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EDIÇÃO HISTÓRICA DO 2º SIMPÓSIO REGIONAL SOBRE SISTEMAS DE AERONAVES NÃO TRIPULADAS CONTOU COM MAIS DE 2.500 INSCRITOS

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Iniciativa do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e do Serviço Regional de Proteção ao Voo de São Paulo (SRPV-SP), o evento foi realizado de 10 a 12 de novembro e em formato 100% virtual

O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e o Serviço Regional de Proteção ao Voo de São Paulo (SRPV-SP) realizaram nos dias 10, 11 e 12 de novembro de 2020, a 2ª edição do Simpósio Regional sobre Sistemas de Aeronaves não Tripuladas (SiReSANT). A edição histórica somou mais de 2.500 inscritos e debateu com profundidade o uso de drones/aeronaves não tripuladas (UA) por órgãos de Segurança Pública, Defesa Civil, de Fiscalização da Receita Federal do Brasil e por órgãos ligados aos Governos Federal, Estadual e Municipal, além das aplicações em novos mercados, como no setor de serviços, com destaque para delivery.

O Coronel Aviador Chrystian Alex Scherk Ciccacio, Chefe do SRPV-SP, destaca que a segunda edição do SiReSANT trouxe o desafio de organizar o evento na modalidade virtual, o que acabou levando o simpósio  para o âmbito  nacional de forma involuntária.

“Neste contexto, decidimos envolver a Organização de Aviação Civil Internacional (ICAO, em inglês) com o objetivo de tornar a pauta do evento mais ampla no que se refere aos caminhos vislumbrados e  as ações em andamento no mundo. Além disso, tivemos importante adesão das autoridades que discorreram sobre as atividades do DECEA e a visão atual e futura do mercado de Drones no Brasil”.

O Chefe do SRPV-SP enfatizou, ainda, que o evento teve como objetivo também trazer informações mais operacionais para que a sociedade e os profissionais do ramo possam operar seus Drones com maior aderência às regras vigentes.

“Neste caminho, criamos um painel final diário, que contemplou perguntas e respostas sobre a operação recreativa, profissional e de órgãos públicos. Assim, acredito que nosso evento cumpriu o seu papel de fortalecer e trazer mais maturidade a operação de Aeronaves Não tripuladas no Brasil, por meio deste conceito de união dos stakeholders (envolvidos) do setor,  sejam eles do Estado ou privados, fazendo valer a nossa máxima do SRPV-SP de que juntos somos mais fortes”, acrescentou.

FORMATO INOVADOR

O Coronel Aviador Chrystian Alex Scherk Ciccacio pontuou que o evento superou muito as expectativas, tanto em termos de participantes, como na qualidade dos painéis. “A empresa NECTA também realizou um excelente trabalho na organização e desenvolvimento do evento. Tivemos uma ampla variação de temas, além disso trabalhamos tanto aspectos de caráter  mundial,  tratados pela ICAO, quanto regramentos básicos da operação, como utilização do sistema SARPAS ou mesmo distâncias seguras para se manter dos aeroportos e helipontos”.

E completou: “Agradeço a todos que prestigiaram nosso evento, a empresa NECTA pela excelente organização e aos palestrantes que trouxeram rico debate e ampla Gama de informações úteis para todos de nosso Sistema de Aviação não Tripulada do Brasil. Tenho certeza que saímos mais fortes e que estamos trilhando o caminho certo na direção  de nos tornarmos um dos sistemas mais robustos e maduros do mundo”.

O Tenente-Brigadeiro do Ar Heraldo Luiz Rodrigues, Diretor Geral do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), também destacou o papel do evento para o mercado de aeronaves não tripuladas (UAS) no  país.

“Como provedor do serviço de navegação aérea, o DECEA busca permanentemente otimizar processos para que a fluidez e a segurança no espaço aéreo caminhem juntas. O acesso ao espaço aéreo possui regras que precisam ser conhecidas. O uso responsável deste espaço precisa ser entendido como um fundamento na prática do uso de aeronaves não tripuladas (UAS), seja para uso recreativo ou profissional. Eventos como o SiReSANT, que promovem o debate, a propagação de informação oficial é uma oportunidade para apresentarmos as diretrizes normativas para acesso ao espaço aéreo e tornar possível o intercâmbio das melhores práticas, das lições aprendidas e dos desafios da integração dos sistemas de aeronaves não tripuladas”.

SOBRE O SETOR

O aumento do uso comercial do Sistema de Aeronaves Não Tripuladas, do inglês Unmanned Aircraft System (UAS), deu início ao conhecido mercado dos drones. De acordo com a Association for Unmanned Vehicle Systems International (AUVSI), esse setor movimentará, somente nos Estados Unidos, cerca de US$ 82 bilhões, gerando, até 2025, 100.000 novos postos de trabalho no mercado norte-americano.

O SRPV-SP, órgão regional do DECEA, recebeu até 11 de setembro de 2020, mais de 37 mil solicitações de acesso ao espaço aéreo de aeronaves de pequeno porte não tripuladas. A estimativa é de chegar em 50 mil até o final deste ano. Em 2016 foram registradas em torno 35 solicitações, saltando para 42 mil solicitações em 2019.

Fonte: Comunicação do Simpósio Regional sobre Sistemas de Aeronaves não Tripuladas (SiReSANT)

ESPECIALISTAS NACIONAIS E INTERNACIONAIS PARTICIPAM DA 30ª CONFERÊNCIA ANPROTEC E DEBATEM SOBRE OS DESAFIOS PARA OS AMBIENTES DE INOVAÇÃO

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O evento acontece entre 23 e 25 de novembro, com a programação do primeiro dia focada em gestores de ambientes de inovação

Entre os dias 23 a 25 de novembro de 2020 (segunda a quarta), a Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) promovem a 30ª Conferência Anprotec. Considerado o maior evento dedicado a parques tecnológicos, incubadoras e aceleradoras do país, a iniciativa reúne especialistas nacionais e internacionais, representantes de ambientes de inovação, governo, órgãos de fomento, grandes corporações, startups e  investidores. O evento acontece em formato 100% online, por meio de plataforma dedicada e exclusiva. 

O tema “Ambientes de Inovação 4.0 – Desafios e Oportunidades na Nova Dinâmica Global” tem o objetivo de debater amplamente o papel dos ambientes  de inovação, no contexto da Covid-19. As inscrições estão disponíveis no link: https://www.sympla.com.br/30-conferencia-anprotec-2020__1017112  

A Plenária de Abertura será realizada no dia 24/11, às 09h, e tem como objetivo discutir os desafios e as oportunidades para os ambientes de inovação em um cenário em constante transformação e de competitividade global. O painel conta com a participação do presidente da Anprotec, Francisco Saboya, do professor da USP e ex-presidente da Anprotec, Guilherme Ary Plonski; do CEO da Haifa Economic Corporation, Or Shahaf; e do diretor de Políticas do Global Sterling Group for Impact Investment, Sebastian Welisiejko.

NOVO CENÁRIO

A pandemia da Covid-19 trouxe mudanças profundas na sociedade e  alterou drasticamente o comportamento das pessoas em relações aos diversos meios. Assim, os ambientes de inovação – parques tecnológicos, incubadoras, aceleradoras e hubs de inovação – têm sido obrigados a avaliar seu modelo de negócios, seus espaços e sua entrega de valor para as startups e empresas nascentes. 

Sílvio Meira, presidente do Conselho de Administração do Porto Digital e membro do Conselho Consultivo da Anprotec, destaca que já há alguns anos, termos como internet das coisas, big data, inteligência artificial, e computação em nuvem e transformação digital fazem parte dos ciclos de discussão sobre competitividade e inovação. No entanto, a aplicação destas tecnologias nunca ocorreu de forma tão acelerada como em 2020. “Vivemos um apocalipse digital. Foram 25 anos em algumas semanas. As pessoas passaram a usar numa escala impensada as tecnologias e serviços que já estavam aí. A rede brasileira de internet teve um aumento de 30% no tráfego a partir de 15 de março”, disse.

DESTAQUES DA PROGRAMAÇÃO

Oficina Colaboração Ativa Liderança 4.0

Para aquecer os motores do ecossistema de inovação, na segunda-feira, 23 de novembro, acontece a Oficina Colaboração Ativa Liderança 4.0 como atividade pré-evento da 30ª edição da Conferência Anprotec de Empreendedorismo e Ambientes de Inovação.

Com três horas de duração, a Oficina será realizada por especialistas do Laboratório de Criatividade do Tecnopuc (Crialab) em duas partes: das 10h30 às 12h00 e das 14h00 às 15h30.

Destinada especificamente para gestores de ambientes de inovação, a atividade irá tratar sobre liderança no âmbito dos ambientes 4.0.

As vagas são limitadas a até 100 pessoas. Por isso, os interessados devem se inscrever previamente na Oficina, que tem um investimento de R$150,00.

*A inscrição na atividade pré-evento não dá acesso ao participante acompanhar o restante da programação da Conferência Anprotec.

CLIQUE AQUI e inscreva-se na Oficina Colaboração Ativa: Liderança 4.0!

Os dias 24 e 25/11 serão dedicados à discussão do tema central “Ambientes de Inovação 4.0: Desafios e Oportunidades na Nova Dinâmica Global”, com a participação de mais de 60 palestrantes nacionais e internacionais: representantes de ambientes de inovação, governo, órgãos de fomento, grandes corporações, startups e  investidores, discutindo os cinco subtemas que serão pilares do evento: Capital Humano – O papel e os desafios dos ambientes de inovação 4.0; Inovação Aberta – Ecossistema de inovação como instrumentos de transformação das indústrias tradicionais; Financiamento – Novos modelos de sustentabilidade para os ambientes de inovação; Cidades – Ecossistemas de inovação como alavancas para o desenvolvimento humano sustentável;  e Tecnologia – O papel dos ambientes de inovação para a geração de soluções na nova dinâmica global.

24 DE NOVEMBRO

09h às 10h30 – Plenária de Abertura
11h às 12h30 – Painel 1 – Ambientes promotores de inovação: como potencializar inovação nas empresas e no governo?
Palestrantes: Daniel dos Santos Leipnitz, vice-presidente da Anprotec; e Igor Nazareth, subsecretário de Inovação no Ministério da Economia.

11h às 12h30 – Painel 2 – Sessão de dúvidas e propostas para Agências e Entidades de Fomento: MCTI, CNPQ, E FINEP
Palestrantes: Jorge Audy, superintendente de inovação e desenvolvimento da PUC-RS (ex-presidente e conselheiro da Anprotec); e Evaldo Vilela, presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). 

11h às 12h30 – Painel 3 – Sessão de dúvidas e propostas para Agências e Entidades de Fomento: SEBRAE, SENAI E MEI
Palestrantes: Angélica Mendes Salles, diretora de Administração e Finanças da Anprotec; Paulo Renato Cabral, gerente da unidade de inovação do Sebrae Nacional; Gianna Sagazio, diretora de Inovação da Confederação Nacional da Indústria (CNI); e Pedro Wongtschowski, Líder da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI). 

11h às 12h30 – Painel 4 – Sessão de dúvidas e propostas para Investimentos Privados
Palestrantes: Rosana Jamal, diretora de Empresas da Anprotec; Derek Lundgren Bittar, cofundador da Indicator Capital, João Ventura, sling Hub da Gavea Angels; e Andrea Oliveira, cofundadora e CEO da Positive Ventures.

Das 13h30 às 15h30 serão realizados, simultaneamente, 5 painéis focados em Oficinas de Desafios, com foco no temas: Capital Humano, Inovação Aberta, Financiamento, Cidades e Desafios Tecnologia.

16h às 17h30 – Boas Práticas

25 DE NOVEMBRO

09h às 10h30 – Painel 1 – Capital Humano
Abordagem: Com o tempo, o turnover também pode ser reduzido e o investimento em boas práticas pode ser pago com a redução de custos e prejuízos associados ao elevado índice de demissão, por exemplo. Nesse sentido, mais automatização e posicionamento analítico e estratégico se convertem facilmente no investimento em capital humano. Menos burocracia também permite que os especialistas de RH se dediquem na identificação de novas oportunidades e carências. Discutir sobre o papel do capital humano nos ambientes de inovação, e os principais desafios enfrentados pela área.
Palestrantes: Iara Neves, diretora Técnica da Anprotec; Anna de Souza Aranha, diretora da Quintessa, aceleradora de negócios de impacto; e Júlia Melo, diretora Nacional do Amani Institute no Brasil.

09h às 10h30 – Painel 2 – Inovação Aberta
Abordagem: Como os ambientes de inovação atuam na transformação das indústrias tradicionais?
Palestrantes: Arthur Gibbon, presidente da Reginp; Alexandre Mosquim, responsável por Inovação Aberta na Vale; Marcos Calderon, líder de inovação aberta na Vale; e Luís Fernando Guggenberger, executivo de Corporate Venture da Vedacit Soluções Tecnológicas. 

09h às 10h30 – Painel 3 – Financiamento
Abordagem: Como os ambientes de inovação devem estar alinhados com os investidores e empreendedores para a sustentabilidade do ecossistema de inovação Brasileiro?
Palestrantes: Jardel Mattos, diretor de Redes e Associados da Anprotec, Graziella Comini, coordenadora do Centro de Empreendedorismo Social e Administração do Terceiro Setor (CEATS); Rodrigo Menezes, Founding Partner Derraik & Menezes Advogados; e Tecia Vieira Carvalho – Presidente do Núcleo de Estudos e Pesquisas do Norte e Nordeste (NEPEN). 

09h às 10h30 – Painel 4 – Desafio Cidades
Abordagem: Como os ecossistemas de inovação podem alavancar o desenvolvimento urbano sustentável?
Palestrantes: Carlos Eduardo Aranha, diretor de Novos Ambientes de Inovação da Anprotec; Luiz Carlos Pinto da Silva, coordenador do Pacto Alegre; Vinicius Lages, diretor técnico do Sebrae Alagoas; Rodolfo Fiori, cofundador da Gove.

09h às 10h30 – Painel 5 – Tecnologias
Qual o papel dos ambientes de inovação para a geração de tecnologia na nova dinâmica global?
Palestrantes: Rodrigo Mendes, diretor de Relações Internacionais da Anprotec; Ana Calçado, diretora Presidente da Wylinka; e Mariana Fonseca, cofundadora da Pipe.Social. 

11h às 12h30 – Apresentação de Trabalhos

13H30  ÀS 17H30 – FÓRUM SEBRAE DE INOVAÇÃO
13h30 – Abertura
Palestrante: Paulo Puppin Zandonadi, gerente-adjunto da unidade de inovação do Sebrae Nacional.

13h35 – Estratégia CATALISA de Inovação Aberta & plataforma WorldLabs
Agnaldo Dantas, analista Técnico da Unidade de Acesso à Inovação e Tecnologia do Sebrae Nacional.

13h55 – Lançamento do Edital Catalisa ICT
Palestrante: Hulda Giesbrecht, analista de Inovação do Sebrae Nacional.

14h10 – Painel Pesquisador & Empreendedor
Palestrantes: Rochel Montero Lago, professor da UFMG; Fernanda Checchinato, CEO Founder da Aya Tech; Edleno Moura, professor do Instituto de Computação da UFAM; e Paulo Renato Cabral (moderação), gerente da unidade de inovação do Sebrae Nacional.

15h10 – Ecossistemas locais de inovação catalisando inovação aberta
Palestrante: Paulo Renato Cabral (moderação), gerente da unidade de inovação do Sebrae Nacional.

15h40 – Painel Catalisa CORP – inovação aberta com corporates
Palestrantes: Rafael Castro, especialista em Inovação Aberta do Sebrae Nacional; Luiz Henrique Costa, sócio-diretor da Qualidados Engenharia; Luiz Carvalho, líder do o escritório de projetos em parceria público/privada do Parque Tecnológico SJC; Rodrigo Dienstmann, fundador, CMO e head de experience design da Mondo DX; Pierre Satiro, head Corporate e COO do Inovabra Habitat; João Bosco Estevam, gerente de Inovação da Bancorbrás; Giovana Gohr Serenato (moderação), analista da Unidade de Inovação do Sebrae Nacional.

16h30 – Programa Ecossistemas Locais de Inovação (ELI)
Palestrante: Krishna Aum, coordenador de projetos de inovação do Sebrae Nacional.

16h50 – Painel Como os ambientes podem dinamizar os ecossistemas de inovação?
Palestrantes: Leandro Carioni, diretor Executivo na Fundação CERTI; Fabrício Bianchi, gerente Regional Norte Sebrae-PR; e Evelyne Labanca (moderação), Analista de inovação do Sebrae Nacional.

17h30 às 19h – Plenária de Encerramento
Palestrantes: Fernanda Bombardi, gerente Executiva do Instituto de Cidadania Empresarial; Jorge Audy, superintendente de inovação e desenvolvimento da PUC-RS (ex-presidente e conselheiro da Anprotec); Célia Cruz, diretora Executiva do Instituto de Cidadania Empresarial (ICE); e Francisco Saboya, presidente da Anprotec. 

A programação completa está disponível em:  https://anprotec.org.br/conferencia2020/programacao/

O credenciamento para os profissionais de imprensa está disponível em: https://bit.ly/2UKF3fn  

Fonte: Comunicação 30ª Conferência Anprotec 

ESTRATÉGIA PARA A MOBILIDADE ELÉTRICA NO BRASIL E DIVULGAÇÃO DE DADOS INÉDITOS MARCAM ENCERRAMENTO DA CONFERÊNCIA DA PNME 

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O último dia da Conferência da PNME foi marcado pela divulgação de dados de pesquisa inédita sobre a percepção dos brasileiros em relação à mobilidade elétrica. O evento aconteceu entre 16 e 19/11 e reuniu especialistas nacionais e internacionais e mais de mil participantes

Pauta fundamental no contexto em que o Brasil precisa reduzir em 43% as emissões de gases de efeito estufa até 2030, conforme o compromisso firmado, em 2016, no Acordo de Paris da Convenção de Clima da ONU (Organização das Nações Unidas), a Plataforma Nacional de Mobilidade Elétrica (PNME) realizou entre 16 e 19 de novembro a semana da mobilidade elétrica. Em formato 100% virtual, a 1ª Conferência da PNME debateu o tema com profundidade e reuniu especialistas nacionais e internacionais, que apontaram os caminhos para o tema no país. A iniciativa contou com mais de mil participantes acompanhando o evento diariamente, que foi transmitido por meio de plataforma exclusiva e dedicada.

Nesse sentido, especialistas da indústria, do governo, da sociedade civil e da academia concordam que a mobilidade elétrica tem reflexos imediatos e importantes nos indicadores de saúde e emprego. Mas, tendo em vista que a cidade é plural, a pergunta que se coloca é: será que as pessoas têm essa percepção? Em outras palavras: será que a população também participa – ou está disposta a participar – dessa discussão? 

Para o coordenador do portfólio de Transportes no iCS (Instituto Clima e Sociedade), Marcel Martin, a resposta é sim. O especialista apresentou números de pesquisa elaborada pelo instituto que compara dados de 2017 com 2020 referente ao uso de combustíveis fósseis e a transição energética. “A percepção da população em comprar um carro elétrico está se tornando uma realidade. Há um desejo e as pessoas entendem que é um caminho”, comentou.

DADOS DA PESQUISA DO INSTITUTO CLIMA E SOCIEDADE (ICS)
Pesquisa encomendada pelo Instituto Clima e Sociedade (iCS) para a Ideia Big Data indica que 92% da população brasileira concorda com a eletrificação dos ônibus e defende que o transporte público deve ser qualificado, além de ter a percepção de que a transição energética é mais sustentável do que veículos a diesel. Os dados foram apresentados, nesta quinta-feira (19), durante a 1ª Conferência da PNME (Plataforma Nacional de Mobilidade Elétrica).

A pesquisa realizada com 2 mil entrevistados compara dados coletados em 2017 com 2020, e se refere ao uso de combustíveis fósseis e a transição energética. Comparando com a edição anterior, registra-se o crescimento de 46% para 71% em 2020 de probabilidade entre os entrevistados de comprar um carro elétrico. “A percepção da população em comprar um carro elétrico está se tornando uma realidade. Há um desejo e as pessoas entendem que é um caminho”, comentou o coordenador do portfólio de Transportes no iCS (Instituto Clima e Sociedade), Marcel Martin.

Comparando os resultados dessa pesquisa com a realizada em 2017, destaca-se o fato de que em 2020 mais que dobrou o número de pessoas que identificam como muito negativo o impacto do uso de combustíveis derivados do petróleo na qualidade do ar (11% para 25%) e nas mudanças climáticas (13% para 25%), o que reforça a hipótese de uma ampliação de consciência da população com relação a este aspecto dos combustíveis de base fóssil.

DESTAQUE PLATAFORMA PNME

No último dia de evento, o coordenador de projeto da GIZ e coordenador-executivo da PNME, Marcus Regis apresentou como a Plataforma vem sendo elaborada internamente. “Estamos propondo um plano nacional de mobilidade elétrica, que nada mais é que uma estratégia que conecta muitos pontos e esforços”, explicou. Longe de ser uma solução para revolucionar o setor, mas com o objetivo de agregar vários eixos, a proposta terá elementos para alavancar ações micro e macro que vão mobilizar recursos, pessoas e força política. No entanto, Regis alerta que a responsabilidade não pode ficar nas mãos de apenas uma parte dos envolvidos (indústria, academia, governo e sociedade civil), ressaltando que a mobilidade elétrica deve ser implementada levando em consideração conjunturas, oportunidades e momentos econômicos. 

Sobre a relevância dessa estratégia coordenada, Carmen Araújo, do ICCT (International Council on Clean Transportation), defende que o Brasil possui segmentos com muito potencial e que a eletrificação trará vantagens para todos. “Para o desenho de uma política nacional, é necessário um direcionamento que estimule a coordenação de esforços. Precisamos entender o que queremos resolver e as oportunidades de cada região. Devemos sinalizar setores a investir e direcionar melhor seus segmentos”, explicou.

Essa ideia vai de encontro com o argumento de Fernando Araldi, do Ministério do Desenvolvimento Regional. Para ele, o Brasil ainda possui muitas ações individuais e quando se pensa em desenvolvimento a estratégia deve ser coordenada. “Desenvolver esse modelo no âmbito nacional é importante, pois agrega pontos de vista de vários setores envolvidos proporcionando um ambiente de fórum e discussão.” 

Criada com intenção de organizar não apenas o debate, mas também coordenar as ações de setores industriais novos e emergentes, a estratégia nacional parece fácil de ser colocada em prática, mas ainda pode passar por alguns gargalos. Para sair do papel, Igor Calvet, da ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial), defende que dois aspectos são fundamentais: governança clara e financiamento.

Já para Anie Amicci, gerente de Mobilidade Urbana do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), um passo importante é priorizar os projetos que já demonstram maior tração, com maior possibilidade de sucesso e que sejam representativos para a sociedade. “Devemos apoiar aquele que está perto de atingir seu objetivo, pois poderá trazer mais benefícios sociais, com mais atores engajados, com menos pontas soltas”, explicou.

O consenso de que a estratégia de um plano nacional trará várias oportunidades e que é importante contar com o governo para tornar esse ambiente propício de novas tecnologias é essencial, mas ainda assim é preciso saber comunicar com a sociedade. Calvet encerrou o último painel da 1ª Conferência da PNME com essa provocação. “Temos questões da mobilidade elétrica que envolvem saúde pública, empregos etc. Como comunicar isso para a sociedade? De tudo que foi discutido, devemos tornar a política pública uma realidade. Saber comunicar esse interesse na sociedade emerge uma preocupação maior e, com um governo responsivo, há maior chance de ganhar destaque”, defendeu.

FORMATO INOVADOR

Organizada pela Necta, a Conferência foi realizada em formato 100% digital, por meio de plataforma dedicada, e com interação do público com os palestrantes. A iniciativa contou com 17 painéis e com mais de 50 palestrantes de organizações nacionais e internacionais do setor público e privado. Os acessos aos conteúdos, nos quatro dias do evento, totalizam aproximadamente 2.700 acessos, devendo atingir um número ainda maior, visto que os debates permanecem disponíveis ao público no pós-evento.

DOS DO SETOR

De acordo com dados do WRI Brasil, estima-se que a poluição do ar nas principais regiões metropolitanas e capitais, no Brasil, esteja ligada a cerca de 20,5 mil mortes ao ano em decorrência de doenças cardiovasculares e respiratórias e seja responsável, ainda, por 5,2% das internações de crianças e 8,3% de adultos (por doenças respiratórias).

Já o custo anual aproximado em hospitalizações e ausências no trabalho chega a R$ 30 milhões, em função do impacto de cerca de 130 mil casos de faltas ao trabalho por doenças associadas à poluição.

Fonte: Com informações da 1ª Conferência da PNME (Plataforma Nacional de Mobilidade Elétrica)

CIDADES SUSTENTÁVEIS

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Como as cidades devem pensar em medidas para o desenvolvimento de um urbanismo voltado para a sustentabilidade das cidades 

 

Atualmente, o Brasil enfrenta o crescimento urbano nos moldes de ocupação urbana implementado desde a era industrial. A intensa urbanização pós-moderna das últimas cinco décadas resultou em uma concentração de indústrias. serviços e trabalhadores, tornando as cidades locais de déficit habitacional. Com esse cenário, o urbanismo sustentável não deve ser entendido como um estilo de vida alternativo para a minoria da população preocupada com as questões ambientais, mas como uma forma de apropriação do espaço urbano que vai de encontro com as necessidades emergenciais apresentadas à sociedade.

O urbanismo sustentável não tem como objetivo propor uma freada na expansão das cidades, mas desenvolver espaços a partir de alternativas tecnológicas e eficientes que, além de buscarem não destruir ou esgotar os recursos ecológicos, promovem a gestão inteligente, acessibilidade e a promoção da diversidade. Os valores sustentáveis propostos dentro da arquitetura e urbanismo estão ligados à recuperação das vias da cidade como espaço de convivência da população, possibilitando a ocupação desses espaços de forma inteligente e sustentável.

A aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), após mais de vinte anos de discussões no Congresso Nacional, marcou uma articulação essencial entre os Municípios, o setor produtivo e a sociedade civil na busca de soluções para a gestão de resíduos sólidos.

A partir de agosto de 2010, o cidadão passou a ser responsável pela disposição correta do resíduo que gera, sendo que o setor privado ficou responsável pelo gerenciamento ambientalmente correto dos resíduos sólidos, pela sua reincorporação na cadeia produtiva e por soluções inovadoras e sustentáveis. Já o setor público é responsável pelo planejamento e gestão de planos para administrar os resíduos sólidos, além de garantir os instrumentos previstos no PNRS.

A implementação de um plano de gestão para a área não proporciona apenas benefícios ambientais, como também pode adquirir um valor comercial, sendo utilizado como matéria prima, proporcionando abertura de novos mercados, gerando emprego, etc. Nesse sentido, gera-se uma economia circular onde os insumos são utilizados para a produção de novos produtos, não existindo o conceito de resíduos.

O uso inteligente dos recursos disponíveis por meio da aplicação de novas tecnologias acaba sendo um fator desencadeador da disseminação da filosofia de cidades sustentáveis. O conceito é caracterizado por serviços avançados, um alto grau de inovação por meio do uso considerável de TICs e pela presença de processos abertos, multipolares, integrados e compartilhados, direcionados à melhoria da qualidade de vida dos cidadãos.

 

APLICATIVOS MAPEIAM VIOLÊNCIA NAS RUAS DE CIDADES BRASILEIRAS

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Apps criados para mapear violência armada ajudam pessoas a traçar rotas mais seguras
O post Aplicativos mapeiam violência nas ruas de cidades brasileiras apareceu primeiro em Summit Mobilidade

A violência urbana restringe o direito de ir e vir nas grandes cidades. Isso motivou a criação dos aplicativos Fogo Cruzado e Onde Tem Tiroteio (OTT) no Rio de Janeiro e a expansão deles para outros municípios, como São Paulo e Recife.

Os apps ajudam a mapear os focos de violência armada nas ruas e a pressionar o poder público para que a ocorrência não volte a acontecer. Além disso, contribuem para que seus usuários encontrem rotas alternativas e mais seguras.

A popularidade desses aplicativos mostra a importância do mapeamento da violência urbana e da utilidade dos serviços. O app Fogo Cruzado já foi baixado mais de 250 mil vezes. O OTT já enviou alertas para mais de 4,7 milhões de usuários, de acordo com o criador da ferramenta.

ONDE TEM TIROTEIO

O aplicativo OTT foi criado com a missão retirar todos os cidadãos das rotas dos arrastões, de blitz falsa e das balas perdidas. Desenvolvido em 2016, no Rio de Janeiro, por um grupo de quatro amigos, o app se baseia no conceito de segurança feita de um cidadão para outro. A iniciativa também está presente em outras cidades, como Niterói (RJ), São Paulo e Guarulhos (SP), Porto Alegre (RS) e Vitória (ES).

A plataforma recebe as denúncias de ocorrências que são verificadas antes de serem publicadas. O sistema de checagem envolve a consulta a uma equipe de apoio de colaboradores de confiança, fontes oficiais e até grupos de WhatsApp de moradores da região do incidente. O serviço também mantém perfis em redes sociais, como Facebook, Instagram e Twitter, onde recolhe e divulga as informações.

FOGO CRUZADO

O Fogo Cruzado, criado em 2016 com o apoio da Anistia Internacional e de uma rede de voluntários, funciona como aplicativo para celular e plataforma online. O serviço começou reunindo relatos de tiros enviados por jornalistas, policiais e moradores do Rio de Janeiro. Em 2019, a iniciativa também foi expandida para o Recife.

Quando uma notificação de disparo de arma de fogo chega, a equipe do aplicativo cruza a notificação com filtros desenvolvidos para agregar informações em redes sociais. Assim, é possível saber quem, quando e onde está se falando sobre o assunto. Após a verificação, a informação é postada na internet, e o incidente fica em registro público no site e no app.

O Fogo Cruzado foi reconhecido por diversos prêmios nacionais e internacionais. Em 2020, a Interface de Programação de Aplicações (API) da plataforma ficou entre os finalistas do Sigma Data Journalism Awards. O app também foi considerado uma das iniciativas mais inovadoras do mundo na publicação Atlas da Inovação para a Estabilidade Econômica, da FHI 360, financiado pela Rockefeller Foundation, nos Estados Unidos.

PREOCUPAÇÃO COM ESTIGMATIZAÇÃO

Porém, para alguns especialistas, ao destacar soluções alternativas para a violência urbana, os aplicativos podem estar ampliando um problema. Na visão do sociólogo Marcelo Batista Nery, que estuda violência e crime na Universidade de São Paulo, é possível que essas ferramentas acabem reforçando preconceitos.

Em sua pesquisa sobre como os brasileiros relatam crimes em vários aplicativos móveis, o sociólogo descobriu que os incidentes que tendem a ser sinalizados como perigosos são influenciados pelo noticiário sobre violência.

O estudo aponta que as áreas que recebem uma onda de atenção da mídia depois de um evento violento geralmente serão pontilhadas com relatórios de incidentes de crowdsourcing nos dias seguintes. Tiroteios em favelas perto de grandes vias de trânsito e bairros mais ricos costumam receber muito mais atenção do que em áreas remotas, concluiu a pesquisa.

Fonte: Mobilidade Estadão 

ABES APOIA A CONFERÊNCIA ANPROTEC 2020, QUE DEBATERÁ OS DESAFIOS E OPORTUNIDADES DE INOVAÇÃO NO FUTURO PÓS-PANDEMIA

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Sob o tema “Ambientes de Inovação 4.0 – Desafios e Oportunidades na Nova Dinâmica Global” tem o objetivo de debater amplamente o papel dos ambientes  de inovação

Programada para os dias 23 a 25 de novembro, pela primeira vez em 30 edições, a Conferência Anprotec acontecerá de forma 100% online. O evento tem o apoio institucional da ABES. Embora seja uma novidade para a Associação, os encontros virtuais fazem parte do novo normal de 2020. A pandemia trouxe mudanças profundas na sociedade, alterando drasticamente a forma como as pessoas trabalham, estudam, interagem, consomem e ocupam espaços. Nesse contexto, os ambientes de inovação – parques tecnológicos, incubadoras, aceleradoras e hubs de inovação – têm sido obrigados a avaliar seu modelo de negócios, seus espaços e sua entrega de valor para as startups e empresas nascentes. Contribuir com essas reflexões é o objetivo da Conferência Anprotec 2020, realizada pela Anprotec e o Sebrae.

Já há alguns anos, termos como internet das coisas, big data, inteligência artificial, e computação em nuvem e transformação digital fazem parte dos ciclos de discussão sobre competitividade e inovação. No entanto, a aplicação destas tecnologias nunca ocorreu de forma tão acelerada como em 2020. “Vivemos um apocalipse digital. Foram 25 anos em algumas semanas. As pessoas passaram a usar numa escala impensada as tecnologias e serviços que já estavam aí. A rede brasileira de internet teve um aumento de 30% no tráfego a partir de 15 de março”, afirmou Sílvio Meira, presidente do Conselho de Administração do Porto Digital e membro do Conselho Consultivo da Anprotec, durante a série de eventos online AnproTalks, criada pela Anprotec.

OS TRÊS DIAS DE EVENTO

O primeiro dia da Conferência Anprotec, 23, será dedicado ao workshop “Qualificação e Reinvenção dos Ambientes de Inovação”, que terá como foco oferecer aos participantes uma abordagem prática, que auxiliará os ambientes de inovação a repensarem seus modelos de atuação e a forma como entregam valor para as empresas que abrigam, para que consigam atrair projetos e recursos humanos de alto potencial, diante dos atuais desafios impostos pelas novas condições e tecnologias. As atividades terão como objetivo auxiliar o participante a compreender as dinâmicas e ações que geram competitividade aos novos negócios, aprofundando práticas inovadoras na relação com o mercado e o cliente, na lógica financeira, em suas demandas por tecnologias e por diferenciação, bem como explorar novas práticas, como corporate venture, internacionalização e negócios de impacto social e ambiental.

Os dois próximos dias, 24 e 25, serão dedicados à discussão do tema central “Ambientes de Inovação 4.0: Desafios e Oportunidades na Nova Dinâmica Global”, com a participação de mais de 60 palestrantes – brasileiros e internacionais – representantes de ambientes de inovação, governo, órgãos de fomento, grandes corporações, startups e  investidores, discutindo os cinco subtemas que serão pilares do evento:

Capital Humano: O papel e os desafios dos ambientes de inovação 4.0;

Inovação Aberta: Ecossistema de inovação como instrumentos de transformação das indústrias tradicionais;

Financiamento: Novos modelos de sustentabilidade para os ambientes de inovação;

Cidades: Ecossistemas de inovação como alavancas para o desenvolvimento humano sustentável;

Tecnologia: O papel dos ambientes de inovação para a geração de soluções na nova dinâmica global.

O encontro virtual abrigará ainda O Fórum Sebrae de Inovação, a Assembleia IASP Latam e a  apresentação de trabalhos técnicos  dos associados Anprotec.

“A qualificação dos gestores, líderes atuais e futuros de parques tecnológicos, aceleradoras, incubadoras, hubs de inovação e gestores públicos que implementam políticas de inovação é essencial, em especial em face da nova dinâmica imposta pela pandemia e o que virá no pós-pandemia. A reinvenção é o grande desafio dos ambientes de inovação. Durante a Conferência Anprotec 2020, nós queremos contribuir de forma decisiva para o sucesso diante deste desafio”, explica Carlos Eduardo Aranha, diretor da Anprotec.

Conheça os palestrantes confirmados: https://anprotec.org.br/conferencia2020/palestrantes/

Confira a programação preliminar: https://anprotec.org.br/conferencia2020/programacao/

Inscreva-se: https://www.sympla.com.br/30-conferencia-anprotec-2020__1017112

Obs: Associados à Anprotec adimplentes poderão se inscrever de forma gratuita. Envie um e-mail com os dados do seu ambiente de inovação para associado@anprotec.org.br e solicite seu código de inscrição.

Fonte: ABES

GASTOS EM MOBILIDADE ELÉTRICA TAMBÉM SÃO INVESTIMENTOS

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É o que apontam especialistas no terceiro dia da Conferência da PNME

Uma das perguntas que se faz ao pensar na retomada verde e na transição de energia elétrica é: por que estamos fazendo isso? A reflexão resulta em outras questões e, segundo especialistas, quanto maior for o número de porquês, maiores serão as coalizões para avançarmos na área.

Para Monica Araya, Transport Lead na Climate Champions, não se trata apenas da necessidade de se fazer algo sobre a questão da mudança climática ou sobre o Acordo de Paris; a visão para o questionamento precisa ser maior. “Não é apenas sobre produzir carros elétricos e sim sobre transformar todo um ecossistema. É sobre a qualidade do ar, da saúde, das estratégias industriais, da mobilidade das pessoas.”

A sociedade deve compreender que a mobilidade elétrica se relaciona também com justiça climática e justiça social. Existem, portanto, conversas difíceis, mas que precisam acontecer. É o que apontam os especialistas que discutiram o tema nesta quarta-feira (18). O debate ocorreu durante a 1ª Conferência da PNME (Plataforma Naional de Mobilidade Elétrica), que acontece até quinta-feira (19), em formato 100% digital e gratuito.

Um dos pontos sensíveis está na necessidade de olhar internamente para nossas riquezas naturais e compreender que o transporte é energia. Segundo o professor Marcio D’Agosto, da COPPE/UFRJ, temos possibilidade de usar fontes mais renováveis, mas quase metade da energia consumida no Brasil ainda é a diesel. “Todos os veículos pesados como ônibus, caminhões, e até a navegação interior, dependem de uma forma de energia. Mas temos uma possibilidade de ouro de incentivar a eletrificação.”

De fato, o Brasil possui condições de aplicar e estrutura de governança para utilizar fontes mais renováveis, e, segundo Carolina Genin, diretora de clima do WRI Brasil, é preciso dar prioridade de acesso aos recursos já existentes. Dessa forma, “gastos também podem ser considerados investimentos”.

Margarete Gandini, do Ministério da Economia, comentou sobre o desafio que os veículos pesados enfrentam, com relação à bateria. “Trata-se de um impeditivo que terá um período mais longo de transição, mas que, de acordo com o segmento e com a tecnologia local, terá investimento diferente. Portanto, ao menos por um longo período ainda teremos vários tipos de combustíveis convivendo conjuntamente”, ponderou.

Para Iêda Oliveira, da Eletra/ABVE, o ônibus é o principal modo de transporte para incentivar a eletrificação, mas quando passamos a analisar os caminhos para torná-lo uma realidade, esbarramos em desafios como a falta de políticas públicas ou de metas. “Há uma grande dificuldade com relação à política de planejamento. Logo, acredito que o setor de logística tem um cenário favorável para incentivar a eletrificação, uma vez que são empresas com capital para investir, com metas ambientais claras e um segmento que consegue enxergar o retorno de seu investimento”, defendeu.

Em uma proposta de incentivo para impulsionar a infraestrutura adequada, Fabio Ono, do Ministério da Economia, sugere estruturar melhor o setor. “Deveríamos desenhar projetos que fossem de fato sustentáveis e que atuem de forma transversal para fomentar interesse de investimento privado”, disse. Já Igor Calvet, da ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial), propõe a necessidade de combinar experiências internacionais e trazê-las para realidade brasileira, de modo que os governantes percebam um movimento global, adequando marcos regulatórios de maneira altiva e ativa.

Os especialistas também traçaram possíveis caminhos para a formação profissional em mobilidade elétrica no Brasil, apresentando propostas integradoras. Para Edgar Barassa, empreendedor e pesquisador da Barassa & Cruz Consulting (BCC), as disciplinas que vêm sendo desenvolvidas são mais completas e trazem um elemento essencial para os estudantes, que é a provocação. “Até então, o aluno passava pela graduação e não se deparava com essa especificidade da mobilidade elétrica. Se atualizarmos o currículo atual, ela se torna um gatilho para o aluno fazer uma iniciação científica sobre o tema ou estágio na área.”

Silvia Barcik, da Renault, corrobora com a questão, afirmando que mão de obra qualificada é fundamental. “Existe uma demanda para a competência de venda, por exemplo. O tempo para realizar a comercialização de um veículo elétrico é bem maior, pois o vendedor deve saber vários detalhes técnicos, além de informações ligadas ao pós-venda como a reciclagem da bateria”, justificou.

Percebe-se, portanto, que para realizar uma transformação profunda no setor é necessário um volume de investimentos para gerar um novo ciclo de crescimento econômico buscando resolver brechas do desenvolvimento. Camila Gramkow, oficial de Assuntos Econômicos da CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe), defende esta proposta e acrescenta: “a área de mobilidade é estratégica para esse impulso e investir no setor é fundamental para uma recuperação transformadora com igualdade e responsabilidade.”

O evento acontece até a próxima quinta (19/11) e as inscrições podem ser feitas AQUI.  

Fonte: Com informações da 1ª Conferência da PNME (Plataforma Nacional de Mobilidade Elétrica)

DESBUROCRATIZAÇÃO

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Como a digitalização e unificação de serviços públicos via web está permitindo um governo mais transparente e com processos menos burocratizados 

 

É preciso lidar com o fato de que a humanidade vive profundas transformações sociais com a popularização da internet. Tanto na esfera pública, como na esfera privada, vivemos cada vez mais em um mundo digital: bancos online estão cada vez mais populares, redes de telemarketing trocam telefonistas por robôs que atendem por whatsapp, aplicativos possibilitam que as pessoas façam suas compras sem nunca precisarem sair de casa e essa lista de ‘possibilidades online’ só aumenta a cada dia.

E, se existe um fato que pode unir todos os brasileiros, é que ninguém gosta de ir no cartório. O processo é sempre burocrático, demorado e caro- e não é só para a população: a burocratização desses processos é também um entrave para o crescimento da economia do país.

Países do mundo inteiro investem cada vez mais em plataformas digitais como maneira de tornar o acesso aos serviços públicos menos burocratizado. Segundo a Secretaria de Governo Digital do Ministério da Economia, a digitalização já abrange 54% dos serviços públicos, sendo que 1834 serviços já podem ser acessados através do portal do governo.

A aplicação dessas plataformas em cidades facilitam o planejamento urbano e resultam em uma diminuição de custos e aumento na eficiência dos serviços. Dentro de inúmeras aplicações, tornar-se uma cidade inteligente ficou mais fácil com a constante geração de dados que podem ajudar na gestão de políticas públicas: projetos passam a ser mais práticos e viáveis financeiramente e, principalmente, a população passa a ser um agente ativo e essencial na construção de novas políticas.

O resultado desse investimento é um impulsionamento de empresas de tecnologia e inovação, expansão do mercado e a diminuição da necessidade do governo de fazer altos investimentos. Ao utilizar esses dados de maneira correta, é possível proporcionar maior transparência na gestão de recursos públicos e assegurar os direitos democráticos dos cidadãos.

MOBILIDADE ELÉTRICA NÃO É BALA DE PRATA, MAS PODE SER ‘CAVALO DE TROIA’

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No segundo dia da Conferência da PNME, especialistas apontam como a mobilidade elétrica pode ajudar a mudar os espaços urbanos

Para muitas pessoas a mobilidade elétrica é enxergada como modismo e única solução para vários dilemas urbanos. De fato, quando bem aplicada pode resolver muitos problemas, mas não todos. A mobilidade elétrica já não é mais uma questão de escolha e sim de necessidade, possibilitando a oportunidade de se transformar num importante instrumento para humanizar – ainda mais – os espaços urbanos.

Para isso se tornar realidade, é necessário entender o sistema como algo complementar e interdependente. É o que apontam os especialistas que discutiram o tema nesta terça-feira (17). O debate ocorreu durante a 1ª Conferência da PNME (Plataforma Nacional de Mobilidade Elétrica), que acontece até quinta-feira (19), em formato 100% digital e gratuito.

Em painel sobre como tornar o transporte público elétrico uma realidade, Ana Jayme, assessora de Investimentos do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC), defendeu a necessidade de entender os benefícios e cobenefícios de fazer a aposta para a mobilidade elétrica. “Muitas vezes precisamos quebrar barreiras e encontrar caminhos que justificam fazer a transição. Isso significa rever modelos de negócio e mudar padrões de comportamento da sociedade. É necessário pensar fora da caixa para, assim, tornar a mobilidade elétrica uma ação factível dentro de nossos processos”, explicou.

Além disso, pensar de maneira mais holística envolve investir em políticas públicas que garantam informação ao usuário, governança do transporte, bilhetagem e tarifas inteligentes. De acordo com Sergio Avelleda, Urban Mobility Director do WRI – World Resources Institute, se não o fizermos, corremos o risco de substituir ônibus a diesel vazios em ônibus elétricos vazios. “É preciso uma coordenação de níveis de governo junto com agências multilaterais de investimento para criar soluções robustas que permitam terminar com as barreiras financeiras. Isso ocorre com o auxílio de fundos de investimento que viabilizem compras maiores, mobilizando a indústria e criando essa cadeia produtiva”, justificou.

Compreendida como uma medida necessária, a mobilidade elétrica precisa ser combinada com a dimensão do planejamento das cidades. Mas, segundo Kelly Fernandes, analista em mobilidade urbana no Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC), um primeiro ponto a se discutir é nos perguntarmos “que espaço urbano é esse?”. De acordo com a especialista, as cidades se desenvolveram de forma fragmentada, segregada e desigual.

Dentro desse contexto, Flávia Consoni, professora da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), complementou a discussão propondo apresentar para a população a mobilidade elétrica como uma tecnologia acessível e não segregada. “É necessário ter a inteligência de combinar diferentes modais de transporte, viabilizando ainda a mobilidade ativa.”

Especialistas ligados à mobilidade ativa e micromobilidade explicaram sobre o uso da bicicleta elétrica, por exemplo, um modo de transporte que promove atividade física e amplia o leque de participação de usuários. Sobre esse contexto, Victor Andrade, coordenador do Laboratório de Mobilidade Sustentável (LABMOB-UFRJ), defende um olhar sistêmico com relação ao assunto e o papel transformador que as bicicletas desempenham, principalmente no bem-estar e na saúde. “A questão do crescimento da obesidade no Brasil é alarmante. É necessário que as políticas de saúde e sociais passem também por políticas de mobilidade”, complementou.

Além do desafio das pessoas se tornarem mais ativas, o setor de mobilidade elétrica passa pelo desafio de trazer os cidadãos de volta ao transporte público, evitando que, por conta da pandemia, os indivíduos se voltem ao transporte individual. Para Ilan Cuperstein, vice-diretor regional para a América Latina do C40, é fundamental apoiar sistemas públicos de transporte e aproveitar o momento para mudar pendências e o que já estava errado antes.

Ainda nesta linha, Marcus Régis, coordenador de projeto da GIZ e coordenador-executivo da PNME, comentou sobre a expectativa do setor. “A mobilidade elétrica não é uma bala de prata, que vai solucionar todos os problemas climáticos, mas pode sim, ser uma solução para humanizar as cidades e a vida das pessoas”, complementou.

O evento acontece até a próxima quinta (19/11) e as inscrições podem ser feitas AQUI.  

Fonte: Com informações da 1ª Conferência da PNME (Plataforma Nacional de Mobilidade Elétrica)

 

 

PARTICIPAÇÃO CIDADÃ

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Em tempos de eleições é preciso entender o papel que a participação social exerce na construção de cidades mais inteligentes e conectadas

É preciso lidar com o fato de que a humanidade vive profundas transformações sociais com a popularização da internet. Tanto na esfera pública, como na esfera privada, vivemos cada vez mais em um mundo digital: bancos online estão cada vez mais populares, redes de telemarketing trocam telefonistas por robôs que atendem por whatsapp, aplicativos possibilitam que as pessoas façam suas compras sem nunca precisarem sair de casa e essa lista de ‘possibilidades online’ só aumenta a cada dia.

É um fato de que a implementação dessas novas tecnologias podem apoiar o governo na administração de recursos e planejamento urbano, o que gera economia e desenvolvimento de cidades cada vez mais inteligentes. Nunca foi tão essencial criar mecanismos para aproximar a população de seus governantes e restabelecer a ideia de que ser cidadão é ser parte essencial para o funcionamento e manutenção das cidades.

No contexto de cidades, smart cities são aquelas que conseguem utilizar a tecnologia para facilitar o planejamento urbano, melhorar os serviços públicos, reduzir custos e também facilitar o contato entre gestores públicos e cidadãos. Neste sentido, as informações geradas pela população sempre foram essenciais para a gestão de uma cidade e, com o avanço da tecnologia e popularização de mídias sociais, é possível que o governo consiga utilizar o conjunto de informações geradas através da digitalização da vida social.

Em meio a essa revolução tecnológica, com o desenvolvimento de sistemas de geolocalização, as redes sociais se tornaram instrumentos políticos e os gestores públicos passaram a obter o poder de reconhecer os problemas em tempo real. A tecnologia pode ser um elemento essencial na gestão de cidades, facilitando o planejamento urbano, aproveitando melhor os recursos públicos e gerando uma melhor qualidade de vida aos cidadãos.

Uma cidade inteligente envolve recursos tecnológicos, institucionais e humanos. Pensando nisso, não basta apenas investir em tecnologia: o engajamento dos cidadãos é essencial para a construção de uma cidade. O ‘cidadão inteligente’ é aquele que auxilia na gestão urbana gerando informações, mapeando e discutindo questões que permeiam a vida urbana- entendendo que esses podem ser autores de soluções criativas e transformadoras para suas cidades.