto de eVTOL da Embraer conta com dez hélices, sendo oito na horizontal e duas na vertical e se parece com um drone grande, porém, com o objetivo de transportar passageiros.

No início, o veículo deverá ter no comando um piloto, mas a intenção do projeto é que, no futuro, o voo seja totalmente autônomo.

Com informações da Agência Brasil 

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OS MERCADOS PÚBLICOS COMO FERRAMENTA PARA CIDADES INCLUSIVAS

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Modelos colaborativos favorecem enfrentamentos mais resilientes, especialmente quando garantida a atenção social e econômica que os equipamentos públicos necessitam

Poder participar de um espaço de discussão sobre o futuro das cidades é algo que me desperta grande alegria e, ao mesmo tempo, evidencia um senso de urgência e de responsabilidade coletiva. Temos a chance de qualificar e aprofundar conversas e trocar referências sobre as melhores práticas para o desenvolvimento urbano, o que é ótimo. Ao mesmo tempo devemos compreender a importância e necessidade  de construirmos juntos locais mais inclusivos, sustentáveis e diversos. 

Um ponto de partida possível é olharmos para algo que está na raiz do surgimento das cidades: a troca de mercadorias e o comércio que evoluiu a partir daí. Mais precisamente, podemos nos atentar para os grandes mercados públicos ao redor dos quais várias cidades se expandiram e se consolidaram, e que recentemente tem sido objeto de propostas de requalificação via modelos de parceria.



O Mercado Público Central de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, segue desempenhando desde 1869 papel fundamental para a identidade local e o funcionamento de diversos setores produtivos. Quando as cadeias de distribuição de alimentos ainda não haviam evoluído, os pequenos comerciantes eram a única fonte para a compra de insumos. Dessa forma, os mercados se tornaram o endereço onde é possível achar de tudo e também o coração pulsante das relações humanas e urbanas..

A história dos mercados em geral, e a do Mercado de Porto Alegre especificamente, está intimamente ligada aos povos de nações africanas, tanto pela construção da edificação como pela ocupação de seus espaços. A história se conecta principalmente pelas floras existentes (bancas de artigos religiosos) e pelo Bará, símbolo imaterial de proteção, fundamental para as religiões de matriz africana e tombado, em 2020, como patrimônio histórico-cultural do município. Além de ponto comercial, o mercado é palco de manifestações culturais e religiosas

Resgatar esses legados e atualizar a edificação para as demandas contemporâneas de logística e abastecimento se tornaram as premissas do estudo de viabilidade das obras de revitalização do mercado, documento recentemente apresentado à prefeitura. A principal novidade proposta, no entanto, está no modelo de gestão. Acreditamos nesse caso que ninguém melhor do que os próprios mercadeiros para administrar e zelar pelo local, efetivados assim guardiões da tradição comercial e de culturas ancestrais. Uma administração pautada por fortes relações de conhecimento, vivência e domínio da estrutura existente se refletirá em uma alta capacidade de organização estratégica.

Modelos colaborativos favorecem enfrentamentos mais resilientes, especialmente quando garantida a atenção social e econômica que os equipamentos públicos necessitam. O mercado de Porto Alegre contém uma peça importante do quebra-cabeças que juntos vamos tentando montar por aqui: afinal, como obtermos cidades mais inclusivas, sustentáveis e diversas? Certamente parte da resposta emana das cores, aromas e pessoas que frequentam os mercados públicos desde os primórdios dos centros urbanos.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities